[CASTELO] Banheiro Masculino do 7º Andar

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Ph Granger
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Re: Banheiro Masculino do 7º Andar

Post by Ph Granger »

  • A garota ainda chorava sentada no chão, se sentia muito ruim por dizer aquelas coisas para o amigo, mas estranhamente se sentia aliviada, como se tirando o mundo de seus ombros. Enfiara a cabeça dentro dos braços cruzados apoiados nas pernas, tentava se encolher o máximo que podia, quase que querendo sumir, pensava no que David poderia estar pensando dela agora, estaria com raiva? Chateado? Achava que o garoto não ficaria muito feliz ou até memso iria querer distancia dela depois de tudo dito apesar de sempre ter mostrado ser um amigo confiável, mas uma coisa é saber que ela vê coisas estranhas sobre os outros, outra é saber que as coisas eram sobre si.

    Ainda perdida em seus pensamentos, Ph estremeceu quando sentiu o calor do amigo mais perto dela, seu braço tinha sido passado por cima de suas costa, ele a tinha envolvido em sua capa e num gesto de carinho deu um beijo em sua cabeça. Sophia estava realmente surpresa com tal gesto. Seu coração acelerou e estranhamente a garota sentiu vontade de abraçá-lo de volta, um longo e apertado abraço, mas não se moveu até a hora em que o amigo falou-lhe.

    - Calma, fica calma.. Vai ficar tudo bem. Não vai acontecer nada de ruim.. Eu vou me cuidar, eu prometo! E você também... Esqueça isso.. esqueça..

    Sua preocupação era genuína, sabia que o amigo estava preocupado com ela, mas ela estava mais com ele, com o seu futuro, com as escolhas que teria de fazer futuramente. Desejou no fundo do seu coração estar presente para ajudá-lo, mas sabia que dependeria somente dele. Levantou a cabeça enxugando as lágrimas na manga do suéter que já estava úmido das lágrimas que caíam enquanto estava de cabeça baixa, olhou o amigo mais uma vez e disse:

    - Sabes que podes contar comigo para qualquer coisa, não? - Terminando as palavras, se jogou nos braços do amigo no abraço desejado antes, apertando-o contra si, como que se despedindo.

    Em seguida se desvencilhou dos braços do amigo levantando rapidamente, lembrou-se onde estava, olhou para o chão e para todo aquele espelho espalhado pelo chão e num movemento com a varinha gracioso arrumou tudo. - Reparo. - Voltou-se novamente a David que ainda estava sentado olhando para a amiga.

    - Acho melhor voltarmos para os nossos dormitórios. O espelho não é mais problema, tente dormir, vou fazer o mesmo, nos encontramos logo cedo na sala comunal e descemos para o café da manhã, ok?

    Dando um sorriso sincero para o amigo, virou-se e saiu pela porta. A menina tinha em muito o que pensar, não conseguiria dormir, isso era fato, mas queria ficar sozinha e sabia que o amigo gostaria de ficar com seus pensamentos, então fez um favor a ambos.
Off: Por aí..
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David Bergerson
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Re: Banheiro Masculino do 7º Andar

Post by David Bergerson »

David ficou algum tempo ali abraçado à amiga, que mantinha a cabeça baixa, escondida por entre os braços, e continuava chorando. Tentava passar um pouco de calma para Ph, embora dentro dele tudo estivesse confuso e tempestuoso. Ele não sabia bem por que fazia aquilo; até os seus sentimentos estavam confusos. Mas não queria demonstrar aquilo, não podia. Queria ver a amiga bem novamente. Quando ela levantou a cabeça, ele viu o seu rosto cheio de lágrimas e se sentiu ainda pior. Mas sorriu para ela, como se estivesse tudo bem. Ele queria mesmo que estivesse.. Depois de enxurgar as lágrimas na manga da blusa, Ph olhou para David e disse:

- Sabes que podes contar comigo para qualquer coisa, não?

