Sala Vazia do 4° Andar

Curta as magias do Castelo de Hogwarts!

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Sala Vazia do 4° Andar

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Sala Vazia do 4° Andar

***



É de se esperar que em uma escola tão grande como Hogwarts haja inúmeras salas vazias. Cheias de carteiras velhas e empilhadas ou apenas sem mobília, é possível encontrar todos os tipos de sala pela escola. Esta é apenas mais uma, com algumas carteiras velhas e armários sem nada. Muito utilizada para reuniões cercadas de mistérios, combinações, encontros amorosos, treinos para as aulas, ou conversas particulares e ilícitas. Até mesmo quando você está triste e pretende ficar sozinho, a sala vazia é uma ótima escolha. Mas cuidado! Não vão perder os horários de aula ou serem pegos fazendo algo que não é permitido!
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Hokuto
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Re: Sala Vazia do 4° Andar

Post by Hokuto »

  • Caminhou com o menino pelos corredores, improvisando. Mas aparentava toda a segurança do mundo para o garoto. Abriu a porta do quarto andar e se deprimiu pela cena. Era realmente o melhor que tinha a oferecer ao garoto? Suspirou, mas manteve a fé. Algo dizia que as coisas dariam certo para os dois. Convocou a varinha e começou ali uma pequena faxina, tornando o lugar mais suportável, menos poeirento.

    - Desculpe o mal jeito, rapaz. - O homem emendou, mexendo carinhosamente no cabelo do menino, bagunçando-o. - Prometo que as coisas vão melhorar.

    Apesar de tudo, o menino estava tão assustado quando ele. E não deixou de sentir afeto pelo garoto. Não como um filho, mas como um irmão mais novo. Até se pareciam, se o pirralho não fosse um tampinha louro dos olhos azuis, enquanto o outro era um gigante de traços orientais e cabelos grandes e pretos com mexas azuis. Idênticos. Por dentro, quero dizer.

    - Enquanto isso, façamos um exercício de memória ou criatividade. Aqui: papel e caneta. Você pode escolher entre inventar uma história ou lembrar da sua. Ou desenhar. E serve pra passar o tempo, enquanto eu tento melhorar as coisas pra você e para mim.

    O menino ainda tinha aquele ar de medo. Não pode evitar de se ajoelhar e abraçar o menino por algum tempo, oferecendo algum conforto. E, apesar daquele ar de durão, Hokuto tinha sentimentos. E sentimentos lembravam outra pessoa. Levou o menino para observar a janela e viu dois franceses impacientes. E da mulher que estava de cama. E do menino que segurava pelos ombros.

    O dever se sobrepôs as vontades.

    - Eu tenho que ir. O dever me chama. - Ele se ajoelhou de novo e, olhando nos olhos do menino disse - Rapaz, você tem que me prometer que não vai sair daqui não importa o que aconteça, ou estaremos muito encrencados, entendeu. Se algo ruim acontecer...

    Hokuto tirou o caderno no menino e enfeitiçou a contra-capa.

    - ...tudo o que você escrever aqui, eu vou saber. Se você quiser alguma coisa, eu trago, escreva aqui. Se você precisar de algo, eu estarei aqui. E eu prometo que isto vai acabar logo e você vai sair daqui rápido. Eu prometo. - Ele repetiu, querendo que o menino confiasse mais nele.

    E deu-lhe um sorriso sincero. Antes de abrir a porta, disse algo que ia ativar sua mente, ele tinha certeza:

    - Bem-vindo a Hogwarts, aliás.

    E saiu, sem esperar reações. Rezando para ser obedecido.
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David Feather
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Re: Sala Vazia do 4° Andar

Post by David Feather »

Aquele lugar... Estava lhe dando arrepios. Andou quase colado no rapaz pelos corredores escuros e assustadoramente vazios daquele castelo. Já não sabia se deveria mesmo ter seguido o outro – sabia, por alguma razão, que podia confiar no jovem oriental; mas o ambiente realmente o fazia ter sensações extremamente desagradáveis. Era quase como se pudesse sentir a própria morte se esgueirando pelas sombras...

Pararam, finalmente, diante de uma porta depois de subirem quatro andares por escadas malucas. O rapaz abriu a porta e, lá dentro, um grande espaço vazio – e empoeirado. Thiago não se importou com isso, na verdade. Não era como se tivesse alguma referência do que seria um quarto confortável ou uma sala, que fosse. Ainda assim, o outro tomou um pedaço de madeira – semelhante ao que a garota que lhe dera o nome utilizara para derrubar o lustre no bar – e começou a limpar tudo. Thiago apenas o acompanhou com os olhos, admirado mas ainda receoso.

Quando terminou, o rapaz virou-se para Thiago e disse, bagunçando os cabelos do garoto – o que o surpreendeu um bocado:


- Desculpe o mal jeito, rapaz. Prometo que as coisas vão melhorar.

Apenas balançou a cabeça, concordando. Queria dizer que não precisava, quer dizer, que já estava ótimo daquele jeito. O rapaz já fizera muito por ele e não havia necessidade de que procurasse ainda melhorar mais. Mas calou-se. Continuou encarando o jovem enquanto este lhe entregou nas mãos uma caneta e um caderno. Ouviu atentamente o que ele disse sobre escrever uma história ou fazer um desenho. Concordou, mais uma vez, meneando a cabeça.

O que veio em seguida deixou o garoto ainda mais surpreso. O rapaz abaixou-se e, imediatamente, o abraçou, mantendo-se assim por alguns instantes. A princípio, Thiago ficou estático, sem reação alguma. Mas logo retribuiu o abraço, erguendo os braços às costas do homem ajoelhado. A sensação de algo familiar voltou a lhe tomar conta, e pôde ver, num rápido flash em sua mente, dois olhos avermelhados, intimidadores, mas preocupados. O rapaz, então, o soltou e se levantou. Thiago o encarou, esperando pelo que diria – se é que diria algo – em seguida.

