[Fic Comédia] O Sonho - Corvinal

Entre no armário com a Rita e...descubra o que ela está aprontando!

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Rita Skeeter
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[Fic Comédia] O Sonho - Corvinal

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Autores: Ohanna (Alice Bennet); Beta: Morgana Black
Ship: Voldemort/Trelawney

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O salão de festas estava todo decorado com bandeiras com cores verdes e prateadas. Um sofisticado sistema de som trouxa - com direito a mesa apropriada - e demais instrumentos para o DJ da festa estavam posicionados no fundo do salão. Alguns comensais já estavam dançando ao som d'As Esquisitonas e ansiavam a chegada dos convidados de honra da festa, visivelmente atrasados.

Aquela não seria uma festa qualquer: era a apresentação social de Voldemort e sua companheira de dança trouxa, Sibila Trelawney. Ela havia deixado a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, onde lecionava Adivinhação, para se juntar artisticamente ao Lorde das Trevas e mostrarem ao mundo, juntos, o poder da dança deles.

Um rebuliço anunciou a chegada do mais famoso DJ entre os Comensais da Morte: Draco Malfoy. Os convidados abriam espaço para ele caminhar direta e aristocraticamente à sua mesa, como só um puro-sangue sabe fazer. Pegou algo que ele chamou de “MP5”, fazendo alguns rápidos testes de som com ele e então anunciou:

-Esta é uma noite muito especial para todos e eu irei ter a grande honra de oferecer a trilha sonora para este momento. Primeiramente, vou lhes dar o prazer de assistir a um legítimo tango de nossos desprezíveis irmãos trouxas da America Latina. Com vocês, nossos dois maiores Comensais da Morte e dançarinos de muito talento... – Draco praticamente se contorcia para conter as gargalhadas - Bellatriz Lestrange e Severo Snape.

A dupla exalava todo o seu charme sonserino com suas vestimentas tão cheias de detalhes elegantes, que faria Madame Malkins queimar sua loja e implorar para ser a serva eterna dos Comensais (mesmo que fosse para remendar as meias furadas de Rabicho): Bella estava usando uma saia longa com um profundo e insinuante rasgo e uma blusa justa com um decote muito acentuado e sensual, juntamente com uma meia calça de renda preta, tendo seus cabelos mais negros do que a mais escura noite sombria arranjados em um mui sofisticado coque, preso com uma grande e robusta flor, tudo de um vermelho muito vivo. Já seu companheiro vestia uma camisa de seda verde-bandeira e calça afuniladas, acompanhado de um chapéu creme com detalhes de cobra em esmeralda, que sibilavam conforme o ritmo da melodia.

Uma dupla garbosa, há de se concluir!
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Rita Skeeter
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Re: [Fic Comédia] O Sonho - Corvinal

Post by Rita Skeeter »

Palmas frenéticas tomaram conta daquele salão, aclamando o poderoso casal de Comensais. Agradecendo com leves acenos de mão (nem mesmo a Miss Magia daquele ano possuía a graça e encanto de Severo Snape), os dois se postaram no centro do salão à espera da música, fazendo um gesto imperioso para que Draco executasse-a (ou Bellatriz gentilmente executaria o amado sobrinho):

- Com vocês, Bellatriz e Severo dançando ao som de La Cumparcita - ou algo parecido com isso.

Assim que terminou de falar, Draco fez com que a música começasse. O casal fazia os mais complexos e delicados passos que a platéia já havia visto, mas nada que se comparasse à troca de olhares entre os dois, já que Severo e Bellatriz estavam falando muito baixinho, trocando olhares de intensa aversão.

- Ora ora Snape, não imaginei que algum dia fosse te ver dançar assim. Fizestes isso com aquela trouxa que implorastes tanto para que o Lorde das Trevas salvasse?

