Ala Hospitalar

Curta as magias do Castelo de Hogwarts!

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Leto Black
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Re: Ala Hospitalar

Post by Leto Black »

Leto sente as mãos de Gabriella em sua nuca, fazendo o beijo ficar mais intenso. Sente a curandeira desfalecer lentamente em seus braços. "Acho que fui demais para ela." Ele abre um sorriso malicioso, que fecha-se ao ouvir uma voz infantil, mas com um sarcasmo que não coincide com a idade.

-Nossa! Aqui realmente é uma ala hospitalar ou uma cena de um romance trouxa.

Ele lança um olhar fumegante em direção a voz, não havia percebido ninguem se aproximar, reconhece os traços da garota, traços bem comuns aos Black. Ele coloca Gabriella confortavelmente na cama e volta-se para a menina na porta com desconfiança. "Cabelos brancos... olhos vermelhos..."

-O que pretende Sr. Black? Talvez eu deva me retirar... acho que as proximas cenas são impróprias para menores...

"Ora oras, parece que ela me conhece"Ele percebe que ela está indo embora. -Hey kid! Espero não saia sem mais nem menos, já que está aqui, ajude. Leto vê a desaprovação nos olhos da menina. "Ela é realmente uma Black no final das contas."

-Você é minha parente não? Quem são seus pais? Sua voz era intimidante. Parece que você não gosta muito de sangue..."Algo bem incomum para os Black". Ele a olha com intriga. "Não me lembro dela... creio que me lembraria de alguem que consegue entrar em um lugar sem ser percebida."Leto encara a menina que não mostra nenhum sinal de abalo com seu interrogatório e isso o irrita de certa forma.
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Katlyn Kunogi
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Re: Ala Hospitalar

Post by Katlyn Kunogi »

Katlyn já estava saindo pela porta quando ouve a voz do homem a chamar.

Hey kid! Espero não saia sem mais nem menos, já que está aqui, ajude.

Ela virou-se lentamente em direção a ele, com pouquissima boa vontade. "Ajudar??? Ele só pode estar brincando!" Ela o encarou sem a minima vontade de se mover para ajudar.

-Você é minha parente não? Quem são seus pais? Parece que você não gosta muito de sangue...

"O que é isso? Um interrogatório?" A menina apenas sustentou o olhar de Leto, mas demorou algum tempo para responder suas perguntas. "Hump... ele já está irritado... pessoa sem paciência." Ela respirou fundo e olhou para o teto.

-Minha mãe chama-se Jude Hallish e meu pai Andrey Hallish, não sei se sou sua parente ou não. Sinceramente espero que não... A menina abriu um dos livros e começou a ler, ignorando totalmente a presença do Black a sua frente e preferindo não responder ao resto da pergunta.

"Porque tive que nascer numa familia dessas... preferiria ter nascido como um rato, quem sabe a proxima vida eu tenha mais sorte e nasça como um molusco" Katlyn não era muito fã da familia da mãe, não gostava da maneira de pensar deles e achava que por isso sua vida havia se resumido as sombras. Ela nunca temeu o escuro e se adaptava muito bem ao silencio, aprendeu a andar como um gato, sem fazer ruidos e sabia entrar e sair sem ser percebida.

Katlyn ergueu os olhos em direção ao homem que emitia ondas de irritação. Posso ir agora? Suas palavras sairam serenas e sem emoções.
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Re: Ala Hospitalar

Post by Leto Black »

O silêncio da menina irrita Leto profundamente."Talvez fosse preferivel matá-la... não acho que ela se importaria, uma boa tortura talvez?" Enquanto ele pensa em algo que possa acalmá-lo a menina começa a falar.

Minha mãe chama-se Jude Hallish e meu pai Andrey Hallish, não sei se sou sua parente ou não. Sinceramente espero que não...

"Hallish... onde eu ouvi isso antes..." A menina pega um dos livros e inicia uma leitura. Leto segura sua varinha com força, as atitudes da garota o irritam a cada segundo, ele cruza os braços dando continuidade aos seus pensamentos e tenta controlar o impulso de atacar a garota. "Continuando... aquele garoto era Hallish e meu parente... Jude? Será Jude Black, minha prima? Provável, mas ela enloqueceu..." O pensamentos de Leto foram dissipados pela menina.

Posso ir agora?

-Ir agora??? Leto não se preocupa em amenizar o tom mortal de sua voz acompanhada de uma risada quase maléfica. Claro que não. Eu disse que você deveria ficar e ajudar. Leto olha para Gabriella ainda dormindo. Talvez você deva começar limpando priminha.

"Menina irritante, se eu ficar mais dez minutos sozinha com ela, pode apostar que parte do sangue do ambiente será dela também" aponta para as cortinas do quarto da curandeira e as tranforma em uma vassoura e uma pá e as levitam até a garota.

Tome. Comece limpando.
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Gaby Lovegood
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Re: Ala Hospitalar

Post by Gaby Lovegood »

A Ala Hospitalar definitivamente não era o lugar mais adequado para se descansar. Embora repouso nunca havia sido uma coisa necessária para a curandeira ela queria poder ficar dormindo em silencio por puro capricho - o que era impossível na ala - Gaby sempre teve recuperações rápidas, em parte pela teimosia de não querer ficar em cima de uma cama como uma doente, e agora ela sabia que outra parte pertencia ao fato de que seu corpo havia sido treinado para isso, os rosas definitivamente sabiam como produzir soldados e descanso era inadmissível, logo, algum tempo deitada, somado a sua poção já era o bastante para que a curandeira reconhecesse a voz rouca de Leto brigando com a doce voz sumida de Kathyn. Ela suspirou internamente.

A curandeira levou a mão lentamente a cabeça tirando alguns fios que lhe incomodavam à face, procurou manter os olhos fechados, não estava com disposição para enfrentar a claridade que lhe parecia muito maior do que o normal. Mais por fim a briga de Leto e Kathyn sobre algo como “Limpar ou não limpar” estava a deixando irritada demais para que permanecesse quieta.


- Por Merlim Black, o que diabos ainda faz no meu quarto... Sua voz era baixa e macia, como quem sussurra a noite para não acordar os demais. Gaby se mexeu na cama buscando pela varinha. A encontrou próxima ao travesseiro. - E ainda brigando com uma criança... Até que ponto chega sua infantilidade, Leto?

A mulher se apoiou no braço e levantou o corpo, sentiu uma leve tontura e um pouco de dor no corpo, mas nada que não passaria, aquilo não era o bastante para colocá-la de volta na cama. Abriu os olhos lentamente deixando que eles se acostumassem com a luminosidade. Focalizou Kathyn próxima à porta esperando a primeira distração de Leto para sair dali com se gato. Gaby gemeu aborrecida.

- E quanto a você Katlyn, não posso acreditar que trouxe seu gato novamente pra enfermaria, há um limite para is... A claridade do quarto estava realmente incomodando a mulher, ela olhou em volta passando o olhar por Leto e reparou que seu quarto já não havia mais cortinas. - Onde esta... Seus olhos percorreram o quarto vasculhando a bagunça, até que seus olhos caíram sobre uma pá e uma vassoura pousados aos pés de Katlyn. - Eu não posso acreditar que você fez isso Leto... Gaby ajoelhou para na cama olhando incrédula para os itens postos ao pé da criança. - O que você espera... Que ela esfregue o chão enquanto o gato jogue água! Francamente Leto! Estamos em uma escola de magia será que você consegue agir com um pouco de maturidade com os alunos ou todo seu lado adulto você reserva pra dar em cima de mim?

