Ala Hospitalar

Curta as magias do Castelo de Hogwarts!

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Ala Hospitalar

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Ala Hospitalar

***



Grandes portas duplas dão acesso à Ala Hospitalar, uma sala razoavelmente grande e bem iluminada por largas janelas na parede esquerda. Não muito aconchegante, porém, seja por conta da excessiva brancura de macas, lençóis e cortinados, seja por conta dos próprios enfermos e acidentados.

As macas são dispostas às duas mais longas paredes da Ala, cada uma acompanhada de um pequeno criado mudo. Bem ao fundo, na parede oposta à de entrada, há um armário de poções à direita, uma escrivaninha à esquerda e, ao centro, uma porta simples de madeira tosca (que dá acesso aos aposentos particulares do curandeiro).

“Bem vindo” não é uma saudação muito adequada para a enfermaria. Mas, apesar dos pesares, pode-se ter a certeza de que aguarda o paciente muito bom tratamento (seja pelo mais enfadonho curandeiro).
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Katlyn Kunogi
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Re: Ala Hospitalar

Post by Katlyn Kunogi »

Katlyn acordou cedo e foi diretamente para e enfermaria, não havia tido a melhor das noites, pois Sr Miag gemera de dor a noite toda.

-Acalme-se Sr Miag, logo tudo voltará ao seu normal.

"Onde esta aquela curandeira??? Qual era o nome dela mesmo? Ah! lembrei..."

Katlyn entrou silenciosamente na ala, sendo apenas notada pelo barulho q o gato quase desfalecido em seus braços emitia.

-Srta Lovegood? Preciso de sua ajuda!!!

"Tudo por causa daquela bruxa desmiolada, tem gente que não tem o minimo tato mesmo"

Como Katlyn não viu a curandeira, ela resolveu esperar, caminhou em direção a janelas onde os primeiros raios solares começavam a entrar na ala. A garota ficou em pé procurando algum vestigio da festa que havia acontecido no dia anterior. O sol nascente dava a seus longos cabelos brancos um dourado muito suave, sua pele muito alva contrastava com seus grandes olhos vermelhos dando uma harmonia de cores muito peculiar a cena. Porem a cena proporcionava uma suavidade que não condizia com o que realmente estava acontecendo. Uma menina de traços angelicais na janela, era uma cena tão bonita que lembrava um gentil anjo olhando para o horizonte.

"Se aquela Serena acha que tudo vai ser uma mar de rosas, é melhor ela se preparar para os muitos espinhos"
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Gaby Lovegood
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Re: Ala Hospitalar

Post by Gaby Lovegood »

Não havia sido uma noite muito tranquila para a curandeira. Afinal, quem poderia durmir tranquilamente depois daquele Baile de Halloween, era dificil definir o fato mais pertubador do baile, fosse o jovem Daniel atormentado pela morte do irmão, ou uma primeiranista desesperada com vozes do além. Sem mencionar o barraco na mesa de sucos com direito a gatos voadores, ou então a certa tensão entre alguns adultos. Gaby se lembrou do beijo entre Renan e Raven, fez uma nota mental de procurar o irmão assim que estivesse disposta a sair da cama, e lhe atasanar a vida. Esse pensamento lhe vez cocegas no ceu da boca por um breve momento, muito breve, pois Leto Black não tardou a lhe invadir a mente e lhe revirar o estomago. "Era tudo o que eu precisava, o retorno do Black traidor". Gaby enfiou a cabeça embaixo do travesseiro procurando conter a raiva que lhe subia a cabeça.

-Srta Lovegood? Preciso de sua ajuda!!!

A principio a curandeira achou que estava ouvindo vozes, não havia como ter um aluno acordado a essa hora da manha apos uma festa, Alias, era quase madrugada para a maioria das pessoas normais. Até mesmo o Sol deveria ainda estar bocejando. Não, não deveria ter ninguém lhe chamando. Gaby deu um breve gemido de desespero e se arrastou da cama, engatinhando até a porta de seus aposentos. Abriu uma pequena porção da porta, e teve seus olhos ofuscado pelo reflexo do sol que cintilava nos cabelos de uma jovem. "AH DROGA!". A curandeira conhecia a excêntrica Katlyn de outros "Halloween" e basicamente ela nunca vinha em misão de paz.

A contragosto, Gaby se trocou com toda a lentidão que seria possivel a uma pessoa normal, e com essa mesma lentidão abriu a porta de seus aposentos.

- Em que posso ajuda-la a essa hora da madrugada Senhorita Kunogi....
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Katlyn Kunogi
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Re: Ala Hospitalar

Post by Katlyn Kunogi »

Katlyn estava olhando para o nada, quando sentiu ondas de quem acabara de acordar, a menina não deu importancia, pois as ondas de dor que Sr Miag emitiam eram muito fortes.

