[Fic Romance] Problema Duplo - Grifinória

Entre no armário com a Rita e...descubra o que ela está aprontando!

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Rita Skeeter
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[Fic Romance] Problema Duplo - Grifinória

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Sinopse: Fred vê-se enamorado por uma pessoa inusitada e mais tarde descobre que seu irmão gêmeo, Jorge, está gostando da mesma garota. Angelina Johnson, que por sua vez pensa estar apaixonada pelos gêmeos Weasley. E agora com quem ela irá ficar? Como os gêmeos irão lidar com esta situação?

______________________________________________________________________________________________
Prólogo
Conheci Angelina na mesma idade que todas as outras crianças que no futuro se tornariam minhas amigas, inimigas, companheiras. Tenros e imbévios onze anos. Angelina nunca pareceu disposta a ser discreta e invisível com sua pele cor-de-chocolate, bela e lustrosa. No auge da inocência infantil, lembro-me que olhá-la me dava ânsias de lamber os lábios pensando nos benefícios de um bom chocolate quente.

Agora, se me perguntarem quem a notou primeiro, não saberia dizer. Foram meus olhos que a encontraram? Foi Jorge quem me cutucou e a mostrou? Ou foi o contrário? Já não lembro mais e, eventualmente, chego à conclusão de que não faz diferença. O fato é, ele e eu a observamos admirados e, gosto de imaginar que o mesmo pensamento passou por nossas mentes: como era descolada. Longos rastafaris com fitas rosas cobriam sua cabeça, ela carregava o malão sozinha para o trem, cabeça erguida, séria, diferente de todos os outros primeiro-anistas. Não parecia tímida ou acanhada. Gostamos dela de cara.

Sem demora, trocando apenas um olhar, Jorge e eu decidimos que sentaríamos com ela. Percy estava fora de questão, de qualquer forma. Pegaria mal logo de cara sermos pegos vistos com um cara como ele. Foi assim que acabamos naquela cabine com dois jovens negros. A princípio poderia-se pensar que eram de alguma forma aparentados, porém, o menino era baixinho e meio franzino, além de ter um nariz proeminente, já a garota não era só alta, como altiva. Os traços eram mais firmes de alguma forma, daqueles que se poderia imaginar pertencerem a algum tipo de família real.

- Olá - dissemos Jorge e eu juntos ao entrarmos na cabine.

- Podemos nos sentar aqui? - perguntei apontando para as cadeiras livres.

O menino se virou para a menina e ela, por sua vez, apenas deu de ombros para nós dois. Assim sendo, o menino também deu de ombros, abrindo espaço em seu banco.

- Sou Jorge Weasley - disse meu irmão se adiantando e oferecendo a mão para a menina a seu lado.

- Angelina Johnson - respondeu ela aceitando a mão dele.

- Fred Weasley a seu dispor, madame - disse eu dessa vez oferecendo a minha própria mão. Ela sorriu do meu tom pomposo. Seu aperto foi forte e vigoroso, da forma como deveriam ser apertos de mão.

- Eu sou o Lino Jordan - disse o outro menino assim que minha mão soltou a de Angelina.

- Prazer - dissemos Jorge e eu juntos, sorrindo para ele.

Depois disso, tudo ocorreu como deveria ocorrer e conversamos todas as coisas tolas e insignificantes que todos os primeiro-anistas devem conversar.
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Re: [Fic Romance] Problema Duplo - Grifinória

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Capítulo Um - Confusões
Ela olhou para mim de um modo totalmente diferente do que costumava. Seu olhar mesclava doçura, felicidade e... amor? Não acho que não tinha amor neles.

Baixei a minha cabeça totalmente confuso e continuei rabiscando o papel onde mais cedo havia desenhado Snape apanhando de dois trasgos. Não conseguia entender mais nada, uma hora ela queria me matar, me desprezava, brigava por tudo o que eu falava e raramente eu conseguia fazê-la sorrir com as minhas piadas ou as minhas idéias malucas para matar aula ou pregar peça em Sonserinos ou no Snape.

- Fred o que você está fazendo? – ouvi um sussurro distante chamando por mim, olhei para o meu lado e vi meu irmão gêmeo Jorge me olhando de jeito estranho.

- Que foi Jorge?

- Aconteceu alguma coisa?

- Por quê?

- Porque você está no mundo das nuvens desde que acordou e olha que hoje nem tem jogo de quadribol. – Jorge sorriu da sua piadinha fracassada.

- Me deixa em paz.

Levantei da minha carteira bem na hora que o sino tocou nos corredores anunciando o fim das aulas da manhã. Juntei as minhas coisas e sai o mais rápido possível para longe do meu irmão intrometido e da senhorita ainda vou te deixar maluco, Angelina Johnson.

Caminhei até encontrar um banco vazio no pátio externo onde vi alguns alunos brincando com uma goles que provavelmente haviam pegado da sala da Madame Hooch e na mesma hora me deu vontade de pegar a minha vassoura e ir até o campo de quadribol treinar alguns arremessos com os balaços...

- Oi Fred.

Ouvi uma voz tranqüila e feminina me cumprimentado e reconheci de quem era. Na mesma hora senti o meu estômago gelar e meu coração disparar.
Anda logo Fred responde.

- Oi.

Angelina estava linda naquele dia de sol outonal, seu cabelo estava solto e caído por cima dos ombros deixando-a ainda mais bela.

- Posso me sentar com você?

Olhei para ela um tanto confuso e tentando imaginar o que Angelina poderia estar querendo.

- Claro. – disse retirando a mochila que ocupava uma parte do banco para que ela pudesse se sentar.

- Olha Fred eu sei que não ando sendo nada legal com você nos últimos tempos...