Foi conduzido pelo outro até a janela, e ali permaneceram por algum – curto – tempo. Thiago olhava para ele vez ou outra, como que esperando alguma coisa. Até que, por fim, o rapaz ajoelhou-se novamente, olhando o garoto nos olhos, e disse que tinha que ir. Thiago sentiu certo receio em ter de ficar ali sozinho, mas continuou calado. O jovem lhe pediu que não saísse dali em hipótese alguma, ao que ele prontamente concordou em obedecer, meneando a cabeça, novamente. O outro tomou o caderno e fez qualquer coisa que Thiago não entendeu, pedindo, então, para que ele escrevesse ali o que quer que precisasse. O garoto não estava certo sobre se havia compreendido bem aquilo, mas concordou.

Finalmente, o homem prometeu que tudo iria acabar logo e que Thiago poderia sair logo dali. Deu-lhe um sorriso, ao que o garoto respondeu com o mesmo gesto, ainda que muito mais timidamente. Thiago manteve-se próximo à janela enquanto o rapaz afastava-se até a porta. Teve vontade de dizer algo, mas não conseguiu. Somente uma palavra saiu de seus lábios, num murmúrio quase inaudível a ponto de o rapaz talvez não tê-lo ouvido:


- Obrigado...

Antes de sair, porém, o jovem virou-se e lhe disse algo que o deixou um tanto quanto perturbado e ao mesmo tempo – estranhamente – satisfeito:

- Bem-vindo a Hogwarts, aliás.

O rapaz saiu e Thiago arregalou os olhos. Hogwarts... Hogwarts, Hogwarts... A palavra ecoava em sua mente, fazendo com que sentisse uma mistura de saudade, medo e ódio. Sem muitas opções e tentando sentir-se melhor, sentou-se, recostando-se à parede na qual ficava a janela. Tomou o caderno e encarou-o. Com a mão esquerda, tomou a caneta e fez um pequeno risco em uma das páginas. Alguns segundos depois, outro risco. Depois outro e mais outro. Até que, subitamente, começou a rabiscar a folha compulsivamente, como se sentisse raiva do próprio caderno. Manteve-se assim por alguns minutos. Até atingir o resultado final.

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Ele mesmo não entendeu do que aquilo se tratava. Não conscientemente, talvez. Confuso e um pouco mais assustado, encolheu-se contra a parede, envolvendo as pernas com os braços. Só então se deu conta de quanto estava cansado... Os olhos foram pesando cada vez mais, até chegar ao ponto de que não mais os abriu. Antes, porém, de pegar no sono totalmente, ou, talvez, num princípio de sonho, ouviu uma voz sibilante sussurar-lhe ao ouvido:


"Não falhe desta vez".
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Re: Sala Vazia do 4° Andar

Post by Hokuto »

Hokuto não fazia ideia do quanto estava esgotado quando entrou naquela sala. Não tinha forças nem para pensar. Nem sabia como andava. Não tinha pena do que acabara de ter feito. Aliás, era a última coisa que pensava. Dadas as atuais circunstâncias, ele tinha muito mais o que fazer e ficou realmente irado com a energia que despendeu no corredor. Ele estava tão cansado... Mas tão cansado... E desmaiaria. Magia não fazia milagre e a poção que ele tomara já não fazia tanto efeito assim. O aspecto do rapaz deveria estar algo de derrotado, para dizer o mínimo. E a vida dele, uma confusão dos diabos.

E nem que ele falasse todos os palavrões do mundo desprenderiam a raiva, o desespero e cansaço que ele sentia. Mas mesmo assim, ele fez força para dizer:

- Oi, pirralho.

E caiu em algum canto, fechando e lacrando a porta.
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David Feather
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Re: Sala Vazia do 4° Andar

Post by David Feather »

Acordou com um baque súbito. Arregalou os olhos e se sentou rapidamente, como se tivesse acabado de ter o pior dos pesadelos – e, ao acordar, tivesse descoberto que a própria realidade era um pesadelo ainda mais terrível. Observou a sala vazia onde se encontrava, ainda, nos primeiros instantes, sem se recordar de onde exatamente estava e do que fazia ali. Foi só quando viu o rapaz estendido perto de si que se recordou do dia anterior – e nada além do mesmo.

- Oi, pirralho. – pôde ouvir o outro dizer apenas após fechar a porta e antes de desabar e permanecer inerte.

Thiago ficou tão sem reação, a princípio, quanto o homem que acabara de entrar. Pôs-se a observar o outro, sem saber o que exatamente havia acontecido – se estava dormindo, apenas descansando ou inconsciente. Arrastou-se no chão, deixando o caderno de anotações, dado a ele pelo jovem na noite anterior, até se aproximar do outro, e hesitou por alguns segundos antes de falar algo. Na verdade, não sabia se deveria. Mas não era como se pudesse simplesmente ficar parado ali com cara de paisagem. Então disse, ainda hesitante, no tom de voz mais suave que conseguiu:


- Oi, eu... você... tá t-tudo bem? V-você tá legal? Eu... posso fazer alguma coisa?

Calou-se, sem saber se deveria complementar com o que quer que fosse. Não tinha certeza – pela expressão do rapaz – sobre se o outro estava disposto a ouvir alguém tagarelando em seus ouvidos sem parar. Alguma razão inconsciente fazia com que achasse que poderia acabar se dando mal caso persistisse. Por isso decidiu que somente esperaria pela resposta do jovem – caso ela viesse.

Olhou para o lado e percebeu a caderneta aberta. Esticou o braço e a alcançou, logo notando os rabiscos que ele mesmo fizera – ainda que não se recordasse disso. Observou o desenho do dragão e sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha. Viu os rabiscos e sentiu como se pudesse... compreendê-los. De qualquer maneira, não fazia a mínima idéia do que aquilo significava. Ou achava que não.

