Floresta Proibida

Curta as magias do Castelo de Hogwarts!

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Emmeline Lupin
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Re: Floresta Proibida

Post by Emmeline Lupin »

Juiz da Partida wrote:Em que dia foi oficialmente anunciado o fim das gravação de Harry Potter e as Reliquias de Morte?
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Emmeline sentia muita dor em seu ombro. Não conseguiria segurar por muito tempo naquele galho. Foi quando percebeu que Bruh olhava atentamente para seus olhos. "Ela percebeu!!! Ainda bem"

A força dos centauros estava fazendo a árvore tombar. Emmeline que já não tinha forças caiu. Com a queda parecera que ela iria para trás do tronco, mas não, foi diretamente nos braços do centauro. Ele a apertava com força. Não a deixava respirar.
Do nada Emmeline sentiu um feitiço a atingindo. Seus olhos novamente voltaram a ter foco. Mas preferiria não ter que olhar para aquele centauro, cheio de cicatrizes horrendas. Eles pareciam tão fora de si quanto ela estava segundos antes.

Em meio a dor que sentia, Emmeline gritara.

- Bruh!!! - estava sendo sufocada, com muito esforço conseguiu pegar sua varinha
Relaxo - centauro a soltara
Sem dar tempo para ele se recompor Emmeline grita - Impedimenta

O centauro foi repelido e ela batera com força no chão.
"Que ótimo, me livrei de um, mas e os outros?"
Emmeline se levantara. Mas o que ela poderia fazer sozinha. Bruh parecia machucada, e ela não estava também em melhores condições. Seu corpo todo doía. E estava cheia de cortes, graças aos galhos da árvore durante sua queda.
Um centauro se aproximava de Bruh, mas olhava diretamente para Emmeline. Era isso então. Ela era o alvo. E sua amiga estava no lugar errado e na hora errada. O centauro avançava para Bruh, iria eliminá-la para ter o caminho livre, sem mais interrupções. Quem estava ordenando isso? Por que?
Automaticamente Emmeline grita Protego. Um escudo agora protegia sua amiga. Mas, nas atuais condições ela acabara de se tornar o alvo fácil. Sem varinha para protegê-la, ela estava perdida.

O pior é que os centauros viam isso e começavam a fechá-la em um círculo. Emmeline não ousava baixar sua varinha, o centauro continuava aos pés de Bruh, esperando somente um minuto de distração para pegá-la.

-E agora o que eu vou fazer!!!


Sabe-se lá o porque um sonserino estava ali. As ajudando. Usando um feitiço ele protegia Bruh com o tronco. Mas mesmo com a varinha livre agora. Não conseguiria se defender. Estava encurralada.

Ele pedia para que elas corressem. mas agora o cerco se fechara ao redor de Emmeline. Ela estava sem saída.
- Tire ela daqui!!! - Emmeline gritava para ele.


off- Thomas, acho que agora é sua vez de ajudar...eu disse que conosco não era brincadeira...isso está apenas começando...

Bruh...xuxu...também amo nossas confusões!
Um sly decente para variar né...kkkkk
Last edited by Emmeline Lupin on 10/07/10, 14:21, edited 1 time in total.
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Re: Floresta Proibida

Post by Thomas_Black »

A coisa estava feia. De longe Thomas pensara que as duas garotas estavam atrás do tronco, mas não, só a segunda menina estava. A maioria dos centauros tinham sido derrubados pelo tronco que Thomas arremessara contra eles, mas cinco centauros ainda cercavam a menina que havia entrado na floresta.

- Tire ela daqui!!! - Gritou a primeira menina para Thomas, mas Thomas ignorou isso. Estava analisando a situação. Havia dois centauros entre a menina acuada e Thomas. Thomas apontou a varinha para eles, fazendo-os levitar e os soltou em cima dos outros três centauros. Com sorte isso os atrapalharia um pouco.

- Agora sim, corre! - Disse Thomas, pegando a menina pelo braço e puxando-a.

A garota que já estava com ele parecia estar com a perna quebrada, portanto Thomas a colocou por cima do ombro, agradecendo aos céus por ela ser magra, e começou a correr puxando a segunda pelo braço.

- Agora usem suas varinhas aí porque eles vão nos seguir! - Disse Thomas enquanto corria com as duas meninas, tentando sair da Floresta.

Off: Desculpa mas acho que a situação tá saindo de controle! Se eles não sairem da floresta agora, só um milagre ou uma ação extremamente absurda vai salvar os três de uma horda enfurecida de centauros. E Bruh, desculpa, espero que não se ofenda por eu estar te carregando, é que o Thomas não sabe consertar ossos. Se a Emme souber, pode consertar sua perna...
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Re: Floresta Proibida

Post by Bru Evans »

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Em poucos segundos Bru pôde ver que Emmeline voltara a seu normal. Pois logo, ela caíra em cima de um Centauro que estava prendendo-a sufocantemente.


Bruh!!
- Bru ouvira emmeline berrar

mas, ao virar-se viu a amiga se livrar do centauro com um feitiço.

Quando olhara em volta, bruh vira que um centauro se aproximava dela, e ela começou a desesperar-se.

Mas, no instante seguinte Bru ouvira Emmeline gritar um Protego para ajudá-la.
Bru, aliviou-se um pouco com a ajuda da amiga.

Bru estava ficando nervosa com tudo aquilo. Elas estavam muito longe do castelo para alguém ajudá-las, e aquele clima denso e escuro, cheio de árvores de todos os tipos da floresta também não estava ajudando em nada.

Foi então que Bru ouviu uma nova voz se pronunciar.

- Corram! Vocês precisam correr! - então bru olhara em volta procurando o dono daquela voz quando viu que era um garoto, provávelmente da sua idade.

com um detalhe: era um sonserino.

Por que um sonserino nos ajudaria?

Então Bru viu o garoto ágilmente jogar o enorme tronco da árvore em que elas estiveram, em cima dos Centauros.

Mas, Bru sabia que aquilo definitivamente não os pararia por muito tempo...

- Vamos, vocês conseguem correr? - ele perguntou esbaforido.

- hm... acho que sim, mas dúvido que eles nos deixarão partir... - bru falou olhando para o garoto.

- é melhor você ir... vá e arranje ajuda! - Bru pediu ao sonserino.

- Agora sim, corre! - o garoto falou a ignorando e a tacando em suas costas e começando a puxa r Emmeline pelo braço.

- Hey! - bru reclamou pelo jeito que o garoto a colocu em suas coostas. ela poderia andar! ou ao menos achava isto...

- Agora usem suas varinhas aí porque eles vão nos seguir! - o garoto falou.


mas no instante seguinte ela viu que o tronco não os segurou mais. eles haviam formado um enorme circulo fechado em volta dos três.

Mas, ao invês de atacá-los como Bruna esperava, eles simplesmente abriram espaço em uma das fendas do círculo e um grande centauro coberto com um pano sombriamente escuro se instalou no centro do circulo formado.

De repente a lua começara a brilhar e sua luz focou-se no estranho centauro.

Que sombriamente começara a falar.


“À meia noite, na floresta proibida duas garotas irão entrar... Passando dali em diante, ao caminho do mal atravessar... Pois marcadas pela lua serão, as próprias que ele terá de enfrentar... E com a chacina terão que acabar para a maldição terminar...”


Depois o estranho centauro abaixou-se e outros o retiraram de lá.

e agora eles formavam uma estranha posição... uma posição de ataque.

- o que faremos agora? - Bru perguntou nervosamente para os outros dois.


OFF: e ai? gostaram da minha mediocre profecia? kkkk
posta posta pessoal!!!
vamos atacar!!!
kkkk
p.s: não thomas, eu não ligoq ue você carregue a Bru, pode carregar à vontade... rs.
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Re: Floresta Proibida

Post by Thomas_Black »

- O que faremos agora? - Perguntou a garota Griffinória enquanto Thomas a colocava no chão com cuidado para não machucar a perna dela. Agora a gente senta e chora, pensou Thomas, mas obviamente jamais diria aquilo em voz alta.

Thomas empunhou sua varinha e apontou para o céu, sem dizer nada mas em sua mente lançou o feitiço. Accio Vassouras, concentrando-se no estoque de vassouras da escola, desejando com todas as suas forças que três vassouras viessem até eles na maior velocidade possível, depois colocou-se em posição defensiva, pronto para defender-se até que as vassouras chegassem e eles pudessem fugir dali voando.

- O que a gente faz agora é se defender. Preparem-se, a coisa aqui vai ficar feia. - Disse Thomas, desejando com todas as forças que conseguissem sair dali ilesos, e possivelmente sem ser expulsos da escola.

Off: Caraca, confusão pouca é bobagem pra vocês hein? Onde foi que me meti... rs. A gente precisa começar a pensar em sair dessa floresta no entanto, se não vamos acabar ou mortos ou expulsos de Hogwarts. =/
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Re: Floresta Proibida

Post by Emmeline Lupin »

Narração
Fala

Fala do Thomas
Fala da Bruh
Profecia do centauro
Off

Emmeline estava acuada. Os centauros haviam fechado um cerco. Ela estava sem saída. E o pior sua amiga estava ferida. E a única coisa que podia fazer era protege-la do centauro que tentava atacá-la. Ficando com isso indefesa.

Não sabia como acontecera, mas havia mais uma pessoa ali. Um sonserino. Que as estava ajudando. Emmeline não pôde deixar de se sentir aliviada.Usando um feitiço ele fizera o tronco onde antes elas estiveram levitar e derrubar os centauros que tentavam atacar sua amiga.

Mesmo com a varinha livre agora, não teria chances contra aqueles centauros. Se tivesse sorte acertaria um ou dois, mas os outros a atacariam no mesmo instante. Juntando seu último fôlego Emmeline gritara pedindo que tirasse Bruh dali. Mas ele não se moveu. Analisava a situação. De repente ele aponta a varinha e faz os dois centauros que os estava separando levitar e joga-os nos outros.


-Agora sim, corre!
- ele a puxava pelo braço.

Bruh parecia estar com a perna quebrada, por isso ele a colocou em seu ombro. Com sua varinha em punho Emmeline corria, ainda sendo puxada pelo sonserino. Estava toda arranhada por causa dos galhos e espinhos das árvores. Havia alguns cortes profundos em sua perna, mas não estava se importando. Tinha que tirar Bruh dessa situação. Isso não era destinado a ela. Ou era?

