Ala Hospitalar

Curta as magias do Castelo de Hogwarts!

Moderator: RPG

Locked
User avatar
Hokuto
Descobrindo a Profecia
Descobrindo a Profecia
Posts: 2871
Joined: 12/06/08, 23:24
Sexo: Feminino
Estado: AC
Casa: Sonserina

Re: Ala Hospitalar

Post by Hokuto »

  • Brotar do fogo era o meio mais impactante de chegar nos locais. E ele gostava daquilo.

    - Senhorita Skuli, temos uma emergência aqui! Das mais graves! - Ele chamou.

    Hokuto deitou a mocinha na cama mais próxima e a confortou, aparentando serenidade novamente. Ela não poderia perder o controle.

    - Observe. - Sorriu com ares de quem ia aprontar.

    Ele se concentrou e buscou um restinho de forças para executar o patrono, buscando um pensamento feliz, daqueles que ele nem lembrava que tinha. E da ponta da varinha dele saiu um dragão dourado, que fez uma acrobacia e saiu voando pela janela.

    - Agora os professores saberão que eu a encontrei e que você está recebendo cuidados. - Ele sorriu, pacientemente.

    Segurou a mão dela e buscou algum assunto em mente.

    - Senhorita Sigrid, diga-me, qual tipo de música mais lhe agrada?

    De novo aquela batalha. Ela não poderia voltar a dormir. Não mesmo.

    E ele nunca se sentira tão cansado...
User avatar
Gaby Lovegood
Conjurando o Patrono
Conjurando o Patrono
Posts: 799
Joined: 20/06/05, 14:55
Sexo: Feminino
Estado: SP
Casa: Corvinal
Location: voando O.o

Re: Ala Hospitalar

Post by Gaby Lovegood »

A curandeira pousou na janela da Ala a tempo de ver o professor Hakuto colocar a garota sob a maca. O patrono passou por ela, enquanto se dirigia a maca onde ela estava.

A mulher apontou ao professor a cadeira ao lado da maca, ele estava mais acabado do que da ultima vez que o viu, Enquanto examinava a menina retirou um frasco de poção do bolso e jogou para o professor.


- O que aconteceu com ela? - e ao reparar que o mesmo olhava para o frasco de poção sem reação acrescentou. - Beba! Você está com uma cara horrivel, e isso não combina com você, beba e se sentirá um pouco melhor, embora não tirará totalmente o seu sono, pelo menos vai evitar que tenha um colapso.
User avatar
Hokuto
Descobrindo a Profecia
Descobrindo a Profecia
Posts: 2871
Joined: 12/06/08, 23:24
Sexo: Feminino
Estado: AC
Casa: Sonserina

Re: Ala Hospitalar

Post by Hokuto »

  • - Muito em suma, ela foi sequestrada e mantida desacordada por algumas horas. Eu tropecei nela na Casa dos Gritos e tive que agir contra os meus princípios para mantê-la acordada. Estou rezando para meus ancestrais para que ela não lembre de nada. Foi quando eu a carreguei pro 3V e cheguei aqui. - Ele relatou.

    Ele passou um bom tempo olhando para a poção. Mais uma. Talvez a terceira.

    - Beba! Você está com uma cara horrivel, e isso não combina com você, beba e se sentirá um pouco melhor, embora não tirará totalmente o seu sono, pelo menos vai evitar que tenha um colapso.

    Vinte quatro horas sem dormir. Esta é a vida real ou eu entrei em coma e estou sonhando?

    - Eu preciso dormir. Minha inteligência, sanidade, charme... Tudo fica prejudicado. Até as minhas tiradas ficam. Não me espantaria se a senhorita me dissesse que eu sou a personificação humana de um panda: asiático, fofinho e com círculos pretos ao redor dos olhos, contrastando com a pele branca...

    Ele suspirou e bebeu tudo de novo. Ele percebeu algo diferente em si, mas não era a mesma coisa que uma boa noite de sono.

    - Preciso comer. Como ainda estou vivo? Ela vai ficar bem?
User avatar
Gaby Lovegood
Conjurando o Patrono
Conjurando o Patrono
Posts: 799
Joined: 20/06/05, 14:55
Sexo: Feminino
Estado: SP
Casa: Corvinal
Location: voando O.o

Re: Ala Hospitalar

Post by Gaby Lovegood »

Enquanto o professor falava, Gabriella examinava a garota, ela não possuia nenhum dano fisico, mas sejá lá como ela foi enfeitiçada aparentemente nada de grave tinha sido provocado.

- Eu preciso dormir. Minha inteligência, sanidade, charme... Tudo fica prejudicado. Até as minhas tiradas ficam. Não me espantaria se a senhorita me dissesse que eu sou a personificação humana de um panda: asiático, fofinho e com círculos pretos ao redor dos olhos, contrastando com a pele branca...

A curandeira não pode deixar de rir enquanto ele falava, a imagem de um panda veio sem pedir permisao a sua mente, e era extremamente apertavel, de fato, teve vontade de apertar o professor naquele momento.

- Preciso comer. Como ainda estou vivo? Ela vai ficar bem?

- Realmente um panda se enquadra bem a sua atual situação, e caso queira sinta-se livre para dirigir-se até a porta ao fundo da ala, é meu quarto, lá você encontrará algumas frutas em uma mesa e se quiser sinta-se avontade para descançar. - E embora muitos pensariam naquilo como uma proposta indecente, Gabriella não se deu conta de que estava convidando um homem que mal conhecia para ficar avontade em seu quarto. - Quanto a senhorita aqui, não há nenhum problema fisico, ou dano mental, uma grande exaustão, sim, mas nada que um pouco de descanço não resolva, embora não sei dizer ainda se ela irá se lembrar de algo ou se o ocorrido lhe causou algum trauma psicologico, mas... você ficará bem. - Gabriella passou gentilmente a mão na cabeça da garota e soltou a varinha dos cabelos com a outra, deixando que eles emoldurase um sorriso caloroso que se abria em seu rosto; Por intermedio de accio Gaby trouxe para si uma outra poção, não muito utilizada.


- Beba está poção, vai ajuda-la a liberar este nó que aparenta estar te angustiando. - entregou a poção a garota, e dirigiu-se novamente ao professor.


- E quanto ao Senhor?! Não lhe garanto uma noite bem dormida na ala, pois isso é impossivel por aqui, mas pode ter alguns minutos enquanto o local não vira uma completa zona, eu ficarei de olho na garota, se desejar... - Gabriella sorriu. Era facil sorrir para ele.
User avatar
danona23
Conhecendo A Toca
Conhecendo A Toca
Posts: 308
Joined: 02/03/10, 15:32
Sexo: Feminino
Estado: SP
Casa: Corvinal
Location: Postando idiotice na Corvinal \o/
Contact:

Re: Ala Hospitalar

Post by danona23 »

Tudo passou rápido, mas não desapercebido para Sigrid que continuava tentando se concentrar em qualquer coisa que evitasse que adormecesse. O professor Umeda parecia um pouco diferente e, poderia notar, um pouco tenso. Mas o que estava acontecendo...?