Observava o homem inerte de canto de olho, esperando por alguma reação que fosse. Mas se não tivesse, começava a achar que deveria fazer alguma coisa; especialmente no caso de o novo amigo estar precisando de ajuda...
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Re: Sala Vazia do 4° Andar

Post by Hokuto »

Ele olhou para o menino e deu um sorriso. Era ridículo que o nome dele fosse Thiago. Especialmente quando ele tem a cara de um dos seus alunos. Na verdade, conseguiu ter certeza de quem era - ou deveria ser o menino. Só restava saber se o próprio menino se lembrava de algo.

- Acho que não neste caso, meu caro. A não ser que você resolva ser um jovem com algo mais na cabeça do que titica adolescente de namoro e afins. Tive um dia de cão com os hormônios alheios. E não que eu seja um assexuado, mas não é a minha pegar alunas de 12 anos. Tanto por ser aluna quanto por ter 12 anos. E quantos anos você tem? E o que fez enquanto eu andei fora, sendo atacado por adolescentes com hormônios em fúria?

Ele ainda estava deitado. Refletia sua condição de jovem de 18 anos com sentimento de um velho sem forças de 130 anos. Quisera ele ter tempo para uma boa noite (ou dia, ou tarde ou qualquer coisa assim) de sono... E tinha que dizer ao menino que agora era o professor de feitiços daquela budega. E melhorar sua língua de merda e seus pensamentos mesquinhos e mal humorados, não importava o quanto aquela juventude fosse cabeça oca e desmazelada. E ainda tinha que ficar de olho naquela vampira albina (ou ela pensa que ele não viu o que ela fez com a lata) e aquela projeto de marginal sentimental altamente influenciável... Se não bastasse, ainda tinha que viver, pois o mundo estava em perigo eminente e as pessoas eram incapazes de perceber... Que coisa mais interessante... E cansativa. Esperava estar pronto para tudo isto.

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Ps: Malz a demora e o post bostinha. =x
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Re: Sala Vazia do 4° Andar

Post by David Feather »

Sentiu-se aliviado quando o jovem finalmente olhou para ele e sorriu. Não soube exatamente o motivo do sorriso, mas se o outro estava vivo, já era alguma coisa. Não sabia por que, mas sentia como se tudo ao seu redor estivesse prestes a se acabar – morrer. Era como se a própria morte o estivesse rondando o tempo todo. Talvez por isso os calafrios constantes e incomuns.

- Acho que não neste caso, meu caro. A não ser que você resolva ser um jovem com algo mais na cabeça do que titica adolescente de namoro e afins. Tive um dia de cão com os hormônios alheios. E não que eu seja um assexuado, mas não é a minha pegar alunas de 12 anos. Tanto por ser aluna quanto por ter 12 anos. E quantos anos você tem? E o que fez enquanto eu andei fora, sendo atacado por adolescentes com hormônios em fúria?

Observava o rapaz com olhos e ouvidos atentos enquanto ele falava quase sem parar. Poderia dizer que não entendera boa parte do relato – alunas? Hormônios? Pegar? Talvez a cara de paisagem de Thiago ao ouvir essas coisas fosse suficiente para que o outro percebesse que o garoto estava boiando. No entanto, a primeira pergunta do homem fez com que o garoto se perturbasse e voltasse a seus pensamentos. Quantos anos tinha? Levantou as mãos e olhou para elas; franziu a testa, tentando com esforço, como se pudesse, descobrir a própria idade apenas ao encará-las. Sem sucesso, respondeu, desapontado:

- Eu... quantos eu pareço ter?

Ainda havia a outra pergunta, mas esta era muito mais fácil de ser respondida. Ou talvez não tanto. O que fizera – além de dormir – enquanto o rapaz... bem...
De qualquer modo, sabia o que tinha feito. Só o que não saberia era explicar exatamente do que aquilo se tratava. Estendeu a mão e tomou o caderno que o rapaz lhe dera, atentando para a página que havia rabiscado. Embora aquilo lhe parecesse extremamente familiar, não sabia dizer o que era. Ficaria feliz se o próprio rapaz pudesse lhe dizer.

Tomou o caderno com o braço esquerdo e o entregou ao outro, aberto na página onde fizera os rabiscos. O olhar ainda confuso, apenas levantou os ombros em sinal de que não tinha condições de explicar aquilo. Disse, ainda:


- Eu só, eu só... desenhei isso, eu acho... E depois eu dormi...

Achou que fora sincero na resposta. Não havia mais o que dizer. Isso era, de fato, tudo o que fizera naquele período. Ficou em silêncio, apenas olhando para o homem, sem saber o que falar ou fazer. Dada, então, a expressão não-muito-menos fatigada do outro, achou que deveria perguntar:

- Você tá bem... mesmo?

Talvez não devesse ter perguntado. Talvez estivesse abusando demais. Mas, por alguma razão, tinha a sensação de que algumas pessoas – como aquele rapaz – não se importavam totalmente. E por que, mais uma vez, um par de olhos avermelhados lhe surgia à mente?
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Re: Sala Vazia do 4° Andar

Post by Hokuto »

Ele olhou os desenhos, tentando decifrar, mas não fazia sentido. Pelo menos não sem as lembranças claras e razoavelmente precisas... Que ele sabia que o menino não tinha. Não precisava vasculhar a mente do moleque. Bastava ver seu ar perdido.

- Não sei. Parece que 12 ou 13. - E sussurrou mais para si mesmo. - Sua memória não ajuda mesmo...

Ele realmente precisa de ajuda. E quando se refere a ele, menciona-se os dois.

- Você sabia que eu sou o novo professor de feitiços deste colégio? - Hokuto mencionou, com um indefectível tom de felicidade e um sorriso.

Não dava para fazer tipo com o moleque. Este precisava de alguém em quem pudesse confiar, então ser verdadeiro seria bom para ele - e muito bom pra si mesmo, para variar.

- Eu disse que as coisas iam mudar, moleque. - Ele sorriu mais ainda. - E agora vão mudar de vez. Eu já volto. Vou trazer comida e algo mais...

E ele simplesmente saiu, tracando a sala de modo impenetrável.