- Últimos tempos? Angelina você NUNCA foi legal comigo. – sorri para ela.

- Tá, que seja. Percebi que não venho sendo legal e queria mudar isto.

- Por quê?

Angelina começou a ficar confusa e séria, e acho que a essa altura não preciso dizer que o sorriso doce de antes desaparecera completamente de sua face, né?

- Desde quando eu preciso de motivos para ser legal com você? Eu dizer que QUERO não importa?

- Não Angelina, não me importa em nada.

Peguei a minha mochila e levantei-me sem olha para ela, minha vontade era de azarar com ela, mas me contive porque na hora meu estômago começou a fazer os típicos barulhos esquisitos de fome.

Fiz o caminho mais longo para o Salão Principal, precisava espairecer antes de encontrar com os meus colegas e principalmente com o meu irmão, Jorge, não queria ninguém me fazendo perguntas por causa do meu estado de espírito naquela hora.

Como eu imaginava, o Salão estava cheio de alunos famintos devorando os pratos deliciosos que os elfos domésticos preparavam todos os dias. Num primeiro momento senti muita fome, mas logo em seguida ela desapareceu. O que para mim foi trágico, pois hoje estava sendo servido o frango empanado que eu tanto gostava.

Sentei-me ao lado do meu irmão gêmeo e o vi conversando um tanto nervoso com nossa irmã mais nova, Gina, aparentemente ele estava dando um ataque de ciúmes pra cima dela e desta vez ele não estava enchendo o saco dela, parecia ser de verdade.

- Não quero saber de você andando com aquele cara de novo Gina. – brigava Jorge com ela.

- Eu não estou nem ai para o que você quer ou deixa de querer, a vida é minha eu namoro quem eu bem
quiser.

- Não namora não!

- Jorge, não me faça estuporar você na frente de todo mundo.

Gina pegou as suas coisas e saiu muito irritada do salão. Eu estava rezando para ela continuar ali distraindo o Jorge, que com certeza iria reparar no meu jeito confuso e nervoso a qualquer momento, porque há dias ele andava meio desconfiado de que alguma coisa estava acontecendo. Naturalmente, como meu irmão gêmeo, não existia pessoa no mundo que me conhecesse melhor do que ele. Mas ainda tinha dúvidas. Não me sentia à vontade em falar sobre elas nem para o meu irmão e melhor amigo.

- Ainda nas nuvens? – não tinha reparado que Jorge acabara de se sentar do meu lado no refeitório.

- Nuvens? Só pensando em algumas coisas...

- Que coisas?

- Coisas... Simplesmente coisas. Deixa pra lá, a gente está atrasado para a aula da Minerva.

- E desde quando você se preocupa em chegar às aulas no horário? – Jorge levantou uma sobrancelha,
fazendo uma careta.

- Coisas minhas. – a minha resposta firme encerrou a conversa.

Mas o assunto estava longe de ser encerrado... A aula de transformação provou-se um tormento, e eu desejei ter à mão algumas vomitilhas para sair logo de lá. A minha cabeça estava muito longe das longas explicações de McGonagall sobre o perigo que a transfiguração humana, quando mal feita, poderia causar.

Absorto em meus pensamentos, nem percebi de imediato que eu não era o único nas nuvens. Jorge estava com o olhar em um ponto fixo no quadro negro, mas não o focalizava, parecia que seus olhos atravessavam o quadro e seguiam muito adiante. Apaixonado? Ele rabiscava coisas sem sentido no pergaminho, e olhava distraído para o nada.

Talvez agora eu tivesse mais segurança de compartilhar meus sentimentos com ele. Pelo menos desaparecera o medo de alguma zoação ou algo do tipo.
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Re: [Fic Romance] Problema Duplo - Grifinória

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Capítulo Dois – Revelações
Já fazia duas semanas que o Fred andava muito esquisito. Mal falava comigo, só dava patada e não tinha mais empolgação pra fazer NADA. Sério, eu tava pirando! E para não ficar maluco de vez, resolvi que naquele dia eu ia tirar a limpo aquela estória, queria saber o que estava acontecendo.
A princípio achei que a nossa mãe tinha esculachado ele por alguma coisa, mas a Gina me disse que ela não brigou com o Fred, aliás, ninguém brigava com ele há dias.

Outro dia, peguei-o conversando consigo mesmo no banheiro. Não, eu não estava espiando, simplesmente fui entrar no banheiro e vi o maluco do meu irmão falando com ele mesmo no espelho. Depois disso descobri porque as pessoas nos acham doidos.

Enfim, ouvi ele falando que não agüentava mais ver ela mudando de humor o tempo todo, querendo ser legal com ele e trocando olhares diferentes.

Depois disso eu fechei a porta do banheiro e ri muito da cara daquele ruivo. Se eu soubesse que o meu irmão estava todo esquisito por causa de uma garota, eu não teria ficado tão encucado desde o começo.

Decidi que iria conversar com ele quando surgisse uma oportunidade.

- Fred preciso falar com você. – disse quando o vi sentado em sua cama depois das aulas do segundo turno.

- Agora não Jorge.

- Agora sim! Sério irmão, não agüento mais te ver com essa cara de trasgo com dor de barriga o tempo todo. – falei sentando-me de frente para ele. – Cara, eu sou o seu irmão e melhor amigo.

Vi ele ficar incomodado quando disse que éramos melhores amigos, sabia que a partir daquele momento o
Fred começaria a falar.

- Irmão, eu ando muito confuso.

- Isso eu consegui perceber. Por que você está assim? Não me diga que tem algum rabo de saia envolvido nisso.

Quando falei “rabo de saia” meu irmão ficou mais rígido e os seus olhos se estreitaram. Bingo! Fred estava apaixonado, bastava saber agora por quem.

