[CASTELO] Floresta Proibida

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Raven
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Re: Floresta Proibida

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  • Narração
    Fala
    Pensamento
    Off

    A umidade em suas vestes certamente incomodava Raven, mas pretendia passar em um local por alguns instantes antes de finalmente poder ir em sua sala se trocar: Não havia se esquecido de Mordred e d’Aquela-feliz-que-não-sabia-o-próprio-nome, mas não pretendia desperdiçar a chance de buscar por qualquer coisa no local onde haviam aparecido. Logo na entrada da Floresta tirara a capa negra que pesava como chumbo graças a toda aquela água e a largara junto a uma árvore, apanhando tudo o que estava nos bolsos e sequer dando falta de um objeto bastante específico.

    Caminhou por alguns longos minutos sem resultados... E no fim das contas encontrou alguma coisa, claro. E – apenas para variar um pouco ¬¬ - não era o que procurava. A princípio pensou que se tratavam de dois alunos que haviam resolvido ir dar uns amassos no meio do mato, mas logo identificou a voz do sujeito ao escutar suas palavras e percebeu que se tratavam de dois adultos abaixados.


    “Ahh, ótimo. Só o que me faltava... Mereço?”

    Os dois logo voltaram a se agarrar, aparentemente sem sequer notar que uma terceira pessoa chegara, até que Raven começou a aplaudir as palavras de Alkin de forma pausada, concentrando a maior dose possível de sarcasmo no gesto. Logo que percebeu que atraíra as atenções dos pombakazes, parou de aplaudir e se aproximou, erguendo uma sobrancelha e os encarando de cima como se fossem algo quase indigno de seu tempo. Como se fossem?

    Em um tom absolutamente sério à fim de deixar claro para Laine que não se tratava de mera encheção de saco – embora disfarçadamente lhe agradasse ter uma oportunidade de atrapalhar a herbologista enquanto não fazia nada além do próprio trabalho – se pronunciou:

    - Quando terminarem a pegação, poderiam por favor se recompôr e me informar com que autoridade os pombinhos esperam que eu arranque os alunos que têm a idéia idiota de entrar aqui enquanto meus professores vêm para o meio da floresta quando querem privacidade?

    Parou junto a eles, cruzando os braços e os encarando sem fazer o menor esforço para disfarçar seu ótimo humor.

    - Para o caso de ninguém tê-los informado... Vocês dois têm quartos bastante particulares. Não é como se precisassem cair no matinho...

    Girou os olhos nas órbitas, se dirigindo então especificamente a Laine:

    - Não sei se está lembrada... Mas não podemos entrar aqui. Poderia então no mínimo procurar razões menos ridículas para burlar a proibição? Levantem-se daí, andem. Estamos voltando ao castelo.
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laine fernandes
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Re: Floresta Proibida

Post by laine fernandes »

Fazia tempo que não sentia aquela felicidade. Seus braços estavam em torno do pescoço dele, tentando se aquecer em seus beijos. As folhas caiam em cima de ambos, fazendo o cenário fica muito mais romântico. Ambos respirando rapidamente, param os beijos por alguns segundo e alkin fala:

Não sabe o quanto esperava por esse momento, desde o dia do trem, você me encantou e a cada dia que passa você me encanta mais com o seu jeito e é impossível um dia ficar sem pensar em você, nunca em tão pouco tempo alguém despertou um amor tão grande como você em mim, e desde então, meu único desejo é que você seja minha.

Com um sorriso envergonhado e tentando dizer alguma coisa, laine sente alkin abraça-la pela cintura. Suas palavras sumiram completamente e novamente seus lábios estavam unidos. Uma das suas mãos afagava os cabelos de alkin.

Porem, aquela pequena felicidade foi cortada. Raven, a megera vice-diretora, pareceu entre palmas erguendo uma das suas sobrancelhas. Laine, em um salto desajeitado, ficou em pé tentando se recompor. Ser pega daquela forma, bem no fundo, deixou laine profundamente envergonhada.


- Quando terminarem a pegação, poderiam por favor se recompôr e me informar com que autoridade os pombinhos esperam que eu arranque os alunos que têm a idéia idiota de entrar aqui enquanto meus professores vêm para o meio da floresta quando querem privacidade?

- Não nos confunda com alunos... como você bem sabe, ele são proibidos de aparecerem na floresta, porem eu e alkin não somos... – disse laine cruzando os braços.

- Para o caso de ninguém tê-los informado... Vocês dois têm quartos bastante particulares. Não é como se precisassem cair no matinho...

Laine olhou pra cima, admirando a copa das arvores, tentando formular tudo que estava fazendo e se realmente queria ser deselegante com aquela mulher. Suspirou demoradamente.

- sabemos disso perfeitamente, Raven, mas queríamos mudar os lugares... sabe como é... o matinho, como você mesmo disse... é mais divertido. – disse em um tom irônico, tentando evitar cair na gargalhada.

- Não sei se está lembrada... Mas não podemos entrar aqui. Poderia então no mínimo procurar razões menos ridículas para burlar a proibição? Levantem-se daí, andem. Estamos voltando ao castelo

Seus braços, que antes estavam cruzados, foram soltos e laine tocou com a mão direita em seu ombro esquerdo. A fechada que tinha levado ainda parecia doer como brasa quente. Olhou pros lados, percebendo que estava longe da distancia que fora estipulado anos atrás. Droga, pensou. Franziu a testa e começou a caminhar, porem, antes que desse o quarto passo alguma coisa passou voando em sua frente e bateu em uma arvore.

Sua garganta secou. Seus olhos que estavam fixados na lança recém arremessada, voltaram para direção dos da Raven, que parecia pensar a mesma coisa.

- isso foi o primeiro aviso? perguntou, certa de que realmente era um aviso. Suas mãos tateavam suas roupas, a procura de uma varinha, mas não encontraria, pois a sua ainda não tinha chegado.

Parecia um pesadelo. A lança, muito bem trabalhada, estava presa em uma arvore, entre ela e a Raven. Laine pegou o cabo da lança e puxou, colocando a mesma perto de seu corpo, pois alem daquilo não tinha mais nada pra se defender.

- Alkin, fique alerta. Vamos voltar... Sem correr, pois estamos sendo vigiados... disse sussurrando.

Mesmo em seu estado, laine sempre notava quando estava sendo vigiada e poderia jurar que aquela sensação começou pouco depois da chegada da Raven. Um barulho de galhos quebrando, em seu lado esquerdo, fez com que todos olhassem pra mesma direção. Eles estão brincando com nos três, pensou. E ela estava certa, centauros andavam muito bem na floresta. Raven era mais odiada pelos centauros do que laine , então a professora não estava preocupada com alkin, pois os centauros nunca tocariam nele. Mas, sobre a Raven era bem diferente.

-estamos ferrados!
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Re: Floresta Proibida

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    _†_
    Forget your memories, forget your possibilities
    _†_


    Após a ridícula tentativa de Laine de se recompor, a ironia em suas palavras parecia completamente mal colocada. Pensou em falar isso para a bruxa, mas ao invés disso, permaneceu apenas a encarando de volta por alguns segundos, ambas de braços cruzados e com bastante próximas, deforma que a tensão poderia quase ser cortada com uma faca... Se Alkin tivesse uma.

    Logo Laine soltou os braços, porém, levando um deles ao local onde fôra ferida com uma flecha no ano anterior. Como se o gesto da herbologista fosse um sinal para que aquilo acontecesse, logo uma lança partiu de algum ponto por entre as árvores, passando exatamente por entre as duas e prendendo-se no frondoso tronco ao lado. Deixou os braços caírem – não literalmente... - de sua firme posição e olhou do objeto para a bruxa, com a surpresa evidente em sua expressão.

    Confirmou com a cabeça quando Laine perguntou se aquele era um primeiro aviso, sem saber se torcia ou não para que tivesse sido apenas a péssima pontaria dos centauros que evitara que fossem atingidas. O que seria melhor, que fossem péssimos com lanças ou a possibilidade de que lhes dariam chance de escapar? E o pior?

    Não perguntou nada quando percebeu que Laine não encontrava a varinha, se recordando que mais cedo ela usara a de David. Tomando o cuidado de não fazer movimentos bruscos, levou a mão à lateral de seu corpo como se buscando o bolso da capa. Olhou para baixo na mesma hora, se recordando que apenas vestia a encharcada blusa – além das calças, claro ¬¬ - Abaixou-se na hora, tateando em vão o cano das botas enquanto Laine dizia qualquer coisa a Alkin.

    Esperando realmente que os dois não tivessem voltado a se agarrar, levantou-se e puxou a varinha do bolso das calças, indicando para Laine com um gesto que não tinha a adaga consigo, pedindo que fizessem silêncio e esperassem ali em seguida. Com a varinha em punho, afastou-se dos dois alguns metros pela trilha, até quase perdê-los de vista. Não fazia a menor questão de não fazer qualquer ruído com os passos - pelo contrário: buscava chamar a atenção para sua movimentação – parando subitamente entre dois passos e apurando os ouvidos.

    Movimentação entre as árvores. Aproximação precisa, embora parecesse hesitante com o que Raven fazia. Apesar de o anoitecer apenas ter começado, a luz já era quase inexistente entre as árvores, de forma que logo pensou em algo. Abaixando-se como faria para tirar a arma da bota, apanhou um galho sob seus pés de forma despistada e o transfigurou em uma lâmina plana de metal escuro. Se estavam cercados, tomaria o cuidado de ao menos não deixar que parecessem indefesos. Catou outro graveto, o deixando mais polido com meia dúzia de palavras mágicas.

    Um punhal e uma varinha falsos. Teriam de servir. Fez um gesto para que Laine se aproximasse, jogando a varinha para ela tão logo foi alcançada e confirmando com um aceno de cabeça à suspeita de que era falsa. Em voz baixa, falou:


    - Não vão nos deixar ir embora, Laine. Não são os mesmos que aceitaram o sacrifício de Evans... O que quer que seja aquele seu trunfo, a hora de usar é agora...
    Porquê o meu já era.

    Terminou a frase de forma quase inaudível, ao ponto de poder parecer que apenas movera a boca, e em seguida olhou para Alkin rapidamente, dando de ombros quando percebeu que ele não entendia nada do que estava acontecendo.
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Re: Floresta Proibida

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A professora laine não parecia nervosa, porem, cada movimento ou barulho, os pelos de seu pescoço eriçavam. Apertou com mais força a lança e afastou os pés de perto do outro, assim conseguiria uma base melhor, caso fosse atacada. Quando terminou de falar com alkin, olhou pra raven, que mexia em sua bota. Laine sabia o que ela procurava.