Emmeline dera uma breve olhada para trás e conseguiu visualizar os centauros. Incluindo aquele que a pegara, parecia ser o mais rápido deles.

Mas de repente ele foram cercados novamente, mas não foram atacados. Eles abriram espaço e um grande centauro com um pano escuro se instalou no centro do círculo. A lua brilhou e focou-se nele.

Que sombriamente começara a falar.


“À meia noite, na floresta proibida duas garotas irão entrar... Passando dali em diante, ao caminho do mal atravessar... Pois marcadas pela lua serão, as próprias que ele terá de enfrentar... E com a chacina terão que acabar para a maldição terminar...”

Quando terminara de falar o centauro se retirou e os outros fecharam novamente o círculo, em uma posição de ataque.

- O que faremos agora?
- ouviu bruh pronunciar.

Seguindo seu instinto Emmeline empunhou sua varinha.

- Alarte Ascenderae - Emmeline pronunciou com tanta vontade, que os centauros que estavam a frente deles foram jogados para o alto e caíram no lado oposto com um baque ensurdecedor.

- Agora corram - Emmeline pegou a mão do garoto e começou a puxá-lo.

Precisavam correr, os outros não desistiriam tão fácil. Precisavam de tempo para que as vassouras que ele havia conjurado chegassem até eles. Não podiam ficar parados.
A perna de Emmeline doía. Mas não podia fraquejar. Espinhos continuavam a ferí-la mas nada a parava. Até que eles puderam avistá-las. As vassouras se aproximavam. Uma para cada um. Subindo nelas eles saíram da floresta. Mas flechas??? Os centauros não desistiriam, agora estavam soltando flechas na direção dos três. Uma acabara por atingir seu ombro. Emmeline a retirou mais estava sangrando muito. Não podiam atrair ataques para a escola. E se voassem muito perto alguém certamente os veria. Só havia um lugar onde poderiam se esconder dos centauros e era para lá que se dirigiam. O salgueiro lutador a entrada para a casa dos gritos.

De repente a vassoura em que estava começou a fazer movimentos bruscos. Estava fora de controle. Emmeline estava voando baixo demais e rumando diretamente para o salgueiro. Emmeline pulou da vassoura, se ralando ainda mais no chão. Mas ela não desistia. Tinha que ajudar os outros. Mas para fugir das flechas Emmeline teve que pular para o lado. Sendo atingida em cheio pelos galhos do salgueiro e jogada longe com muita força. Com um movimento de varinha ela fez um pedaço de um galho tocar o nó do salgueiro, exibindo a abertura.

Meio tonta e com muitas dores, Emmeline fica de pé.
Com mais um aceno de varinha, lançou um Relaskio nos centauros da frente fazendo-os perder o equilírio e caírem. Atrapalhando o avanço dos outros. Dando espaço de tempo suficiente para o garoto e Bruh entrarem e ela logo em seguida.

- Espero que isso os faça desistir por um tempo. - dizia sem muita convicção.
- Aiii...aí...dói - Emmeline gemia de dor. Mas estava mais preocupada com o estado da amiga do que com o seu, que não estava entre os melhores. Muito pelo contrário. Sentia-se culpada pelo que havia acontecido a amiga. Por isso não ligava para seus ferimentos. - Precisamos curar sua perna Bruh. Vê se não faz esforço com ela por favor.


off¹ - weeee...Estou amando a confusão!!! Agora nós vamos para os Jardins de Hogwarts onde está o salgueiro.

off² - Ação demais, resultou num post imenso... (que eu amoooo..XD)

off³ - Ação terminada na Floresta Proibida!!! Indo para os jardins!!!! Quer dizer...dentro da casa dos gritos!!!
Thomas, poderia postar a entrada na casa dos gritos lá no jardim de Hogwarts??? você também Bruh!!!
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Re: Floresta Proibida

Post by Biaa Le Flay »

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Efeito da noticia que tinha dado ao Sr. Skuli foi pior que imaginara, mas fez o Diretor tomar uma atitude perante aquele caos em que se encontrava o Salão Principal.

SILÊNCIO!” bradou a plenos pulmões, sem magia, mas teve certeza de que todos ouviram. “O comportamento de alguns de vocês é, sem dúvida, constrangedor e extremamente indelicado. Eu NÃO vou admitir” – e lançou um olhar suficientemente grave e severo ao mestre de astronomia para que todos os presentes notassem – “este tipo de comportamento nessa escola ou ao menos em minha presença, desonrando aos guardiões que os enviaram, a esta escola, aos próprios colegas e também a memória de um garoto que acaba de perder a vida no Expresso de Hogwarts. Se mais algum dos presentes, alunos ou não” disse mirando diretamente os olhos da Srta. Moon ainda ensopada de sagu, “ousar tomar atitude de tal calão será devidamente punido por meio de pontos deduzidos ou ainda detenções, certo?”

“Entendidos que estamos, eu exijo que permaneçam no lugar em que estão até segunda ordem. A cerimônia está agora suspensa. De acordo com o que a Guarda-Caças de Hogwarts acaba de me dizer, a professora de transfiguração, Srta. Yuna Urahara, acaba de ser encontrada morta na Floresta Proibida. Não me resta outra medida além de avisar-lhes e pedir-lhes que – assim que solicitados – se dirijam ordenadamente a seus dormitórios. Medidas de segurança já serão tomadas.”

“Srta. Le Flay, leve-me ao local em que encontrou o corpo da professora. Os outros professores” – gesticulou para eles – “fiquem aqui e conduzam os alunos a seus dormitórios em segurança.”


Foi estranho vê o Diretor naquele estado, mas aprovou a sua atitude. Tratou logo de segui-lo e ao passarem na mesa da Grifinória, ele começou a dar ordens para a Srta Moon. A atitude daquela mulher era de fato ridícula, até os primeiranistas se comportavam melhor que ela. A sua atenção fora desviada para o Razek que conversava com uma garota, Biaa podia jurar que pela as suas expressões estavam falando dela; o colar voltou a pulsar, mas ela ignorou a dor, era necessário mais do que nunca manter a calma.

Passaram pela entrada do Salão deixando para trás um pandemônio e foram engolfados pela noite fria. Agora que estavam foram do castelo a atmosfera parecia mais tensa e atemorizante; se esforçava para acompanhar os passos do Sr. Skuli, enquanto o cérebro trabalhava tentando imaginar o que o mesmo pensava desta situação. Por um momento pensou em usar a sua aptidão em legiminência, mas seria muito arriscado e praticamente impossível, foi nesse exato momento que foi surpreendida pelo olhar do Diretor. Os seus olhos azuis-acinzentados estavam apertados como se estivessem prestes a lhe penetrar, institivamente ela bloqueou a sua mente e notou o Sr. Skuli piscar e quando este falou foi com uma voz tranquila.


“Disse que era por aqui, correto?”

Tentou parecer tranqüila, talvez tenha só imaginado toda aquela situação.

-Sim, é por aqui mesmo Senhor.

Mas ele nem esperou pela resposta e iluminou o caminho com a varinha. Contornaram a cabana e seguiram uma trilha da Floresta, Biaa o ajudou a iluminar o local e não tardou muito para acharem o corpo da professora. O corpo da mulher estava intacto, nenhuma marca de luta, apesar da sua expressão de susto. O bruxo ao seu lado examinava a mulher tentando encontrar alguma pista que o levara a ter aquele triste fim e era observado pela Guarda-Caças, que se abaixou ao seu lado para ter uma melhor visão da mulher.

Não era nada agradável vê-la naquele estado, seu olho totalmente branco era assustador e até o seu cabelo sempre colorido que ressaltava em sua pele perdera o brilho de outrora. Biaa tentava em vão desviar a sua atenção daquele corpo inerte e assustador, mas este atraí-a como um ímã. Foi despertada desse desvaneio por um sussurro do Sr. Skuli.

“Talvez...”

"Será que ele tinha uma ideia ou pelo menos algum palpite do que aconteceu?" Prestou mais atenção nos seus movimentos, então viu algo que até então não tinha notado, era um livro de aspecto bastante velho e repugnante. Parecia está sofrendo uma mutação, mas aquilo parecia inacreditável e no entanto estava mesmo acontecendo. A compreensão do que estava acontecendo tornou aquela cena ainda mais assustadora, se é que isso era possível e a tensão tomou conta do seu corpo, ela nem ao menos se deu ao trabalho de controla-la, pois o homem ao seu lado compartilhava esse mesmo sentimento.

Aquele livro consumia cada vez mais a professora, só sabia da existência de algo semelhante aquilo. Há um tempo atrás, um poderoso bruxo das trevas, deseja ser imortal e nessa sua busca pela imortalidade, fez coisas inimagináveis para um bruxo comum, dividiu a sua alma em sete partes e as colocou em objetos, e um desses objetos foi o seu diário, criando assim as Horcruxes. Objeto das trevas tão poderoso quanto perigoso e perto de pessoas inocentes e puras, se torna mortal. Será que aquilo era uma Horcrux?

O Diretor criou um cordão de névoa prateada, como havia feito para isolar o corpo do aluno morto. O cordão de pronto pousou na terra molhada e fechou um círculo ao redor do livro. O livro foi lacrado e no mesmo instante o corpo da professora parou de murchar. O livro se fechou sozinho e um pedaço de pergaminho, até então oculto, se revelou. O bruxo abriu o pergaminho e leu o que estava escrito.


“Ela seguiu instruções para vir até aqui” “Só uma pessoa como ela para acreditar em algo ridículo desse jeito...”

Realmente, só ela mesmo. Mas também tem outra pessoa que agiria da mesma forma, a Sta. Moon... Aquelas palavras saltaram da sua boca antes quem pudesse conte-las.

O Direto talvez não tenha notado aquelas últimas palavras, pois neste momento encontrava-se nas suas mão um objeto bastante raro e desejado por muitos bruxos, um vira-tempo. Olhos do bruxo brilhava intensamente e a expressão da Guarda- Caças era de desejo por aquele objeto.

“Talvez ela tenha tentado retornar o tempo quando viu o que estava acontecendo” falou para que a guarda-caças ouvisse enquanto se abaixava cautelosamente ao lado do corpo e analisava mais de perto o objeto dourado, “o que me faz acreditar que ela estava bastante lúcida quando abriu o livro. Uma pobre ingênua.”