Em seguida, Ph deu um forte abraço em David, praticamente o pegando de surpresa. O garoto, de certa forma, não esperava por aquilo. Mas passada a surpresa, acabou por também abraçar a amiga. Não precisava nem responder ao que ela dissera. Aquilo já era uma resposta. Mas, não sabia por que, ela parecia estar se despedindo... Achou estranho, mas ficou calado. Não era hora de falar, definitivamente. Pouco tempo depois (menos do que David teria gostado), Ph o soltou e se levantou. Com um feitiço muito bem executado (David se surpreendeu por isso, ela de fato estava melhorando), consertou todo o estrago que ele (ou a espada?) fizera. Por fim, ela virou-se para David (que ainda estava no chão) e disse:

- Acho melhor voltarmos para os nossos dormitórios. O espelho não é mais problema, tente dormir, vou fazer o mesmo, nos encontramos logo cedo na sala comunal e descemos para o café da manhã, ok?

David balançou a cabeça afirmativamente, e disse:

- É, você tem razão.. Vamos tentar dormir. E depois do café.. Acho que vou ter que ir fazer aquele favor para a sra. Eiluned.. Afinal, acho que.. bom, tô devendo pra ela. Você.. você vem comigo?

Olhou para a amiga, que respondeu com um sorriso. Claro que ela ia, David nem sabia por que tinha perguntado aquilo. Finalmente se levantou, enquanto Ph já saía pela porta. Olhou mais uma vez para a espada, desconfiado. Fechou a capa, encolhendo-se por causa do frio, e dando uma última olhada no espelho, agora restaurado, saiu dali.



Off- Dormindo, com licença, obrigado u_ú
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David Bergerson
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Re: Banheiro Masculino do 7º Andar

Post by David Bergerson »

Vou postar pelo meu irmão, que já havia preparado ontem o post para postar aqui, mas que foi, como outras pessoas, "estranhamente" excluído, "do nada", após o "erro" de ontem do fórum. Todos os posts dele(s) foram apagados, vide a última interação do Daniel na sala do Renan, onde só restaram os posts do professor.

Portanto, esse post não caracteriza flood, mas ainda que caracterize, não faz diferença alguma. Não vou achar estranho se desaparecer junto com todos os meus outros 621 posts...
Daniel Feather WP wrote:Daniel andou por vários lugares do castelo. Procurou em todos onde ele mesmo costumava se esconder, até a um dia atrás... Nos corredores, lances de escadas móveis, salas diversas... E nada. David não estava em nenhuma delas. Daniel já estava imaginando que provavelmente o garoto tinha saído do castelo, talvez tivesse se enfiado na floresta, o que seria muito perigoso. Mas se fosse preciso, entraria lá tambem. O problema era entrar naquela floresta escura sozinho, e sem ter a certeza que David estava mesmo lá. A última vez que foi àquele lugar acabou encontrando algo que lhe dava arrepios até agora - uma menina, morta.

Já estava no sexto andar, e pensou que era mais útil talvez descer e ir logo para fora do castelo. Pelo jeito David não estava ali dentro... Mas como só faltava "vasculhar" no sétimo, decidiu subir de uma vez, afinal tinha todo o tempo do mundo (ou não?). Já no sétimo andar, andou pelo corredor, observando cada detalhe e tentando se lembrar de algum "esconderijo" por ali. Não costumava se esconder naquele andar.. Mas quando passou por uma certa entrada, pensou que era possível alguém se esconder ali, apesar de não ser um bom "esconderijo". Talvez David não fosse tão "esperto" como Daniel para encontrar lugares para se esconder...

Daniel entrou no banheiro, olhando para os lados, atrás da porta de entrada, nos cantos. Parecia vazio, a princípio não tinha ninguém ali; pelo menos era o que ele estava pensando. Foi até a pia, onde tinha um enorme espelho. Ficou um tempo ali olhando para o seu rosto refletido, só então pensando em como era óbvio mesmo que era irmão gêmeo de David. Não tinha mesmo como ter outra explicação. Eles eram identicos.. Estava tão pensativo sobre isso que acabou até quase esquecendo do que estava fazendo...
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Daniel Feather WP
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Re: Banheiro Masculino do 7º Andar

Post by Daniel Feather WP »

Daniel andou por vários lugares do castelo. Procurou em todos onde ele mesmo costumava se esconder, até a um dia atrás... Nos corredores, lances de escadas móveis, salas diversas... E nada. David não estava em nenhuma delas. Daniel já estava imaginando que provavelmente o garoto tinha saído do castelo, talvez tivesse se enfiado na floresta, o que seria muito perigoso. Mas se fosse preciso, entraria lá tambem. O problema era entrar naquela floresta escura sozinho, e sem ter a certeza que David estava mesmo lá. A última vez que foi àquele lugar acabou encontrando algo que lhe dava arrepios até agora - uma menina, morta.