- Angelina. – Fred mal falou o nome dela em voz alta. – Eu to gostando muito dela.

Angelina? Cara, eu não acredito que o meu gêmeo estava afim dela. Inacreditável. Ele tinha que gostar justo dela? Barbas de Merlim!

Acho que o Fred percebeu que eu fiquei um tempo calado e também que devo ter fechado a cara. Porque ele começou a falar de um jeito bem diferente.

- Falei algo ruim irmão? – indagou Fred.

- Odeio ser seu gêmeo tem horas! Poxa cara, por que tu foi gostar logo da Angelina?

- Não sei Jorge, simplesmente aconteceu.

- Simplesmente aconteceu? – nessa hora eu já estava em pé andando furioso de um lado a outro do dormitório. – É sempre assim Fred, eu começo a gostar de um brinquedo você também quer. Eu gosto de sentar em um lugar específico no sofá, você teima em querer também. Eu começo a gostar de ser batedor, você se inscreve pra jogar também. Eu começo a gostar da Angelina e você também!

Estava furioso, puxei a varinha do meu bolso e comecei a explodir todas as almofadas do dormitório. Voaram penas para todos os lados, deixando o chão completamente encoberto.

- O que? Você gosta da Angelina? – Fred também ficou bravo com a minha revelação, me olhava como se fosse me bater a qualquer momento.

- Gosto dela há muito tempo Fred, mais especificamente, desde quando você a convidou para o baile do Torneio Tribruxo.

- Desculpa mano, mas você nunca me contou, se eu soubesse disso não a teria convidado.

- Quer saber, Fred? Não tô nem ai pra você!

Assim, quase explodindo de raiva, sai do quarto e deixei o meu irmão traidor no dormitório e fui para fora do salão comunal sem rumo algum.
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Capítulo Três – Devastado
Foi estranho para mim, ver o Jorge daquele jeito por causa de uma garota, nós nunca tínhamos brigado por causa disso antes e gostaria que isto nunca tivesse acontecido. Mas agora nós dois mal nos falamos, ele me evita o tempo todo e o pessoal já começou a reparar e fazer perguntas, afinal nós dois sempre fomos inseparáveis aqui em Hogwarts. Pelo menos até agora.

Angelina também estava um pouco distante, ela não tentou mais falar comigo depois daquele dia no pátio, mas sempre que conseguia, me lançava olhares no meio das aulas, nos corredores ou durante as refeições e sempre que ela fazia isso o Jorge de algum jeito percebia e ficava ainda mais furioso. Outro dia na aula de feitiços ele ficou com tanta raiva de ver Angelina sorrindo para um pássaro de papel que eu enfeiticei, que ele fez uma tempestade de raios muito forte aparecer. O professor não conseguiu controlar e tivemos que sair da sala e ele ganhou uma detenção por isso.

- Jorge nós precisamos conversar. – insisti pela milésima vez naquela semana.

- Fred, me deixa em paz.

- Não posso, somos irmãos. – sorri – Além do mais é ridículo você ficar bravo comigo por causa da Angelina.

- Cale a boca Fred! – disse Jorge saindo da Sala Comunal e indo para a nossa próxima aula, eu acho.

Logo que ele saiu, eu peguei uma almofada no sofá e joguei na lareira, fazendo-a queimar imediatamente.

- Você e o Jorge andaram brigando?

Conhecia aquela voz, é a mesma voz que me faz ficar com o estômago gelado e o coração disparado sempre que a escuto. Virei-me, então, para contemplá-la e lá estava ela linda e radiante naquele dia chuvoso.

- Sim, brigamos. – disse sentando no sofá o mais rápido possível para que ela não percebesse a minha cara de bobo que faço quando a vejo de surpresa.

- Posso saber pelo quê? – disse ela sentando ao meu lado.

- Coisas de irmãos... gêmeos.

- Entendo.

Durante vários minutos, nós dois ficamos em silêncio, eu contemplando as minhas mãos e ela olhando para a chuva que tamborilava na janela.

- Fred...

Olhei para Angelina e respirei fundo enquanto ela sorria para mim docemente, seus olhos brilhavam na sala iluminada pela luz que o fogo crepitante na lareira imanava.

Aproximei-me dela ao mesmo tempo em que ela. Ajeitei uma mecha de sua franja atrás de suas orelhas, acariciei a sua face e nos aproximamos ainda mais. Podia sentir sua respiração quente e acelerada e a sua boca roçando na minha.

- Fred, o que você fez com o Jorge?

Eu não acredito nisso! Fala sério Merlin.

- Gina, cai fora!

- Não vou pra lugar nenhum até você me dizer por que o Jorge está numa sala vazia do terceiro andar, atirando todos os feitiços de destruição que ele conhece nas coisas.

Fitei Angelina, que naquele momento já estava do outro lado da Sala Comunal subindo as escadas para o dormitório feminino, na mesma hora senti minhas orelhas queimarem e um desejo repentino de jogar a minha irmã pela janela mais próxima.

- Gina, Nnão sei de nada. – disse levantando-me do sofá.

- Escuta aqui Fred, eu fui lá falar com o Jorge e aquele mané me acertou um feitiço, trancou a porta e depois começou a xingar você e a Angelina. O que está acontecendo aqui?
Respirei fundo e me controlei ao máximo para não enfeitiçá-la também.

- Eu vou lá falar com ele. Mas antes, da próxima vez que me ver com alguém não meta o seu nariz aonde não foi chamada. – e assim sai da Sala Comunal rumo à bendita sala do terceiro andar impedir que o meu irmão detonasse com o andar inteiro e possivelmente com o resto do castelo.

