-"A verdade pode ser uma mentira contada com confiança o suficiente." Por isso.
Lugh então se lembrou de algo... Seus olhos ficaram desfocados enquanto ele via novamente o que lhe acontecera quando fora pego de surpresa por uma chave de portal...
Tudo girava e girava e girava... eu estava ficando tonto... e quando eu parei, estava dentro de uma casa, caído, com um jovem olhando para mim, apontando a varinha dele e segurando uma faca. Antes que eu conseguisse reagir, ele executou um feitiço do corpo preso em mim e me colocou encostado em uma parede, dizendo simplesmente:
-Finalmente nos encontramos, Lugh. Agora... - ele disse, limpando a faca antes de apontá-la na minha direção -Você pagará pela morte de meu pai.
-E-eu?! Eu não poderia ter feito isso! - eu disse, suando frio. Minha dor de cabeça era bem forte, mas eu não podia deixá-la me dominar... porque se o fizesse, eu poderia não voltar da inconsciência... -Por favor, Thomas, ouça a voz da razão! Como eu poderia?! Na época, eu tinha apenas seis anos! Eu... é impossível!
-NÃO ME VENHA COM ESSA, LUGH! Os patriarcas sempre escolheram por isolá-lo... agora eu entendo porquê. Você nasceu com o dom especial muito forte... e é por isso que você era mantido sozinho, não é?! É um enganador malgino... mas agora eu te peguei! E não há nada que eu possa fazer!
-Não acredita em mim? Então venha, Thomas. Corte-me com a faca de Kyrar. E aí você perceberá...
Thomas veio, mas ao invés de me matar com a faca, ele fez um corte em minha mão esquerda. O sangue que ficou na faca continuou ali, normalmente.
-Viu? Eles não me excluiram por ter o dom. Me excluíram por não tê-lo, na verdade. Nem um pouco dele. Eu tenho outros dons... e posso perceber que há alguém chegando... na verdade, esta pessoa baterá na porta agora.
-Ah, Lugh, eu, eu... - a fala de Thomas foi interrompida por algumas batidas. Ele ia abrir a porta, mas ela foi derrubada, escancarada. Um homem usando um sobretudo preto e uma cartola apareceu: L. Ele apontou a varinha na minah direção e disse:
-Finite Incantatem.
Eu me senti livre, mas não pude ficar parado. No instante seguinte, ele tinha derrubado Thomas com uma azaração de impedimento e continuava apontando a varinha na direção dele. Eu não podia deixar que isso acontecesse, então me coloquei entre os dois e disse:
-Não.
-Lugh?! O que está fazendo?! - Thomas disse, assustado.
-Saia da frente, Lugh.
-Não. Eu não vou deixar que você mate meu primo.
-Ele é uma ameaça.
-Não, não! Eu... Está tudo bem entre mim e Lugh! Não é?!
-É mesmo? Então o que é este corte?
-Não importa. - eu disse, sem me importar com as consequências daquele ato. Eu então peguei minha varinha e apontei para L. -Será ilegal. Eu posso ir preso. Mas não vou deixar que mate meu amigo Thomas. Não.
-É mesmo? Ora, pois bem. - L. disse, embainhando sua varinha dentro da bengala e rindo. -Você é mais parecido comigo do que eu esperava, Lugh.
L. entãpo sumiu, provavelmente aparatando. Thomas me disse:
-Lugh... por que você fez isso? Eu... uh... obrigado.
-Eu vou embora agora, Thomas... foi bom te ver... agora, pelo menos eu tenho um aliado...
Eu então peguei a chave de portal e desapareci, de volta para Hogwarts.
-Então aquela foi a primeira vez que vi L... Cara, eu poderia ter arriscado tudo! ...Não. Valeria a pena. Por que eu...
Ele parou, inconstante. Uma única coisa piscava em sua mente; seu subconsciente decifrara a mensagem que L. lhe mandara e ela piscava em sua mente, chamando muita atenção dele:
Ele olhou para Crazin e falou; de modo simples..."Não confie na face da morte."
-Er... eu preciso ir... Acabei de me lembrar que há outra coisa que eu preciso fazer... Até mais...
Lugh não olhou para Crazin; apenas saiu o mais rapidamente, mas ao mesmo tempo calmamente, que pôde. L. tinha lhe dado um aviso e geralmente, se L. o alertava de um perigo, é porque ele era real... ...não?