Snape parecia mais irritado do que um hipogrifo com as penas encravadas. Deu um giro, apertando a mão de Bella com força:

- Isso não te diz respeito, mas não, nunca dancei com Lily – ela preferia Madonna, e eu me recusei a dançar algo com o nome de ”Material Girl” com ela, o maldito Potter que o fizesse! – mas se eu tivesse convencido Lily a dançar tango, aposto que teria sido muito melhor que isso. Alguém já disse que você está parecendo um trasgo com roupas de festa? Só cuidado para não tropeçar nos teus pés e acabar matando algum inocente por isso. Eles não tem culpa por não teres talento!

-Falou o grande senhor da dança! – falou Bellatriz, ironizando com sua voz infantil.

- Agradeço por você achar isso de mim, Bella, sua opinião deve ser considerada, é claro. Você também é muito importante para mim. - Snape sussurrou amavelmente - Você é como o gnomo do meu jardim, adoravelmente inútil e irritante!

-Nossa, Sevzinho, assim você me deixa até emocionada, sabia? Suas palavras me tocaram tanto que eu até me inspirei para dizer-lhe umas palavrinhas. Para mim você é como a eletricidade para os bruxos e o Quadribol para um trouxa.

Ah, aquela provocação havia sido a gota que faltava para fazer transbordar a poção de desprezo que borbulhava no coração negro do professor de Hogwarts!

A dança estava quase na metade e eles continuaram a dançar com muita intensidade e com olhares de puro ódio enquanto mostravam sorrisos assassinos um ao outro, mais letais do que uma Avada Kedavra proferida pelo Lorde Negro. Os Comensais da Morte estavam espremidos contra as paredes, aparentemente receosos do que pudesse acontecer com quem ficasse perto daqueles dois.

Quando a música parou, a expressão de alívio foi geral e Draco parecia o único que não estava ligando para aquilo, absorto apenas na sua mesa de som e no seu MP5 – seria aquilo algum artefato das trevas que o lindo e loiro mini-comensal tinha conseguido por meios ilícitos?

Enquanto eram aplaudidos pelos demais, todos viram Bellatriz e Severo se apontarem as varinhas e se posicionarem para um aparente duelo, mas Draco parecia estar preparado para aquilo e foi rapidamente mexer no seu aparelho para colocar a música certa. Quando voltaram suas atenções para o casal de dançarinos, viram que os olhos de Snape estavam desfocados e que Bellatriz falava alguma coisa em sussurros no ouvido dele. Fazendo um rápido aceno para Draco, Bellatriz tornou a falar:

-Isso é um presente para todos aqueles que algum dia já tiveram vontade de se vingar de Severo Snape por todos aqueles anos que ele passou no conforto em Hogwarts, enquanto nós vivíamos soterrados em Azkaban ou espalhados por aí. Eu e Draco resolvemos montar um presente para vocês enquanto esperam o Lorde das Trevas. Manda ver, Draco!
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Re: [Fic Comédia] O Sonho - Corvinal

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Bellatriz foi se afastando enquanto aplaudia um estático Snape, seguida pelos demais Comensais, visivelmente confusos, mas sem coragem para não segui-la. Quando a música começou todos estava rindo, rindo muito: Severo Snape estava fazendo passos no mínimo ridículos, ao som de algo que ficava repetindo “It's fun to stay at the Y-M-C-A” durante o refrão. Snape estava requebrando muito e parecia ter decorado aquela coreografia, embora todos soubessem que aquilo era resultado de uma magia muito bem sucedida de Bellatriz – abençoados fossem os momentos em que ficou praticando a maldição Imperius em trouxas desavisados. Risos pareciam ter tomado conta daquele lugar e os que conseguiam se controlar um pouco para falar não paravam de elogiá-la por aquele feito. Salazar Slytherin sentiria orgulho por ter uma tão dedicada discípula provinda de sua casa, ah com certeza sentiria!

Como diriam os trouxas, Snape parecia ter “saído do armário” e dançava de um jeito tão idêntico à coreografia original que mais ninguém conseguia se manter sério, nem mesmo Bellatriz. Aquele que tanto demonstrava ser uma pessoa séria e disciplinada, que nunca fazia brincadeiras ou abria um pequeno e rápido sorriso, agora dançava de maneira entusiasmada e parecia nem notar os demais presentes na sala.

