[Fic Comédia] O Dia Perfeito - Lufa-Lufa

Entre no armário com a Rita e...descubra o que ela está aprontando!

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Rita Skeeter
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[Fic Comédia] O Dia Perfeito - Lufa-Lufa

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Sinopse: Ted Lupin volta para a casa da avó e descobre, em apenas um dia, como seus pais eram maravilhosos.

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O último dia. Ted Lupin reservou algumas horas desse dia para passear pelos corredores, tentando deixar marcado na memória os detalhes do castelo que fazia parte de sua vida. O tempo passou tão rápido que mal notou que era hora de partir. Sete anos de grandes aventuras, amizades e romance. Victoire sorria para ele ao fim do corredor e logo deram as mãos para deixarem, juntos, a escola.
- Não será a mesma coisa sem você, Teddy!
- Eu que vou ficar sofrendo, Victoire, sabendo que você estará aqui sozinha à mercê das segundas intenções desses caras – disse ao lançar um olhar duro ao corvinal que sorria em um canto para ela.
- Mas você sabe que eles não me interessam. Eles não têm o seu charme. – respondeu com uma piscadela.
Teddy sorriu para ela e passou a mão em seus cabelos azulados.
- É, eu sei.
Ambos sorriram e tomaram o caminho do Expresso Hogwarts. Permaneceram toda a viagem bem juntinhos, trocando idéias com os colegas. Ao desembarcarem na Plataforma 9 ¾ foram recepcionados por Gui e Fleur.
- Não vai conosco para a Toca?
- Não desta vez, Sr Weasley. Prometi a minha vó que a visitaria assim que chegasse.
- Está bem então. Vamos, Victoire.
A garota deu um adeus para ele, que retribuiu, com um sorriso. Ted caminhou até uma parte mais vazia da Estação, rodopiou em seu próprio eixo e desaparatou. Em questões de segundos, aparatou em um terreno baldio, ao fim de uma longa rua de chalés trouxas. Carregou seu malão, falando educadamente com as pessoas que via. Quando chegou à casa com um belo jardim, repleto de flores lilás, rosa pink e violeta, sorriu. Abriu o portão, atravessou o caminho de madeira e abriu a porta com delicadeza, falando bem alto:
- Vó! Cheguei!
Andrômeda Tonks estava na cozinha e logo apareceu de braços abertos para abraçar o neto. – E então, como foi?
- Ah, vó. É chato sair de Hogwarts, não é? A gente acha que vai ficar lá para sempre até que acaba.
- Quando começa o estágio no Ministério?
- Daqui a 2 semanas.
- Então terei 2 semanas para lhe mimar muito. Sabe como fico sozinha aqui. – Andromeda acariciou o rosto do neto. – Preparei um banquete especial para nós dois, mas vai demorar um pouquinho ainda. Por que não sobe para o seu quarto e deixa a mala lá? Ah! E pode me fazer um favor? Tem um bicho papão que está tirando o meu sossego desde ontem. Ele se enfiou em algum lugar no quarto de Ninfadora e eu não consigo achá-lo.
- Pode deixar, vó. Eu dou um jeito nisso.
- Obrigada, querido – e deu-lhe um beijo estalado na bochecha.
Ted aparatou em seu quarto e depois no quarto de sua mãe. Andrômeda ainda mantinha tudo no mesmo lugar há 17 anos, na mais perfeita limpeza. Seu berço ainda estava lá, os porta-retratos com fotos dos amigos, tantos momentos que lhe foram tirados. Os pensamentos logo lhe fugiram, pois o bicho papão fez um grande barulho. Teddy revirou baús, abriu caixas, olhou debaixo da cama, no armário e nada. Notou, então, uma marca do tempo atrás do criado-mudo, revelado apenas porque ele havia se movido. De varinha em punho, disse:
- Flipendo!
O objeto se moveu, revelando absolutamente nada, mas o barulho do bicho papão vinha exatamente daquele lugar.
- Revelium!
Uma forma de portinhola surgiu na parede e começou a chacoalhar-se com muito barulho. O bicho papão certamente estava ali há muitos anos e havia despertado quando Andrômeda fez a última limpeza. Preparou-se para enfrentá-lo.
- Alorromora!
A tranca fez um barulho engraçado quando foi aberta e uma fumaça amorfa tomou conta do ambiente com muita velocidade. Aos poucos foi tomando forma, até que um homem com aspecto de poucos amigos e com o crachá do Ministério desatou a falar em um tom de desgosto:
- Ted Tonks Lupin. Você não serve para este trabalho. Você não passa de um garoto órfão que quer estudar a doença de seu pai. Entenda isso meu caro: VOCÊ NÃO É BOM O SUFICIENTE PARA SER AUROR E NEM IRÁ PÔR OS PÉS NESTE MINISTÉRIO PARA INTERFERIR NOS ESTUDOS SOBRE OS LOBISOMENS!
- Riddikulus!
O homem, notadamente seu avaliador para o estágio, simplesmente começou a falar como um guaxinim gripado com focinho entupido, com pintinhas cor de rosa ao redor dos olhos, fazendo Ted rir daquilo tudo. Logo ele o prendeu no recipiente devido e o deixou em cima da mesa, pois algo havia chamado sua atenção. Havia um pacote dentro e ele meteu a mão para pegar, mas o objeto estava envolvo em baba de bicho papão. Notadamente, aquele tinha sido seu travesseiro. Após limpar o objeto com um aceno de varinha, seu coração acelerou descontrolado. Tinha em suas mãos um livro encapado com papel de veludo roxo, com muitos corações e estrelas de cola de purpurina colorida. Os fios de lã laranja contrastavam de forma berrante para revelar a seguinte grafia:
Meu Diário
de Tonks, é claro! Dãaaa!
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Re: [Fic Comédia] O Dia Perfeito - Lufa-Lufa

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Ted sentou-se na cama de sua mãe, cruzou as pernas e abriu a primeira folha com muito cuidado. Ainda tinha baba ressecada nas folhas.

“Este diário é meu e só meu. Se você por acaso estiver lendo isso, é melhor estar muito bem escondido, porque com certeza eu já estou chegando aí pra fazer você ficar com cara de orangotango dançarino. Vou te enfeitiçar e fazer você subir na mesa dos professores e dançar a conga. Juro por Merlim que um rabo de porco será o menor dos seus problemas”

Ted riu. Aquilo certamente poderia assustar uma criança. Seguiu a leitura.

“Agosto de 1984. Recebi uma coruja da escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts! Fiquei tão feliz que explodi o bolo de aniversário de três camadas de glacê azul que estava escondendo para o aniversário surpresa da minha melhor amiga. Foi a primeira vez que cogitei comer uma coruja. Ela ficou com uma cara muito apetitosa. E me bicou”.

“Agosto de 1984. Fomos no Beco Diagonal comprar as coisas pra escola. A varinha foi um pesadelo, porque eu quase coloquei fogo na loja inteira do Sr Olivaras. Mamãe o ajudou a apagar tudo. Um incidente terrível na Floreios e Borrões fez todas as prateleiras de livros tombarem. Só porque eu estava justamente atrás da primeira que caiu, não significa que fui eu! Mamãe não quis me dar uma vassoura. Disse que eu já sou um perigo com os dois pés no chão”.

“Setembro de 1984. Entrei para a Lufa-Lufa! Todo mundo gostou do meu cabelo rosa. Quase não fiz besteira. Nem cai quando subi as escadas, mas chutei sem querer o banco que bateu na canela da Prof McGonagall. Fora o incidente com o olho de cabra que foi parar no ponche da mesa da Sonserina, até que foi bem normal”.

“Outubro de 1984. Dia das Bruxas! Separamos alguns kits da Zonkos especialmente para hoje. Eu tive a idéia de colocar explosivins dentro da abóbora que fica na mesa dos grifinórios. Aproveitei que o Hagrid não estava olhando. Quando a acenderem, vai ser legal de ver”.

“Novembro de 1984. Dia seguinte ao dia das Bruxas. Detenção. Quem ia adivinhar que era a abóbora da mesa dos professores?”.

“Dezembro de 1984. Natal. Vou pra casa!”.

“Dezembro de 1984. Véspera de Natal. Fui tentar abrir meu presente na árvore enquanto mamãe e papai dormiam. Causei um curto-circuito na iluminação da sala e a árvore pegou fogo, junto com os presentes e o carpete novo da mamãe. Acho que nem se eu nascer de novo saio do castigo”.

“Janeiro de 1985. A Prof McGonagall me explica que sou uma MetaformaGaga”.

“Janeiro de 1985. É metamorfamaga, cabeça de trasgo!”.

“Maio de 1985. Festa surpresa na Sala Comunal, com direito a banquete roubado da cozinha! Rimos horrores, contamos piadas e inventamos travalínguas. Experimenta dizer bem rápido: Um ninho de minipufes, têm cinco minipufefizinhos, quem desminipufefizar os minipufes, bom desminipufefizador será”.

“Junho de 1985. Trasguei em alguma matéria. Cer-te-za!”

“Férias. Não Trasguei, mas passei no Aceitável em História. Aquele fantasma não gosta de mim mesmo e nem eu morro de amores por ele”.

“Agosto de 1985. Pegamos a lista de novos materiais e fomos para o Beco Diagonal. Não entrei na Floreios e Borrões porque me proibiram. Bobocas. Mas ganhei uma vassoura!!! Mamãe disse que se eu matar alguém com a vassoura ela me mata”.

“Novembro de 1985. Detenção arrumando o armário de vassouras do Filch. Atropelei um professor com a vassoura. Não consegui parar com a minha Comet 260. Droga. Era o Prof. Snape”.