Já estava no sexto andar, e pensou que era mais útil talvez descer e ir logo para fora do castelo. Pelo jeito David não estava ali dentro... Mas como só faltava "vasculhar" no sétimo, decidiu subir de uma vez, afinal tinha todo o tempo do mundo (ou não?). Já no sétimo andar, andou pelo corredor, observando cada detalhe e tentando se lembrar de algum "esconderijo" por ali. Não costumava se esconder naquele andar.. Mas quando passou por uma certa entrada, pensou que era possível alguém se esconder ali, apesar de não ser um bom "esconderijo". Talvez David não fosse tão "esperto" como Daniel para encontrar lugares para se esconder...

Daniel entrou no banheiro, olhando para os lados, atrás da porta de entrada, nos cantos. Parecia vazio, a princípio não tinha ninguém ali; pelo menos era o que ele estava pensando. Foi até a pia, onde tinha um enorme espelho. Ficou um tempo ali olhando para o seu rosto refletido, só então pensando em como era óbvio mesmo que era irmão gêmeo de David. Não tinha mesmo como ter outra explicação. Eles eram identicos.. Estava tão pensativo sobre isso que acabou até quase esquecendo do que estava fazendo...


Off- o David vai arrumar o post dele (em cima), então não liguem!
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David Bergerson
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Re: Banheiro Masculino do 7º Andar

Post by David Bergerson »

Permanecia sentado, encolhido, calado no canto do banheiro. Não iria sair dali tão cedo, primeiro porque não podia. Sabia que não podia... embora não soubesse direito por quê. Mas tinha que ficar escondido... Torcia para que ninguém entrasse ali, ou que se entrasse não o visse. Melhor se de fato não entrasse. Contudo, apenas poucos minutos depois, seu desejo se desfez. Ouviu passos perto da porta. Prendeu a respiração, tentando evitar chamar a atenção de quem quer que fosse que estivesse passando por ali. Para o seu desespero, a pessoa entrou pela porta. Encolheu-se ainda mais, passou rapidamente as mãos pelo rosto, limpando as lágrimas. Não queria ser visto, mas se fosse, pelo menos não naquele estado...

Para sua surpresa (ou não), a "pessoa" era ninguém mais ninguém menos que Daniel. Como o garoto sabia que ele estava ali? Ou não sabia? Talvez não.. talvez estivesse procurando por ele, mas não soubesse... ainda. David ficou calado, observando o garoto, que caminhava pelo banheiro, até parar de frente para o espelho. Daniel já estava ali, na mesma posição, há alguns segundos. Parecia hipnotizado pelo espelho... David pensou em sair dali sorrateiramente, talvez o garoto não o notasse. Difícil.. o melhor seria fazer outra coisa.

Levantou-se lentamente, fazendo o mínimo de barulho possível. Tinha de surpreender o garoto, e não ser surpreendido por ele. Caminhou com cuidado até o outro, parando a alguns centímetros de suas costas. Precisava ser rápido. Num impulso, lançou o corpo para frente e com os braços envolveu rapidamente o garoto, segurando-o quase que pelo pescoço. Daniel tentou se soltar, mas David fora extremamente feliz no "golpe", praticamente imobilizando o outro, apesar de nunca antes em sua vida ter feito algo parecido. Disse baixinho, para que só Daniel escutasse (se eventualmente houvesse mais alguém por perto):

- O que você tá fazendo aqui? Não queira me seguir! Não venha atrás de mim... Eu... não... quero!

