Floresta Proibida

Curta as magias do Castelo de Hogwarts!

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Bru Evans
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Re: Floresta Proibida

Post by Bru Evans »

Narrração
Fala
Pensamento
Outros

A cada segundo que se passava, Bru ficava mais nervosa por saber que havia mais alguém ali com ela. E se fosse um ser perigoso? Ou pior, e se fosse um psicopata assassino?

Oh, meu Merlin, por que eu vim tão longe?

- Oi Bru. Desculpe não queria assusta-la. Vi você entrando na floresta e fiquei preocupada. Você está bem?

- Ah, Emme!

Graças a Morgana é só Emmeline. Obrigada Merlin, Obrigada Merlin, Obrigada...

- Você quase me matou de susto agora Emme! - bru respondera nervosa - Obrigada pela preocupação, eu realmente não estou bem... - ela começara a contar após um suspiro

- mas acho que não estou pronta para desabafar em meio a essas arvores. Depois desse susto, não quero ficar aqui nem mais um segundo! - ela respondera mostrando sua angustia pelo local agourento

- Escute, já que já nos encontramos fora do castelo e provavelmente já estamos encrencadas também... Por que não vamos andando até Hogsmeade? tenho certeza que a caminhada me fará bem e posso ir lhe contando tudo o que se passa até lá... - Bru parara seu monologo um instante para sorrir - E além do mais, eu sei que você ama a Cerveja amanteigada do 3 Vassouras tanto quanto eu...

- Vamos? - Bru perguntara a amiga enquanto já se encaminhava para fora daquela floresta obscura.

OFF: indo para Hogsmeade


OFF2: Emme!! Vamos pra lá logo né?
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Emmeline Lupin
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Re: Floresta Proibida

Post by Emmeline Lupin »

Narrração
Fala
Pensamento
Outros

Bru parecia ter se acalmado após eu sair detrás daquelas árvores. Mas mesmo assim não conseguia ficar tranquila, estávamos muito longe da escola e o lugar me dava calafrios.

- Ah, Emme!

- Você quase me matou de susto agora Emme!
- bru respondera nervosa - Obrigada pela preocupação, eu realmente não estou bem... - ela começara a contar após um suspiro

- mas acho que não estou pronta para desabafar em meio a essas arvores. Depois desse susto, não quero ficar aqui nem mais um segundo!

- Desculpe, não era minha intenção assustá-la. Mas entendo você, esse lugar é medonho.

- Escute, já que já nos encontramos fora do castelo e provavelmente já estamos encrencadas também... Por que não vamos andando até Hogsmeade? tenho certeza que a caminhada me fará bem e posso ir lhe contando tudo o que se passa até lá... E além do mais, eu sei que você ama a Cerveja amanteigada do 3 Vassouras tanto quanto eu...

No mesmo instante comecei a sorrir. Uma cerveja amanteigada não seria nada mal para afastar más sensações.

- Vamos? -Bru perguntara enquanto já se encaminhava para fora daquela floresta obscura.

- Vamos!

off- indo para Hogsmeade
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atackardia
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Re: Floresta Proibida

Post by atackardia »

Implorando vergonhosamente pela vida. Ah se seus pais a vissem agora, provavelmente iria levar uma boa surra. Certo, Angelina não conhecia o valor e o significado da palavra honra, por enquanto.

- ...Van Tassel?

Sim, se ele fosse um verdadeiro bruxo das trevas, conheceria o nome dos Van Tassel, se não os próprios em carne e osso. E, ao que parecia, o professor conheceu. Maravilha. Sentiu o calor do fogo diminuir ao ser pousada do lado de uma arvore. Mesmo com a pele ardendo, aliviou-se por ter se safado dessa. Graças ao nome de seus pais.

- Então seria você uma herdeira dos Van Tassel? Que Merlin me avade! Conheci os seus pais, não tão bem como gostaria. Pensando melhor sobre a minha posição, vejo que você não representa mais nenhum perigo; mas lembre-se... Aquilo que você viu aqui, permanece aqui.

Seus olhos brilhavam enquanto o homem dizia. E, não ousando contrariá-lo, fez um gesto positivo com a cabeça quando mencionara sobre aquilo que o vira fazendo.

- Já em relação a eu lhe ensinar sobre magia negra, lisonjeio-me com a oferta. Sem maiores delongas, verá que muitos charmes da feitiçaria permanecem apagados diante dos seus olhos.

Sorriu, finalmente achara alguém. Levantou-se num pulo, mas logo se desequilibrou e caiu denovo. Suas pernas ainda ardiam. Mas sem se preocupar com isso, novamente postou-se de pé, e foi até o professor.

- Obrigada. Creio que não lhe desapontarei. - desviou o olhar e mirou uma trilha que provavelmente levaria ao castelo - Vou indo, em breve nos falamos.

Mesmo apreensiva em seguir sozinha, deu as costas e caminhou pela trilha.

Off:~ para Hogsmeade *-*
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Gui M.
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Re: Floresta Proibida

Post by Gui M. »

< No capítulo anterior. -q


  • Conseguira dormir. Depois de várias noites de sono passada às claras, revirando-se em seus pensamentos mais recônditos, pesadelos horrendos que lhe assombravam incessantemente, mesmo que não estivesse totalmente desligado de seu corpo para que pudesse entrar nas fronteiras do onírico. Os fantasmas de sua mente estavam lhe fazendo uma não solicitada companhia, estando ele acordado ou fora de si. Não conseguia distinguir os dias, as noites, o tempo corrente. Nada fazia sentido.

    Mas esta noite fora diferente. Saíra da sala da professora Qwysking, depois de um esplêndido diálogo que lhe trouxera os bons ares de outrora. Talvez o whiskey tenha lhe surtido efeitos não antes imagináveis, causando alguma descarga hormonal de adrenalina que pudesse espantar algumas de suas preocupações mais inerentes. Ou então o simples fato de ter sugerido um duelo – sem maiores pretensões, objetivos incrustados e tramas paralelas dispensáveis – um simples embate, apenas. Precisava disso; da grandiloqüência que o colocava como um bruxo especial, diferente de muitos outros. Diferente de todos.

    As poucas horas que dispunha até o momento do encontro na Floresta Proibida foram usadas com grande proveito, tendo seus minutos estritamente calculados para não perder a pontualidade de sempre – vista como uma questão de honra e civilidade; ao menos quando falamos em duelos pré-agendados. Passou rapidamente em seus aposentos, trocando o seu vestuário desleixado e sem nenhum cuidado que trajava pela sua típica elegância que sempre ostentou. Vestiu-se no melhor estilo vitoriano, pondo-se em trajes que remetiam a melhor das festividades de gala. Já começaria ganhando o enfrentamento pela aparência, antes de tudo.

    A noite – ou o período que a antecedeu – servira para o já narrado repouso revigorante que se dera o luxo de presentear-se, antes de descer para os campos exteriores de Hogwarts. Ainda em seu cômodo pessoal, retirou a varinha do suporte bengalístico, carregando-a livremente entre a mãos, trocando as posições, esporadicamente, em sua capacidade ambidestra parcialmente desenvolvida. Certificou-se para que não se esquecesse de nenhum detalhe importante. Aliás, nem havia a menor necessidade para tal preocupação ínfima. A varinha, único objeto que lhe era quisto neste momento, já jazia em suas mãos, firmemente, ansiando para entrar em verídica e estimulante ação.

    Nem sequer se importou com a possibilidade de poder ser interrompido por elementos indesejáveis; outro professor abutre sem muito para resolver em sua vida pessoal enfadonha e que gostava de traçar conversas desinteressantes pelos corredores, ou, então, os alunos que não respeitavam os horários estabelecidos pelas normas escolares e que se aventuravam pelos jardins, em libertinagens descomedidas. Assuntos que, de toda a forma, não diziam mais respeito à Ariel. Na verdade, em nenhum momento viu-se responsável por outros aborrecimentos, a não ser aqueles que eram exclusivamente seus.

    Cruzou os jardins com passos determinados, violando a floresta com uma rapidez meteórica. Lançava alguns feitiços que abriam pequenos trechos da hermética mata, onde não se era possível seguir em linha reta. Ao chão eram feitas trilhas rústicas que indicavam o caminho em que estava se direcionando. Sabia que a sua adversária ainda não havia chegado até o local marcado – fizera questão de aprumar-se adiantadamente. Pouparia maiores transtornos se, ao invés de se colocar nos confins da região, traçasse uma breve sinalização que levava diretamente para onde fielmente se encontrava.

    E as árvores foram abertas sem qualquer escrúpulo para a sua passagem. Nunca havia se embrenhado nas maiores profundezas da famigerada floresta, mesmo com todos os rituais que se costumara a realizar por ali. Reto e sem desvios, ele foi. Sentiu olhos na escuridão lhe observarem, movimentações soturnas lhe acompanhando e a mais pura magia negra enchendo-se pelos ares, tomando forma de uma atmosfera funesta e precursora para os cortejos de morte que ficavam cada vez mais sensíveis.

    Vencendo a vegetação densa, desembocou em um espaçamento ligeiramente mais amplo e largo, no qual se podiam notar algumas árvores que foram abruptamente arrancadas do solo, restando apenas os resquícios daquilo que foram as suas raízes. Poderia imaginar que aquele local servira de morada para Trasgos, ou até mesmo Lobisomens, em um passado não muito distante. Sorte deles (das criaturas) que foram sensatas e deixaram a floresta antes de encontrarem os bruxos que invadiriam a sua furna, temporariamente.

    Com um feitiço, armou a clareira. Cuidou para que ela se dispusesse bem ao meio do grande salão improvisado que a floresta naturalmente havia disposto. Todos os demais detalhes acertados, era chegado o momento. Conjurou uma enorme cadeira de marfim, vinda direta de sua erudição imaginativa; era artesanalmente bem trabalhada, trazendo características das cortes monárquicas dos séculos passados. Repousou-a de frente para o fogo, onde as chamas lançavam uma iluminação de contrastes sobre todo o seu rosto e corpo.

    Sentou-se, em seguida. Em breve, estariam travando um duelo em que a morte seria o único troféu de ostentação. Passava a varinha por entre os dedos, à medida que esperava a mestra de Poções em sua apresentação; não deveria estar muito longe. Questão de poucos minutos.

    E, foi então que, aconteceu: como uma intensidade nunca antes vista, as badaladas dos sinos distantes bateram a chegada do próximo dia. Meia-noite.




Off ~ *-*

Tinha pensando em trilhar musicalmente toda essa bagaça.

L’Estro Armonico, do Vivaldi. Achei que seria interessante, mas, ok, podem ignorar. ç.ç
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Sheu
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Re: Floresta Proibida

Post by Sheu »

Sentou-se e pôs-se a admirar as chamas de sua lareira. Depois que o Sr Ruthven deixou a sua sala, Zaphyra sorriu e se encaminhou para a poltrona mais próxima. Sorriu. Um sorriso de excitação, de soberba, de poder, de ambição e de satisfação. Descobriu-se, portanto, desejando ardentemente aquele embate e, por longos minutos, no silêncio quebrado apenas pelo crepitar do fogo, saboreou a fulgurante tensão que antecede a batalha.