Durante todo o caminho fiquei pensando o que falar com o Jorge para que ele não ficasse mais tão irritado comigo. Quando cheguei em frente a porta da sala onde ele estava, não havia conseguido pensar em nada.
Bati na porta e entrei.

- Jorge, nós precisamos ter uma conversa séria, sem agressões.

Meu irmão quebrou a última carteira que ainda estava intocada, jogando-a do outro lado da sala, mais especificamente, bem na parede próxima da porta. Depois disso, ele se sentou na escada que levava até o escritório do professor, que naquele momento estava abandonada. Ele segurava a varinha em suas mãos e seus olhos estavam fixos no chão. Pela primeira vez em muito tempo, vi Jorge muito triste e chateado por algo que eu havia feito.

Sentei-me ao seu lado um pouco relutante e fixei os meus olhos na chuva lá fora.

- Eu gosto da Angelina irmão e parece que ela também gosta de mim. – disse me preparando para morrer sufocado por ele a qualquer momento.

- Ela me beijou a algumas semanas na sala comunal, era de madrugada acordei e fui sentar-me em frente à lareira e quando cheguei lá Angelina estava no sofá abraçando os joelhos, nós ficamos um tempo em silêncio e por fim nos beijamos.

Uma facada no meu coração. Eu fui traído pelo meu próprio irmão!

- Eu não consigo entender Jorge. Agora a pouco ela quase me beijou, se não fosse pela Gina interromper, teria acontecido. – Levantei-me, chutei um pedaço de perna da carteira que Jorge destruíra. – Você está mentindo pra mim!

- Fred eu to me sentindo enganado também. Irmão pense um pouco, a Angelina está brincando com nós dois e isso é injusto. Somos irmãos e parece que o que ela mais quer é ver a gente lutando por ela.

Eu estava devastado. Não sabia o que fazer, o que falar, o que sentir. Por que Angelina estava fazendo aquilo com Jorge e eu?

Rumei para a porta com um nó na garganta, confuso, arrasado. A garota que eu gostava estava brincando comigo. Sei que posso ser um mané às vezes, um crianção, posso fazer piadas de tudo e todas, mas de uma coisa eu tenho certeza, eu não merecia nada do que ela estava fazendo comigo.
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Re: [Fic Romance] Problema Duplo - Grifinória

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Capítulo Quatro – Sentindo-me a Pior Pessoa do Mundo
Depois de ter quase beijado Fred, eu subi correndo as escadas que levavam ao dormitório feminino na sala comunal da Grifinória. Queria poder sumir dali, poder aparatar na Grécia para bem longe de Hogwarts.

Sentei-me na minha cama abraçando o travesseiro, tentando entender tudo o que estava acontecendo, mas não conseguia entender porque eu estava tão confusa com relação aos Gêmeos Weasley.

Fiquei ali durante muito tempo, quieta no meu cantinho, olhando os pingos da chuva escorregando pela janela, com os pés apoiados na parede e deitada apenas com as costas na cama, ainda abraçando o travesseiro. Lembrei de quando nos conhecemos no Expresso de Hogwarts no primeiro ano, eles sempre foram engraçados e legais de um jeito bastante natural, parecia que fazer bagunça e falar bobagem fazia parte de ser Fred e Jorge Weasley.

Lembrei-me também de como o Fred me convidara para o baile de inverno do Torneio Tribruxo, tenho que admitir que fora um modo bem original.

Eu estava conversando com minha amiga, Alícia Spinnet perto da lareira quando ouvi alguém me chamando, olhei para procurar quem era e vi o Fred sentando em uma mesa junto com Harry Potter, Rony Weasley, Hermione Granger e o seu irmão gêmeo, Jorge.

- Que foi? – perguntei

- Quer ir ao baile comigo?

Lancei um olhar a Fred como se o avaliasse.

- Tudo bem – disse a ele e voltei a conversar com Alícia com um sorriso no rosto que não conseguia conter.

Fiquei sorrindo igual boba depois de me lembrar do baile. Foi divertido eu dancei muito com o Fred, nós conversamos e rimos, acabei dançando com o Jorge também depois que o meu par desmaiou de sono, acho que de tanto beber cerveja amanteigada. Nunca havia me divertido tanto assim com eles.

Eu gostava muito do Fred, ele era brincalhão e muito divertido e gostava do Jorge também pelo mesmo motivo, mas ele era mais gentil, carinhoso, era romântico... Isso fez com que eu me lembrasse da noite que Jorge e eu nos beijamos.

- Oi Angelina. – disse uma voz tranqüila atrás de mim, virei para ver quem era e vi Jorge de pijama com as cores da Grifinória, vermelho e dourado, com cara de quem não estava conseguindo dormir naquela noite.

- Insônia, Jorge? – perguntei.

- Sim, esse negócio do Fred andar estranho nos últimos dias e não falar nada comigo está me deixando nervoso, ele nunca foi assim.

- Bom se quiser, sente-se, fique a vontade. – disse abraçando meus joelhos e olhando para as chamas da lareira.

Jorge sentou-se do meu lado, deixando apenas um palmo de distância ente nós dois. Tentei ao máximo não ficar olhando para ele, nem nos seus cabelos que pareciam ainda mais vermelhos na luz das chamas, ou nos seus olhos brilhantes, ou para sua mão esquerda que escorregara da sua perna e estava vindo na direção das minhas mãos.

Entrelaçamos nossas mãos e trocamos um olhar rápido enquanto ele se aproximava mais de mim e me abraçava, deixando que eu apoiasse minha cabeça no seu ombro enquanto ele afagava meus cabelos encaracolados. Por um longo tempo ficamos ali, juntos, silenciosos, as palavras não eram necessárias.