Ingênua, realmente era a melhor palavra para definir aquela pobre professora. Como alguém tão apto em magia, mestre em transfiguração, poderia cair num golpe daquele? Era inacreditável e um tanto patético. Retornar no tempo era uma boa saída, mas tentou fazer aquilo tarde de mais.

“Que pensa sobre tudo isso, Srta. Le Flay? Suspeita de alguma coisa?”

-Senhor, isso é... inacreditável. Tentava em vão manter a sua voz firme. -Acha que isso pode ser uma Hocrux? A ideia parecia ser absurda, mas tudo ali não fazia sentindo. -Talvez os centauros saibam de algo...

Apertou a mão do Diretor, tentando em vã passar uma segurança que nem ela mesmo possuía. Rapidamente se recompos desse ato de fraqueza. A tensão e o medo pode revelar vários sentimentos, alguns perigosos...

Off: parento, desde aquela hora que eu tento coisar esse coiso o.O
²: demorou, mas saiu ~pula
³: que nível, que nível u.u
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Re: Floresta Proibida

Post by Stella Di Fiore »

  • Era simplesmente querer muito de Stella que ela procurasse o diretor até os confins da Conchinchina, mas eram duas garotas machucadas e um rapaz que, depois de deixa-las na ala hospitalar - oh, que nobre da parte dele - fugiria para não ser pego. Tão... Conveniente...

    Voltando a procura, Stella, meio que correndo, revirou o castelo em busca da saída. Foi tenso, mas ela seguiu para aquele monte de matinhos e árvores. Sabe-se lá se aquela é a floresta proibida, mas não tinha outra, então ia essa mesma.

    Ela tentava não pensar nos avisos sobre o nome dos matinhos e plantinhas com gigantismo - Floresta Proibida - não serem esses a toa e, muito menos nas surpresas que as macro-plantinhas guardavam. Era apenas mato, plantinhas com gigantismo, surpresas e depósito do corpo de uma professora morta. Nada demais...

    Empunhou a varinha e fez-se a luz. Deus sabia que ela tinha medo de baratas, o que dirá das surpresas que os macro-matinhos guardam... Com os sentidos apurados e as pernas trêmulas - mais de frio do que de medo -, Stella viu a cabana da guarda-caças e uns feixes de luz vindo de um lugar próximo.


    - Dio... - Ela chamou, num sussurro lamurioso, aproximando-se silenciosa e lentamente.

    De cabeça baixa, ela os abordou:


    - Ciao, buona sera.

    Levantou a vista e estranhou a cena. Seus pensamentos logo se formaram maldosos diante da cena, mas ela os expulsou, buscando não fazer juízo algum, seja ele bom ou ruim.

    - Desculpe se interrompi algo - Stella não conseguiu mascarar completamente os pensamentos. - ou se esqueço de não falar italiano...

    Qualquer outra coisa que ela fosse falar morreu na garganta no momento em que os olhos da moça focaram no corpo murcho e os cabelos coloridos. Era um estranho constrate entre a vida e morte... Ela engoliu seco e se aproximou dos presentes vivos dizendo, seriamente:

    - Temo dizer, professor, que a sua saga durante a madrugada não terminará aqui. - Com toda a dignidade, ela atou as mãos nas costas, melhorando ainda mais a postura. - Encontrei na torre de astronomia duas alunas machucadas e um aluno com elas, planejando deixá-las na Ala Hospitalar para depois ir para a sua casa como se nada tivesse acontecido.

    Ela pausou deliberadamente, poderando sobre o acontecido.

    - Não sei o que aconteceu e minha cabeça não criou nenhuma hipótese em relação a isso. Só sei que eles aprontaram alguma, pelo óbvio estado em que se encontram. Minha função é cuidar de livros e não fazer fofoca, porém me senti na obrigação de fazer isso em nome do... - Em nome do quê? Da necessidade que tinha de ser aprovada? De se mostrar capaz? Ou de se mostrar útil? Gratidão, aprovação...? - Eu simplesmente precisava dizer. Ela concluiu, esperando uma resposta, envergonhada pelos seus pensamentos... Nessa hora, queria ter aprendido a bloquear a mente da legiminência alheia...
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Re: Floresta Proibida

Post by Renan »


  • Agora já se via algo pálido por entre as folhas das árvores escuras da floresta, e essa mesma palidez parecia tingir os corpos presentes ali. Toda pele parecia da mesma cor, fosse da morta, da guarda-caças e do diretor. Apesar de dois corpos ali ainda estarem vivos, era como se todos pertencessem a um mesmo domínio; E enquanto olhava do céu morto para Yuna e então para Srta. Le Flay, Renan ficava cada vez mais certo disso.

    Só por dois momentos sentiu que não era de pedra. O primeiro foi quando vislumbrou o pequeno objeto dourado no punho fechado da ex-professora de Transfiguração; o segundo, quando sentiu que a guarda-caças tentava acalmá-lo por apertar-lhe a mão. As duas sensações eram igualmente inesperadas, além de não costumeiras.

    Voltou-se para a guarda-caças automaticamente, seus olhos querendo investigar sua mente. Deteve-se. Bianca Le Flay era uma bruxa muito jovem, notavelmente, e não tinha a experiência que alguns outros naquele castelo detinham. Ele mesmo não era muito mais velho que a funcionária. Contudo, Renan esperava dela no mínimo aquela impetuosidade segura que se alonga para a tenra fase adulta. Não a desafiaria em qualquer “combate” legilimente; não por ter receio de ser vencido, mas por receio das surpresas que Le Flay poderia desvelar. Na hesitação, continuou a sentir o medo da mulher na frieza de sua própria mão.

    Num instante, evanesceu o devaneio ao que se fora o toque. Gárgula novamente, desviou o olhar de volta para Yuna e esboçou uma expressão investigativa tragicamente destruída pelo cansaço que só fazia acumular nas bolsas escuras abaixo dos olhos.

    “Não creio que o livro seja uma... uma Horcrux, srta.”, respondeu-a, ainda agachado junto à morta. “Mas é uma hipótese que não pode ser refutada tão já. Afinal, ele está tão... vivo, enunciou, sua percepção do contraste entre vida e morte tão presentes evidenciando-se na própria entonação.

    “De qualquer modo, ela deve ter sido aberto o livro pouco antes da cerimônia de abertura, a julgar pelo ritmo em que o artefato a... absorvia” – a segurança no termo era questionável. “Fora pega de surpresa, sem dúvida. Não entendo exatamente como a magia desse livro flui para um ser humano, mas, se pensarmos naquelas horcruxes disse sem olhar para Bianca, mas sabia que ela o olhava em compreensão, “pode ser que ainda haja um link, um rastro de magia negra na vítima...”

    Naquele instante, mais uma figura se uniu ao pequeno grupo, denunciado pela luz das varinhas. Era a bibliotecária, Srta. Stella Di Fiore. Os belos traços italianos se retesavam numa expressão séria, formal. Não parecia muito a mesma mulher que acordara num vagão do Expresso de Hogwarts há apenas algumas horas. Agora parecia vestir seus modos com uma túnica especialmente confeccionada para situações como aquela, como se tivesse sido ensinada a se portar daquele jeito frente àquelas específicas condições. Não pôde deixar de fitá-la, curioso, por alguns segundos. Era claro como água que Stella era uma mulher educada em casa, e seria no mínimo interessante vê-la fora daquela moldura.

    A funcionária se aproximou e se desculpou por qualquer interrupção, mas – pareceu a Renan – correu logo para o assunto que a levava até lá assim que seus olhos perceberam a morta ali presente.

    “Temo dizer, professor, que a sua saga durante a madrugada não terminará aqui”, principiou a bruxa, endireitando a postura. “Encontrei na torre de astronomia duas alunas machucadas e um aluno com elas, planejando deixá-las na Ala Hospitalar para depois ir para a sua casa como se nada tivesse acontecido. Não sei o que aconteceu e minha cabeça não criou nenhuma hipótese em relação a isso. Só sei que eles aprontaram alguma, pelo óbvio estado em que se encontram. Minha função é cuidar de livros e não fazer fofoca, porém me senti na obrigação de fazer isso em nome do... Eu simplesmente precisava dizer.”

    A mulher pareceu se perder em meio a seus próprios pensamentos, ou constrangimentos. O diretor prestou atenção em seus modos, captando o conteúdo da fala, sim, mas investigando os olhos de Stella com os próprios. Quase deixou um sorriso cansado surgir tímido no canto da boca. Pela terceira vez naquela madrugada, descobria-se fora do estado de pedra. Piscou duas vezes. A sombra do sorriso se foi e decidiu logo o que tinha de fazer em seguida. Levantou-se e varreu mais uma vez a cena com o olhar.

    Floreou a varinha no ar e conjurou uma malha negra que flutuou para envolver o livro encantado. Convocou-o com um aceno e o aninhou cuidadosa e relutantemente debaixo do braço esquerdo, temeroso de que mais um desastre acontecesse. Com outro movimento da varinha, convocou o brilho dourado apertado no pulso da bruxa morta e o fez descansar num bolso interno da capa de viagem que ainda trajava, tomando o cuidado de antes isolá-lo magicamente. Quando falou, qualquer tremor que tivesse passado pelo seu corpo durante toda a noite anterior não dava sinais de ter existido. Agora, boa parte do tudo já havia passado.

    “Srta. Le Flay, cuide dos trâmites em relação à professora assassinada e do corpo. Não acho que tenha família, não mais, então... Enfim, tome conta disso por mim”, ordenou com a voz firme e tranqüila.

    “Srta. Di Fiore, foi bom me avisar, mesmo” agradeceu, a cara cansada mas amistosa, na medida do possível. Analisou a mulher por mais um segundo. “Acompanhe-me até a Ala Hospitalar, sim? Aliás, por que tanta cautela quanto a... Enfim, vamos.”

    Ordens dadas e pausas dispensadas, ajeitou o livro debaixo do braço e apertou mais ainda a varinha no punho. Apagou-a e lançou um último olhar ao corpo de Urahara, já atingido por alguns raios da aurora. Pena.