Pouco depois desse último pensamento, o mundo ficou verde-esmeralda e sentia como chamas mornas a envolvendo e o grito dele próximo ao seu ouvido, fazendo-a ver estrelas de tanta dor que aquilo provocara em sua cabeça que, apesar de não tanta anteriormente, tornara-se quase insuportável. Só não havia tentado levar as mãos até ela e tentado arrancá-la, pois além disso, parecia que seu apoio acabara de se atirar de um penhasco ou algum lugar muito alto e sentiu-se a flutuar nos braços dele. Sensação nada agradável, como elas já não estavam desde que acordara, e tudo tendia a piorar cada vez mais...

Pousaram, por sorte, sem um baque muito forte, claramente. Seus dedos novamente se enterravam a ele quando havia saído da lareira e falado qualquer coisa para alguém em inglês que não havia entendido e também não pretendia fazê-lo com aquela pulsar dolorido de sua cabeça.

Finalmente, após alguns segundos ou minutos, finalmente sentiu seu corpo ser colocado sobre algo macio e confortável. Pode também vislumbrar melhor o ambiente com o pouco ainda que seus olhos queriam ficar abertos, pois agora não estava grudada a ele. A sensação de um travesseiro sob sua cabeça, fofo e macio, quase a fizeram adormecer, se ele não fosse rápido o suficiente para logo começar a falar novamente com ela.

- Observe. - ele sorriu como uma criança que iria fazer arte, quando levantou a varinha, apontando-a para o nada e de sua ponta, hipnotizando-a quase imediatamente, um dragão dourado havia saído e, como se quisesse se mostrar momentaneamente aos presentes, fez uma pequena acrobacia, antes de sair voando pela janela e desaparecido.

Sigrid não sabia o porque sempre fora fascinada por dragões, mas desde muito pequena, ela já tinha grande atração por aquelas criaturas e por isso começou a ter gosto pelas histórias passadas na época medieval. Com o passar do tempo, mesmo que as histórias não tivessem sua criatura predileta, o gênero tornou-se seu preferido para a leitura.

Queria que ele fizesse de novo. Queria ver de novo aquele dragão e ficou até um pouco assustada, quando sentiu-o pegar sua mão e imediatamente voltou seus olhos para ele.

- Senhorita Sigrid, diga-me, qual tipo de música mais lhe agrada?

- Gosto de música instrumental. - respondera, passando seu momento de fascínio. Se ela fosse observadora, como Lenna, provavelmente teria reparado como ele estava cansado. Mas ela não iria reparar, nem completamente consciência, muito menos com suas percepções debilitadas.

Antes de ter tempo de pensar em qualquer coisa, alguém havia entrado no aposento e começado a falar com o sr Umeda que respondia. Viu-a entregar um frasco na mão dele e falar alguma coisa, quando este ficara observando com ar reticente. O bate-papo ininteligível para seu cérebro continuou, até que ela havia se virado para ela.

Aquele sentimento de pânico novamente havia tomado conta quando ouviu um monte de palavras que não lhe faziam sentido. A pior parte era ter noção de que ela deveria entender, mas não conseguia. Havia diminuído um pouco a sensação, quando ela havia lhe passado a mão pela cabeça com ar carinhoso. Não compreendia aquele gesto, nunca o recebera, mas pelas expressões gentis do rosto da mulher desconhecida, acreditou que fosse algo bondoso.

Viu quando surgiu uma poção aparecer nas mãos dela e esta lhe estendia, falando alguma coisa que continuou a não compreender. Olhou para o professor ao lado, pois não sabia se o que ela havia falado eram instruções de como beber a poção, mas não sabia se ele havia visto, pois a mesma mulher já havia retirado a atenção dele ao recomeçar a falar.

Ficou com a poção na mão, sem saber o que fazer. Tomava simplesmente, sem saber se o que ela havia dito eram instruções e fazer do modo errado ou esperava até que o professor traduzisse para sua língua fosse lá o que ela havia falado?

OFF: Não, ela não ouviu uma das suas falas quando viu o dragão, Hoks \o/
OFF: Oi, Gaby xD
Image

*~ "Desde tempos antigos, o dragão era a única besta que poderia se igualar com um tigre.

Agora eu me tornarei um dragão, para ficar ao seu lado." - Trecho retirado do anime Toradora. ~*

Propriedade e proprietária exclusiva de Perséfone Black.
Princesa Slytherin e a bebê piromaníaca da Aeres.
[/center]
User avatar
Hokuto
Descobrindo a Profecia
Descobrindo a Profecia
Posts: 2871
Joined: 12/06/08, 23:24
Sexo: Feminino
Estado: AC
Casa: Sonserina

Re: Ala Hospitalar

Post by Hokuto »

  • Pior que a vontade de dormir era a fome. Assim que a senhorita Skulli autorizou, Hokuto avançou para o fundo da sala, pegou a cesta de frutas e voltou com elas na mão. Comer era fundamental naquele momento e, apesar de frutas não serem um belo, suculento e bem temperado bife.

    Quando voltou, ouviu a enfermeira falar que Sigrid estava bem. Bom, muito bom. Apesar de suspeitar que ainda tinha algo que estava faltando nesta lógica. A menina estava praticamente em pânico. Não entendia muita coisa. Provavelmente ainda não pensava em inglês então sua fluência era prejudicada. Depositou a cesta de frutas na mesa de cabeceira e tocou na mão da menina com suavidade e um sorriso confortador.

    Em sua língua natal, disse-lhe que estava tudo bem, que era seguro beber aquela poção e que ela iria liberta-la das magias das quais seu corpo estava tomado, que aquela era a Senhorita Skulli, enfermeira de Hogwarts e irmã do diretor e que ele estava ali com ela, então era seguro.

    Dito isto, começou a devorar mais uma maçã com vontade. Teve o pressentimento de que tinha algo errado.

    - Senhorita Skulli, seria um prazer dormir agora, mas creio que não há tempo para tal luxo. Sinto que a senhorita deve se direcionar à Raiz do Salgueiro Lutador com um kit bem grande de primeiro socorros. Tem algo de errado ali. Aaaaaah.. - Ele bocejou. - Eu ficarei aqui com ela, sem dormir.

    Ele sorriu, com o canto da boca com restinho das maçãs que ele comia com voracidade educada. Ajeitou os óculos com a mão livre. Curioso como ele não parecia ter praticamente dezoito anos. Simplesmente não dava tempo...


-----------------------------

Off: Desculpem a demora. Darei meu jeito de regularizar meu ânimo xD
User avatar
danona23
Conhecendo A Toca
Conhecendo A Toca
Posts: 308
Joined: 02/03/10, 15:32
Sexo: Feminino
Estado: SP
Casa: Corvinal
Location: Postando idiotice na Corvinal \o/
Contact:

Re: Ala Hospitalar

Post by danona23 »

Seu pouco hábito de observação não acometia todas as pessoas. O professor não perdeu tempo assim que notou algo de errado para tentar amenizar sua sensação de pânico. Sentiu o toque suave sobre sua mão e como se tivesse compreendido seu pedido mudo, começou a explicar o que ocorria.