Ergueu-se, por fim, no intuito de preparar o banho ideal para seu corpo e sua alma. Infusões secretas, com ingredientes que iam de simples pétalas das rosas mais perfumadas, até o veneno adocicado de uma mamba negra. A água quente da banheira em seus aposentos exalava uma fragrância inebriante e exótica. Zaphyra entrou delicadamente, deixando que sua pele absorvesse o poder daquele aroma e sua alma de fortalecesse. Teria um diferencial para aquela luta, afinal.

Vestiu-se sem pressa, atendo-se à cada detalhe. A meia fina, fabricada diretamente da produção do bicho da seda, calçava-lhe a pele com perfeição. Os sapatos de salto, finos como uma lâmina de abate, não lhe incomodavam na hora da luta e a magia neles impossibilitava possíveis tropeços. Havia se aperfeiçoado por longos anos nesta arte. As jóas, diamantes negros, adornavam suas pequenas e alvas orelhas. Seu vestido negro, longo, feito sob medida, percorria toda a extensão de seu corpo, de puro bordado. Não possuía brilho, pois o tecido contrastava com sua pele nua, em uma obra de arte criada por duendes, permitindo toda a sorte de movimentos. O cumprimento da manga de suas vestes alcançava o seu punho, deixando-se cair por alguns centímetros, o rasgo vertical lhe permitia maior mobilidade nas pernas e a exposição do colo lhe garantia ainda mais feminilidade. Tirou uma capa de seda, negra como o véu escuro da morte e a vestiu.

As poucas horas que dispunha antes do embate marcado, foram utilizadas com sabedoria para a preparação de sua mente e de seus truques. Saberia utilizá-los com perfeição, pois em um duelo onde apenas a vitória importava, os gladiadores trabalhavam com suas melhores armas empunhadas. Ostentou diante do fogo sua varinha de wattieza, com cabo de marfim cravejado de pequenas pedras preciosas. Admirou sua companheira por longas datas, vitoriosa, imponente e cruel.

Minutos antes do horário combinado, devidamente encapuzada, saiu pelo Castelo sob um feitiço de desilusão. Não estava interessada em possíveis interrupções em seu caminho. Andava com segurança, focada em seu objetivo. Suas expressões não tinham nada a revelar, porém sua íris variava em tons, como uma chama avassaladora, prestes a consumir tudo pela frente. Alcançou os jardins e logo encontrou a trilha aberta. Percorreu seu caminho, restaurando à forma original, com floreios de sua varinha, a desvirginada mata.

Sentiu olhos invisíveis acompanharem seu trajeto. Sentiu um véu de sombra sendo lançado à Floresta Proibida de Hogwarts. Poderia tocar a tensão mágica na atmosfera, se quisesse, diante de tamanha vibração. E então, o silêncio. Um silêncio total e absoluto, quebrado apenas pelo crepitar do fogo. Sorriu. Estava satisfeita.

Revelou-se ao entrar nos limites da clareira, aberta pelo cavalheiro diante de si. Ele se levantou, livrando-se da cadeira. Sim, aquele era o Ariel Ruthven que estava esperando encontrar. Uma onda de excitação percorreu seu corpo, ávida pelo início. Retirou o capuz que escondia seu rosto, de beleza ainda mais devastadora. Delicadamente, livrou-se da capa, revelando as vestes já descritas. Sentiu a fragrância de seu banho se espalhar pelo ambiente, convidativa. A sedução fazia parte da tradição de um duelo entre grandes poderes. A bruxa, obviamente, tem o seu primeiro ataque produzido por sua presença. Zaphyra era pura presença.

Então uma onda de vibração tomou o ar. Uma badalada. Encararam-se. Duas badaladas. Caminharam para o centro da clareira. Três badaladas. Cumprimentaram-se em respeito. Quatro badaladas. Exibiram suas varinhas. Cinco badaladas. Deram-se as costas. Seis badaladas. Encaminharam-se para extremos opostos. Sete badaladas. Posicionaram-se, prontos. Oito, Nove, Dez, Onze, Doze.

Com um movimento rápido como o bote de uma serpente, Zaphyra utiliza-se da pequena fogueira para criar uma bola de fogo de tamanho considerável, impossibilitando ataques diretos e iluminando totalmente aquele ponto da floresta. Intensificando o ardor da batalha, em milésimos de segundo, esta bola suspensa adquire inúmeros tentáculos, que avançam impiedosamente em direção ao seu adversário. Controlados pela varinha e aguçada mente da Professora de Poções, também exímia duelista, os tentáculos continuam a atacar, seguidamente, como se tivessem vida própria, queimando o que estiver pela frente.

Off
*-*
Tinha que me aproveitar da leve distração para fazer um pequeno movimento inicial...
Um feitiçozinho básico para começar :twisted:
~burn, ariel, burn!! muahahahaha
Fiquei com ciuminho e fiz trilha tb tosco, mas foi de madruga 8)
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Gui M.
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Re: Floresta Proibida

Post by Gui M. »

  • Estampou em seus lábios um largo sorriso ao deixar cair os seus olhos sobre uma figura que caminhava lentamente em sua direção, trazendo consigo uma presença que silenciou os temores sonoros causados pela floresta, na qual as artimanhas mais nefastas e subumanas se curvaram para tamanho poderia da bruxa que se dirigia altiva para o centro do antro de debates, tendo a silhueta refletida parcialmente em contrastes artísticos pela clareira crepitante. A magia rodopiava em toda a atmosfera. Era o momento do duelo.

    Levantou-se da cadeira na qual antes esperava por sua adversária, desfazendo-a com um movimento ligeiro de varinha. Em combates com outros bruxos, poderia continuar na impossibilidade de utilizar as suas pernas, permanecendo-se em estado de profundo conforto, sem preocupar-se com o fato da locomoção, sobremaneira. Poderia vencer qualquer tipo de confrontamento sentando e, se o luxo lhe permitisse, com a ausência da capacidade de visão. Não, muita pretensão, reconhecia. Mas estes são detalhes desinteressantes, na atual circunstância. Apenas sabia que, nesta sua mais nova empreitada mágica, não poderia subestimar o inimigo, jamais; já aprendera com os próprios erros passados.

    Cumprimentaram-se, então, dando início as prerrogativas formalidades. Respirou fundo, admirando a fragrância enevoada que pulava dos movimentos sutis de Zaphyra, enchendo os ares. Sabia que as mais diversas forças de seduções estavam contidas neste perfume aterrador, mas, no fundo, não se importava com isso. Queria correr o risco, sentir a morte tocando o seu corpo lentamente, convidando-o para uma dança eterna. E só assim, com todos os sentimentos aguçados, sentia-se apto para qualquer empreitada. Gostava do clima gótico e lúgubre que se estendia por sobre a sua cabeça. Revigorava-se com a estranha idéia do fim dos ventos da vida soprando-lhe sobre o rosto, impiedosamente.

    Deram-se as costas, acompanhando as badaladas que anunciavam o encerramento da contagem do dia anterior. Os passos dados em sentidos opostos logo foram cessados, abrindo, dessa forma, a possibilidade para a troca de carícias. Continuou na mesma posição, não se dando o trabalho de virar-se para o duelo, ainda. Experimentaria os movimentos da outra, antes de qualquer movimentação sua. Gesto cavalheiresco enrustido da mais pura penetração em relação a um estudo dos gestos do oponente. Antes de jogar-se em tempestade, a observação contemplativa das condições climáticas – permitam-me a singela alusão metafórica.

    Percebeu uma grande agitação ocorrendo. Depois de passados alguns segundos – não se daria ao deslize de alongar-se ainda mais – finalmente encarou a frente de batalha, pondo-se face ao duelo. Seus olhos então capturaram a imagem de uma imensa bola de fogo, proveniente de um feitiço direcionado a fogueira, antes pacata e acolhedora. Cuspia fúria descontrolada por toda a floresta, com seus tentáculos destruindo e incendiando todos os espaços orgânicos que conseguia abranger. Interessante começo, convenhamos.

    Abriu os braços, como se pedisse para ser englobado por toda aquela massa em combustão. Acompanhou árvores caindo ao seu lado, assim como algumas criaturas fugindo da escuridão, em um desespero de auto-preservação. Enquanto isso, continuava com uma bizarra displicência, sem tomar uma sequer posição de ataque. Em breve, poderia ter todo o seu corpo carbonizado se não agisse com rapidez imediata.

    E a brisa veio para acalmar.

    Em volta de seu corpo surgiu uma estranha precipitação de ventanias, começando com uma circulação mínima, protegendo-o, à medida que os ventos que o circundavam tomavam cada vez mais proporção e tamanho. Apontou a varinha aos céus; mexeu-se em posição de combate, pela primeira vez, desde que adentrara as imediações da floresta.

    A imensa forma monstruosa flamejante foi dominada por um turbilhão imensurável, originário dos ventos causados pelo bruxo; o que era antes um breve frescor matinal transformou-se em uma força avassaladora que engoliu a pseudo-imponência do feitiço que fora lançado contra ele. A simbiose entre esses dois elementos naturais fundiu-se em uma espécie de furacão dominado em chamas, tendo o seu poder destrutivo maximizado a escalas inimagináveis.

    Moveu a varinha, rispidamente. E, com um controle exímio sobre a própria criação, lançou a obra coruscante na direção da rival, atravessando a curta distância que os separavam. E como se não bastasse a já constatada destruição causada pelo fogo, somava-se o fato da força atrativa dos ventos através de seu efeito centrípeto. Nada lhe escapava, sem ao menos consumir toda a extensão vital dos elementos que lhe serviam como combustível.
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Re: Floresta Proibida

Post by David Bergerson »

David parou quando ouviu a voz do sobrinho. Virou-se e o viu correndo até ele. O garoto então lhe disse entusiasticamente que fossem pegar o ladrão. David sorriu. Já não tinha dúvidas de que fizera a coisa certa. Entretanto, só esperava que, no fim, tudo desse resultado; do contrário, teria sido tudo, absolutamente tudo em vão. Assentiu, apenas, e então prosseguiram pelo corredor escuro, não podendo mais ver o sujeito. David, contudo, sabia que, quem quer que fosse, estaria indo para a saída do castelo.

Ainda não totalmente recuperado do último feitiço, o professor de Astronomia esforçava-se ao máximo para avançar num ritmo veloz o suficiente para que não se distanciassem por demais do larápio. Isso, obviamente, não parecia ser um problema para o garoto ao seu lado, ainda que este tivesse acabado de despertar de sua própria morte — ou quase morte —, ocorrida há dois anos, coisa que certamente teria bagunçado sua mente um bocado, mas que, pelo visto, não afetara o desempenho de seu corpo juvenil.

Enquanto corria ao lado do sobrinho, não pôde deixar de se recordar de seus tempos como estudante, quando corria, de maneira similar, pelos corredores do castelo ao lado de Jane e de James, amigos que se tornaram quase inseparáveis. Quase. Desejou, simplesmente, que o garoto revivido pudesse ter uma sorte diferente da sua. Para isso, contudo, precisavam recuperar o escudo a todo custo.