A mulher pegou a varinha de seu bolso, então laine percebeu as roupas molhadas. Raven resolveu tomar banho de roupa que besta, pensou dando um sorriso escondido. Mas sua mente voltou da tal cena divertida, quando Raven fez um sinal, dizendo que não estava com a sua adaga. Raven tomou uma distancia de alkin e laine, ambos se olharam tentado entender o plano da mulher, que não media esforços para não fazer barulho.


- Raven esta demorando... sussurrou enquanto olhava para o caminho que a mulher tinha seguido.

Não demorou muito e raven surgiu. Laine quase deu um sorriso em comemoração, não por ela esta bem, mas porque três é melhor que dois em uma luta contra centauros. Ela fez um gesto que rapidamente laine entendeu. Agora estava com uma varinha falsa e uma lança. Raven disse:


- Não vão nos deixar ir embora, Laine. Não são os mesmos que aceitaram o sacrifício de Evans...

-percebi...comentou franzindo a testa.

-...O que quer que seja aquele seu trunfo, a hora de usar é agora... Porquê o meu já era.

Não demonstrando a cara de espanto, já que denunciaria sua falta de plano, laine olhou pra raven quase engolindo a mulher com os olhos. Que trunfo? Ai, meu deus... Laine pensava quase que desesperadamente. Caso ela tivesse uma varinha, tudo ficaria mais fácil.

Como um pequeno lampejo, sua mente obteve uma idéia, sua boca denunciou, pois um sorriso malicioso surgiu. Caminhou ate raven, em passos lentos, com um rosto convicto, que não foi notado apenas pela mulher, já que escutou alguns passos de defesa. Aproximou-se da mulher, bem perto, de modo que sua boca ficasse escondida entre o cabelo dela e o tronco que estava do lado.

-olhe em direção ao alkin... Tem duas arvores, consegue acerta-las? – perguntou sem olhar em direção de alkin, pois denunciaria seus planos. – temos que nos separar dele... Se ele nos acompanhar pode ser ferido... e preciso de uma distração, então diga, pode derrubar as duas arvores e nos separa dele?

Agora que laine estava perto da raven, as duas arvores separavam as mulheres do homem. Atingindo as duas arvores, alkin ficaria do outro lado e laine faria algo que confundisse os centauros, dando tempo delas correrem. Enfiou a mão no bolso esquerdo de sua capa, assim que raven fizesse as duas arvores capotar, ela faria algo bem desconfortante para os centauros. agradecia pela noite que estava chegando.

-Eles não vão machucar o alkin... eles não podem! –pensava desesperadamente
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Re: Floresta Proibida

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    _†_
    They know that they can’t do it. At least, they know.
    _†_


    Raven se surpreendeu ao notar o sorriso malicioso no rosto de Laine, por um instante pensando que se tratava daquela dupla personalidade de Laine, ou qualquer coisa do tipo. Já confrontara o que quer que fosse aquilo por mais de uma vez... Em uma delas tendo acabado quase matando a herbologista depois de levar uma pancada feia e em outra quase tendo sido atacada pelas costas enquanto se retirava. Mas para sua surpresa – era apenas Laine Fernandes ali.

    Apertou a varinhas nas mãos desconfortavelmente quando a bruxa se aproximou, escutando com atenção seu plano. Confirmou com a cabeça enquanto a bruxa se afastava, esperando que ela tomasse sua posição antes de virar-separa Alkin e apontar a varinha para ele. Antes de disparar o feitiço, porém, virou-se para Laine e murmurou:


    - Se eu souber que está fazendo isso apenas para evitar que ele corra perigo... Acabo com sua raça. Nobreza fora de hora. nunca salvou a vida de ninguém.

    Sem esperar pela resposta, mudou a direção da varinha de forma quase imperceptível enquanto falava o feitiço em um tom claro e cortava o ar na horizontal:

    - Allt pascicor!

    Cortes limpos e retos surgiram sob quatro das árvores mais próximas do ponto que Laine apontara, caindo de forma meio amontoada umas sobre as outras. Até que Alkin pudesse dar a volta já estariam longe – se nada entrasse em seu caminho, claro. Pensando no quanto poderia se arrepender disso, lançou a varinha para Laine em um impulso, aguardando que ela prosseguisse com o plano.

    “Estamos TÃO ferradas...”
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Re: Floresta Proibida

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Raven concordou. Seu plano, como qualquer um, tinha uma pequena chance de dar errado e se desse, ambas morreriam. Laine tomou uma posição bem favorável, olhando todos os pontos de fugas, teria que decorar todos. Com sua mão esquerda, ela apertou o objeto macio em seu bolso e com um dos seus dedos, tentou tocar o outro, bem mais duro.

- Se eu souber que está fazendo isso apenas para evitar que ele corra perigo... Acabo com sua raça. Nobreza fora de hora. nunca salvou a vida de ninguém.

Comentou Raven. Laine não disse nada, nem tivera chance, já que a mulher começa a executar o plano. Sem olhar para o professor, que provavelmente estava sem entender nada, ela segue os passos da varinha de raven. Assim que escutou o barulho seco, das arvores caindo, Raven arremessa sua varinha em direção da laine, que larga a lança que estava na mão direita, e agarra o objeto. O saco macio em seu bolso esquerdo é arremessado pra cima e estourando pela varinha.

Um pó amarelado e muito fedido deixa todo o lugar diferente. Com a mão esquerda e vazia, laine tira um apito de seu bolso, o mesmo era utilizado em algumas plantas. O barulho não podia ser escutado por humanos, já os centauros era bem diferente.

-Raven, não respira!gritou enquanto pegava na mão da mulher e derrubando o seu apito no chão.

Não tinha como procurar, pois o veneno amarelado poderia fazer ambas desmaiarem por meia hora. Começaram a correr sendo guiadas pelo extinto, já atordoado, de laine. Raven estava com a mão gélida, laine tentou olhar para mulher, porem, a única vez que tentou quase caiu. Estavam se embrenhando em um lugar completamente desconhecido e mais gelado. Quanto tomou uma boa distancia resolveu parar.

- Tudo bem? – perguntou, ainda sem olhar pra mulher e arrependida, já que provavelmente levaria uma resposta seca.
-
espero que alkin esteja bem... ele deve ter desmaiado...
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Re: Floresta Proibida

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    _†_
    All we do crumbles to the ground, though we refuse to see.
    _†_


    Impossível pareceria um conceito bastante relativo – e distante da realidade – para qualquer um que realmente visse Raven abrindo mão de sua varinha para Laine. A bruxa mais velha não fazia idéia do que a outra fazia, e sinceramente, tudo o que a fazia confiar o bastante a ponto de cooperar era o fato de que evitava pensar no tamanho da estupidez que provavelmente seria. Tão logo apanhou sua varinha, Laine lançou qualquer coisa para o ar, logo estourando a tal qualquer coisa com um feitiço.

    Obedeceu com certo à ordem de não respirar, escondendo parcialmente o nariz e a boca na dobra interna do cotovelo direito enquanto sua mão direita era apanhada pela herbologista, um incômodo profundo em seus pulmões pelo mínimo de veneno que aspirara.

    Laine parecia já ter escolhido o caminho, de forma que por alguns minutos conseguiu avançar com relativa segurança. Raven, porém, não estava em condições de seguir a outra com a competência que normalmente demonstraria, epor diversas vezes chegou a atrasá-las um pouco. Não fazia idéia de para onde estavam indo, e a mão da bruxa estava estranhamente quente na sua – quente demais, e Raven sabia que não era a temperatura de Laine que estava estranha.

    A escuridão já era absoluta quando finalmente pararam, talvez por estarem em um ponto tão profundo floresta adentro que a luz sequer passava por entre as copas das árvores centenárias, talvez porque já tivesse escurecido. Mas uma coisa era fato: Estando molhada e desagasalhada e naquele ponto úmido e que nunca recebia sol... O frio suave que fazia fora da floresta doeu até nos ossos da mestra de Defesa Contra as Artes das Trevas tão logo ela parou.

    Aproveitando a temperatura do corpo ligeiramente elevada graças à correria, olhou ao redor, procurando pensar com clareza. Haviam se afastado muito da trilha: Não fazia idéia de onde estava, ou de para onde deveria ir. Sentou-se sobre a folhagem gelada no chão, junto ao tronco de uma árvore, apesar de isso ser uma idéia idiota – já que a temperatura baixa do chão ajudaria a roubar o calor de seu corpo. Estava ofegante, porém, controlou-se perfeitamente para responder ao questionamento de Laine:


    - Vou ficar melhor quando me der minha varinha. Não me agrada estar desarmada na sua presença, se é que me entende...

    Completou a frase olhando inevitavelmente para o anel que estava plantado no dedo da outra, com um reconhecimento maior em sua expressão do que seria seguro. Apenas quando olhou nos olhos da herbologista, percebeu que ela havia entendido como aquela coisa fôra acabar tentando matá-la. Ergueu-se lentamente, com uma expressão de desafio no rosto, deixando mesmo que um trêmulo sorriso de deboche surgisse em seu rosto.

    - Parece que deu sorte... Por ter sobrevivido, digo.
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Re: Floresta Proibida

Post by laine fernandes »

Seus olhos não conseguiam identificar nem um metro de distancia, por isso, laine forçava-os contra uma vasta escuridão. Por um momento, entre suas pernas tremulas e o barulho das folhas, ela achou que raven não responderia sua pergunta, porem, logo sua resposta fora lançada:

- Vou ficar melhor quando me der minha varinha. Não me agrada estar desarmada na sua presença, se é que me entende...

Inevitavelmente um sorriso brotou dos lábios secos da herbologista, era a resposta perfeita, para saber que a professora estava bem. O frio estava começava a atravessar sua capa e suas mãos, mesmo com o movimento de abrir e fecha-la, estavam congelando.

Colocando uma das mãos sobre o tronco de uma arvore fina e estranhamente escura, ela leva a outra em sua boca, assoprando em seguida tentando esquenta-la com o seu hálito quente. Mas quando fez esse gesto, percebeu que os olhos da raven seguiam seus movimentos. Estavam tão fixos no anel, que se estivesse perto da mulher, poderia ver o reflexo dele em seus olhos.

A mão que estava sobre o tronco serrou-se, fazendo as unhas da mulher cravar no mesmo. Seu ódio começava a esquentar seu corpo, agora, percebia quem fizera aquela maldade com sigo. Raven encarava tão naturalmente os seus olhos, quase arregalados com a surpresa, que fazia laine inflar de raiva.