- Em que posso ajuda-la a essa hora da madrugada Senhorita Kunogi....


Ao ouvir a voz da curandeira, a garota virou-se lentamente, olhou para o rosto inchado que saia pela porta.

-Bom dia Srta Lovegood. Sr Miag está com dor, poderia dar um jeito nisso?

A garota sem indicios de alguma emoção, caminhou até a curandeira lhe entregando o gato ferido, que antes era tão ativo e hostil, mas agora estava completamente indefeso.


-Ele foi arremessado contra o diretor na noite de ontem, creio que foi um forte choque, achei que ele melhoraria durante a noite, mas ele não dormiu nada.

Katlyn deu uma leve bocejada, tambem não havia dormido, por isso veio a enfermaria no primeiro raiar do sol, pegou um pequeno livro dentro de suas veste e começou a ler.
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Re: Ala Hospitalar

Post by Gaby Lovegood »

Enquanto Katlyn se dirigia a curandeira essa pegou o gato sem acreditar no que via. A jovem tinha levado UM GATO A UMA ENFERMARIA DE HUMANOS!!! Gaby "depositou" o gato sobre uma maca enquanto se virava a avoada garota de cabelos brancos.

- FRANCAMENTE KATLYN! Por que RAIOS de motivo você acha que temos na escola um professor de trato de criaturas mágicas!? Ele não é pago para apenas lhe mostrar bichinhos durante as aulas!

Gaby soltou um longo suspiro antes de continuar seu discurso, enquanto se virava para o gato e apalpava todo o corpinho do bixano.

- Você não consegue ter o menor senso de que uma enfermaria não é local de animais!? Gaby pertou uma das costela do gato que soltou um longo miado, ela apontou a varinha para o mesmo e esta brilhou suavemente *Braquium Remendo* Gaby continuou a apalpar o gato enquanto falava. - E se me lembro Bem da ultima vez que você apareceu aqui com seu gato eu lhe deixei bem avisado que não queria mais ve-lo por aqui! Se ele atacar outro aluno, serei obrigada a reportar isso ao diretor! Gaby parou pensativa um instante *Accio* Um vidro com contagotas contendo um liquido lilas correu até sua mão - Bom, embora ele de certa forma já tenha atacado o proprio diretor.... Gaby abriu a boca do Gato, que lhe arranhou de leve os dedos com os dentes afiados, e pingou algumas gotas do liquido em sua boca. Afagou a cabeça do mesmo pegando-o no colo. - O que quero dizer é: Cuide melhor do seu bixano se não quiser ter problemas por causa dele, E... não o traga mais para a enfermaria!!!

Gaby esticou o gato a jovem, Agora totalmente curado. E suspirou....
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Re: Ala Hospitalar

Post by Katlyn Kunogi »

Katlyn lia seu livro muito entretida, ouvia alguns miados mais agudos e a curandeira dizendo alguma coisa."Depois vou passar na biblioteca, tenho que devolver um livro", conseguiu ler algumas paginas quando parou de sentir as ondar de dor do gato.

-E... não o traga mais para a enfermaria!!!


Gaby esticou o gato para Katlyn que o pegou, a menina fez um leve afago no bichano que parecia muito feliz e se acomodou nos braços da dona.


"Ela dizia alguma coisa? O que será?"


-Obrigada Srta Lovegood.

Katlyn fez uma reverencia, como o de uma princesa, virou a costas e caminhou em direção a porta, antes de sair olhou para traz, pois algo a intrigava.

-O que não devo trazer para cá?

Antes de receber alguma resposta a garota já estava nos corredores.


"Será que o café da manhã já foi servido?"

-Está com fome, não é mesmo Sr Miag?
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Re: Ala Hospitalar

Post by Gaby Lovegood »

-O que não devo trazer para cá?

Gaby não soube definir se seu corpo ficou gelado de frustração ou quente de raiva, mas enquanto a porta se fechava atras da menina que saia com o olhar perdido da sala, ela pode ver fagulhas lilas batendo contra a porta e deixando leves pontos de queimado na mesma. A curandeira soltou um suspiro. Algo entre o alivio da garota e seu gato terem saido da Ala, e um pouco de decepção por ter acertado apenas a porta.

- Garota estranha! Depois que o gato dela é arremessado para lá de onde o Bardo perdeu as botas ela vai choramingar acusando o mundo! Ela que me traga esse gato aqui denovo! E aiiii se eu descobri que ele atacou alguém denovo!! Mesmo que seja porque foi arremessado por outra maluca!

Gaby se jogou inconformada em uma das macas enquanto deixava o brando calor de alguns poucos raios de sol lhe cobrir a cara, e sua mente afundar num espaço em branco.