Finalmente deixaram o castelo, logo atingindo a extensão dos jardins. Por incrível que pareça, ainda havia alunos ali, ainda que poucos; no entanto, estes poucos estavam desobedecendo ordens expressas; o mestre de Astronomia pararia e lhes aplicaria uma detenção imediatamente, não sem antes mandá-los de pronto para os dormitórios, local onde estariam muito mais seguros, dada a difícil situação da escola. Porém, não era como se David pudesse parar para falar o que quer que fosse com os alunos, não naquele momento. O sujeito de capuz estava novamente à vista, correndo alguns metros à frente. Sorte dos alunos. Muita sorte. E que continuassem com aquela sorte no caso de serem eventualmente atacados...

David, contudo, sentiu o sangue gelar nas veias ao perceber a direção para a qual o encapuzado se dirigia. Em instantes, viu o sujeito cruzar os limites da floresta proibida. Apertou a varinha com força na mão esquerda, sentindo que aquilo poderia ser pior do que ele imaginava. Não havia se tratado de um simples roubo; agora lhe estava mais do que claro.


— Não pode ser. Vamos, sobrinho, precisamos nos apressar. — disse, sinalizando ao garoto que seguissem o caminho do desconhecido e entrassem na floresta.

O professor definitivamente não queria envolver o garoto naquilo. Tinha consciència de quão perigoso poderia ser; a floresta por si só já era um grande perigo, e David sabia muito bem disso. Mas não era como se, agora, não achasse que talvez fosse precisar do jovem — para, por fim, cumprir a profecia que lhe era cabida.

Adentraram a floresta por um não menos sombrio caminho, que David imediatamente reconheceu. Já não tinha mais dúvidas de que, mais cedo do que imaginava, tudo estava caminhando para um fim. O problema era que parecia estar faltando uma peça no quebra-cabeças como um todo. Se o inimigo tinha plena consciência de que David Feather era a criança da profecia e, portanto, o único capaz de tomar posse do poder dos artefatos, de que lhe adiantaria roubar o escudo, a troco de nada, visto que não poderia fazer coisa alguma com os objetos por si só? Tendo em vista que o bruxo poderia optar por deixar seu sobrinho a salvo — ou nem tanto — no castelo, aquilo não serviria de nada a ele. A menos que já contasse com o fato de que, sim, David envolveria o jovem Feather.

Entretanto, decidiu que jamais permitiria que o inimigo persuadisse o garoto, da forma que fosse. E dadas as atitudes do rapaz e à sua determinação clara a não seguir os passos tortuosos de seus familiares, David tinha certeza de que ele não concordaria com o que quer que fosse relacionado ao caminho da família.

De onde estavam, não podiam mais ver o sujeito, mas não era como se o professor ainda precisasse disso. Já sabia para onde ele estava indo. Avançaram rumo a um dos pontos mais densos da floresta, as varinhas acesas como único guia em meio à densa escuridão e ao emaranhado de raízes de árvores e arbustos, ao som no mínimo intimidador das criaturas da floresta. Alguns poucos metros à frente, de súbito, o crepitar de uma pequena fogueira. Era ali. O exato ponto onde, possivelmente, tudo teria seu fim.

Ainda em meio ás árvores cerradas, David pediu ao sobrinho que o esperasse ali, escondido. Então, sozinho, saiu de entre as árvores para o meio da pequena e quase imperceptível clareira aberta. Apontou a varinha rapidamente para o sujeito de capuz, que jazia parado ao lado da fogueira com o escudo nas mãos.


— Devolva o escudo agora e deixo você viver. — disse o bruxo, ainda sem identificar o encapuzado à sua frente.

Não mencionaria, obviamente, o fato de que os dois artefatos perdidos — o elmo e a couraça — estavam escondidos exatamente ali, diante da fogueira, no ponto marcado no chão de terra por um hexagrama feito de raizes e uma runa representando o pacto Feather-Bergerson. Leyb os enterrara ali, pouco antes de sair com Ruth rumo ao Ministério da Magia, onde seriam gravemente feridos. David soubera disso apenas há poucas horas, ao encontrar, com um velho bruxo de Hogsmeade, um pergaminho escrito pelo irmão.

Manteve a varinha apontada para o sujeito, que, como David podia notar, sorria por debaixo do capuz. Deu alguns passos à frente, numa clara ameaça ao outro, só então percebendo nele algo peculiar. Então, antes que o professor pudesse concluir por si mesmo qual era a identidade do ladrão, este retirou lentamente o capuz que lhe cobria boa parte da cabeça, finalmente revelando-se.


— Mas o que...? O que exatamente está fazendo? Como foi que entrou aqui? — indagou David, estupefato. Jamais poderia ter imaginado o que via agora diante de si...



Off- ¹Obviamente, em outro ponto da floresta que não onde se encontram Ariel e Zazá u.u ~hoho

²Olha que cumpro a promessa da ula, hein u_ú *foge
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Daniel Feather WP
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Re: Floresta Proibida

Post by Daniel Feather WP »

Daniel estava realmente confuso quando deixou o Três Vassouras. Havia encontrado a própria Ministra da Magia, depois passado em frente a uma Dedosdemel "perturbada", com alguns alunos parados em frente a vitrine, observando os professores que estavam trancados lá dentro por algum motivo, que Daniel achou que não lhe interessavam mais, não naquele momento. Continuou andando sem rumo, mas para longe dali. Só queria ficar sozinho...

Caminhando por vielas um pouco desertas e já um tanto escuras do vilarejo, Daniel continuou pensando nas coisas que vinham lhe acontecendo. Por que Sarah fizera aquilo com ele? Eles já não eram amigos? Por que de uma hora pra outra ela tinha lhe dado as costas, como se não quisesse ele por perto? Talvez ele tivesse se enganado; talvez Sarah nunca realmente o tivesse visto como amigo. Talvez ela só tivesse se aproveitado disso no começo, quando era novata e ainda não conhecia ninguém...

Além disso, tinha, é claro, o aparecimento do suposto David, seu irmão gêmeo que havia morrido na sua frente a dois anos atrás. Aquilo não fazia nenhum sentido, e Daniel achava que talvez tudo não passasse de uma brincadeira de mal gosto que estavam fazendo com ele. Alguém podia ter tomado Polissuco e estar muito bem se passando por David apenas para deixá-lo mais confuso. Ou então talvez aquele garoto fosse mesmo David, mas se era o caso, se ele estava vivo esse tempo todo, por que então não voltara antes? Por que havia deixado Daniel sofrer sozinho todo esse tempo?

Daniel parou em uma rua escura (pois a noite já havia praticamente chegado) perto de um local que ele conhecia muito bem: a Casa dos Gritos. Não podia deixar de ter arrepios ao ver aquela casa, a alguns metros de onde ele estava. Então, ele se sentou em um banco de madeira bem velho que estava ali, provavelmente deixado por alguém. Colocou os pés também em cima do banco e abraçou os joelhos, sentindo um pouco de frio. Não se importava. Só não queria voltar para Hogwarts agora... Porém, foi quando ele ouviu em sua mente:

"Você os odeia, não é? Eu os odeio também."

Daniel olhou ao redor, um pouco assustado, e então, de repente, viu uma fumaça negra surgir em sua frente. Alguns segundos depois, uma forma humana apareceu no meio daquela fumaça mais negra que a noite. Então ele a viu, e agora já não ouvia mais aquela voz em sua mente, e sim em seus ouvidos, saindo diretamente da boca da pessoa a sua frente, que disse:

- Você e eu somos iguais, Daniel. Eles rejeitaram você. Rejeitaram a mim. Venha comigo, e vamos dar a eles o que eles merecem. Além disso, há algumas coisas que eles não lhe contaram. Mas esta noite, eu vou revelar tudo a você.

A figura então lhe estendeu a mão, e Daniel, mesmo surpreso, não hesitou em se levantar do banco e tocar a mão que lhe era estendida em meio a fumaça negra. Então foi com ela pela rua deserta, ouvindo com atenção tudo o que tinha a dizer. Ao final, o garoto estava repleto de ódio, tal como nunca havia sentido antes. Jurou que iriam pagar pelo que tinham lhe feito...

Pararam próximos dos portões de Hogwarts. Daniel ainda não sabia o que fazer, mas esperava que seu acompanhante lhe dissesse. Nisso porém, avistaram a figura de David Bergerson avançando na direção da Floresta Proibida. Daniel olhou para o lado, e então a pessoa lhe disse:

- Siga-o. Observe onde está indo e o que está fazendo. Não o perca nem por um segundo.

Daniel balançou a cabeça, concordando, e então a figura lhe colocou nas mãos uma espécie de capa.

- Use isto. E se precisar falar comigo, concentre-se em mim e fale por aqui. - disse, tocando com os dedos levemente na testa de Daniel. - Agora vá, querido. Nos vemos mais tarde.

Então o garoto foi, avançando com dificuldade e muito cuidado por dentro da Floresta, alguns metros atrás do professor, que depois de um tempo, finalmente parou em certo ponto, olhando para algo desenhado no chão. O homem saiu dali sorrindo, e Daniel, depois de observar o desenho, contou à pessoa, em pensamentos, tudo o que via. Depois, continuou seguindo o professor, que agora ia em direção ao castelo. O homem parou nos jardins para falar com algumas pessoas ali. Parecia haver alguns alunos machucados, e Daniel não teve dúvida do lugar para onde estavam indo quando entraram todos no castelo.

Nisso, ele ouviu outra vez em sua mente:

"A espada. Sabe onde está? Vá atrás dela. Rápido!"

Daniel sabia onde ela estava, claro. Então vestiu o capuz da longa capa que haviam lhe dado e caminhou com certa facilidade pelos corredores escuros e vazios, até se aproximar da sala de Renan, que obviamente estava fechada. Não tinha idéia de como faria pra pegar a espada, mas decidiu tentar o mais simples primeiro. Se não funcionasse, teria que pedir ajuda. Estendeu a varinha na direção da porta e disse:

- Accio espada!

Nada aconteceu a princípio, e Daniel já estava se preparando pra tentar abrir a porta quando, de repente, a espada entrou pela janela do corredor, indo parar com o cabo nas mãos do garoto. Ele sorriu, logo guardando a espada por dentro de sua capa. Agora só faltava uma coisa... Então virou-se e seguiu pelos corredores na direção da ala hospitalar...

Parou ainda no corredor, em uma parte sombria, avistando ao longe, dentro da ala, o professor de astronomia e algumas pessoas que não conseguiu identificar. E para a surpresa do garoto, pelo que podia ver, o professor tinha nas mãos justamente o objeto que ele precisava. Daniel, sem pensar duas vezes, estendeu a varinha e pronunciou:

- Accio escudo!

No mesmo instante, o escudo "voou" das mãos do professor até as mãos do garoto no corredor. O homem não demorou a perceber o que acontecia, claro, e então Daniel, ainda escondido sob o capuz, correu corredor afora, sabendo muito bem aonde tinha que ir. Avançou pela floresta, passando com dificuldade por caminhos fechados e cheios de raízes, mas felizmente lembrando bem onde ficava o lugar em que tinha que chegar. Alguns minutos depois, finalmente chegou, avistando o desenho no chão na pequena clareira aberta.