“Novembro de 1985. Detenção dupla. Argo Filch foi atropelado por um rebanho ensandecido de vassouras. Ninguém me disse que elas iam fugir se eu deixasse a porta aberta. Pelo menos fiquei conhecida na escola toda pela melhor corrida de vassouras do século. O Filch corre engraçado”.

“Dezembro de 1985. Natal. PS: a sala agora tem feitiço anti-incêndio”.

“Janeiro de 1986. Incidente no Salão Principal. Uma noz voadora não identificada provoca uma guerra de comida no café da manhã entre as Casas. Só acaba quando o diretor chega. Todos de detenção. Nunca mais tentarei abrir uma noz na minha vida”.
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Re: [Fic Comédia] O Dia Perfeito - Lufa-Lufa

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“Abril de 1986. Clube de duelos. O Prof. Flitwick me escolhe. Eu e o Carlinhos Weasley. Sem querer eu tropecei nos meus próprios pés e acertei um feitiço nele. As sombrancelhas vão crescer de novo... espero”.

“Maio de 1986. Festa na Sala Comunaaaal! Tema: cara de porco pq eu consegui fazer meu nariz parecer de um porco na aula de transfiguração”.

“Junho de 1986. Parece teoria da conspiração isso, tudo comigo dá errado! Estava na aula da professora McGonagall, mas quando fui configurar um sapo em rato ele se transformou em um porco selvagem verde limão com bolinhas laranja. A sala inteira riu, mas a professora não gostou”.

“Férias! Papai prometeu me levar ao parque de diversões trouxas se eu controlasse as mudanças de cor do meu cabelo. Não deu. Fui de boné!”.

“Setembro de 1986. É a 34ª vez que me atraso para a aula de História da Magia. Pensando seriamente em marcar o caminho com bombas de bosta, mas sempre que eu penso que vou assistir essa aula, me surge tanta coisa melhor na cabeça para fazer... Tenho medo de qualquer dia desses morrer de tédio na aula do professor Binns, essa é certamente a aula mais chata de todas. De alguma forma estranha meu cabelo sempre escurece quando preciso ir para essa aula”.

“Setembro de 1986. Detenção por jogar bombas de bosta. É claro que marcar o caminho era uma coisa importante, oras! Por que ninguém entende? Vou limpar a poeira da sala por 1 semana pra lembrar o caminho. E quem é que gosta daquela bosta de aula?”.

“Outubro de 1986. O Ethan Jonhson da Lufa roubou um beijo meu. Meu cabelo ficou vermelho tomate que nem a minha cara, mas foi legal. Pensei que os meninos me achavam esquisita e atrapalhada demais para gostarem de mim”.

“Dezembro de 1986. Natal. Disse a meus pais que quero ser Auror e minha mãe quase tem um infarto. Sei que é perigoso, mas quero ajudar as pessoas. Não posso ser curandeira. Poderia matar alguém”.

“Janeiro de 1987. Eu e meus amigos descobrimos que bomba de bosta é Ma-ra para descobrir se uma porta este com o feitiço de imperturbabilidade. O problema é só o cheiro que fica depois”.

“Janeiro de 1987. Prof Snape colou o Vitto Vittareli de detenção porque ele passou quando o professor abriu a porta de bosta. Acho que vou me entregar. Não é muito justo com o primeiro anista da Corvinal”

“Janeiro de 1987. Detenção”.

“Abril de 1987. Visita à Hogsmeade. Sem querer eu bati na estante de doces da Dedos de Mel e alguns vários potinhos se quebraram, acidentalmente. Não quero nem ver a cara da mamãe quando ela souber disso. Bom, pelo menos fiquei com os doces que caíram no chão. O que não mata, não mata”.

“Abril de 1987. Mico! Mamãe me manda um berrador no café da manhã. Se já era difícil ser uma pessoa normal sendo metamorfamaga, imagina agora que minha mãe berrou aos quatro cantos que sou uma inconseqüente e que não consigo me controlar. Sou azarada, só isso. Droga”

“Maio de 1987. Só teve um bolinho coisa pouca e tal. Culpa dá mamãe! Aquela pessoa insensível que não liga para a minha já reduzida vida social”.

“Junho de 1987. Tirei O em poções, apesar dos vários incidentes desastrosos. Mas o que posso fazer se às vezes eu derramo coisas demais ou sem querer? Por que o Prof Snape não deixa a gente usar um medidor? Ia ser mais fácil. Ah! E ele me O-D-E-I-A”.

“Férias!! Enfim! Vou fazer um curso de metamorfamaga pelo Ministério, mamãe me inscreveu de surpresa! Vou ficar mega ultra blaster absoluta!”

“Setembro de 1988. Não fui escolhida monitora. A Prof McGonagall disse que eu tenho dificuldades em me controlar”.

“Novembro de 1988. Durante a aula de poções, o Carlinhos Weasley derrubou o caldeirão dele na minha mesa. Sem querer botei a mão na boca porque tava quente, mas ninguém viu. Depois disso, minha Poção para confundir ficou meio... confusa. Juro que não sei o que lascas de madeira, pergaminhos picados e meu chapéu faziam dentro do meu caldeirão. Detenção por ser tão engraçadinha”.

“Dezembro de 1988. Natal. Levo sermão da mamãe porque só vivo de detenção. Tentei explicar a minha personalidade azarada, mas ela não acreditou muito não. Ah, fala sério. Metade das minhas detenções foi sem querer”.

“Abril de 1989. Hogsmeade. Não entro na Dedos de Mel, proibição da mamãe. Passo um tempo conversando com o dono do Cabeça de Javali por alguém tempo, até que o diretor chega. Saio e vou fazer guerra de bola de neve. Lógico que a minha tinha que acertar o diretor quando ele estava passando. Pelo menos ele foi legal e sabe meu nome e sabe que sou metamorfamaga e disse que eu sou especial. Voltei a ser VIP”.

“Maio de 1989. Festaço!! Com direito a cerveja amanteigada surrupiada de Hogsmeade, pela passagem secreta da bruxa de um olho só. Alguns alunos do último ano conseguiram para mim. Com direito a um teor alcoólico misturado a mais. As crianças foram dormir e só ficou a gente. Devo dizer que agora tenho namorado”.

“Maio de 1989. Detenção. É que nós bebemos um pouquinho demais e resolvemos passear por aí, sabe? Quero dizer, passear no castelo de noite já é proibido, imagina feliz como a gente tava? Quero dizer, nos achávamos os intocáveis. Até que eu passei mal no banheiro da Murta e, veeeeeelho, ela me irritou demais. Claro que eu tentei azarar ela, mas ela é um fantasma. Dãaaa. Explodi o banheiro da Murta-Que-Geme, voou água pra tudo quanto foi lado e depois corremos feito loucos. Uma péssima hora pra encontrar a Prof McGonagall”.

“Maio de 1989. Berrador surreal o que a mamãe me mandou. Juro que eu tentei correr dele, mas tropecei na escada e derrubei a armadura. Me gritou horrores da minha irresponsabilidade e incapacidade de me comportar. Parecia a Prof McGonagall. E ainda falou que eu não podia namorar de noite pelo castelo. Lóoooooogico que agora devo dizer que não tenho mais namorado”.

“Férias? Claro que não. Castigo”.

“Setembro de 1989. Esse sexto ano promete ser difícil. O Prof. Flitwick ensinou bombarda para a gente testar apenas em um local especial, mas eu, em minha lerdeza, não ouvi direito. Acabei com metade da parede da sala. Pelo menos acertei o feitiço”

“Outubro de 1989. Aulas de aparatação. Quase consegui me estrunchar toda. Mas enfim, não aconteceu nada tão grave. Algumas semanas na Ala hospitalar e já fiquei novinha”.

“Dezembro de 1989. Natal. Mamãe diz que não sou mais criança pra ficar recebendo presentes”.

“Março de 1990. Merlim me odeia! Mais uma vez aquela droga de poção para confundir. Ela é meu karma, só pode. Eu me distraí um pouquinho pensando na vida e peguei alguns ingredientes errados. O que eu posso fazer? Toda planta é verde, toda raiz é meio marrom, enfim. O problema é que a poção ficou rosa e começou a borbulhar. Tive segundos para tampar antes que o Prof Snape a visse, mas comecei a suar frio, sem saber o que fazer. O caldeirão começou a se debater sozinho e quando o Prof Snape abriu a tampa, aquele troço explodiu em mil pedacinhos... de purpurina rosa. Quero dizer, eu fiquei rosa, a sala toda ficou rosa e o Prof Snape ficou rosa chiclete purpurinado. Detenção por 1 mês. Lógico”.

“Maio de 1990. Todos ainda traumatizados com meu aniversário do ano passado. Mas até que rolou cerveja amanteigada sem aditivo alcoólico dessa vez”.

“Junho de 1990. Passei no exame de aparatação!!!! Depois de quase me estrunchar toda, de perder sombrancelhas e até cílios, fiz a minha aparatação perfeita!”

“Férias. Mamãe me levou para ver o programa de ensino dos Aurores. Acho que ela finalmente entendeu”.

“Setembro de 1990. Último ano em Hogwarts. Preciso ser impecável!”

“Novembro de 1990. Sou VIP. Criei um recorde de transformações mágicas de cabelos em 1 minuto. Foram 38 cabelos diferentes que criei. Agora a galera da Lufa me respeita”.