Antes que suas palavras rechicoteassem no contra ataque de Leto, Gaby mexeu duas vezes a varinha branca -ainda manchada de sangue - um clarão lilás percorreu o quarto, por fim, toda a bagunça e sujeira haviam sumido. Assim como sua cortina havia voltado ao devido lugar –Magia tornas as coisas muito mais fáceis. Exeto por ela mesma, que ainda tinha mancha de sangue pelo corpo. Gaby se levantou da cama e apontou a varinha para o Leto. Seu reflexo cintilou no espelho fazendo com que ela fechasse os olhos por um segundo, Estava realmente horrível.

- Será que agora você poderia deixar meu quarto, Black... Ainda tenho uma Ala Hospitalar para cuidar...

Ela olhou de canto de olhos novamente para o espelho pregado na parece atrás de Leto.

“Além do voltar a ser humana...”
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Re: Ala Hospitalar

Post by Leto Black »

Leto esta a ponto de esganar a menina a sua frente quando ouve a voz de Gabriella ao longe.

- Por Merlim Black, o que diabos ainda faz no meu quarto..."Ela já acordou..."- E ainda brigando com uma criança... Até que ponto chega sua infantilidade, Leto? Leto se vira para a curandeira encarando-a enquanto ela discute com ele e arruma o quarto."Acordou bem disposta pelo jeito."

A curandeira dá uma bronca na menina, ele fica feliz ao ver que a menina mantem o mesmo interesse que demosntrava para ele. "Essa menina é insuportável, talvez eu devesse deixá-la aqui... com ela" Esse pensamento causava grande satisfação a Leto, mas a bronca passou da menina para ele.

-Magia é mais facil. Não é para mim que você tem que dizer isso. Leto pegou a menina e a empurra em direção a curandeira quase a derrubando. Acho que sou muito infantil mesmo, por isso deixo você aos cuidados de minha priminha! Leto sai pela porta da Ala com ar de deboche."Quero ver você suportá-la"

Boa sorte Gabriella!Espero que não morra Ele sai abanando as mãos e rindo sarcasticamente. "Será que ela ataca a garota???"
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Petyr Van Abel
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Re: Ala Hospitalar

Post by Petyr Van Abel »

Não fazia mais de uma hora que ele havia chegado. O rosto ainda transparecia o cansaço e a dor da viagem. Amava viajar, detestava o cansaço que elas traziam. Quando chegara a Hogsmeade e vira a pequena cidade, resolvera que era ali que ficaria. Não havia naquele exato momento, um sorriso no rosto de Abel. Sim, esse era ele... Petyr Van Abel Black. O irmão gêmeo de Henry... Mas não era por essas baboseiras familiares que ele estava ali. Era pra ver uma garota que há muito tempo conhecera em suas viagens, Gaby, e que gostaria de tornar a ver. Entrou na Ala Hospitalar, pois ouvira rumores de que ela ali estava. A primeira coisa que ouviu foi a voz de Gaby e a segunda foi sentir a aura de seu irmão por perto. Escondeu-se para não encontrá-lo e depois que teve certeza que ele já se fora entrou na ala. Sabia que era Gaby, via seu rosto, um rosto que ele não esqueceu depois de tanto tempo...

-Com licença, mas a curandeira daqui permite que um mero viajante converse com uma garota que ele encontrou certa vez?
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Re: Ala Hospitalar

Post by Gaby Lovegood »

Gaby ficou parada esperando que Leto saísse de seu quarto de uma vez - ela tinha muitas coisas pra pensar do que ficar brigando com ele – quando enfim se movimenta, Leto empurra Kathyn em sua direção. A garota sai quicando para não perder o equilíbrio até parar alguns passos de Gaby. Sr Miag não pareceu gostar da atitude do Black, Gaby sorriu.

"Priminha!?"

- HEY LETO! Espera... que historia é essa se prima!? Gaby corre até a porta de seu quarto atrás de Leto, mas ele já tinha saído da enfermaria. Inconformada com a facilidade que o Black tinha de despejar noticias incompletas, ela se virou a fim de olhar Kathyn, Gaby avançou contra a garota até que esta caísse sentada em sua cama.

- Okay Kathyn, pode começar a me explicar que historia é essa de você ser prima daquele Black... Gaby rolou os olhos ao ver a expressão de Kathyn, a menina não parecia muito animada a falar - Vamos resumir assim Kath, você me conta o que sabe e eu prometo não transformar o Sr Miag em pedra permanentemente, por hoje, O que me diz?

Gaby apontou a varinha para o gato impaciente, Kathyn costumava ser lenta demais em seus pensamentos, vivia em seu mundo à parte, e era quase impossível transpor sua barreira, Sr Miag rosnou.

- E não me venha com rosnados Sr. Miag você já está num lugar proibido, sinta-se feliz que eu ainda estou dando a sua dona uma opção. Gaby encarou o gato com ferocidade, viu crescer em seu peito uma pequena saudade do tempo em que torturava animais. Com uma careta desviou o olhar do gato contendo sua vontade e voltou a fitar a jovem.

- Não tenho o dia todo Kath...

A impaciência tomava cada vez mais Gaby, não era necessário ser tão "autista" quando se fazia uma pergunta. A curandeira entendeu o "Boa Sorte" de Leto e estava pronta a perder a paciência e transformar o gato em pedra, se não a menina também. Quando ouviu passos entrando na enfermaria, conhecia os passos leves porém marcados. Mas achou que nunca mais os ouviria. Seus olhos brilhavam, qualquer coisa relacionada aos Black's poderia esperar se ela estivesse certa - e duvidava não estar. Sua certeza foi concluída quando ouviu a voz. Era Abel.

Esquecendo-se de Kathyn, Gato, Leto, Gaby deixou que seus olhos se iluminassem ao ouvir a voz do antigo amigo, se virou e pode ver que a feição de Abel não mudara nada, Correu até onde ele estava voando em seu pescoço, com as penas no ar - ele era muito mais alto - sentiu seu corpo girar. Era bom ver um amigo depois de tudo o que havia perdido. Depois de ter perdido tanto sua vida, quando seu irmão.


- Abel! Abel! Abel! É você mesmo!? Eu não acredito que seja você!
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Petyr Van Abel
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Re: Ala Hospitalar

Post by Petyr Van Abel »

-Ha ha ha! Sim sou eu minha cara... pelo menos acho que ainda me chamo Abel!

Ela ainda estava incrivelmente linda e desastrada. Se ele não segurasse muito bem e firmasse o pé no chão ambos teriam rolado enfermaria a baixo... Ou para o quarto... Isso era uma longa historia. Abel apertou mais forte ainda o já abraço de urso que ele aplicava a Gaby. Soltando-a depois de um grande e estalado beijo na face ele sorriu. Afastou-se um pouco e tirou o grande e longo sobretudo preto que sempre o acompanhara, jogando-o em cima de uma maca próxima a ambos junto com um livro de capa preta. Ficou mais que evidente a pose de Abel. A camisa preta aberta deixando a mostra a camiseta branca e o corpo detalhado de Abel. A luva preta dava um ar diferente ao viajante e escondia suas marcas... Os olhos azuis mudaram de cor para um tom amarelado. Abel era o único dos Blacks que herdara o dom de sua mãe... Ele podia alterar qualquer parte da aparência e do corpo com um simples pensamento... Adorava e idolatrava sua mãe por isso... Olhou fixamente para Gaby e deixou que sua voz calorosa e vibrante se espalhasse pelo cômodo...

