[Fic Comédia] Tango da Morte - Grifinória

Entre no armário com a Rita e...descubra o que ela está aprontando!

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[Fic Comédia] Tango da Morte - Grifinória

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Sinopse: Voldemort resolve fazer uma Convenção Internacional de Comensais da Morte. Mas, para que tudo fosse um sucesso, a festa precisava de algo a mais!

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Capítulo Um - Quero Aprender a Dançar Tango
- Você deve achar estranho o título, não é? Mas é exatamente isto que você acabou de ler, Convenção Internacional de Comensais da Morte! Nós comensais também temos o direito de nos reunir e trocar idéias sobre magias e maldições, também temos uma barraquinha sobre design de máscaras que é muito legal...

- Rabicho?!

- Sim?

- Cala a Boca!

- Sim mestre, perdoe-me. Se quiser eu me arrasto no chão e beijos seus pés, faço massagem, te dou um banho naquela banheira mágica legal que o senhor acabou de comprar.

- Você tá me tirando do sério... - Voldemort tirou a sua varinha do bolso olhou maldosamente para Rabicho e... – Crucio! – amaldiçoou o cara (que novidade).

Voldemort estava amando ver aquele homem se contorcendo no chão, gritando de dor enquanto tentava pedir perdão ao seu mestre.

Enquanto Rabicho era torturado sem nenhuma piedade, alguém abriu a porta da sala onde eles estavam e caminhou até o Lord a passos pesados e sérios.

- Meu senhor deixe este homem em paz, não adiantar torturar, amaldiçoar e enfeitiçar o Pettigrew, ele nunca vai aprender.

O Lord das Trevas olhou para o recém chegado estudando-o dos pés a cabeça, por fim suspirou e retirou o encantamento do homem aos seus pés.

- O que você quer Severo?

- O senhor mandou me chamar para falarmos sobre a convenção – Snape olhou para Rabicho e prosseguiu. – Você esqueceu milord?

- Claro que não. – disse Voldemort tentando disfarçar. – Rabicho sai.

Com outro movimento da varinha, Pedro Pettigrew saiu voando da sala deixando Voldemort e Snape a sós.
Snape sentou-se em uma poltrona perto da lareira, que estava apagada, afinal era Julho – verão- se ela estivesse ligada todos ali já tinham derretido de calor.

- Milord o senhor não está sendo um pouco imprudente querendo fazer a convenção de comensais da morte numa época tão... preocupante?

- O que há de preocupante nesta época? Se você se refere a Harry Potter, então não temos com que nos preocupar. Afinal o que uma criança de 14 anos pode fazer contra mim? – disse Voldemort sentando-se no puff ao lado de Snape e abrindo uma caixa de feijõezinhos de todos os sabores.

Snape olhou incrédulo para Voldemort, queria saber o que estava acontecendo com o senhor das trevas, do nada ele resolveu comer feijõezinhos de todos os sabores e se sentar em puffs.

Voldemort olhou para seu servo e logo entendeu o olhar confuso de Severo.

- Estou com o nervo ciático inflamado e a única solução é esse puff e eu também gosto de doces tá. – Voldemort fechou a cara e começou a comer vários doces de uma única vez.

- Tudo bem... – Snape fez uma cara do tipo “era só o que faltava” e voltou a falar. – Senhor precisamos de um número de abertura para a Convenção e andei pesquisando, creio que poderíamos enfeitiçar algumas pessoas ou também podemos fazer uma demonstração com poções...

- Nada disso! Eu pensei em algo melhor. – Voldemort levantou-se ficando de frente para Snape. – Vamos fazer algo inovador, que vai prender a atenção dos comensais e conseqüentemente todos irão participar.

- E o que seria isto milord?

- Vamos fazer um concurso de dança na convenção internacional de comensais da morte!

Snape escorregou da cadeira e bateu a cara no assoalho de madeira.

- Como é? Concurso de Dança? O senhor pirou? Ficou maluco?

- Veja como fala comigo Severo Snape, eu sou o Lord Voldemort, sou o Lord das Trevas, eu sou aquele que...