“Dezembro de 1990. O Prof. Snape me odeia! Também, depois de tudo que passou comigo nesses anos... Agora ele vive olhando minha poção. Não posso fazer nada errado. Eu quero ser uma Auror”.

“Fevereiro de 1991. Pela primeira vez fui sozinha para a sala de adivinhação. Uma bola de cristal estava dando sopa e eu fui ali, tentar mexer com o ramo da adivinhação. Bom, a única coisa que a bola fez dói ficar brilhando que nem uma lua. Acho que realmente tinha uma lua lá. O que é isso? Serei Auror na lua cheia? Serei atacada por lobisomens?”

“Maio de 1991. Minhas notas estão excelentes para ser uma Auror. Eu sei que vou conseguir. Não tem energia positiva que me derrote. Posso ser atrapalhada, mas sei competir como ninguém, porque sou vencedora!”.
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Re: [Fic Comédia] O Dia Perfeito - Lufa-Lufa

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“Hogwarts acabou. Me sinto um pouco órfã, mas eu sei que uma nova aventura me espera. Daqui em diante é dar o máximo de mim para fazer o mínimo de besteiras. O teste para ser Auror é na semana que vem”.

“Passeeeei! Paseeeeeeeeeeei!!! Quase não passei, mas passeeeeeeeeeei!”

“1991. Primeiro Dia. Tropecei na mesa do orientador e derrubei todos os livros que estavam na minha mão. Tinha assaltado a biblioteca do Ministério. Ele fez um movimento de varinha e me entregou todos, olhando algum por um tempo e depois me mandou sentar e não cair mais. Foi horrível. Me senti uma pata”.

“1991. Nunca estudei tanto na minha vida. São tantas coisas que você deve saber em tão pouco tempo. E o meu orientador, Moody, tem aquele olho que te deixa enjoada as vezes. Eu acho que ele consegue ver atra”.

“1991. Olho Tonto Moody me fez vários elogios quando apresentei meu trabalho final do 1º ano. Fiquei tão sem graça que tropecei e derrubei o quadro de apresentações na cabeça dele”

“1992. Sou a melhor da turma em termos de disfarce. Ser metamorfamaga tem suas vantagens e requintes. Quase não preciso estudar pra Distinção”.

“1992. Notas bem acima do que eu esperava, na verdade. Apesar de eu ter atingido sem querer um objeto inocente, isso só aconteceu porque eu tropecei na cadeira que nem fazia parte dos obstáculos do treinamento. Meu orientador Alastor Moody disse que se ele ainda tivesse o olho, eu o arrancaria qualquer hora dessas. Mas ele é divertido”.

“1992. Treinamento de Duelos. Até que não fui mal. Fiz todos com muita distinção e corretamente. Eu até venceria se fosse contra alguém e pudesse usar mais feitiços. O problema todo é que eu quase estourei o meu pé quando guardei a varinha nas vestes da roupa. Foi um tiro acidental, que me rendeu sérios pontos negativos”.

“1993. Me dou super bem em dissimulação. Especialmente quando tenho que me fazer de boba. Isso é tão natural. Eu acho que seria uma bruxa dos palcos muito boa. Estou repensando em mudar de profissão”.

“1993. Vigilância e Rastreamento é o meu calcanhar de Aquiles. Por razão que não sei explicar, sou desastrada e facilmente identificável pelos barulhos e trapalhadas que faço. Tinha que fazer vigilância numa rua trouxa e o que consegui foi praticamente colocar um outdoor abaixo”.

“1994. Moody me diz que posso ser uma excelente Auror, mas que posso colocar tudo a perder se não aprender a me controlar. Me controlei pra não sair correndo e chorando, até por que poderia dar com a cara na porta ou fazer qualquer bobagem do tipo”

“1994. Teste final. Foi tenso. 120 perguntas abertas. Análise prática de Dissimulação, Distinção, Vigilância e Rastreamento. Foi por pouco, muito pouco que quase perdi. Na verdade, eu teria perdido se o Moody não tivesse me dado uma forcinha logo depois da Vigilância, quando eu quase esbarrei num porta guarda-chuvas”.

“1995. Moody me chamou para um chá. Como auror, sei que faço a coisa certa”

Quando Ted virou a página após a última inscrição, não tinha absolutamente nada. Estava totalmente vazio. Revirou até as folhas e não encontrou mais nada. Deixou o livro de lado. Quando finalmente parecia que conheceria a vida da mãe pelos olhos dela... foi então que notou algo diferente escrito na página. A mesma caligrafia de antes, escrita em um tom rosa pink berrante.

“Olá. Daqui você não pode passar. Bom, só se você for uma pessoa que eu goste. Identifique-se!”

Ted procurou uma pena e tinteiro. Pegou a que estava no criado mudo e escreveu: Ted Tonks Lupin, com a mesma cor pink berrante. Esperou ansioso, passando a mão pelos cabelos, que agora assumia um tom lilás.
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Re: [Fic Comédia] O Dia Perfeito - Lufa-Lufa

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“Bem vindo, meu amor”

Aquelas palavras fizeram os olhos de Ted transbordar em lágrimas. Era com sua mãe que ele estava falando. Uma alegria e uma tristeza tomaram conta da sua mente. Fungou um pouco e passou a página, mas não havia nada escrito. Folheou e folheou e nada. Pegou a pena e escreveu: Não posso mais ler, mãe?

“Desculpe, mas eu não podia escrever. Mas eu posso te mostrar”

Uma carinha sapeca foi desenhada logo depois no diário e Ted sorriu. Ok, escreveu. Ted esperava que algum tipo de tela aparecesse no livro, mas, ao contrário, uma luz estranha saltou do diário e, instantes depois, ele se viu caindo, caindo sem proteção até que sentiu um baque forte. Abriu os olhos e se deparou com uma casa velha e maltrapilha. Ao seu lado, Tonks. Linda, com seu cabelo rosa pink. Exatamente como nas fotografias.

- Esta é Ninfadora Tonks, filha de Andrômeda Black, vocês a conhecem. Ela é auror do Ministério e a recrutei para a Ordem, ontem.
- Não me chame de Ninfadora! – retrucou.
- Alastor, você ficou louco? Ela é apenas uma menina.
Ted voltou seu olhar para o dono da voz e deparou-se com seu pai, na outra extremidade da sala. Tinha algumas cicatrizes no rosto e um olhar um tanto apático.
- Não sou uma menina, senhor Lupin. Tenho 22 anos e sou auror, formada pelo próprio Moody.
- Ora, vamos, parem com isso. Eu confio no Olho Tonto. Se ele diz que ela é boa, ela é boa. Eu não iria deixar a filha da minha prima preferida ficar fora dessa!
Ted viu sua mãe sorrir divertida para o primo.
- Sirius! – bradou indignado o seu pai, do outro lado.
- O quê? – Sirius ergueu os braços e depois voltou-se para sua mãe – Não ligue, minha querida. Eu não sou o Lobo Mau. Ele é! – e apontou para o amigo.
Ted viu o terror crescer nos olhos de Lupin, ao mesmo tempo que uma raiva parecia lhe tomar a alma. Certamente, ele não gostou de Sirius espalhando aos quatro cantos sua condição especial.
- Oh, eu sei – disse Tonks, bem calma.
- Perdão? Você... sabe? Alastor! – reclamou Lupin, desgostoso.
- Ela tinha que saber antes de entrar, ora. Tem coisas piores para se ter medo por aí.

A imagem se desfez diante de si e ele foi levado para outro momento, naquela mesma sala. Tonks estava ao lado de Lupin, conversando.
- Nossa! Deve ser muito difícil ser ele.
- O Harry é um menino muito bom, Ninfadora.
- Não me chame de Ninfadora, Remo. É Tonks. Você sabe.
Ted notou um sorriso maroto brotar nos lábios do pai, antes que ele tomasse um gole da xícara de chá.
- Vamos buscá-lo hoje. Qual foi sua ideia genial para tirar os trouxas de lá?
- Ah, nada de mais. Um concurso bobo do gramado mais bem cuidado da Grã-Bretanha.
Lupin revirou os olhos e a encarou, incrédulo. Ela sorriu. Depois o próprio Ted sorriu, entendendo mais do que aqueles dois.

Mais uma vez tudo ficou turvo e ele se viu no escuro.
- Abaixe sua varinha, garoto, antes que fure o olho de alguém – disse uma voz em tom de grunhido.
Ted estava na casa de Harry Potter. Essa lembrança ele conhecia, pelo que Harry lhe contara anos atrás. Seu pai e sua mãe juntos, mais uma vez, agora em missão.
- Está tudo bem Harry. Nós viemos para levá-lo daqui - disse seu pai.
- Por que estamos de pé no escuro? – foi a vez de sua mãe falar – Lumus! Ah, ele realmente parece com o que eu imaginava. Wotcher, Harry!
Ted riu. Enquanto todos conversavam, Ted notou que sua mãe ficava de olho no que Lupin falava com Harry. Até se intrometeu falando que ela tinha mandando os trouxas para receber um prêmio nacional que nunca existiu. Seu pai apresentou Harry a todos e a sua mãe.
- E essa é Nymphadora...
- Não me chame Nymphadora, Remo - disse a bruxa chateada. - É Tonks.
- Nymphadora Tonks, que prefere ouvir apenas seu sobrenome.
- Você também preferiria se sua mãe lhe desse o nome de Nymphadora - resmungou Tonks.
Os olhares que eles trocavam já indicava muita coisa, embora eles ainda não soubessem disso. Ted sorria a cada briguinha, troca de insultos e tudo mais.