-Como vai a vida, cara? Buena... Eu espero...

Abel sempre tinha o costume de misturar línguas, e por vezes erradas, em suas frases. Foram tantos os países que já passara que era um poliglota nato, mas isso pouco importava mediante a felicidade de ver Gaby. Depois de tanto tempo sem uma casa, nada melhor do que voltar aos braços de uma amiga...
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Katlyn Kunogi
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Re: Ala Hospitalar

Post by Katlyn Kunogi »

Entre o falatória da curandeira sobre alguma coisa do gato e a aparente discussão entre o Black e a mesma, Katlyn preferia apenas ignorar os fatos ao seu redor e simplesmante sair do locla, lembrou que nem mesmo queria entrar ali e as ondas não indicavam bons indicios para que ela permanecesse naquele lugar.

Mais uma vez estava certa, antes que pudesse sair, sentiu seu corpo ser jogado em direção a curandeira, fazendo a menina quase cair. Katlyn se sentiu profundamente irritada, mas seu parente era muito mais forte do que ela para que ela pudesse pensar em revidar
."Um dia da caça, outro do caçador! Primo"

Ele saiu da ala rapidamente enquanto a curandeira corria atraz dele perguntando algo sobre um parentesco. "Tenho que sair daqui" Mas já era tarde, a curandeira já estava de volta.

Okay Kathyn, pode começar a me explicar que historia é essa de você ser prima daquele Black... "Não tenho interresse nesse assunto" - Vamos resumir assim Kath, você me conta o que sabe e eu prometo não transformar o Sr Miag em pedra permanentemente, por hoje, O que me diz? Katlyn olhou para o gato intrigada. "Talvez ele se acostume, já virou pedra antes..."

A menina não tinha a menor intenção de responder as questões da curandeira, mesmo porque acabaria chegando na parte que ela preferiria esquecer. Katlyn sente as ondas de impaciencia envolverem a bruxa, mas essa ondas são quebradas por uma nova presença. "Sorte" Ela olha de relance o homem que entra no quarto da bruxa."Otimo... outro Black".

-Vamos Sr Miag, rápido. A menina sai a francesa da ala, acompanhada de seu gato. "Otimo! Ela nem percebeu"Ela corre pelos corredores na direção oposta que o outro Black havia tomado.
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Re: Ala Hospitalar

Post by Gaby Lovegood »

Gaby fez uma careta escondida de Abel, quando este apertou o abraço, não que não gostasse do abraço dele, mas o problema era que as feridas no seu corpo ainda incomodavam quando tocadas. Gaby tratou de recompor a face quando Abel lhe beijou o rosto trazendo consigo todo o calor que ele possuía, e por Merlim, como ela precisava de um pouco de calor.

Pelo canto dos olhos Gaby viu Kathyn saindo da ala escondida, deixou passar. Se a menina era ou não parente dos Black’s ela descobriria cedo ou tarde - embora já soubesse a resposta. Naquele momento a única coisa que ela queria era sentir o calor que seu amigo trazia. E tentar recuperar um pouco do que ela havia perdido. A curandeira observou enquanto ele tirava o sobretudo e ajeitava suas coisas em um canto, sorriu ao perceber que ele não havia mudado em nada, os mesmos hábitos, as mesmas manias. Mas parou os olhos nas mãos de Abel, elas estavam cobertas por uma luva assim como as mãos de seu irmão. Não teve tempo de se ater ao detalhe, olhou novamente para a face de Abel quando ele voltou a encher a enfermaria com sua voz, por um momento Gaby desejou que ele não parasse de falar, e sorriu...

Mau começo. Engoliu seco com a pergunta de Abel. Sua vida era a ultima coisa sobre a qual queria falar, ainda mais com Petyr, mesmo sendo amigos, Gaby nunca havia contado nada a ele, nem a morte dos pais, nem seu destino cruzado com a família Black, nem o que sabia agora, sua amizade nunca se baseou em fatos passados, mas no puro presente, e tudo o que ela queria naquele momento, era o presente com uma pessoa que ela não poderia magoar, que não iria machucá-la, e muito menos, abandoná-la. Embora fosse inevitável que aquela pergunta trouxesse todas as dores da manha a sua face. Sentiu sua cabeça girar quando a imagem de Renan entrou em sua mente. Não queria falar sobre a sua vida.


- Errr. Abel... Podemos deixar minha vida de lado? Ela soltou o único esboço de sorriso que conseguiu em meio a voz baixa, e respirou fundo - preferia ouvir de você por onde andou, que paises visitou em todos esse tempo que não nos vimos...

Gaby se mexeu rápido tentando parecer animada e sentiu a perna, fechou os olhos, em parte pela agulhada na perna, em parte porque o fato alarmaria Abel, levou a mão à coxa. Havia ficado uma ferida para trás - um caco de vidro ainda rasgava seu corpo - ela pensou em quantos mais a rasgariam dali em diante. Foi então que reparou, sua roupa e sua pela ainda continha inúmeras manchas de sangue. Não seria fácil Abel se convencer com um Tudo bem e não se preocupe. Olhou para Petyr sem saber o que dizer ou fazer.
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Re: Ala Hospitalar

Post by Petyr Van Abel »

-Estive em tantos lugares minha cara... Desde países ricos e bem desenvolvidos como Japão, Canadá e Alemanha a países como Egito, Camboja, Camarões! Vi muitas coisas que não convém a serem comentadas assim como, pelo jeito, onde você arrumou tantas feridas difíceis de curar ate para você...

Abel se levantou, aproximou-se de Gaby e ergueu-lhe gentilmente as mangas da camisa. Sacou a varinha negra feita de uma espécie de madeira muito diferente de qualquer coisa vista e dentro dela se encontrava um pelo de um lobo banhado em sangue de dragão. Eram poucas as palavras que ele usava, mas o efeito de cura era rápido. Passara anos entre os curandeiros africanos desenvolvendo suas artes de curar, pois a arte de matar era de família (apesar de detestá-la). Logo depois notou outras dúzias de manchas de sangue pelo corpo dela. Realmente estava bem ferida. Ele podia se contentar com o fato de não saber como ela os adquirira, mas não admitiria que ela se recusasse a deixá-lo ajudar.

-Gaby... Isso vai parecer meio pervertido, mas... Tire a camisa e a saia, por favor... Preciso verificar os outros pontos e ver o tamanho do estrago, Cara mia

Ele sorriu. Seria cômico se não fosse triste vê-la em pedaços como estava. Mesmo assim seu lema era não fazer perguntas... Ainda mais por saber que mais ferido que o corpo, o orgulho dela devia estar... Depois de curar aquelas feridas ficaria ao lado dela para dar algum apoio... E ela lhe diria o que achasse melhor, só esperava que não mentisse para agradá-lo. Enquanto ela ponderava o que fazer, Abel continuava a fechar os cortes abertos e tentar retirar todas as chances de permanecerem cicatrizes. Ele podia ver em algumas feridas o resto de cacos de vidro. Com certeza ela caira sobre eles e não fora de forma leve e muito menos sem impacto... Mesmo que as perguntas passassem por sua mente ele falou com sua voz doce e melodiosa, na tentativa de distraí-la e facilitar seu trabalho, pois aquela ferida seria um tanto dolorida de ser curada...