Não resisti ficar sem olhá-lo e tentar imaginar o que ele estava pensando por muito tempo.

- No que você está pensando? – perguntei.

- Em você, em como fica linda na luz da lareira, em como está cheirosa e o quanto eu gostaria de beijar você agora.

Olhei para ele e o vi esboçar um sorriso maroto no rosto. Aquilo me fez derreter e quando dei por mim estava em seus braços e nos beijando.
Ficamos o resto da madrugada toda ali juntos, conversando muito pouco e nos beijando. Jorge demonstrou ser uma pessoa carinhosa e romântica por de baixo daquela fama de bagunceiro piadista.

- Está amanhecendo, é melhor irmos para os nossos dormitórios. – disse depois de um beijo.

- Posso te dar uma coisa antes?

Fiquei intrigada, o que o Jorge poderia me dar aquela hora?

- Sim. – respondi curiosa.

Ele pegou a varinha e a apontou para um vaso de flor murcha e morta que estava em cima da lareira e com um movimento rápido a flor morta se transformara em uma linda rosa vermelha. Jorge levantou-se, pegou a rosa e estendeu a mão apara que eu ficasse de pé.

- Para você Angelina. – disse ele dando um beijo leve na rosa e depois a entregando a mim.

Sorri enquanto minhas bochechas ficavam vermelhas e ele me dava um último beijo.

- Boa noite. – disse subindo as escadas e entrando no meu dormitório.

Por um bom tempo fiquei ali me deleitando com a lembrança do nosso beijo. Senti-me tão feliz depois do nosso momento. Até eu quase beijar o Fred no mesmo lugar há algumas horas atrás.
Como se tivesse tomado um banho de água fria, sentei-me na cama e me senti a pior pessoa do mundo. Eu era o motivo das brigas dos gêmeos, por minha causa eles não estavam se tratando bem...

Por Merlin, o que eu estou fazendo? Eu gosto dos dois porque são parecidos, têm a mesma aparência física, são legais, brincalhões, divertidos, são gentis, cavalheiros. Mas eu não posso ficar com eles! Eu preciso me decidir de quem gosto realmente e com quem quero ficar, como eu não pude perceber que estou jogando com os sentimentos deles e ainda mais, causando discórdia entre dois irmãos.

- Eu preciso fazer algo. Preciso descobrir de quem eu realmente gosto.

Caminhei até a janela e a abri, agora que a chuva fora embora, algumas pessoas se aventuraram pelos jardins e o pátio, lá longe no campo de quadribol pude ver alguém praticando, olhei mais atentamente e vi que ele estava com um bastão na mão e era ruivo. Um dos gêmeos. Peguei a minha vassoura que estava embaixo da minha cama e corri para o campo na expectativa de conseguir decidir algo sobre os meus sentimentos.
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Capítulo Cinco – Declaração?
Era meio da tarde, a chuva sumira e eu estava montado em uma vassoura no meio do campo de quadribol com um bastão na mão e dois balaços voando perto de mim. A única coisa que eu queria naquele momento ela bater em balaços até meus braços cansarem ou até eu descontar toda a minha frustração neles. Não conseguia me perdoar por ter deixado o meu irmão tão chateado quando lhe contei sobre meu momento com Angelina noites atrás. Vê-lo daquela maneira me deixou ainda mais furioso com aquela garota e com a nossa situação.

- Posso me juntar a você?

Olhei para trás e vi Angelina em sua vassoura Cleansweep 11 segurando o outro bastão nas mãos.

- Oi Angelina. – cumprimentei-a na mesma hora que rebati um balaço com a maior raiva que sentia. Acho que isto a deixou impressionada ou assustada porque ela se afastou alguns metros de mim.

- Olha, Jorge, eu só vim até aqui em desculpar por tudo o que estou causando entre você e o Fred. Estou morrendo por isso, não é justo fazer dois irmãos brigarem, ainda mais por causa de uma garota que tem os sentimentos confusos. – disse Angelina rebatendo outro balaço e fazendo-o entrar em uma das três balizas do gol.

- Graças a você, o Fred não fala mais comigo, toda vez que nos encontramos e tentamos conversar, um quase tem vontade de matar o outro... Muito obrigado por tudo isto Angelina! – rebati um balaço para cem metros longe do campo de quadribol.

Angelina me olhava com os olhos cheios de lágrimas, seu rosto tinha uma mescla de tristeza, chateação e culpa. Senti pena dela. Queria poder abraçá-la.

- Me desculpe. – disse aproximando-me dela.

Angelina abaixou a cabeça e começou a chorar bem na hora que um balaço veio em sua direção, por sorte consegui rebatê-lo e naquele momento achei que já era hora de parar de brincar com eles. Com um aceno da varinha fiz os balaços irem para o baú de bolas de quadribol.
Olhei para ela que ainda chorava, guiei a minha vassoura até Angelina e a abracei.

- Me desculpe! Eu não queria descontar a minha raiva em você. Estou assim por causa da minha situação com o Fred, sinto falta do meu irmão... - fiquei em silêncio tentando encontrar as palavras certas. - Não tenho raiva de você, muito pelo contrário.

Ela enxugou as lágrimas e olhou para mim com seus olhos castanhos com um leve toque de mel. Não resisti mais uma vez e ajudei-a a se livrar das lágrimas oferecendo o que eu tinha de melhor no momento, a manga da minha blusa de moletom. Ela sorriu e eu tirei sua franja dos olhos.

- Não queria ser motivo de discórdia entre os gêmeos Weasley.

- Não vai ser por muito tempo. – disse abraçando-a novamente.

Senti-la em meus braços era um êxtase maravilhoso, aquele simples gesto bastava para eu me sentir a pessoa mais feliz do mundo, fazia com que eu me esquecesse dos problemas de gêmeos brigando pela mesma garota.