A cena mudou mais uma vez. Ted sentiu falta da conversa que Harry disse que teve com sua mãe no quarto, mas achou que aquilo não era, de fato, tão importante. Não ligava mais em cair rodopiando. Sua mãe estava lhe contando a história dos dois, do seu jeito. Os dois estavam entrando na casa de Sirus, que agora era de Harry. Ted viu Tonks puxar o malão de Harry e Lupin a impedir, colocando sua mão sobre a dela.
- Pode deixar. Eu levo.
- Ok – disse Tonks, com um sorriso, enquanto pegava a gaiola de Edwiges.

A cena se adiantou um pouco até o momento em que Tonks e Lupin ajudavam a trancar com magia a porta do Grimmauld Place. Sra Weasley falava algo para seu padrinho, enquanto Tonks caminhava olhando para Lupin. Ted tentou avisar, mas era uma lembrança, de nada adiantaria. Tonks tropeçou no guarda-chuva da entrada e caiu, de cara no chão, derrubando e quebrando coisas. Lupin a ajudou a levantar, enquanto a Sra Black gritava horrores.
- Ninfadora, me admira você ter passado em Vigilância e Rastreamento.
- É Tonks, Remo. E eu quase não passei, na verdade.
- Me pergunto se você ainda tem salvação – disse, sorrindo para ela.
- Pelo menos eu sou uma pessoa que sei me divertir.
- O que você quer dizer com isso?
- Nada – retrucou a auror.
- São tempos difíceis...
- Sei, sei. Vamos jantar que é melhor! – e saiu na frente, deixando um Lupin pensativo atrás de si.
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Re: [Fic Comédia] O Dia Perfeito - Lufa-Lufa

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Mais uma vez acelerou-se os momentos e ele se deparou na cozinha. Sua mãe animadamente se oferecia para ajudar a Sra Weasley. A caminho do armário, estabanada, tropeçou na cadeira e a derrubou. Ted notou que Lupin observava a cena da porta, rindo das trapalhadas de Tonks. Sua mãe até fez um maravilhoso nariz de porco para Gina, que gargalhou e, quando notou que Lupin mantinha uma expressão de surpresa com um meio sorriso, desfez rapidamente a metamorfose. Ela caminhou com as tigelas vazias para a comida, mas tropeçou no gato de Hermione, jogando tudo para o ar. Com a varinha, Lupin fez tudo flutuar até chegar aos braços de Tonks.
- Obrigada.
- Belo nariz!
- Ah, cala a boca, Remo!

O cenário continuava o mesmo, apenas o tempo mudava. Ted estava começando a achar que aquele era o momento em que eles estavam se apaixonando. Sorriu. Lupin estava sentado na sala, lendo o Profeta Diário, quando Tonks entrou.
- Novidades?
- As de sempre – informou Lupin – Como foi com o fantasma assassino?
- Divertido! Como foi consertar o relógio chato?
- Chato – deu de ombros e Tonks sorriu.
- É meio estranho pensar que minha mãe morou aqui – disse, sentando-se no braço da poltrona de frente para Lupin. Ela se desequilibrou, mas não caiu.
- Andrômeda era diferente. Como o Sirius.
- Eu sou diferente? – perguntou Tonks com uma expressão sincera e Ted viu seu pai disfarçar um leve desconforto.
- Claro que sim. Ou não estaria do nosso lado.
Ted notou que não era exatamente isso que ela queria ouvir e parece que seu pai também, pois ele continuou.
- Além disso, quem mais nos faria rir em tempos como este?
Tonks abriu um largo sorriso. A cena se desfez.

Era noite, a casa estava escura. Tonks desceu as escadas e caminhou para a cozinha, onde Lupin estava, com uma vela acesa, lendo algumas anotações.
- Não conseguiu dormir?
Lupin pareceu olhar surpreso para ela.
- Não. Muitas coisas na cabeça. Acho que é a primeira vez que você se aproxima sem fazer barulho, Tonks.
- Acho que é a primeira vez que você me chama logo de Tonks, Remo.
- Ah, não se preocupe. Certamente não voltará a acontecer.
Ela sorriu e sentou ao lado dele, derramando a vela e melando os papéis com a cera derretida.
- Ai, desculpa! Eu sinto muito!
- Está bem, está bem – disse, sacando a varinha e limpando tudo – Você é um perigo para si e para os outros, sabia?
- Minha mãe costuma dizer isso com freqüência – respondeu, divertida.
- Como você virou auror, Tonks? – perguntou, encarando-a.
- Ah, eu sou meio inteligente, sabe? – ambos sorriram.
- Por que você virou auror? – perguntou, ainda sorrindo.
- Porque eu gosto de ajudar – disse, sincera.
- Por que você está conversando com um lobisomem no meio da noite? – brincou.
- Acho que gosto desse lobisomem.
O sorriso jocoso de Lupin foi desaparecendo aos poucos, enquanto o de Ted ficava radiante. Ele a encarava séria, enquanto ela mantinha um sorriso no rosto.
- Está aí duas palavras que nunca ouvi juntas. Gostar e lobisomem – respondeu, deixando de encarar Tonks e levando na brincadeira o que ela disse.
- Boa noite! – disse sua mãe, de repente, e tentou sair rapidamente dali. Desastrada, não conseguiu sair do lugar sem prender o pé no banco onde estava sentada. Lupin a agarrou, antes que caísse de cara no chão.
- Você está maluca? – ele lhe perguntou, ainda segurando-a em seus braços.
- Tenho certeza que não – respondeu, encarando-o enquanto ele a colocava de pé – Você é um grandessísimo idiota, sabia? – disse, virando-se para a porta, agora sem obstáculos.
Ted olhava suplicante para o pai.
- Ninfadora...
Ela parou, chateada, e se virou para resmungar, mais uma vez.
- É Tonks! – e se deparou com um Lupin próximo a ela.
- Eu sei.
Ele colocou suas mãos entre o rosto de sua mãe, que tinha forma de coração e a beijou. O cabelo dela se tornou violeta berrante. Ted vibrou, pulando na memória, e escorregou para outro cenário.

Cozinha, pela manhã. Seus pais estavam sentados juntos, conversando bem baixinho. Ted teve que ficar bem próximo para ouvir alguma coisa.
- Isso é ridículo, Remo. E depois a criança sou eu.
- Tonks, não acho prudente que essas coisas sejam reveladas em tempos como este...
- “Essas coisas” é o nosso relacionamento, Remo. Vamos ficar assim por quanto tempo? Até a Sra Black ver e começar a gritar pelos quatro cantos da casa?
- Tonks... eu não acho que eu...
- Ah, pára! – disse, colocando a mão no rosto dele – Esse lance de eu sou mais velho, não tenho dinheiro e sou lobisomem não está dando mais para agüentar. Você não entende, não é? Eu não me importo.
- Tonks, querida... – e observou ela comer desgostosa seu café da manhã. Havia uma sujeira no canto da boca dela, que ele limpou – Vamos esperar um pouco, está bem? Só um pouco mais.
- Remo, nesses tempos, um pouco mais pode se tornar nunca mais.
Ambos foram interrompidos por Rony, Harry e Hermione, que entraram.
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Re: [Fic Comédia] O Dia Perfeito - Lufa-Lufa

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O cenário mudou completamente. Estavam em uma Ala Hospitalar e Ted observava seu pai encarar Tonks de forma muito séria. Ela estava deitada na maca, inconsciente, e ele tinha o rosto marcado por uma longa noite de tristeza. Ted deduziu que aquele deveria ser o St Mungus. Tonks despertou devagar, olhando ao redor e encarando um Lupin arrasado.
- Remo? – disse, fraca.
- Olá, Tonks. Que bom que acordou. Moody está bem preocupado com você.
- Remo, o que houve?
- Sirius está morto.
Tonks soltou um grito de surpresa e pavor.
- Quem...?
- Bellatriz.
- Aquela vaca! – disse, com os olhos transbordando em lágrimas – Eu vou matar aquela vaca! – sentou-se na cama, ainda sentindo um pouco de dor – Lupin, eu sinto tanto... sei que ele era seu grande amigo...
- É. Todos de quem eu gosto estão mortos ou correndo grande perigo – disse, encarando-a.
- Remo... não...
- É o melhor. Eu não quero ter que sofrer mais assim.
- Remo...
- Eu já tenho um destino bem ruim, sou um lobisomem. Não vou te atrair para isso.
- Remo... não ouse...
- Adeus, Tonks. Nos veremos em missões.
- Remo! Remo! – seu pai sumiu e sua mãe estava fraca para ir atrás dele.

Ted foi levado para outra época. Remo e Tonks estavam em uma ruela de Londres, discutindo. Parecia que isso acontecera diversas vezes e sua mãe havia pulado algumas partes.
- Remo, olhe para mim! Remo!
- Tonks, eu já disse. Eu não quero que você viva uma vida assim. Você merece alguém melhor, mais jovem, mais rico, sem... problemas...
- Remo John Lupin, eu não me importo! – gritou, fazendo as janelas trincarem.
- Por Merlim, Tonks! Seja discreta.
- Eu não vou desistir de você, Remo. Mesmo que você já tenha desistido de nós dois. Eu não vou ser vencida por esses seus argumentos falhos. Eu vou lutar, vou competir com a sua teimosia idiota e vou vender, Remo. Porque eu te amo, seu babuíno boboca! – deu um beijo nele e depois desaparatou.