-Bom, pelo menos acho que por hora ninguém mais vai aparecer por aqui....
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Re: Ala Hospitalar

Post by Renan »

Já fazia um tempo... um bom tempo que não conversava direito com a irmã. Pelo menos na Ala Hospitalar, lugar onde ele recomeçara sua trajetória em Hogwarts. Caminhou para o lugar instintivamente, sem prestar muita atenção em qualquer coisa no caminho. Sentia, contudo, os tímidos raios da aurora acariciando-lhe a pele branca e as expressões neutras.

Sentia, ainda, o vermelho de Raven em sua boca.

Aquela bruxa o intrigava mais e mais: claro, o momento fora... outstanding. Mas aquilo tudo (nada?) parecera-lhe real demais, próximo demais. Pensativo, passou pelo lábio inferior o polegar direto vagarosamente. As mãos nuas exibiam, a direita, o pentagrama gravado na pele; a esquerda, a preguiça. Olhava para baixo, para os sapatos negros em movimento rápido. O que o tirou daquele transe em movimento, depois de algum tempo, foi sua estupidamente previsível, forte, sonora e imbecil colisão contra uma das portas duplas da enfermaria.


- Nhééé! - exclamou (?) enquanto levava as mãos ao nariz a sangrar. Num impulso violento, puxou a varinha e, com um inaudível "reducto", reduziu a porta a pó. - Oi, Gaby...
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Re: Ala Hospitalar

Post by Gaby Lovegood »

A curandeira estava perdida em seus pensamentos, em algum lugar entre o sono e a vigilia,quando um barulho seguido de um "nhééé" lhe acordou... foi dificil focalizar qualquer coisa a primeira vista, a claridade gerada pelo Sol não ajudava muito. Mas ao poucos Gaby localizou um irmão sangrando e uma porta a menos na ala. Ela saltou da cama.

NAN! que diabos vc pensa que está fazendo com a minha porta!?

A par do nariz sangrando do irmão ela apontava para a porta chocada. Não que não estivesse preocupada com o irmão, mas achava que ele merecia sofrer um pouco pelo dano que causou. Empurrou o mesmo para uma maca o obrigando a deitar, e deu uma ultima olhada pesarosa para a porta que não estava ali.

"Bom ele vai arruma-la de qualquer modo, não vou gastar mágia com isso..."

Enquanto o irmão se acomodava na maca, Gaby ao invez de tratar do nariz machucado do diretor se empulherou na maca ao lado e olhou maliciosamente para o irmão.

- hummm... Quer dizer que você e a Raven estão agora se agarrando em publico!?
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Re: Ala Hospitalar

Post by Renan »

- Hummm... Quer dizer que você e a Raven estão agora se agarrando em público!? - enunciou a irmã sem nem tentar esconder o prazer de fazê-lo.

Obviamente, o diretor corou um pouco e perdeu um pouquinho da frustração que lhe acometeu quando Gaby lançou olhares absolutamente despreocupados em direção à não-mais-entre-nós porta e a ao quase-não-mais-entre-nós nariz do bruxo. Descontente, ajeitou-se na maca em que a irmã o derrubara e sacou a varinha. Uns poucos movimentos e a porta e o nariz já estavam em seu devido lugar, perfeitamente.

- Obrigado pela parte em que você arrumou as coisas quando eu cheguei, irmã infeliz. - disse emburrado, tentando parecer sério perto da irmã. Nem se forçou a olhar para sua face; permaneceu mirando na janela oposta. - E, bem, eu não usaria a palavra 'agarrando'... até porque foi só daquela vez.

E algo lhe dizia que teria sido a única.

- Mas, mudando de assunto, Gaby... - começou enquanto jogava ambas as pernas para o lado direito do leito de modo a ficar sentado nele e de frente com Gaby. [OFF: AHUAHUHAUAHAHUAHUAH ~morre] A face, agora, extremamente dura e o olhar tenso e perturbador - O que exatamente aconteceu com você logo após o ritual da tétrada? Não esqueci daquele comportamento estranhíssimo nem de como você tem tentado me evitar desde então. Ah... não me daria ao trabalho de mentir...

*Sabe como essa coisa de gêmeos e suas mentes interligadas é mágica, né?*
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Re: Ala Hospitalar

Post by Gaby Lovegood »

- Obrigado pela parte em que você arrumou as coisas quando eu cheguei, irmã infeliz.

Renan arrumou o próprio nariz enquanto a encarava emburrado. Gaby virou os olhos.
- Aproveite e arrume a porta também, o único que fez bagunça por aqui foi você senhor diretor.

Após isso Renan não lhe deu mais espaço para que ela lhe atazanasse a vida sobre Raven, mais uma vez ele tentava lhe prensar, e descobrir o que tinha acontecido depois da tetrada. É claro que Gaby não tinha intenção nenhuma de revelar o ocorrido.