-Parece que deu sorte... Por ter sobrevivido, digo.

Todo o ódio que seu corpo possuía, começava a se concentra em seus punhos. Tão forte, agora, era sua ligação com aquele anel, quando sentia raiva, que o mesmo por sua própria vontade parecia querer se mover sozinho, e assim fez. Laine abaixou seu corpo, com uma agilidade antiga, e deu uma rasteira na mulher, que parecia um pouco debilitada com o frio, fazendo cair no chão. Lançou seu corpo magro contra o da raven, colocando sua perna em cima de seus braços, imobilizando a mesma. A mão que continha o anel avançou contra o pescoço de raven.

-você tem idéia do que fez? vociferou, enquanto sua mão apertava com mais força o pescoço da mulher. pode sentir? Perder o ar em seus pulmões... essa sensação é horrível, não é? seu punho, ainda sujo com a madeira da arvore, foi enfiado em seu bolso em busca da varinha de raven. você deseja sua varinha, não é?

Porem, para sorte da raven, sua varinha não estava mais no bolso da sua capa. Laine serrou o punho. Nem matar essa vaca eu posso, se questionou. Encarou raven novamente, os lábios dela estavam roxos e a gola de sua camisa que encostava no seu pulso estava molhada. Queria pelo menos da um soco no rosto dela, mas aquilo não era o certo... era contra os seus princípios.

Saiu de cima da mulher e chutou um galho seco, que estava caído em seu caminho. Retirou sua capa e jogou em direção a outra.

-tire essa camisa molhada e coloque a capa... agora... Aceite esse gesto... em troca de sua varinha... disse de costas para mulher. – um dia você vai me pagar por isso, porem, não vai ser de uma forma covarde... se eu fosse sua mãe, estaria me revirando no tumulo... por ter uma filha tão suja! a ultima parte, sobre a mãe da raven, saiu baixo, não para evitar que a outra escutasse, mas por consideração à defunta, caso realmente estivesse morta.

OFF final alternativo. sim, pra quem quer ver raven levando porradaOFF


Porem, para sorte da raven, sua varinha não estava mais no bolso da sua capa. Laine serrou o punho. Nem matar essa vaca eu posso, se questionou. Encarou raven novamente, com seus olhos semi-serrados, sua mão que estava fechada começa a subir ficando lado a lado com o seu rosto.

Laine parecia uma onça, encarando sua presa enfraquecida, porem, aparentemente tentando demonstra que agüentaria. Pensou em sair de cima da mulher e esquecer, mas não faria isso, precisava sentir o sangue dela derramado... precisava mostra o quanto tinha crescido naquele recesso.

Enterrou o primeiro soco contra o rosto branco da mulher, seguidos de outros, ela parecia esta possuída, ou sempre esteve e não sabia. Talvez o anel estivesse fazendo isso com ela, porem, laine estava gostando. Raven tentava se mexer, mas laine estava mais forte mais enfurecida. Quando seu corpo não agüentava mais fazer aquela atrocidade, o cansaço fez com que a mulher caísse ao lado de raven. Estava mais ofegante que nunca.


-tire essa camisa molhada e coloque a capa... agora...- disse enquanto sentava-se e tirava a capa.- Aceite esse gesto... em troca de sua varinha... jogou a capa em cima da mulher.

Não queria nem olhar pro rosto de raven, então escorou o seu corpo contra a mesma arvore que raven estava antes. Olhou pra sua mão, estava suja com o sangue da outra, so então percebeu a merda que fizera. Uma onda de culpa entrou em sua mente e seus olhos tentavam joga-la pra fora ,porem temia em fazer aquilo na frente da outra.
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Re: Floresta Proibida

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  • Narração; Fala; Pensamento; Off;

_†_
So let mercy come and wash away what I’ve done
_†_

  • O corpo de Raven se enrijeceu instintivamente ao ver Laine se aproximar, esperando a reação às suas palavras. Mesmo estando atenta, porém, não teve a menor chance quando a bruxa – bastante mais jovem, alta, ágil e revoltada do que ela – a atacou, só sentindo a pancada do pé de Laine na parte de trás de seus tornozelos antes de sentir seus joelhos cederem e a pancada forte de suas costas contra o chão úmido da Floresta.

    A princípio sua maior preocupação foi com o frio que a transpassou, mas logo sentiu as pernas da bruxa imobilizarem seus braços e abriu os olhos que havia fechado na queda a tempo de ver a mão onde estava o anel avançar em direção ao seu pescoço. Tentou soltar os braços, em vão, enquanto escutava as palavras de Laine e começava a sentir o ar faltar.

    Por um instante pensou realmente que a outra a sufocaria até o fim, tentando inutilmente se debater enquanto o desespero por oxigênio aumentava. Logo escutou as palavras de Laine com relação à varinha, porém, e acompanhou com os olhos ao movimento de sua mão. De alguma forma, sentia que quem estava lá era mesmo a herbologista, de forma que a determinação que ela demonstrava ter em ir até o fim com aquilo parecia ainda mais assustadora.

    A força com que resistia à bruxa diminuía progressivamente a cada segundo, de forma que mal notou quando ela desistiu de apanhar a varinha, apenas acompanhando o punho serrado da outra, que parecia em dúvida quanto a descê-lo de encontro a seu rosto ou não.

    Em uma atitude que nunca esperaria de qualquer pessoa a quem tivesse irritado, porém, a outra parou nesse ponto. Levou a mão ao peito rapidamente, respirando fundo, no instante em que se viu livre das mãos de Laine. Virou-se de bruços, sendo tomada pela tosse enquanto apoiava os cotovelos no chão e tentava reunir forças para se levantar. Passando uma mão pelo pescoço, percebeu que apesar da temperatura estivera suando frio.

    Ergueu a cabeça o bastante para ver as costas de Laine após perceber sua capa cair no chão ao seu lado, resistindo a pegar o grosso tecido para se aquecer à princípio. Entender a razão daquele gesto estava acima de sua compreensão: Assim como a razão pela qual havia sido poupada do merecido troco pelo que fizera.

    Com certa dificuldade, virou-se e sentou com as costas novamente contra uma árvore, puxando a capa consigo apesar de ainda resistir a vesti-la. A ajuda de Laine incomodava mais do que um soco teria: De certa forma, entendia porquê ela se irritara tanto quando Raven a abraçara naquele banheiro no ano anterior. Sorriu fracamente quando a cena passou por seus olhos, pensando na idiota que havia sido então.

    Fechando os olhos e mantendo o sorriso – que naquela situação poderia parecer quase insano – escutou as palavras de Laine. Pagaria com prazer, depois daquela. Sequer reagiria, se fosse o caso... Mas não poderia suportar por muito tempo a idéia de não sofrer as conseqüências por mera piedade da outra. E isso logo voltou a fazê-la pensar nos centauros que em algum canto daquela floresta as procuravam. Também escapara deles graças à piedade de outra pessoa. E o preço que essa pessoa pagara...

    O sorriso sumiu de seu rosto, quando exatamente neste instante escutou as palavras de Laine a respeito de sua mãe. Sentiu um aperto na garganta – outro – enquanto abria os olhos e encarava de forma fixa às costas da bruxa. A impressão que tinha era a de que cada centímetro de seu corpo tremia de frio. Falou pausadamente, apesar de extremamente baixo, sem saber sequer porquê dizia aquilo à bruxa:


    - Ela se revirou por isso muito antes do túmulo... Quando duelamos pela primeira, e única, vez.

    Sua risada fraca e sem humor encheu a clareira por um segundo, enquanto tornava a fechar os olhos e repousava a nuca contra o tronco às suas costas. Sua voz era quase inaudível quando prosseguiu:

    - Ela não tinha coragem de me atacar... E somente a interferência da mãe de Raven me impediu de acabar com ela ali mesmo. Desperdício. Morreu por minha culpa de todo jeito... Só que teve tempo de me expulsar de casa antes.

    Abriu os olhos ligeiramente, completando de forma grave ao perceber o jeito que Laine a encarava:

    - Eu não a matei, Laine. Pelo menos... Não diretamente.


Off: Edito com resposta ao fim alternativo já já \o

_†_
Owned
_†_

  • Por um segundo, Raven teve a ilusão de que seria solta ao perceber que o aperto da mão da herbologista em seu pescoço se afrouxara, mas sequer teve muito tempo para aproveitar a idéia, visto que o primeiro soco logo a atingiu com força pouco abaixo de um dos olhos. Soltou o pouco ar que conseguira apanhar na breve pausa em um gemido baixo, fechando os olhos e sendo pega completamente de surpresa quando o segundo chegou.

    Apesar de também ser bastante magrela, Fernandes era muito mais alta, de forma que suas tentativas de soltar os braços para ao menos arriscar se defender eram em vão – não obteve sucesso também tentando dobrar os joelhos para chutá-la de cima. Mais e mais vezes o punho da herbologista se chocou contra seu rosto, em um ritmo cada vez mais desenfreado, como se a cada pancada o prazer que a bruxa sentia em fazer aquilo aumentasse.

    Após o que lhe pareceu uma eternidade, por fim Laine cedeu e caiu ao seu lado, arfando. Raven permaneceu imóvel, observando as copas das árvores acima com tanta fixação que apenas o tremor que o frio e a dor lhe causava e sua respiração denunciavam que estava viva.

    Não se moveu um milímetro quando escutou Laine se sentar e dizer qualquer coisa, sentindo uma capa cair na altura de suas pernas enquanto a outra se levantava. Permaneceu ali por mais alguns segundos, até que com dificuldade ergueu ambas as mãos e as enterrou nos próprios cabelos, respirando fundo antes de soltar um grito – sem sequer pesar que com isso poderia estar atraindo os centauros.

    Apenas quando o som de sua voz morreu na escuridão, conseguiu reunir forças para se levantar. Afastou uma mecha de seus cabelos do rosto, sentindo o inchaço com os dedos e se vendo forçada a limpar o sangue que com a gravidade escorreu do supercílio estourado em direção aos olhos.

    Concentrando o resto de suas forças no gesto, ergueu-se e seguiu até onde Laine estava, meramente deixando os joelhos se dobrarem, sob seu peso para se abaixar na frente dela. Com os dedos gelados e trêmulos, segurou com firmeza na mandíbula da bruxa e a obrigou a erguer os olhos para encará-la.~


    - Pelo menos tenha a decência de olhar para o que fez, sua filha da p***.