Ted estava ficando impaciente com o próprio pai. Como ele podia negar um amor tão grande quanto o dela? Ela não se importava e nem Ted, claro. Ele foi levado para outro momento. Ela estava na sala do diretor de Hogwarts e foi a primeira vez que ele via o grande Dumbledore em pessoa. Ele estava sentado ao lado de Tonks, enquanto ela chorava um pouco.
- Não sei mais o que fazer, Dumbledore.
- Eu sei, minha querida. O Remo passa... por uma situação difícil.
- E não passo eu também?
- É claro que sim, Tonks. Mas o Remo tem dificuldade em aceitar a felicidade quando ela bate à sua porta. Veja bem, ele sempre foi muito fechado. Teve poucos amigos e agora todos estão mortos. Por um tempo, minha cara, eu vi que você trouxe mais sorriso para a vida do nosso querido lobisomem, mas, após a morte de Sirius, ele voltou a se fechar.
- O que eu faço?
- Espere. Só o que você pode fazer é esperar e não desistir. Agora, vamos, precisamos retomar um pouco de vida nesse rosto! Onde está aquele tom rosa chiclete que eu tanto gosto?
- Eu não consigo mais.
- Mas em breve conseguirá. Eu sei.

A cena mudou radicalmente. Estava na Ala Hospitalar de Hogwarts. Sua mãe encarava o rapaz deitado da maca e depois direcionava o olhar a Lupin. Seu pai estava nervoso. A Sra Weasley discutia com a atual esposa de Gui. Foi quando sua mãe irrompeu:
- Veja! Ela ainda quer casar com ele, mesmo ele estando com essas mordidas! Ela não se importa!
Ted viu seu pai ficar completamente tenso e sem coragem para encará-la.
- É diferente. Gui não vai ser um lobisomem por completo. Os dois casos são completamente...
- Mas eu não me importo com nenhum dos dois, não me importo! Eu te disse um milhão de vezes...
Sua mãe o sacudia violentamente e Ted a ajudaria, se pudesse. Não importa quão próximo ela estivesse dele, ele desviava o olhar.
- E eu te disse milhões de vezes que eu sou muito velho pra você, muito pobre... Muito perigoso...
PELO AMOR DE MERLIM!! – gritou, Ted, mas ninguém o ouviu.
- Eu te disse desde o começo que você está colocando obstáculos ridículos nisso, Remo.
ISSO, SRA WEASLEY! – vibrou o rapaz.
- Eu não estou sendo ridículo. Tonks merece alguém jovem e inteiro.
- Mas ela quer você.
BOA, SR WEASLEY!! –vibrou ainda mais.
- Esse não... É o momento para discutir isso.
PAAAAAI!! – gritou, impaciente, Ted.
- Dumbledore ficaria feliz que alguém soubesse que há algum amor no mundo.
As palavras de McGonagall foram a última coisa que ele ouviu, antes que tudo virasse uma nuvem de fumaça.
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Re: [Fic Comédia] O Dia Perfeito - Lufa-Lufa

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Lupin e Tonks estavam caminhando por um corredor, quando ele indicou uma sala onde pudessem conversar. Ted entrou com eles. Ambos tinham uma expressão cansada, estavam machucados e empoeirados, mas havia esperança em seus olhos. Ted viu sua mãe recostar-se na mesa e aguardar Lupin começar.
- Eu sei que fui um idiota...
- Sim, você foi – ela disse, direta.
- Eu sei que eu tratei você mal...
- Ô! E como!
Remo se sentiu mal.
- Eu acreditava que estava fazendo o melhor para você!
- Acreditou errado.
- Poxa, Tonks! Eu estou tentando me desculpar com você!
- E por que está perdendo seu tempo com isso, seu babuíno boboca? – ela lhe deu um sorriso e Remo se aproximou, beijando-a intensamente.
Ted vibrou, seu cabelo tinha assumido uma coloração vermelho tomate, num corte moicano. Depois de alguns longos minutos, eles se desgrudaram.
- Sei que o momento não é apropriado, Tonks, mas quero me redimir pelo que fiz você sofrer. Vamos sumir. Só eu e você. Somente por um dia – ela lhe sorriu.
- Será o dia perfeito.
Os dois deram as mãos e seguiram para os preparativos do enterro de Dumbledore. O cabelo de Tonks estava rosa pink chiclete. Havia conseguido, afinal. Ted não pôde acompanhar mais, pois a cena mudou de novo.

Remo e Tonks caminhavam com algumas sacolas nas mãos, por um bairro trouxa. Estavam tão distantes da guerra, que parecia outra realidade. E era justamente disso que eles precisavam. Ted os acompanhou, lado a lado, ouvindo as palavras de carinho que eles trocavam.
- Chegamos – disse Lupin, quando pararam diante de uma casa amarela.
- Não podia ser violeta?
- Tonks, não podemos chamar atenção, lembra?
- E por que violeta chamaria atenção?
Remo sorriu e abriu a porta com a chave. Voltou e a carregou para dentro da casa, ambos sorrindo. Tonks prendeu o pé na maçaneta da porta, mas Lupin foi ágil o suficiente para não deixá-los cair.
- Você continua um perigo.
- Certas coisas nunca mudam – sorriu, enquanto tirou a varinha do bolso e colocou as malas para dentro.
- Sem varinhas, Tonks! Lembre-se de que temos que ficar incógnitos e com pouco nível de magia.
- Ai, desculpa! Esqueci! Bela casa de trouxas. Limpinha, não é?
- É uma casa de aluguel. Eles limpam quando as pessoas saem.
- Esses trouxas são engraçados. Alugar casas... Onde já se viu?
Lupin se deixou largar no sofá e ligou a TV, encarando meio desinteressado para o aparelho diante de si. Contudo, era uma forma de se manter conectado com os movimentos de Voldemort.
- Na-na-ni-na-não! – disse, Tonks – Nada de TV – e desligou o aparelho.
- Mas amor, eu quero ver o jogo!
- Você não me engana, Remo Lupin.
Ele sorriu e se largou no sofá.
- Esqueço que você possui técnicas de auror.
- Estou com fome. Vamos comer alguma coisa? – disse, dirigindo-se para a cozinha.
- Tonks, querida, o que eu disse sobre ficar longe de lugares que você pode destruir?
Ela se virou para ele com um olhar mortal.
- Desde quando você virou esse humorista todo de stand up comedy?
Ele sorriu.
- Desde que você acalmou o lobo que existe em mim – disse, abraçando-a.
- Jura? Que pena. Pensei que eu ia causar exatamente o contrário hoje – e sorriu, diabólica.
- Cuidado com o que pede. Pode se tornar realidade.
- Abracadabra!
Ted olhou sem graça para as paredes por um tempo. Ficou encarando a sala, enquanto aqueles dois trocavam beijos acalorados na cozinha. Logo pensou: Não precisava ser tãaaao em detalhes, mãe.
- O que vamos comer? – repetiu Tonks – Posso preparar algo.
- E você sabe lidar com isso, amor?
- Remo, amor, eu morei sozinha por um tempo, sabe? Aprendi a me virar super bem. Agora sou quase tão bem prendada quanto a minha mãe.
Lupin a olhou desconfiado.
- Certo. Vou levar as coisas para o quarto.
Tonks ficou sozinha na cozinha e Ted observou ela fazer todo o tipo de feitiços prontos. Por incrível que parecesse, ela só não conseguia socar alho com magia. Teve que fazê-lo à moda antiga e derrubou uma série de panelas de alumínio que estavam pendendo em cima da mesa da pia. Em minutos, uma bela macarronada estava pronta e um bolo no fogão. Remo ficou surpreso.
- Tonks!
- Eu disse que tinha melhorado – disse, erguendo a travessa de macarronada.
No caminho, tropeçou na cadeira e jogou a tigela e a macarronada para o alto, que virou na cabeça de Remo, sem tempo para reação. Tonks começou a rir alucinadamente, enquanto Lupin, vagarosamente retirava a tigela da cabeça e alguns fios de macarrão dos olhos. Ted se curvou de tanto rir porque, apesar de tudo, Lupin estava com grande sorriso no rosto. Tonks foi até Remo e começou a mexer no rosto dele com os pedaços do macarrão. Quando Ted deu para ver a obra final, ele parecia a cara do Pai Mei. O próprio Lupin riu ao ver sua imagem refletida.
- Não posso me queixar de falta de criatividade. Como estou?
Tonks pegou o fio de macarrão que era seu bigode e o comeu.
- Gostoso! Mas falta um pouquinho de sal.
- Você está me chamando de sem sal? Venha cá sua bruxa atrevida!
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Re: [Fic Comédia] O Dia Perfeito - Lufa-Lufa [Att 05/10]