- Não preciso mentir para lhe dizer que não vou lhe contar, e não adianta invadir minha mente porque você não vai encontrar nada nela, maninhu. O aconteceu comigo depois da tetrada deve se manter enterrado junto com tudo o que trouxe... e como não fará diferença nenhuma em sua vida não há motivos para eu lhe contar! Logo... é melhor para de me encher com esse assunto.

Gaby foi muito mais dura com as palavras do que o normal. Alias, estava totalmente fora do normal. Aquele não era seu modo de falar ainda mais com o irmão. Mas não queria mais ser perturbada com aquele assunto. Não queria revelar o que aconteceu. Não queria iniciar um combate entre pessoas queridas. Ela suspirou e encarou a janela.


OFF.: Renan metendo o bedelho
"Não preciso mentir para lhe dizer que não vou lhe contar" -> AI MEU **! DOEU!!!
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Re: Ala Hospitalar

Post by Renan »

Renan era uma pessoa bastante calma. Desde criança fora um menino bem quieto e introvertido, nunca dera muitos problemas para os pais, nem na época em que adolecentes ficam chatos (mas isso porque ele não tinha mais pais quando era adolescente). Tampouco discutiu muito com a irmã, afinal, só tinham um ao outro além de conhecidos completamente aleatórios. Mas, naquele tempo, o mago ainda não havia feito rituais negros nem tinha um pentagrama gravado como se fosse em brasa na mão.

As palavras absolutamente afiadas da irmã o fizeram perder o controle que tão cuidadosamente impunha sobre seus instintos desde a Tétrada (ultimamente, a perda de controle era um tanto mais usual). Num salto fugaz, o atual diretor desceu da maca e, com dois passos, estava fronte a Gaby. Ergueu a mão direta com a palma virada para si, e mirou os olhos na irmã.


- Sabe, a Tétrada doeu... dói, na verdade. - começou a voz ligereimente mais grave do bruxo - E tenho certeza que de alguma forma também doeu em você. Não só por sermos gêmeos atípicos, mas porque é a compensação, sakanagi, carma... do que quiser chamar.

Parou por alguns instantes, pensando no que viria a dizer. Levou a mão direita ao ombro da irmã, não por ternura, mas como se estivesse procurando um lugar seguro para repousar os dedos antes que não pudesse mais conter os espasmos que os agitavam. Contorceu um pouco a face e continuou.

- Você só continua vivendo pelo simples preço de que você está morrendo, dia após dia; morremos a partir do momento em que nascemos. Então... dispenso essa sua dureza. - enunciou em tom levemente irritado. Talvez se você me disser qual foi a sua compensação, sua dor possa ser menor; mas nada posso fazer se continuar a ser irritantemente teimosa assim!

O rosto do bruxo já demonstrava o esforço que ele fazia. Toda aquela magia em potencial... todo aquele fervor... Renan quase não conseguia manter os olhos fixos na irmã.

*Eu me preocupo, Gaby... m-mais com você que comigo mesmo*
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Re: Ala Hospitalar

Post by Gaby Lovegood »

Gaby observou, respirava fundo para não se descontrolar, não queria falar sobre aquilo, porque Renan tinha que insistir!? Até mesmo parecia que ele não conhecia a irmã que tinha, e como ela costuma reagir quando precionada. Foi o tempo de seus olhos piscarem para que Renan se pusesse em sua frente, com a mão direita levantada, ela pode sentir o peso da dor nas palavras do irmão, Gaby fitava imovel a mão, o pentagrama, e respirava, Mais profundamente do que jamais respirou, fechou os olhos, agora o irmão mantinha uma mão em seu ombro.

- DOR? Gaby abriu os olhos, Num olhar frio, sem vida, sem expressões, sem alma. - Não venha falar em suavizar minha dor, você não pode imaginar o que aconteceu, não pode sonhar com esssa dor, que so vai aumentar no momento em que eu transforma-la em palavras... Gaby afastou a mão do irmão do ombro e saiu da maca se afastando dele, não queria encara-lo. - Você deveria se preocupar com coisas mais importantes diretor... eu já sou grandinha o bastante pra você continue me pondo a frente de sua propria vida....

Ela se encostou em uma janela.

- A tetrada, a magia que quebra os selos, que libera os poderes, que destroi tudo Nan... TUDO! Gaby tremia, as imagens liberadas com a tetrada voltavam em sua mente, as coisas que fez, que ouviu, que descobriu, todas elas emergiam tão rapidas como da primeira vez, as vozes tão claras como da primeira vez, um mundo sujo e escuro, agora claro demais aos olhos da curandeira.

- VOCê NÃO PODE VER RENAN! NÃO PODE SABER! NÃO PODE SONHAR! NÃO PODE! Gaby levou as maos a cabeça tampando os ouvidos de um som que só ela ouvia, gritava para que sua voz sobresaisse sobre as outras, uma voz carregada de raiva, de odio. - NÃO PODE SOFRER MAIS! EU NÃO QUERO QUE VOCÊ SOFRA MAIS! NÃO QUERO QUE ME ODEIE!NÃO QUERO QUE ME ODEIE!NÃO QUERO QUE ME ODEIE!