    Girou nos calcanhares para tomar o rumo da trilha para fora da floresta. Acenou para Stella para que o acompanhasse e,sob o amanhecer, rumou pelos jardins na direção da construção imponente de pedra que, agora, exalava dúvidas, descrença e – mesmo com o brilho pálido do sol – uma morbidez perene. Olhou, então, para Stella. Esqueceu-se um pouco de tudo quando teve aquele mesmo impulso de quando pusera os olhos sobre o vira-tempo. (Confiscado).
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Stella Di Fiore
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Re: Floresta Proibida

Post by Stella Di Fiore »

  • Stella se sentia completamente exposta naquele momento. Ela tinha aprendido que a ordem natural das coisas era pensar e depois falar, mas alguma coisa a fazia perder o foco... E o fato daquele homem a olhar nos olhos com um ar até divertido para quem mal conseguia manter os olhos abertos era muito... Ele lhe encarava como se fosse a coisa mais natural do mundo. E pior, ela percebia que ele lhe estudava calmamente, tentando extrair tudo que ela falava não só com as palavras, mas com o corpo também... Um arrepio correu pela espinha da moça quando ela constatou que aquele homem era terrível! Não que ele fosse mal, mas era desconsertante ser analisada daquele jeito, ainda mais... Stella engoliu seco e teve medo de ter a mente lida. Era o local onde estava mais segura e podia pensar livremente sobre qual era o problema de ser analisada por ele e outras coisinhas a mais...

    Manteve a expressão séria e impassível, ainda que um rubor violento diante do olhar atento ou uma inflar de peito - para tentar manter a dignidade - a traísse no que dizia respeito a sua segurança. Certamente Stella gostaria de ser enterrada no lugar da professora de cabelos coloridos caso percebesse o que seu corpo dizia. De repente o ar divertido se esvaia das feições do diretor ele havia voltado a ser o mesmo homem cansado e sério de antes. E, ao invés de ficar aliviada ou mesmo feliz por isso, Stella ficou triste. Engraçado como se ainda que risse dela, Stella achava que - além dos cabelos aparentemente grandes demais e penteados de menos lhe caíssem bem - um sorriso - ainda que fosse micro - dava ao homem algo a mais que Stella fazia questão de não decifrar o que era.

    No entanto, Stella voltou à Terra quando percebeu que poderia estar sendo analisada novamente pelo diretor. OU PIOR, que a Senhorita Guarda-Caças estivesse observando-a com ar de quem sabe das coisas. As mulheres se entendem através e quem está de fora vê as coisas melhor, dizem. Se a Guarda-caças entendesse algo que não existia e percebesse algo que poderia causar um mal entendido... Ou pior: Se nada daquilo que a francesa viu fosse um mal entendido de fato...!

    Stella só saiu do mundo da lua de fato quando ouviu o diretor passar ordens para cuidar do corpo sem vida. Quando ela ouviu sua sonhada aprovação, um microssorriso estava nascendo, mas morreu assim que ela percebeu que parecia um cachorrinho de rabo abanando ao receber a aprovação do dono.


    "Só falta ganhar um biscrock!" Ela desdenhou de si mesmo, suspirando resignadamente e rolando os olhos de forma deselegante.

    Novamente a postura séria e compenetrada estava de volta. Fria e controlada sem parecer rígida e, por sorte, dessa vez nada a traia.


    - Acompanhe-me até a Ala Hospitalar, sim? - Ela acenou afirmativamente diante o comando dele, sem dizer uma palavra sequer.

    E tudo deu certo!

    Ou pelo menos era o que ela achava, até o diretor dizer:


    - Aliás, por que tanta cautela quanto a...

    Era, de fato, muita sorte que nesse momento ela estivesse fora dos olhos de águia do diretor. Suas pernas quase lhe fizeram faltar sustentação, seu coração falhou uma batida e suas mãos tremeram. Por fora, só um discretíssimo arregalar de olhos demonstrou sua surpresa.

    Era como se ela soubesse o que ele queria dizer. Seu estômago se contraiu ao perceber que ela poderia precisar explicar a ele o que nem mesmo ela entendia.

    Naquele momento, Stella entendeu que teria muitos problemas naquele semestre...


    - Enfim, vamos.

    ... e que seria mais seguro ela se enfiar na biblioteca e ficar entocada por lá. Estaria protegida assim.

    Mas protegida quê, afinal?

    Era algo que ela preferia não pensar enquanto não tivesse uma boa noite de sono.

    Na verdade, era algo que, se ela pudesse, não pensaria nunca...


Off: Minha Nossa Senhora do Óleo Lubrificante, derrama tuas bençãos sobre mim para que eu nunca mais fique travada. @_@
Off 2: Que nível, que nível... =X
Off 3: Nan, eu sei que você vai demorar uma vida pra postar de novo, mas mesmo assim não custa nada avisar: Só posta na Ala Hospitalar quando a Meig@ postar. Ela disse que posta amanhã. E você só posta de novo Dels sabe quando, porque... Deixa pra lá. =X -Q ~bota o Nan no bolso e foge. hohoho :twisted:
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Gui M.
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Re: Floresta Proibida

Post by Gui M. »

  • Vamos mudar o tom. Deixemos toda a irreverência e o descompasso ético para depois. Seriedade vem acompanhada pela leve brisa do anoitecer. O céu quer dizer algo; receoso, continua a manter o seu silêncio inescrupuloso. Mistério. Se pudéssemos prever o futuro, qualquer fração de segundo que fosse, toda a existência não teria a menor elaboração que as nossas escolhas obrigam-nos a perscrutar. Devaneios de uma noite vaga. E lá estava ele, mais uma vez.

    O clima já não era propício. O astro-rei havia fugido e terminado o seu império em fracassos. A imensidão cortante da paisagem gélida vencia o combate. Como se todos esses sinais ainda não fossem o suficiente para indicar que algo de estranho estava acontecendo, um vulto, apressado, cambaleante, acabava de adentrar o recinto da Floresta Proibida, como se existissem fortes anseios ocultos para que se chegasse o mais rápido possível naquele famigerado local.

    Lar, doce lar.

    Um erro infantil. Os longos minutos em que permaneceu dentro da sala dos professores só lhe trouxeram uma imperdoável perda de tempo. Tempo... Quem o controla?

    Aos seus braços transbordavam os mais variados objetos: alguns não identificados, e que não se faz necessária suas menções, nesse momento. Por ora, aquilo que mais importava, era o livro. Sim, o aparente e simplório livro didático era, na verdade, fonte de preservação. Começou a preparar o terreno. A destreza matemática deveria ser aplicada com exatidão naquele instante. Tudo teria que ser transcrito fielmente. Não haveria margem para equívocos.

    Nos últimos quinze anos, aproximadamente, completava aquele rito. “Em todo solstício de inverno”. Ah, aquela voz ainda refrescava a sua memória e transmitia impulsos para todo o seu corpo. Arrepios. Com o passar do tempo, conseguiu assimilar as atividades, rotineiramente. Mas agora, ele obtinha informações valiosas, adicionais.

    Tinha pressa. Armou a fogueira, sem se preocupar com qualquer outra pessoa que pudesse visualizar alguma estranha movimentação na floresta. Pouco se importava. Despejou os objetos desordenadamente ao seu lado, deixando, por sua vez, o livro cautelosamente envolto no interior de suas vestes. Desvencilhou-se da grande capa negra que trazia sobre o seu corpo, como se, de alguma forma, aquilo o incomodasse. Levantou as mangas da camisa que trajava por baixo, deixando os seus antebraços à mostra: marcas profundas, cortes não-cicatrizados.

    Seu rosto refletia-se na luz bruxuleante das chamas, banhadas também pelo luar imponente.

    E então, sua voz saiu, diferente, grave e tensa, em uma mistura de medo e apreensão:


    - Estamos prontos?

Off ~ Hoho.
Suspense... U_U

Pig-post só pra dar sequência, lá lá lá.
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Re: Floresta Proibida

Post by atackardia »

Passou apressada pelo portão. Olhou em volta, havia tempo de desistir, voltar para o castelo seria a melhor opção. Mas como se trata de Angelina, a melhor opção sempre fica de lado, excluída... e as vezes nem lembranda. Respirou fundo e correu, se afastando da trilha e se perdendo por entre as grandes arvores.

Motivação por fazer coisa errada, não faltava. Tinha consciência que poderia morrer a qualquer momento. Assim que era bom. Ação, morte - mesmo sendo a dela - gritos desesperados, maldições e até Magia Negra.

Magia Negra... essa palavra soa como musica nos ouvidos da garota. Uma musica que lembrava seus pais. Triste... ou não. Eles morreram e agora ela crescia sozinha. As vezes os adotivos mandavam uma coruja, perguntando sobre o rendimento escolar, comportamento... que cá entre nós, é só cobranças.

Angelina precisava de alguém, como toda criança precisa. Mas não para amar, ou educar, mas sim treinar, ensinar. Um professor seria interessante... Hokuto? NUNCA. Então quem? Mal conhecia os professores de Hogwarts, na verdade, nunca tivera contato com nenhum.

Realmente, ela estava perdida. Das duas formas. Na Floresta e no caso do professor. Droga... e agora? A garota puxou a varinha, e murmurou um Lumus. Uma lagrima percorreu seu rosto, querendo se matar ali mesmo. Ja ouvira falar de ninhos de acromantulas pela Floresta. Lindo fim, morta por acromantulas, que honra. Então tá, novo desafio: Encontrar o ninho das acromantulas e se deixar virar aperitivo.

Continuou a correr, procurando alguma coisa, menos o ninho. Ouviu um barulho vindo de tras, tinha algo ali. Desespero. A garota correu o maximo que pode, olhando para chão, desviando das raízes. Em um dos tropeços caiu no chão, cortando o braço em algo afiado. O sangue escorria, mas sem perder tempo, voltou a correr.

Tropeçou denovo, caindo no chão e ralando as pernas. Quase sem forças, ela se levantou. Com medo do que poderia ainda estar seguindo-a, voltou a correr. Olhou para trás, procurando algo que não fosse a escuridão. BAAAAAAAAAAM. Colidiu com uma arvore. Caiu no chão sem ar, com a visão turva. Levou as mãos nos olhos, limpando a vista e recuperando o ar.

- Droga, sou uma cega mesmo.

Sua voz foi ficando fraca quando se deu conta que, na verdade, a arvore era...

- O esquisito do chicote.

Se levantou, observando a cena. A fogueira, o livro, os objetos, que para Angelina, eram um tanto familiar. Riu, quem diria... um professor fazendo esse tipo de coisa.

- Ora, ora, ora... anda praticando Magia Negra, professor? - disse calmamente, encarando o professor com seus olhos azuis incrivelmente adoráveis.

Morte. Se ele estivesse praticando aquilo, não pensaria duas vezes antes de matá-la.