    Permaneceu a encarando por alguns instantes, fixamente, enquanto apanhava o mesmo graveto que afinara mais cedo e que estava caído ali ao lado. Sorriu debilmente antes de continuar:

    - Depois dessa, os centauros devem vir a qualquer segundo... E não sou mais capaz de fugir.

    Baixou os olhos por um segundo, e a forma com que Laine se moveu fez com que suspeitasse que ela notara o que pretendia fazer. Os erguendo novamente, completou:

    - Mas não vou morrer sozinha.

    Sem hesitar, segurou com firmeza na ponta mais larga do objeto e o enterrou na coxa direita da herbologista, o mais fundo possível, sentindo seu sangue escorrer e sujar as mãos da professora enquanto torcia o objeto e tentava forçá-lo mais para dentro.
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Re: Floresta Proibida

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Os olhos da mulher, mas uma vez, se arregalaram contra a escuridão, porem não durou muito tempo. Certamente, porque, sabia do que raven era capaz. Colocou as mãos no bolso do jeans esverdeado e abaixou a cabeça tentando parecer não ligar. A voz seca da mulher invadiu, por alguns estantes, o lugar. Era deprimente.

- Ela não tinha coragem de me atacar...

-achei que isso so acontecia comigo... pensou.

E somente a interferência da mãe de Raven me impediu de acabar com ela ali mesmo. Desperdício. Morreu por minha culpa de todo jeito... Só que teve tempo de me expulsar de casa antes.

Por um estante parecia não entender a informação, então mentalmente pronunciou a primeira parte. Qual será o nome dela, se perguntou. Em um giro lento, quando a mulher calou-se, laine voltou a encará-la.

- Eu não a matei, Laine. Pelo menos... Não diretamente.

Um suspiro longo foi o único comentário de laine. Caminhou em linha reta e quando parou na frente da mulher, retirando uma das mãos de seu bolso, subiu o casaco no corpo da outra e sentando-se ao lado. Pensou na alternativa de espancar a raven, quando tivera chance, mas um sorriso veio em seu rosto: se arrependeria desse ato eternamente.

-Eu não tenho muito tempo de vida... começou. -, então não precisa tentar tira-la... você não é burra, deve ter percebido minha mudanças de humor... digamos que eu não sou eu...

No fundo, laine so estava contando aquilo para que a outra desistisse de mata-la e para que raven continuasse conversando, assim esqueceria o frio. Apesar de sentir muito frio, não tivera coragem de arrastar seu corpo pra mais perto da mulher, para tentar dividir o calor do corpo. Os centauros não preocupavam os pensamentos de laine, já que eles também temiam aquele frio, o problema eram os outros animais da floresta. não poderiam sair dali ate que ambas estivesse mais recuperadas.




OFFFINAL alternativo U__U" raven sua fresca me espetou!OFF

Um grito ecoou pela floresta a dentro, fazendo a mulher girar os olhos, tentando se poupar de escutar a voz da outra. Raven tentava ficar em pé, porem parecia ter muita dificuldade. Laine, agora, encarava qualquer outro ponto, menos o sofrimento nojento da outra. Sentiu seu rosto ser puxado e fixado no rosto da outra: a mulher estava parcialmente deformada.

- Pelo menos tenha a decência de olhar para o que fez, sua filha da p***.

Não disse nada, queria apenas distancia da outra antes que vomitasse na cara dela. Seus olhos cínicos ignoraram o insulto.

- Depois dessa, os centauros devem vir a qualquer segundo... E não sou mais capaz de fugir.

Raven mudou a direção de seu olhar. Laine percebeu um movimento estranho e quando iria retirar a mão da outra de seu rosto, escutou:

- Mas não vou morrer sozinha.

- Sua... Ahh!- não tivera tempo de terminar seu palavrão.

Algo fino e pontudo rasgou a coxa da herbologista, fazendo toda a região da sua perna doer incontrolavelmente, justamente porque seu sangue estava gelado com o frio e a falta de movimento. Com a parte de trás da sua mão, ela da um tabefe no rosto da outra. Laine encara sua perna que estava sangrando e com um objeto preso nela, não conseguia dobrar e seu desespero aumentava, cada vez que os barulhos de cascos ficavam mais pertos.

-hahaha! Pelo que parece... vamos morrer... - disse olhando pra mulher, ambas pareciam malucas. – desgraçada... eu poderia salvar nos duas... espero que eles te matem de uma forma bem dolorosa.. ah!ela retira o objeto de sua perna.
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Re: Floresta Proibida

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I won't face myself so won't have to see what I've become
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  • Raven se encolheu instintivamente contra o tronco da árvore, levando a mão ao pescoço quando viu Laine se aproximar, sem saber ao certo se deveria ou não ficar aliviada ao perceber que tudo o que a outra pretendia era ajeitar a capa que deixara caída sobre seus ombros. A puxou mais para cima e se enrolou no instante em que a outra a soltou, encolhendo as pernas com os joelhos junto ao peito para poder cobri-las também.

    A escuridão ao redor era quase absoluta, só permitindo que tivessem qualquer visibilidade de uma área de dois metros ao seu redor, mas ainda assim Raven correu os olhos pela floresta ao redor, tentando determinar pela inclinação qual seria o tamanho do ponto baixo em que estavam. Já ouvira falar na existência de locais como aquele por toda a Floresta Proibida, mas nunca fora longe o bastante para entrar em um. Em meio a todas as enormes árvores, os pontos eram locais com relevo mais baixo do que o do Lago Negro, que retinham a umidade e o frio e cujas enormes árvores não permitiam que o sol os aquecesse durante o dia: Raven podia ver o vapor de sua fraca respiração.

    Apesar da temperatura, do desconforto pela situação que estivera junto a Laine havia pouco tempo, e do incômodo ardente nos pulmões causado pela inalação parcial daquele veneno amarelado, os rumos que a conversa tomava chegavam a perturbá-la quase tanto quanto todo o resto.

    Olhou de esguelha para Laine quando percebeu que ela sorria, se surpreendendo ao notar que não era algo quase doentio como o que dera há pouco. Era sincero... E isso era perturbador. Sorriu também, brincando com a idéia de que nunca contara a respeito de sua mãe para qualquer um... Mas que se soubesse que as pessoas iriam reagir daquela forma ao escutar, teria feito disso um hábito. Sair com uma faixa na rua, talvez.

    Escutou com atenção o que a outra disse, concordando com a cabeça tão logo ela terminou. Já suspeitava daquilo, obviamente, mas ainda assim não sabia o que responder. Passando um dos braços por sob a capa, tocou de leve no braço de Laine. Mesmo com sua pele estando incrivelmente mais gelada, percebeu que a dela também não estava exatamente normal. Adianto casualmente a resposta que teria que dar, murmurou baixinho:


    - Você está gelada...

    O comentário poderia parecer estúpido vindo de alguém que estava – possivelmente – hipotérmica, e Raven sabia disso. Mas não gostava da idéia de que uma pessoa a quem tentara matar recentemente – e que sabia disso – ficasse no frio para aquecê-la. Tentou se erguer para se aproximar da outra, logo percebendo que suas forças a deixavam a cada segundo enquanto a sonolência confortável a tomava e puxou Laine para perto no lugar. Não havia lugar para as duas sob a capa – e estando molhada e na temperatura que estava, Raven suspeitava que só conseguiria esfriar a outra mais rápido, mas de toda forma, passou um dos braços cobertos pelo tecido grosso por sobre os ombros de Laine, a puxando mais para perto.

    Percebendo que não seria possível ganhar mais tempo, começou, escolhendo cuidadosamente as palavras:


    - Eu não sou exatamente eu, também, como pode notar... Embora em um sentido diferente. Leone Caster... Prazer.

    O sorriso que a situação de se apresentar para alguém que conhecia a anos fazia surgir se perdeu quando bocejou longamente. Sequer pensou no quanto seria estranho fazer isso graças ao desejo de sua mente de vagar por aí enquanto apoiava a cabeça no ombro da outra e lutava inutilmente para não fechar os olhos.

    - Qual o nome dela? Da pessoa com quem você divide o corpo, digo... Ou ela não tem um?

    Procurou ficar mais confortável, deixando sua voz morrer aos poucos enquanto falava, apesar de lutar para manter a consciência. Riu fracamente antes de continuar:

    - Não se preocupe, não vou mais tentar tirar sua vida... Mas não diria o mesmo daqueles centauros. Notou que não são os mesmos que aceitaram o sacrifíci...

    Sacudiu a cabeça ligeiramente após quase adormecer no meio da frase, buscando afastar o sono.

    - Tem que haver um jeito de tirá-la, Laine, se é ele que vai te matar. Não me faça pensar que existe uma maldição que não pode ser removida... Acreditar nisso é tudo o que me resta.

    A última frase saiu quase em um suspiro, enquanto aconchegava sua cabeça no ombro da outra a e parava de resistir à tentação do sono...


Alternativo: Espetei, sua ÍNDIA! \o\
E você me socou até não aguentar mais e depois ainda dá tapá na cara -.-'
Finja que sou o Nando ;**


_†_
Somehow I need you to go
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  • O tapa de Laine a derrubou para o lado com facilidade, na situação em que estava, fazendo com que levasse a mão à boca. Os lábios estavam cortados, e o sangue que cuspiu fez com que suspeitasse que perdera pelo menos um dente.

    Sorriu frouxamente ao escutar as palavras de Laine, sentando-se no chão para encará-la enquanto a bruxa arrancava a estaca de sua perna.


    - Realmente pretendia me salvar, Fernandes? Não me faça rir...

    Aproximando-se novamente, segurou o graveto por cima da mão de Laine, a olhando nos olhos.

    - Sim. Vamos morrer, e... Eu não sei você, mas não pretendo ser morta em algum ritual macabro de criaturas mágicas buscando vingança. Preferiria algo mais... Rápido.

    Reunindo toda sua força restante nisso, superou a tensão de Laine na estaca e a virou rapidamente, a enterrando até o fim no estômago da outra. Com um sorriso quase demoníaco no rosto, falou:

    - Você morreu, Fernandes. Não existe como fechar isso, mesmo que você consiga voltar ao castelo... E você não vai conseguir... Dentro de quarenta minutos no máximo, terá sangrado até a morte. Vinte, talvez, pela infecção...

    Arrancou o objeto sem o menor cuidado, o entregando à bruxa e erguendo o queixo. Com uma das mãos, indicou um ponto bastante preciso ao lado da traquéia.