- Tá, tá, tá, todo mundo aqui já sabe quem você é. – disse Snape levantando-se e sentando-se novamente na cadeira. – Entretanto ninguém aqui está acostumado com tal idéia... Diga-me por que você quer fazer um concurso de dança?

- Meu caro Snape, você me disse a alguns minutos que não tinha um número de abertura para a convenção e a primeira coisa que me veio a cabeça foi isso. Além do mais, quero, posso, mando e você vai organizar o concurso.

- Mas senhor...

- Não quero saber Snape! Eu quero o concurso e você vai fazer.

Snape fechou a cara e pensou seriamente em estuporar o seu senhor, no mesmo momento em que também pensava que seria uma boa idéia o concurso.

- Tudo bem senhor, vou providenciar tudo. – disse ele levantando-se da cadeira e indo em direção a porta.

- Hã...só mais uma coisa Severo.

- Sim, meu senhor?

- Eu vou abrir o concurso com uma dança, quero dançar Tango, mas preciso aprender ainda, será que você pode me ajudar com isto?

- Como é? O senhor quer aprender a dançar tango? – Snape bateu a mão na testa, como se estivesse tentando acordar de um sonho maluco, instantes depois ele abriu os olhos e viu Voldemort parado na frente dele sorrindo e seus olhos vermelhos brilhantes.

- Por favor Severo.

- Tá chefe, você manda e eu obedeço.
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Re: [Fic Comédia] Tango da Morte - Grifinória

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Capítulo Dois - Onde Arrumar um Professor de Tango?
Snape saiu da sala totalmente estupefato, seu mestre queria um concurso de dança. Pior, queria abrir o concurso dançando tango, e ainda por cima, queria que ele, Severo Snape, o ensinasse a dançar tango. Onde raios ele ia aprender a dançar?

Como se eu levasse algum jeito para danças, ou ao menos gostasse de dançar.

Snape se viu completamente perdido e no caminho de volta para o castelo ele tentava pensar em alguma maneira de tentar aprender. Pensou em ir até a biblioteca e tentar encontrar alguma livro que o ensinasse uma maneira rápida e fácil de aprender. E com este pensamento ele saiu do esconderijo de Voldemort com uma pontinha de satisfação e esperança.

Tango! Nem quero ver!

Severo aparatou em frente dos portões de Hogwarts e correu o mais rápido que lhe era permitido até a biblioteca.

Quando entrou no lugar se deparou com uma imensa sala cheia de estantes com mais de cem livros cada, escura e vazia.

- Perfeito! Tomara que eu consiga encontrar alguma coisa aqui.

Snape passou a noite toda tentando encontrar livros de dança, livros que pudessem conter feitiços que o fizesse parecer um excelente bailarino, livros com poções, procurou em cada cantinho da biblioteca e nada achou.

- Raios. Como assim não existe um livro de magia que contenha um feitiço, poção ou pozinho mágico que possa fazer uma pessoa dançar? – disse Snape jogando o livro que tinha nas mãos da parede mais próxima.

Sem saber o que fazer Snape saiu da biblioteca e caminhou sem rumo pelos corredores do castelo.

- Tô ferrado! Agora que o Lord das Trevas me transforma em guaxinim albino e me enfeitiça pra fazer massagem nos pés dele todas as noites. Realmente to pior que titica de coruja.

A noite já estava quase virando dia quando Snape pensou ter achado a sua solução.

- Dumbledore! Ele não se acha o maioral? Aquele se sabe de tudo? – Snape tirou a varinha do bolso e voltou a falar. – Eu sou Dumbledore, gosto de fazer tricô, tomar chazinho, colher flores e atormentar a vida do Snape.
Imagine o Snape imitando Dumbledore com uma voz mais fina que o normal. É não é algo muito agradável de se ouvir... Mas voltando ao assunto.

- Acho que só me resta mesmo ir pedir ajuda ao Dumbledore.