Relaxou minimamente. Talvez não se sentisse tão impotente se Lenna estivesse ali. Sentia como se tivesse caído do barco e agora flutuava num mar extenso e desconhecido só tendo como apoio uma madeira.

Bebeu a poção inteira em um gole. Aprendera que poções não costumavam ter um gosto maravilhoso e, se era para beber tudo, que fosse de uma vez, antes que não conseguisse mais faze-lo. Coragem pura, diriam alguns.

Se soubesse que a poção tivesse um gosto adocicado como aquele, teria demorado um pouco mais para beber, só para prolongar a sensação. Mas o que veio logo em seguida pareceu compensar a pressa de prevenção.

Como se seu corpo estivesse absorvendo - e conseguisse senti-lo a fazer isso -, a sensação de relaxamento começou lentamente. Relaxou, como parecia nunca ter feito em sua vida, mas aquilo não havia lhe provocado sono. Seus pensamentos pareciam muito mais claros e não exigia tanto esforço para pensar coerentemente ou compreender melhor o mundo externo. Sua instabilidade mental haviam desaparecido.

Mas não toda a dor corporal. Parecia haver algo de errado e uma dor aguda focou-se em seu ombro direito, como se a poção tivesse coletado a dor espalhada e a concentrado em um só local.

Se ela não fosse tão orgulhosa, teria berrado de dor, se debatido. Mas conteu todos esses instintos numa expressão de dor intensa e seus olhos imediatamente lacrimejaram. Era inexplicável, parecia ser a dor de uma queimadura muito grave sendo cutucada sem parar por muitas agulhas em cada milímetro da pele lesada. O problema é que a sensação aprecia vir de dentro para fora.

Sua mão havia ido até o ombro, querendo arrancar aquele pedaço de pele, como se aquilo fosse ajudar a parar a dor. Como se escavar toda a carne até retirar o causador fosse ajudar em alguma coisa.

OFF: WEEEEE *-* Finalmente *-* Tudo bem que desapareci, mas não perdi muita coisa ao menos!
Image

*~ "Desde tempos antigos, o dragão era a única besta que poderia se igualar com um tigre.

Agora eu me tornarei um dragão, para ficar ao seu lado." - Trecho retirado do anime Toradora. ~*

Propriedade e proprietária exclusiva de Perséfone Black.
Princesa Slytherin e a bebê piromaníaca da Aeres.
[/center]
User avatar
Crazin
Conhecendo A Toca
Conhecendo A Toca
Posts: 241
Joined: 17/03/10, 17:10
Sexo: Masculino
Estado: SP
Casa: Sonserina
Facebook: http://www.orkut.com.br/Main#Scrapbook? ... 5371262297
Micro Blog: http://www.formspring.me/lllllDiegolllll
Youtube: http://www.youtube.com/user/dakowtashimaru
Location: Treinando com os descendentes do clã

Re: Ala Hospitalar

Post by Crazin »

Crazin abre os olhos e vê tudo embassado, nem sequer lembrava o que estava fazendo ali em o por que, lembrava seu nome... e apenas isso.

- O que é que estou fazendo nesse lugar? - Tenta levantar-se mas sua cabeça lateja terrivelmente e leva sua mão até lá instintiamente. - AAAAAAAAAAUUUU!!!

Crazin repousa a cabeça no travesseiro e olha o cômodo, tinha várias camas... que arquitetura medieval seria aquela? Crazin levanta-se da cama e pega um embrulho ao lado de sua cama. Uma letra elegate e deitada repousava em uma bela carta, quando bateu os olhos na letra algo como um alfinete perfurou sua cabeça mas não lembrou-se de nada... Abriu a caixa e usou uma calça preta, uma camiseta assim também e uma jaqueta de couro, um conto com adornos de prata e ao colocar a mão direita no bolso da jaqueta viu uma chave...

- Céus... por Athena o que está acontecendo?

Olhou para a porta e teve um súbito ímpeto de sair dali.
Image
Spoiler
Minha família:
filho de Morgana Flamel
padrinho da Stephanie Black
pai de Nathaliajingle e
Srta. B. Rose WP
maninho de Vyolet Prince
User avatar
Gaby Lovegood
Conjurando o Patrono
Conjurando o Patrono
Posts: 799
Joined: 20/06/05, 14:55
Sexo: Feminino
Estado: SP
Casa: Corvinal
Location: voando O.o

Re: Ala Hospitalar

Post by Gaby Lovegood »

O que posso dizer, alguns pacientes são simplismente mais dificeis de se controlar.

Tudo bem que a situação é critica, e que as coisas estavam acontecendo muito rápidas, mas em breve teriamos um professor em colapso e não seria por falta de aviso, bom, apesar de novo Hakuto já era grandinho demais para ter babá, e embora ela fosse a curandeira não podia simplismente obrigar os professores a lhe dar ouvidos, já os alunos, com esses ela podia fazer o que bem entendesse.


- Bom professor, não sei como o senhor teve esse premunição mas se diz, vou dar uma olhada. - A curandeira fanziu a testa para mais um bocejo do professor. - Professor, não diga que não lhe indiquei a solução para seus problemas se vier a cair pelos corredores do castelo de puro cansaço.

Gabriella se virou a fim de pegar a vassoura que tinha deixado em um lado da ala e poder voar até o salgueiro, mas é claro que não era assim tão facil sair da ala, a jovem que até então parecia estar melhorando havia começado a se contorcer de dor, e aparentemente no ombro, pois ela tentava fincar as unhas nele, Gabriella olhou preocupada para o professor e correu até a maca onde a menina se encontrava, não conseguia entender o que se passava com ela, ela parecia bem, embora seu ombro queimava com uma febre surreal.

Enquanto entava localizar, o problema da garota, reparou em um garoto em outra maca se movia com o claro intuito de sair da ala.


- e você garoto, não ouse se mover dessa maca!
Perséfone
Chefe das Casas
Chefe das Casas
Posts: 1806
Joined: 13/02/10, 12:43
Sexo: Feminino
Estado: RN
Casa: Sonserina
Location: in the Iron Throne
Contact:

Re: Ala Hospitalar

Post by Perséfone »

  • “Que tremendo erro!”, brigava Lenna consigo mesma. Xingando-se mentalmente em norueguês, ela quase se bateu por ter sido idiota o bastante para não pegar um tiquinho de flu.

    O professor maldito levara Sigrid. E o maldito pote de flu.

    Lenna estava no limite, e se sentisse um grama a mais de raiva era capaz de a magia inerente a si – e praticamente incontrolável no estado me que se encontrava -, surtisse efeito sobre os objetos ao redor e eles começassem a levitar e se quebrassem.

    Sorte que foi treinada para que isso não acontecesse.

    Se existia um Deus, ele olhou por aquela gente e fez com que elas não se aproximassem, de modo que ela pudesse gastar um pouco da raiva em busca de um outro pote de flu. Nada. O professor oriental levara tudo.