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Lupin correu atrás de Tonks pela cozinha, que fazia charme, fugindo dele. Ted acompanhava tudo da porta.
- Na-na-na-nãaaaaaaa! – fez Tonks, balançando-se para ele.
Lupin a pegaria, mas ela aparatou para a sala. Ele a seguiu, também aparatando.
- Sem aparatações, Tonks.
- Quem disse isso? – e com um crack foi para a sacada do andar de cima.
- Estamos escondidos, lembra?
Aparatou para perto dela, que, segundos antes de tocá-la, desaparatou.
- Tonks!
- Você vai ter que ser mais rápido se quiser pegar uma auror, meu caro Professor Lupin – disse, com um teor maroto em suas palavras.
Os dois passaram então a uma série de aparatações e desaparatações, sobre o olhar divertido e as risadas gostosas de Ted. Ele pôde ver como a sua mãe fazia o mundo do seu pai mais feliz e como o inverso era verdadeiro. Havia tanto amor ali que nada poderia separá-los. Foi então que a campahia tocou. Os dois aparataram na porta e Tonks a abriu, com Lupin atrás dela, ainda com um pouco de macarrão e molho sobre o corpo. Um trouxa velho e gordo os encarava abismado. Tonks então se lembrou de que seu cabelo estava rosa pink e Lupin retirou os macarrões.
- Boa tarde. Nós somos seus vizinhos e ouvimos... alguns barulhos de coisa se rachando...
Tonks botou as mãos para trás e retirou a varinha do bolso, ligando a TV, enquanto Lupin ouvia as reclamações do velho.
- Foi o filme na TV que estávamos assistindo. Sentimos muito se o volume estava alto – disse Tonks, com a maior cara de inocente.
- É o home tieter.
- Home teather, bem – corrigiu-o Tonks.
- Que seja. Desculpe, senhor, vamos abaixar o volume – dito isso, fecharam a porta e se puseram a rir muito – Só você pra me colocar numa situação dessas, Tonks!
- Amor, devo dizer que você pareceu muito apetitoso abrindo a porta com todo esse macarrão e esse molho de tomate.
- Por Merlim! Eu deveria estar ridículo! Se alguém me visse desse jeito...
- Eu te vi. E posso ser bem sincera... gosto do que vejo – e o beijou.
Ted estava sentado no sofá olhando a cena, quando ambos desaparataram e apareceram em seu colo. Ted rapidamente saiu dali resmungando, pego de surpresa. Ter os pais namorando no seu colo não era bem uma lembrança que gostaria de ter.
Remo levantou-se do sofá com uma cara marota e foi até a estante de CDs dos trouxas. Escolheu uma música e colocou no aparelho de som.
- Sabe o que seria interessante?
- O que, amor?
- Dançar.
Um tango começou a tocar no aparelho de som e Tonks se engasgou com a própria saliva.
- Amor, não... não acho uma boa ideia não, sabe? Eu sou... você sabe... tenho dois pés esquerdos e sou atrapalhada e...
Remo a pegou pelos braços e a levantou, colocando-a próxima a si.
- O tango, Tonks, é uma dança maravilhosa que conta uma história de amor. Pode acabar bem, pode acabar mal.
- E como essa termina?
- Como a gente quiser – disse Remo – Agora, vamos passar para o movimento básico, sim? Acompanhe estes passos simples. Para a frente e para trás... ai!
Tonks havia pisado no seu pé.
- Desculpe, desculpe! Amor, de verdade, não é uma boa...
- De novo, vamos. Estou disposto a lhe ensinar alguma coisa hoje.
- Você pode ensinar outras coisas...
- A gente já chega nessa parte – ele disse, com um sorriso sedutor.
Ted estava adorando a aula de tango de seu pai. Tonks já havia pisado no pé dele quatrocentas mil vezes, chutado sua canela, batido com o braço no rosto dele, derrubado os dois no sofá, quase dado uma joelhada num lugar bem sensível, batido na quina da estante, quebrado alguns bibelôs quando bateu na estante, enfim, ela era o caos em forma de gente. E Ted dava muitas gargalhadas junto deles. Estavam felizes e ele estava feliz em ver tudo aquilo. Tonks já estava pegando alguns passos, quando Lupin parou.
- O que?
- Tonks, eu que guio.
- Mas o que eu estou fazendo?
- Você está me guiando.
- Não estou não.
- Claro que está.
- Claro que não.
- Claro que sim, Tonks.
- Lógico que não. E dizem que no tango se uma mulher começa a guiar é porque o homem não está fazendo o trabalho dele.
Dito isso, Remo a segurou mais forte.
- Ai! Assim você quebra meus ossinhos, lobo mau.
Os dois riram e continuaram dançando.
- Eu tenho uma pergunta para lhe fazer, Tonks – disse, ainda dançando.
- O que, amor?
Caminharam de um lado a outro da sala, no trote do tango.
- Por que se apaixonar por um lobisomem? – perguntou, ao deitá-la sobre seus braços.
- A gente não escolhe por quem se apaixonar, sabe? Mas eu sempre quis ter um husky de estimação...
- Tonks!
- Oh, está bem – disse, deixando-se levar – Certa vez eu fui em missão para Portugal e estava passando uma novela brasileira – disse, muito séria – E nessa novela tinha um homem mais velho, chamado Tony Ramos, e quando ele tirava a camisa ficava igual a você em noite de lua cheia. Não pude resistir!
- Ah, Tonks!
- Remo, você é um homem bom, justo, honesto, charmoso e muito guerreiro. Quem não se apaixonaria por você? Você pode não ser o príncipe encantado, mas com certeza é o meu lobo mau.
Lupin sorriu e a apertou mais forte contra o seu corpo, beijando-a.
- Sua vez agora – disse ela, retomando a dança.
- Minha vez de que?
- Sua vez de dizer por que se apaixonou por mim, ora bolas.
- Hum... deixe-me pensar... – e a conduziu num perfeito 8 - Acho que você tem um ângulo interessante quando vista caída no chão...
Ted não pôde controlar o riso. De fato, ele mesmo a tinha visto se estabanar no chão várias vezes.
- Ahhhhn...
- Mas com certeza sua atração por bancos, poltronas, quinas de coisas, armários e todo o tipo de objeto é uma coisa que deixa os homens loucos, sabia? – ela riu, sem graça – Talvez seja essa sua capacidade de colocar um cabelo de cada cor ou até a possibilidade metamorfa de estar com uma mulher diferente a cada dia...Ai!
Tonks havia lha dado um tapa.
- Mas acho que, sem sombra de dúvidas, foi aquele nariz de porco.
Tonks soltou uma longa gargalhada ao que Ted acompanhou.
- Aquele nariz de porco?
- Aquele nariz de porco. Eu não tenho palavras para descrever o dia em que vi você fazer aquilo.
- O meu nariz de porco.
- É claro. Me apaixonei na hora. Não posso ver uma mulher com nariz de porco na minha frente que fico louco – ambos riram – Faz o nariz de porco pra mim, faz!
- Ah, Remo...
- Faz, amooooor!
Cedeu, não conseguindo competir com sua base firme e negativa diante do olhar de hipogrifo molhado abandonado ao relento que ele fazia.
- Agora faz oinc oinc.
- Ah, Remo, assim não vai rolar...
- Faz oinc oinc! Só uma vez!
Ela revirou os olhos.
- Oinc oinc!
E ele desaparatou, levando-a para o quarto. Ted deu graças a Merlim por não ter sido levado para lá. Aquilo, definitivamente, ele não precisava ver. Contudo, achou estranho que ainda estivesse na sala e não enviado para outra lembrança. Alguns minutos depois notou um leve cheiro de queimado vindo da cozinha. Lá, o forno fumegava com algo queimado dentro. A fumaça alcançou o sprinkler da cozinha, soando um alarme e ativando o sistema de toda a casa. Começou a chover dentro da casa e logo Ted ouviu gritos que vinham do quarto.
Lupin apareceu na cozinha com uma cueca samba canção preta de estrelinhas amarelas e Tonks veio em seguida, com uma lingerie rosa berrante que pouco escondia. Ted olhou para as paredes, sem graça com aquilo, mas depois riu com a confusão que presenciou na cozinha.
- Apaga isso, Remo! – gritou.
Ele desligou o fogo e abriu o forno. Uma fumaça negra saiu de lá, contaminando a cozinha e a sala com o cheiro de queimado. O barulho do sprinkler atrapalhava na hora de um falar com o outro.
- Desliga essa coisa, Remo! – e apontou para o sprinkler.
- Quem mandou você colocar coisas no forno? Aquela coisa está achando que está pegando fogo.
- Desligaaa! Tá molhando tudo! – falou alto, dando pulinhos.
- Eu não sei como desligar esse negócio – respondeu, na mesma altura, já ensopado.
- Usa a sua varinha, né?
- A minha varinha está lá em cima. Cadê a sua?
- Você vê algum lugar onde eu possa colocar uma varinha nessa roupa?
Ele a encarou por alguns instantes e sorriu.
- Deixa aí. Já molhou a casa toda mesmo – e se aproximou dela.
- Você é louco.
- É. Dessa vez você pode estar certa, Tonks.
Enquanto eles se beijavam, a porta da sala foi colocada abaixo e uma série de bombeiros invadiram, procurando o foco do incêndio. Ted rachou de rir quando os bombeiros deram de cara com Tonks e Lupin, em roupas íntimas, no meio da cozinha enfumaçada. Tonks gargalhou descontroladamente e se escondeu atrás da bancada da pia, enquanto Remo, com uma panela na frente da samba canção, explicava aos bombeiros, com a cara vermelha como um tomate, que foi um incidente e que ele não sabia desligar aquele negócio.
Os bombeiros desligaram o sistema, enquanto curiosos começaram a entrar na casa. Sem poder usar a magia para trocar de roupa, teve que botar o povo para fora, ameaçando dar paneladas se não saíssem.
- Mas que falta de vergonha – disse o vizinho velho e gordo.
- Foi um acidente, só isso.
- Eu bem vejo que fogo foi esse que foi colocado na casa – disse o senhor, ao ver Tonks botar meio corpo para fora da cozinha.
- Okay, senhor, o fogo é problema meu e agora eu peço que se retire.
- O proprietário ficará sabendo!
- Tenho certeza disso – e bateu a porta na cara do velho – Que trouxa enxerido!
- A gente vai ter que enxugar tudo isso daqui – disse Tonks, olhando o estrago.
- Mais tarde a gente faz isso. Já estamos adiando por tempo demais uma coisa – e sorriu, maroto.
Ambos subiram correndo para o quarto e a imagem se desfez.
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Re: [Fic Comédia] O Dia Perfeito - Lufa-Lufa [Att 07/08]