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Off: Corujal.
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Re: Sala Vazia do 4° Andar

Post by Hokuto »

Desfez o feitiço rapidamente, entrou na sala e trancou. Na verdade, se tivesse condições de demonstrar algo, talvez fosse ansiedade. Mas não dava tempo.

- Estamos de mudança. Agora que eu tenho um quarto, você estará mais seguro lá.

"E eu também." Declarou mentalmente.

Tirou a capa longa e negra e disse:

- Vista isto.

Enquanto ele vestia, Hokuto batia com a varinha na palma da mão, buscando o feitiço correto. Tantos estavam lá, mas precisava escolher o correto... Lançou o feitiço de confusão e depois um que transformava o rapaz em parte do cenário, tal qual um camaleão.

- Vamos, pendure-se em mim, como um macaco.

Quando o fez, Hokuto deu um jeito mágico de o deixar bem seguro, para não cair. Sem uma explicação saiu da sala, levando consigo seu caderno.

- Haja o que houver, não fale nada enquanto eu não mandar, certo?

Pegou o caminho mais longo, de fato. Mas era o mais ermo. Sem ser achado por ninguém, chegou ao destino onde o futuro de tudo que aquele moleque sabia até então sobre si mudaria.

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Off: Sala do Hokutão.
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Re: Sala Vazia do 4° Andar

Post by David Feather »

Não fez mais do que observar o jovem enquanto ele olhava, talvez tão curioso quanto Thiago, para os rabiscos que o garoto fizera no caderno. Sorriu quando o outro disse que ele parecia ter 12 ou 13 anos – não que isso o deixasse feliz, mas, de certa forma, já era algo sobre si de que ele ao menos teria alguma idéia. O rapaz então abriu um largo sorriso e disse, como se estivesse lhe dando a melhor notícia do mundo:

- Você sabia que eu sou o novo professor de feitiços deste colégio?

O garoto abriu outro largo sorriso em resposta. Não sabia exatamente o que - ou o quanto - aquilo significava para o amigo, mas se ele estava feliz, então também ficaria feliz por ele. Não sabia, no entanto, o que dizer. Limitou-se a expressar um realmente sincero:

- É mesmo? Puxa, parabéns!

Manteve o sorriso no rosto, encarando o rapaz à sua frente por alguns instantes que se sucederam. Só então se deu conta de que ainda não sabia o nome do amigo – supunha que ele deveria ter um. Ia pedir que lhe revelasse, mas o rapaz sorriu mais ainda, e fez menção de que ia falar. Ouviu com atenção quando ele disse:

- Eu disse que as coisas iam mudar, moleque. E agora vão mudar de vez. Eu já volto. Vou trazer comida e algo mais...

Ele sorriu novamente em resposta, mas ia pedir que o outro não lhe deixasse ali sozinho por mais um tempo que fosse. Porém, ao ouví-lo fazer a simples menção da palavra comida, sentiu o estômago roncar forte. Por que raios tinha de sentir tanta fome? Permaneceu ali sentado enquanto o outro deixava a sala mais uma vez. Desejou que ele não demorasse tanto para voltar...

Já estava quase pegando no sono novamente quando a porta da sala se abriu. Sentado no chão e recostado à parede, chegou a dar um pequeno salto com o susto. Felizmente, porém, era o amigo. Deu um sorriso quando o viu entrar pela porta e se dirigir a ele, parecendo um tanto quanto... ansioso. Ouviu o rapaz dizer:


- Estamos de mudança. Agora que eu tenho um quarto, você estará mais seguro lá.

Antes que Thiago pudesse perguntar o que precisava fazer, onde exatamente ficava o quarto e se não haveria problemas para ele se fizesse isso – não queria prejudicar o outro de maneira alguma –, o rapaz retirou uma longa capa negra e pediu que o garoto a vestisse. Thiago o fez prontamente, e em seguida o jovem gesticulou com a varinha de madeira (igual à da garota que ajudara Thiago na rua) e pediu para que o garoto se pendurasse nele. Mesmo sem entender absolutamente nada daquilo e um tanto quanto sem jeito, Thiago o fez, pendurando-se às costas do rapaz, que ainda lhe pediu:

- Haja o que houver, não fale nada enquanto eu não mandar, certo?

Concordou com a cabeça apenas, os dedos firmemente agarrados à camisa do outro. E foram-se pela porta, finalmente deixando a sala. E Thiago já achava que poderia se sentir... em casa.



<Off>> Sala do Hokutão.²
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Re: Sala Vazia do 4° Andar

Post by danona23 »

Sigrid guiava Lenna em silêncio pelos corredores. Apesar de perdida, sabia o que queria procurar em realidade, mas nada lhe parecia realmente interessante. Caminhavam em completo silêncio. Algumas vezes acabava perdendo-se nos quadros falantes e as estatuetas e viajava um pouco, esquecendo-se ligeiramente de seu objetivo, antes de retornar sua atenção.

Finalmente encontrara o que desejava, ao abrir uma porta do quarto andar que, pelo que notava, parecia ser muito pouco usada. Havia marcas de que fora limpa, mas ainda havia um ar de abandono. Normalmente era bem difícil retirar aquilo.

Não havia nada no aposento, em uma primeira passada de olhos. Sorrira, conseguira encontrar o que desejava. Desvencilhara-se da irmã, pegando a varinha. Com um movimento, a porta lentamente foi fechando-se sozinha, até recostar-se ao batente. Não havia trancado, apenas recostado.

Virou-se para a irmã, com uma expressão que demonstrava concentração, preocupação e seriedade, voltando a falar.

- Parece um bom local para me explicar o que aconteceu para ter perdido seu auto-controle. – falou em norueguês, enquanto guardava a varinha. Não gostaria de ser incomodada num momento que deveria ser só entre ambas.

OFF: Opa, pulamos muitas partes xD Mas dá pra entender o prologuinho \o\
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Re: Sala Vazia do 4° Andar

Post by Perséfone »

Ficou calada a maior parte do tempo entre sair do corujal e chegar ali. Era a vez de Sigrid.