    - Tudo o que tem que fazer é enfiar... E aí nos vemos no inferno.
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Re: Floresta Proibida

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Raven olhava para seu rosto, então laine olhou de volta, percebendo o sorriso sair do rosto da mesma. Laine passou a mão na nuca, tentando compreender o motivo do sorriso, mas o frio mudou seus pensamentos. A mão gélida e branca da professora tocou a sua, fazendo a herbologista ficar arrepiada pelo contado gelado.

- Você está gelada...

- nada... –disse quase pra si mesmo do que pra outra.

Porem, raven não escutou suas palavras abafadas pelo queixo que tremia quase identificável, e arrastava laine para perto de seu corpo, passando em seguida uma parte da capa em seus ombros. Sem dizer nada e nem olhar pra outra, pois ficara envergonhada, escutou as palavras que brotavam dos lábios arroxeados da outra.

- Eu não sou exatamente eu, também, como pode notar... Embora em um sentido diferente. Leone Caster... Prazer.

- o prazer é todo meu, senhorita caster... disse sorrindo também, levando a mão a boca, para assopra-la.

Percebeu que raven bocejava e escorava sua cabeça em seu ombro. Estranhamente ela não ligou, assim o cabelo da outra esquentava seu pescoço que estava em contato com o vento.

- Qual o nome dela? Da pessoa com quem você divide o corpo, digo... Ou ela não tem um?

-ela tem sim... É Manuela... respondeu, procurando o braço da mulher pra ver seu pulso.

- Não se preocupe, não vou mais tentar tirar sua vida... Mas não diria o mesmo daqueles centauros. Notou que não são os mesmos que aceitaram o sacrifíci...

Escutou o sorriso da outra e sorriu também, não achando tão engraçado, porque estava concentra no coração da raven, que não batia da forma certa que quase nao prestava atençao em suas palavras.

- Não se preocupe, não vou mais tentar tirar sua vida... Mas não diria o mesmo daqueles centauros. Notou que não são os mesmos que aceitaram o sacrifíci... raven quase dormiu enquanto falava, depois continuou. - Tem que haver um jeito de tirá-la, Laine, se é ele que vai te matar. Não me faça pensar que existe uma maldição que não pode ser removida... Acreditar nisso é tudo o que me resta.

Laine não sabia o que comentar sobre o que raven falara, pois estava com medo que a outra dormisse. Passou sua mão pelas costas da raven, sentindo a blusa molhada e muito gelada tocar em seu braço descoberto. Trouxe a mulher pra mais perto e deu um tapinha no rosto dela.

-se você dormir, juro que te mato! –disse em um tom brincalhão. –agora...ela passa a mão livre pela mulher, tentando encontra alguma coisa no bolso e quando acha, conclui sua fala. –beba isso, vou avisando que é muito ruim, mas vai te manter acordada e mais quente.

Era um liquido leve e de aparecia horrível. Apesar de ser comida de planta, não era contra indicado para seres humanos. Tinha muito pouco, o suficiente pra raven beber, e certamente laine não gostaria de beber algo tão ruim. Já bastava a vez que teve que provar e sentiu seu corpo pegar fogo, resultado correr e pular no lago, ficando por 3 horas seguidas de roupa dentro da água. Laine agradecia por carregar tantas coisas nos bolsos de seus casacos

Quando terminou de fazer raven engoli a poção de planta, disse:

-você esta com duas blusas? perguntou, quando olhou no ombro da mulher e viu sua blusa branca transparecer outra cor mais escura.se poder, tire... ou vai acabar morrendo de pneumonia, caso consiga viver desse pequeno pesadelo e não durma... por favor.... não quero que morra.... a ultima parte saiu realmente muito baixo e achou que a outra não estivesse escutado.


OFF hahaha! vou te matarrrrrrrrr *-* que legallllll eu adoro final alternativoooooOFF




- Realmente pretendia me salvar, Fernandes? Não me faça rir...

-hahaha... certamente não...disse rindo escancaradamente.

Não tinha mais forças e o graveto da sua mão estava mais pesado. Sentiu raven tocar na sua mão e falar:
-
Sim. Vamos morrer, e... Eu não sei você, mas não pretendo ser morta em algum ritual macabro de criaturas mágicas buscando vingança. Preferiria algo mais... Rápido.

No fim das contas concordava com raven, ela não queria morrer daquela forma, lembrava do que aconteceu com a Claudia. Não fez nenhum esforço para evitar ser atingida em seu estomago. Foi tudo rápido e o sangue logo jorrou pelo canto de sua boca.

- Você morreu, Fernandes. Não existe como fechar isso, mesmo que você consiga voltar ao castelo... E você não vai conseguir... Dentro de quarenta minutos no máximo, terá sangrado até a morte. Vinte, talvez, pela infecção...

-é... calculei mais ou menos isso também... – disse pegando o graveto da mão da mulher que estava estendido em sua frente e, para cena ficar mais bizarra so faltava à bandeja.

- Tudo o que tem que fazer é enfiar... E aí nos vemos no inferno.

- o inferno... espero que essa porcaria seja mais quente que esse inferno que estamos agora...- comentou segurando com firmeza a estaca e enfiando no meio do pescoço da raven. – quem será que morre primeiro? Se eu ganhar, você paga o chocolate quente. disse com um sorriso no rosto e fechando os olhos e abrindo. Faltava pouco pra morrer.

- que droga... eu perdi... - referindo-se a raven que morreria rapidamente.
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Sometimes solutions aren’t so simple
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  • Surpresa ao sentir Laine puxá-la para mais perto, Raven abriu os olhos lentamente ao sentir um tapinha em seu rosto, não conseguindo rir do comentário dela apesar de ter achado graça. Permaneceu escorada nela, com os olhos apenas entreabertos, enquanto a herbologista buscava algo no bolso de sua capa. Logo ela apanhou um frasco contendo uma poção de aparência desagradável.

    Não entendeu bem a recomendação, mas de toda forma deixou que a outra a fizesse bebê-la. Acumulou um belo bocado da poção na boca antes de dar o primeiro gole, e logo enquanto o líquido passava por seu esôfago já sentiu uma ardência forte, que vinha de dentro para fora.

    Escutou as palavras de Laine apenas parcialmente, se afastando ligeiramente dela e tornando a apoiar as costas na árvore, apesar de manter o braço da outra sobre seus ombros. Soltou um gemido trêmulo – que mais parecia um longo e baixo ganido – tão logo a poção chegou em seu estômago. A sensação era estranha, e isso era tudo o que poderia dizer a respeito. Sentia um calor quase insuportável por quase todo o corpo, embora sua pele continuasse gelada e ainda tremesse de frio.

    Permaneceu imóvel por alguns segundos, se recuperando do efeito da poção, antes depor fim afastar a capa de sobre seus ombros e tirar a blusa branca de mangas compridas, permanecendo apenas com a preta e sem mangas que usava por baixo. Estremeceu imediatamente, embora estivesse mais confortável assim do que com as roupas mais compridas e molhadas. Rindo, voltou a puxar a capa e comentou:


    - Claro, porquê agora estou muito preocupada com pegar uma pneumonia agora...

    Deu de ombros, olhando ao redor ainda sonolenta, embora um pouco mais atenta, antes de voltar a olhar para a outra. Laine já a tinha visto sem a capa, de forma que as finas marcas mais claras que tinha ao redor dos braços não eram surpresa para ela. Mas de todo jeito, apanhou a mão da bruxa entre a sua esquerda e a levou até o pulso direito, fazendo com que ela sentisse o relevo mínimo das cicatrizes, que com a mão de Laine daquele jeito em cima pareciam ser a marca de um ponto onde dedos extremamente mais longos e finos haviam queimado.

    - A criatura que os matou – não achou necessário especificar a quem – deixou isso... Junto de um vazio.

    Baixou os olhos, reunindo forças para se levantar, enquanto continuava:

    - Um dia... Me lembre de te explicar a maldição da faca. Mas antes disso...

    Olhou nos olhos da outra, a hesitação visível em sua expressão, embora seu tom fosse – o mais próximo possível de – duro.

    - Saiba que isto aqui não muda nada entre nós, Laine. E eu não posso te dever o que está fazendo por mim, assim como não consigo pensar que você não vai tentar fazer nada a respeito de meu atentado contra sua vida. Eu vou te recompensar... De algum jeito.

    Afastou o olhar do dela, continuando em voz baixa:

    - E prometa que não vai se deixar esquecer o anel por conta do que estamos fazendo aqui. Sou eu quem estou sendo salva por você, não o contrário.

    Sem esperar pela resposta dela, continuou:

    - Precisamos andar... Até o fim do ponto baixo. Não vou melhorar mais do que isto, Laine, e em breve você não será capaz de sequer sair daqui sozinha... Quanto mais de me ajudar.

    Era o mais próximo de um pedido de ajuda a que chegaria.
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Re: Floresta Proibida

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Retirou seu braço de cima da outra, virando seus olhos pra suas botas marrons. Raven obedientemente retirou a blusa branca, ficando com uma escura ou preta, laine não olhou pra saber. Suas botas pareciam revelar alguma coisa, talvez um alerta, dizendo que não deveria fortalecer alguém que tentou mata-la. Raven voltou a falar, em meio a um sorriso:

- Claro, porquê agora estou muito preocupada com pegar uma pneumonia agora...

Deu um sorriso, quase que imperceptível, pensando na possibilidade de morrer a qualquer estante, porem não estava ligando. Uma mão, que antes estava gélida, tocou a sua. Um calor confortante foi perdido, quando laine encostou seu dedo em uma queimadura. Era triste.

- A criatura que os matou, deixou isso... Junto de um vazio. – raven tenta se levantar, porem continua falando. - - Um dia... Me lembre de te explicar a maldição da faca. Mas antes disso...

Laine imaginou se isso era realmente necessário, pois saber os detalhes da infância de raven, so dificultaria sua vingança e a outra parecia compreender, já que continuou:

- Saiba que isto aqui não muda nada entre nós, Laine. E eu não posso te dever o que está fazendo por mim, assim como não consigo pensar que você não vai tentar fazer nada a respeito de meu atentado contra sua vida. Eu vou te recompensar... De algum jeito. – os olhos que antes encaravam os da laine, fixaram em outro ponto. - E prometa que não vai se deixar esquecer o anel por conta do que estamos fazendo aqui. Sou eu quem estou sendo salva por você, não o contrário.

Laine pensava em uma resposta, ela estava na ponta da língua, mas fora cortada pela raven:

- Precisamos andar... Até o fim do ponto baixo. Não vou melhorar mais do que isto, Laine, e em breve você não será capaz de sequer sair daqui sozinha... Quando mais de me ajudar.