    Não prestou a devida atenção nas pessoas ao redor, só sabia que tinha de arrumar um jeito de voltar ao castelo e encontrar Sigrid. Estaria ela bem? O que aquele maldito professor fizera a ela?

    Saiu do pub apressada, quase sentindo o cheiro dos seus neurônios queimando. Sacou a varinha e deu graças por existir o feitiço accio e que tivesse uma vassoura.

    - Accio vassoura!

    Lógico que teve de esperar a vassoura chegar a Hogsmead, e aqueles minutos sem fazer nada foram os piores da sua vida – claro, não foram, mas naquele momento em especial ela esqueceu de todo os outros momentos agonizantes da sua vida e só podia se focar naqueles.

    A sua vassoura chegou e ela subiu nela. Em direção ao alto. Alto o suficiente para conseguir ver a droga do castelo que nunca chamaria de lar. Não precisou ir tão longe, porque o vilarejo era próximo.

    Na maior velocidade que a vassoura conseguia, Lenna se dirigiu ao castelo.

    Tinha completa noção que os fios de seu cabelo apontavam um para cada direção, que seu rosto deveria estar vermelho e meio dormente, e sua pernas estariam meio bambas pelo tanto que passou sem usar uma vassoura – o que a faria andar com um “gingado” meio engraçado -, mas nada lhe interessava.

    Com a vassoura em uma mão e a varinha na outra, seguiu rumo a ala hospitalar.

    Mas onde ficava a ala hospitalar?

    MAS QUE DROGA, NÃO EXISTIA UM MAPA DESSE CASTELO PREGADO EM ALGUMA DAQUELAS IMENSAS PAREDES?

    E não havia. O jeito foi sair procurando, batendo porta por porta. Conseguiu encontrar o caminho para o Salão Comunal Sonserino, mas não havia ninguém a quem pudesse pedir informação.

    Guardou a vassoura e continuou.

    Depois do que lhe pareceram horas, encontrou duas enormes portas duplas. Abriu-as e encontrou um ambiente limpo, arejado. Com várias camas perfeitamente arrumadas, a exceção de uma.

    E lá estava Sigrid.

    (...)

    E o professor. E aquela que parecia ser a enfermeira. E um garoto que não se lembrava de ter visto.

    Não pensou duas vezes antes de correr em direção a cama da irmã.

    Parte da dor se foi. Finalmente.



    ____________________
    Off: BLITZKRIEG! HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
●˚◦ Chefe das Casas ◦˚●
Dúvidas, reclamações, chocolate, Beatles,
MP-me.


THIS IS WESTEROS
Image.Image.Image.Image.Image
User avatar
Hokuto
Descobrindo a Profecia
Descobrindo a Profecia
Posts: 2871
Joined: 12/06/08, 23:24
Sexo: Feminino
Estado: AC
Casa: Sonserina

Re: Ala Hospitalar

Post by Hokuto »

  • Tudo parecia bem, as maçãs estavam deliciosas. Talvez dormir não fosse tão impossível assim... Olhou para menina, plácida e relaxada. Tudo estava bem. Muito bem. Quando finalmente ia se permitir um sorriso e descanso, tudo mudou.

    Sigrid começou a que, na linguagem dos taciturnos seria "se contorcer de dor". Hokuto entendia bem aquela linguagem. Bem demais, até. Hokuto arregalou os olhos e quando a viu dirigir a mão para o ombro, não pensou duas vezes. Rasgou a blusa da garota e buscou vestígios de sua dor. Algo parecia queimar em sua pele de maneira não familiar.

    Um desenho se formava nas costas de Sigrid de uma maneira interessante, marcando a fogo. Um slowmotion de um desenho complexo e cheio de detalhes que qualquer abestalhado poderia ficar assistindo.

    Digo um abestalhado porque qualquer pessoa minimamente instruida percebe magia negra quando a vê. De longe. E aquele era o caso.

    Injetado de adrenalina, Hokuto puxou a varinha e recitou um feitiço antigo que talvez funcionasse. Ele não tinha certeza, porque aquilo era algo fora das conjunturas (o que mostrava o quanto ele ainda tinha que estudar!). Decerto não tinha tempo para pensar no que estava fazendo, mas apenas fazer.

    Toda a concentração que lhe era permitida, Hokuto repetia o contra-feitiço com força. O cenho franzido, a força com que segurava a varinha deixava os nós dos dedos brancos por falta de circulação. Era magia negra poderosa ali. Combatê-la exigia seu preço.

    O rapaz estava perdendo as forças (mas não a garra), sua respiração estava começando a ofegar, segurar a varinha e se manter ajoelhado, recitando o feitiço, estava ficando cada vez mais difícil. Uma luz branca saia da sua varinha, indo ao encontro do corpo da menina. Mas respirar estava ficando cada vez mais difícil. Sua garganta estava ficando bloqueada.

    Imagens horríveis surgiam em sua mente sem que ele solicitasse. Crianças morrendo, pessoas gritando, mulheres sofrendo e mais pessoas morrendo. Recitar o feitiço era maquinal. O olhar vidrado, os punhos cerrados, as dores no corpo. No seu sangue corria algum muito ruim e forte. Parecia maldade pura, corroendo por dentro.

    O mundo ao redor não existia mais, o choro era automático, se estava gritando nem sabia. Mas o que era dor foi ficando cada vez mais forte. Até que tudo parou de repente. Tudo o que ele sabia ou pensava não importava. Seu corpo ainda executava o feitiço com êxito, mas a mente dele estava negra.

    Aquilo deveria ser morrer. Onde nada fazia sentido, não havia razão ou sentimentos. Nada. Apenas o vazio, que, a princípio era leve e doce. Até tornar-se opressivo, excruciante.

    Não, não podia morrer. Não assim. Não morreria.

    Então o inferno voltou, pior e mais assustador. Em sua mente, as imagens frenéticas voltaram, mas desta vez havia uma luz. E ele lutou por ela.

    O eu físico gritou; o mental entrou em uma espécie de choque com direito a explosão de luz branca que o trouxe de volta à realidade.

    E aquele era Hokuto, ofegante, estático, em choque... Diferente por dentro e por fora. Depois de algum tempo parado, quase caído por cima de uma Sigrid de blusa rasgada, Hokuto tentou se levantar com dignidade, mas, na verdade, saiu meio caindo e cambaleando, buscando algum apoio.

    Sem perceber muito bem o que acontecia, sentou em uma cama e sentiu um gosto ocre nos lábios. Sangue. Então ele sangrara durante tudo isto? Que interessante... Tinha que estudar sobre isto, descobrir mais, entender de onde tudo aquilo viera, o que acontecera...

    E sua razão, imperiosa e soberana voltava. Aos poucos sua visão de mundo também.

    - UOU! - Ele suspirou como primeira palavra depois de tudo aquilo. Bem racional, né? - Magia negra, senhoritas. Desculpem o mal jeito.

    Ele limpou o sangue com punho de qualquer jeito.