Sigrid tomou a frente e falou sobre saírem do corujal - o que Lenna aprovou a aprovará pelo resto da sua vida, o que menos queria era ser "guiada" pelo garoto estranho, de nome estranho, e de mudanças de humor estranhas. Além de, claro, ser completamente alienado das ideias.

Sigrid a levou pela mão com pressa, mesmo que não soubesse onde estava indo. Na verdade, sabia onde queria chegar, mas não como. Ela estava tão decidida que Lenna sequer questionou. Apenas deixou-se ir.

E agora se encontrava ali, naquela sala vazia, em algum lugar completamente desconhecido dentro daquele castelo enorme. Sentiu-se melhor ao ouvir o clique da porta a fechar-se. Soltou um suspiro de alívio e encarou Sigrid.

- Parece um bom local para me explicar o que aconteceu para ter perdido seu auto-controle.

Por Deus, ela estava esperando que Sigrid se esquecesse magicamente daquilo! Não era prazeroso lembrar-se de que perdeu o controle sobre seus atos, mesmo que fosse minimamente.

- Nós nem entramos e eu notei a reação estranha do menino. Ele parecia estar vendo um fantasa. Quando chegamos mais perto, ele parecia doene. DOENTE! Por Deus, nós nem dissemos nada e o menino estava para desmoronar frente a mim. Eu não gosto disso. Quando eu faço mal, não me sinto ruim. Mas eu não quis fazer aquilo a ele, entende? - Lenna parou para tomar fôlego e prosseguiu - Você pode não ter notado, mas ele empalideceu e suas pernas eu juro que tremiam e oscilavam quando ele saiu para "tomar um ar" longe de nós. Alívio, Sigrid, foi o que eu senti quando ele fez isso. E dor, porque eu obriguei ele a fazer isso, mas eu não queria! E quando ele voltou? Imagine?! Eu tomei um susto tremendo quando ele começou a gaguejar e foi impossível frear meus pés. Aliás, eu queria mesmo era sair correndo.

Pronto. Desabafou. Jogou tudo em cima da irmã e não sentia um pingo de remorço. Sigrid aguentaria, como sempre aguentou. Desabafavam juntas, sempre foi assim e sempre seria. Quando Sigrid quisesse extravasar, procuraria Lenna - e vice-versa. Precisava disso.

-Foi só isso que aconteceu. Desculpem-me pelo comportamento fora do normal e completamente discriminável.
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Re: Sala Vazia do 4° Andar

Post by danona23 »

Percebeu que, em primeira instância, Lenna não esperava que ela fosse fazer aquela pergunta e sorrira com isso. Em realidade, sabia que Lenna sempre tinha esperanças que Sigrid esquecesse as perguntas que fazia e a irmã não tinha tempo de responder. No entanto, até aquele momento, Sigrid jamais falhara. Poderia demorar até dias, mas Sigrid não esquecia. Vendo-se sem saída, Lenna começava a desabar os sentimentos que culminaram em seu descontrole anormal.

- Nós nem entramos e eu notei a reação estranha do menino. Ele parecia estar vendo um fantasma. Quando chegamos mais perto, ele parecia doente. DOENTE! Por Deus, nós nem dissemos nada e o menino estava para desmoronar frente a mim. Eu não gosto disso. Quando eu faço mal, não me sinto ruim. Mas eu não quis fazer aquilo a ele, entende? - viu-a parar para tomar fôlego e prosseguir em seu desabafo - Você pode não ter notado, mas ele empalideceu e suas pernas eu juro que tremiam e oscilavam quando ele saiu para "tomar um ar" longe de nós. Alívio, Sigrid, foi o que eu senti quando ele fez isso. E dor, porque eu obriguei ele a fazer isso, mas eu não queria! E quando ele voltou? Imagine?! Eu tomei um susto tremendo quando ele começou a gaguejar e foi impossível frear meus pés. Aliás, eu queria mesmo era sair correndo. Foi só isso que aconteceu. Desculpem-me pelo comportamento fora do normal e completamente discriminável.

Sigrid ouvia à tudo com muita atenção. Havia um olhar carinhoso e fraternal, quando pegara ambas as mãos da irmã entre as duas. Lenna reparava em coisas daquele tipo, sabia disso desde sempre e por mais que tentasse fazer o mesmo, Sigrid sempre se distraia com outros fatores das quais Lenna não.

Não queria falar naquele momento, sentia que palavras não eram necessárias, como nunca foram em momentos como aquele. Lenna sempre soube que Sigrid não era boa com palavras como ela. Após alguns momentos que olhava sua irmã, finalmente retornara a olhar para a sala, sorrindo ainda mais, quando finalmente o que a incomodava havia passado.

- Fiquei pensando por um tempo onde iríamos conseguir treinar na nova escola, sabe, Lenna... – ela havia começado enquanto observava o aposento – Acha que eles se incomodariam de nós pegarmos essa sala para podermos treinar esgrima e música? Ao menos violino e violoncelo. – ela complementara com um certo suspiro, pois era quase óbvio que não devia ser possível levar um piano para que pudessem praticar melhor o dueto.
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Re: Sala Vazia do 4° Andar

Post by Perséfone »

Lenna sentiu-se melhor ao comporvar uma vez mais que Sigrid era mais que apenas irmã: a garota apenas segurou suas mãos entre as dela e sorriu compreensiva. Nunca precisaram de palavras depois de um momento como aquele e desejou que assim fosse sempre.

Depois de um momento ou dois, Sigrid tornou a falar, mudando completamente de assunto.

- Fiquei pensando por um tempo onde iríamos conseguir treinar na nova escola, sabe, Lenna... Acha que eles se incomodariam de nós pegarmos essa sala para podermos treinar esgrima e música? Ao menos violino e violoncelo.