Laine tomou forças, derrubando a capa de seus ombros e dando alguns passos, ficando de costas para raven. Pensava cuidadosamente nas palavras, colocando suas mãos no bolso do jeans.

-Sobre sua cicatriz... quando ganhamos um vazio, simplesmente recheamos novamente... o ruim é não ser nada... nesse mundo.comentou dolorosamente, lembrando que nunca fora nada, alem de alguma coisa que surgiu de uma poção, para evitar que a dona do corpo não morresse. Por conta do anel e de tudo que estamos passando hoje, eu nunca faria nada pensando em um favor depois... como eu disse, eu ainda vou ter seu sangue em minhas mãos, porem de uma forma menos covarde...disse apertando seu punho, como se imaginasse o pescoço da outra entre seus dedos gelados.

Pensava se realmente queria aquilo. Sangue? Precisava de mais aquilo antes da sua morte? Morte? Eu sou apenas um vazio e ocupando o corpo da verdadeira dona... Por que desejo tanto recuperar o que não é meu, pensou dolorosamente. Retirou a mão direita do bolso, passando em seus olhos que estavam marejados. Era a primeira vez que desejava morrer ali, porem pensava na sua irmã menor... nunca foi alguém presente, ainda pretendia recompensar isso, antes de perder tudo que construiu.

- Quando chegarmos ao castelo... não queria fazer aquele pedido, porem era necessário.não comentaremos nada com o diretor ou com qualquer outra pessoa, tentarei fazer alkin não dizer... ainda temos tempo... o professor ainda deve esta dormindo na floresta.

Seu rosto estava seco e amargo, mas não tratava raven de uma forma maldosa. Agachou-se e pegou um galho, que parecia uma bengala.

- tome... use isso... será um bom apoio. – disse enquanto raven pegava o objeto e laine passava o seu braço na cintura da outra e erguendo-se com ela. Agora ambas estavam em pé. não aceite isso como uma divida, apenas quero te matar na frente de testemunhas. sorriu passando a mão dela em torno de seu ombro, assim ficaria mais fácil a caminhada.pra onde seguimos?
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Re: Floresta Proibida

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  • Permaneceu em silêncio onde estava sentada, observando as costas de Laine quando ela se levantou, logo puxando a capa de sobre seus ombros e a vestindo corretamente. Enfiou uma das mãos no bolso para aquecê-la, logo retirando ao perceber que estava cheio de tranqueiras. Por um instante ficou curiosa ao escutar o que a bruxa disse a respeito de não ser nada, logo entendendo, porém:

    Não era Manuela que vivia no corpo de Laine. Era o contrário. Mas não ousaria explicar à outra que entendera isso... De certa forma, a fazia ver Laine com outros olhos. Talvez fosse Manuela quem merecia ajuda, no fim das contas... Mas então, Raven também não merecia a ajuda que estava recebendo da herbologista.

    Concordou brevemente com um aceno quando a bruxa esclareceu que ainda pretendia matá-la. Lhe parecia justo: O que não significava que apanharia quieta, claro. Pensou em levantar-se e ir até ela, mas por alguma razão – talvez por ter suposto que o gesto que pôde ver precariamente envolvia enxugar lágrimas - achou que deveria ser melhor dar a ela um pouco de espaço. De toda forma, duvidava que conseguiria se por de pé sem apoio. Conteve a correção quanto a vazios que podem ser preenchidos: De repente, não lhe parecia uma idéia muito boa que ela soubesse muito sobre sua maldição.

    Não precisou esperar muito, pois logo Laine se pronunciou. Não concordava com as razões que supôs que ela tivesse, mas por enquanto achou melhor tornar a concordar. Não era hora de discutir, embora também não pudesse visualizar outro momento no futuro em que seria possível fazê-lo.

    Não se sentia à vontade em se apoiar na outra depois daquilo, mas sabia não ter escolha. Ajudou com o galho e com o próprio esforço quando a outra a ergueu do chão, largando o objeto logo em seguida. Não queria sobrecarregar Laine, mas sabia que com a bengala improvisada só conseguiria se desequilibrar com mais facilidade. Não ficou muito feliz quando escutou a pergunta a respeito da direção, porém.


    - Eu esperava que você me dissesse...

    Sorriu ligeiramente, indicando então um caminho com a cabeça.

    - É de onde viemos... Acho. Mas não me lembro quanto andamos depois de entrar no ponto, ou mesmo aonde viramos... Mas vale tentar.

    Ocultou o comentário a respeito de aquele ser provavelmente o local onde os centauros as aguardariam, com um plano começando a se formar em sua mente. Amizade com Laine – ou o que quer que fosse aquilo – era algo que não poderia tolerar. Começaram a seguir com dificuldade, e após uns poucos passos, já com a idéia em sua cabeça, Raven murmurou:

    - Certos vazios não somem, Laine. E você já começa a ameaçar ficar próxima demais para minha própria segurança... E se diz que vai morrer em breve... Não posso fazer você virar outro buraco na minha alma. É isso o que a maldição faz... E já não resta muito de minha capacidade de amar para ela retirar.

    “Você aprendeu a me ver como outro ser humano, e não sei se isso é uma coisa boa... Eu não posso permitir que você goste de mim, Laine”

    Não esperava resposta, e deixou isso claro por seu tom: E jamais ousaria dizer em voz alta o que completara mentalmente. Continuaram em frente, desviando apenas quando a temperatura começava a cair mais ao invés de subir, e fazendo mais pausas do que seria recomendado. Raven começava a se apoiar em Laine mais do que seria necessário, e sabia que era isso o que estava esgotando a outra tão rápido. Mas precisava reunir um mínimo de suas energias para levar a cabo a idéia que tivera.

    Por fim, a temperatura pareceu começar a subir aos poucos, quando Raven já começava a sentir que a poção não agüentaria mais por muito tempo. Desembocaram em uma clareira, e por um segundo, Raven ergueu os olhos para o céu estrelado acima, logo os desviando ao escutar o ruído de cascos:

    Do outro lado da clareira um grupo de centauros as encarava.


    - Não se envergonhe por ter me salvo quando descobriu que tentei te matar... Isso só prova que é uma pessoa melhor do que eu, Laine.

    Raven logo mergulhou a mão que não segurava a cintura de Laine no bolso da capa, conseguindo pescar de lá o que parecia uma fina tesourinha para aparar as raízes que seriam o equivalente às unhas daquelas plantas que andavam. Era pontuda, e teria que servir. A herbologista começava a tentar recuar, de forma que teve de fixar os dois pés com firmeza no chão enquanto sacava a tesourinha e a pressionava com firmeza contra o rim direito de Laine.

    Se livrou do braço da mulher com uma sacodida, a encarando com o máximo de frieza que foi capaz de reunir enquanto indicava que continuasse em frente. Continuou seguindo ao lado da mulher até que chegaram ao meio da clareira, enquanto um dos centauros se aproximava também. Reparou que eles eram extremamente jovens: Decididamente não os mesmos que haviam decidido que o sangue de Claudia valia mais para sua raça do que o de Raven valeria.

    Com um sorriso cruel no rosto e plenamente consciente de que a outra a odiaria por jogar as palavras ditas em sua cara dessa forma, olhou nos olhos que a encaravam e falou em uma voz baixa e arrastada:


    - O que foi? Não disse que não queria que eu morresse...?

    Virou-se para o centauro, falando em um tom alto e claro:

    - Mesmo que vocês não tenham aceitado os termos pessoalmente, não podem furar o acordo de sua raça de que em troca do sangue de Evans não derramariam o meu. Mas se o sacrifício de boa vontade não lhes satisfez, entendo que desejem mais sangue. E por isso trago outro – relutante – sacrifício aos centauros que matei.

    Evitou olhar para Laine, logo prosseguindo:

    - Dois sacrifícios, na verdade. Devem ter encontrado o outro junto aos troncos... Lamento por todo aquele veneno. Ela não ficou muito feliz com a idéia de morrer em meu lugar.
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Re: Floresta Proibida

Post by laine fernandes »

- Eu esperava que você me dissesse... – diss raven apontando o caminho com a cabeça e prosseguindo sua fala. - É de onde viemos... Acho. Mas não me lembro quanto andamos depois de entrar no ponto, ou mesmo aonde viramos... Mas vale tentar

Não sabia se realmente desejaria voltar pro mesmo lugar onde tinha vários centauros, mas poderiam ter a sorte de não encontra-los novamente. Alkin ainda deve esta dormindo... será que esta vivo? Perguntou-se. Depois de alguns passos, dados com muita dificuldade, raven volta a falar:

-Certos vazios não somem, Laine. E você já começa a ameaçar ficar próxima demais para minha própria segurança... E se diz que vai morrer em breve... Não posso fazer você virar outro buraco na minha alma. É isso o que a maldição faz... E já não resta muito de minha capacidade de amar para ela retirar.

Diversas respostas surgiram em sua mente, porem o silencio seria a única coisa melhor. Laine ficava mais cansada no decorrer do caminho, porem, raven era a culpada, já que fazia menos esforço possível e se aproveitava da caridade da herbologista. Talvez, ela tenha notado, mas no fundo admitir que esteja ficando fraca era totalmente estranho. Seguiria firme ou cairiam desmaiada, essas eram as duas opções e a segunda não seria escolhida por sua vontade.

O Frio parecia piorar para jovem professora, que olhava o vapor saindo da sua boca. Pararam. Laine não entendeu o motivo, mas seu comentário, ou algo parecido com um sussurro, foi abafado por um barulho familiar. Seus olhos perderam o brilho quase inexistente. Dando um passo incompleto para trás, sentiu algo pressiona seu rim e um comentário surgir:


- Não se envergonhe por ter me salvo quando descobriu que tentei te matar... Isso só prova que é uma pessoa melhor do que eu, Laine

- vergonha... Nesse momento, não sinto nada, alem do frio... sussurrou.

Continuou andando, sem demonstrar nenhum sentimento, olhando em direção aos centauros, porem não era o caminho que passava em sua mente, eram os olhos da raven.

- O que foi? Não disse que não queria que eu morresse...?

Laine não mudou a sua forma de encara-la, seus olhos pareciam entra dentro da alma da mulher em sua frente. Ela escuta cada palavra que a outra diz aos centauros. Mesmo depois de cada palavra, que entravam em sua alma como facas congeladas, laine não alterou seu tom de voz.

- eu disse... e repito...começou pausadamente, já que o objeto apertava seu rim, quando tomava muito ar. – eu não quero que você morra... mesmo que tenha me enganado novamente...disse sem desviar os olhos do rosto da mulher, que ainda olhava pros centauros.