    - Sigrid, você está bem? - Ele buscou os olhos dela e tocou-a na mão, apertando-a. - Devo dizer, com todo respeito, você tem uma tatuagem muito bonita. - Ele sorriu feito bobo. E livre de magia negra, assim espero.

    Ele um pouco fora do estado normal, mas não era tão fácil perceber aquilo.

    O nariz ainda sangrava. Ele ainda estava diferente por dentro. Era algo novo. E ele não sabia dizer se era bom. Alguém entrou e a abraçou. Hokuto não se deu ao trabalho de saber quem era, só queria saber como estava Sigrid. A importância daquilo que acontecera foi grande demais. E ele ainda não sabia mensurar as consequencias daquilo...


--------------

Off: BLITZKRIEG! LOL! \o/
User avatar
danona23
Conhecendo A Toca
Conhecendo A Toca
Posts: 308
Joined: 02/03/10, 15:32
Sexo: Feminino
Estado: SP
Casa: Corvinal
Location: Postando idiotice na Corvinal \o/
Contact:

Re: Ala Hospitalar

Post by danona23 »

A dor em seu ombro a consumia. Suas unhas – por sorte curtas e por isso não faziam um estrago ainda maior – rasgavam sua pele num instinto irracional de poder se livrar da dor, literalmente, “com as próprias mãos”. Mas a dor era tanta que esses arranhões não eram nem mesmo sentidos.

Antes que torna-se irracional completamente em função da dor lancinante, algo pareceu penetrar diretamente a fonte de sua dor. Não tinha uma forma distinta, mas parecia ficar mais sólida. Foi quando um clarão tomou conta de seus olhos repentinamente.

Mas incrivelmente, tal claridade ofuscante não pareceu cega-la, como normalmente deveria. De repente, seus olhos pareciam ver um lindo céu azul, o sol iluminando uma colina verde pela relva. Knox estava ali, com suas expressões duras, parecendo espera-la. Uma sombra surgiu acima dele, quando um enorme dragão o sobrevoava, esguio e fazendo acrobacias perfeitas no ar. Ele era tão bonito... e Lenna estava lá também, aparecendo logo ao seu lado.

- Eu vou estar aqui pra sempre. – ela falou, enquanto apertava sua mão e a puxava para correrem até seu professor de esgrima.

Repentinamente as imagens se foram tão rapidamente quando vieram. O que ela decidiu denominar como “ponte” entre sua fonte de dor e o exterior dissolveu-se. Não sentiu mais nada. Na verdade, sentiu. A ardência característica dos arranhados, mas aquilo era um alívio, ao invés de um incômodo.

Na verdade, o que incomodava era que sentia-se esmagada contra a cama. Alguém muito pesado estava sobre ela e mal tinha forças para se mover. O pouco que sua mente conseguia pensar era que precisava respirar.

Como se suas preces houvessem sido atendidas, a pessoa havia saído de cima, fazendo-a conseguir respirar ainda com certa dificuldade.

Lentamente deitou-se de costas para a maca, respirando profundamente e percebeu que suava e tremia. Seus cabelos estavam completamente umedecidos. A enfermeira estava ali, ao lado de sua maca, assim como Hokuto, o professor cínico e estranhamente simpático, multi-línguas, que a encontrara em... em algum lugar que ela não conhecia.

Pela posição meio apoiada na maca percebeu quem havia acabado caindo sobre seu corpo e ficou meio chocada ao constatar esse fato. O que exatamente ele estava fazendo sobre si, na frente da enfermeira?

- UOU! Magia negra, senhoritas. Desculpem o mal jeito. – ele havia exclamado, com uma naturalidade, como se Magia Negra fosse algo completamente cotidiano.

Ainda estava meio confusa. Magia Negra? Não teve tempo de pensar muita coisa. Ficou preocupada quando viu que sangue começava a escorrer pelas narinas do professor, fazendo-a esquecer das indagações anteriores sobre as intenções do professor em ficar sobre si.

- Sigrid, você está bem? – ela pode ouvir aquelas palavras, mas pouco estava prestando atenção nelas, enquanto observava o sangue a escorrer. Apenas sentiu a mão dele ir até a sua - Devo dizer, com todo respeito, você tem uma tatuagem muito bonita. - Ele sorriu feito bobo. - E livre de magia negra, assim espero.

Não compreendia exatamente o que ele havia acabado de dizer e também não demorou muito para esquecer.

- Você está sangrando! – ela disse em uma voz fraca e enrouquecida. Apertou o quanto pode as mãos do professor, num momento talvez de solidariedade. Percebeu como ele estava pálido, com olheiras fundas nos olhos – Está com uma aparência terrível também! – sua voz havia sumido, quase não conseguira sair a última palavra da frase.

Se pretendia fazer algum tipo de interrogatório, tudo havia simplesmente sido apagado, ao menos, momentaneamente da mente de Sigrid.


OFF: BLITZKRIEG \O/
Image

*~ "Desde tempos antigos, o dragão era a única besta que poderia se igualar com um tigre.

Agora eu me tornarei um dragão, para ficar ao seu lado." - Trecho retirado do anime Toradora. ~*

Propriedade e proprietária exclusiva de Perséfone Black.
Princesa Slytherin e a bebê piromaníaca da Aeres.
[/center]
User avatar
Hokuto
Descobrindo a Profecia
Descobrindo a Profecia
Posts: 2871
Joined: 12/06/08, 23:24
Sexo: Feminino
Estado: AC
Casa: Sonserina

Re: Ala Hospitalar

Post by Hokuto »

  • Era muito cedo para dizer o que acontecia com ele. Hokuto estava estranhamente acordado e vivo de forma estranha. Ainda não era tempo de virar um zumbi, se é que viraria um. Tudo era muito novo, muito estimulante por dentro. Por fora, o de sempre. Mas ser depósito de maldade não era bom. Será que alguém entendeu o que aconteceu ali ou só ele, que sentiu tudo?

    - Você está sangrando! – ela disse em uma voz fraca e enrouquecida.

    Quando ela apertou forte, na medida do possível, sua mão ele se sentiu bem. Não dava pra dizer o quanto. Mas talvez fosse apenas a impressão de que não se tornara mau de vez. Havia esperança. Ou não. Como saber?

    - Calma, Sigrid. - Ele retrucou com um humor entre o curioso e o feliz. - Você está fazendo do meu nariz um chafariz de sangue. São só alguns filetes.

    Como que para provar, ele limpou de novo o sangue. Não era uma visão lá muito bonita, mas poderia ser divertida.

    – Está com uma aparência terrível também!

    - Oh... Assim você me envergonha. - Ele falou com falso pesar. - Mas significa que já fui mais agradável ao olhar. Vou dar um jeito nisto, prometo. Mas tem alguém que vale a pena ver...

    Talvez não fosse o comportamento mais adequado de um professor. Mas diante de todos os acontecidos ele poderia se dar o prazer de ter um pouco de cumplicidade com Sigrid. No fim das contas, professor também é gente...

    - ...Olá, Lenna. Você poderia cobrir sua irmã, por favor? - Ele sorriu para a irmã da outra de forma um tanto mordaz, mas foi sem perceber.