Sua voz era desesperada, cheia de angustia, de culpa, sem controle Gaby agaxou no chão buscando enterrar novamente aquelas memorias, buscando sela-las novamente. Um selo que nunca mais se fecharia, assim como nenhum outro selo nunca mais teria efeito sobre qualquer um deles. Nada mais podia ficar guardado. Nada.
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Re: Ala Hospitalar

Post by Renan »

Under Pressure
pleasure?
Renan ainda era Renan e, como Renan que era, não podia deixar, Renan, de ficar chocado ou ao menos levemente estremecido com o surto da irmã. Por um momento pensou em se dirigir até a mulher e assistí-la, mas logo afastou tal pensamento. Permaneceu no mesmo ponto movendo o corpo o mínimo suficiente para encara Gaby, encolhida debaixo de uma das grandes janelas da Ala Hospitalar. Retirou a varinha tão negra quanto suas vestes e ficou a girá-la por entre os dedos por algum tempo. De qualquer modo, aquilo aliviava a tensão de seus dedos, apesar de tornar mais perigosa a menor fagulha de frustração.

- Tudo bem, Gaby. Não faço a menor idéia do que você está sentindo. Essa dor é apenas sua, mesmo, e só você a entende do modo como você a sente. Contudo, não posso deixar de desejar o seu bem nem de querer descobrir o que acontece. Então, - enunciava com a voz mais baixa e áspera enquanto se aproximava da irmã - por acaso o selo que a Tétrada quebrou em você tem alguma relação com os anos que passou longe daqui? sem dar sinal de vida?

O ex-curandeiro, agora, estava abaixado junto da irmã, murmurando em seu ouvido.

- Quero saber da sua dor. Só saber, não preciso mentir pra lhe dizer que não vou sentir absolutamente nada mais do que já sinto. É seguro, mana...

*Tell me your secrets*

Estranhamente, algo dentro dele gostava muito daquilo.
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Re: Ala Hospitalar

Post by Gaby Lovegood »

Renan a olhou por um longo periodo, sem a acudir, sem a consolar, e quando falou sua voz era calculada. Gaby ainda permanecia imovel em seu pequeno ninho de dor.

- Tudo bem, Gaby. Não faço a menor idéia do que você está sentindo. Essa dor é apenas sua, mesmo, e só você a entende do modo como você a sente. Contudo, não posso deixar de desejar o seu bem nem de querer descobrir o que acontece. Então,

Não era isso, não era como se a dor fosse só dela, e esse era o problema, a dor era dele também- mesmo que apenas parte dela- ele apenas a ignorava. Era isso que matava Gaby, era isso que a deixava louca, saber que era ela quem traria a tona os maiores monstros do irmão. Não. Não apenas os monstros de Renan, mas os dela também. Toda a maldição que daqueles gemeos carregavam. Renan se aproximou dela, e a voz arranhada do irmão a tirou de seu desespero por um breve segundo.

- por acaso o selo que a Tétrada quebrou em você tem alguma relação com os anos que passou longe daqui? sem dar sinal de vida?

Gaby sentiu todos os musculos de seu corpo se soltarem, estava tão mole que poderia desmaiar, a mente tão branca como se um flash de camera estivesse disparando incessantemente diante de seus olhos. Olhos estes que estavam arregalados diante do irmão. Era obvio que ele havia acertado, e nem precisou ler a mente da curandeira para tal, embora não havia sido só aquilo que a tétrada havia lhe liberado, não só aqueles anos vieram a tona. Não só aquela dor.

- Quero saber da sua dor. Só saber, não preciso mentir pra lhe dizer que não vou sentir absolutamente nada mais do que já sinto. É seguro, mana...

Gaby levou as duas mãos tremulas a face do irmão, encarando seus olhos, sem piscar, rezando silenciosamente para que ele estivesse certo. para que nada mudasse. Para que não fosse odiada. Para que o irmão não caisse dentro de um poço sem fundo.

- Você acha que é seguro Nan? Mesmo... mesmo se descobrir que as mãos de sua irmã estão tão sujas de sangue quanto seria possivel para uma unica pessoa... mesmo se descobrir que ela gostava disso.. mesmo se descobrir que ela sentia prazer nisso... você ainda assim acha seguro? Gaby puxou o irmão encostando sua testa na dele ainda, sem desviar os olhares - Acha seguro, mesmo se descobrir, a culpa e o motivo da morte de nossos pais? Me diz Nan, isso tudo... é seguro? é seguro tirar tudo isso de dentro de mim?
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Re: Ala Hospitalar

Post by Renan »

O homem permaneceu como e onde estava. Abaixado. Imóvel. A únca coisa que mudara fora sua expressão facial. A boca, que antes riscava um sorriso de canto, tremia ligeiramente no canto. O olhar que era apenas curioso já era assustado. Seu sangue continuava a correr veloz pelo corpo, levando vontades do cérebro às mãos. As da irmã, contudo, já aninhavam o rosto do irmão com uma vontade já contrariada que ela não podia mais desejar.