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Lupin correu atrás de Tonks pela cozinha, que fazia charme, fugindo dele. Ted acompanhava tudo da porta.
- Na-na-na-nãaaaaaaa! – fez Tonks, balançando-se para ele.
Lupin a pegaria, mas ela aparatou para a sala. Ele a seguiu, também aparatando.
- Sem aparatações, Tonks.
- Quem disse isso? – e com um crack foi para a sacada do andar de cima.
- Estamos escondidos, lembra?
Aparatou para perto dela, que, segundos antes de tocá-la, desaparatou.
- Tonks!
- Você vai ter que ser mais rápido se quiser pegar uma auror, meu caro Professor Lupin – disse, com um teor maroto em suas palavras.
Os dois passaram então a uma série de aparatações e desaparatações, sobre o olhar divertido e as risadas gostosas de Ted. Ele pôde ver como a sua mãe fazia o mundo do seu pai mais feliz e como o inverso era verdadeiro. Havia tanto amor ali que nada poderia separá-los. Foi então que a campahia tocou. Os dois aparataram na porta e Tonks a abriu, com Lupin atrás dela, ainda com um pouco de macarrão e molho sobre o corpo. Um trouxa velho e gordo os encarava abismado. Tonks então se lembrou de que seu cabelo estava rosa pink e Lupin retirou os macarrões.
- Boa tarde. Nós somos seus vizinhos e ouvimos... alguns barulhos de coisa se rachando...
Tonks botou as mãos para trás e retirou a varinha do bolso, ligando a TV, enquanto Lupin ouvia as reclamações do velho.
- Foi o filme na TV que estávamos assistindo. Sentimos muito se o volume estava alto – disse Tonks, com a maior cara de inocente.
- É o home tieter.
- Home teather, bem – corrigiu-o Tonks.
- Que seja. Desculpe, senhor, vamos abaixar o volume – dito isso, fecharam a porta e se puseram a rir muito – Só você pra me colocar numa situação dessas, Tonks!
- Amor, devo dizer que você pareceu muito apetitoso abrindo a porta com todo esse macarrão e esse molho de tomate.
- Por Merlim! Eu deveria estar ridículo! Se alguém me visse desse jeito...
- Eu te vi. E posso ser bem sincera... gosto do que vejo – e o beijou.
Ted estava sentado no sofá olhando a cena, quando ambos desaparataram e apareceram em seu colo. Ted rapidamente saiu dali resmungando, pego de surpresa. Ter os pais namorando no seu colo não era bem uma lembrança que gostaria de ter.
Remo levantou-se do sofá com uma cara marota e foi até a estante de CDs dos trouxas. Escolheu uma música e colocou no aparelho de som.
- Sabe o que seria interessante?
- O que, amor?
- Dançar.
Um tango começou a tocar no aparelho de som e Tonks se engasgou com a própria saliva.
- Amor, não... não acho uma boa ideia não, sabe? Eu sou... você sabe... tenho dois pés esquerdos e sou atrapalhada e...
Remo a pegou pelos braços e a levantou, colocando-a próxima a si.
- O tango, Tonks, é uma dança maravilhosa que conta uma história de amor. Pode acabar bem, pode acabar mal.
- E como essa termina?
- Como a gente quiser – disse Remo – Agora, vamos passar para o movimento básico, sim? Acompanhe estes passos simples. Para a frente e para trás... ai!
Tonks havia pisado no seu pé.
- Desculpe, desculpe! Amor, de verdade, não é uma boa...
- De novo, vamos. Estou disposto a lhe ensinar alguma coisa hoje.
- Você pode ensinar outras coisas...
- A gente já chega nessa parte – ele disse, com um sorriso sedutor.
Ted estava adorando a aula de tango de seu pai. Tonks já havia pisado no pé dele quatrocentas mil vezes, chutado sua canela, batido com o braço no rosto dele, derrubado os dois no sofá, quase dado uma joelhada num lugar bem sensível, batido na quina da estante, quebrado alguns bibelôs quando bateu na estante, enfim, ela era o caos em forma de gente. E Ted dava muitas gargalhadas junto deles. Estavam felizes e ele estava feliz em ver tudo aquilo. Tonks já estava pegando alguns passos, quando Lupin parou.
- O que?
- Tonks, eu que guio.
- Mas o que eu estou fazendo?
- Você está me guiando.
- Não estou não.
- Claro que está.
- Claro que não.
- Claro que sim, Tonks.
- Lógico que não. E dizem que no tango se uma mulher começa a guiar é porque o homem não está fazendo o trabalho dele.
Dito isso, Remo a segurou mais forte.
- Ai! Assim você quebra meus ossinhos, lobo mau.
Os dois riram e continuaram dançando.
- Eu tenho uma pergunta para lhe fazer, Tonks – disse, ainda dançando.
- O que, amor?
Caminharam de um lado a outro da sala, no trote do tango.
- Por que se apaixonar por um lobisomem? – perguntou, ao deitá-la sobre seus braços.
- A gente não escolhe por quem se apaixonar, sabe? Mas eu sempre quis ter um husky de estimação...
- Tonks!
- Oh, está bem – disse, deixando-se levar – Certa vez eu fui em missão para Portugal e estava passando uma novela brasileira – disse, muito séria – E nessa novela tinha um homem mais velho, chamado Tony Ramos, e quando ele tirava a camisa ficava igual a você em noite de lua cheia. Não pude resistir!
- Ah, Tonks!
- Remo, você é um homem bom, justo, honesto, charmoso e muito guerreiro. Quem não se apaixonaria por você? Você pode não ser o príncipe encantado, mas com certeza é o meu lobo mau.
Lupin sorriu e a apertou mais forte contra o seu corpo, beijando-a.
- Sua vez agora – disse ela, retomando a dança.
- Minha vez de que?
- Sua vez de dizer por que se apaixonou por mim, ora bolas.
- Hum... deixe-me pensar... – e a conduziu num perfeito 8 - Acho que você tem um ângulo interessante quando vista caída no chão...
Ted não pôde controlar o riso. De fato, ele mesmo a tinha visto se estabanar no chão várias vezes.
- Ahhhhn...
- Mas com certeza sua atração por bancos, poltronas, quinas de coisas, armários e todo o tipo de objeto é uma coisa que deixa os homens loucos, sabia? – ela riu, sem graça – Talvez seja essa sua capacidade de colocar um cabelo de cada cor ou até a possibilidade metamorfa de estar com uma mulher diferente a cada dia...Ai!
Tonks havia lha dado um tapa.
- Mas acho que, sem sombra de dúvidas, foi aquele nariz de porco.
Tonks soltou uma longa gargalhada ao que Ted acompanhou.
- Aquele nariz de porco?
- Aquele nariz de porco. Eu não tenho palavras para descrever o dia em que vi você fazer aquilo.
- O meu nariz de porco.
- É claro. Me apaixonei na hora. Não posso ver uma mulher com nariz de porco na minha frente que fico louco – ambos riram – Faz o nariz de porco pra mim, faz!
- Ah, Remo...
- Faz, amooooor!
Cedeu, não conseguindo competir com sua base firme e negativa diante do olhar de hipogrifo molhado abandonado ao relento que ele fazia.
- Agora faz oinc oinc.
- Ah, Remo, assim não vai rolar...
- Faz oinc oinc! Só uma vez!
Ela revirou os olhos.
- Oinc oinc!
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Re: [Fic Comédia] O Dia Perfeito - Lufa-Lufa [Att 10/08]

Post by Rita Skeeter »

E ele desaparatou, levando-a para o quarto. Ted deu graças a Merlim por não ter sido levado para lá. Aquilo, definitivamente, ele não precisava ver. Contudo, achou estranho que ainda estivesse na sala e não enviado para outra lembrança. Alguns minutos depois notou um leve cheiro de queimado vindo da cozinha. Lá, o forno fumegava com algo queimado dentro. A fumaça alcançou o sprinkler da cozinha, soando um alarme e ativando o sistema de toda a casa. Começou a chover dentro da casa e logo Ted ouviu gritos que vinham do quarto.
Lupin apareceu na cozinha com uma cueca samba canção preta de estrelinhas amarelas e Tonks veio em seguida, com uma lingerie rosa berrante que pouco escondia. Ted olhou para as paredes, sem graça com aquilo, mas depois riu com a confusão que presenciou na cozinha.
- Apaga isso, Remo! – gritou.
Ele desligou o fogo e abriu o forno. Uma fumaça negra saiu de lá, contaminando a cozinha e a sala com o cheiro de queimado. O barulho do sprinkler atrapalhava na hora de um falar com o outro.
- Desliga essa coisa, Remo! – e apontou para o sprinkler.
- Quem mandou você colocar coisas no forno? Aquela coisa está achando que está pegando fogo.
- Desligaaa! Tá molhando tudo! – falou alto, dando pulinhos.
- Eu não sei como desligar esse negócio – respondeu, na mesma altura, já ensopado.
- Usa a sua varinha, né?
- A minha varinha está lá em cima. Cadê a sua?
- Você vê algum lugar onde eu possa colocar uma varinha nessa roupa?
Ele a encarou por alguns instantes e sorriu.
- Deixa aí. Já molhou a casa toda mesmo – e se aproximou dela.
- Você é louco.
- É. Dessa vez você pode estar certa, Tonks.
Enquanto eles se beijavam, a porta da sala foi colocada abaixo e uma série de bombeiros invadiram, procurando o foco do incêndio. Ted rachou de rir quando os bombeiros deram de cara com Tonks e Lupin, em roupas íntimas, no meio da cozinha enfumaçada. Tonks gargalhou descontroladamente e se escondeu atrás da bancada da pia, enquanto Remo, com uma panela na frente da samba canção, explicava aos bombeiros, com a cara vermelha como um tomate, que foi um incidente e que ele não sabia desligar aquele negócio.
Os bombeiros desligaram o sistema, enquanto curiosos começaram a entrar na casa. Sem poder usar a magia para trocar de roupa, teve que botar o povo para fora, ameaçando dar paneladas se não saíssem.
- Mas que falta de vergonha – disse o vizinho velho e gordo.
- Foi um acidente, só isso.
- Eu bem vejo que fogo foi esse que foi colocado na casa – disse o senhor, ao ver Tonks botar meio corpo para fora da cozinha.
- Okay, senhor, o fogo é problema meu e agora eu peço que se retire.
- O proprietário ficará sabendo!
- Tenho certeza disso – e bateu a porta na cara do velho – Que trouxa enxerido!
- A gente vai ter que enxugar tudo isso daqui – disse Tonks, olhando o estrago.
- Mais tarde a gente faz isso. Já estamos adiando por tempo demais uma coisa – e sorriu, maroto.
Ambos subiram correndo para o quarto e a imagem se desfez.