-Minha cara estive na China! Que cultura exótica, as comidas bizarras suculentas e maravilhosas! Nunca vi tantas pessoas juntas num mesmo lugar! Foi magnífico, mas minha melhor experiência, como pode ver, foi na África... Estou falando demais não? Vou terminar de cuidar de voce e depois podera me dizer o que quiser... Só peço que se for me contar algo que pelo menos seja verdade...
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Re: Ala Hospitalar

Post by Gaby Lovegood »

Como esperado Abel não ia deixar passar suas feridas. Embora falasse de suas viagens - apenas para distraí-la - se aproximou a fim de verificar os machucados. Contrariada Gaby deixou que ele lhe subisse as mangas da camisa. Não era do feitio da mulher deixar que alguém lhe curasse as feridas, a menos que esse alguém fosse seu irmão, Mas voltando ao ponto que este era quem as havia gerado, não havia mais nada a se fazer do que ela mesma curar, porém se recusava, mesmo sabendo o que devia fazer, não queria, era seu castigo fazer seu corpo ardem em dores, se não fosse Abel, ela dificilmente teria curado aquelas ultimas feridas - feridas que a mataria, mas a faria se lembrar - Os olhos grandes de Abel a fitavam, era impossível contraria o amigo.

-Gaby... Isso vai parecer meio pervertido, mas... Tire a camisa e a saia, por favor... Preciso verificar os outros pontos e ver o tamanho do estrago, Cara mia

Gaby olhou para Abel incrédula. Meio pervertido!? Aquilo era totalmente pervertido. Mesmo ele sendo seu amigo, ele ainda era um homem no quarto dela - E ela não queria nem pensar no que aconteceria se alguém os vissem naquela situação. Abel continuava a verificar os pequenos cortes visíveis, assim como os vergões. Ele não desistiria tão fácil, ela o conhecia, não pararia enquanto todos os ferimentos não tivessem sido tratado, e observava cada um com extrema destreza, com olhos de cirurgião. Gaby achou engraçada a cara do homem, mas se afastou com a cara amarrada. A curandeira se escondeu atrás de um biombo branco com armações pretas que estava no canto de seu quarto, enquanto Abel se mantinha falando sobre suas viagens. Ela sabia que sua silhueta era visível ao branco do biombo e torceu para que ele estivesse distraído com alguma outra coisa que não fosse aquele biombo.

Buscou, e encontrou caído no chão seu roupão de seda preto com rosas vermelhas. Pegou-o do chão e jogou para cima do biombo, deixou a varinha cair no chão e desamarrou as botas as jogando de lado, correu o ziper da saia deixando que ela deslizasse até o chão, passou então para a camisa desabotoando-a e atirando-a em cima da saia, seu corpo tinha mancha de sangue e algumas feridas, teria que tomar um banho o mais rápido possível, passou a mão pelo cabelo ele estava levemente duro e emaranhado –lembrou-se de sua imagem no espelho. Estava horrível – levou as pontas do cabelo até o nariz, cheirava a sangue. Pegou a varinha e enrolou o cabelo em um coque prendendo com a varinha, algumas pontas soltas lhe caiu sobre os ombros. Puxou o roupão e se enfiou dentro dele, não o amarrou, mas o enrolou em seu corpo. Pos apenas a cabeça para fora do biombo para descobrir a localização de Abel, seu rosto ficou instantaneamente vermelho ao vê-lo. A situação era mais constrangedora do que o esperado. Ela desejou que tivesse curado todas as feridas antes dele chegar, ao em vez de se achar obrigada a sofrer. Agora já era tarde, não podia simplesmente expulsa-lo de seu quarto, além disso, não queria ficar sozinha.

Saiu de trás do Biombo com os braços cruzados em frente ao corpo e parou próxima a mesa no canto do quarto. Olhando para o chão.

- Qualquer gracinha e eu te mato Abel. Estou falando serio. E realmente falava de maneira seria e literal.

Ela esperava que ele a tratasse como se fosse um curandeiro e sua paciente - afinal eram amigos - porque para "Fire" era um pouco difícil desprezar o fato de que ele não era um curandeiro, e sim o contrario. Gaby deixou os braços caírem ao lado do corpo fazendo com que o roupão abrisse levemente. Olhou emburrada para Abel e sibilou com os dentes rangendo.

- Seja rápido.
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Re: Ala Hospitalar

Post by Petyr Van Abel »

Ele riu. Era tão bonitinho ver a cara de Gaby toda vermelha e envergonhada com sua presença ali. Ainda mais quando ela o ameaçava daquele jeito. A bela mulher sempre se recusara a ser tratada por ele, mas desta vez ela não teria escapatória. Conhecendo Gaby como conhecia, sabia que ela não trataria daquelas feridas mesmo que elas a levassem a morte. Aproximou-se vagarosamente por trás da garota e com um simples gesto fez o roupão cair no chão. Deu uma pequena volta em torno da garota e contou todos os ferimentos. Aparentemente só alguns cortes e no máximo um osso levemente trincado. Nada que ele não resolvesse em alguns minutos. Analisou mais uma vez. Estava pronto pra começar. Posicionou-se atrás de Gaby e começou a curar-lhe as feridas que se encontravam na região. A maioria superficial. Sua concentração não era fácil de ser quebrada mesmo assim era difícil mantê-la com alguém como ela. Não negava que sendo homem e estando com uma garota tão bela seminua a sua frente haveria um relampejar de desejo. Mas os anos fazem os homens assim como os homens fazem os anos... E ele aprendera a lidar com varias coisas e uma delas era isso. Enquanto cantarolava uma musica animada, baixinho, havia dado conta de todas as feridas dela e ate mesmo o osso que acreditava ter trincado levemente em alguma queda havia sido concertado. Quando tudo estava pronto Abel pegou Gaby no colo e a levou ate a cama deitando-a de bruços. Petyr às vezes era irritante, do tipo amigo coruja super protetor e preocupado com as pessoas de quem gostava. Ele gostava dela e não mediria esforços para que ela relaxasse. Com o intuito de que ela se sentisse menos constrangida, Abel colocou um lençol sobre a região abaixo da cintura enquanto na parte de acima iniciou uma massagem. Aprendera muito em suas viagens e a cuidar das pessoas principalmente. Aquela massagem relaxaria os músculos tensos e traria sono para quem estive sendo massageado. Era isso que ele queria. De nada adiantaria curá-la e não fazê-la descansar algumas horas pelo menos. O melhor era saber que ela desconhecia o propósito da massagem, o pior era saber que provavelmente ela interromperia tal atitude antes que ele chegasse ao fim... Se não permitisse ele a enfiaria numa banheira que ele mesmo prepararia para um belo banho e com todo aquele sangue bem que ela precisava... Ainda sorrindo ele perguntou...

-Ainda há algo que lhe dói, Minha Bela? Pode ser que eu tenha me distraído e não curei alguma ferida...
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Re: Ala Hospitalar

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Era intrigante a Gaby que cada um trazia a tona, em poucas horas tantas já haviam surgido que seria difícil a curandeira dizer qual era a verdadeira - talvez todas - Fire, Judas, traidora, irritante, amargurada, louca, suicida, decidida, frágil, como uma criança, um bebe. Abel se aproximou ainda segurando um riso no canto da boca, que queria sair de qualquer forma. Quando seu roupão foi ao chão ela soltou um pequeno gemido de angustia e fechou os olhos. Quando ele começou, ela sabia que não iria demorar, ele era rápido, sempre fora, e logo começou a cantarolar uma musica enquanto trabalhava, desta vez foi Gaby que segurou o riso, mas a musica a acalmava, fazendo seu rosto voltar à forma normal e não tão contorcido como estava.