- Eu acho... Acho que é seguro. - proferiu fracamente e sem muita certeza - Ao menos, mais seguro para a minha própria existência.

Ao dizê-lo, levantou-se abruptamente, desvencilhando-se veloz dos finos dedos de Gaby. Girou nos calcanhares e enfiou as mãos no bolso sem cerimônias. E, no mesmo clima, se dirigiu resoluto aos aposentos particulares da curandeira. A porta se destrancou para ele automaticamente, convidando-o.

Nada parecia ter mudado lá dentro, ao contrário do que acontecera com o interior daqueles gêmeos. Renan nem se deu ao trabalho de vasculhar por mudanças decorativas; concentrava-se e focava-se, agora, não mais nos detalhes sobre os quais antes despendia tão sacra e melosa atenção. Sentou-se numa cadeira de mogno e convocou uma garrafa de vinho que repousava numa mesinha. Serviu duas taças, uma delas entregou à irmã que acabava de entrar, cabisbaixa e séria.

- Vamos... conte-me que sangrento passado a Tétrada trouxe de volta. - disse enquanto balançava a taça de vinho com a mão direita e passava aquele cristal suavemente pelo lábio inferior.
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Re: Ala Hospitalar

Post by Gaby Lovegood »

...................................................................................A little Tale of Horror I

Gaby respirava profundamente, A cada ciclo enchia todos os espaços de seus pulmões com o ar pesado da enfermaria, o cheiro doce os produtos usado para fazer a limpeza que sempre lhe agradou, agora a deixava levemente enjoada. Mas aparentemente o processo a deixava mais calma, ou assim pretendia acreditar.

- Eu acho... Acho que é seguro. ...- Ao menos, mais seguro para a minha própria existência.

"Você se engana meu irmão... você não vê o que eu vejo... Mas... Se assim deseja..."

Gaby seguiu o irmão, até seu quarto, enquanto entrava ele a estendeu uma taça de vinho, ela pegou, e continuou andando até sua cama, no breve caminho pensou que poderia fugir e encher a cara, como fez uma vez, mas isso provavelmente, só facilitaria para Renan descobrir o que queria, e ela precisava estar sóbria para conter qualquer reação do irmão. A curandeira se virou sentando na cama e cruzando as pernas. Virou o copo em sua boca lentamente, deixando que o liquido consistente descesse e queimasse levemente sua garganta, Quando o copo finalmente se esvaziou, ela o jogou em um canto da cama e puxou as penas para a si, Olhava fixamente para o irmão, não seria difícil ele ver a dor que ardia nos olhos da mulher. Gaby realmente não queria falar, mas não conseguia resistir aos avanços de Renan, não podia resistir a seu único porto seguro, sua única família, Seu único motivo para não ter atentado contra a própria vida, não era justo, Se Renan garantia tudo isso a ela, porque motivo ela não poderia conceder a ele esse desejo?

- Não use esse tom tão presunçoso na voz Renan, não vou lhe contar um pequeno conto de horror, é algo muito maior do que isso, Algo que vai te enlouquecer, tanto quando me enlouquece, a tal ponto que desde já me ponho no direito de te desacordar dependendo de sua reação, e você sabe que não exitaria a isso...
Ela abraçou as próprias pernas antes de continuar - Ainda assim, ainda com todos esses avisos, está pronto para ouvir e sentir ódio de tudo e de todos? Está pronto para me odiar, odiar a aqueles que amamos, e odiar a si, a repudiar sua existência?

Gaby observou atentamente cada movimento do irmão, embora o corpo do diretor parecesse ter se transfigurado em uma estatua de pedra, seus músculos enrijecido, ele mal parecia respirar, não piscava, apenas a fitava, Mas muito lentamente moveu a cabeça. Renan havia ascendido com a pergunta da irmã.

- Se assim deseja... O olhar brilhante de Gaby enfim se apagou, toda sua vida foi subrimida em algum lugar de seu corpo antes que ela pudesse começar. - A anos atrás, antes mesmo de nós nascermos, ouve uma profecia, uma lenda, algo que muitos acreditavam e que se perde no tempo... Quatro gêmeos nasceriam, capazes de conjurar um feitiço que muitos morreriam tentando realizar, Quatro crianças que juntas seriam capazes de conjurar tanto poder que um único bruxo jamais poderia... A tetrada. Essa era a magia... é claro que muitos grupos revolucionários passaram a ficar de olhos em todos os nascimentos e sinais que poderiam lhes dizerem quando e onde os gêmeos nasceriam, sendo que ainda corriam o risco de uma dupla nascer em períodos diferentes do outro. Mas isso não aconteceu não é? Embora você já faça idéia dessa historia, ela é essencial para tudo que vou contar... Você sabe Nan... a mulher grávida sabia que iria dar a luz aos gêmeos da profecia antes mesmo das crianças nascerem e ainda poderia sentir se a outra dupla já estava no mundo... você entende porque fomos criados sempre tão afastados das pessoas ou das cidades?