Soltou o garoto da mesma maneira rápida e violenta que o havia prendido; não se importou com o fato de que estavam próximos da pia, e por isso mesmo sequer notou que Daniel batera o rosto com tudo na extremidade da pia. David passou a mão pelo rosto, afastando os cabelos que caíam nos olhos, olhando para Daniel, que ainda estava de costas para ele. No momento, só queria ficar em paz...
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Daniel Feather WP
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Re: Banheiro Masculino do 7º Andar

Post by Daniel Feather WP »

Daniel continuava parado na frente do espelho, não conseguia deixar de pensar em tudo o que tinha descoberto em tão pouco tempo. Era estranho demais... Tinha um irmão.. e gêmeo! Ele imaginava como teria sido se tivessem se conhecido antes. Ele sempre quis ter um irmão, pois tinha sido criado sozinho pelos Johnson. Imaginava como seria bom se ele e David se tornassem amigos... Mas sabia que isso seria muito difícil, pelo jeito do garoto (pelo menos o jeito que havia conhecido). Se não se tornassem amigos, quanto mais irmãos... Apesar disso, Daniel achava que devia ao menos tentar. Não tinha nada a perder.

De repente, Daniel levou um tremendo susto. Alguém estava lhe agarrando pelas costas, e o prendendo com os braços. Daniel tentou usar as suas mãos para tirar os braços de redor do seu pescoço, mas não conseguiu. Estava muito preso, e por causa do susto, se sentia um pouco tonto. Num lance rápido, ele viu pelo espelho quem era a pessoa: David. Daniel ainda tentava se soltar quando o garoto falou bem baixo:

- O que você tá fazendo aqui? Não queira me seguir! Não venha atrás de mim... Eu... não... quero!

Depois de falar, David soltou Daniel praticamente o jogando com força. Daniel se desequilibrou, porque estava tonto, e acabou batendo o rosto de frente na pia. Caiu no chão, ainda mais tonto, e foi aos poucos virando na direção de David. Sentiu alguma coisa no seu nariz, estava sangrando.. Mas não podia ver direito. Só percebeu que a expressão do rosto de David tinha mudado um pouco. O menino parecia assustado. Daniel, entristecido, só perguntou:

- Por que... por que você fez isso? Por que você me odeia desse jeito? Eu nunca... nunca fiz nada pra você...
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Re: Banheiro Masculino do 7º Andar

Post by David Bergerson »

Arregalou os olhos quando Daniel virou-se lentamente, quase sentado no chão e encostado na pia. O garoto estava machucado, o nariz sangrando. David não pôde disfarçar o espanto com aquilo; não quisera ferir ninguém, muito menos... O que estava pensando? O culpado era o próprio Daniel! Quem mandou o garoto seguí-lo? Não queria ninguém atrás dele. Serviria de lição para o infeliz. David já estava se convencendo disso, quando Daniel resolveu falar:

- Por que... por que você fez isso? Por que você me odeia desse jeito? Eu nunca... nunca fiz nada pra você...

David desviou os olhos do garoto, agora olhava para a porta. Ele não sabia a resposta. Na verdade, também gostaria de saber o porquê daquele sentimento estranho, e aparentemente sem motivo algum. Pior ainda considerando que Daniel poderia de fato ser seu irmão gêmeo. David sentia-se mal com aquilo; esfregou a mão esquerda pelo nariz, ainda sem olhar para Daniel. Agora olhava para o chão; tentava entender o que ele mesmo sentia, o que estava fazendo...

Finalmente, voltou-se para Daniel, sua expressão demonstrando que ainda estava um pouco assustado. Uma lágrima rolou no rosto de David. Ele não sabia o que dizer não sabia o que fazer, nem o que sentir. Só sabia que não queria odiar Daniel, não queria vingança, nunca quis.. Se seus pais haviam se envolvido com artes das trevas, eles haviam feito errado; se acabaram sendo mortos, fora por conseqüência de seus atos. Embora fosse difícil aceitar isso, era a verdade, e David sabia disso. Sempre soube, desde que lera as fichas. Só não quisera se conformar...

Num impulso, agora diferente, aproximou-se de Daniel, e lhe estendeu a mão. Como já esperava, o garoto ficou extremamente surpreso com aquilo, e um tanto receoso e relutante em aceitar a aparente ajuda. Mas acabou também lhe estendendo a mão, e David ajudou-o a se levantar. O que faria em seguida, contudo, provavelmente deixaria Daniel ainda mais espantado. David abraçou o irmão com força, e assim ficou, enquanto falava e novas lágrimas saíam de seus olhos:

- Me desculpe! Eu... não sei! Não sei por que tudo isso, eu não sou assim, eu nunca fui assim! E não quero ser assim! Me ajude...por favor...
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Re: Banheiro Masculino do 7º Andar

Post by Daniel Feather WP »

Daniel olhava para David, esperando pela resposta dele. Como David tinha virado o rosto na direção da porta, Daniel perdeu a esperança de que ele respondesse. Apesar de que o garoto parecia estar pensando, refletindo... Se tivesse conseguido fazer ele pensar, já seria alguma coisa. Daniel ficou ali no mesmo lugar, ainda estava tonto e a sensação do nariz sangrando era ruim.