Com um feitiço rápido, acendeu uma pequena fogueira ao lado da marca no chão. E então ficou esperando. Não demorou muito para que o homem aparecesse, lhe apontando a varinha e mandando que devolvesse o escudo. Daniel não respondeu, limitando-se a dar um sorriso irônico por baixo do capuz. Então, quando David avançou em sua direção, Daniel retirou o capuz, revelando sua identidade. Disse, ainda com o sorriso irônico no rosto:

- Oi, "tio". Parece que eu não era tão inútil quanto você achava, não é? Pois é... Só que você se enganou esse tempo todo. Meu irmão David não é a criança da profecia. Eu sou...


Off tcharam!!! :mrgreen: ficou grande, mas é que eu tinha que contar onde o Daniel tava, aí por isso ^^
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Re: Floresta Proibida

Post by David Feather »

David correu apressadamente ao lado de seu tio castelo afora — definitivamente achando que ainda tinha de se acostumar a essa ideia, visto que até há pouco, ou melhor, desde que se recordava, não conhecia aquele homem. Não era como se pudesse começar a chamar um até então desconhecido de tio assim, de uma hora para outra. Contudo, se esforçaria para isso.

Avançaram pelos jardins, e David teve vontade de parar para admirar um pouco aquele lugar, não evitando as lembranças de tudo que passara ali — ainda que algumas não lhe fossem totalmente agradáveis. Ali, no mesmo ponto em que passavam, a meio caminho da floresta proibida — para onde, por sinal, o encapuzado parecia se dirigir —, fora onde ele e o gêmeo Daniel haviam encontrado um desolado Gui, abatido com a recente e inesperada morte de sua namorada, Ary, também amiga de David. Dali haviam partido para a aventura derradeira e trágica, da qual David ainda não entendia como havia escapado.

Tentou concentrar-se, no entanto, no que acontecia no momento, deixando as memórias para depois, se possível fosse. O tio parou ao ver o ladrão entrando na floresta proibida, e David parou ao seu lado. Meneou a cabeça apenas, concordando, quando o homem sugeriu que deveriam se apressar, ainda que não compreendesse aquilo tudo plenamente.

Ao entrarem na floresta, o homem seguiu um caminho definido, como se já o conhecesse, e embora já tivessem, aparentemente, perdido de vista a figura encapuzada, em parte graças à escuridão que predominava no lugar, a qual também os obrigava a manterem as varinhas acesas. David o seguiu cautelosamente, cuidando para não se arrebentar nos galhos que se enroscavam pelo chão. Sorriu ao lembrar-se do quanto tinha vocação para fazer visitas à ala. Talvez Renan o acabasse chutando de lá se aparecesse mais uma vez.

Por fim, ainda de entre as árvores, avistaram a luz de uma pequena fogueira acesa em meio à floresta a alguns metros. Ao lado dela, o encapuzado, parado ali como se nada estivesse acontecendo. O tio, então, pediu a David que o aguardasse ali, escondido. O garoto, de certo modo, não gostou muito da idéia, mas concordou imediatamente, limitando-se a observar o professor sair para a pequena clareira e apontar a varinha para o sujeito no mesmo instante. O encapuzado, porém, não deu qualquer resposta, forçando o homem a avançar um pouco mais em sua direção, de maneira claramente intimidadora. Entretanto, o que ambos os Davids não poderiam imaginar era a identidade do sujeito por baixo do capuz, a qual se fez revelada assim que ele descobriu seu rosto...

— Daniel... — David sussurrou, ainda oculto entre as árvores. Para ele, era a primeira vez que via o irmão desde o trágico dia em que fora atingido pela espada.

Viu o outro garoto despejar asperamente algumas palavras sobre a tal profecia e sobre ele, e não David, ser o garoto que correspondia a ela. David balançou a cabeça, confuso. Não sabia por que Daniel falava daquele jeito com o tio, muito menos por que roubara o escudo, nem por que a expressão de seu rosto demonstrava ódio e certa amargura, reforçados pela luz alaranjada que emanava da fogueira. Não fazia idéia do que havia acontecido depois de sua suposta morte, mas o gêmeo parecia extremamente perturbado — de algum modo, podia sentir isso.

Não podendo mais se conter, David desobedeceu as ordens do bruxo — sem se dar conta disso — e avançou até a clareira, parando diante do garoto quase idêntico, não fosse pelas roupas e cabelo diferentes. Encarou o outro com certa felicidade, mas não recebeu do gêmeo a mesma expressão. E ao perceber a espada presa às vestes de Daniel, a espada que tragicamente o atingira, recuou alguns passos para perto do tio, até mesmo um tanto receoso. Confuso, perguntou apenas:

— D-Daniel, o que... O que está fazendo?

Perguntou-se se o irmão não estaria sendo vítima de algo que ele mesmo havia sido há algum tempo, quando fora tomado subitamente por uma espécie de energia ruim que o fizera tomar algumas atitudes erradas. Não parecia ser o caso, mas David torcia para que fosse, que o gêmeo percebesse o que estava fazendo e que, assim, acabasse com aquilo. Em todo caso, achou que talvez devesse ajudar Daniel a despertar. Enquanto o gêmeo falava, David avistou um galho grosso caído no chão a pouco mais de um metro da fogueira. Retirou do bolso discretamente a varinha — que não era sua, mas ainda não percebera isso — e a apontou para o galho, movendo-a num gesto rápido.

Wingardium leviosa!

No mesmo instante, o galho levitou e avançou na direção de Daniel, atingindo-o na parte de trás da cabeça, não com violência, mas com força suficiente para fazê-lo ir ao chão, desacordado. David abaixou-se ao lado do irmão, ainda que com receio, por causa da espada, certificando-se de que não estava ferido. Disse baixinho:

— Desculpa, mano. Foi pro seu bem. — ainda abaixado, ergueu os olhos na direção do tio e perguntou-lhe, esperando obter uma resposta satisfatória para que finalmente compreendesse tudo o que se passava — O que está acontecendo, afinal? Por que ele veio pra cá com... a espada e esse escudo?



>Off>> things are coming to an end...
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Re: Floresta Proibida

Post by Daniel Feather WP »

Daniel viu quando o garoto, seu irmão David, saiu do meio das árvores e caminhou até perto dele, o olhando admirado. Agora já sabia que aquele era mesmo David, o garoto que ele acreditava estar morto a dois anos. Sabia também que o infeliz tinha se escondido aquele tempo todo, e por isso não fazia mais diferença naquele momento saber que o irmão estava vivo.

O gemeo então perguntou-lhe "o que estava fazendo". Daniel o encarou com certa raiva no olhar, como se tivesse lhe irritado o fato de ainda ter que dar satisfações ao outro, como se ele fosse o errado ali, e não David, ou melhor, e não os Davids. Então respondeu com um tom bastante grosseiro e irritado:

- O que eu estou fazendo? Eu vou dizer o que estou fazendo... Durante esses anos todos foi tudo feito pra você... Você ficou com a espada... Você foi deixado pra ser criado com nossos tios bruxos, enquanto que eu fui mandado pra viver com trouxas! Eu não tinha mesmo importância, né? E claro! Você era a criança da profecia, isso era o que todos pensavam. Mas estavam todos errados...

Daniel continuou encarando os dois com uma expressão de raiva po alguns instantes. Em seguida, por um breve tempo, a expressão de seu rosto mudou para algo como tristeza ou desapontamento. Aqueles dois não sabiam o quanto ele havia sofrido, tudo que ele havia passado, especialmente naqueles dois últimos anos... Eles podiam ter melhorado isso, podiam ter ajudado para que tudo tivesse sido diferente. Mas não fizeram...

- Você não sabe o que eu passei nesses dois anos... Você não sabe quanto eu me senti culpado porque você tinha... morrido... Por que você não voltou antes? Por que não me deu um sinal que fosse pra dizer que estava vivo? - ele disse ao gêmeo, e em seguida voltou-se para o homem mais velho - E você... Esse tempo todo e nem se deu ao trabalho de contar que era meu tio... Eu precisei tanto de alguém pra conversar algumas vezes... Teria sido tão diferente se eu soubesse que eu tinha alguém próximo vivo, perto de mim...

Daniel se segurou para não deixar que as lágrimas que encheram seus olhos rolassem pelo rosto. Então ele balançou a cabeça, tentando deixar aquilo de lado, e se preparou para fazer o que tinha que fazer. Tomou a espada e a levantou, pronto para fincá-la na terra, no ponto marcado pela runa. Mas nisso, viu o irmão pronunciar um feitiço, mas não entendeu o que aconteceria. Quando seu deu conta já estava levando uma pancada na parte de tras da cabeça, e atordoado, caiu no chão, derrubando junto a espada e o escudo.

Ele manteve os olhos fechados, mas não chegou a desmaiar. Apenas estava sentindo a dor forte na cabeça e alguma tontura, por isso ficou estatelado no chão, do jeito que havia caído, e com os olhos fechados, o que talvez fizesse os outros pensarem que ele estava desacordado...


Off desculpem a demora \=
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Re: Floresta Proibida

Post by Dora Feather »

  • A noite. Negra como breu, ainda que ferida pelo brilho da lua e das estrelas. Gentil, mas violenta. Aconchegante e assustadora. Não preciso dizer o quanto ela me encantava. A noite... palco de tantos eventos... tantos horrores. Cenário perfeito para as práticas antigas das quais eu tomava parte já há anos. Negra. Como a mais poderosa e intensa das magias.

    Adentrei a floresta envolta em uma característica nuvem de fumaça negra. O caminho para dentro dos antes protegidos terrenos de Hogwarts havia sido mais fácil do que eu imaginara — a escola baixara suas defesas, por algum motivo. Tudo parecia conspirar para a realização do evento final. Finalmente. No momento, isso era só o que me interessava. Os objetivos maiores, deixaria para mais tarde. Depois que tivesse o poder em minhas mãos, qualquer coisa não passaria de um pequeno e esdrúxulo obstáculo para mim, o qual eu trataria de superar facilmente. Como sempre fora.

    Pousei sem qualquer timidez, mas com certa elegância, ao lado da fogueira acesa — e do garoto caído no chão. Fizera questão de trajar vestes especiais para aquele momento especial, talvez o mais importante da minha vida até então. Um longo vestido preto, brilhante, cortes muito bem feitos, constratando com minha pele alva iluminada pelo fogo. Uma visão digna de um grande acontecimento, imaginei. Lancei um sorriso breve, educado, aos dois que me encaravam com certo espanto — o homem e o garoto. O espetáculo estava para começar.


    "Olá, David", me dirigi primeiro ao mais velho. Meu cunhado, por assim dizer. "Há quanto tempo não nos víamos pessoalmente, não é mesmo?" Olhei, então, para o garoto ao lado dele. "Olá, sobrinho. Como tem passado? Eu podia jurar que você estava morto".

    Disse a última palavra com os dentes cerrados, não podendo conter certo rancor. Na verdade, eu odiava a cada um deles. E agora que já não me seriam mais úteis, faria questão de eliminá-los imediatamente, assim que tudo se completasse. Dei uma volta ao redor da fogueira, observando o garoto desacordado ao lado dela com falsa curiosidade. Voltei os olhos novamente aos outros dois, lançando-lhes um olhar de reprovação, como se fosse uma mãe a repreendê-los.