A musica parou, e Gaby sentiu seus pés serem içados do chão, olhou para Abel sem entender, mas ele evitava seu olhar, quando Gaby abriu a boca para dizer algo foi colocada delicadamente na cama, e coberta por um lençol, antes de qualquer coisa achou graça. A pouco também havia sido carregada nos braços por alguém, mas esse alguém a havia arremessado na cama e mandando ela calar a boca - ou algo do tipo - e Abel a tratava como uma boneca de porcelana, pronta a se parti - o que não era mentira. A curandeira sentiu as mãos de Abel correr suas costas a massageando, ele era impossível, a mulher pensou que mais cedo ou mais tarde ele a pegaria no colo e cantaria uma canção de ninar, os cuidados de Abel superava qualquer outro cuidado. Ela sorriu e sentiu os olhos pesarem.


- Você não pretende me apagar não é Abel!?

Com o suspiro que ele soltou Gaby percebeu que este era realmente a intenção do amigo, emburrou. Não pretendia dormir, já havia dormido, não precisava mais do que aquilo, além disso, não queria cair no mar de pesadelos que a aguardava, já bastava aqueles que a rondavam acordada.

-Ainda há algo que lhe dói, Minha Bela? Pode ser que eu tenha me distraído e não curei alguma ferida...

Ela se sentou na cama agitada, deixando o lençol lhe cobrir apenas os pés e olhando com frieza para Abel - Nem todas as feridas são curáveis Petyr... Ele a olhava como quem entendia e não compreendia, ela não soube dizer o que estava se passando na cabeça do homem, mas sentiu seus próprios olhos perderem o brilho com o peso de suas palavras. Deixou a cabeça cair. Foi então que Gaby se deu conta de que estava descoberta - demais. Levantou a cabeça rapidamente, olhando corada para Abel, Ficou de pé na cama e saltou dela - quase caiu - correu para trás do biombo, lá havia uma porta, ela dava para um banheiro. Enfiou-se dentro dele batendo a porta, mas abriu esta rapidamente, tirando a varinha do cabelo e apontando pra fora "Accio" o roupão que estava no chão voou para sua mão, ela bateu a porta novamente atirando roupão e varinha no chão e encostando-se à porta.

- Abel?! Ela esperou até que ouviu um resmungo em resposta. - Cante pra mim... Levou um tempo para que Gaby soubesse que ele a havia escutado, e a voz de Abel encheu seu quarto ressoando no banheiro, ela fechou os olhos e acompanhou a musica por algun tempo, ficaram cantando juntos. Gaby sentiu seu corpo relaxar e se acalmar, a voz de Abel sempre a acalmou, ela sentia que a voz do amigo tinha cheiro de baunilha, baunilha que a aquecia.

Ainda sussurrando a musica que Abel cantava Gaby abriu a água da banheira - apenas água gelada - sentou-se na beirada da banheira enquanto ela se enchia, algum tempo depois retirou o que ainda lhe cobria o corpo e entrou na água gelada, deixando que essa ardesse sua pele, afundou a cabeça. Não ouvia a voz de Abel debaixo da água, e pensou que poderia ficar então ali para sempre, Mas lembrou de que seu irmão disse que sua vida pertencia a ele, quando o ar já era mais que necessário ela levantou a cabeça enchendo os pulmões. A água estava levemente rosada, ela pegou uma puxa e começou a esfregar o corpo e quanto mais esfregava mais queria esfregá-lo, até que sua pele estava tão vermelha que poderia rasgar, ela parou olhando o braço, a Voz de Abel ficou mais alta, e as lágrimas começaram a sair. Naquele momento Gaby teria dado a própria vida para ser outra pessoa. O tempo que ela passou ali, trancada ela não soube contar, mas em nenhum momento Abel deixou de cantar, quando enfim saiu da água, gritou para Abel.


- Não está cansado de atender meu pedido egoísta? Vai acabar estourando as cordas vocais...

Esboçou um sorriso, enquanto se secava, se vestiu, e enrolou o corpo frio no roupão. Quando abriu a porta do banheiro Abel parou de cantar, e a olhou, ela tinha os olhos vermelhos. Atravessou o quarto em silencio e pegou um pente para passar nos cabelos molhados, caminhou até a janela e se encostou deixando o sol tentar aquecer seu corpo frio, olhou para Abel quando passou o pente nos cabelos pela primeira vez.

- Eu sou uma farsa, é isto que me aconteceu...
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Re: Ala Hospitalar

Post by Petyr Van Abel »

-Primeira coisa seu pedido não foi egoísta, sabe muito bem que gosto de cantar... Segundo: farsa? Sou todo ouvidos para o que quiser me contar!


Abel se levantou e dirigiu para a janela, tirou o pente da mão de Gaby, abriu de leve o roupa e colocou seus braços expostos (com exceção da luva) e quentes contra a pele fria dele. Apenas a abraçou, um abraço para salvar uma mente da insanidade... Beijou-lhe a testa e fez com que ela apoiasse seu rosto em seu ombro. Ele sabia notar mais coisas do que ela imaginava. A leve fraqueza da voz e o sutil olhar que indicava o choro, ele havia notado. Ergueu o queixo da garota e olhou-a no fundo dos olhos agora roxos

-Um centavo pelos seus piores pensamentos e ainda duvido que eles valham tanto. Minha cara Gaby, coisas acontecem e nos magoam... Fingimos... A vida é cheia de farsas e não de uma especifica... Confesso que sou egoísta e vim aqui atrás do seu riso e encontro apenas suas lagrimas... Isso não me importa com uma condição venha, deixe eu te ninar enquanto você me conta sua historia... Você esta fria, eu sei que é por causa do banho, mas é melhor você se deitar ali na cama, coberta, enquanto conversamos...

Abel era teimoso e não esperou uma resposta. Encaminhou a garota para a cama colocando-a sentada em seu colo com as pernas para a cama e seu corpo apoiado no outro braço. Cobriu com uma manta que havia conjurado de seu "Kit medico" e agora a ninava. Não queria que ela dormisse, mas aquele ninar manteria a calma enquanto ela tentava contar sua historia. Era o que ele esperava... Era o que ele desejava para ela. Que tivesse paz depois de tudo o que os Blacks fizeram com ela... Ainda era difícil pensar neles como sua família...
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Re: Ala Hospitalar

Post by Gaby Lovegood »

Abel era quente.

A abraçava como se segurasse entre os braços um ornamento de vidro, e a aquecia. Talvez a única pessoa que ela conhecia que ainda esta disposta a lhe ceder calor, mas é claro que isso seria até o momento que ele descobrisse toda a verdade, nesse momento ele a trataria como um animal imundo também, ela tinha certeza disso. Mas ela queria aproveitar aquele calor enquanto ainda podia talvez o ultimo que fosse oferecido a ela - Assim como deveria ter aproveitado mais seu irmão enquanto podia. Ele levantou sua cabeça olhando a nos olhos, pedindo por suas angustias, seus pensamentos, exatamente com o irmão o fizera, Gaby sentiu seu estomago embrulhar e sorrio sarcasticamente para o amigo.


- O ultimo que pediu por meus pensamentos, só não me matou por ter um laço mais forte do que amizade comigo, mas saiu deste quarto com nojo de mim, e creio que me enterrou em seu coração...