    E agora o bicho ia pegar...

    ----------------------------------

    Off: BLITZKRIEG! LOL! \o/
User avatar
danona23
Conhecendo A Toca
Conhecendo A Toca
Posts: 308
Joined: 02/03/10, 15:32
Sexo: Feminino
Estado: SP
Casa: Corvinal
Location: Postando idiotice na Corvinal \o/
Contact:

Re: Ala Hospitalar

Post by danona23 »

Ele continuava tranqüilo, mesmo com a aparência horrível que demonstrava. Ele não deixava nunca de ter uma resposta inteligente ou mesmo mordaz para os comentários. De certo, era reconfortante, pois significava que ele estava bem mentalmente.

Isso até ele complementar sua frase...

- ...Olá, Lenna. Você poderia cobrir sua irmã, por favor? - Ele sorriu para a sua irmã. Percebia algo um tanto mordaz nas palavras.

Mas aquilo não era o que tinha feito Sigrid ficar assustada. Quando pode se olhar melhor, viu que sua blusa estava estraçalhada e, o mais rápido que suas poucas forças permitiram e até onde permitiram, tentou esconder a parte de cima de seu corpo desnudo. Aparecia todo seu sutiã. Horrivelmente humilhante.

A lembrança do peso sobre seu corpo, o professor meio debruçado, sugerindo que era o causador do peso sufocador... e sua blusa arrebentada. Na frente da enfermeira que também parecia meio paralisada com o ocorrido repentino.

Não podia acreditar nisso. Desesperou-se com a única idéia que lhe passara pela mente num momento meio perturbador e de muita fraqueza. Poderia ter desmaiado e ele tinha se aproveitado dela. Sua fraqueza não ajudava para que se sentisse melhor, tentando se cobrir com o lençol.

- N-não olhe! – Sigrid exclamara, seu estado emocional estava muito abalado com os incidentes recentes e mais uma dessas foi a pior coisa - O que você fez? O que aconteceu? - se estivesse com forças, ela com certeza estaria gritando, mas na verdade, o que ocorreu foi que sua voz foi sumindo. Gritar não estava ajudando, só piorando.

OFF: BLITZKRIEG ÒÓ>
Image

*~ "Desde tempos antigos, o dragão era a única besta que poderia se igualar com um tigre.

Agora eu me tornarei um dragão, para ficar ao seu lado." - Trecho retirado do anime Toradora. ~*

Propriedade e proprietária exclusiva de Perséfone Black.
Princesa Slytherin e a bebê piromaníaca da Aeres.
[/center]
User avatar
Hokuto
Descobrindo a Profecia
Descobrindo a Profecia
Posts: 2871
Joined: 12/06/08, 23:24
Sexo: Feminino
Estado: AC
Casa: Sonserina

Re: Ala Hospitalar

Post by Hokuto »

  • E é isto o que acontece quando você quer ser legal com as pessoas. Elas te apunhalam pelas costas, pela frente e por onde mais for possível. Todo o bom humor desapareceu. Só havia mágoa e decepção ali. E algo que corria dentro dele por conta do maldito feitiço que executara sem pensar. E para quê, afinal? Talvez fosse melhor dormir e esquecer - apesar de ser impossível esquecer das palavras e dos pensamentos dela.

    - O que você fez? O que aconteceu? - Ela tentara gritar, mas sua garganta só permitia um fio de voz.

    E valia a pena se explicar? Ela já tinha conclusões próprias, ele podia ver. Qualquer um podia ver.

    - O que eu fiz? Muito bem, vamos ao que eu fiz. Eu estava indo ver o que diabos era a confusão que me acordou do meu merecido sono depois de um dos dias mais difíceis da minha vida. Cheguei de vassoura na Casa dos Gritos para me recompor e chegar andando, como uma pessoa normal e então encontrei a senhorita, desmaiada.

    Aqui ele olhou fundo nos olhos dela, sem esconder a mágoa:

    - Se tivesse acontecido de fato a senhorita está pensando, seria naquela hora e não aqui, na frente de todos para botar a perder o pouco que conquistei com tanta luta. Mas muito bem, eu a acordei, corri para o Caldeirão Furado, creio eu, fiz sua irmã - que também quer minha morte por certo - me arranjar um meio para chegar a Ala com velocidade. Dado o seu estado, eu não poderia demorar. E pus sua irmã mais louca do que ela já estava, mas não é como se ela pudesse ajudar beirando a histeria. Creia, minha vida estava em jogo, porque se ela pudesse, certamente me mataria. - Um sorriso de sarcasmo brincou em seu lábios.

    Outra pausa, desta vez para respirar a limpar o sangue que ainda escorria.

    - Chegamos a Ala, você foi atendida e eu sinceramente planejava ter uma conversa amigável com você aqui na Ala enquanto a senhorita Skuli ia atender os alunos que estão chegando. Você estava bem. E as maçãs estavam deliciosas, dona curandeira. Mesmo. Então obrigado. Então você passou a ter o que parecia ser uma crise ou efeito colateral não esperado. Seu ombro coçou e eu, sem pensar em absolutamente nada mais que o seu bem estar, rasguei sua blusa. Azar eu ser relativamente forte e o rasgo sair grande demais, expositivo demais, mas eu tinha coisas mais importantes para tratar. A senhorita estava sendo tomada por magia negra das mais fortes.

    Pausa para tomar o fôlego. Hell yeah, estava realmente cansado. Ainda mais agora que não fazia sentido estar acordado depois da reação. Que se dane...

    - Eu executei magia antiga em você. O mal que lhe acometia agora está em mim. E eu não sei o que significa exatamente, exceto o fato de eu ser o hospedeiro de tudo aquilo que seria capaz de acabar com você por dentro e que agora está dentro de mim. Então... Eu vou ter que esperar os efeitos disto tudo para saber... Que se dane. Quem se importa? O que importa realmente é que a senhorita está muitíssimo bem. E que estará muito melhor quando acordar de um belo descanso. E que, se vocês não se importarem - o que obviamente não o fazem-, eu realmente preciso descansar. E se eu fui grosseiro, me desculpe, mas perto de tudo o que eu sinto, fui até um excelentíssimo cavalheiro. E foi o que aconteceu, senhorita Lavransdatter. Fim da auto-exposição e, possivelmente, uma humilhação sem tamanho.

    Sem brincadeiras, irônias ou subterfúgios. Era ele mesmo ali. Magoado como na noite da cerimônia. E corroído por dentro. E por raios achava que as pessoas eram boas e confiáveis?

    ----------------------------------------
    YAY! \o/
    BLITZKRIEG ÒÓ> q
Perséfone
Chefe das Casas
Chefe das Casas
Posts: 1806
Joined: 13/02/10, 12:43
Sexo: Feminino
Estado: RN
Casa: Sonserina
Location: in the Iron Throne
Contact:

Re: Ala Hospitalar

Post by Perséfone »

  • Certo, aquilo era diferente. Quem poderia culpá-la por ter sido tomada pelo medo? O fato era que ela nunca se perdoaria por não ter chago a tempo, por não ter consigo salvar Sigrid.

