[One-shot] Stigmata

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Naná
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[One-shot] Stigmata

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Tipo: Romance
Shipper: Voldemort/Bellatrix
Censura: NC16/17 - Imprópria para Menores de 16 Anos
Resumo: Stigmata, blood and gasoline, the thought of you and the fire between...

Stigmata
Dei um sorriso fraco, meus lábios vagarosamente se movimentaram. Não um sorriso convencional, mas natural, o que fazia dele bonito por definição. Um bonito doentio que só ele seria capaz de assim chamar.

Ele se aproximou devagar. Quando ele se aproxima homens e mulheres por instinto se afastam, seus seguidores ou não, inimigos e amigos, todos se afastam. Eu não. Parece que mantenho o sorriso fracassado, mas sincero em meu rosto e continuo onde está. A sala é escura, grande, com ares de aristocracia toujours pur. A lareira, a tapeçaria, pesado, quente. Meu sorriso some quando ele se aproxima mais. Não porque tenho medo, não tenho, mas porque esta indecifrável maneira de agir e pensar, de sentir, torna cada movimento novo e inesperado, poderíamos fazer amor ou eu poderia ser torturada, não há forma de saber... E isto torna tudo mais emocionante. Não me importo.

Seus inimigos clamam que sua maior fraqueza é não amar, pois para eles o amor sobre tudo triunfa. Eu sei que não. E aí eles se enganam, e aí eles caem. O amor enlouquece. Enaltece e depois nos enlouquece, pois em toda a sabedoria que eles cultivam, ao dividir o mal e o bem em aqueles que amam e aqueles que não amam, não conseguem perceber que alguns que residem no mal amam, e enlouquecem por amarem desse jeito considerado vil, doentio, louco. O amor é dois. O amor salva, mas também condena, é cegueira e é a única verdade ao mesmo tempo.

Ele é minha única verdade. E se aproximou um pouco mais de mim. Seu dedo longo e frio encosta em meu queixo.



- Bella...



E eu sou dele. Meu nome sussurrado por ele naquele lugar escuro e vazio parece sagrado, parece mais bonito e mais importante que qualquer outro nome. Ele parece me rebatizar toda vez que diz de forma suave e gelada ‘Bella’, pois é aí que meu nome inteiro passa a possuir todo um novo significado, ele passa a ser o que ele quiser que seja e eu passo a ser completa.

Eu sorrio de novo, desta vez um sorriso maior, olho para ele tentando passar desesperadamente tudo que eu gostaria de falar, tudo que eu gostaria de fazer. Eu o vejo me olhar nos olhos, ainda inexpressivos, mas é o meu coração batendo acelerado e são os meus olhos carregados de desejo e de palavras proibidas que me dizem que talvez, e só talvez, ele possa estar sentindo o mais próximo dos meus sentimentos que ele pode alcançar.

Seus dedos deslizam do meu queixo para o meu pescoço, traçando uma linha de insuportável paixão que parece ser só por mim sentida. Eu o olho de novo, desafiando, implorando e questionando ao mesmo tempo. Ele só me lança um sorriso que para os outros pode parecer medonho, é o sorriso que ele utiliza quanto esta prestes a torturar, mas é carregado de uma insanidade ainda maior quando direcionado a mim, é carregado de uma insanidade que ele reserva só para mim, uma mistura deliciosa de poder e de desejo incontroláveis que ele tenta controlar. Seus lábios se aproximam do meu pescoço, frios e secos, enquanto uma de suas mãos se perde em meu cabelo em uma mistura de carícia e de domínio... E é com gentileza que ele inclina minha cabeça para o lado expondo meu pescoço a ele. Ele corre os lábios ainda de forma leve, sinto um braço passando em minha cintura. Ele aproxima os lábios do meu ouvido e aí sussurrou “Minha Bella...”.

E aqui eu me torno irrecuperavelmente dele. Como há muitos anos me tornei, desde a primeira vez que em meu ouvido foram sussurradas, de forma gélida e fatal, as palavras minha Bella.

Gemi baixinho com o prazer de ouvir de novo este mantra. E como se isso fosse para ele um sinal de redenção absoluta, o que ele sabia que era, me puxou para mais perto com violência. Puxou meus cabelos para trás com força, me elevando do chão com o outro braço e me encostando na parede. A mão que estava em meu cabelo agora corria meu corpo de forma rápida e torturante. Com sua boca, ele afastou as alças de meu vestido, fazendo deslizar pelo meu corpo e caindo no chão, me expondo, me oferecendo e mostrando a ele que eu era dele.

Uma de suas mãos ergue minha perna enquanto seus lábios deslizam por meu corpo. Quando senti sua língua chegar em meu umbigo, ela voltou a subir, para me provocar. Eu deveria implorar, pois ele gosta quando eu imploro, mas desta vez, eu não preciso, meu próprio corpo parece implorar indo violentamente para frente quando seus lábios tocam meus seios, meus gemidos são como longos sussurros desesperados. E ele fazia tudo com lenta violência que meu corpo parecia sentir que deveria responder com esta.

Sim, a tortura era o que eu e ele amávamos, era o que dava prazer a nós dois. Mas era somente a nós dois que reservávamos esta tortura tão doce e tão prazerosa, a tortura que era a minha eterna procura por ele e que era para ele o seu jeito de me afirmar que eu era dele, e sobretudo dele. Era poder. O seu poder de me ter e o meu poder de fazê-lo querer me ter. E não há nada mais excitante do que o poder, sobre o outro, para o outro, pelo outro, poder e tortura.