Lenna sorriu: música era, para ambas, sentimento, arte, escape para tudo. Elas se encontravam na música, punham nela todo e quaquer sentimento que não podiam demonstrar. Música era essencial. Lenna jamais pensou em parar de tocar piano com Sigrid ou o seu violoncelo.

Olhou ao redor e sorriu. A sala não era perfeira, mas duvidava que existiria uma no castelo. Aquela serviria.

- Quanto ao piano, é realmente uma pena que não possamos ter um aqui. Mas violoncelo... - Lenna sorriu com as lembranças e devanios. - Eu acho que podemos tocar aqui, sabe. Sempre que pudermos - ou quisermos.

Ao menos isso permaneceria. Música também era um óimo caminho para jamais esquecer.
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Re: Sala Vazia do 4° Andar

Post by David Bergerson »

Caminhava resoluto pelos corredores já um tanto quanto vazios. A varinha em punho, pronta para qualquer eventualidade, ele sabia bem para onde estava indo – ainda que não soubesse exatamente por que. Era como se sentisse a presença de algo sombrio, como se essa presença estivesse sendo emanada do local de seu destino. Seria algo relacionado aos últimos acontecimentos? Fosse ou não, deveria estar preparado.

Avançou a passos largos pelas quase confusas escadas até alcançar o quarto andar. O que quer que fosse, faria sentido que tivesse se escondido ali – afinal, não era como se alguém realmente desse importância àquele espaço. Quando aluno, David dera, ele e alguns de seus conhecidos. E por isso mesmo sabia que era perfeitamente possível que a sala fosse utilizada para fins obscuros. A sensação que lhe acometia, no entanto, era de que parecia algo maior que isso desta vez.

Já se passara metade daquela manhã fria; o outono chegara com força. O vento encanado no corredor soprava ao ouvido do bruxo palavras ininteligíveis. Estava chegando. Aproximava-se do gran finale? Então por que já não lhe parecia que a presença sombria que o perturbava ainda estivesse ali? Um rastro, talvez, apenas. Ainda assim, teria de seguir o rastro para chegar à sua origem. Nesse meio termo, recebeu a mensagem do patrono da srta. Fuku. Então haviam mesmo decidido arrastar todos para Hogsmeade. Ótimo. Não esperava que contassem com a ajuda dele, mas... De qualquer modo, a visita a Hogsmeade teria de esperar – o quanto fosse necessário.

Parou diante da porta e, ainda sem abrí-la, suspirou pesadamente, exausto. O cansaço estampava-se em seu rosto de modo visível. Um sorriso discreto, quase imperceptível, surgiu-lhe nos lábios ao lembrar mentalmente a si mesmo que os anos estavam lhe passando muito rápido – a idade, ainda que longe de ser considerada avançada, já começava a pesar-lhe nos ombros. No entanto, deveria deixar isso de lado assim que abrisse aquela porta – e independente do que fosse encontrar atrás dela.

Firmou a varinha na mão esquerda e com a direita escancarou a porta. Num movimento razoavelmente rápido, adentrou a sala, apontando a varinha instintivamente para frente, na direção de onde pôde perceber movimentos. Porém, não eram os que ele esperava. Tratava-se de duas garotas, apenas. Gêmeas. Idênticas; se não idênticas, muito parecidas. Um sinal?

Manteve os olhos azuis, agora consideravelmente apagados, fitos nas alunas, abaixando a varinha enquanto o fazia. Sabia, entretanto, que não podia confiar somente no que estava vendo. Ainda podia sentir o rastro... Dirigiu-se às duas e disse num tom firme, levemente repreendedor – precisava tirar suas conclusões, afinal:


- O que estão fazendo? – analisou-as de modo curioso, mas não ameaçador, e então prosseguiu ao se dar conta de que não as conhecia - De onde vieram? Não me recordo de tê-las visto em minhas aulas.





Offão- Felizos que estão postando em outros tópicos e que eventualmente me vejam aqui, ATENÇÃO: é importante que todos atentem para o Relógio do RPG, que define o período de tempo e as condições climáticas para as ações em todo o RPG (Castelo, Hogsmeade, Londres). Isso é fundamental para que haja coerência na história – não pode ter um feliz almoçando e outro jantando ou alguém nadando no lago sob o sol escaldante e outro congelando na neve ao mesmo tempo, não? u.u Fiquem de olho nisso o/


Offinho- Meninas, desculpem pela invasão e pelo jeito não muito cordial do tio u.u
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Re: Sala Vazia do 4° Andar

Post by Perséfone »

Estava entretida com hipótese levantada por Sigrid. Já pensava em maneiras de limpar aquela sala e trazer um piano até ali. Era improvável, mas não impossível - palavras como essa não apareciam com frequência em seu vocabulário. Como uma boa musicista, ela sabia de alguns truques, como feitiços bons para se fazer de uma sala vazia como aquela um lugar ao menos melhor para tocar. Já pensava em alguns desses para melhorar a acústica do lugar. Aquele não era exatamente o local adequado para um dueto ao som de instrumentos de corda.

Ela sorriu ao ver que fora esperta o bastante para ignorar as ordens da mãe e trazer seu violoncelo consigo. Não que a sua mãe tivesse exatamente alguma autoridade sobre ela - a mulher fugiu tanto das filhas e por tanto tempo que, às vezes, Lenna considerava que tinha apenas um pai. E assustava-se com a mesma medida com que se divertia ao ver que esse pai por momento algum fora o Sr. Lavransdatter - que ela apenas viu como tal em seu leito de morte.

A porta da sala foi aberta não com estardalhaço, mas com tal brusquidão que os músculos de Lenna automaticamente se tensionaram a espera de algum ataque. Os reflexos apreendidos com anos de aulas de esgrima falou mais alto e foi impossível deixar a varinha no cós da sua saia - o objeto veio parar em sua mão antes que ela tivesse tempo para pensar sobre isso. Manteve-se em silêncio, assim como Sigrid.