- Queria poder te ter Angelina. Para sempre.

Ela me abraçou mais forte e depois me olhou com as lágrimas ainda querendo escapar de seus olhos.

- É melhor eu ir embora. – ela disse com relutância.

Olhamos-nos carinhosamente mais uma vez e depois ela me deu as costas voando para fora do campo de quadribol.

Dei espaço a ela e alguns minutos depois pousei no campo.
Pensei que ia conseguir espairecer voando um pouco, porém o efeito foi o contrário. A vinda da Angelina me deixou ainda mais confuso. Bateu uma saudade do meu irmão agora, gostaria de poder desabafar tudo o que estava passando pela minha cabeça, pois Fred sempre foi o meu melhor amigo e confidente.

Por que as coisas não podem ser mais simples? Por quê?

Meus pés me levavam automaticamente para o caminho tão conhecido, se fosse depender da minha concentração, já estaria perdido há muito tempo. Falei a senha automaticamente e no segundo seguinte me encontrava na sala comunal. Fred estava sentado em uma poltrona perto da lareira, brincando distraidamente com a varinha. Sentei na poltrona ao lado, mas ele não tirou os olhos das faíscas que a sua varinha estava produzindo.

- Fred, a gente precisa conversar.

- Conversar o que?

- Eu estou me sentindo mal por ter brigado com você.

Fred não falou nada, e começou a encarar os joelhos. Dava para ver que ele também não estava feliz com a situação toda. Tinha uma pontinha de mágoa clara nos olhos dele. Abri a boca para falar alguma coisa, mas fui interrompido.

- Olha só para vocês dois! Vocês são homens ou o quê? – Gina tinha chegado perto de onde estávamos batendo o pé e parecendo impaciente.

- Hã... Oi Gina. Do que você está falando? – Fred parecia estupefato.

- Da Angelina, é claro. Vocês vão ficar aí cheio de frescuras e brigas a vida toda? Ou vão tomar alguma atitude?

- Atitude? – eu estava com medo de onde Gina queria chegar.

- Se declarem para ela, oras! Ela tem que se decidir com quem ficar... Então vamos ver quem consegue conquistar ela melhor!

Eu e Fred nos encaramos. E agora? Eu estaria competindo com meu próprio irmão por uma garota!
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Re: [Fic Romance] Problema Duplo - Grifinória

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Capítulo Seis – Aposta!
Meus irmãos são muito bobos mesmo. Quem vê nem pensa! Campeões de brincadeiras e logros, ninguém imagina que eles podem desabar... por uma garota! Pior ainda, os dois foram logo gostar da mesma garota!

Não dá pra continuar assim, os dois têm que se decidir e parar com essa briga. Se dependesse deles mesmos, iam ficar pra sempre no dilema. Eu tinha que dar um empurrão, se não eles não iam fazer nada. Por qual dos dois o coração de Angelina batia mais forte? A gente ia descobrir vendo...

Voltei para onde estava sentada antes, acompanhada de Alícia.

- Então? Como foi? – perguntou Alícia.

- Parece que enfim eles vão se mexer. Quem você acha que faz mais o tipo da Angelina?

- Ah! essa é difícil. Mas eu acho que o Jorge, ele é mais romântico, mais atencioso, parece. O Fred é mais descolado e brincalhão. Quer dizer, brincalhão os dois são o tempo todo, mas você entendeu o meu ponto.

Fiquei pensativa por um momento depois do que Alícia me dissera. Nunca tinha reparado nos meus irmãos como ela acabara de descrevê-los. Aquilo havia me dado uma idéia.

- Vamos apostar? – disse com um ar maroto.

- Apostar? Como assim Gina? – Alícia olhava para mim incrédula, não acreditava que eu estava fazendo apostas sobre a vida amorosa dos meus irmãos.

- Ah, só de brincadeira! Eu aposto cinco galeões no Fred.

- Você está falando sério? Ok, então, cinco galeões no Jorge!

Nós duas caímos na gargalhada depois que fizemos a aposta. Sim, era cruel apostarmos sobre a vida amorosa de uma pessoa, mas pense bem, estávamos apostando sobre Fred e Jorge Weasley os caras mais descolados da atual Hogwarts, os caras que não se deixam abalar por nada e que de repente resolvem disputar a mesma garota. Eu tinha que apostar quem ia sair ganhando!

**

Não ouvia nada do que Flitwick falava sobre feitiços de confundir, pois estava rabiscando o canto do meu pergaminho pensando em algo para mandar para Angelina, queria que fosse algo romântico, mas sem ficar forçado, alguma coisa que mostrasse como eu, Jorge, me importava com ela. Olhei para meu lado e vi meu irmão, Fred, não estava escrevendo nada sobre a aula, mas parecia pensativo.

Queria fazer alguma coisa simples, mas ao mesmo tempo, que algo que a impressionasse. Sabia que Angelina não gostava de coisas muito espalhafatosas, e eu também não. Mas nunca tinha lidado com isso antes, ainda estava meio atrapalhado. Lembrava daquela tarde no campo de quadribol, simplesmente não sabia direito o que fazer; lembrei-me também da noite em que nos beijamos na sala comunal, eu dei uma rosa para ela! Uma coisa simples e bonita... E ela gostou.

O próximo sábado era dia de visita a Hogsmeade, seria uma oportunidade perfeita para fazer alguma coisa e falar alguma coisa para ela. Já tinha em mente o que fazer.
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Rita Skeeter
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Capítulo Sete – Hogsmeade
Era manhã de sábado, fria e os raios de sol brilhavam fracamente, iluminando a neve que caíra durante a noite deixando os jardins de Hogwarts coberto por uma fina camada branca.