Estava decida a aproveitar cada momento do calor do amigo, então se deixou arrastar ao colo do homem como um bebe, o que não era muito difícil, Abel era tão alto quanto Leto, e Gaby não superava seu 1,60. Apoiou a cabeça ao braço de Abel - que provavelmente sairia molhado por seus cabelos que ainda pingavam água - e se aninhou na manta, aquecida por esta e pelo peito de Abel, Pegou a mão do amigo, e ficou brincando com seus dedos quando decidiu falar. Estava decidida a fazer todos a odiarem o mais rápido possível, por isso não se apegaria a detalhes, apenas aos fatos.

- Quando tinha dezessete anos, fui seqüestrada, fui levada para um organização, torturada por meses... Sua voz era rápida, tão fria quanto o corpo, fitava apenas as mãos de Abel. - Aprendi a gostar do som de gritos de dor, da cor do sangue, e principalmente do seu cheiro, me transformei em um animal, passei a torturar, matar, tudo pelo sangue, meu corpo se tornou à coisa mais suja do mundo, e eu gostava daquilo, sentia prazer em tudo o que fazia, fosse matar, ou me deitar com aquele que julgava atraente naquele lugar, tiraram de mim minha sanidade, meu juízo, minha honestidade, minha pureza, meus princípios, tudo, eu me transformei em Fire, princesa da morte, e amava aquilo, realmente amava, ciente de cada ato, eu amava o que tinha me tornado.

Soltou uma das mãos da mão de Abel e puxou o ombro do roupão deixando a mostra à marca da rosa queimada a fogo. - Você viu essa cicatriz, não viu? Ganhei deles, a fogo, e me sentia realizada com ela... Eu amava ser assassina... Planejei o seqüestro do meu próprio irmão para que ele se tornasse a mesma espécie de animal que eu... Mas algo deu errado daquela vez, a primeira vez que falhei, e perdi minhas memórias... Logo depois foi que nos dois nos encontramos pela primeira vez, você se lembra?! Nunca falamos muito sobre nossos passados, e no final eu não lembrava mesmo meus dois últimos anos mesmo... Até a pouco tempo... Quando tudo voltou, e hoje eu contei essas coisas para o meu irmão, em detalhes... E ele me enoja agora, não é pra menos, eu mesmo me enojo, assim como você também deve se sentir... Gaby olhou para o amigo pela primeira vez, a voz era sarcástica e com tom de brincadeira, os olhos ardiam à chama de Fire - Mas hoje não posso negar que sangue ainda me atiça o batimento e que ondas de vontade de tortura me dominam de tempos em tempos... Sou apenas um monstro...

Ela ficou ali a fitar os olhos de Abel, sem mais brincar com sua mão, nem ao menos tocá-la, esperando que ele a jogasse no chão a qualquer momento.

Mas....

Se um amigo a pertoasse....

... talvez

Alguem mais.....

...Tambem a perdoaria....




renan diz: depois da indecência ela me vem e escreve "abel era quente" ¬¬
gaby, há users menores no rpg u.u ~aponta pro david lá no três vassouras
Gaby Diz: NAN! que droga, vc tem que ver perversao em tudo!? nao da pra fazer um comentario mais construtivo!? ¬¬
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Re: Ala Hospitalar

Post by Petyr Van Abel »

-Fire...

O breve sussurro de Abel fez com que em seus olhos passassem o brilho do reconhecimento e da lembrança... Aquele nome acarretava outros tantos... Repreensão, Morte, "WindBlade", General Lucario... Nomes que não lhe pertenciam com exceção de um deles. Sorriu para ela e lhe deu um beijo na testa. Não se sentia mal por ela lhe contar aquelas coisas. Abel então notou que nos olhos de Gaby o que mais temia... Medo. Ela estava com medo que do nada ele passasse a odiá-la, que a atirasse no chão naquele exato momento. Não sabia se devia se sentir ofendido pelo fato de ela achar que ele seria capaz de fazer uma coisa dessas. Ele sorriu calorosamente e beijou a face dela. Ainda estava fria, mesmo encostada em seu corpo quente.

-Lembro-me perfeitamente da primeira vez que a vi... Estava usando um belo vestido vermelho, muito atraente e sexy. Estava deslumbrante! Nunca lhe contei que babei muito aquela noite e não foi por problemas mentais... E sim eu reparei a cicatriz... Sabia o que significava muito antes que você dissesse. Ela pertence aos antigos Rosas Vermelhas/Brancas/Negras, um grupo de assassinos magnificamente treinados. Eram especialistas em ataques furtivos, torturas, mortes entre outros. Eram liderados por Henry Evans Black. Esta facção encontrava-se intimamente ligada aos Anjos Caídos, uma "sociedade" de famílias lendárias como os próprios Blacks... Os Anjos eram liderados por Mordred Black... Tudo bem esqueça o que eu disse... É uma longa historia.

Abel percebera que estava se afundando demais na própria mente. Era bom se calar. Na verdade, era hora de mudar o rumo da conversa e voltar para Gaby. Ela era a prioridade do momento. Talvez sempre tenha sido, enquanto estivera com ele. Desta vez Abel pegou a mão que Gaby brincava com a sua e a beijou delicadamente. Depois a olhou nos olhos com tamanha intensidade que alguns achariam que ele estava olhando através dela. Os olhos mostravam um tom de verde agora.

-Só existe um erro nessa sua historia... Você "Era" um monstro. Logo que você perdeu a memória teve uma coisa que poucos têm a chance de ter... Você pode recomeçar a sua vida e não ser a mesma assassina. Bom isso não importa... Você me ofende sabia??? Depois de tanto tempo comigo seus olhos ainda mostram um medo de ser abandonada por mim, mesmo sabendo que eu jamais faria isso sendo você um monstro ou não... Mas voltando a questão... Eu não te considero um monstro e você? Considera-se um?
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Re: Ala Hospitalar

Post by Gaby Lovegood »

Alguma coisa estava muito errada naquilo tudo. Abel sorria e lhe beijava a face, uma reação impossível para ela compreender, onde estava a revolta por ter conhecido uma farsa? Onde estava o nojo por estar abraçando um corpo imundo? Onde estava o ódio? Para onde foram as condenações? Os gritos? A dor? Será que Abel tinha realmente entendido o que ela havia acabado de falar? Ao que pareceu a Gaby, com as primeiras palavras saídas da boca do amigo, ele não deveria ter entendido nada.

Abel falava da primeira vez que se encontraram, fora em Londres, não muito depois que Gaby havia acordado apos perder as memórias e já fazia três dias que a mulher estava na cidade, tentando decidir se caminharia até hogwarts para rever o irmão ou se mandaria uma coruja para que ele a encontrasse em Hogsmeade. Naquela época estava confusa, não sabia o que diria ao irmão quando o reencontrasse, pois simplesmente não sabia o que responder a ele quando ele lhe perguntasse por onde ela andou - e ele perguntaria. Foi em uma daquelas noites em que Gaby passava andando pela cidade fria olhando as ruas e o céu, que ela encontrou Abel. Ele estava apoiado a uma barreira de ferro a margem do rio tamisa, conjurando as escondidas pequenos flocos de luz que voavam de sua varinha e se apagavam nas águas geladas do rio. Os flocos lembraram Gaby de vaga-lumes, e ela simplesmente não pode deixar de falar com o homem, que a respondeu com um imenso sorriso. Naquela noite conversaram até o amanhecer aparte do frio da rua ou da alta hora. Por uma semana encontraram-se todos os dias, e a amizade foi crescendo, falavam sobre magias, e paisagens, lugares do mundo por onde tinham passados e sobre a cultura estranha dos trouxas, tudo era assunto para horas de discussão. E no final do sétimo dia, Gaby se sentia forte o bastante para encontrar o irmão, enquanto Abel rumou para o Sul. Mas aquela não seria a ultima vez que os amigos se encontrariam, e sim... A primeira.