Então ele começou a caminhar em direção à sala do diretor. Sabia que Dumbledore ainda estava no castelo, pois só viajaria para as ilhas do Caribe na próxima semana.

Ao adentrar o escritório Snape se assustou e parou durante alguns segundos na porta, parecia que Dumbledore estava experimentando roupas para sua viagem, a cena era um tanto quanto desagradável de se olhar. Parado junto à janela estava um velhote com o cabelo preso em uma longa trança branca, vestindo uma camisa havaiana colorida aberta no peito – Snape sabia que não dormiria tranquilamente por várias noites após aquela visão do peito magrela do diretor cheio de pequenos pelos brancos -, vários colares havaianos no pescoço e uma bermuda curta e também florida, as finas pernas de Dumbledore, de tão brancas que eram, chegavam a refletir o sol que entrava na sala e para completar o diretor havia empastado seu imenso nariz e as bochechas com protetor solar. Até mesmo o irritado professor de poções teve que se controlar para não rir do que via.

- O que o traz aqui no castelo nesse belo dia ensolarado de julho?

Snape amarrou a cara, instantaneamente voltando a ficar irritado ao se lembrar do pedido de seu mestre.

- Eu queria saber se... – ele parou um pouco calculando se aquela era realmente sua única opção - ... Se o senhor sabe dançar tango.

- Tango, Severo? A bela dança argentina... - Dumbledore parecia sonhador.

Dumbledore ficou quieto pensativo por mais de um minuto, Snape ficava cada vez mais irritado, já não era o bastante ter que se humilhar daquele jeito, ele ainda tinha que ficar vendo o velhote coçar o peito branco na sua frente, era de embrulhar o estômago, o lacaio de Voldemort então resolveu interromper, pois o diretor não o respondera.

- Hã, diretor? - Snape estava a cada instante mais impaciente.

- Ah, sim! Tango. Estava lembrando da minha juventude, costumava ser um ótimo dançarino, mas não de tango. Gostava bastante de dançar salsa, os ritmos latinos sempre me encantaram mais. Mas sei de alguém que pode te ajudar. A propósito Severo, nunca soube que era ligado à dança.

- Sempre gostei de dançar. - respondeu sarcástico.

- Que curioso. Enfim, soube recentemente que Sibila estava tendo aulas de tango... Ela me falou que essa dança aumenta a aura interior, despertando maior sensibilidade à visão interior, alguma coisa assim. Ela pode te ajudar!

Bobagem de visão interior. - Snape amarrou mais ainda a cara, se despediu e saiu resmungando da sala do diretor. Ele pensava no velho ditado de que nada é tão ruim que não pode piorar.

Muito a contragosto, Snape rumou para a Torre Norte. A última coisa do mundo que gostaria de fazer era ter aulas de tango com a professora mais charlatã e chata de Hogwarts, Sibila Trelawney. Mas que escolha ele tinha? Onde arrumaria um professor de tango a tempo da convenção? E se não conseguisse aprender tango e ensinar ao Lorde das Trevas, provavelmente seria vítima de uma maldição Cruciatus pelo resto do mês. Se bem que talvez fosse uma melhor opção do que aturar os outros comensais quando soubessem que ele era a dama de seu mestre.

Snape entrou tossindo naquela atmosfera de fumaça, os olhos chegavam a arder com o ar carregado.
Parece que a Trelawney andou fumando umas, literalmente...
- Estive assistindo a sua chegada até a minha humilde morada pela bola de cristal. O que o traz nessa longínqua Torre Norte? É claro que eu sei do que se trata, mas se eu me adiantasse sempre, não haveria diálogo.

Realmente ela andou fumando...

- O diretor falou que você está aprendendo a dançar tango. - disse seco.

Sibila esbugalhou aqueles olhos quase pretos através das lentes fundo de garrafa e abriu um sorriso muito, muito grande. Silenciosamente Snape riu. Para quem adivinhava o futuro ela havia ficado muito surpresa com o que ele dizia.

- Ah! Estou sim Severo, comecei minhas aulas há uns três meses na Escola de Dança do Tio Merlin Bailarino. É ótimo!