- Mas assim como nossos pais fizeram de tudo para nos proteger outras pessoas faziam de tudo para nos achar, não é fácil guardar um segredo tão grande, ainda mais quando tão confortavelmente os outros gêmeos nascem em uma organização tão poderosa, Leto e Modred. Apesar de que demorou alguns anos, eles finalmente descobriram onde nos escondíamos, afinal, nem todo fiel do segredo é tão fiel depois de meses de tortura... Foi assim que a organização nos localizou, mas eles ainda precisavam de uma autorização para fazer de tudo para nos pegarem, uma assinatura, pelo visto eram muito “direitos” em seus atos, mas essa assinatura foi concedida. Leto Black, mesmo ainda criança, assinava e respondia por essa organização, ele era ciente de tudo inclusive da busca pelos outros gêmeos que eles tanto desejavam, e fariam qualquer coisa para conseguir os outros gêmeos, faziam qualquer coisa para ter a Tetrada do lado deles, foi por isso, por nós termos nascido, que Leto Black assinou a morte de nossos pais...


Ainda havia muito mais a se contar, muito mais pelo que Renan havia pedido, mas ela precisava ter certeza que ele ainda respirava antes de continuar. Então, Gaby ficou a olhá-lo esperando por alguma reação.
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Re: Ala Hospitalar

Post by Renan »

- Foi por isso, por nós termos nascido, que Leto Black assinou a morte de nossos pais...

O mago simplesmente não soube como reagir àquilo. Não que uma reação àquele tipo de afirmação pudesse ser facilmente milimetrada, mas era assim que Renan gostava de fazer, seu modo de agir. No entanto, nenhuma previsão ou cálculo poderia ter impedido o bruxo de deixar a boca entreaberta em surpresa, choque, horror. Leto Black, o amigo-de-longa-data-que-Renan-prezava... O ex-curandeiro mentalmente conjecturava, praguejava e amaldiçoava, a aflição e o choque explícitos nos olhos azuis que fitavam a irmã (sem contemplá-la, no entanto).

Mas, não. O diretor não perderia o controle naquela hora. Sentia que havia mais por vir e seria um tanto melhor se ele explodisse uma única vez por uma convergência de eventos total. Então, permitiu que sua língua moldasse apenas umas poucas palavras inexpressivas, necessárias para aliviar a tensão que se adensava na garganta do bruxo.

- Esse Black... Presunçoso, não?

Alguns minutos se passaram depois que Renan profeiriu suas secas palavras que tentavam enganar sua própria mente para que não se destraísse. Deveria continuar focado, atento. Querendo ou não, ele acabava de descobrir seu próprio passado.

- Prossiga. - enunciou duro e sem emoção antes de sorver num gole todo o vinho de sua taça.

Obviamente, restituiu o conteúdo.
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Re: Ala Hospitalar

Post by Gaby Lovegood »

...................................................................................A little Tale of Horror II

"Isso não é nada bom..."

Gaby olhava o irmão, sem expressão, sem reação, Ela sabia que ele não conseguia digerir aquilo, não conseguia acreditar que a culpa da morte dos pais era o nascimento deles, não conseguia aceitar que seu melhor amigo o fizera. Mas estava decido, assim como Gaby. Eles iriam até o fim.


- Você não sabe até onde a presunção dos Blacks vão... mas... voltado ao meu conto... Como você bem sabe, graças aos nossos pais eles não nos pegaram... Os Blacks foram para Hogwarts na esperança de nos encontrar lá, e por fim foi isso que aconteceu, não? Nós também viemos para Hogwarts, aqui era seguro. Mas você e Leto Black desenvolveram uma profunda amizade, isso atrapalhou os planos dele... Contudo eu não tive contato com ele, devido minha certa anti-socialidade naquela época, assim como Mordred... Então no nosso ultimo ano aqui, o plano deles era nos raptar naquela viajem que fizemos. Mas Leto intercedeu, por você, ele não permitiu que você fosse levado... Contudo, ele não se incomodava com o que aconteceria comigo, e assim Mordred seguiu o plano, e eu fui levada, Naquela viagem em que sumi, eu fui levada pelos Rosas, pelo comando De Mordred Black.

Gaby apertou o abraço nas pernas agora suas próprias memórias começaram a emergir em sua mente. O vermelho começava a cobrir sua visão. Ela fechou os olhos, mas aquilo só piorou, ajudou que ela ouvisse os gritos também, Imediatamente abriu os olhos e fitou seu irmão. Seu porto.