Off ¹: *afofa o Gui* Deixando a person nas mãos do tio Ariel... ~morre
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Bru Evans
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Re: Floresta Proibida

Post by Bru Evans »

Narrração
Fala
Outros

Bruna saira do salão comunal da Grifinória na Madrugada para espairecer um pouco, mesmo sem ter um rumo definido. Ela estava agoniada demais para ficar alí. ela só queria poder andar, andar e chorar em paz...

Sua vida estava um caos, ela não conseguira manter seus objetivos, não tinha muitos amigos ali e sua vida amorosa estava completamente nula. Ela estava receosa com as provas finais e medo de tudo que vinha acontecendo no mundo... O que ela faria?

Ela precisava respirar. E pra isso ela precisava de ar puro. Por isso ela fora para a Floresta Proibida.

Ela adentrara a floresta sem nem ao menos perceber que sentido ou direção tomava, ela simpelsmente divagava e andava...

até ouvir aquele Barulho.


- Olá?

- Olá? Alguém está aí?


- Bruna começara a se arrepender por ter ido tão longe assim...
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Gui M.
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Re: Floresta Proibida

Post by Gui M. »

  • Dez anos atrás

    Pelas ruelas predominava a penumbra. A chuva caía fina, mansa. Mas, sensivelmente, poderíamos comparar o direto contato dos prismas de água com fortes pancadas de açoites incandescentes. O silêncio só não era completo pelo som mórbido das gotas ricocheteando os sólidos e arcaicos paralelepípedos que compunham toda a arquitetura da região. Um estilo meio bizantino, sarraceno, em suma. Uma bela paisagem funesta.

    E ali se encontrava, o jovem. Completados recém dezoito anos; a tão desejada e fútil maioridade. O longo chapéu cônico rivalizava com a precipitação dos céus: apesar de conceder certa proteção, digamos, suas vestes já se encontravam totalmente encharcadas. A temperatura corporal diminuía progressivamente, levando-o à tremores involuntários, como medida de defesa imunológica ao clima nada ameno que o abraçava.

    Ninguém se atrevia a passar por ali. Alguns pássaros mais distantes, ainda tentavam ecoar algum cântico de resistência, mas logo eram vencidos pelo ímpeto de seus ninhos secos e aconchegantes. Pelas ruas podia-se encontrar alguns antigos folhetos de poções, magias inacabadas, comunicados de Azkaban... Abandonado, era a definição mais plausível.

    Carregava a varinha acesa, sobre uma mão ainda mais vacilante que suas pernas. Não se sabe ao certo o tempo em que ali passou, demorou, estancou. Apenas continuou no único gesto que lhe era possível: tremia. E foi o medo que aplicou-lhe a força para o seu movimento. Uma lógica simples, mas não menos eficaz. Mesmo ainda relutante, finalmente sintetizou-se na escuridão.

    Naquela mesma ocasião, e, mantendo-se em segredo o verídico local onde ocorreu o encontro, seguiu-se as palavras e ações do lendário mago Atherneklesia (nome de origem inconclusiva), o qual, nos dias atuais, segue desaparecido, em circunstâncias severamente estranhas.


    - Por que choras? Ó, por que choras, meu jovem? Muitos homens vieram até mim, ainda mais desesperados e debilitados que você. Não vejo como posso ajudá-lo. O fim chega para todos, e cabe a nós descobrir a melhor maneira de aceitá-lo. Basta abstrair-se desse mundo sensível de imperfeições e meras ilusões. Mas ainda debulha-se em lágrimas? Vergonhoso! Não é digno de sequer portar uma varinha. Conheci a sua família... Grandes eram. Envergonhe-se!

    Os trechos a que se seguiram essas palavras ainda permanecem vívidos na memória daquele jovem. Tamanha foi a humilhação, subordinação e servilidade a que se submeteu que, as palavras que descreveriam esse momento jamais poderão retratar com fidelidade e confiança nem um mísero sequer daquilo que realmente passou-se no diálogo mais tenebroso, verborrágico, complexo, enfim; toda uma mistura de diferentes sensações para compor a tonalidade daquela remanescente conversa.

    O místico ancião, depois de certas ocasionalidades (que, por ora, permanecerão ocultas), mudou drasticamente o seu posicionamento. Talvez por compaixão, piedade e misericórdia. Seria?


    - Salve-se então, pequeno. E isso é tudo o que está ao meu alcance. Sei que é um bruxo de muitas habilidades, mas, ainda sim, frágil, corruptível, apregoado as conquistas terrenas e de seu inflado ego expansionista. Lembre-se de que vive em uma linha tênue e, advirto-te!, existe uma fina brecha que poderá levar-te a conhecer o verdadeiro abismo.

    E assim, formou-se Ariel Ruthven – mais uma vez.

    Retornou para aquela mesma ruela, agora, passado o encontro não menos profético com o mago centenário. O seu rosto, ainda trazia a inocência infantil e sutil dos seus traços. Aos olhos, lágrimas confundiam-se com a chuva que caía dramaticamente, machucando a pele em dores subjetivadas. E, aos lábios, um sorriso, como havia ficado característico anos posteriores, na certeza da conquista de um grande sucesso pessoal.


    ...e de volta à Floresta

    - Ora, ora, ora... anda praticando Magia Negra, professor?

    E assim fez-se a realidade. Antes mesmo que pudesse, de fato, consumar os seus reais interesses naquela noite, o meio-transe em que entrara foi bruscamente interrompido por algo que havia colidido contra o seu corpo. Antes mesmo que pudesse recuperar o equilíbrio e assimilar a situação concreta, já tinha uma linha de raciocínio traçada. Nunca, jamais, alguém o interrompeu naquele momento... Punição, merecia. E que assim fosse.

    Sacou a varinha, em fúria. Não havia deboche, ironia ou prepotência. Apenas um sentimento crescente de cólera e total irracionalidade. Seus olhos esquadrinharam a paisagem, procurando febrilmente qualquer movimento que lhe parecesse suspeito. Eliminar quem quer que fosse. Estaria em perigo através dos males da floresta? Ou seus dias em Hogwarts entraram em uma acelerada contagem regressiva?

    A respiração tornou-se pesada, ofegante. Um estranho desejo crescia dentro do bruxo. E aí estava! A pouca claridade derivada das fechadas copas das árvores, barrando os resquícios solares, não o enganaram. Com certa satisfação, ele encontrou. Espanto. Uma aluna.


    - Crucio!

    Satisfação pela dor. Perverso, admito. Passadas retumbantes aproximaram Ariel ainda mais da sua vítima – tão indefesa. Para a surpresa, ou nem tanta, era a mesma que havia cruzado o seu caminho nos corredores, momentos antes. Uma minúscula partícula que deveria ser facilmente expurgada. Limpeza social, étnica, chamem como quiser. No fundo, seria a prestação de um grande favor.

    Ainda deliciando-se com o contorcionismo agonizante da jovem, apontou a varinha diretamente para o seu corpo, a fazendo levitar do chão, planando-a no ar. Com sua outra mão, uma magia simples, na direção do fogo: um acréscimo no tamanho e na fúria das labaredas. O retorno ao pó.

    Fogo e carne, na completa simbiose.

Off ~ Sorry pela demora D:
Tá, empolguei demais, peloamor. asudshdusudhsd!

Ah, antes de mais nada, tudo foi combinado. (?) #rolleyes.
Então, não me batam pelo abuso do personagem, hoho.
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Re: Floresta Proibida

Post by Emmeline Lupin »

Narrração
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Emmeline saíra para dar uma volta no castelo e seus pés a guiaram para fora em direção a floresta proibida. Avistou Bru entrando na floresta e foi atrás dela. lhando de longe ela parecia abatida.

Entrar assim seria perigoso. Por isso resolveu ir atrás dela.

Continuaram andando sem rumo por um tempo. Emmeline duvidava que Bruna soubesse por onde andava. Distraída com a amiga, não olhou por onde estava andando e seu pé prendeu em um galho. Acabou se assustando e amassou alguma coisa. O barulho acbou despertando a atenção da amiga.



- Olá?

- Olá? Alguém está aí?



- Oi Bru. Desculpe não queria assusta-la. Vi você entrando na floresta e fiquei preocupada. Você está bem?
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Re: Floresta Proibida

Post by Raven »

|>>
  • Mais de uma presença perturbava a floresta naquele dia, como sempre, a despeito de qualquer proibição que fosse imposta por ali. Animais, mágicos ou não, ocultavam-se ao cruzar com bruxos e bruxas que circulavam pelas trilhas ou por fora delas, tentando passar despercebidos. A sorte protegia aqueles que se aventuravam sem qualquer razão, enquanto os que buscavam por algo entre a escuridão, naquele dia, eram protegidos por algo diferente – a consciência dos predadores de que o intruso era mais perigoso do que eles.

    O predador daquele dia estava em outra parte da floresta, ocupado com sua presa, e nada tem a ver com a área em que esta pequena cena ocorreu. Ali, com as árvores tão próximas umas das outras, era tudo escuridão, tudo umidade e, principalmente, tudo frio. Silêncio cortado apenas pelo romper de galhos e folhas ao chão a cada passo da pessoa que por ali passava a passos lentos, admirando tudo a sua volta. Mesmo o ar parecia morto, estando o vento parcialmente barrado pela densa vegetação, e tudo era perfeito.

    Da última vez em que estivera ali estava morrendo; desta também, mas de outra forma.

    Finalmente, ela parou, encarando um tronco cuja queda havia sido impedida ao, já quase junto ao chão, enroscar-se no restante da densa vegetação. A surrada capa de viagem cinza caiu de seus ombros com um único movimento suave, revelando as elegantes vestes que encobria, antes que ela a depositasse sobre o tronco esverdeado e se sentasse, enroscando as pernas em uma semi-pose de meditação. Seus olhos se fecharam automaticamente enquanto deixava que o frio do ambiente a atingisse por completo, a sensação apreciada mesmo enquanto sua pele protestava por debaixo das roupas, finas em mais de um sentido.

    Entrar em Hogwarts fora fácil, talvez até demais, mas não era hora de preocupar-se com isso. Para sua surpresa, naquela escola, na escuridão daquela floresta, se sentiu em casa pela primeira vez em anos... Mesmo que parecesse ter apenas idade o bastante para ter acabado de deixá-la. Tal pensamento lhe ocorreu acompanhado de um sorriso breve em seus lábios que desapareceu no segundo em que se recordou da razão para sua atual situação.