De súbito parou. Prensou seu corpo contra o meu, sorriu malicioso. E disse com sua voz gelada, mas aqui visivelmente cheia de uma emoção que a ele não era própria, mas sim do momento:



- Implore.



- Não.



Eu desafio. Sorri mais uma vez, mas não o sorriso de uma serva, e sim o sorriso de uma amante, o sorriso da sua amante, o meu sorriso mais cruel, já vi tantos tremerem ao se depararem com este mesmo sorriso, mas eu sei que este é o sorriso que ele mais gosta de ver em meu rosto. Sinto agora, enquanto seu corpo ainda está prensado no meu corpo exposto, seus dedos gelados me tocam entre as pernas e meu sorriso se converte em um gemido, agora mais alto do que os anteriores. Ele continua a me acariciar como quem diz que tem todo o tempo do mundo para fazê-lo. Começo a tremer de leve. Mas mais uma vez, dou a ele aquele sorriso, de sensualidade e desafio. Seus olhos queimam, um desejo anormal passa por eles. E eu sinto seus dedos entrando em mim. Jogo minha cabeça para trás involuntariamente, e meu corpo parece tremer, vejo um sorriso rápido e carregado de prazer em seus lábios, enquanto ele faz movimentos circulares dentro de mim.



- Implore.



E eu gemi um ofegante ‘não’. Seus movimentos se tornaram rápidos e fortes, como resposta. Tremi violentamente sentindo a parede em minhas costas e seu corpo a minha frente. Seus lábios tão próximos do meu rosto, ele me olhava fixamente, como que estudando todas as minhas reações, todas as contorções dos meus lábios. E tudo parou por alguns breves segundos, e antes que eu pudesse olhá-lo de forma a questionar a interrupção, ele me vira de costas e me atira no carpete. Sem poder vê-lo, mas só senti-lo, é com o meu sorriso mais poderoso que eu recebo a sensação de ter toda a sua língua deslizando em minhas costas. Suas mãos abrem de leve espaço entre minhas pernas, e mais uma vez eu tremo involuntariamente. Seus dedos voltam a entrar em mim com sensualidade e força, me causando sensações que só ele pode me fazer sentir. Ele parou de repente, encostou lentamente em meu clitóris. Este toque lento e rápido me arrancou um longo gemido. E sentindo o seu corpo se inclinar sobre o meu, eu ouço em meu ouvido mais um sussurro de “implore”. Seu sexo encosta devagar no meu. E antes que eu pudesse responder, como que não resistindo ao jogo por nós mesmos criado, ele me possuí.

Eu estava queimando. Tudo naqueles primeiros momento me fez queimar, cada parte do meu corpo pedia mais, queria mais, precisava de mais. Meus quadris se movem involuntariamente de forma circular. Eu sinto seus braços passando por debaixo dos meus e me puxando um pouco mais para cima, um pouco mais para perto, seus gemidos são sussurrados como aqueles meus primeiros, com um som de quem saboreia tudo, desde seu próprio prazer até o meu delirante e insano prazer por senti-lo perto.

Eu fujo alguns centímetros dele, virando meu corpo e o olhando, o gesto desafiador o faz olhar para mim com desconfiança. Agora virada de frente, coloco uma de minhas pernas em suas costas, nos olhamos por alguns momentos, ofegantes, ele fita meus olhos com segurança, eu o olho de baixo e antes dele perceber meus lábios se contorcendo em um sorriso malicioso, uso minhas pernas para fazê-lo deitar no chão. Eu controlaria a partir de agora. O prazer que aquele atrevimento o causou se tornou óbvio quando ele fitou todo o meu corpo sobre o seu. Encostei o meu sexo no dele, e lentamente fiz com que entrasse em mim. Quando eu era dele novamente por completo, como que com o silêncio breve que precede a um tapa, meus quadris passaram a fazer movimentos rápidos e circulares. Ele gemia de prazer, agora alto, desejoso, olhava meu corpo se contorcer sobre o dele, o fogo que antes passou brevemente em seus olhos, agora queimava de forma permanente. Ele inclina-se para cima, se aproximando de mim, mas ainda deixando com que eu o controle. Sua cabeça por vezes caía para trás como num movimento incontrolável.

Nossos quadris passaram a duelar, em uma competição para que cada um retirasse o máximo possível do outro. Com minhas duas mãos puxei meus cabelos para trás, a visão do meu rosto absolutamente exposto pareceu fazer com que ele se descontrolasse, não sei se pela beleza que ele julgava encontrar, ou pela vulnerabilidade que isto pode ter demonstrado. Ao vê-lo sentir tanto prazer dado por mim, meu corpo começa a tremer de forma violenta, sinto ele me possuindo cada vez com mais força e com mais desejo. E o tempo parou quando meu corpo não mais consegue se controlar e atinge ao clímax.

Ao ver a forma como meu corpo se contorcia e como meus gemidos pareciam ecoar por toda a casa, ele parece ter atingido a um ponto máximo. Ele ainda me possui agora apressado. Seu quadril parece congelar no ar por alguns instantes, ele ainda dentro de mim, e então desaba pesado no chão. Eu solto meus cabelos e me atiro molemente em cima dele. Sinto seus dedos correndo pelos meus cabelos.



- Minha Bella...



E eu sou irrecuperavelmente dele.
Le plaisir est une merveille qui m'apprend que je suis moi. - A. Nothomb

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