- Sim, sim, claro. – Severo falou numa voz muito antipática enquanto desejava profundamente que o teto caísse na cabeça dela. – Então Sibila eu estava pensando se você poderia me ajudar com uma coisinha.

- Eu sabia que você pediria a minha ajuda. – disse a professora com uma voz sonhadora.

- Sabia né? – debochou Severo cruzando os braços.

- É claro que sim... Mas o que você quer me pedir Severo?

E ela ainda se diz “Adivinhadora”, que ridículo!

- Eu quero que você me ajude a aprender a dançar Tango, será que pode me ajudar?

- Oh! Mas é claro que posso! – Sibila começou a fazer uns passos de dança esquisitos, parecia que ela estava tentando mostrar alguma coisa sobre tango, mas não dava para ter certeza, podia ser também uma versão bruxa de alguma daquelas danças trouxas malucas.

Severo olhou irritado para Sibila que rodopiava sonhadoramente falando alguma bobagem sobre a dança abrir a uma visão interior e alguma besteira a mais enquanto desejava profundamente poder estuporar aquela bruxa doida, ele estava descrédulo com o nível da loucura da mulher, até que ela prendeu o pé esquerdo no tapete e caiu derrubando mesa, cadeira e bules de chá em cima dela.

Bem feito! Hehehe

- Querida você se machucou? – Snape tentou disfarçar o cinismo em sua voz.

- Eu to bem, eu to bem! – Sibila levantou-se num pulo alisando a roupa e tirando algumas folhas de chá do cabelo.

- É to vendo. Bom já que vai me ajudar eu vou indo depois a gente combina os horários das aulas.
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Capítulo Três – Dumbledore, Tricô e Bailarino Profissional?
Severo saiu da sala da professora de adivinhação achando ter feito a pior escolha do mundo, afinal Sibila era muito estabanada e provavelmente não conseguiria dançar o “Atirei o pau no Gato” sem tropeçar nos próprios pés, escorregar e quebrar alguma coisa. Aquela mulher era um perigo ambulante!
Andando pelos corredores do castelo e tentando achar uma alternativa melhor do que Sibila, Severo não reparou que seus pés o levavam para a sala do diretor. Quando deu por si ele já estava adentrando na diretoria.

- Olá Severo, que bom revê-lo!

- Que?

- Tá sonhando acordado Sev?

- Como é?

- Ah se toca Severo! Por que veio aqui me interromper enquanto faço meu tricô?

Severo olhou ao seu redor e finalmente percebeu que estava na sala do diretor, roendo as unhas enquanto enrolava uma mecha do seu cabelo seboso com a mão livre.

- Desculpa diretor, estou distraído com os meus pensamentos.

Dumbledore, que agora estava vestindo suas habituais roupas de bruxo poderoso, diretor respeitável e aquela coisa toda, se restringiu a apenas olhá-lo por cima das lentes dos óculos em meia lua.
Snape olhou para uma parede escondida no fundo da sala e ficou intrigado quando reparou nos retratos pendurados nela e começou a gargalhar.

- O que foi agora Severo?

- Fala sério Dumbie, é você ali naquelas fotos vestindo colan de bailarina? – disse Snape rindo cada vez mais.

Dumbledore ficou vermelho, abaixou a cabeça e continuou a mexer no tricô sem realmente estar tricotando.

- Olha ali é você dançando O Trasgo não Lava o Pé no estilo balé?

- Sou eu sim, algo contra? Eu já fui um excelente bailarino formado na melhor escolha de dança bruxa.

- Qual o nome dela? Escola de Dança do Tio Merlin Bailarino?

Dumbledore limitou-se a apenas olhar pela janela.

- Por acaso é sim.

Nem é preciso dizer que Snape já estava rolando de rir, né?

- Para de rir Severo senão vou começar a falar do fracasso que você é tentando fazer bonequinhos com massa de biscuit.

Severo calou a boca.

- Não vale falar disso Alvo.