    "Seu tio não lhe ensinou que não se deve bater no irmão, pequeno? E quanto a você, cunhado, francamente. Quase 30 anos de idade e ainda se porta como um garoto de 15."

    Deixei um sorriso escapar dessa vez junto à ironia. Eles achavam que aquilo seria suficiente para me impedir. Patético. Precisariam de muito, muito mais. Até mesmo a morte eu conseguia subverter. Nada poderia se colocar em meu caminho. Nada. Eu estava destinada a obter o poder. Toda a minha vida — e as vidas deles — culminara para aquilo. E não havia nada que pudessem fazer para atrapalhar meus planos. Voltei a falar, apontando para o gêmeo inconsciente:

    "Acham mesmo que isso vai me deter? Tolos. Daniel irá despertar novamente, reunir os artefatos e, cumprindo a profecia, se tornará o portador de todo o poder proveniente deles. Porém, ele servirá a mim. O poder, na verdade, será meu, como me era de direito! Nem que para isso eu tenha que transformar o garoto em um fantoche."

    Então comecei a rir, como se, de alguma forma, eles pudessem acompanhar meus pensamentos. Óbvio que não podiam. Mas eu explicaria, sim, contaria tudo. Faria questão de deixá-los perplexos com a verdade antes que fossem aniquilados de uma vez por todas. Seria muito mais delicioso matá-los depois que soubessem que haviam sido usados o tempo todo — que tudo que haviam feito em suas vidas insignificantes fora pré-determinado por mim.

    "Vocês todos, na verdade, foram meus fantoches, esse tempo todo. Seu exílio, Bergerson, a morte de sua familiazinha na Holanda, seu retorno à Inglaterra, assim como a separação dos gêmeos recém-nascidos, a estadia de Daniel junto àqueles trouxas repugnantes, o reencontro emocionante dos irmãos, a morte trágica e heróica do suposto gêmeo mais velho e seu posterior retorno, tudo, absolutamente tudo foi arquitetado por mim."

    Eu sabia o quanto aquilo os perturbaria. Talvez não acreditassem no que eu dizia, a princípio, mas logo dariam conta de que era verdade. Bergerson sabia muito bem do que eu era capaz. o garoto também, mas evidentemente não se recordava de nossa breve convivência no período após sua morte. Apontando mais uma vez para Daniel, prossegui:

    "E tudo para ele. Lamento dizer, sobrinho" me dirigi ao gêmeo David, olhando-o com expressão de falso desapontamento "mas nada era realmente para você. Seu tio, a família toda e você mesmo, todos acreditaram desde o início que você era a criança da profecia, e por isso fizeram de tudo para protegê-lo — ou matá-lo."

    Encarei Bergerson dessa vez, lançando-lhe um sorriso cínico, ainda que polido. Dei dois passos à frente e continuei a falar, o tom de voz um tanto mais alto e agressivo do que o anterior. Já não tinha mais por que me conter.

    "Imagino o quanto você festejou quando soube que David havia morrido. Certamente pensou que meus planos haviam sido frustrados, não é, cunhado? Tolo... Como eu disse, a morte de David, e todo o resto, foi tudo para Daniel, tudo para que eu pudesse moldar sua mente conforme minha vontade, criando-lhe a revolta por ter sido rejeitado desde o início, enviado para viver com trouxas, adicionando-lhe o trauma de ver o irmão morrer diante de seus olhos. Oh, sim... Você, pequeno David, é que é na verdade o gêmeo descartável e inútil, assim como seu tio. Vocês dois não passaram de marionetes nas minhas mãos. E agora que já cumpriram seu propósito, não me tem mais qualquer serventia."

    Ri. Gargalhei. Não precisava mais de máscaras. Em breve, todos teriam de me aceitar do jeito que sou. Num movimento rápido, tanto que os dois mal puderam esboçar reação, saquei minha varinha e disparei, porém, atingindo um ponto nas árvores por entre eles. Avancei em passos lentos à frente, os olhos arregalados, a varinha em punho. Não via a hora de acabar com eles definitivamente. Mas esperei. Eles ainda teriam o privilégio de ver minha ascenção.

    "Como sei sobre Daniel? Sei que é isso que estão se perguntando. A resposta é simples: eu fiz o parto de Ruth. Troquei a ordem das crianças quando foram para o berço. Não é genial? Durante esses anos todos, só eu sabia da verdade. E todos foram enganados. Inclusive os pais das crianças. Aliás, Bergerson, o nascimento dos gêmeos deve ter amolecido o coração do seu maldito irmão Leyb. Ele e minha irmãzinha se arrependeram do que tinham feito até então, e por isso decidiram esconder os artefatos aqui, para que eu e ninguém mais os encontrasse. Então, assim que entregaram o bebê Daniel ao casal de trouxas, coisa que era parte do meu plano, eu os matei por terem ousado se colocar em meu caminho."

    Concluí com claro rancor, e sem qualquer remorso, apertando ainda mais a varinha em minha mão. Não queria ter de matá-los antes da hora, mas estava pronta para qualquer eventual ataque. A grande noite havia finalmente chegado...
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Re: Floresta Proibida

Post by David Bergerson »

David percebeu o quanto Daniel havia sido visivelmente influenciado — e ele sabia exatamente por quem. Ouviu atentamente todas as lamúrias do garoto, mas limitou-se a ficar calado enquanto ele e o gêmeo discutiam. Precisou se conter para não mandar o garoto calar a boca enquanto ouvia suas lamentações. Se ele soubesse o quanto mais Bergerson sofrera, definitivamente pensaria duas vezes antes de se revoltar por tão pouca coisa. Certo, não era assim tão pouca. E também não era culpa do menino. Havia apenas um culpado por todas aquelas coisas.

Sorriu com a esperteza – e destreza – do sobrinho homônimo, ao atingir a cabeça do outro, ainda que se utilizando de um feitiço simples, com um galho de maneira sutil e leve, mas o suficiente para que ele caísse desacordado. No entanto, o professor tinha certeza de que aquilo resolveria os problemas apenas momentaneamente. Quando Daniel acordasse, já precisariam ter dado um fim, ou ao menos sumido com os artefatos mágicos. O bruxo olhou para o garoto David, apenas meneando a cabeça, e disse prontamente, já se abaixando para tomar a espada e o escudo:


- Acabou.

Contudo, por alguma razão, David sabia que não havia acabado. Não ainda. Não enquanto a pessoa responsável por tudo aquilo não pagasse. Ela não descansaria enquanto não tivesse aquilo que desejava; mas David se encarregaria de impedí-la. Então, como que atraída pelos pensamentos do mestre de Astronomia, uma forma foi se revelando em meio a uma nuvem de fumaça negra que surgira, parando ao lado da fogueira. O bruxo não teve dúvidas de que era ela.

Há tempos, de fato, não havia aquela mulher pessoalmente. Da última vez, David tinha apenas 15 anos, e ela seus quase 30. Fora na noite anterior à sua fuga para o exílio. Porém, não era como se eles não tivessem se falado depois disso. Era dela a voz que vez ou outra invadia a mente do bruxo. Era ela o dragão negro de olhos vermelhos que por vezes lhe aparecia nos piores pesadelos. Ela. Dora Feather, a mais velha das irmãs Feather.

Observou com rancor o sorriso cínico da mulher, sequer se dignando a responder o cumprimento dela. Muito menos disse qualquer coisa sobre as provocações proferidas pela bruxa. Logo ela despejou suas asneiras, destacando logo de início o fato de que tinha direito ao poder. Desta vez, porém, o professor não pôde ficar calado.


- Nada é de seu direito! Você sabe muito bem de sua condição. Sabe que não tem em suas veias o sangue dos Feather genuíno, e que por isso mesmo a profecia não dizia respeito a você nem a seus filhos!

David sabia que aquilo a irritaria. O que de fato aconteceu, embora ela tentasse manter o tom de voz e a expressão cinicamente polida no rosto. O que ela disse em seguida, porém, fez o bruxo empalidecer. Não apenas o fato de que Daniel, e não David, era realmente a criança da profecia, mas também, e principalmente, a menção da morte de sua família na Holanda. Então ela fora a responsável por aquela atrocidade? Poderia ter jurado que Ariel estivera envolvido com aquilo, mas então estava enganado aquele tempo todo, assim como na questão dos gêmeos.

Passaram-se alguns segundos até que o professor se restabelecesse, ainda enquanto a mulher terminava de revelar que eles haviam sido simples marionetes e que tudo em suas vidas fora planejado por ela. Finalmente compreendendo o que acontecera, David, num rompante de fúria, cerrou o punho que segurava a varinha e a apontou na direção de Dora, pronto para atacá-la – quem sabe mortalmente.


- Monstro! Você vai pagar... agora!

No entanto, a mulher foi mais rápida. Antes mesmo que David pudesse se defender, ela já havia lançado um feitiço que atingiu uma árvore que jazia atrás do professor e de seu sobrinho – mas não sem primeiro resvalar no braço esquerdo do bruxo, causando-lhe um ferimento fundo e fazendo com que soltasse a varinha no chão. O bruxo também foi ao chão, caindo sentado, encostado em uma árvore, o braço direito apertando o braço ferido.

Dora avançou alguns passos, parando bem diante dos dois, os olhos arregalados como os de um louco, a varinha em punho. Ela explicou como sabia sobre Daniel, e também revelou a verdade sobre os últimos dias de Leyb e Ruth. Leyb... David imaginou que se soubesse daquilo, tudo poderia ter sido diferente... Aquele, no entanto, não era o momento para se lamentar, embora o professor já não visse escapatória. Apesar disso, tinha certeza de que aquela assassina pagaria, cedo ou tarde, estivesse ele presente ou não. Por fim, disse, ofegante:


- Você pode... me matar... assim como matou minha família, Leyb e Ruth... Mas não vai mudar o fato de que... você não é e nunca será uma Feather legítima... que provavelmente não tem o sangue puro que tanto enaltece. Você, Dora... foi adotada... por pena... ou pelo que quer que seja. Você... nunca será... o que deseja ser. Não importa o que faça... ou o poder de que disponha...

David sorriu. Sabia que conseguira, ao menos, incomodá-la com a verdade que tanto se recusava a aceitar. Entretanto, sabia também que aquilo poderia decretar seu fim ainda mais rápido. A menos que algo inesperado acontecesse...
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Re: Floresta Proibida

Post by Daniel Feather WP »

Daniel ficou caído no chão, mesmo não tendo desmaiado de verdade, pois estava um pouco tonto com a pancada na cabeça. Porém mesmo assim ele ouviu quando o Sr. Bergerson, que na verdade era seu tio, disse que tudo havia acabado. Daniel também sentiu quando o homem se aproximou, provavelmente para pegar a espada e o escudo, mas ele não podia fazer nada pra impedir, por mais que quisesse.

Nisso ele sentiu uma nova presença parando bem ao seu lado. Ele nem abriu os olhos para ver quem era, pois logo identificou a voz da mulher que começava a falar. Era a mesma que lhe havia contado toda a "verdade", sua tia Dora. Daniel pensou que ela tinha vindo para ajuda-lo, como prometera, mas ele sequer imaginava o que ela estava para dizer. Assim que ela começou a falar, contando que iria faze-lo de fantoche e que havia manipulado tudo em sua vida (e também na de David e do Sr. Bergerson), uma revolta muito grande começou a se formar no peito do garoto. Então ela tambem havia mentido para ele, assim como os outros dois...

