(A (falta de) inovação nos filmes de Harry Potter
Falta mesmo audácia na produção de filmes… Harry Potter não é exceção.
Por Sheila Vieira
6 de junho de 2008
Por mais que ainda tenhamos alguma empolgação com os dois (na verdade, três) últimos filmes da série Harry Potter, temos que reconhecer que a série já chegou ao seu fim. O que aguardamos já com uma certa nostalgia são as adaptações comandadas por Steve Kloves e David Yates, muito provavelmente pouco vibrantes, como a maioria dos outros cinco filmes.
Quando as estréias se aproximam e assistimos às novas cenas, temos a esperança de que David Heyman e seus colegas percam o medo de inovar e consigam transmitir, para a tela e para o público que não teve acesso aos livros de J.K. Rowling, toda a intensidade e a atmosfera dessas fantásticas obras literárias. No entanto, o que recebemos são evoluções tímidas, no que se trata da dramaticidade do filme, do estilo de filmagem e da própria atuação do trio principal.
Essa evolução cinematográfica “lenta, gradual e segura” acentuou-se após a experiência de Alfonso Cuarón em “Prisioneiro de Azkaban”. O mexicano deixou a herança dos “filmes de Natal” de Chris Columbus e introduziu uma nova fotografia, uma total reestruturação do espaço de Hogwarts, dando à escola uma sensação de verdadeira existência e correlação entre os cenários do filme. Sem falar nas mudanças nos protagonistas, tanto em termos de vestuário (os onipresentes uniformes deram lugar a roupas cotidianas), quanto de atitude (maior intimidade entre eles). Porém, o terceiro episódio foi recebido com estranheza por muitos fãs e principalmente pelo grande público (foi a pior arrecadação até agora). Para “consertar o erro”, contrataram Mike Newell e David Yates, cineastas de personalidade, mas que não comprometeriam a popularidade da série.
Mas, mesmo os que criticaram o filme de Cuarón devem reconhecer que os elementos trazidos por ele permaneceram em “Cálice de Fogo” e “Ordem da Fênix”, de forma menos exacerbada. Eles conseguiram boas arrecadações e uma certa simpatia da crítica de cinema, e era esse o meio-termo que os produtores desejavam. Entretanto, será que isso é realmente bom? A cada filme Harry Potter, aparece menos nas listas de premiações, o destaque na imprensa diminui e o público perde lentamente o seu interesse pela história. Contribui claramente para isso o final da série literária, mas observamos atualmente uma indiferença com Harry Potter vinda principalmente do público além dos fanáticos, que nunca leram a prosa de Rowling.
O que aconteceria se Alfonso tivesse continuado após 2004 ou tivesse assumido a direção alguém como Guillermo Del Toro, por exemplo? Nunca saberemos. Talvez o grande público continuasse a rejeitar alguns elementos, mas, com o respaldo das boas críticas e das premiações, quem sabe a série Harry Potter não alcançaria um novo patamar? Dessa forma, as características da série seriam mais bem transmitidas do que nas insossas adaptações de Columbus, Newell e Yates que, obcecadas por não perder “fidelidade” com a obra, renegam a sua essência instigadora, excêntrica e mágica.
A (falta de) inovação nos filmes de Harry Potter
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Re: A (falta de) inovação nos filmes de Harry Potter
Não exagere,no 3º tina uniformes e sempre teve...
Spoiler
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Re: A (falta de) inovação nos filmes de Harry Potter
tinha uniformes para as aulas, mas fora delas eles usavam roupas normais...
ahhh e foi o filme q eu mais gostei xD o 3º.. apesar q eu acho q eh um dos q mais foge do livro...
hmm... realmente... a cada filme eu tenho esperanças de inovação... mas no fim das contas n chega nem perto da intensidade dos livros...
ahhh e foi o filme q eu mais gostei xD o 3º.. apesar q eu acho q eh um dos q mais foge do livro...
hmm... realmente... a cada filme eu tenho esperanças de inovação... mas no fim das contas n chega nem perto da intensidade dos livros...
pois eh... eh uma coisa q (eu acho) o peter jackson conseguiu na adaptação do Senhor dos Anéis... algo que nunca ocorreu com Harry Potter, infelizmente.... =/Dessa forma, as características da série seriam mais bem transmitidas do que nas insossas adaptações de Columbus, Newell e Yates que, obcecadas por não perder “fidelidade” com a obra, renegam a sua essência instigadora, excêntrica e mágica.
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