    Não é engraçado, simplesmente. Pensou, enrolando levemente as pontas de seus cabelos cinzentos em um dedo, apenas para desenrolá-las novamente em um gesto nervoso, ainda que deliberado. Desde que haviam lhe apontado sua mania de morder o lábio quando perdida em pensamentos, passara a trabalhar em desenvolver outro tique, procurando assim se manter focada o bastante nesse tipo de coisa para que pudesse controlar suas pequenas manias.

    Apenas quando ouviu passos se aproximarem foi que ela se pôs de pé, mãos nas costas e segurando a capa meio embolada enquanto encarava a fonte do ruído. “Boa tarde,” falou de forma gentil, sem esperar por uma resposta antes de continuar “estive esperando que aparecesse para me conduzir até o castelo.” A verdade era que estivera esperando por qualquer um, sendo aquela uma trilha relativamente movimentada da floresta e considerando-se que, após sua ausência, a idéia de retornar ao castelo sozinha para encontrar pessoas que não a reconheceriam parecia... Errada.

    Os últimos anos, no entanto, haviam lhe ensinado que se houvesse uma forma de dizer algo que a fizesse soar mais bem preparada do que seu interlocutor, essa era a melhor forma de se comunicar. Inclinou a cabeça de leve, deixando seus olhos encontrarem os do recém-chegado através da escuridão. “Me perdoe se estiver enganada, mas não acredito que já tenhamos nos visto. Qual o seu nome?”
Combinado de encontrar com Dvd.
É, sou eu mesma O:
culpa do gui e do dvd
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Re: Floresta Proibida

Post by David Bergerson »

Adentrou a floresta a passos largos, sem hesitar por um instante sequer. Por alguns momentos, sentia como se tivesse voltado ao passado, como quando entrara ali, desesperado, sabendo do destino terrível a que sua fiel amiga se submetera. E, com isso, pegou-se quase correndo algumas vezes, exatamente como naquele fatídico dia – tão fatídico que ele jamais poderia ter imaginado. Desde então sua vida nunca mais fora a mesma. E com as lições dos anos seguintes, compreendeu e se conformou com o fato de que nunca mais seria. Não podia deixar-se enganar. Não novamente. Não por si mesmo.

No entanto, aquela sensação o atiçava, ainda que não soubesse exatamente por quê. Não era como se o frio e a escuridão já intensa do lugar – o fim de tarde e o céu cinzento contribuíam ainda mais para tal – fossem capazes de afastá-lo. Não. Precisava descobrir, precisava saber do que se tratava. Confirmar suas suspeitas. Era quase como que algo doentio, algo sobre o qual já não tinha controle algum. Nem mesmo o corpo fatigado, pernas enfraquecidas, coluna quase curvada, braços pesados, tendendo a caírem ao lado do corpo, nada disso o fazia parar. Nada, absolutamente.

Não se deu ao trabalho de acender a varinha. Conhecia – e bem – o caminho. Deveria seguir um trecho da trilha comum, até certo ponto. Sabia o local onde deveria chegar. Tinha certeza, quase que absoluta, de que o que quer que fosse, estava vindo de . Só poderia ser. Esperava ao menos que, dessa vez, chegasse em tempo. Ou não.

Prosseguiu com o mesmo ímpeto, ainda que se enroscasse nos galhos e raízes das árvores. Até que se viu derrubado por uma pequena raiz rasteira – o pé direito enroscara-se nela e não foi difícil que perdesse o equilíbrio; sem forças, as pernas não conseguiram manter-se eretas, e com isso o corpo desabou como que atingido por um enorme peso. Como resultado, mais alguns arranhões nas mãos, braços e pernas. E não era como se ele estivesse bem o suficiente para conseguir levantar-se no mesmo instante.


- Eu... preciso... chegar... lá... – disse, estendendo a mão esquerda a frente na direção para a qual seguia, como se estivesse em delírio, o rosto molhado de suor e respingado de terra úmida.

Esforçou-se – dentro de suas possibilidades –, mas não obteve sucesso. Passaram-se alguns minutos, que lhe pareceram uma eternidade, até que ele finalmente conseguisse se colocar de pé. Pontadas nas costas não lhe permitiram seguir com o mesmo ritmo, por mais que o quisesse. Sentiu-se frustrado. Sabia que cada segundo era precioso. Sabia que estava a ponto de falhar. Mais uma vez. Ainda assim, prosseguiu. Por algum motivo, ainda tinha alguma esperança. Alguma.

Foi quando ouviu a voz. Não percebera qualquer movimento, mínimo que fosse, mas ali estava ela, quase como um vulto. Parada em pé, trazendo as mãos às costas, e delas pendia parte de um objeto qualquer que David não pôde identificar, não com a escuridão e a maneira com que estava sendo segurado. A mulher – se é que realmente o era – falava de forma gentil, mas nem por isso o bruxo deixou de continuar alerta – ainda que estivesse esgotado.


- Boa tarde, estive esperando que aparecesse para me conduzir até o castelo.

Encarou-a com os olhos azuis acinzentados de exaustão, misturados ao brilho sombrio da floresta. Ela estivera esperando? Por ele? Chegou a se perguntar se não estava, de fato, delirando. Mas era tudo real demais para um mero delírio. Feliz ou infelizmente. Talvez a mulher fosse apenas mais alguém contratado por Renan – e, como já de costume, não apresentada aos demais. Mas que raios ela teria ido fazer no meio da floresta sozinha?

Não pôde visualizar os traços da moça satisfatoriamente no local onde estavam. Apenas, por alguma razão, não sentia como se ela fosse uma ameaça. Talvez fosse justamente isso que ela queria que ele pensasse. Talvez fosse apenas um motivo de distração para impedí-lo de chegar ao lugar para que se encaminhava. Mas e se não fosse? E se estivesse, mesmo, apenas perdida? Não era como se ele pudesse largá-la ali, não naquelas condições. Perigoso demais. Talvez não para ela. Como iria saber?


- Me perdoe se estiver enganada, mas não acredito que já tenhamos nos visto. Qual o seu nome? – ela perguntou, ainda, encarando-o na escuridão.

Encarou-a por alguns instantes, e então voltou os olhos na direção de seu lugar ainda mais sombrio. Era tarde demais, e ele sabia disso. Tarde demais, de qualquer forma. Não havia mais o que fazer. Rendeu-se, não menos frustrado. Olhou novamente para a mulher e reuniu forças para finalmente respondê-la, sendo, desta vez, extremamente sincero. Não havia por que não sê-lo. Assim esperava.


- De fato não nos conhecemos, senhorita. Ao menos não pelo que posso ver. – deu dois passos à frente, deixando-se aproximar dela, e então continuou, no seu típico tom nem-um-pouco-inglês – Sou David Bergerson, professor desta escola. E, além de seu nome, creio que também gostaria de saber o motivo pelo qual... bem, a senhorita veio parar sozinha aqui. A floresta esconde muitos perigos, se não sabe.

Por algum motivo, estava consciente de que ela sabia, sim, desse detalhe. Mas precisava ouvir isso da boca dela mesma. Tudo naquele dia – naquela semana – estava tão atípico, que ele já não via motivos para desconfiar daquela mulher. E se tivesse de morrer ali, pelas mãos dela, talvez não fosse de todo ruim. Por fim, complementou:

- De qualquer modo, vou conduzí-la até o castelo. Não sei há quanto tempo chegou, mas esteja preparada. Ele também esconde muitos perigos...




Off- ¹weeee raven '-'

*pulaquintuplamente '-'

*abraçaennãolargamais '-'

²Gui e tia Angelina, obviamente estamos em outro ponto da floresta, e portanto não iremos incomodá-los u.u ainda que Dvd quisesse muito isso ~hoho

Gaby invadindo == Eu precisava dizer isso: "RAVENNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNNN" ~~morde[/i]
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Raven
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Re: Floresta Proibida

Post by Raven »

<<||>>
  • A escuridão era tudo o que separava seus olhares, mas não impediu que se travassem um no outro em uma avaliação muda. Ele estava confuso, como seria esperado de qualquer um que encontrasse alguém naquela floresta, naquelas condições; ela estava curiosa. Pessoas iam àquela floresta todo o tempo, e ela saberia disso melhor que ninguém, mas nunca sem um motivo. Qualquer que fosse o dele, certamente não envolvia ter seu caminho barrado por uma desconhecida.

    O silêncio que seguiu suas palavras se arrastou em meio à penumbra emprestando à situação um ar ligeiramente irreal, permitindo que seus pensamentos corressem livremente até o ponto em que nenhum dos dois deveria se surpreender em acordar de repente no conforto de sua cama e descobrir que aquilo nada mais fora do que um momento estranho de um sonho que realmente não se encaixa com o restante e será esquecido em uma questão de segundos; talvez, se dormisse um pouco mais, poderia se tornar um sonho ou pesadelo.

    Tal pensamento lhe levou um sorriso malicioso aos lábios no exato instante em que ele desviou o olhar, tão logo previu que tipo de sonho poderia surgir com um desconhecido que, pelo pouco que via de seu rosto, era muito bonito em um lugar como... Sacudiu a cabeça, desfazendo aquele ar surreal e afastando de vez qualquer daqueles pensamentos não tão surreais. As pessoas mais velhas pensam, às vezes, que voltar a ser jovem seria uma maravilha; ela diria que essas pessoas se esqueceram de como é ser uma montanha russa hormonal.

    Sem seus pensamentos no caminho, ela o observou novamente, sem se preocupar em seguir sua linha de visão até o que certamente seria, para ela, apenas o espaço escuro entre duas árvores. Ele parecia exausto, não só fisicamente, mas de uma forma muito mais profunda e irreversível. Mesmo sem conhecê-lo, se apiedou por isso, talvez por ser familiar com a sensação.

    Afastou esse sentimento, também, com uma ligeira careta. No que dizia respeito a lugares recheados de magia como aquele, acreditava em sinais um pouco mais do que em outros, tendo em vista que situações passadas lhe haviam ensinado que seria simplesmente estúpido ignorá-los. Conhecer alguém por acidente naquela floresta?

    Dificilmente bom sinal, por melhor que as coisas tivessem terminado com a última pessoa de que se aproximara naquela floresta.