Aproximou-se do rosto da mulher, de modo que falasse no ouvido dela, porem não impediria que os ouvidos aguçados de um grupo de centauros velhos em suas costas escutassem.

- Não somos tão diferentes, Caster, porem eu não existo... não da forma divina... tudo nessa vida tem um preço e o seu é pagar por existir... Pode me fazer um favor, antes que eu morra, diga pra minha irmã que... eu passaria esse aniversario com ela...por que... Aprendi com alguém, essa noite, que a maior vingança é quando não nos vingamos... Por que o vazio sempre pode ser Preenchido por um abraço... e eu sei que essa pessoa sentiu isso tambem
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Re: Floresta Proibida

Post by Raven »

  • Narração; Fala; Pensamento; Off;

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_†_

  • Procurou ignorar o olhar de Laine sobre si enquanto terminava de falar, embora a cada instante a intensidade dele se tornasse mais insuportável. Continuou olhando firme em frente enquanto as palavras da bruxa entravam em sua mente, levando alguns segundos para processar a informação de que após aquela traição Laine continuava desejando que ela ficasse bem.

    Buscou afastar o rosto o máximo possível sem ter de desfazer o contato da tesoura com a cintura da outra quando percebeu que esta se aproximava, olhando para o centauro loiro que pateava impaciente enquanto esperava que as duas se decidissem sem realmente vê-lo. Ao escutar o que Laine dissera, porém, a largou prontamente, deixando que a tesoura caísse enquanto se afastava alguns metros o mais rápido que podia. O sangue seria cobrado ali mesmo – aquele grupo de centauros não era tão sofisticado quando o outro.

    Permaneceu firme – talvez até demais: rígida seria a palavra mais adequada – onde parou, a observando pelo canto do olho com uma expressão que à primeira vista poderia parecer de asco. Era medo. Olhou do centauro para a bruxa fragilizada, sem saber ao certo o que fazer. O ente aguardou por alguns instantes, até que tomou o silêncio das duas por uma decisão. Avançou alguns passos em direção à herbologista, erguendo uma lança igual à que havia sido atirada mais cedo.


    - Não me parece um sacrifício relutante... Mas me serve bem. Só me pergunto quantas pessoas vai deixar que morram em seu lugar antes de... Bem, você deve saber. Humanos não são tão burros quanto demonstram.

    Buscou desviar os olhos enquanto ele erguia a lança sobre a cabeça da bruxa, cerrando os punhos com tanta força que os tendões pareciam querer se romper. Percebeu com o canto do olho quando a lança atingiu o auge de sua ascensão e preparou-se para descer violentamente sobre a cabeça da bruxa. O “Não” escapou de sua boca antes que percebesse que ele viria, com tanta naturalidade que por um instante pensou mesmo que havia sido a voz de outra pessoa que detera a concretização daquele ato, até que viu sua mão estendida.

    Mais centauros estavam às costas das duas, como logo reparou, mas não prestou muita atenção a eles. Novamente havia se tornado o centro das atenções naquela clareira, e a pergunta nos olhos de todos era evidente: Então o quê? Deixou o braço pender ao lado do corpo, baixando também os olhos. Obviamente, não iria voltar ao ponto de ser ela a vítima dos centauros. Mas Laine... Precisava existir outra saída. O fim da bruxa não lhe parecia agora algo que devesse ser impedido mais do que pareceria quando mandara David colocar o anel em suas coisas, mas...

    Daquele jeito não.

    Se aproximou, hesitante, da outra, estendendo a mão em direção ao seu rosto e passando o polegar por sua bochecha por um instante, antes de baixá-la e começar com um tom áspero demais para não ser forçado:


    - Isso não seria muito justo com... Manuela. Ou com...

    “Comigo, comigo...”

    - Alkin. No fim das contas, o corpo é dela... Você não pode sair sacrificando o sangue dele a torto e a direito quando te der na telha...

    Riu baixo, embora não tivesse achado graça, buscando as palavras para continuar.

    - E aquele idiota está realmente apaixonado por você. Tenho que lembrar de demiti-lo depois se quiser continuar com meu papel de vilã de novela das oito, mas isso é assunto para depois. Laine, eu...

    Tornou a esticar o braço em direção ao rosto da bruxa enquanto pronunciava as últimas palavras, deixando que ele caísse em meio ao gesto enquanto a voz morria em sua garganta. Mais tarde deveria isso à fraqueza remanescente do frio, mas sabia que não era o que a fazia se calar.

    Não precisou terminar a frase: Um dos centauros que estiveram atrás delas se adiantou, passando a mão pela cabeça de Laine brevemente para atrair sua atenção enquanto um a um os outros davam a volta nelas e marchavam em direção ao centauro mais jovem em frente. Ele pareceu assustado, deixando a lança cair enquanto recuava, desajeitado, sem ter tempo de se virar. Buscou o apoio dos outros por sobre os ombros, apenas para perceber que já galopavam floresta adentro, fugindo dos centauros mais antigos. Um olhar breve para o centauro ruivo ao lado de Laine esclareceu o que acontecia ali.

    Gabu.

    Deixou que um sorriso tímido brotasse em seu rosto, enquanto o que parecia ser o líder do bando partia junto aos outros atrás daquele que chefiava os mais jovens. Pela forma que agiam, o centauro parecia considerar a violação do acordo feito quase como um motim, embora o abandono das duas na clareira deixasse claro que não tinha nenhum interesse específico em ajudá-las.

    Apenas Gabu permaneceu parado ao lado de Laine, embora um olhar rápido lançado por ele em direção a Raven deixasse claro que também ansiava por sair dali. Alguma coisa naqueles olhos fez Raven perceber que a forma que ela encarava a outra segundos antes não se assemelhava em nada com repugno. Aquilo sim era nojo.


    - Soube logo que eles estavam à caça de vocês duas, mas infelizmente eu não teria moral para pará-los. Lamento que tenha demorado tanto, Fernandes. Receio que o showzinho de vocês tenha nos deixado... Curiosos.

    Desviou os olhos para o chão ao perceber que o centauro de pelagem branca como a neve a encarava novamente, repentinamente percebendo que a tesourinha que deixara cair era muito interessante.

    - Os antigos consideram a atitude de Rosli uma ofensa muito grave à sua autoridade... E embora peço que respeitem a proibição que possuem de cruzar o perímetro desta floresta, asseguro que tal situação não vai se repetir.

    Desviando seu olhar para o local onde os centauros haviam desaparecido por entre as folhas, comentou com um sorriso irônico – embora satisfeito – no rosto:

    - Parece que alguém está com problemas.

    Sentiu os olhos de Gabu fixos em seu rosto enquanto continuava olhando em frente, descobrindo também que a aspereza de seu tom anterior não se comparava em nada a aquilo quando ele por fim se pronunciou:

    - Sim, parece.

    E estava claro que ele não se referia a Rosli. Sentiu os olhos dele se desviarem de si após alguns segundos mais daquela desconfortável situação. O acompanhou com os olhos quando ele se adiantou alguns metros, trotando graciosamente, até que Gabu virou-se novamente para encarar Laine – como se sentisse a necessidade de dizer algo mais para confortá-la antes de partir. E foi o que fez.

    - E... Por favor, te peço que não dê atenção a ela. Não importa como surgiu... É real, Laine. Mais do que muita gente por aí.

    “Ela-Manuela ou Ela-eu? Oh, grande diferença... Nenhuma de nós duas existe mais do que Laine mesmo ¬¬”

    Pensou, cruzando os braços e girando os olhos deforma sarcástica. Havia imaginado a olhadinha do centauro em sua direção enquanto ele dizia as últimas palavras? Esperou que ele saísse antes de comentar em voz baixa, mais para si mesma do que para Laine.

    - Temos um gosto bizarro para príncipes em cavalos brancos...


Impressão minha ou cada post que faço é maior que o anterior? ¬¬’
Laine, preciso me responder morrendo no alternativo? xD
Seria um post meio... Estranho x.x’ Eu nunca morri e tal, sabe...
E já matou centauros, sua tosca? ¬¬
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Re: Floresta Proibida

Post by laine fernandes »

Sentiu o aperto em sua cintura sumir e a tesoura cair, fazendo um barulho seco, os olhos da mulher fixaram no centauro que caminha em sua direção. Sentiu suas pernas bambearem, não de medo mais de cansaço, não conseguia mais suportar o peso do seu corpo. Uma lança é erguida e laine fecha os olhos, uma lagrima tímida escorre em sua face.

- Não me parece um sacrifício relutante... Mas me serve bem. Só me pergunto quantas pessoas vai deixar que morram em seu lugar antes de... Bem, você deve saber. Humanos não são tão burros quanto demonstram.

O centauro era bem mais alto que laine, fazendo com que a mulher permanecesse de olhos fechados e em linha reta, em direção ao peito do homem-cavalo. Seria o seu fim, perguntou-se, quando um “não” surgiu na floresta, talvez mais alto do que sua dona pretendia. Fechou os olhos com mais força, como se isso evitasse que alguém escutasse alguma coisa parecida com soluços. Parecia uma criança.

- Isso não seria muito justo com... Manuela. Ou com... Alkin. No fim das contas, o corpo é dela... Você não pode sair sacrificando o sangue dele a torto e a direito quando te der na telha... E aquele idiota está realmente apaixonado por você. Tenho que lembrar de demiti-lo depois se quiser continuar com meu papel de vilã de novela das oito, mas isso é assunto para depois. Laine, eu...

Baixou a cabeça, tentando livra-se da mão que tocava em seu rosto, ainda de olhos fechados. Manuela... eu serei justa com ela..., comentou mentalmente. Pela primeira vez, desde que terminou de falar com raven antes de ser traída, abriu os olhos negros. Sentindo uma mão quente tocar no seu cabelo bagunçado pelo vento, laine curva os olhos em direção ao chão, pois não se achava digna de encara aquele centauro nos olhos.

- Soube logo que eles estavam à caça de vocês duas, mas infelizmente eu não teria moral para pará-los. Lamento que tenha demorado tanto, Fernandes. Receio que o showzinho de vocês tenha nos deixado... Curiosos. Os antigos consideram a atitude de Rosli uma ofensa muito grave à sua autoridade... E embora peço que respeitem a proibição que possuem de cruzar o perímetro desta floresta, asseguro que tal situação não vai se repetir.