Ted Lupin foi levado a uma pequena capela bruxa, com alguns amigos de seus pais. O Sr e a Sra Weasley junto com seus filhos, Andrômeda e Ted Tonks, muitos aurores e quase toda a Ordem da Fênix que sobrara. Assistiu, do melhor ângulo possível, o casamento de seus pais. Eles estavam radiantes, havia muito amor naquele tempo de caos. Foi uma cerimônia simples, mas Tonks estava maravilhosa de noiva, com cabelos loiros e cacheados. Foi Gina quem pegou o seu buquê.

A cena mudou mais uma vez. Tonks estava sozinha na casa dos pais, aguardando Remo. Andava de um lado para o outro da sala. Ted ficou tenso com aquilo. Teria acontecido algo a seu pai? Então ele aparatou do lado de fora e entrou correndo.
- Tonks, o que aconteceu? – perguntou, tropeçando em uma cadeira, que caiu no chão - Você está bem? O que houve?
Ela sorriu. Na verdade, ela já estava sorrindo desde que andava de um lado para o outro da sala. Ted agora pôde notar o quão radiante ela estava.
- O que houve? – perguntou, ainda não entendendo o motivo da urgência se tudo estava bem.
- Estou grávida.
Ted sorriu, ao passo que Remo prendeu o fôlego com a notícia, viu tudo ficar turvo e desmaiou. Assim que voltou a si, encarou Tonks.
- Como...?
- Você quer que eu te explique em detalhes?
- Tonks, isso não é uma brincadeira...
- Remo, eu sou a pessoa mais feliz deste mundo. Estou esperando um filho seu!
- Exatamente! Está esperando um filho... meu... E se...
- Não me importa. Ele será meu filho e vou amá-lo do mesmo jeito que eu te amo.
Ted sorriu para a mãe. Obrigado, disse.
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Re: [Fic Comédia] O Dia Perfeito - Lufa-Lufa [Att 11/08]

Post by Rita Skeeter »

A cena se desfez. Ted então encarou uma Tonks com uma barriga levemente à amostra. Mas ela estava chorando, descontroladamente em sua cama. Nas suas mãos, um bilhete. Quando ela o deixou de lado, Teddy pode lê-lo e ficou horrorizado. Seu pai a estava abandonando. Todos os velhos sentimentos de que a estava prejudicando voltaram e ele tinha medo de que seu filho fosse como ele. E mesmo que não fosse, seria melhor crescer sem um lobisomem para manchar sua reputação.
COMO VOCÊ PÔDE! – Ted gritou, mas não havia ninguém para ouvi-lo.

Outro momento. Tonks já estava com a gravidez bem avançada. Remo bateu à porta da casa da família Tonks e fui muito mal recebido pelos pais de sua mãe. Até mesmo Ted tinha a cara fechada para ele.
- Remo...
Ela surgiu na escada com uma barriga enorme e Lupin simplesmente se pôs a chorar. A contragosto, os pais de Tonks a deixaram sozinha com ele.
- Eu fui um idiota!
- Foi.
- Eu nunca deveria ter te abandonado.
- Certamente que não.
- Aquela carta... foi... eu tive medo, Tonks.
- Eu tenho medo todos os dias, Remo. Mas eu prefiro apostar na alegria do que na tristeza.
- Você... conseguiu parar de se bater nas coisas?
- Oh, não. Continuo caindo como sempre. Mamãe fez um feitiço de proteção para o bebê, sabe?
Ele não pôde conter um riso. Era isso que a fazia a mulher mais especial do mundo para ele.
- Me perdoe, Tonks – olhou em seus olhos, com sinceridade – Meu lugar é aqui, neste momento, cuidando de vocês dois.
Tonks sorriu.
- Você ainda não entendeu, não é?
- Acho que, agora, eu entendi – e deu um beijo na barriga da esposa – Eu te amo, Tonks. O resto, não importa.

Ted estava chorando. Estava feliz e estava chorando. E foi com choro que começou a sua lembrança. O seu próprio choro. Tonks o segurava no colo pela primeira vez. Não havia nenhum sinal dos traços de lobo do pai. Quando Andrômeda saiu para avisar a todos, Lupin foi o primeiro a entrar.
- Ele é perfeito, amor! Um metamorfamago perfeito.
- Ele é? Como você...
Lupin notou um certo tom magenta no cabelo da criança e sorriu. O pegou no colo e o mimou muito.
- Você é o melhor presente que a vida me deu, depois de sua mãe.
Tonks chorava. Remo também se viu chorando de felicidade e até o próprio Ted jovem. Os três chorando e sorrindo.

A imagem se desfez. Uma rápida sucessão de sorrisos e então ele se viu no quarto em que estava. Exatamente do jeito que estava. Só que em cima da cama estava Tonks, escrevendo em seu diário, enquanto ele mesmo dormia tranqüilamente em seu berço ao lado.
Ela havia terminado de escrever algo e se aproximou do berço, fazendo-lhe carinho, enquanto repetia as palavras que tinha escrito.
- Meu pequeno príncipe, meu presente de vida. Vou lhe deixar só por um instante. Não suporto a ideia de deixar o seu pai sozinho em uma hora como estas, afinal, foi lutando junto que nos conhecemos e nos apaixonamos. Não chore e se comporte, que eu volto já. Meu pequeno príncipe, meu presente de vida, meu amor. Não suporto a ideia de lhe deixar sozinho também. Se eu não voltar já, saiba que meu amor estará sempre com você. Não chore e não veja as coisas pelo lado difícil. Aproveite a vida, ame e seja livre. Só é feliz quem se permite ser feliz! Não chore quando ler isso, porque toda a minha vida eu fiz os outros sorrirem e não pode ser diferente com você. Lembre-se de mim pelas minhas trapalhadas. Pela minha falta de noção na hora de falar. Lembre-se de que você foi feito com muito amor, num raro momento de despreocupação. Você é fruto de alegria e amor. Sorria. Eu quero te ver sempre sorrindo, como seu pai.
Ela lhe deu um beijo, escondeu o livro, pegou sua varinha e partiu.

Ted foi lançado violentamente para fora do livro. Imediatamente, começou a chorar. A chorar muito. A chorar tudo o que jamais chorou pela morte dos pais. Agora os conhecia, agora sabia exatamente os momentos felizes que fora privado de ter. E, de repente, começou a sorrir. Uma gargalhada gostosa e descontrolada, feliz. Absolutamente feliz. Ele os conhecia. Agora sabia exatamente os momentos felizes que tiveram. Mais do que ninguém, ele sabia como eram os pais na intimidade, na alegria. Faces de seu pai que ninguém sabia. Artes de sua mãe que ninguém poderia lhe contar. Andrômeda surgiu na porta e viu o diário nas mãos de Ted e que ele ria e chorava ao mesmo tempo.

- A vida deles foi muito difícil, vó. Mas nós temos que admitir: eles eram bem divertidos, quando podiam.
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Re: [Fic Comédia] O Dia Perfeito - Lufa-Lufa

Post by Aeres »

Lufa Lufa eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee *chega com pom-pom*
LINDOOOOOOOOOS, uuuuuuuuuuuuuuuuuh

*fã mto alterada*
AHUIHAUSIAHSUIAHSIUAHSUAH
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Re: [Fic Comédia] O Dia Perfeito - Lufa-Lufa

Post by Sheu »

HUhauhauahuauhuhaa
*fã mt alterada acima*
hohohho

Espero que, quem esteja lendo, curta a história.
Perdoe os erros gramaticais ou de pontuação, mas a história foi escrita em dois turnos.
Curiosidade:
Se vocês derem uma olhada na Ordem da Fênix, Príncipe Bastardo e Relíquias da Morte, vão notar que as passagens que tem Tonks e Lupin foram desenvolvidas aqui :P
Spoiler
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Re: [Fic Comédia] O Dia Perfeito - Lufa-Lufa

Post by Belzinha »

Você escreve muito bem - já entrou para a lista dos meus ficwriters preferidos!

(ri muito, tenho que tomar cuidado para não parecer doida, rindo sozinha no meio do expediente, kkkk).
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Re: [Fic Comédia] O Dia Perfeito - Lufa-Lufa

Post by Hamandha »

Adorei! E rachei de rir.
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