    O nome fez com que se recordasse, finalmente, de conhecer o homem, o que dava um humor ligeiramente irônico em sua escolha das palavras pelo que posso ver. Se tornara professor não muito antes que ela deixasse a escola, e não tinha uma reputação das mais agradáveis entre os alunos – mas não era como se ela tivesse uma, também, portanto isso não deveria querer dizer muita coisa... Ou, ao menos, que vinham do mesmo saco.

    O tom de voz usado por ele contrastava com o dela drasticamente, apesar de ser o apropriado e esperado para qualquer um dos dois, mas ela evitou reagir a isso, apenas permanecendo lá, de pé, enquanto o ouvia informá-la acerca dos riscos da floresta e, logo em seguida, do castelo. Hogwarts não mudara, de fato. Se aproximou um passo também, terminando de desfazer a distância receosa que fora mantida a princípio enquanto punha os braços para a frente, a capa roçando o chão de leve quando voltou a unir as mãos casualmente.

    “Já me chamaram por vários nomes ao longo da vida e dificilmente aquele que recebi primeiro é relevante. As pessoas desta escola têm um nome para mim, os centauros desta floresta outro menos simpático; nenhum deles é particularmente relevante para você. Se precisa de um nome para mim, me chame de Raina, é como fazem atualmente. Entre outras coisas, sou professora também, mas não de uma escola; não mais, ao menos.”

    Não pôde impedir que sua voz morresse um pouco ao dizer a última frase, seus pensamentos correndo rapidamente por algumas das coisas pelas quais havia passado em Hogwarts. Naquele tempo, jamais poderia ter imaginado que sentiria tanta falta da vida que levava ali e até então não processara completamente a falta que havia sentido. Em casa, finalmente, de fato.

    “Estava a caminho do castelo e não pude resistir ao ímpeto de vir até aqui; estou perfeitamente ciente do risco: já enfrentei diversos dos perigos desta floresta e, mais de uma vez, já fui um deles. Na época não percebi o quanto as coisas pelas quais passei entre estas árvores mudaram minha vida. Só achei... Que mereciam uma visita, mais nada.” Ela deu de ombros, deixando sua última frase terminar de morrer no ar antes de dar um último passo na direção do homem, usando a capa em sua mão para bater de leve em seus joelhos e derrubar a sujeira que se agarrara neles e indicava claramente que David havia caído em algum ponto naquela floresta.

    Seu olhar era repreensor quando migrou dos joelhos para os braços, apenas observando os gravetos agarrados em suas roupas e os finos arranhões por sua pele, que a lembraram das cicatrizes que não mais tinha. “Nem todos os riscos deste lugar possuem presas ou uma varinha. Uma amiga me apresentou, certa vez, a diversos venenos que existem por estas plantas, mágicos ou não, alguns dos quais não precisariam de mais do que um arranhão para matá-lo instantaneamente. Deveria prestar mais atenção.” Deteve sua mão com um toque leve quando ele fez menção de movê-la para fora de seu alcance. “Me acompanhe até a enfermaria, sim? Preciso trocar uma palavra com Gabriella e aproveitamos para fazer algo a respeito de todos esses machucados antes que tenha a idéia estúpida de puxar uma varinha para eles.”

    Deteve-se ao notar a forma como ele a encarava, afastando suas mãos de repente como se a pele dele a houvesse eletrocutado e mordendo o lábio por um instante antes de lembrar que estava tentando parar de fazer isso e passar a se ocupar, no lugar, em torcer o tecido da capa de leve entre dois dedos.

    “Perdão. Acho que preciso aprender a conviver com pessoas que não são minha responsabilidade nem devem me obedecer, não? Os perigos do castelo que mencionou... Não creio que qualquer de nós dois se interessaria por ele se não existissem, hm? Mas não creio, também, que são o que lhe aflige agora. Sinta-se livre para fazer o que te trouxe até aqui, se for seu desejo, posso ir junto ou seguir sozinha para Hogwarts... Só sei que eu apreciaria a companhia e, se não se importa em eu dizê-lo, creio que você também.”
/fala demais
Gaby sua abusada, pare de editar posts alheios O:

Não reli e não fiz td de uma vez.
Chances de estar uma merda e/ou incoerente em algumas partes.
Tenho preguiça de arrumar em qualquer dos dois casos xD
Last edited by Raven on 31/08/10, 02:14, edited 2 times in total.
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Re: Floresta Proibida

Post by David Bergerson »

Ele não percebeu o breve e ambíguo sorriso da mulher. Não poderia ter percebido, de qualquer forma – e não por causa da escuridade. Não que ele não tivesse notado suas belas formas – e que isso não tivesse mexido com ele, de alguma maneira. Mas dadas as suas nada boas condições, não era como se ele conseguisse pensar decentemente no que quer que fosse. Ainda podia sentir a agitação na floresta, não muito distante dali, e isso o incomodava sobremaneira.

A mulher também deu um passo a frente, pondo-se, portanto, diante dele. Ela levou as mãos à frente do corpo e as uniu. Era uma capa, por certo, o objeto que carregava. A de David, que ele vestia, no caso, já parecia um tanto quanto surrada após tudo aquilo, ainda que mantivesse um brilho opaco em meio à luz parca que atravessava os galhos cerrados das árvores. Nada que um Reparo ou coisa semelhante não resolvesse, obviamente. Então ouviu-a dizer, no mesmo tom de anteriormente:


- Já me chamaram por vários nomes ao longo da vida e dificilmente aquele que recebi primeiro é relevante. As pessoas desta escola têm um nome para mim, os centauros desta floresta outro menos simpático; nenhum deles é particularmente relevante para você. Se precisa de um nome para mim, me chame de Raina, é como fazem atualmente. Entre outras coisas, sou professora também, mas não de uma escola; não mais, ao menos.

Raina. Por que tinha a impressão de que já a conhecia, de algum lugar, mas por outro nome? Não se lembrava de tê-la visto na escola, ao menos não desde que passara a professor, mas ao mesmo tempo a moça lhe parecia familiar. Tão familiar quanto a ela, pelo que dizia, eram aquela floresta e o castelo. Bem, dos males o menor. Ou não. Ainda que Raina já tivesse estado em Hogwarts – e lecionado ali? –, quem garantiria que aquela, à sua frente, era de fato a própria e não alguém se passando por ela? Complexo, realmente. Mas era uma possibilidade que não poderia descartar de pronto.

Já estava quase a ponto de perder-se em seus pensamentos novamente quando ela continuou, fazendo com que a atenção de David voltasse mais uma vez às suas palavras. No caso, não precisaria de muito esforço para que isso acontecesse.


- Estava a caminho do castelo e não pude resistir ao ímpeto de vir até aqui; estou perfeitamente ciente do risco: já enfrentei diversos dos perigos desta floresta e, mais de uma vez, já fui um deles. Na época não percebi o quanto as coisas pelas quais passei entre estas árvores mudaram minha vida. Só achei... Que mereciam uma visita, mais nada.

Não deixou de notar certa sinceridade nos argumentos de Raina – o tom usado por ela era de alguém que, de alguma forma, sentira muita falta de estar ali. Ele sabia muito bem como era isso. Não era como se ele não tivesse sentido algo no mínimo parecido após mais de dez anos fora. Talvez por esse motivo, já começava a nutrir certa simpatia pela moça. Continha-se, no entanto, embora inconscientemente. Sua autodefesa funcionava mesmo quando ele próprio não a requeria.

Ele não disse coisa alguma em resposta. Limitou-se a assentir com a cabeça, simplesmente. Não havia o que dizer. Mais alguns instantes de silêncio seguiram-se quando Raina deu mais um passo a frente e bateu-lhe parte da capa nos joelhos, desfazendo o pó que havia se acumulado ali. Notou o olhar diferente dela quando passou os olhos por seus braços, não em condições muito melhores que os joelhos. Manteve-se calado e não alterou a expressão de seu rosto enquanto ela lhe contava, como que em tom de repreensão, sobre os temíveis venenos das plantas da floresta. Bem, de certa forma, ele estava consciente disso. Mas não era como se não achasse que, talvez, a morte lhe seria um lucro.

Raina levava sua mão em direção ao bruxo, e ele, instintivamente, moveu os músculos do braço para afastá-la. Soube que ela notou isso quando, por si mesma, parou o movimento antes de concluí-lo e afastou ambas as mãos. Talvez não fosse exatamente o que ele queria, mas seria melhor assim. Infelizmente. A mulher, então, pediu-lhe que a acompanhasse até a enfermaria para que tratasse dos machucados – além de mencionar o fato de que precisava conversar com Gabriella. Então ela conhecia a srta. Skulli. Isso era bom. Se aquela não fosse Raina, a gêmea de Renan certamente descobriria. A não ser que também estivesse envolvida nisso, o que quer que fosse. Como poderia saber?

Ele a encarou firmemente desta vez. Não precisaria tratar de coisa alguma – ele mesmo podia dar um jeito naquilo. E isso lhe bastava. Não disse, entretanto, o que estava pensando. Não demorou muito para que Raina voltasse a falar, já mudando o tom. Certamente ela havia percebido. Melhor assim, ele imaginou. Outra vez, a dita autodefesa. Ouviu-a com atenção, no entanto.


Perdão. Acho que preciso aprender a conviver com pessoas que não são minha responsabilidade nem devem me obedecer, não? Os perigos do castelo que mencionou... Não creio que qualquer de nós dois se interessaria por ele se não existissem, hm? Mas não creio, também, que são o que lhe aflige agora. Sinta-se livre para fazer o que te trouxe até aqui, se for seu desejo, posso ir junto ou seguir sozinha para Hogwarts... Só sei que eu apreciaria a companhia e, se não se importa em eu dizê-lo, creio que você também.

Ele desviou brevemente os olhos na direção da floresta vazia – para onde, ele sabia, algo acontecia naquele momento. Mas já não haveria mais o que fazer. Não naquele momento. Voltou-se para Raina, encarando-a agora um tanto mais brandamente. Poderia dizer-lhe tantas coisas... Mas não era como se dissesse muito a quem quer que fosse nos últimos 12 anos. Por isso limitou-se, outra vez, a assentir com a cabeça, e respondeu apenas:

- Está certo. Vou acompanhá-la até a ala.

E sem esperar mais nada, deu os primeiros passos – ainda que não tão rápidos – em direção à saída, acompanhado pela moça. Ela tinha razão. Ele apreciara a companhia. Mas não admitiria isso nem a si mesmo...