Quando Gaby retornou da sua pequena viagem ao passado se sentiu inquieta, o que importava naquele momento não era como eles haviam se encontrado, e muito menos se Abel a tinha achado atraente, mas sim o fato de que ela era uma assassina e por muito tempo gostou do fato. A curandeira ia começar a reclamar quando Abel simplesmente jogou a sua frente o fato que sabia o significado da rosa em seu ombro direito, e muito, além disso, ele sabia quem era os rosas, os Anjos, Henry, Mordred...

COMO!?

A mulher não conseguia compreender como Abel sabia da existência daquelas pessoas, ela tinha certeza que nunca havia mencionado nenhum dos nomes, dos Black’s a ele... E ele simplesmente sabia te todos, de até mais do que ela talvez, então ele pedia para que ela esquece. Era imperdoável ele pedir que ela esquecesse, era obvio que era uma longa historia, uma longa historia macabra que estava entrelaçada com a dela, com a do irmão. Ela não podia esquecer. Mas sabia, e era paciente. Algumas historias precisam amadurecer para vir a tona - e ela temia o que aconteceria quando esta também viesse respirar na superfície.

O amigo a beijou a mão, sem que Gaby compreendesse nada, e compreendeu menos ainda quando ele voltou a falar. Impaciente, Gaby pulou do colo do amigo enrolando o corpo na manta, ajoelhou-se na cama ao seu lado e o olhou incrédula.


- Por favor, Abel não se ofenda... Não é como se eu não acreditasse em você, mas algumas coisas são incontroláveis. Ela respirou fundo, mais uma vez a imagem do irmão dizendo que não a perdoaria voltou à tona, não pode controlar a careta de dor que dominou sua face. - é só que às vezes por mais que amamos, por mais carinho que tenhamos, algumas coisas são imperdoáveis... Veja... Hoje... Eu... Eu ouvi da pessoa mais importante pra mim na face da terra que eu não seria perdoada... E assim como você, ele disse que estaria tudo bem se eu contasse a ele o passado. Mas quando se tem tanto terror assim, não fica tudo bem, não tem como ficar... Eu só estava esperando o obvio, e acho que ainda espero...

Gaby se aproximou de Abel pegando o rosto do mesmo entre as duas mãos, Os olhos verdes da curandeira encaravam sem brilho o mesmo verde nos olhos do amigo, quase refletindo sua imagem desesperada.

-Preste atenção Abel... Eu não quero mais ser uma assassina, não quero matar, não quero torturar, não quero ansiar pelo cheiro do sangue daqueles que eu rasgo com minha magia... Mas... Mas... Ela fechou os olhos por um tentando buscar as palavras certas para que Abel a compreendesse, para que ele visse o que ela era, e então sibilou entre os dentes rangendo - Eu não posso negar, não tenho como fingir que não sinto meu sangue ferver, esperando, gritando, torcendo para que eu me renda, para que eu volte a torturar, a matar. Ela abriu os olhos que ferviam, as mãos pressionando cada vez mais a cabeça de Abel, agarrando seus cabelos, perdendo o controle pouco a pouco. É como um vulcão, prestes a entrar em erupção, e é um sentimento bom... Eu senti o cheiro do sangue do meu irmão, e quanto meu pulmão se encheu daquele cheiro eu senti tanto prazer... Que... É simplesmente impossível de se descrever... Eu queria sentir mais, eu queria ver mais do vermelho daquele sangue, do sangue do meu próprio irmão... E eu seria capaz de matar-lo pra isso... Eu não sei se não o fiz porque ele é meu irmão, ou porque não quero ser um monstro... Mas nem mesmo você pode negar que Fire está mais do que cravada dentro de mim, nem mesmo você pode negar que eu não sou mais normal, que eu posso perder o controle a qualquer momento, que mesmo que eu não queira, eu sou um monstro em potencial, mesmo que adormecido...

Gaby se deu conta que puxava os cabelos de Abel e pressionava seu rosto com tanto força que seus dedos começavam a ficar dormentes, ela deixou as mãos caírem, chocada...

- Esta vendo é disso que eu estou falando, Abel... A voz da mulher era um sussurro e ela fechava os punhos fincando as unhas nas próprias mãos, o que sempre fazia quando estava nervosa. – Eu não quero ser um mostro, mas não vejo outra definição para o que me tornei... Eu não consigo mais saber quem eu realmente sou... Eu só queria descobrir isso, so queria minha vida de volta, meu irmão de volta... Eu só quero descobrir quem sou, e não um mostro... Como eu posso recomeçar sabendo o quam suja eu sou!?
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Re: Ala Hospitalar

Post by Petyr Van Abel »

Abel não pode deixar de rir. Ria como uma criança diante de uma peça teatral. Nos olhos dela via a lembrança daqueles 7 dias... 7 dias pelos quais ele acendeu uma vela para cada dia e rezou uma prece para que Gaby tivesse forças para superar seu passado. Melhor do que isso era ver em seus olhos a surpresa de que ele soubesse tantos nomes sobre os Blacks... Na verdade ele sabia muito alem disso. Sabia ate mesmo datas e pessoas importantes na historia assassinados pelos Anjos. Era realmente uma longa historia. Quando Gaby tornou a falar incrédula pela reação dele puxando seus cabelos e apertando-lhe a face, ele sorriu como um gato a espreita de sua presa.

-Gaby, Gaby você tenta me convencer do monstro que foi com atos e gestos, você tenta se convencer que pode ser um monstro com frases e verbos. Mas seus olhos jamais mentiram pra mim e no lugar do monstro vejo a criança que perdeu alguma coisa de valor e tem medo de não ter de volta...

Abel se levantou e foi ate a janela, em um breve momento seu sorriso fraquejou tentando esquecer aquele breve relampejar. Aquela conversa acentuava suas lembranças. Isso não era tão ruim... Pensar em seu irmão, pensar na esposa e na filha de 10 anos dele. Ela crescera bem rápido de fato... Pensar no seu irmão morto... Isso não era de real importância.

-Amore mio... Eu conheci infinitas pessoas em minhas viagens. Conheci algumas que aos 20 não sabiam quem eram ou o que iriam ser... Algumas das mais interessantes que conheci aos 70 ainda não sabiam. Já vi tantas pessoas recomeçarem mesmo tendo cometido tantos crimes imundos e perversos, de caráter ignóbil. Não gosto de citar nomes, mas meu irmão, por exemplo... Já teve uma vida bastante conturbada. Hoje tem uma esposa, uma casa, um terreno bem grande, alguns lobos e uma filha de 10 anos... Ele aprendeu a recomeçar esquecendo o passado, aprendeu a ver o futuro e a viver a única coisa que podemos controlar... A maior das dádivas e talvez seja por isso que tenha esse nome, o "presente"...

Ele virou e a olhou de cima a baixo. Não havia um olhar triste nem mesmo de repreensão. Havia apenas o calor e a aura de felicidade que Abel emanava naturalmente. Nunca, nem mesmo em seus piores anos, deixara de sorrir. Ele caminhou a Gaby, estendeu a mão com um sorriso caloroso e um olhar de intenso brilho.