Levantei-me e fui direto colocar roupas quentes, depois peguei um papel e uma caneta e sai silenciosamente do quarto, afinal Fred ainda estava dormindo e eu não queria correr o risco de acordá-lo.
Aquele seria um dia decisivo, tinha certeza!

E assim sai do dormitório deixando meu irmão e mais alguns garotos em seus sonos de beleza.

**

Quando acordei não vi o Jorge na cama que ficava ao meu lado. Fiquei deitado na por um bom tempo pensando muito no que estava acontecendo ultimamente. Eu amava o meu irmão e só queria a felicidade dele e se para isto acontecer ele tinha que ficar com a Angelina então eu teria que aceitar, com um aperto no peito, mas teria que aceitar.

Levantei, mudei de roupa e fui para o Salão Principal tomar café da manhã. Quando entrei fui direto para a mesa da Grifinória e sentei-me perto da minha irmã, Gina, que estava sentada ao lado de Alícia, que por sua vez estava sentada ao lado de Angelina. Que ótimo! Não falei nada com ninguém, apenas comi minhas panquecas em silêncio, até que o correio chegou e quebrou toda a calmaria.

Olhei para cima por hábito e também para conferir se minha mãe havia me mandado algo. Mas algo prendeu a minha atenção. Uma coruja branca vinha trazendo alguma coisa vermelha no bico. Esperei ela pousar e ver o que era.

- Olha não é a coruja do Harry trazendo uma rosa vermelha? – perguntou Gina para as meninas.

Realmente era a coruja do Harry, ninguém mais ali tinha uma coruja branca. Fiquei com o estômago gelado quando ela pousou na frente de Angelina e colocou a rosa no prato vazio dela.

- Angelina, o Harry te mandou uma rosa? – Gina estava muito desconcertada. Será que ela gostava do Harry?

- Acho que não, Gina. – disse Angelina rindo.

Angelina, então, pegou um bilhete que estava preso na pata de Edwiges e começou a lê-lo em voz alta para as meninas.

“É que preciso dizer que eu te amo; Te ganhar ou perder sem engano; É que preciso dizer que eu te amo tanto!”

Quer sair comigo hoje Angelina?

J.W.


Meu coração começou a bater mais rápido que o tambor de uma bateria de uma banda de rock. Meu estômago estava gelado e eu suava frio.

Jorge havia se declarado para Angelina e pelo brilho no olhar dela parecia que o amor era recíproco. Não havia nada que eu pudesse fazer quanto a isso.

Levantei-me num salto e sai do salão o mais rápido que pude.

- Fred espera!

Alguém me chamou, mas eu não queria saber quem era, queria sumir dali.

Corri para a porta de entrada e trombei com Jorge que também corria do frio.

- Jorge, como pôde?

- Como pude o quê?

- Não se faça de tolo! – gritei com toda a raiva que sentia. – Eu ouvi Angelina lendo a sua declaração de amor.

Jorge parecia ter ficado congelado, porque suas bochechas começaram a ter um tom mais arroxeado.

- Des... Desculpe Fred, mas eu amo Angelina e eu sei que ela gosta de mim, assim como provavelmente também gosta de você, mas no final ela vai ter que escolher um de nós dois e eu tinha que por um basta nisso tudo. Eu não agüento mais ficar brigando com o meu irmão por causa de uma garota. Eu não agüento mais te ver triste com isso tudo! Eu fiz tudo isso porque eu te amo meu irmão!

- Jorge, me deixa em paz .

Sai do castelo com um nó na garganta e meus olhos ardendo. Eu só queria ficar bem longe deles.

Cheguei em Hogsmeade e fui direto ao Três Vassouras, precisava me acalmar de um jeito ou de outro e iria escolher o modo mais idiota. Bebida.

- O que vai querer, querido? – perguntou-me Madame Rosmerta.

- Vou querer um Uísque de Fogo Ogden.

Madame Rosmerta me olhou de modo intrigado, mas resolveu não fazer nenhum tipo de pergunta, apenas foi buscar o que pedi no bar e instantes depois eu estava apreciando a minha bebida.
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Capítulo Oito – Pega de Surpresa
Acordei naquela manhã com uma certeza de que tudo iria se resolver e que os gêmeos não mais precisariam ficar brigando entre si.

Demorei um pouco para me arrumar, afinal hoje o passeio a Hogsmeade estava liberado aos alunos que possuíam a permissão. E eu queria muito aproveitar o dia e espairecer um pouco.

Algum tempo depois, desci as escadas do dormitório e vi Gina e Alícia conversando na Sala Comunal. Fiquei intrigada, afinal as duas nunca foram de se falar muito.

- Bom dia meninas. – disse sentando-me ao lado delas.

- Bom dia Angelina. – responderam.

- Vocês vão a Hogsmeade hoje?

- Eu vou, tenho um encontro com o Dino Tomas. – disse Gina.

- Acho que não vou poder ir Angelina, tenho muitos trabalhos para entregar na próxima semana. – Alícia parecia triste com a idéia de ficar estudando o resto do dia.

Ficamos em silêncio, confesso que era um tanto constrangedor não saber o que dizer à minha melhor amiga, mas acho que fiquei inibida por causa da presença da Gina, irmã dos gêmeos. Não queria dizer nada na frente dela que pudesse causar um briga maior entre os irmãos.

- Meninas, vamos tomar café? Acordei com muita fome hoje. – disse Gina.

Nós três nos levantamos e fomos para o Salão Principal conversando sobre os gêmeos no caminho. Quando me sentei para tomar café procurei por alguém, mas não o vi. Suspirei e comecei a comer as minhas panquecas.