- Então para de rir de mim. Saiba você que dançar é ótimo para o manter a forma, te deixa com as pernas torneadas, bunda durinha, abdômen lindo e acima de tudo abre a sua visão interior.

- Você também vai entrar nessa história de “visão interior”? Acorda velho!

- Ei, veja bem como fala comigo!

Severo fez bico e Dumbledore agora guardava seu tricô no armário atrás da sua cadeira.

- Então vamos ao que interessa. Você quer aprender a dançar tango por quê?

Aquilo havia pegado Snape de surpresa. Como Dumbledore tinha adivinhado que ele estava querendo aprender a dançar tango? Será que ele também sabia que ele queria fazer isto para impressionar Voldemort?

- Como você soube?

- Severo eu sei de tudo! Sei até sobre a convenção internacional de comensais da morte que o Tom quer organizar.

- Como você sabe disso?

- Eu sou foda, será que ainda não percebeu isso seboso?

- Me chamou do que?

- Gostoso?

- Que?

- Severo. Te chamei de Severo. – Dumbledore estava vermelho. – Enfim, eu sei que o Tom quer aprender a dançar Tango para fazer o número de abertura da convenção. Eu particularmente achei interessante, nunca vi o Tom dançar.

- Interessante?

- Claro que sim, dançar é bom para alma, espírito e nos deixa muito bem, faz até bem pra pele...

- Tá Dumbie, para de falar essas coisas. Eu quero saber se você está pensando em aprontar alguma pro lado do Lord das Trevas?

- Eu quero que você grave todo o show para eu assistir depois. – Dumbledore sorria.

Sério todo mundo tá ficando doido, primeiro Voldemort quer aprender a dançar tango, depois o Dumbledore com essas frescuritites dele. E eu tenho certeza que ele me chamou de gostoso aquela hora. Ai meu Merlin (não o da escola, só pra esclarecer) será que o Dumbie tá dando em cima de mim? Ninguém merece!

- Severo?

- Sim.

- Para de sonhar acordado e preste atenção em mim. – Dumbledore agora estava a menos de três metros de Snape. – Eu posso te ajudar se quiser, sou um excelente dançarino, o que acha?

Definitivamente o velho tá dando em cima de mim. E agora o que eu vou fazer?

- Obrigado Alvo, mas a Sibila já vai me ajudar. – disse Snape afastando-se de Dumbledore e indo em direção a porta.

- Tudo bem, mas se mudar de idéia me avise.

Depois dessa Snape saiu da sala e correu o mais rápido que pode para a sua masmorra.
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Re: [Fic Comédia] Tango da Morte - Grifinória

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Capítulo Quatro - A primeira Aula...
- Então Severo, está preparado para sua primeira aula de Tango? - Sibila perguntava extremamente sorridente.

- Vamos logo com isso, não tenho tempo a perder.

- Não é assim que devemos começar. Você precisa aprender a ser mais sutil. Como espera agradar a uma dama com um humor horrível desses.

- Eu não estou aqui para aprender bom comportamento. Estou aqui para aprender Tango. Então se puder parar com a ladainha eu agradeço.

- Sim, está bem.

- Ok. - impaciente, Severo aguardava as instruções - Então?

Trelawney olhou para ele de cima a baixo.

- Como espera dançar livremente com toda essa roupa? Você tem que tirar sua capa.

Severo usou seu melhor olhar ameaçador para a bruxa.

- Professor Snape? - Trelawney arqueou uma sobrancelha indicando a capa.

- Isso é patético.

- Senhor?

- Ok, eu vou tirar a maldita capa! - Aborrecido Snape pendurou a capa em uma chapeleira próxima. Seu tom era de desdém quando ele disse. - Satisfeita, senhorita Trelawney?

- Eu ficarei satisfeita no instante que o senhor tirar também o robe. Honestamente, quanta roupa você está usando? Como você não desmaia com o calor?

"Essa velha está começando a incomodar. Talvez seria melhor ter aceito o convite de Dumbledore... Não, melhor não. Já estou correndo riscos demais com essa mulher louca. Contar com aquele diretor afeminado não iria me agradar em nada."