De repente, David olhou para ele, Daniel não estava esperando por aquilo. Sentiu um pouco de receio, não sabia no que o garoto estava pensando. E muito menos esperava pelo que David fez depois: estendeu a mão para ajuda-lo a se levantar! Daniel ficou olhando para ele, sem saber o que fazer, e com medo de que David estivesse tramando alguma coisa. Mas o garoto manteve a mão estendida, e sem mais o que fazer, Daniel também estendeu sua mão, e para a sua surpresa e alívio, David somente o ajudou a levantar.

Depois, os dois ficaram quietos por uns poucos segundos, e uma outra atitude de David deixou Daniel muito surpreso. David o abraçou forte, e começou a chorar. Daniel se assustou um pouco com aquilo, mas abraçou também seu irmão, que agora dizia:

- Me desculpe! Eu... não sei! Não sei por que tudo isso, eu não sou assim, eu nunca fui assim! E não quero ser assim! Me ajude...por favor...

Daniel estava tão confuso quanto David, como assim ele "não sabia"? Não estava entendendo, mas de uma coisa ele estava certo: David estava sendo sincero, e parecia realmente triste. Ficou abraçado com o irmão, queria mesmo poder ajudá-lo, mas não sabia como. Talvez David estivesse dizendo que não queria ter se comportado daquela maneira ruim, que ele não queria ser ruim. Daniel então se soltou do abraço, e disse olhando para o irmão:

- Calma, eu.. olha, se você não quer ser assim, só depende de você! Você é quem escolhe o que é, o que você faz! Só você pode mudar isso! E eu posso te ajudar!

Daniel falava sério, e David também o olhava sério; ele parecia estar entendendo. Daniel sentiu-se melhor quando o garoto esboçou um sorriso, era sinal de que ele também estava melhor, e Daniel estava mesmo disposto a ajudar o seu irmão no que quer que fosse. Ia dizer alguma coisa, que agora podiam ser amigos, mas o vidro de uma das janelas do banheiro estourou subitamente. Daniel virou rápido na direção da janela, David fez o mesmo. Uma coruja agora entrava por ela, uma coruja negra e um pouco maior do que o normal. Ela desceu até perto deles, deixou uma folha de pergaminho no chão, bem no meio deles, e saiu rapidamente pela janela por onde tinha entrado. Daniel olhou para David, o garoto também estava surpreso com aquilo. Deu de ombros e se abaixou para pegar o pergaminho, curioso para saber do que se tratava.
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Re: Banheiro Masculino do 7º Andar

Post by David Bergerson »

David não podia conter as lágrimas; queria de volta o controle sobre seus sentimentos. Queria voltar a ser o que sempre fora. Queria os seus amigos de volta. Queria que tudo voltasse ao "normal"... Não sabia se isso seria possível. Tudo o que ele fizera talvez mudasse sua vida para sempre. Talvez fosse tarde demais para voltar... Contudo, as palavras de Daniel o fizeram, por alguma razão, manter o fio de
esperança que ainda tinha.

- Calma, eu.. olha, se você não quer ser assim, só depende de você! Você é quem escolhe o que é, o que você faz! Só você pode mudar isso! E eu posso te ajudar! - disse o garoto calmamente.

Já de frente para o irmão, David olhou seriamente nos olhos dele. Daniel era uma boa pessoa. Alguém em quem podia confiar. Mais que isso: seu irmão. Por alguns instantes, David lembrou-se de sua tenra infância na casa dos tios; os primos não eram totalmente confiáveis. Lembrava-se de certa vez ter desejado um irmão, alguém que o ajudasse e também fosse ajudado por ele. Um companheiro de aventuras.. Sem jeito, David sorriu; sentia-se mehor, mais leve. Foi elevando os olhos do chão até o rosto de Daniel enquanto falava:

- Bem,... obrigado... mano!