    Porque era aquilo que ela sentia naquele momento, vendo sua irmã arranhar tanto a pele a ponto de quase rasgá-la. E ela ficou lá, a boca aberta eum 'o' perfeito, os braços moles estendidos ao lado do corpo.

    Inerte.

    Sua vente vazia de qualquer coisa senão assombro. E dor.

    O que era aquilo que a fazia sua irmã, seu eu, contorcer-se daquela maneira? Que dor era aquela que sentia? E por que não conseguia fazer nada?

    Fora de controle. Lenna não tinha controle nenhum, e o controle sempre foi seu. O controle era para ela como eram as fundações de uma construção - a base, o início, o que estava sempre presente. O pilar de segurança. Talvez por isso ela tenha sentido medo, porque perder o controle nunca esteve dentro de suas expectativas quando chegou a nova escola.

    Viu, atônita, o professor rasgar a blusa de Sigrid e fazer uma espécie de magia que ela nunca vira. Mas aquilo que parecia queimar Sigrid nunca poderia ser bom. E o professor se concentrava - e sangrava.

    Qualquer tempo no vazio parece eterno, assim como qualquer som soa como gritos no silêncio. E aquele tempo no vazio - fora do controle - foi eterno para a mais velha das irmãs.

    Ao fim, o professor parecia ter sigo sugado para outra dimensão e voltado rápido demais. Seu nariz sangrava e ele parece prestes a desfalecer. Sua irmã... Regressara.

    Lenna tentou chorar, mas não conseguiu.

    - UOU! Magia negra, senhoritas. Desculpe o mal jeito.

    Qual a melhor maneira de agradecer a alguém que salvara parte de sua vida?

    Ele voltou-se para Sigrid, perguntando-lhe sobre seu bem estar e falando algo sobre uma tatuagem. Tatuagem... Havia, como que marcada a fogo, um desenho na pele do ombro de Sigrid. Devia ter doío, não devia?

    - Você está sangrando! Está com uma aparência terrível também!

    Ele respondeu, mas Lenna não ouviu. Olhou-o. E estava mesmo. Havia sangue escorrengo pelo seu nariz, e como Sigrid era dada a exageros, fez daquelas poucas raspas de sangue uma cachoeira. Mas devia ter sido perigoso para o homem a ponto de el chegar a se tornar um zumbi frente a elas.

    - Olá, Lenna. Você poderia cobrir sua irmã, por favor?

    Estava impossibilitada e assustada demais para dizer qualquer coisa além de "Sim, sir"; e sacar a varinha com um reparo mudo para consertar a blusa da irmã. Notou sua vergonha e tomou suas mãos nas suas, livrando-a da tarefa de cobrir-se, pois suas mãos tremiam ainda mais que as de Lenna - que tomou para si a tarefa de arrumar o alvo lençol sobre o seu corpo machucado.

    - O que você fez? O que aconteceu?

    Depois de tudo que ele disse, relato durante o qual sorriu com as menções que fizera a si, pois eram verdadeiras - talvez excetuando a parte de matá-lo, depois do que vira não se achara capaz de tal feito -, Lenna não se sentiu no diretio de questionar.

    - Ele... salvou a sua vida.

    Talvez alguns instantes mais tarde, quando estivesse com pouco menos nervosa e assustada, ela pudesse discutir com ele.
●˚◦ Chefe das Casas ◦˚●
Dúvidas, reclamações, chocolate, Beatles,
MP-me.


THIS IS WESTEROS
Image.Image.Image.Image.Image
User avatar
danona23
Conhecendo A Toca
Conhecendo A Toca
Posts: 308
Joined: 02/03/10, 15:32
Sexo: Feminino
Estado: SP
Casa: Corvinal
Location: Postando idiotice na Corvinal \o/
Contact:

Re: Ala Hospitalar

Post by danona23 »

Sigrid nunca se sentira tão transparente em toda sua vida. Parecia não haver nenhum canto realmente seguro onde se esconder. Era como se todos os seus segredos mais bem guardados agora pairavam sobre sua cabeça, completamente legível a qualquer um interessado.

Tudo isso ainda era piorado pela sua imobilidade física. Lenna aparecera em seu campo de visão para ajuda-la, fazendo sua blusa voltar ao normal e ajeitar o lençol. Enquanto isso, as respostas das suas recentes perguntas vieram e, provavelmente, até para o pior desligado seria visível a alteração de humor do professor.

Principalmente quando ele fazia questão de olha-la fixamente e deixar claro na íris de um céu cinzento e nublado o quanto suas palavras impensadas o haviam ferido.

Sabia dos primeiros fatos, após acordar. Estava semi-consciente, mas não desacordada. Apesar de não ser Lenna, conseguiu acalma-la e até sentiu segurança pela presença dele ali. Talvez porque parte de sua consciência estivesse ainda lesada pelo estranho feitiço, não deixando-a que analisasse criticamente a situação, sucedeu-se o primeiro diálogo informal da sua vida com uma pessoa que não fosse ou Lenna ou Knox.

Os relatos da Ala Hospitalar também sabia até o ponto do “coçou”. Ela poderia se perguntar da onde ele havia tirado aquilo, talvez até rido, porque seu ombro estava bem longe de ter tido apenas uma “coceira”. Mas não conseguiu. O relato não era engraçado, nem era para ser engraçado. Fora diferente, engraçado.

Finalmente as explicações vieram... a magia, o que fizera, a conseqüência. No fim das contas, ele apenas havia salvado alguma coisa sua que não sabia o que era. Se era realmente a sua vida ou alguma coisa que agora provavelmente estava destruindo a ele.

- E se eu fui grosseiro, me desculpe, mas perto de tudo o que eu sinto, fui até um excelentíssimo cavalheiro. E foi o que aconteceu, senhorita Lavransdatter. Fim da auto-exposição e, possivelmente, uma humilhação sem tamanho.

Ele falava tudo aquilo, talvez nem tivesse percebido que ainda continuava segurando sua mão e que ela parecia tensa e rígida. Ela sabia captar os sentimentos de Lenna daquele jeito, era assim que sabia o quanto ele estava controlado, omitindo frases que deviam estar presas ainda em sua garganta.

Sentiu-se num estranho paradoxo. Sabia que em sã consciência ela jamais confiaria num estranho, principalmente ele sendo um homem. Lenna sempre a advertia... “homens nunca são de confiança”. Mas ela confiava, talvez cegamente, pois o que era apenas a palavra dele para desmentir que nunca fizera nada com ela quando a encontrara ainda desmaiada?

Depois a culpa, mesmo que para ela, no momento da acusação, fosse completamente plausível. Não conseguia enxergar ou raciocinar com toda a dor e poderia ter acontecido de ter desmaiado... quando tivera o estranho sonho.

Suas expressões eram completamente indiferentes. Insensíveis. Era um instinto de defesa até mesmo contra si própria. Estava em conflito e demonstrá-lo era uma fraqueza.