Severo desabotoou seu robe e o pendurou ao lado da capa. - Eu sou um bruxo. Posso muito bem usar um feitiço refrescante. Será que agora nós podemos começar antes que eu tenha de dançar nu?

- Se você vier trajado de forma adequada na próxima aula não será necessário fazer isso tudo outra vez. - Sibila respondeu em tom ríspido. - O Tango exige que homem e mulher fiquem com os corpos colados, enquanto se movem em uníssono.

As faces de Snape ficaram rubras. - Corpos colados?

- Sim Severo, corpos colados. - Sibila aproximou-se dele - Sua mão direita passa pelas minhas costas e repousa levemente sobre a região costal do meu ombro esquerdo. - Snape moveu sua mão para o local que ela havia indicado.

- Posicione um pouco mais para baixo seu cotovelo e traga para mais perto, meu braço precisa repousar sobre a parte de cima do seu braço. - Severo abaixou o cotovelo e Sibila apoiou o braço esquerdo sobre o bíceps direito dele e colocou a mão esquerda no seu ombro.

"Não acredito que estou participando dessa idéia maluca".

Severo engoliu em seco.
- E agora?

- Estenda seu braço esquerdo e o dobre num ângulo de noventa graus. Abaixe um pouco, você tem que se posicionar de acordo com a altura de sua acompanhante. Nem todas as mulheres são altas, mesmo usando salto.- Ele fez como era pedido.

Sibila ergueu sua mão direita até a dele. - Assim está ótimo. Você precisa me abraçar contra seu peito. O Tango mescla o drama, a paixão, a sexualidade, a agressividade, é sempre e totalmente triste. A mulher é sempre submissa, portanto, é sua responsabilidade criar o espaço no qual eu me movo. Para isso você precisa relaxar mais, está muito duro. Quando nós começarmos a dançar será com o rosto colado. Isso ajuda a manter nosso movimento fluido.

- Está bem. Vou tentar relaxar. Mas você está querendo demais de alguém que está apenas começando.

- Não precisa ser rabugento. Não é tão difícil.

- Vamos, continue ensinando e falando menos asneira.

- Bem, há apenas três passos básicos no tango: o passo ao lado (para a direita ou para a esquerda), o passo em frente (avançar) e o passo atrás (recuar). Você guia os meus movimentos ao mudar a posição do seu corpo. Por exemplo, levando o seu ombro direito para trás é criado um espaço entre nós. Isso significa uma virada para a direita. Eu irei então girar com a perna oposta para segui-lo.

Severo tentou fazer como lhe era explicado e sentiu-a mover-se em seus braços.

- Muito bem professor. Uma segunda forma, seria, movimentando sua perna esquerda para frente, meu movimento seria o seu opositor. Moveria minha perna para trás.

- Então eu movo minha perna assim?

- Exatamente.

- Mas antes, precisa saber que existem duas formas de marcar os movimentos. Para marcar um passo ao lado para a direita da bailarina, deve-se fazer uma ligeira pressão com o braço direito no lado esquerdo dela ao mesmo tempo que a segura com firmeza e lhe impede o movimento na direção em que ela estava se deslocando. Isso é feito, quando o pé direito da mulher passa junto ao pé de suporte (o esquerdo, neste caso), interrompendo-lhe o movimento de caminhar para trás. Esta mudança de direção só é possível e só pode ser realizada, no preciso momento em que os pés dela passam um pelo outro, durante a execução de um passo atrás.

- Acho que entendi.

"Só não sei se vou suportar repassar isso. Ainda mais com um homem...argh".