Daniel mal ouviu a discussão que continuou, tamanha era a raiva que sentia. Todos haviam enganado ele, todos... Aquela família toda... Mas ele tinha a chance de dar o troco, só ele. Por isso, quando a tia Dora avançou alguns passos na direção dos outros dois, ele se levantou sutilmente, tomou o escudo no braço esquerdo, a espada no direito e a cravou na terra, bem em cima da marca da runa. Então disse:

- Ninguem vai me fazer de fantoche! Ninguém vai me enganar, nunca mais! Nenhum de vocês!

Começou a chover, molhando tudo ali, mesmo apesar das árvores altas da floresta. A fogueira não se apagou. Mas não foi isso que chamou a atenção do garoto. De repente, uma luz azul turquesa surgiu do meio da runa no chão, iluminando a espada fincada ali e também o escudo. Daniel se afastou alguns passos para tras quando um buraco largo e fundo começou a se abrir no lugar onde estava a runa. Do buraco saltaram dois objetos prateados, peças de armadura (uma couraça e um tipo de capacete), que logo pararam bem ao lado da espada, como se ela fosse um imã. O garoto demorou um pouco mas logo entendeu o que era aquilo.

Os olhos de Daniel brilhavam ao ver os hexágonos de safira, cravejados em todos os objetos, piscarem em uma luz azulada. Ele já sabia que havia chegado a hora de cumprir a profecia que era a seu respeito. O curioso era que ali estavam justamente todos os ultimos remanecentes do clã Feather-Bergerson. Todos os outros estavam mortos, ou pelo menos desaparecidos a muito tempo. E agora Daniel tinha a chance de acabar com todos de uma vez. Ou não...

Na verdade, ele estava confuso sobre o que fazer depois daquilo tudo. Ele olhou para tia Dora, que o encarava como que pedindo que ele fizesse o que ela havia dito a alguns minutos atrás, antes dele ter entrado na floresta. Olhou tambem para o professor (e tio), que estava ferido, e por último para o irmão, David. Tudo o que ele queria era que pudesse uma vida "normal" ao lado do irmão gêmeo, como fora durante os poucos dias em que eles haviam passado juntos, a dois anos. Quem sabe pudesse...

"Daniel... Você pode acabar com isso, rejeitando o poder que os artefatos são destinados a lhe dar."

Ele ouvira uma voz em sua cabeça. Era a voz do tio. Daniel olhou para ele, mas ele não mexia os lábios, apenas o encarava. A voz continuou:

"Poder não é tudo. Esse poder não vai lhe trazer coisas boas. Muito pelo contrário... Cabe a você fazer a escolha, Daniel."

Daniel respondeu também em pensamento:

"O que eu devo fazer... pra rejeitar?"

"Destrua qualquer um dos objetos, e todos os outros não vão ter mais valor."

"Mas... eu não sei como fazer isso... Jogo eles na fogueira?"

"Não. São protegidos, não vai adiantar. Só há uma forma de fazer isso. Pense. Lembre da história que lhe contei uma vez."

Daniel não conseguiu pensar direito, pois sua tia o encarava agora com uma expressão de ganância e ao mesmo tempo de loucura. O garoto chegou a ficar com medo dela e até pensou em usar os objetos pra ataca-la, mas sabia que não era isso que tinha que fazer. Então, finalmente, lembrou de uma história que o professor (tio) lhe contara sobre a espada e o escudo mais poderosos. Torceu para que fosse aquilo...

Sem hesitar, ele estendeu o braço esquerdo com o escudo para frente. Então, com a espada, na mão direita, desferiu um forte golpe no escudo, cravando a espada bem no meio do hexágono de safira. No mesmo instante a espada e o escudo brilharam e se fizeram em pedaços, se transformando em pó quando caíram no chão e foram espalhados pela água da chuva que caía. Estava acabado. Daniel escolher ficar livre do poder, daquela maldição, daquela profecia. Porém ainda não era realmente o fim. Tia Dora agora estava furiosa...


Off - as falas (pensamentos) do Bergerson são com autorização do David, claro ^^
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Re: Floresta Proibida

Post by Regina McGonagall »

Assim que lançara os feitiços sobre o castelo, a Ministra atravessou os jardins rapidamente, contornou a casa do guarda caças e entrou na Flroesta Proibida, avançando com cuidado.

Sabia que David Bergerson e os irmãos Feather estavam lá e não estavam sozinhos, mas não sabia se o "protego totalis" os envolvera a tempo. Temia que o pior tivesse acontecido, pois sentia energias mágicas muito poderosas em conflito, que poderiam ter anulado seu feitiço de proteção com consequências fatais para eles.

- Grande Deusa, que eu chegue a tempo.
Mesmo com pressa, não fez nenhum barulho. Chegou ao local onde eles estavam e constatou que realmente tinham companhia:

- Dora Feather... só podia ser. Ela foi a causadora de todos os males dessa família nos últimos anos... Mas isso vai acabar agora!

Viu o Prof. Bergerson caído, e Dora prestes a atacá-lo, mas algo aconteceu antes: um dos gêmeos, não podia saber com certeza, sem hesitar, ele estendeu o braço esquerdo com o escudo para frente. Então, com a espada, na mão direita, desferiu um forte golpe no escudo, cravando a espada bem no meio do hexágono de safira. No mesmo instante a espada e o escudo brilharam e se fizeram em pedaços, se transformando em pó quando caíram no chão e foram espalhados pela água da chuva que caía. Estava acabado. Ele escolhera ficar livre do poder, daquela maldição, daquela profecia.
Porém ainda não era realmente o fim. Dora agora estava furiosa... Sua varinha já se erguia em direção ao garoto responsável pela destruição de seu sonho desvairado de poder.

Mas não faria mal a mais ninguém. Regina McGonagall jurara proteger a Escola e todos ali, e não deixaria mais nada de mal acontecer sob suas vistas.

Ela não era exatamente uma pessoa impulsiva... mas tinha a têmpera de sua tia e madrinha, e neste momento não tremeu nem vacilou: estendeu a varinha e proferiu um feitiço somente ensinado em Avalon, há muito muito tempo atrás...

- Magia reversus!

Dora Feather nem soube dizer o que a atingiu. E não saberia de muita coisa por muito tempo...



====

Off: David e Dani, espero que resolva...
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Re: Floresta Proibida

Post by Dora Feather »

Eu havia atingido Bergerson intencionalmente, claro. Não queria acabar com ele antes da hora, mas também não poderia simplesmente correr o risco de que ele acabasse aprontando alguma gracinha. Por isso, com bastante precisão, acertei o braço esquerdo do homem, o qual ele usava para segurar a varinha, inutilizando-o. Sem qualquer possibilidade de insucesso, caminhei alguns passos na direção dele e do garoto, que jazia estático, por certo admirado com minha genialidade inigualável.

Porém, as palavras atrevidas de meu cunhado fizeram meu sangue ferver. Como ele ousava lançar-me novamente no rosto aqueles infortúnios? Aquelas coisas haviam tirado minha exlcusividade e privilégio. Aquilo tudo não estava em questão. Maldito Bergerson. Eu o faria pagar amargamente por me fazer lembrar aqueles fatos outra vez.


"Não! Não importa o sangue! Eu irei subverter essa maldita profecia! Eu sou a primogênita dos Feather, eu! Eu é que tenho direito a conquistar esse poder... Eu. Essa herança é minha!"

Gritei as palavras, deixando-as claras o suficiente para convencê-lo; para convencer a mim mesma. Apontei a varinha novamente para o homem, quase tocando a ponta dela no rosto do verme. Não. Ainda não era hora. Assim que conquistasse o poder, eu mataria David Bergerson da maneira mais dolorosa possível. Por ora, me limitaria a torturá-lo mentalmente.

"Ora, cunhado, não me subestime. Você sabe do que sou capaz. Não vou hesitar em matá-lo. Como lhe disse, você já não me tem qualquer serventia. Assim como Leyb e Ruth; como sua familiazinha holandesa; como seu irmão mais velho, meu marido Anthony e nossos filhos. Todos inúteis. Todos descartáveis."

Como eu não tinha nas veias o sangue dos Feather, meus filhos, os verdadeiros primogênitos da aliança Feather-Bergerson, não tinham direito a reunir os artefatos para conquistar o poder, conforme rezava a maldita profecia. Sangue. Não hesitei em me desfazer também daqueles inúteis, assim como fiz com Anthony. Eles só serviriam para atrapalhar meus planos e atravancar meu caminho.

Eu ainda apontava a varinha para Bergerson quando percebi um movimento às minhas costas. Virei-me e, para minha surpresa, vi que meu sobrinho favorito havia despertado. Encarei-o com curiosidade quando ele esbravejou algumas palavras dizendo que ninguém o faria de fantoche. Ele mal sabia que já o estava sendo. Gotas de chuva começaram a cair assim que o garoto fincou a espada sobre a runa no chão. Eu sabia muito bem o que estava para acontecer.

A runa iluminou-se, assim como a espada e o escudo que Daniel segurava. Uma fenda abriu-se no chão, e dela saltaram os outros dois objetos que compunham a armadura — o elmo e a couraça. O garoto tomou os objetos, que reluziam, e pôs-se a encarar-me por alguns instantes. Com os olhos arregalados, ordenei mentalmente que ele fizesse o que eu havia lhe dito. No entanto, me mantive preparada para o caso de o garoto não me obedecer. De qualquer modo, a profecia seria cumprida. E eu, de uma forma ou de outra, controlaria o jovem portador daquele imenso poder. Ou seja, o poder seria todo meu — como me seria por direito.

O garoto hesitou por alguns instantes, e eu cerrei o punho, apertando minha varinha com força. O que o idiota estava esperando? Quando ele finalmente se moveu, entretanto, não foi para reunir os objetos e vestí-los. Daniel ergueu o braço com a espada e a enterrou no escudo, fazendo com que ambos se despedaçassem por completo. Empalideci no mesmo instante. Eu não estava acreditando no que acontecia. O garoto não podia ter... Não. Não era possível. De maneira nenhuma.

Levantei a varinha num gesto violento para trás, e então preparei-me para esticá-la à frente, na direção de Daniel. Quando eu o fizesse, o garoto iria pagar caro pelo que fizera. E então eu restauraria os objetos, eu conseguiria restaurá-los com minha genialidade. Sim, como conseguira trazer de volta à vida o gêmeo inútil...


"Maldito... MALDITO! Você tem idéia do que acabou de fazer, pirralho? Este gesto imbecil decretou o seu FIM!"