Sentia-se numa dívida que suas parcas bases de educação não aceitavam.

Tentou falar, mas sua voz havia abandonado-a. Apenas abriu a boca e ao notar não sair nada, fechara-a. Não demonstrou a frustração que sentiu ao perceber sua debilidade.

- Ele... salvou sua vida.

As palavras de Lenna não pareceram tão reconfortantes quanto gostaria que tivessem sido, mas foi perfeito para desviar os olhos dele. Temia não conseguir aprisionar seu conflito por muito mais tempo ou mesmo a preocupação que a acometera ao perceber que agora era ele quem corria perigo. Assim que encarou Lenna, esta parecia abatida também, menos do que ela, era claro, mas também abatida.

A visão dela lhe pareceu aterradora. Era como traí-la em segredo. Não queria contar o que tinha acontecido, nem o que pensava ou sentia. Repentinamente a realidade pareceu muito mais complexa do que a simplicidade de continuar a morar e viver na Mansão Lavransdatter.


OFF: Gastar as últimas energias da fala não é bom, não é bom... vou me lembrar disso da próxima vez HUASHASHUSAHSUHSU BLITZKRIEG! Òó\m/
Image

*~ "Desde tempos antigos, o dragão era a única besta que poderia se igualar com um tigre.

Agora eu me tornarei um dragão, para ficar ao seu lado." - Trecho retirado do anime Toradora. ~*

Propriedade e proprietária exclusiva de Perséfone Black.
Princesa Slytherin e a bebê piromaníaca da Aeres.
[/center]
User avatar
Bia Oninawa
Com a Pedra Filosofal
Com a Pedra Filosofal
Posts: 180
Joined: 31/08/10, 12:31
Sexo: Feminino
Estado: ES
Casa: Sonserina
Micro Blog: http://twitter.com/#!/bia_oninawa
Location: Nadando com a orca Hanny.Pula Willy \o/

Re: Ala Hospitalar

Post by Bia Oninawa »

Bia, sempre muito agitada e ainda com o sangue fervendo por tudo que estava acontecendo em Hogsmeat, entrou apressada na Ala Hospitalar e já foi logo pulando em uma das camas. Cama qual, estava ao lado de um aglomerado de gente, que diga-se de passagem, não pareciam estar em seus melhores dias. Até o mais cego dos basiliscos perceberia que havia tensão naquelas pessoas.

Será que é essa a menina que começou toda a confusão de Hogsmeat?

Se acomodou melhor e começou a olhar em volta atrás de informações sobre o local. A menina virava a cabeça tão rápido e em tantas direções que muitos duvidariam que ela estavam realmente absorvendo informações de algo.

Seus pés não alcansavam o chão deviado a sua altura de 'elfo domestico' e hiperativa como era, balançava suas pernas no ar o tempo todo, o que começava a formar uma pequena poça de sangue no chão proveniente dos cortes que se espalhavam por toda a extensão de seu corpo.

Ajeitou os óculos, passou a mão pelos cabelos, como de custume.

'Parou' os olhos sobre aquelas pessoas a sua frente, olhou todos de cima em baixo, calculou mentalmente provavel idade, peso e quaisquer outra informações que poderia absorver de suas aparências. Observou por mais um tempo as duas meninas idênticas.

Gêmeeeeas, que legaaal!! ...Não parecem inglesas!

Analisou melhor aquelas duas, pareciam pertubadas. Bia praguejou baixinho, era uma droga dominar quaisquer conhecimentos teoricos e ser simplesmente uma imbecil quanto a questão era entender os sentimentos de alguém.

- Oláaaa - Disse por fim, animada. Animação nada coerente com o que devia estar se passando com aquelas pessoas e com os seus próprios ferimentos.

Mas era realmente dificil tirar esse animo dela. Devia ser algo que veio de bonus com sua hiperatividade. Vai saber... :roll:

----
Off: Bia a maior corta clima da historia \o/
Image
By Tom
Presente de aniversario do Tio Tom *-*~
Spoiler
Image
Cantinho de Odio ao Jev
Spoiler
Image
Grupo do Odio ao Jev
Agora com 2 integrantes \o/
Junte-se a nós \o/
Spoiler
Image
By Cupy
Image
By Jev ^^
Image
Schutzstaffel do Grimm
User avatar
Hokuto
Descobrindo a Profecia
Descobrindo a Profecia
Posts: 2871
Joined: 12/06/08, 23:24
Sexo: Feminino
Estado: AC
Casa: Sonserina

Re: Ala Hospitalar

Post by Hokuto »

  • Magoado, Hokuto não tinha mais porque ficar acordado. Fizera tudo por ela, estava arriscando tudo por ela. Dando o seu melhor por ela. E para quê? Não fazia sentido... Como pudera achar que ela era diferente? Que ela valia todo o esforço? Ela dormia ali, placidamente como a encontrara na Casa dos Gritos.

    Daí entrara uma aluna altamente ensanguentada em cena. Mas ele não se importou. Só queria sair de lá com toda a dignidade que lhe restava. E com o juízo que ainda lhe era caro. Mas tinha algo de errado com ele. Não que importasse. Levantou - e finalmente percebera: estivera segurando a mão dela o tempo todo (que desconfortável!) - e vacilou no equilibrio.

    Fome, sono, cansaço, decepção... Tristeza. Deu os passos com um mínimo de segurança. Sua vista deu uma escurecida, mas ele persistiu. Depois outra tontura. Mas estava tudo bem. Tinha que estar.

    Sua vista escureceu. Uma, duas...

    - Oh, mer...

    Então a vista escureceu de vez e aquele desmaio teria doído se ele já não estivesse inconsciente...
User avatar
Gabione
Descobrindo a Profecia
Descobrindo a Profecia
Posts: 2610
Joined: 22/12/06, 19:56
Sexo: Feminino
Estado: SP
Casa: Lufa-lufa
Facebook: Gaby Miglioli
Last.fm: http://www.lastfm.com.br/user/Gabione
Micro Blog: http://twitter.com/Gabione
Location: Procurando...
Contact:

Re: Ala Hospitalar

Post by Gabione »

Estava com os olhos fechados, mas acordada. Ela ouviu algumas conversas que a fizeram crer que estava na Ala Hospitalar de Hogwarts.

Gabi não se lembrava como tinha chegado ali, lembrava apenas de uma sensação muito gostosa, como se tivesse sido levitada, carregada no ar... Queria sentir isso por mais tempo.

Gostaria de saber se realmente tinha acontecido, aliás, o dia todo parecia ter feito parte de um sonho muito louco, Gabi não tinha exatamente certeza se realmente tinha acontecido tudo aquilo na casa dos gritos ou se tinha alucinado e viajado em algumas partes.

Abriu os olhos lentamente e a luz os machucou, não sabia se alguém estava por perto, as imagens estavam meio borradas ainda.

Quanto tempo será que havia passado desacordada?

- Oi?

Esperou respostas, para ver se alguém podia explicar o que havia acontecido.
Image
Locked

Return to “Castelo”