-Não posso te fazer esquecer essas coisas horríveis Gaby. Não posso fazer você não ter pesadelos. Não posso prometer que você jamais ira matar alguém de novo, não posso garantir que vá ser feliz, não posso quase nada. Mas enquanto estiver ao seu lado posso prometer que estarei aqui com a mão estendida para te ajudar, te dar apoio, para tentar fazer você feliz e para te proteger de tudo e todos que tentem te fazer mal... E mesmo que eu não possa cumprir tudo isso posso simplesmente estar aqui para que você bata em alguém quando sentir raiva, para que tenha braços para os quais voltar e chorar ou ate mesmo um par de ouvidos que possa escutar como o seu dia foi longo... Mas para que tudo isso faça algum sentido você tem que me responder uma coisa com sinceridade: Esta disposta a recomeçar?


p.s.: um Black Filosofo O.O'
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Re: Ala Hospitalar

Post by Gaby Lovegood »

Gaby ficou irritada com a reação de Abel, Ele ria!Não um sorriso normal, mas aquele de que surge no canto da boca e faz os olhos faiscarem, Abel ria assim pra Gaby depois do que ela havia falado. Porque? Porque ele falava como um Black? Porque ele ria como Henry? E ele explicou. Embora não tenha explicado porque ela se sentia como se estivesse na frente de um Black, Explicou porque ria e fez com que a curandeira engolisse as palavras, embora fossem difíceis de serem engolidas, quase que impossível, desciam sua garganta arranhando o caminho. Mas Abel estava certo – mesmo sendo difícil aceitar palavras que soavam ao ouvido dela como se saísse da boca de um Black -Ela tentava se convencer.

Mas afinal, isso é o que todos os assassinos que se arrependem fazem, passam a vida tentando se convencer de que não merecem o perdão, não merecem a vida, não merece a felicidade. É assim que aqueles que possuem as mãos vermelhas vivem. Se condenando, e buscando a condenação, procurando por aqueles que os levará a forca, aquela dor que pode pagar pelo mal que causou. Buscando a dor, a tortura, a angústia, o ódio dos que vivem, o sofrimento. Como se isso pudesse pagar pelo menos uma gota do mal que trouxe ao mundo. Era isso que Gaby a assassina, como um demônio com sua foice quebrada, que busca a redenção. A redenção vinda de mais dor. Abel se levantou da cama, enquanto Gaby ficou imóvel a acompanhá-lo apenas com o olhar.


"Esquece o passado!?"

Pedida em seus pensamentos Gaby não se deu conta de que Abel estava próximo novamente, estendia a mão, e um sorriso cheio de calor, um sorriso que pertencia a ele, mas era dado somente a ela. Ele lhe fazia uma proposta justa, não iria apagar seu passado, como um dia alguém o fez, mas a apoiaria, a aqueceria. Gaby se sentiu grata por ter parado um desconhecido há tantos anos atrás, e muito mais grata pelos ventos terem trazido Abel até ela naquele momento. Ela olhou para a mão do amigo.

- Eu não sei como seu irmão conseguiu esquecer o passado, mas você deve saber que eu não posso fazer isso, não consigo, Eu posso nunca mais matar, mas Fire é parte de mim hoje, renegá-la é me renegar, e eu não tenho como fazer isso... Mas...

Gaby estendeu a mão para pegar a do amigo, mas exitou. Parou no meio do caminho deixando a mão suspensa no ar, olhou para a palma e viu as finas cicatrizes da cura mal feita de Leto, mais uma marca que um Black deixava em seu corpo, Uma marca que derivava do pacto com o irmão, um pacto contra os Black's um pacto que deixava sua vida nas mãos de Renan, o homem que não a perdoava.

- Recomeçar não é o que quero, não quero deixar nada para trás, e recomeçar significa isso, Eu já fui abandonada por muitas pessoas que quiseram recomeçar, e ser tratada como parte do lixo do passado não é um sentimento bom Abel, não quero provocar esse sentimento, mesmo que seja a algum aluno deste colégio que nunca irá sonhar com a minha historias... Não quero recomeçar, eu só quero ser aceita assim como você o fez, eu queria que ele também o fizesse, Abel, porque ele não pode me entender? Porque ele não pode me perdoar?

As lagrimas não são algo que se pode controlar facilmente, e Gaby parecia estar se transformando em um bebe chorão de tão incontroláveis que suas lagrimas andavam, mas não havia de ter dor mais profundo no mundo do que aquela causada pelo irmão. Antes ser torturada mais quinhentas vezes em uma sala vermelha de sangue do que ser ignorada pela pessoa que ela mais amava, antes ter o corpo fatiado por finas laminas de aço do que ter ressoando em sua mente a voz de Renan a repudiando, a odiando. As lagrimas só aumentavam enquanto as imagens retornavam novamente a sua mente. E parecia que iam retornar diversas outras vezes em toda sua vida. Em um pulo da cama, Gaby ignorou a mão de Abel e se agarrou ao pescoço do amigo, precisava do abraço mais apertado que poderia conseguir antes que se partisse de vez.

- Porque meu irmão não pode me perdoar Abel? Porque ele não pode aceitar que eu sou defeituosa? Porque ele não entende que eu o amo mais do que tudo? Porque ele me odeia tanto? Eu não tenho culpa do que me tornei... Não é minha culpa que passei o fim da minha adolescência presa com os rosas, não é minha culpa que virei Fire, eu não pedi pra desejar pelo cheiro do sangue, eu não pedi pra virar uma assassina, eu não pedi pra fazer parte dessa maldita tetrata...

As lagrimas começavam a molhar os ombros de Abel e não pararam de cair. Misturadas ao soluço assim como de uma criança. A dor das palavras de Renan agora eram mais visíveis de que nunca na voz de Gaby, nem os meses de tortura aviam a matado tanto quanto aquelas palavras. E até mesmo a menção da tetrada a alguém de fora dela não tinha importância para ela. - Como ele pode desejar que eu volte a usar nossos nomes verdadeiros se ele não me perdoa? Como eu posso aceitar isso? Como posso voltar a ser Gabriella Shellden Skuli? Como posso voltar a ser algo que ele não enxerga mais?

A mulher agarrava a blusa de Abel com as duas mãos a amassando e por vezes até arranhando as costas do homem, tremia e chorava. Chorava e soluçava. Era irônico. A mulher que buscava por uma penitencia, não conseguia aceitar a que havia sido designada a ela. Não conseguia aceitar que havia perdido o amor do irmão.

- Não quero abrir mão da minha vida, não quero recomeçar, não quero deixar de ser quem eu sou, mas simplesmente não consigo ser nada se ele não estiver comigo, não consigo segurar nenhuma mão se não tiver a dele, Eu já perdi muito na minha vida, mas o Renan sempre foi toda minha vida! Ele não é só meu gêmeo, mas também é parte de mim, eu não consigo caminhar sem uma parte de mim.. Se até hoje meu corpo não desistiu de lutar, se eu sobrevivi aos rosas, aos Black’s e a tudo que sofri, foi porque eu o tinha ao meu lado, mas se ele não está mais aqui, eu não sei o que fazer, não sei viver sem ele, não posso, não consigo.. E ainda assim, mesmo sentindo tudo isso, eu não sei o que fazer pra que ele volte... Porque eu matei o Renan que segurava minha mão até que eu dormia, eu o matei, no momento em que revelei meu passado....

Gaby se matinha agarrada ao amigo, chorando, esperando que a dor fosse embora e ela pudesse abrir os olhos novamente.


renan diz: tá bom, agora eu realmente acho que o renan forçou a barra
Gaby Diz: NHAIII DESCULPA NAN! T.T eu sabia que ia te deixar com remorso com isso.. desculpa... mas eh a verdade u.u
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