Snape parecia ir dançando conforme o ritmo da música, pois quando Draco dava uma agilizada ou deixava ela mais lenta, ele fazia a coreografia seguindo a marcação dela.

E então Voldemort chegou e todos pararam de rir abruptamente, reverenciando-no.

Ele ficou dando voltas pelo salão, observando todos com seu olhar avaliativo e, aparentemente, lendo a mente dos presentes para descobrir a origem daquilo ou para definir possíveis castigados – em suma, divertindo-de da sua maneira favorita. Com a sua presença, Draco parou a música abruptamente e Voldemort agora retornava sua atenção para Snape, livrando-o do feitiço que o obrigava a dançar daquele jeito. Sem ficar concentrado em apenas um dos presentes, ele abriu um dos seus sorrisos mais maldosos:

-Primeiramente devo agradecer ao nosso DJ Draco por esta bela mixagem e à nossa querida Bellatriz por esta deliciosa apresentação. Admito que foi um pouco engraçado e, de certa forma, surpreendente ter visto nosso professor de Poções dançando desta forma, até pareceu ter dado uma “purpurinada” no ambiente e descontraído vocês. Foi muito divertido, mas vocês já deviam estar cientes de que eu não iria tolerar uma coisa destas. Sei que muitos de vocês não ficaram felizes com o retorno de Severo Snape para o nosso círculo de amigos, mas tenho a obrigação de informar-lhes que quem decide as coisas por aqui sou eu, somente eu e mais ninguém. Quem decide a quem castigar sou eu e vocês jamais deveriam ter feito esta brincadeira - principalmente sem a minha presença, afinal essa nem é a minha música favorita do Village People.

Voldemort abriu um sorriso meio amarelado e os demais Comensais se olharam aparentemente confusos por não saber se deviam rir ou não, com receio de quais seriam os próximos castigados daquela noite.

- Nada mais justo que Snape também possa ter a sua chance de retribuir a diversão que involuntariamente ele ofereceu a todos vocês, mas temo que esta vingancinha particular terá de esperar um pouco, pois não quero deixar a minha dama esperando muito. Muitos de vocês devem tê-la conhecido como a esquisita professora de Adivinhação, mas ela está muito diferente e com um simples feitiço de confundir (ora, não sejam dissimulados, todos sabem que um casamento só sobrevive com um pouco de confusão do parceiro!) e algumas poçõezinhas de beleza, ela se tornou uma senhora muito desejável.

Virando-se para a porta e fazendo um aceno para que os comensais dessem passagem, todos viram uma Sibila Trelawney toda sofisticada e sem aqueles horrorosos e estranhos óculos de grau surgir. Ela realmente parecia uma dama das “mais refinadas” e todos concordaram que ela estava “à altura de Voldemort” - embora o próprio Lorde não tivesse compreendido a ironia daquela afirmação. Sibila vestia um longo e esvoaçante vestido rosa-choque (que faria Dolores Umbridge sapatear em cima da foto de Cornélio Fudge de tanta inveja que lhe causaria) e seu cabelo cacheado estava preso em um coque solto com alguns cachos lhe caindo no rosto.
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Re: [Fic Comédia] O Sonho - Corvinal

Post by Rita Skeeter »

Ela veio em direção ao Lorde das Trevas, que delicadamente lhe ofereceu a mão para conduzi-la ao centro do salão. Todos ficaram admirando o casal por alguns instantes e fizeram alguns comentários sussurrantes, mas logo foram interrompidos por Voldemort que tornou a falar:

-Baseado no que aconteceu há pouco, decidi que farei uma competição de dança entre duas duplas. Uma delas será composta por mim, seu magnânimo mestre, e Sibila, como vocês devem já ter suposto. A outra será organizada por Snape, que terá o direito de escolher o casal. Qual será sua escolha, Severo Snape?

- Eu escolho que Bellatriz e Crabbe formem a dupla! – falou Snape com expressão de triunfo.