Laine não disse nada, não queria, nem o pedido de desculpas que vinha em sua garganta não quis sair. Seus olhos embaçados procuravam alguma coisa caída no chão, alkin. Queria forças para dar o primeiro passo, porem ele não vinha e isso doía mais do que o gélido ar que entrava em seus pulmões.

-E... Por favor, te peço que não dê atenção a ela. Não importa como surgiu... É real, Laine. Mais do que muita gente por aí.

Talvez aquelas palavras não fossem para causar aquele efeito, mas a força que a mulher sentiu, quando escutou, foi muito confortante. Deu o primeiro passo em seguida outros, tropeçando logo em frente e caindo no chão de cara. Ajoelhou-se, revelando uma face de “cortar o coração”.
Um filete de sangue escorria pela sua sobrancelha direita. Ela continuava a caminhar, apoiando-se em qualquer coisa que ajudaria a continuar seu caminho. Logo, em alguns metros da frente, ela avista o que tanto procurava, alkin estava caído no chão de barriga pra cima, com algumas marcas do corte da arvore, estampado no seu rosto e em suas roupas.


-alkin!exclamou com toda força que tinha em sua garganta, mas nada saiu.

Tentou correr, mas so conseguiu cair alguns centímetros antes de chegar ao homem. Não conseguiria chegar, pelo menos não usando as pernas, então arrastou seu corpo na terra negra do lugar, ate chegar ao corpo caído de alkin. Colocou sua cabeça em cima do peito dele, para escutar o coração, então seguiu ate seus lábios dando-lhe um beijo, pegando na metade de sua boca e no bochecha, dizendo em seguida:

- Eu nunca vou poder te fazer feliz... – disse aos soluços, agora bem alto, passando a mão no tufo de cabelo aloirados do homem. desculpa... minha escolha é a certa... eu nunca poderei ocupar o lugar que não é me...

Não terminou, pois não tinha mais forças. Pousou sua cabeça no peito do homem, adormecendo, sem conseguir mover mais nada. Seu joelho que fora curado pela enfermeira, agora, parecia ter estourado, pois estava muito inchado. Agora faltava pouco pro seu fim...
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Re: Floresta Proibida

Post by Alkin »

  • Narração
    Fala
    Pensamento
    Outros Personagens
    Off

    O momento era ótimo para o professor, talvez o melhor de todos o que havia convivido até o momento ... Porém, infelizmente o momento foi interrompido por alguém: Raven, a professora de DCAT.


    Ahhhhh, não ¬¬

    De repente Raven e Laine começaram a brigar, partes da "conversa" que Alkin não fazia a mínima idéia do que s etratavam foram ditas, talvez foi um acontecimento dos anos passados dentro da Floresta Proibida, e que Alkin não tinha conhecimento, não fora informado sobre isso. De surpreendente aparecimento, centauros imergiram das vastas árvores que constituíam a vegetação florestal do castelo Hogwarts.

    Tenho um pressentimento ruim... Nenhum desses centauros tem cara de amigável, espero que não aconteça nada.

    O professor então, prestou atenção no que as duas professoras falavam, e começou a reparar diante do local, estava preocupado principalmente com aqueles centauros, do que seriam capazes? Pergunta que só poderia ser respondida após as ações daqueles animais, o que Alkin desejava não ver e nem presenciar.

    De repente, sem mesmo prestar atenção as árvores que separavam poucos metros Alkin e as duas mulheres tombaram com um barulho, um tanto o quanto ruim de se ouvir, sem notar de que agora estava do lado que os centauros estavam, prestava atenção nas mulheres, porque fizeram aquilo? A pergunta predominava na mente de Alkin, porém, logo foi esquecida: Alkin percebera que estava do lado em que os centauros ocupavam.

    Temor... a única coisa que estava dentro do professor agora era temor, temor de acontecer uma tragédia, sua vida poderia ser perdida ali, lembraças vieram à tona na mente de Alkin: Será que aquele momento antecedia a sua morte? Não pudera pensar direito, logo inspirou um pó estranho e fedido, o cheiro parecia ao nariz de Alkin, bosta de dragão com de hipogrifo, o que não era nada bom de inalar.

    Nunca pensei que meu fim fosse assim... mas fazer o quê? É a vida, ou seria a morte? Ahhh...

    Sem mesmo ter tempo de pensar direito, caiu entre as folhagens típicas do outono inglês, se machucando um pouco, mas não percebia, só percebia o negro que estava vendo, seria real ou imaginário?

    Poucos minutos, ou até talvez segundos passara, pelo que pareceu ao professor ao menos e Alkin se deparou com Laine sobre seu peito adormecida... Imediatamente Alkin esqueceu de tudo, queria ver se Laine estava bem, parecia estar totalmente machucada e cansada. O que aconteceu enquanto o professor estava ali, deitado e desmaiado no chão?

    Não dava sequer tempo de pensar nisso... O professor procurou logo alguém para que pudesse dizer o que havia acontecido, depois de alguns segundos se deparou com Raven; pousou a cabeça de Laine ao meio às folhas,e se dirigiu firme à Raven:

    O que aconteceu com ela?

    Percebendo o rosto de Raven... acrescentou:

    E com você, não é? Você também está acabada.

    Se os alunos já tem um pouco de "medo" ao meu ver com relação a Raven, imagine agora nesse estado? Tenho até dó deles.

    Pois bem, não vou esperar vocÊ responder, o estado de Laine não está nada legal... e o seu também não, já volto.

    O professor se afastou um pouco de Raven e pegou uma espécie de concha que produzia um som melódico; logo, depois de meio minuto, ventos fortes começaram a aparecer dentre as árvores e cavalos alados apareceram... dois testrálios pra ser mais específico.

    Alkin entregou um dos testrálios a Raven, estava em mau estado, porém ao ver do professor dava pra pelo menos voar em um testrálio, não estava adormecida como Laine.

    Não sei se a senhora já voou em um desses, mas se não voou tem hora pra tudo, e a hora dessa "aventura" chegou. Monte nele que vamos rapidamente ao castelo.

    O mestre em TCM, montou no tesrálio e sobrevoou a floresta com Laine segurada pelo professor... Logo estariam na Orla da floresta;

    Laine, agüente, eu sei que você consegue, estamos perto da orla.

    Rapidamente, Alkin chegou à orla e Raven demorou ainda um pouco, esperou a mulher descer do testrálio e perguntou:

    Para onde eu a levo? Enfermaria ou para qual lugar?
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Tenso... Muito³³³³³³³³ Tenso u_u
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Há! Eu sou o sonserino do mês ù__________u
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Re: Floresta Proibida

Post by Raven »

  • Narração; Fala; Pensamento; Off;

_†_
Just pretend I’m not here
_†_
  • Desviou os olhos ao perceber a forma que Laine tentava avançar, descruzando os braços e por um instante quase se adiantando para ajudá-la ao ver que caira. Se conteve a tempo, porém, sem saber ao certo o que lhe parecia mais estúpido: Ela ali parada sem saber o que fazer ou a outra literalmente rastejando no chão atrás do corpo de Alkin, que só então notou estar ali. Olhou em volta, para os troncos cortados que haviam sido jogados a um canto – lembrando-se estranhamente da Dríade, apenas para aumentar o fluxo de recordações daquele fatídico dia.

    Forçou-se a desviar os olhos ao perceber a forma que Laine se agarrava ao professor de Trato das Criaturas Mágicas, para variar encontrando uma árvore onde pudesse se encostar ao se sentar, mas dessa vez buscando observar o céu enquanto aguardava. Já sabia o caminho de volta, e supunha que – mesmo que com dificuldade – conseguiria percorrê-lo em pouco tempo. Mas algo em deixar Laine ali para trás sozinha a incomodava, mesmo que disse para si mesma que o problema não era aquele.

    Apenas após perceber que a voz da outra havia desaparecido foi que se recordou do que ela dissera a respeito de sua varinha. Se estava perdida, deveria ser por ali... Sem desviar os olhos das estrelas brilhantes e perfeitamente visíveis graças à ausência de lua, se concentrou na varinha e murmurou um “Lumus”, se questinando quanto à efetividade disso até que um brilho suave cortou a escuridão às suas costas.

    No princípio da trilha que havia pego ao fugir junto de Laine, em meio à confusão de galhos e folhas, estava a pequena varinha que outrora pertencera a Beatriz Watson. Se adiantou o mais rápido que sua condição permitiu e a apanhou, logo voltando para o local onde estivera sentada e retomando sua posição. Estava longe em seus pensamentos quando – não sabia após quanto tempo – uma voz que não lhe era lá tão familiar se fez ouvir na clareira.

    Só então percebeu que Alkin se aproximava, mas não se deu ao trabalho de responder à sua indagação, apenas dando de ombros. Não se sentia bem física ou mentalmente, e definitivamente não estava com vontade de conversar. Permaneceu quieta enquanto ele chamava os testrálios, não dando uma resposta quando ele sugeriu que montasse no animal. Estava deliberadamente ignorando a companhia do casal.

    Tocou na cara de um dos animaisenquanto ele montava junto de Laine no outro, perdendo alguns segundos enquanto o acariciava de leve antes de montar. Só então percebeu que não via o testrálio que costumava pegar emprestado havia muito tempo. Montou com cuidado, procurando se firmar o melhor que pôde enquanto o testrálio decolava por sobre as copas das árvores.

    Olhou paratrás, se permitindo uma vista de todo o restante da Floresta Proibida contra o céu estrelado. A visão era tão estonteante que teve que se agarrar melhor à crina do animal para não perder o equilíbrio. Perfeita para deixar a mente vagar para longe dali...

    Foi com certo pesar que percebeu que já pousava ao lado do outro testrálio, logo descendo e sendo indagada por Alkin quanto ao que fazer. Sem conseguir tirar a imagem mental de Laine o abraçando e chorando enquanto ele estava caído, fechou os olhos para evitar ter de encará-los enquanto enfiava as mãos nos bolsos e respondia, com seu mau humor evidente:


    - E por quê diabos eu saberia o que ela prefere, sr. Foulk?

    Abriu os olhos, suspirando ao perceber a forma estranha que o bruxo a observava enquanto dava a volta nele ecomeçava a puxar a capa por sobre seus ombros, dando lhe um violento cutucão nas costelas quando ele tentou protestar e segurando Laine precariamente quando teve de fazê-lo largar a bruxa para tirar uma das mangas. Ainda evitando olhar para a bruxa, embora fosse impossível evitar completamente, colocou a capa por sobre seus ombros, a ajeitando com movimentos ríspidos demais para que pudesse parecer carinhosa de qualquer forma.
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