Gina e Alícia conversavam arduamente sobre quadribol, tipos de jogadas e sobre os times profissionais. Confesso que teria adorado fazer parte da conversa se não estivesse com a cabeça tão cheia de Weasley.

De repente todo o salão começou a fazer um alvoroço e um barulho inquietante encheu o lugar. Olhei para cima e vi que era hora do correio coruja. Reparei em uma coruja branca, que julguei ser do Harry, entrando no salão carregando alguma coisa vermelha no bico. Será que ela estava machucada? Olhei para os lados tentando avistar o Potter, mas ele e nem os seus amigos, Rony e Hermione, estavam lá aquela manhã.

- Angelina, o Harry te mandou uma rosa? – perguntou Gina um pouco nervosa.
Olhei para o prato vazio onde a pouco estavam as minhas panquecas e vi uma rosa vermelha e a coruja branca do Harry, Edwiges, parada na minha frente estendendo a pata para mim.

- Acho que não Gina, afinal por que o Harry mandaria uma rosa para Angelina? – indagou Alícia. – Angel, tem um bilhete.

Peguei o bilhete e dei uns pedacinhos de panqueca que peguei do prato de Alícia, para Edwiges que piou me agradecendo.

- O que está escrito? – perguntou Gina.

Então eu o li para as meninas. Quando meus olhos leram as palavras escrita naquele pergaminho, meu coração disparou e minha respiração ficou mais acelerada. Jorge Weasley estava se declarando para mim e me chamando para sair!

Eu não sabia o que dizer. Mas tudo acabara de ficar mais claro para mim naquele momento. Eu o amava também. Eu o amava? Sim eu amava o Jorge desde o princípio!

E o Fred?

Eu amava o Fred, mas um amor de amigos, eu amava as suas brincadeiras, suas idéias geniais para criar poções ou pastilhas que ajudavam os alunos a matarem aula. O Fred era meu amigo e nada mais.

Agora eu só tinha duas coisas a fazer, conversar sobre a confusão maluca que eu fiz sobre os meus sentimentos por ele e depois Jorge e eu ficaríamos juntos.

- Acho que o Fred ouviu o que você leu Angelina. – disse Alícia.

Procurei por Fred e o vi andando o mais rápido possível para fora do salão. Imediatamente soube que eu deveria ir atrás dele e tentar resolver tudo.

- Fred espera! – gritei levantando-me da mesa e indo atrás dele.

Ele não me olhou, apenas continuou andando a passos rápidos enquanto eu saia correndo atrás dele.

Corri o mais rápido que pude, sentindo um alívio que há tempos não sentia, mas senti também que se não o alcançasse, algo ruim poderia acontecer. Quando cheguei à porta de entrada do castelo vi os gêmeos discutindo. Fred parecia furioso e Jorge calmo demais.

- Des... Desculpe Fred, mas eu amo Angelina e eu sei que ela gosta de mim assim como provavelmente também gosta de você, mas no final ela vai ter que escolher um de nós dois e eu tinha que pôr um basta nisso tudo. Eu não agüento mais ficar brigando com o meu irmão por causa de uma garota. Eu não agüento mais te ver triste com isso tudo! Eu fiz tudo isso porque eu te amo meu irmão!

-Jorge, me deixa em paz . – disse Fred saindo do castelo e se misturando a multidão que ia para Hogsmeade.

- Fred! – gritei o mais alto que meus pulmões permitiam, mas era tarde demais, ele já estava muito longe.

Fiquei ali parada estática sem saber o que fazer, estava tão perturbada e a minha visão estava começando a embaçar por causa das lágrimas que não vi Jorge se aproximando de mim.

- Ele vai ficar bem. – disse Jorge, me abraçando quando percebeu que eu chorava.

- Não enquanto não resolvermos isto. Eu o magoei, não deveria ter lido o seu bilhete em voz alta.

- Você já recebeu? – ele perguntou.

- Acabei de ler. - disse me afastando um pouco para olhá-lo, eu sorria e naquele momento senti as minhas bochechas queimarem e tinha certeza que eu estava ficando vermelha.

Jorge me olhou e sorriu também, ele não precisava que eu dissesse nada, já havia entendido tudo.

- Eu te amo. – sussurrei um segundo antes de nossos lábios se tocarem.

Meu coração estava disparado e eu sentia um frio na barriga muito agradável. Esperava por aquilo há muito tempo e a meu ver, Jorge também, pois me beijava como quem estava feliz por aquele momento
finalmente ter chegado.

- Finalmente juntos. – sussurrou Jorge em meu ouvido e me abraçando.

Eu sorri e logo depois meu olhar tornou-se preocupado e meu corpo ficou rígido.

- Aconteceu alguma coisa Angelina?

- Precisamos encontrar o Fred. Não quero que ele faça nenhuma besteira.

- Quem vai fazer alguma besteira? – perguntou Alícia aproximando-se de nós, acompanhada de Gina.

- Fred saiu correndo, acho que foi para o vilarejo e nós precisamos encontrá-lo.

- Posso ajudar se vocês quiserem.

- Claro Alícia. Vamos.

- Isso me lembra uma coisa. Gina, você me deve 5 galeões! – disse Alícia, de modo triunfante.

- Do que você está falando? – perguntou Jorge, intrigado.

Gina começou a rir, e eu também olhei para ela com a sobrancelha levantada.

- Deixa pra lá, coisas de uma aposta... – Gina piscou um olho para Alícia, mas ao mesmo tempo olhava para ela meio desanimada, talvez pelos galeões, que sabe-se lá de onde surgiram - Vamos para o vilarejo!

E assim Jorge, Alícia, Gina e eu saímos do castelo em direção a Hogsmeade, para procurar por Fred.
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