- Outra forma de efetuar uma mudança de direção é através da marcação de um pivot à mulher. Um pivot é uma rotação da bailarina no momento em que o peso do seu corpo é depositado verticalmente sobre a perna de suporte ou eixo. Se a intenção for marcar uma mudança de direção, para a direita do homem, enquanto ela caminha para trás, ele tem que rodar o torso para a direita, dilatando o espaço do abraço nessa direção, no momento em que ela está com o peso sobre a perna esquerda. Então, ela interpretará como uma indicação para fazer um pivot sobre este eixo, enquanto o seu torso vai ocupar o espaço criado pela rotação do torso do homem. Concluído o pivot ela continuará a caminhar na nova direção que o tronco do homem indica.
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Capítulo Cinco - Preparativos
As aulas de tango estavam um tanto desajeitadas. Às vezes, Snape pensava que Trelawney estava era dando em cima dele, com todos aqueles passos que ela insistia que tinham que ser feitos "coladinho". Mas então pensou, se não fosse com a charlatã, seria com Dumbledore, e a imagem dele dançando coladinho com o diretor fez Snape agradecer poder ter aulas com Sibila mesmo.

Mas como ensinar ao Lord das Trevas? Para onde iria a sua reputação se o vissem dançando tango com Voldemort?

O Lord das Trevas também deveria pensar na própria reputação. - pensou, aborrecido.

Tinha chegado o temido dia de ensinar Voldemort a dançar tango, já estavam há uma semana da Convenção. A Convenção seria realizada no salão de festas da casa dos Malfoy, nenhum dos outros comensais tinha um local com uma pista de dança suficientemente grande que pudesse agradar ao Lord das Trevas.

Chegando na mansão Malfoy, Snape deparou com uma cena que quase fez ele virar as costas e sair correndo dali. Rabicho estava colocando balões pretos em um canto do salão, e Voldemort dançava ao som de um merengue, e entre um passo e outro, gritava para que Rabicho andasse mais depressa, afinal, ainda tinha todo o salão para cobrir de balões.

- Mas Milord, a Convenção é só daqui uma semana, os balões não irão murchar até lá?

- Severo, seu imbecil! Você achou que eu ia usar balões trouxas? Claro que não, os meus balões não murcham e não estouram! E pela lerdeza do Rabicho, eu deveria ter começado a colocar uma semana atrás...

- Ah sim, claro senhor, mas balões?

- Oras, o que você esperava? Vamos fazer uma festa! E festas têm balões! E os meus balões são pretos, viu? Bem do mal. Mas chega de conversa fiada, você vai me ensinar a dançar tango agora.

- Às suas órdens, senhor. - Snape fez uma careta quando Voldemort estava berrando com Rabicho.

Com um estalar de dedos, a música rapidamente mudou do merengue para um tango argentino. O salão se escureceu, deixando apenas metade das velas acesas, criando um clima sensual. Snape não gostou nada desta meia iluminação, mas não falou nada, e tentou se lembrar dos passos que Sibila lhe ensinara. Fora tudo muito complexo, mas devia ser fácil ensinar alguém que já estava no clima.

- Milord, o senhor tem que ficar... Hum... colado, para dançar tango.

- Assim? - subitamente Snape viu seu mestre com o corpo colado ao seu, e percebeu que esta aula seria muito mais longa do que ele imaginava...

O Lord das Trevas se mostrou um aprendiz bastante entusiasta, e aprendeu rápido.

- Não vejo a hora de mostrar a todos que o Lord das Trevas é o melhor dançarino de tango que jamais existiu. - se gabava para todos os comensais.
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Re: [Fic Comédia] Tango da Morte - Grifinória

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Capítulo Seis - O Grande Dia
O grande dia finalmente chegara! O Lord das Trevas não estava se aguentando de tanta empolgação. O salão estava esplêndido. Além dos balões pretos, fitas pretas enfeitavam as paredes, e havia também morcegos vivos presos ao teto. Elfos domésticos com trapos pretos serviam whisky de fogo para os comensais, afinal, cerveja amanteigada é coisa para bruxos fracos. A mesa estava arrumada com todo tipo de comida possível, e também havia uma grande quantidade de doces, sapos de chocolate, feijões de todos os sabores, fantasias debilitantes, delícias gasosas, afinal, não é porque são comensais da morte que eles não comem doces.

A direita de quem entrava no salão era possível ver uma stander decorado com muitas máscaras e com um banner onde lia-se: Design de Mascaras por Bellatrix Lestrange.

