A morte é apenas a aventura seguinte

[Bruna Moreno]

Quem é você? De onde você vem? Qual é seu sexo? Sua sexualidade? Sua idade? Sua religião? Você é fã de "Harry Potter", ou nunca leu o livro na vida? Não importa. Para todos nós, únicos e diferentes, só existe uma resposta certa na vida: um dia, morreremos. E isso nos mata de medo.

Para mostrar que a morte não precisa ser tratada com tanto tabu, Igor Silva disseca o assunto (até onde lhe cabe, claro) em sua nova coluna. E se um Avada Kedavra não lhe der tanto medo assim, leia e comente.

[Catarina]

Ótima dissertação. Sempre fico me perguntando como será morrer. Tive que lidar com a morte em minha família umas três vezes em um curto espaço de tempo.
Mas você refletir sobre o que há além da morte faz você amadurecer e encarar como uma aceitação, ou como uma velha amiga, exatamente como o terceiro irmão faz no conto que originou as Relíquias da Morte. Ele aceita a morte como uma velha amiga.
A Jô é uma das poucas autoras que eu vi abordar isso, essa aceitação, de uma forma tão "fantasiosa", mas sábia e madura.

[Matheus Lellis]

Gostei bastante da coluna, Igor.
Na parte "Talvez ela seja mesmo a aventura final, o último obstáculo, a prova, a mais assustadora porque estamos sozinhos. [...] Só existe o eu, o “o que eu fui” e a essência que máscara nenhuma consegue encobrir." me identifiquei muito com seu pensamento. A maioria das pessoas não para pra pensar que em quase todas as situações difíceis da vida elas têm um apoio para sustentá-las. O medo da morte vem na percepção do solitário enfrentamento de uma transição em que nada é certo.
Para enfrentar todas as situações difíceis com confiança e independência o ser humano precisa de amor-próprio e auto-conhecimento. Como esse é um tema constante em minha vida por não haver pessoas que me apoiem sempre, cheguei à conclusão de que, apesar de as relações serem essenciais ás pessoas, elas têm de buscar indepência em seu enfrentamento da vida e da morte, pois, como você mesmo disse, o que restará no fim (ou começo de uma nova jornada) é "a essência que máscara nenhuma consegue encobrir".

Outra observação que gostaria de fazer é de admirar as reflexões que podemos tirar da série de Rowling. Encarar Harry Potter de um jeito romântico e apaixonado pode ser encantador e muito bom - todo fã ama fazer isso -, mas ter só essa visão é ruim na minha concepção; é um olhar muito simplista das obras.
Há muitos assuntos a serem refletidos de uma maneira mais complexa nos livros. Desde a viagem no tempo em PdA, que nos leva a várias discussões - dentre elas a da existência ou não de destino-, até o próprio tema abordado por esta coluna: a morte, misteriosa e intrigante para o ser humano.
É importante curtir a série com olhos fantasiados, mas trazer temas dela para nossa realidade é algo essencial para toda a curtição não ter um sentido vazio. É por isso que adoro colunas que tratam desses assuntos com mais profudidade.
Acompanho o Ish a um tempão, mas nunca agradeci à equipe do site por ter feito tanta diferença em minha vida.
Então aí vai:
Obrigado a toda a equipe, que trata HP com tanto carinho, por tornar minha vida mais encantadora.

[eduardo]

ASSUNTO NÃO DE DISSECA SE DISSERTA "Igor Silva disseca o assunto" MORRI RINDO.

[Bruno]

E eu morri rindo com a sua ignorância, Eduardo

"Dissecar" é no sentido de explorar, fazer uma análise ou exame minucioso. Você pode olhar o seu dicionário, quando tiver dúvidas em palavras; ao invés de criticar, olha lá no Pai dos Burros.

Igor, gostei da sua coluna. Acho que vai render muitas teses de doutorado rsrs A morte é mesmo um mistério, mas acho que você utilizou um conceito de espiritismo no final do texto que, assim, acho que a morte teria de ser analisada livre de preconceitos e de conceitos, meio que imparcial. Alguns podem acreditar na teoria da reencarnação, mas esta não é uma verdade para todos.

[Archie]

É um assunto realmente instigante, que se fosse pensado em sua totalidade tomaria páginas e páginas.

A obra da Jo é uma completa discussão acerca da Morte. No útilmo livro ela toma a própria Morte com um dos 'personagens'. Acho que uma leitura concentrada da série trará grandes lições.

Gostei bastante da coluna. Realmente acredito que o maior medo da morte é saber que vamos enfrentar esta passagem sozinhos. às vezes me pego pensando em como isso ocorre - e me surpreendo também com medo.

Mas uma coisa consola: mesmo que não exsita nada após a morte - e eu creio no contrário -, não há o que temer, então. Só acaba. Como disse Sirius, 'é mais fácil do que adormecer'.

E Edurado, já ouviu falar em metáfora? Esta expressão existe sim.

[Joanna.]

Eu tenho quatro palavras para dizer.

Incrível coluna,

Eduardo, Metáfora.