Não parecia se tratar de algum aluno. O homem era alto em relação a elas, mas não tinha altura impressionante que o outro professor que encontraram naquele mesmo dia. Não pôde ver sua expressão, mas ele parecia tenso. Podia sentir os olhos dele sobre elas. Firmou mais a varinha na mão.

Depois um ou dois instantes, o homem abaixou a varinha. Não se sentia bem e segura se guardasse a sua própria, mas seria extremamente deselegante manter uma varinha apontada para um homem que abrira mão disso. Abaixou a sua, mas manteve-a em mãos, atenta a qualquer movimento.

Ou palavra.

- O que estão fazendo? De onde vieram? Não me recordo de tê-las visto em minhas aulas.

Ótimo, mais um professor que não se apresenta. Era costume no Reino Unido?

- Olá, professor. - falou com a voz educada, relaxando a mão tensa que segurava a varinha ao ver que ele estava apenas curioso. - Estávamos conhecendo as coisas por aqui. De certo, sua memória continua ótima, não assistimos a nenhuma aula. Somos novas aqui, chegamos hoje. Da Noruega.

Repetiu as mesmas palavras tantas vezes que estava praticamente tocando automaticamente uma múscia antiga que aprendera.

- Somos Lenna - disse apontando a sim mesma. -E Sigrid Lavransdatter. É um prazer conhecê-lo, embora essa sala vazia e quase escondida não seja um local adequado para isso.

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Off: Estamos acostumadas com invasões (?), tio.
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Re: Sala Vazia do 4° Andar

Post by danona23 »

Antes de Sigrid falar com a irmã, sentiu os pêlos de seu corpo arrepiarem-se num aviso de que algo estava para acontecer e interrompe-las. Por isso ficou em silêncio, esperando.

Foi quando o estrondo da porta foi ouvido e, num ato rápido e automático, já estava com a varinha apontada na direção do estranho que também mantinha uma varinha em mãos, apontando para elas.

Mantinha uma expressão concentrada, esperando o primeiro movimento do homem que havia acabado de invadir a sala. Analisando-o, percebia que ele já havia certa idade, apesar de não aparentar ser muito velho. Não dava para ver na meia luz que recaia naquele fim de tarde nublado.

Ele então demonstrou-se menos agressivo, ao percebê-las, abaixando a varinha. Subestimava-as, por parecerem mais jovens em comparação à sua altura, ou simplesmente não havia encontrado o que procurava?

Abaixou a varinha vagarosamente, conforme o via se aproximando com um ar levemente arrogante, mas não se importou demais. Finalmente, bem próximo deu para ver melhor as feições de seu rosto escondidas pelas sombras e a voz dele ressoou pelo aposento.

- O que estão fazendo? De onde vieram? Não me recordo de tê-las visto em minhas aulas.

Pelo pouco que Sigrid conseguira compreender da última frase dita, era algo relacionado à aulas. Obviamente mais um professor em que esbarravam num lugar completamente inapropriado. Os professores ingleses tinham hábitos estranhos, pelo que percebia.

Como sempre, Lenna foi quem disse logo de primeira. Sigrid não sabia como iria aprender aquela língua sem falar muita coisa com as pessoas, mas sentia-se inibida de qualquer forma.

- Olá, professor. – Lenna, como sempre, tinha um ar educado, mesmo nas situações mais estranhas - Estávamos conhecendo as coisas por aqui. De certo, sua memória continua ótima, não assistimos a nenhuma aula. Somos novas aqui, chegamos hoje. Da Noruega.- nesse momento ela dera uma pausa - Somos Lenna – percebeu que ela estava indicando a si mesma, logo após, indicou Sigrid. - E Sigrid Lavransdatter. É um prazer conhecê-lo, embora essa sala vazia e quase escondida não seja um local adequado para isso.

Lenna havia falado mais rápido aquela frase, pois parecia que iriam repetir aquilo muitas vezes durante sua estadia. Esperava que depois de um mês pudessem falar coisas diferentes.
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Off: Pois é, tio... pois é... a gente tem que conviver com essas coisas. (?) HAUSHUASHAUSHAUSHS
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Re: Sala Vazia do 4° Andar

Post by L-sama »

L andava calmamente, sem ter muita noção do tempo ali; na verdade, acabou parando ali por acidente, porque andava sem ver; ocupado em seus planos e devaneios. Uma voz foi o que o acordou, na verdade, quando estava a centímetros do recinto.

- O que estão fazendo? De onde vieram? Não me recordo de tê-las visto em minhas aulas.

"Se eu me lembro bem, esta voz estava lá... deve ser um professor, mas qual?"

- Olá, professor. Estávamos conhecendo as coisas por aqui. De certo, sua memória continua ótima, não assistimos a nenhuma aula. Somos novas aqui, chegamos hoje. Da Noruega. Somos Lenna E Sigrid Lavransdatter. É um prazer conhecê-lo, embora essa sala vazia e quase escondida não seja um local adequado para isso.

"Lavransdatter... Professor... Ora, ora, seria este um ato de providência divina?"

Ele entrou, desta vez querendo parecer mais velho, de modo lento, apoiando-se em seu cajado, mas sem curvar-se.

-Hm... Srtas. Lavransdatter e Sr. Bergerson. Uma coincidência interessante que nos trouxe até aqui... não. Não existem coincidências. Deve ser um ato de providência divina... ou um ato de providência nosso, sim... É interessante que venhamos a nos conhecer justo aqui, nesta sala que ao mesmo tempo não aparenta ter nada de mais... e ainda assim, parece ser um lugar perfeito para um segredo.
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Re: Sala Vazia do 4° Andar

Post by David Bergerson »

Não pôde deixar que as garotas – ambas – também ergueram suas varinhas em direção a ele assim que ele adentrara a sala. Ao menos eram prevenidas – levando em conta que fossem mesmo alunas. Já não tinha dúvidas disso, no entanto. Embora não tivesse podido confiar tanto em seus instintos nos últimos dias, estava claro que eram, realmente, apenas duas garotas. E por isso mesmo o professor limitou-se a esperar que uma delas – ou as duas – se pronunciasse, o que não demorou a acontecer.