Estendi a varinha para o garoto, pronta para acabar com a raça dele. Porém, senti quando algo me atingiu, tal como se meu próprio feitiço tivesse se voltado contra mim. Não sei o dizer o que houve, mas sei do imenso sentimento de frustração que senti. Caí de joelhos sobre a lama, me esticando em seguida por sobre o local em que jazia o pó que antes fora a espada e o escudo de prata. Eu podia restaurá-los; sim, iria restaurá-los. Genialidade. Ri. Gargalhei. Aquilo não ia me impedir. O poder era meu. De repente, eu já me tornara a soberana do mundo... Do universo...
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Re: Floresta Proibida

Post by David Bergerson »

Tudo aconteceu muito rápido. Dora surtara depois do que David dissera, como ele imaginara que aconteceria. A mulher, enfim, deixara de lado a hipócrita postura refinada. O professor, no entanto, se preparou para ter seus últimos momentos. Se preocupou com os garotos, obviamente, e por isso tentou lançar um sinal discreto com os olhos a David, o sobrinho homônimo. Esperou que o garoto entendesse aquilo e saísse dali com Daniel enquanto Dora tinha sua atenção voltada a si.

No entanto, não houve tempo para isso. Daniel, surpreendentemente, levantou-se já em seguida. Bergerson sabia que olhares não resolveriam naquele caso, e por isso, ao notar a confusão no rosto do garoto, tratou de estabelecer uma conexão mental com ele, torcendo para que Dora não interceptasse. Felizmente, a conexão surtiu efeito. Daniel entendera a mensagem e por certo recordara-se da história que Bergerson havia lhe contado. O professor sorriu ao ver o sobrinho atirar a espada contra o escudo, despedaçando a ambos, bem como à ambição de Dora. Desta vez, para sempre.

A mulher, como era de se imaginar, perdeu totalmente o controle. No mesmo instante, apontou a varinha para Daniel e preparou-se para tirar a vida do garoto, assim como tirara a de Leyb, a de sua própria irmã Ruth e até mesmo a do marido e dos filhos. O mestre de Astronomia levantou-se com esforço, com a intenção de impedir que ela concluísse o ato, ainda que não pudesse se utilizar de magia para isso. Porém, não foi necessário. Subitamente, um feixe de luz atingiu a varinha de Dora, e o feitiço disparado por ela acabou por atingir a ela mesma. Bergerson virou-se e viu em meio às árvores, a alguns metros, a figura de Regina McGonagall, a Ministra da Magia.

Dora fora ao chão, perturbada, mas visivelmente inofensiva. David não sabia o que seria dela, mas concluiu que, naquelas condições, ela não incomodaria mais. Seria, afinal, uma consequência justa por todos os atos horríveis que aquela mulher cometera. Com a mão direita colocada sobre o ferimento no braço esquerdo, o mestre de Astronomia fez sinal para os sobrinhos, que se dirigiram até ele no mesmo instante. Voltou-se, então, para a Ministra, fazendo-lhe um breve aceno com a cabeça.


— Acabou. Definitivamente, acabou. — disse, sorrindo para os garotos idênticos ao seu lado; em seguida, dirigiu-se à Ministra — Obrigado. Uma McGonagall me levou ao exílio, e agora uma McGonagall deu um fim ao pesadelo que assombrava nossas vidas.

Falara num tom leve, mas claramente respeitoso. Sabia que a culpada por tudo o que sua vida havia sido não era Minerva, muito menos seus sobrinhos, muito menos ele mesmo. A culpada, agora, pagaria pelos crimes que cometera. Agora, enfim, ele poderia ter paz. Mas não só ele.

— Imagino que não deva haver objeções quanto ao fato de eu ter a guarda dos meus sobrinhos agora. Sou o único parente vivo deles e, bem, eles são tudo o que eu tenho.

Concluiu com uma piscadela amistosa aos garotos. Paz. Era tudo o que eles mereciam — e teriam — dali em diante; assim ele jurou a si mesmo.
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Re: Floresta Proibida

Post by Regina McGonagall »

O feitiço funcionara exatamente como previsto: Dora Feather jazia desacordada no chão da floresta.

David Bergerson tinha agora os dois sobrinhos ao seu lado, enquanto com a mão direita protegia o ferimento no braço esquerdo. Voltou-se, então, para a Ministra, fazendo-lhe um breve aceno com a cabeça.

— Acabou. Definitivamente, acabou. — disse, sorrindo para os garotos idênticos ao seu lado; em seguida, dirigiu-se à Ministra — Obrigado. Uma McGonagall me levou ao exílio, e agora uma McGonagall deu um fim ao pesadelo que assombrava nossas vidas.

Falara num tom leve, mas claramente respeitoso. A Ministra apenas lhe sorriu em resposta. Não precisava lhe dizer que sua tia não tivera escolha na época, mas que empenhara todos os seus esforços em desvendar todo o mistério que envolvera a família Feather-Bergerson em tantas tragédias. Era um compromisso para ela, compromisso que deixara de herança para a sobrinha.

Enquanto ela fitava os garotos, fazendo um exame silencioso à procura de ferimentos graves, ouviu o professor dizer, em tom de esperança:

— Imagino que não deva haver objeções quanto ao fato de eu ter a guarda dos meus sobrinhos agora. Sou o único parente vivo deles e, bem, eles são tudo o que eu tenho.

Sim, ele estava certo. els mereciam, os três, um novo começo, em segurança e paz. Mas primeiro...Dora.

Ela fez apenas um gesto de espera aos três, antes de se abaixar junto à mulher desmaiada. Tirando o que sobrara da varinha de sua mão, substituiu por um lenço que tirou de seu próprio bolso, tocando-o com a própria varinha. Um brilho azul se fez e, em seguida, Dora Feather sumira de vista. Ela ergueu-se e explicou, serena:

- Ela será bem cuidada, e ganhará novas memórias, novo começo. Será uma vida simples de trouxa, de trabalho duro, mas ela aprenderá a ser útil. Acreditem, será mais difícil do que Azkaban jamais foi. - ela sorriu ao fitar os rostos tão semelhantes, não apenas pelas feições de família, mas também pela esperança e ansiedade. - E você está certo, Bergerson, vocês merecem muito mais que um novo começo, mas primeiro...

Ela aproximou-se e tocou o braço de Bergerson. Um breve feitiço não verbal, e ele estava novinho em folha, sem ferimentos.

Antes que ele pensasse em agradecer o favor, uma coruja surgiu, vindo pousar no braço estendido da Ministra, com um pergaminho preso à pata. Ela pegou o documento e estendeu-o ao Professor de Astronomia.

- Creio que isto resolve essas questões mais imediatas. Uma certidão nomeando-o tutor dos garotos e curador de todos os bens Feather-Bergerson. Assim, vocês podem retomar suas vidas, reconstruir o nome da família e criar uma nova tradição: de felicidade e paz. Acredito que prefira pedir sua demissão para cuidar destas questões familiares com mais tranquilidade... Posteriormente, se retornar a Londres, me procure no Ministério, que será uma alegria recebê-lo. E Tia Minerva poderá lhe dizer pessoalmente, ou "quase", o quanto ficou feliz por tudo se resolver finalmente. Quanto a vocês...

Ante o olhar curioso dos gêmeos, ela tirou um novo lenco de seda do bolso (quantos ela levaria alí? ) e tocou-o mais uma vez com a varinha num brilho azul e disse:

- Se um dia quiserem retornar a Hogwarts, ainda terão sua vaga como alunos. Esta chave de portal os levará para casa. Se concordarem, é claro, que seu tio seja seu guardião daqui em diante. O que dizem?
====

off: deixa pra Daniel ou David responderem, ok?
e finalizarem como acharem melhor.
como disse acima (e por mp) quando quiserem retornar ao RPG, me visitem no "Ministério".
e Tia Minerva "agora" é um retrato em "minha sala", então... é "quase" pessoalmente, né? :mrgreen:
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Re: Floresta Proibida

Post by Daniel Feather WP »

Daniel se encolheu contra uma árvore quando a mulher, sua tia Dora, esbravejou e apontou a varinha para ele. Ela havia ficado muito brava por ele ter destruído os objetos, como ele tinha imaginado que ela ficaria. Infelizmente ele não via algum jeito de se defender. Só esperava que seu irmão e seu tio se salvassem e que aquilo tivesse valido a pena.

Mas antes que ela finalmente lançasse seu feitiço, algum outro a atingiu, e com isso ela caiu no chão, atordoada. Daniel não entendeu a princípio. Poderia ter sido seu tio, mas ele ainda estava no chão, com o braço machucado e sem a varinha. Então ele olhou um pouco mais ao longe e viu a ministra com a varinha em punho. Felizmente ela tinha aparecido. No mesmo instante, Daniel levou a mão ao bolso e tirou dele a pequena moedinha que ela tinha lhe dado em Hogsmeade, junto com a correntinha de Sarah. Se perguntou se aqueles objetos tinham ajudado com que ele tomasse a decisão certa e agora estivesse a salvo. Provavelmente sim.

Daniel só observou a aproximação da ministra. Nisso o sr. Bergerson, ou melhor, seu tio, fez um sinal para ele e para David, e então os dois foram para o lado dele. O tio então lhes disse sorrindo que finalmente tudo havia acabado e depois se dirigiu a ministra, agradecendo-a e um pouco depois pedindo a guarda dos gêmeos. Uns aos outros era realmente só o que tinha lhes restado. O tio piscou para eles quando terminou de falar e Daniel lhe piscou de volta, imaginando que o gêmeo estava fazendo o mesmo.

A ministra fez um sinal para que esperassem e se abaixou ao lado de Dora, e então tirou um lenço do bolso e o tocou com a varinha. Uma luz azul emanou dela e de repente a tia Dora já havia sumido. A ministra disse em seguida, com um sorriso:

- Ela será bem cuidada, e ganhará novas memórias, novo começo. Será uma vida simples de trouxa, de trabalho duro, mas ela aprenderá a ser útil. Acreditem, será mais difícil do que Azkaban jamais foi. E você está certo, Bergerson, vocês merecem muito mais que um novo começo, mas primeiro...

Daniel apenas balançou a cabeça, concordando. Realmente ter uma vida como trouxa, e ainda com dificuldades, era um castigo muito bom para alguém que se inspirava nos ideais das trevas e que fizera tanto mal. Daniel viu a ministra tocar o braço de seu tio e, de repente, o ferimento já havia sarado. Antes que alguem dissese algo, uma coruja apareceu e pousou no braço da ministra, que tomou um pergaminho preso a pata da coruja. Então ela estendeu o pergaminho ao professor e fez algumas considerações, que Daniel sinceramente esperava que acontecesse. Só queria agora ter uma vida de paz, finalmente podendo viver ao lado do seu irmão. E agora, também, do seu tio.

- Quanto a vocês... - ela se dirigiu aos gêmeos, que a olharam atentamente enquanto ela tirava outro lenço do bolso e o tocava com a varinha. - Se um dia quiserem retornar a Hogwarts, ainda terão sua vaga como alunos. Esta chave de portal os levará para casa. Se concordarem, é claro, que seu tio seja seu guardião daqui em diante. O que dizem?

Daniel olhou para seu irmão David e fez uma cara de suspense. Então ele abriu um largo sorriso e respondeu:

- Eu acho que... vai ser muito legal!