[Ana]

Boa abordagem sobre o assunto. Igor, você escreve muito bem. Parabéns! [Sou muito fã das colunas do Ish]

[Carolina]

Sou suspeita pra opinar, tenho um modo de pensar e sentir diferente desse mundo ocidental... eu não tenho medo de morrer. Milhões, bilhões, trilhões de anos formando tudo isso. Desde a formação da nossa galáxia, do Sol, da Terra, dos microorganismos, da água, das plantas, dos animais... até chegarmos onde estamos. Não se trata de misticismo, nem de ciência pura. É apenas um evoluir... um naturalismo. Cada pedaço de metal, de papel de bala, cada pêlo, cada ser humano... é tudo matéria. Tudo é. No verdadeiro universo não há vida nem morte, há a existência "per se". Há a beleza pelo simples "ser", sentir, experimentar e mutar. Somos parte do começo, e sempre continuaremos esse caminho. Temos o dever de continuar evoluindo e fazer parte dessa troca de informações e energia. As pessoas tendem a pensar na vida de maneira individual, mas tal pensamento não é possível. Somos parte de um procedimento incessante, e a vida e a morte revezam-se da mesma forma. "A vida é tal qual a morte", disse J. Krishnamurti. Tendemos a pôr importância demais no ato, mas o transitório - o meio tempo - é o que realmente dá uma definição de pra onde estamos indo. Quando se entende, se aceita. Se sente bem.
Não tenho certeza se expressei-me direito, ou tal qual queria, pois na minha mente tudo é bastante claro. Às vezes é mais difícil do que presumo as pessoas entenderem de fato meu ponto de vista, porque tenho um determinado conhecimento e postura em relação à cultura oriental, sendo que muitos não têm contato com isso ou interpretam erroneamente, demasiado presos à nossa cultura. Tão mesquinha.

[Guest]

Parabéns ótima coluna

[diana]

a coluna foi sensacional!
e essa outra coluna aqui nos comentários, feita pela carolina, também tá maravilhosa!

[Daniel]

"Nos livros, King’s Cross era a passagem de cá para lá"

Pra mim isso sempre foi uma particularidade do Harry. Eu costumo associar aos estudos no Departamento dos Mistérios, na Sala da Morte, o véu negro que levou Sirius. É um meio sinistro de se aproximar e tratar a morte como objeto de estudo, na alegoria da Jo.

O assunto na obra é muito bem tratado, e não desde CdF, mas vejo a morte como uma constante já em PF. O objeto-chave da trama é justamente o que propicia o Elixir da Imortalidade(!). Em CdF o Harry tem, conscientemente, a primeira experiência com ela, e é válido observar como isso participa no amadurecimento do bruxo num ritmo condizente com a complexidade da coisa. Fica claro na questão dos testrálios, que Harry só passa a ser capaz de enxergar após as férias de verão, tempo para processar e refletir no episódio horrível que passara ao fim do Tribruxo. Em OdF é tudo abordado em outra perspectiva, com a busca da profecia, e então surge o Departamento dos Mistérios, que das imagens que a Jo faz uso, é das mais brilhantes. Em EdP mais uma perda chocante e em RdM a morte é crua e recorrente. É uma guerra, Harry se depara com ela a todo o momento, e, por fim, a aceita se entrega a ela. Essa gradual oscilação do tema é uma das coisas que mais faz a série focada e una.

[Beatriz]

Realmente, muito boa essa coluna. Parabéns!

[renato]

esse título está com cara de convite ao suicídio.. auheuaeh

[Marcelo]

Muito bom assunto pra pensar, e dele ainda dá pra extrair muito mais...

Ótimo texto. É sempre interessante observar a maneira com que Jo cria as alusões. Gostaria que os filmes conseguissem ter abordado mais essa temática de uma maneira condizente aos livros.

Ah, e a propósito, de quem é aquela frase no final?

“Do outro lado ainda há vida, Harry
O despertar de uma nova vida
Siga seu coração, pequeno Harry
Ainda que ele tenha cessado há muito suas batidas…”

POXA, que linda! Ela está nos livros? Se sim, em qual? Se não, quem é o autor?

[Angélica]

Igor parabéns!Adorei essa coluna,já li diversos livros que abordam este assunto,e penso que a morte é só o término de uma fase,para inicio de outra..
Adorei realmente!
Beijos

[T]

Amei a colunaaaaaaaa

[Juh]

A morte é um mistério. É vista como uma passagem para os espiritas, algo que confronta a igreja até hoje. Eu prefiro acreditar que quando eu morrer vou pra um lugar melhor e proteger, onde quer que esteja, meus familiares aqui na terra.
Concordo com JK em retratar a morte desde o início. Essa é umas das únicas certezas da vida: a morte.

[mayã]

adorei Igor, parabéns!

e talvez a morte seja algo diferente, e talvez ela só tenha graça pq é a unica coisa que consegue manter um segredo - pq só ela sabe oq vem depois ;D

mas sabe, medo da morte eu nunca tive. eu só tenho medo de qm eu amo morrer, e de sofrer por isso.

acho q uma das melhores coisas que JK fez foi colocar em seus livros aspectos humanos e psicológicos q normalmente não são abordados em livros infanto-juvenis. tudo bem, todos nós somos adultos ou quase adultos mas qndo começamos a ler, éramos meras crianças.

outra prova do bem q a leitura faz. e do bem que HP faz

espero mais colunas legais como essa! parabens!
bjuxx

[Carol]

Sou super fã das colunas do Ish, todas me dão algo realmente interessante pra pensar! E essa foi, mais uma vez, incrível! Parabéns Igor, de verdade!

Todos os comentários já são uma extensão da coluna em si, né? rs... Muito bons também.

Mas o fato é que a maioria das pessoas se amedronta em pensar: "Eu só estou aqui de passagem, um dia eu vou morrer". Eu mesma, as vezes fico me perguntado como vai ser a minha própria morte. Será que vai doer (como disse o Harry)? rs

Ah, e concordo COMPLETAMENTE com a Mayã. Eu nunca cresci tanto quanto eu cresci com Harry Potter e com os ensinamentos da Jô.