Deu um outro sorriso sem graça, notando que Daniel também sorria. Estranho. Sentia que o irmão estava contente. Podia até mesmo.. adivinhar seus pensamentos, como se os ouvisse em voz alta. E ao mesmo tempo sentia que o mesmo acontecia com Daniel. Os dois apenas sorriam, admirados. "Bobos" com aquilo... achavam incrível! David pensou em quanto tempo não se sentia tão bem. Mas, principalmente, sentia que seu velho "eu" estava de volta. Suspirou aliviado. Por pouco tempo.

Um vidro da janela do banheiro foi estilhaçado, numa explosão repentina. David e seu irmão viraram-se rapidamente para ver o que havia acontecido, e depararam-se com uma coruja negra que entrava pelo buraco feito na janela. A ave passou por entre os dois, deixando cair uma folha de pergaminho no chão. Depois, saiu pelo mesmo vão na janela. David olhou espantado, tentando imaginar o que seria aquilo. Daniel deu de ombros e se abaixou para pegar o pergaminho, mas David rapidamente segurou o braço do irmão, e disse:

- Não! Não toque! Pode ser algo... não muito bom.

Ao que o irmão levantou a mão, David sacou a varinha do bolso e a estendeu na direção do pergaminho. Talvez não fosse nada, mas nos últimos dias aprendera o quanto um objeto simples e aparentemente inofensivo podia fazer um estrago e causar um mal irreversível (não pôde evitar lembrar-se da srta. Fernandes; agora arrependia-se amargamente do que fizera). Com um gesto da varinha, levantou a folha do chão e a deixou sobre a pia, onde poderiam ler sem tocá-la. Com a cabeça, fez sinal de positivo para o irmão, e os dois, curiosos, puseram-se a ler o que estava escrito.


pergaminho wrote:

Congratulações, jovens Feather!


É surpreendente a maneira como vossa união tenta vencer o destino que lhes é imposto. Inutilmente. Tolo aquele que foge do Destino! Pagará com a vida, a destruição o atingirá. Será destruído para sempre, e todos os que estão ao seu redor, todos aqueles a quem ama serão esmagados juntamente.

É triste que queirais passar por sobre vosso destino, jovens. Por isso, sereis esmagados até a morte. E convosco, todos os que vos circundam. A pedra escarlate de Harfang, escondida entre os uivos de seres das trevas, no caminho da árvore feroz, decretará vosso fim e vossa separação eterna. Vossa única chance é encontrá-la, enquanto há tempo. A pedra deve ser portada somente pelo gêmeo que foi afastado da família. Uma tarefa impossível, jovens. Assim, despeço-me de vós, sem que ao menos tenhais me conhecido. Mas isto foi o que escolhestes.

L.V.L.F.



David e Daniel se entreolharam; ambos pensaram a mesma coisa. O que aquilo significava? Uma ameaça apenas? Por que? De quem? Quem era "L.V.L.F."? Como poderia saber que justamente naquele momento eles...? Ambos olharam ao redor, assustados. Aparentamente, não havia nada nem ninguém ali além deles. Mas e se não fosse só uma ameaça? Nunca haviam ouvido falar na tal pedra; de que forma ela decretaria o fim deles e de todos ao seu redor? Não sabiam. Mas não poderiam correr o risco de colocar as vidas de seus amigos em perigo, se aquilo fosse verdade. Os dois se encararam, e David falou o mesmo que Daniel teria falado se fosse mais rápido:

- Não podemos deixar que isso aconteça, seja lá o que for. Acho que temos que encontrar a tal pedra. - fez uma pausa, e ao que Daniel concordou, David continuou - Eu não faço idéia de onde possa estar, mas.. antes da gente começar, preciso pegar uma coisa no quarto..

Antes de saírem, David, com um feitiço, queimou a folha de pergaminho, certificando-se de que ninguém mais leria aquilo ou correria o risco de se ferir tocando naquilo. Saíram caminhando lado a lado, como, mesmo inconscientemente, sempre tinham desejado. Estavam confiantes de que tudo daria certo, apesar do receio que sentiam.



Off- Offando os dois u.u
Alkin
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Re: Banheiro Masculino do 7º Andar

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Tenso... Muito³³³³³³³³ Tenso u_u
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Há! Eu sou o sonserino do mês ù__________u
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