- Sabe, os Rosas não são muito delicados, eu fiquei desacordada por alguns dias devido a magia que usaram em mim para conseguir me levar, você sabe que sempre fui encrenqueira e não deixaria que me levassem tão facilmente... Eu nunca mais vi Mordred a não ser no dia que foi levada, e depois quando acordei, estava em algum lugar que não fazia idéia, cercada por paredes vermelho sangue, eu creio que fiquei nesta sala algo por volta de 5 meses, não consegui ser mais forte do que isso, acabei sucumbindo aos desejos deles...

Sua voz era corrida, cheia de angustia...

Por 5 meses, Sem banho, alimentada com comida velha e água suja, sendo torturada diariamente, vendo eles torturarem, no inicio animais, depois homens, e enfim crianças... quando estava sozinha, o som de gritos sempre acompanhava o ambiente, e o cheiro do sangue, tão forte quanto como se eu estivesse num aterro... por fim eu me acostumei, ao cheiro, a cor, ao grito... passei a ansiar por aquilo... passei a sentir aquilo liberando minha adrenalina... então quando eu já estava com os olhos em chamas, eles me deixaram, me deixaram torturar, a primeira coisa que me deixaram torturar foi um coelho, tão branquinho e fofinho, eu sentir um prazer gigantesco em marchar o pelo daquele animal com sangue, em cortá-lo delicadamente e ouvi-lo gritar... Depois disso passaram a me ensinar magia negra e combate corpo a corpo... quando... depois desses 5 meses, eu sai da sala pela primeira vez, era uma noite de lua cheia, Senti o vento bater no meu rosto e não tinha cheiro de sangue, aquilo me deixou com raiva... Eu ganhei um novo nome "Fire", e o primeiro teste, dizimar um pequeno vilarejo em busca de um artefato magico que provavelmente estaria lá. Me colocaram uma mascara, e junto aos outros eu o fiz... eu matei... humanos... crianças.... e eu gostei... como se nunca tivesse gostado de nada na minha vida toda... e o vento finalmente tinha cheiro de sangue....

Os olhos verdes de Gaby tinham uma ardencia de chamas, ela tremia...
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Re: Ala Hospitalar

Post by Renan »

O professor, depois de ouvir mais um dos fragmentos de horror do passado de Gaby, teve vontade, primeiro, de rir ao pensar repetitivamente no fato de a irmã ter passado 5 meses sem banho; depois, de afundar: Gaby Lovegood, sua irmã gêmea, uma assassina. Não sabia se por raiva, frustração ou choque, mas assim que Renan mordeu o lábio inferior, a taça de vinho que segurava na mão direita explodiu. E enquanto o líquido vermelho-sangue se espalhava pelo chão das acomodações da irmã e respingava nele, o bruxo transformava em imagens as palavras que Gaby lhe dissera.

Enquanto, contra vontade, mentalizava a irmã de pé com a varinha apontada por uma criança encolhida entre os escombros de uma casa em chamas, Renan se levantou abruptamente e mirou na porta de entrada aos aposentos da curandeira. Cerrou olhos e punhos,

- Você... Você matava por prazer? - enunciou pausadamente, como se digerindo todo o relato. - Eu simplesmente... Como você pôde? Por acaso te fizeram uma lavagem cerebral ou algo do tipo? Eu só não posso crer que você, em sã consciência, teria a capacidade ou estômago para fazê-lo!

As respostas eram bastante óbvias, mas fora aquilo que Renan teve como perguntar. Levou a mão esquerda à barriga como se aquilo ajudasse a aliviar o desconforto. A mão direita, por sua vez, limitava-se a macular-se o mais que podia para manter o mago consciente: os pequenos restos da taça perfuravam-lhe a palma da mão. Estava realmente difícil manter o controle já que a Tétrada o impelia a voar para o pescoço da gêmea... Ou melhor, iniciar uma temporada de 'Caça aos Blacks' o mais depressa possível.

- Mordred... nefasto! - exclamou, voltando o olhar para a irmã. - Há por acaso mais desventuras pra me contar ou acaba por aí?! Porquê, diabos, nunca me falou de NADA acerca disso? Não posso acreditar que você não tivesse a menor idéia de onde esteve por tanto tempo! Não posso... não quero acreditar que me escondeu o fato de que aqueles dois malditos são responsáveis por todos os infortúnios que passamos na vida! Diga!


OFF.:
Wikipedia diz: Mordred (Galês: Medraut) é uma figura lendária da Bretanha que ficou conhecida por sua traição ao lutar contra o Rei Artur na Batalha de Camlann, onde ele foi morto, e Artur fatalmente ferido. Seu nome significa "mau conselho".

Essa é a prova de que a wikipedia pode até ter razão às vezes.
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