Daniel nem precisava esperar David se pronuciar para saber que ele também concordava. Estava podendo sentir e ouvir os pensamentos de seu irmão gêmeo novamente, como tinha sido nos poucos dias de suas vidas que haviam passado juntos, há quase dois anos. Ele se sentia muito feliz por isso. Agora sim iriam ter paz. E ser felizes. Mas é claro que pediria para o tio David levá-lo de vez em quando para passar uns dias com seus pais adotivos, Clark e Keith. Já estava com saudade deles. Daniel manteve o sorriso no rosto, por que agora via que sua vida seria bem diferente do que havia sido naqueles últimos anos. Ele suspirou e fechou os olhos. Ele não sabia se um dia voltariam para Hogwarts ou não. Mas voltando ou não, tinha certeza que agora seria um garoto feliz...
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Re: Floresta Proibida

Post by David Feather »

David apenas observou atentamente o que se sucedeu ali. O tio não respondeu suas perguntas, mas não era como se houvesse tempo para isso. Antes que ele pudesse dizer algo, uma mulher surgiu envolta em fumaça negra. Por mais estranho que parecesse, David viu emergir do meio da fumaça a figura de sua tia Dora. Não compreendeu, a princípio, mas, por algum motivo, sentiu o sangue gelar nas veias quando ela lhe dirigiu a palavra. Porém, perturbou-se muito mais com relação às revelações que ela fazia sobre ele e sobre Daniel.

Ouviu a discussão que se seguiu entre os tios, mas não pôde dar atenção a isso. Não conseguia entender, não podia acreditar que sua vida toda fora planejada por aquela mulher, desde o início. Não podia aceitar que fora usado o tempo todo. Além disso, era ainda mais incômodo saber que estivera ao lado daquela mulher durante toda a sua infância, que fora criado por ela. Como nunca percebera antes que ela era um monstro?

Tia Dora, de fato, nunca fora a mais terna das criaturas. Era rígida; sempre exigira dos filhos — e de David — atitudes refinadas e extremamente educadas. 'Postura', como ela costumava dizer. Mas David jamais poderia ter imaginado que aquele comportamento todo escondia algo muito pior. Jamais teria imaginado que, um dia, aquela mulher mataria os próprios filhos, seus primos. Não era possível que estivessem mortos.

David viu seu tio sendo atingido pelo ataque da mulher, mas não havia nada que ele pudesse fazer. Na verdade, ele não conseguiu fazer absolutamente nada enquanto as coisas aconteciam ao redor. Era como se estivesse paralisado, quase hipnotizado pelos movimentos sutis e ao mesmo tempo agressivos da mulher. Ele viu quando Daniel se levantou e tomou os objetos, entre eles a espada. Aquela espada. Pouco depois, o irmão destruiu o escudo e a espada, para o desespero de tia Dora.

A mulher se transtornou e apontou a varinha para Daniel, pronta para atingí-lo com um feitiço provavelmente fatal. David quis correr e se atirar na frente do irmão outra vez. No entanto, ainda que houvesse tempo para isso, não conseguiu mover suas pernas do lugar. Desesperado, gritou:

— Daniel!

Contudo, de uma forma estranha, tia Dora pareceu ser atingida pelo próprio feitiço. Na verdade, fora atingida por outra pessoa — uma mulher que jazia em pé em meio às árvores. David olhou atentamente para o rosto dela, tentando se recordar de onde a conhecia. Tia Dora foi ao chão, atordoada. No mesmo instante, David sentiu as pernas fraquejarem ,e então caiu de joelhos no chão, respirando com alguma dificuldade. A vista se turvou um bocado, e ele precisou fechar os olhos para se sentir melhor.

Levantou-se depois de alguns instantes, quando a mulher já se aproximara de tia Dora e agora a fazia desaparecer, explicando em seguida para onde — e para que — a enviava. Ainda não necessariamente se sentindo bem, David foi para o lado do tio quando este lhe fez um sinal, assim como Daniel. Sorriu quando o tio propôs que pudessem viver com ele. Seria mesmo muito bom viver com o gêmeo, e com o tio, como uma verdadeira família.

Enquanto a mulher tocava o braço do tio David, curando o ferimento que estava ali, David se recordou, finalmente, de seu rosto. Aquela era nada mais nada menos que a Ministra da Magia! O que ela fazia ali, em Hogwarts? David não fazia idéia, mas o fato era que ela havia salvado suas vidas — e isso não fazia referência apenas àquele momento especificamente. Em seguida, uma coruja pousou no braço da Ministra, que retirou um pergaminho preso à pata da ave e o entregou ao tio David, logo explicando do que se tratava.

Por fim, a Ministra retirou do bolso um lenço e, tocando-o com a varinha, que emitiu uma luz azulada, O lenço, segundo ela, agora era uma chave de portal que os levaria para casa. Gales. David sabia que aquele era o destino, embora não soubesse dizer como. A Ministra, então, perguntou aos gêmeos sobre se aceitavam que o tio fosse seu guardião dali em diante. Daniel concordou prontamente, e David sorriu. Não precisava dizer nada ao gêmeo, mas achou que talvez o tio e a Ministra precisassem ouvir de sua boca. Então respondeu, ainda sorrindo:

— Bem, acho que não vou querer ficar mais dois anos longe da minha família.

É claro que quisera dizer que, sim, também concordava. Não tinha dúvidas de que era o que mais queria. Depois de tudo o que passara, todas as aventuras que tivera desde que fora a Hogwarts pela primeira vez, chegando até mesmo a ser morto, não podia desejar outra coisa além de uma vida em paz ao lado de seu irmão e, agora, do tio.

Mas não era como se fosse esquecer — e mesmo não sentir falta — de suas aventuras em Hogwarts. Ainda não sabia se um dia voltaria, ainda que a Ministra lhes tivesse garantido suas vagas na escola. Mas, voltassem ou não, esperava que encontrasse amigos tão leais quanto os que tivera ali. E que vivessem aventuras — desde que fossem menos trágicas. Jamais esqueceria as estrepulias com Ph — onde é que ela estaria, por sinal? — e da companhia do amigo Gui naqueles últimos momentos. Guardaria para sempre na memória os nomes, e as lembranças, daqueles com quem convivera. Raisa, Leon, Ary, Vik, Biel, e até as inimizades, Katherina e Erik. O rosto de cada um deles, e de vários outros colegas, sem falar, claro, nos professores — Raven —, agora lhe passava pela mente em rápidos flashes. Gabriela... Ali. Onde tudo havia começado...

O tio estendera a mão para tocar a chave, e Daniel fizera o mesmo. David sorriu e também tocou o objeto. Antes de finalmente o ativarem, o garoto fitou a Ministra e lançou-lhe um sorriso. Concluiu com um sincero:

— Obrigado!

Em seguida, os três, juntos, pronunciaram: 'Um... dois... três!' Numa fração de segundos, a figura da Ministra da Magia desapareceu diante de seus olhos, dando lugar ao total vazio. Depois, o novo — e antigo — lar.



Off- The end.
*chora
Finalmente encerrado o 'arco' dos Feather-Bergerson.
Não foi um final 'impactante' (no texto) como eu gostaria, mas saiu. Apenas quero dizer que foi muito, muito bom estar aqui nesses quase quatro anos. Comecei totalmente 'noob' e aprendi muito, um pouco com cada um. Tive a felicidade de fazer amigos verdadeiros a partir deste querido Mapa do Maroto, amigos com os quais, talvez, eu não possa manter contato pelo resto da vida, mas que vou levar pra sempre no coração.
É por isso que desejo que esse espaço se levante outra vez, e volte a ser ao menos um pouquinho do que era quando entrei aqui. Tenho certeza de que isso é possível e vou estar na torcida por quem estiver disposto a fazer isso acontecer. =)

Por ora, isso é uma despedida. Por ora. Deixei algumas pontinhas soltas na trama (talvez alguém perceba ~hoho)... Ou seja, pode ser que os gêmeos voltem pra aprontar em Hogwarts. Quem sabe...

Abraços a todos! Love u all! \o/
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The original one.
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Re: Floresta Proibida

Post by Regina McGonagall »

- Quanto a vocês... - ela se dirigiu aos gêmeos, que a olharam atentamente enquanto ela tirava outro lenço do bolso e o tocava com a varinha. - Se um dia quiserem retornar a Hogwarts, ainda terão sua vaga como alunos. Esta chave de portal os levará para casa. Se concordarem, é claro, que seu tio seja seu guardião daqui em diante. O que dizem?

Daniel olhou para seu irmão David e fez uma cara de suspense. Então ele abriu um largo sorriso e respondeu:

- Eu acho que... vai ser muito legal!

David sorriu. Não precisava dizer nada ao gêmeo, mas achou que talvez o tio e a Ministra precisassem ouvir de sua boca. Então respondeu, ainda sorrindo:

— Bem, acho que não vou querer ficar mais dois anos longe da minha família.

A Ministra entendera exatamente o que ambos sentiam, e olhou para o adulto, à espera do que ele faria, mas este não disse nada. Não precisava realmente.

O tio estendera a mão para tocar a chave, e Daniel fizera o mesmo. David sorriu e também tocou o objeto. Antes de finalmente o ativarem, o garoto fitou a Ministra e lançou-lhe um sorriso. Concluiu com um sincero:

— Obrigado!

Em seguida, os três, juntos, pronunciaram: 'Um... dois... três!' Numa fração de segundos, eles sumiram no lampejo azul da chave de portal, deixando Regina McGonagall sozinha, mas não por muito tempo...

Em instantes, patronos vindos de todos os lados traziam os breves relatos dos aurores:

- Todos os professores presentes no castelo estão reunidos no saláo principal, inclusive os que duelavam na Floresta.

- Todos os "visitantes" foram interrogados e depois liberados após o registro para futuras investigações.

- Todos os alunos embarcaram de forma segura para casa.

- Os elfos já iniciaram a limpeza geral.

- Aguardamos novas instruções.


Sim, havia muito a fazer. A escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts estava em crise e mais uma vez, fechada antes do devido tempo. Mas isso se resolveria, como sempre, levaria o tempo que fosse necessário, nem um minuto a mais.

Mas, por enquanto... ela era apenas uma ex-aluna, no meio da floresta, com aquele velho sentimento de volta: sempre terminaria assim, sozinha no meio da floresta?

Balançando a cabeça para espantar os próprios fantasmas, pensou nos três que acabara de ver partir. teriam uma nova vida, um novo começo, e talvez, um dia voltassem a Hogwarts. Um deles, ou dois, ou três. Ela só esperava poder estar lá para recebê-los de volta.

- Hogwarts não esquecerá vocês. Regina McGonagall também não!

Com uma graciosa reverência - como a que fazia à sua tia quando se despedia antes das férias de verão - ela saudou o "vazio" da Floresta e deu meia votla, de encontro às difíceis resoluções ainda por tomar.
O trabalho que lhe competia a esperava, sem demora.

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Off: este é o fim... por enquanto. uma pena que tantos tenham deixado no meio do caminho, mas chegamos até aqui e agradeço muito a vocês, David e Daniel, pela ajuda, apoio, paciência e dicas nesses úiltimos tempos.
Bergerson e Feathers, obrigada por tudo!
Amo vocês!
e voltem, sim, viu?

bem, é isso. essa presente saga termina aqui. tranco o tópico, que ficará ativo algum tempo, antes de ser recolhido aos Arquivos do RPG.
espero em breve estar reabrindo o Mapa do Maroto com algumas novidades e muito movimento, contando com todos pra nos divertirmos, antes de mais nada.
Regina McGonagall
Ministra da Magia


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