- Bellatrix montou uma barraquinha de mascaras? Era só o que faltava. – disse Severo andando pelo salão e indo em direção ao palco que fora posto no fim do grande lugar.

Ele subiu no palco e aguardou a atenção de todos, trinta minutos depois ele desistiu da atenção e lançou um cruciatus no primeiro comensal que viu. -Obrigado. - Ele disse em meio a vários comensais com varinhas levantadas apontando para ele.

- Quando eu quiser duelar com vocês, com certeza vai ser uma luta justa. - ele disse com um sorriso irônico. -Só quero dar as boas vindas a vocês e dizer em nome do Lord das Trevas, que a barraquinha da Bellatriz está com uma super promoção: Compre duas máscaras, pague apenas uma e você ainda não vai estuporado da festa.

Várias caras espantandas e empolgadas observavam Snape e como era de se esperar, alguns comensais correram para a barraquinha. "Bando de consumistas, ainda bem que já comprei as minhas "

Observando a pequena multidão que se juntava, Snape encontrou um "comensal" com uma barba bem conhecida.

"Era só o que me faltava".

Ele se aproximou do comensal mascarado: - Pelas baby lucks de Merlin o que o senhor está fazendo aqui! - Ele disse rispidamente para Dumbledore.

O diretor chamou Snape de canto e disse quase num sussuro:

- Você me consegue mais máscaras? Elas são lindas!

Snape ficou muito bravo, mas manteve o nível: - Claro diretor, mando através de uma coruja assim que o senhor sair daqui!!!

Dumbledore olhou ofendido e guardou as máscaras: - Snape estou numa missão secreta da Ordem, deixe eu trabalhar! - Ele começou a analisar as máscaras atentamente, e Snape interveio: - Pare de tentar adivinhar, são swarovskis.

- Jurava que eram diamantes. - Disse Dumbledore meio abatido.

- Bellatriz e diamantes na mesma frase? E pior.. no mesmo lugar? - Ele deu uma risada murcha. - A idade chega para todos.

Do nada a luzes se apagaram, todos ficaram surpresos, todos menos Snape. O capacho da vez.

- Snape... isso é um golpe?

- Não tenha dúvidas professor, um golpe mortal. - O professor de poções se encaminhou para o que seria o maior vexame da sua vida. Uma luz surgiu no meio do palco e Snape ficou no centro da mesma, agachou e se curvou para o nada, não demorou muito o Lord das Trevas apareceu voando e pousando perto, mas muito perto de Snape. Voldemort lhe deu uma piscadela e a música começou, antes do primeiro passo o Lord sussurou para seu comensal da semana favorito: - Arrasa. Em seguida bateu uma vertigem no professor de poções e a dança realmente começou, Snape demonstrava a seriedade de um cavalheiro, já o Lord estava mais para dama, fazendo caras e bocas para seus convidados.

Ao final da bela apresentação, Voldemort pegou o microfone e disse em auto e bom som; - Eu quero agradecer a companhia de balões enfeitiçados, que ajudou o Rabicho com os balóes, agradecer ao Snape que me deu aulas particulares. -os convidados olharam para Snape nesse momento - e a Bellatriz que nos presenteou com máscaras magníficas! Não deixem de passar na barraquinha dela!

No meio do discurso Snape já estava na metade do caminho para Hogwarts, por sorte... ou não, Dumbledore o alcançou.

- Quantas revelações hein... - disse o diretor.

- Eu posso explicar tudo. - Disse Snape, seco.

Dumbledore observou as estrelas por um momento... - Primeiro Bellatriz descobre um dom que não envolva tortura, agora vejamos... meu caro Snape dando aulas de tango, e que aulas! - Snape olhou estupefado.

-Me ensina forró? - Disse Dumbledore animadíssimo. - Enfeiraríamos a escola, e teria um concurso... quem sabe uma banda do Brasil... - Snape simplesmente sentou no chão e começou a chorar .

Fim
Tem um furo sensacional? Me mande uma coruja aqui

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