Off- ¹Indo para a ala com a Raven Raina o/ *movi permitidamente u.u -q

²Ficou coisado o post, Isa '-' *abraça

³*bate na Gaby u_ú ahauaahau
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Re: Floresta Proibida

Post by atackardia »

Ousada! Tinha que ter falado naquele tom justo de cara com a morte? A garota se encolheu, tensa. Esperava o movimento do homem, que no caso, seria a ultima coisa que veria.

- Crucio!

Pronto... Por que ele não a matou logo de uma vez? Pouparia sofrimento. Nem tanto sofrimento, pois Angelina gostava de sentir dor. Sim, uma masoquista nata. Chegou a dar uma gargalhada seguida de gritos involuntários. Mas iria acabar assim? Um professor matá-la porque pegou-o no inicio de um ritual de Magia Negra? Não... Não podia simplesmente morrer assim.

Sentiu ser levitada e o calor do fogo se aproximando, precisava impedi-lo. Pensou em uma fração de segundos e falou, com uma voz rouca mais ainda sim audível.

- Esp-espere! Calma, pod-podemos resolver isso sem minha mor-mort-morte! - tentou colocar o tom de voz estavel, ainda que estivesse quase encostando-se ao fogo - Olha, eu estou acostumada com esses tipos de coisas... Não sei se conhece, mas sou filha dos Van Tassel, comensais que praticavam essa Magia.

Deu uma pausa, observando a expressão do professor.

- Posso ficar de bico calado. E... sinceramente, se eu não estivesse a ponto de morrer, iria pedir para você me ensinar algumas coisas.

Sorriu, mesmo sabendo que poderia morrer a qualquer momento e dependia de piedade para sobreviver.

Off: eita demora para postar, sorry x.x
Off: ² Que nível, que nível... ;X -q
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Re: Floresta Proibida

Post by Gui M. »

  • A evolução é um ente especial. Especialíssimo, diria. Dotado de corpo mecânico, impulsos psíquicos, articulações e, por base, sustentação. Ao topo, como de praxe, vive um cérebro, senhor dos comandos, almirante-mor da embarcação que se atreve, diariamente, a enfrentar os perigos jamais imagináveis pelas almas tolas e superficiais, que temem e, que fazem desse temor, origem da existência. A estratificação nunca levou ninguém a nenhum lugar. Pelo contrário; se regressão tem sinônimo, nada mais apropriado do que a estagnação. Mas enganam-se aqueles dos discursos inflamados e demagógicos. Conservadorismo e o pseudo-moralismo também são passíveis de críticas: na ausência da luz da sabedoria, surgem os buracos imensos e lodosos da ignorância, na sua forma mais pura e perigosa.

    Em um resgate história momentâneo, a revolução bruxuleante representada pelo descobrimento do fogo foi um fator determinante para o avanço dos povos. Não digo na situação que já é de manejamento do senso-comum, mas parafraseio aquilo que tangeu – e ainda continua a ter a sua importância – no mundo da magia. Desde aquelas mais simplórias, até os ritos mais complexos e elaborados. A crendice acerca do espantoso poder da combustão do oxigênio intriga uma parcela muito nobre dos humanóides dotados de poderes além-terrenos. A transformação da natureza na convergência de um poder antropocêntrico.

    Alguns pensadores diziam que tudo derivava dele, a majestosa chama da vida. Não era para menos, já que a estrela a que todos nós estamos amarrados e elipticamente atraídos, é um dos melhores exemplos do citado elemento comburente. Nos proporciona o prazer – que está intimamente ligado à dificuldade de assim estabelecer – de manter-nos, uma vez nascidos, envoltos por grandes braços de aconchego, na certeza da manutenção da preservação de nossa espécie. E, convenhamos, espécie essa tão frágil, debilitada e que, em um futuro não muito distante, certamente conhecerá a sua ruína, destruindo toda a pretensão que a nossa razão consegue suportar.

    Dessa forma, não havia morte mais digna e nobre. Ao pó retornarás. Não confundam com nenhuma pregação profética. As elucidações aqui presentes em nada se assemelham aos contatos com experiências que fogem da lógica básica do silogismo e da refutação de argumentos pela prática do “daquilo que não é, não poderá ser.”

    Ao contrário, tudo não passa de uma aproximação com a natureza, na sua forma mais límpida e magnânima. Uma vez em contato com as chamas, é questão de tempo até que as terminações nervosas cessem o fluxo da dor, anestesiando toda a extensão corporal, findando aquilo que, comumente poderia ser associado como uma prática de dor profunda. A fina camada epitélica cede espaço para a visibilidade das divisões antes invisíveis do corpo: o tecido muscular abre as portas para a demonstração da estrutura óssea, que por sua vez, insiste em não reconhecer a sua derrota; rebeldia em seu estado máximo. Mas logo ele é inteiramente consumido, misturando-se no engodo resumido do que era, anteriormente, vida orgânica e inteligente.

    E o sedimento final, o último estágio dessa evolução, limita-se ao pó. Que logo é facilmente levado pelos ventos, passando a ser um mero viajante da leve brisa em que muitos, ao acordar, respiram com profundidade, agradecendo aos céus, gozando-se em vida. Os pulmões agradecem, agora tornando-se a morada daquelas cinzas; uma vez pessoa, outra vez o nada.


    - Sabe, poderá me agradecer agora, antes que se junte ao solo deste local, ou que seja levada aos ares, desbravando um mundo que ainda não conhece. Dói a mim pensar que não sobrará nenhum vestígio para que possam recordar e lamentar-se. Simplesmente, desaparecerá. Logo saberá o erro que aqui encontrou; no momento errado, com a pessoa errada. E, claro, acima de tudo, no dia em que, agora, penso eu, está se lamentando de ter aventurado-se por essas bandas.

    Enquanto pronunciava a sua sentença final, girava o corpo da jovem bruxa ao redor do seu próprio eixo, estudando qual das partes seria a primeira a entrar em contato com o fogo; de fato, se o rosto se encontrasse mais rapidamente com o seu último anfitrião, a dor seria de proporções mais exacerbadas. Gritos agonizantes romperiam pelo local, ou, talvez, o riso desconjunto, fragmentado, como aquele que a mesma soltou quando torturada. Por outro lado, começando-se pela parte posterior do corpo, a morte seria mais lenta, candeciada, dando a chance de se prolongar o orgasmo que vinha acompanhado com o sofrimento.

    E que comece a Inquisição.


    - Outros como você também já tiveram a má sorte de ocuparem a lápide por mim construída. Em Hogwarts, estes tempos pareciam-me cada vez mais distantes. Deixaria você ir, de volta ao seu caminho, seja lá o que faça aqui. – seguia rolando-a no ar, como um porco no espeto, antes de ser devorado na ceia natalina. (!) – Mas o que viu aqui, foge da sua compreensão, e creio que ninguém aqui nessa escola possa entender. Mas por precaução, farei o singelo favor de expurgar toda a matéria de sua existência.

    Olhos brilharam reluzidos pelo movimento desarmônico das chamas, prenunciados em seus passos de uma dança apocalíptica. Sentia o poder de uma vida em suas mãos; seja esse um momento de covardia – pela idade da vítima – ou de crueldade – pelo mesmo motivo –, nada, enfim, atacava a sua moral. Ele mesmo fazia a sua própria.

    Como já era esperado, as súplicas vieram. E de forma ainda mais humilhante do que havia imaginado. As palavras vieram entrecortadas, gaguejantes, fracas. Armou um sorriso com a tentativa frustrante da jovem bruxa de se salvar. Nada poderia fazer. Completamente impotente, continuava a soltar os seus grunhidos de medo frente à finitude...


    - ...Van Tassel?

    O seu espanto quase o fez jogar a herdeira dos comensais ao fogo. Meados da década de noventa. Logo após a sua saída de Hogwarts, Ariel fez parte de um famoso grupo rebelde separatista, mais por indução de seus parentes, em especial, sua irmã, do que qualquer outra coisa. Mas isso não vem ao caso. A única informação de validade era que, nesse meio-tempo em que organizou levantes contra a ordem bruxa vigente, encontrou-se diversas vezes com os pais daquela aluna. Uma coincidência realmente muito interessante. Antes apenas o jovem Feather, agora a sucessora de assassinos implacáveis. Era o seu passado reinventando-se nos momentos mais inusitados e lugares mais inóspitos.

    Pousou o corpo de Angelina encostada à uma árvore próxima, enquanto ainda digeria a proposta de tornar-se um “mestre”, naquilo que dizia respeito as artes obscuras. Era como se os seus desejos e um dos reais propósitos ao vir para Hogwarts esbarrasse em seu caminho de forma infantilmente displicente. Apagou o fogo, deitando todo o local na escuridão. Acendeu a varinha, dessa vez, agachando-se ao lado do corpo da menina. Esboçou um sorriso de satisfação; é, estava feliz – julgue agora o que é felicidade, socraticamente, que conseguirás ir mais a fundo na reflexão das conjunturas que acabaram de ser transcorridas.

    Perfez um olhar clínico sobre o rosto da bruxa, buscando a confirmação das proposições lançadas por ela. Não precisava, sabia disso. Mais do que isso. Sentia.


    - Então seria você uma herdeira dos Van Tassel? Que Merlin me avade! Conheci os seus pais, não tão bem como gostaria. Pensando melhor sobre a minha posição, vejo que você não representa mais nenhum perigo; mas lembre-se... Aquilo que você viu aqui, permanece aqui. – sublinhou estas últimas palavras com certa rispidez. Prosseguiu: – Já em relação a eu lhe ensinar sobre magia negra, lisonjeio-me com a oferta. Sem maiores delongas, verá que muitos charmes da feitiçaria permanecem apagados diante dos seus olhos.

    A conclusão vaga não enganava; ensinaria à garota. Uma perfeita maneira de alastrar a sua influência para outros campos. Mas a decisão ponderou-se no histórico familiar da mesma: quê nostalgia daqueles tempos! Seria uma maneira de trazer os melhores momentos de sua vida de volta à realidade. Por demais piegas, mas não menos sincero.

    Permanecia ainda eufórico com a notícia. Como se tivesse, ironicamente, esquecido o enlouquente furor que o acometera, chegando próximo a matar alguém – uma criança. Quanto ao ritual, ele teria que esperar mais alguns dias.

    Dica quente: não fazer nenhum paralelo deste pronome com a pessoa do próprio Ariel.
. Come into the light
Let me show you how we stay alive.

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