Os escolhidos lançaram um olhar suplicante ao Lorde das Trevas, mas perceberam que não havia escolha, encarando Snape com a mais pura raiva de um Comensal, e se postaram frente a Voldemort.

-Lorde Negro, tenho a sua permissão para algo? - Os olhos negros de Severo Snape brilhavam em antecipação, como uma criança prestes a estourar bombas de bosta na ceia de Natal familiar.

-Surpreenda-me, Severo. - O Lorde anuiu, com toda a classe que possuía.

Severo fez uma mesura ante o Lorde em agradecimento, e com um floreio elegante da varinha transfigurou as vestes de Bella e Crabbe: o homem usava um vestido feminino para bailes e Bellatriz... oh, Bellatriz usava um terno de veludo azul-royal que fez Narcisa Malfoy entrar em uma crise histérica de horror.

- Meu lorde, por favor... - Bellatriz começou a suplicar, ajoelhando-se em frente ao ser supremo da maldade, implorando pela honra de sua reputação como Comensal da Morte mais maléfica.

Voldemort fez um sinal para que Bellatriz se calasse e falou:

- Eu avisei que a única coisa que sucederia a minha entrada neste salão seria uma apresentação de tango (tudo para agradar a minha querida Sibila, é claro!), mas ao invés disso você escolheu ofertar os demais presentes com uma apresentação solo do Severo Snape. Juro que terei pesadelos pelo resto de minha vida eterna - nem mesmo encontrar Dumbledore no Karaokê cantando “Dancing Queen” me fez tão mal! Nada mais justo que agora você esteja assim e irá dançar admiravelmente bem e comandar a tua “parceira”.

- Claro, Milorde, tens razão. - Bella reuniu o resto de dignidade que possuía e limpou a poeira que cobria os joelhos de sua calça.

Bellatriz lançou um último olhar a Snape e posicionou-se com Crabbe. Voldemort fez um sinal para que Draco soltasse a valsa e eles começaram a dançar. Voldemort e Sibila dançavam com certa graciosidade, enquanto a outra dupla, que mais parecia ser composta por diabretes da Cornualha enlouquecidos, que viviam errando o passo ou pisando no pé um do outro.

Todos, sem a menor sombra de dúvida, sabiam qual era a melhor dupla, mas ninguém precisou escolher o vencedor. Tropeçando na longa saia de seu vestido, Crabbe fugira do salão após começar a lançar uma seqüência nada aromática de flatus nos primeiros minutos de dança. Como se fosse possível, Bellatriz encarou Snape ainda com mais raiva que antes

E então a cena mudou.

Sibila estava sentada ao lado de Voldemort na Mansão dos Riddle e ele fazia massagem nos pés dela. A frieira e as bolhas nos pés dela se tornaram visíveis, mas ele continuou como se aquilo não existisse. Qualquer coisa vinda da querida Sibila não lhe era desagradável, com certeza sua poção do amor teria esse “aroma”.

- Sibilinha, meu amor, eu quero que você saiba que és as almas das minhas Horcruxes e a serpente com que sonho todas as noites. Quero que sejas a dama para este Lorde solitário e indefeso. Aceitas ser minha amada amante e passar o resto dos teus dias ao meu lado?

- Claro que sim, meu Voldiezinho, este é a maior vontade desta alma intacta.

Os dois se olharam de forma muito intensa e foram se aproximando para um beijo, mas então Sibila acordou com o barulho incessante do despertador. Ela estava no seu quarto em Hogwarts e dali 30 minutos teria aula com alunos do 5º ano.

Tudo aquilo não passara de um sonho. Ou talvez uma premonição.

Mas ela tinha apenas uma certeza:

- Nunca mais irei tomar garrafas de Xerez antes de dormir!

Fim.
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Lana Li
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Re: [Fic Comédia] O Sonho - Corvinal

Post by Lana Li »

Excelente HAHAHAH a melhor parte é a do snape, claro!
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Re: [Fic Comédia] O Sonho - Corvinal

Post by Tish Apolo »

uia.. adorei ... o povo anda melhorando... ou sera q eu q fiquei muito tempo longe? T.T
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