- Olá, professor. Estávamos conhecendo as coisas por aqui. De certo, sua memória continua ótima, não assistimos a nenhuma aula. Somos novas aqui, chegamos hoje. Da Noruega. – disse uma das garotas educadamente.

Então estava explicado. Talvez nem tanto, considerando que o diretor, supostamente, deveria avisar a equipe docente sobre a entrada de eventuais novos alunos após o início oficial do ano. Bem, também não era como se Renan estivesse em seus melhores dias. Aliás, o diretor já não era visto desde a noite anterior, no baile. Era perfeitamente compreensível que ele preferisse ficar oculto depois de todos os infortúnios pelos quais a escolha havia passado; mas certamente sua presença era necessária para que novos e ainda piores infortúnios fossem evitados.

Voltou a atenção novamente às garotas quando uma delas – a mesma – apresentou a si e à gêmea.


- Somos Lenna e Sigrid Lavransdatter. É um prazer conhecê-lo, embora essa sala vazia e quase escondida não seja um local adequado para isso.

Ele assentiu com a cabeça, apenas. De fato aquela sala não era o local adequado para aquele tipo de coisa – e não pelo fato de que estava vazia. Ainda podia sentir algo sombrio ali, e isso não tinha relação com as norueguesas, ao menos não aquilo. David inspirou o ar pesadamente outra vez, como se até o ato de respirar lhe exigisse um extremo esforço, e então disse:

- Muito bem, perdoem-me pela inconveniência, srtas. Lavransdatter. Sou David Bergerson, professor de Astronomia. Sejam bem-vindas. – tentou esboçar um pequeno sorriso para quebrar o tom quase robotizado da fala, mas os músculos da face talvez não tenham respondido como ele desejava - Bem, de qualquer modo, foi oportuno encontrá-las, pois creio que estamos, todos, de saída.

Procurou ser o mais polido possível, como um verdadeiro inglês – que ele não era. Obviamente deveria explicar a que havia se referido, mas nada que não pudesse fazer no caminho até o salão. Levou a mão para guardar a varinha novamente no bolso, mas uma nova presença – que ele só notara tardiamente, ao ver a figura entrar pela porta – fez com que desistisse do movimento. Estava mesmo muito descuidado. Era o cansaço. Só poderia ser.

Colocou-se diante das garotas Lavransdatter ao que o homem se aproximou, caminhando lentamente e apoiado numa espécie de cajado. Certo. Aquele com certeza não era um aluno. Também não era um funcionário, a não ser que, como já de costume, o diretor o tivesse contratado e esquecera de avisar a equipe. Por alguma razão, não parecia ser o caso. Ouviu com atenção quando o sujeito finalmente se pronunciou:


- Hm... Srtas. Lavransdatter e Sr. Bergerson. Uma coincidência interessante que nos trouxe até aqui... não. Não existem coincidências. Deve ser um ato de providência divina... ou um ato de providência nosso, sim... É interessante que venhamos a nos conhecer justo aqui, nesta sala que ao mesmo tempo não aparenta ter nada de mais... e ainda assim, parece ser um lugar perfeito para um segredo.

Era em momentos como esse que o modo galês de ser lhe era de grande valia. Não hesitou em, mais uma vez, erguer rapidamente a varinha e apontá-la na direção do homem. Por certo já estava ali há algum tempo e havia ouvido seus nomes. Sem perder tempo, logo disse:

- É melhor dizer logo quem você é, de onde veio, por que está aqui e a que tipo de segredo está se referindo. Não pensarei duas vezes...

Manteve o braço estendido com a varinha apontada na direção do outro, encarando-o com firmeza e tentando permanecer à frente das alunas. Intimamente, desejou que o outro não atacasse. Seu estado físico não era dos melhores, e isso contaria muito em caso de um eventual duelo. Tentaria, ao menos, livrar as garotas...




Off- ¹ ahauahaau é mania, chamar todo mundo de tio ;D

² é, taquei o tio (vejam u.u) Dean aqui pra personificar melhor o tio (!) Bergerson depois de outras escolhas infelizes que fizeram o coitado ser chamado de narigudo, cara-de-mamão e gay ._.
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Re: Sala Vazia do 4° Andar

Post by L-sama »

Bergerson não hesitou em apontar a varinha para L, aparentemente se precavendo. Ah, ele não poderia dizer que não entendia o ato, mas era chato ver que até ali, a paranóia contra ele existia.

-É melhor dizer logo quem você é, de onde veio, por que está aqui e a que tipo de segredo está se referindo. Não pensarei duas vezes...

Ele se endireitou, revelando-se. L então tirou a cartola e a jogou no ar. Enquanto ela girava no ar, ele começou:

-Quem eu sou? Ora, tenho muitos nomes, Bergerson-sama. Alguns me chamam de Espectral, outros de Oitavo Magister... mas o nome pelo qual eu prefiro ser chamado por aqui... - a cartola caiu e ele a pegou no ar, colocando a mão esquerda nela... logo em seguida, tirando a mão com o polegar e o indicador estendidos, formando a letra... -...podem me chamar de L.

Ele sorriu mais uma vez e colocou a cartola de novo. Ora, ser enigmático era divertido, não?

-O que faço aqui? Tendo memórias... como um ex-aluno... e como eu disse, motivos de força maior me trouxeram até aqui... motivos que eu não posso compartilhar. E bem... a atmostera deste lugar está bem "carregada", não concordam? Me pergunto como não perceberam.

Era divertido brincar com aquelas pessoas, mas ele não tinha tanto tempo para passar brincando ali. Não se o relógio continuasse a avançar.

"Tempo... não é lá um grande obstáculo para mim agora... mas é melhor que não saibam disso, ou eu terei encrenca maior."

-Ei, ei, pode abaixar isso? Minha intenção não é matá-los, ah, não... se eu quisesse, eu já teria o feito, Bergerson-sama. É claro que já teria... como um dos meus.
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