Aposentos da Profª de DCAT - Raven Eiluned

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Bea
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  • Narração
    Fala
    Pensamento
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    Encarou Laine com desprezo ao ouvir as palavras da outra. Qual seria o problema daquela professorinha desprezível? Abriu um sorriso para Laine, se limitando ao silêncio enquanto Raven respondia aos comentários da colega e prestava alguns esclarecimentos quanto ao ocorrido. Teve que segurar a risada quando a mestre de DCAT disse que só emprestara o corvo com o único intituito de ler a carta que ela enviava. Não correspondeu à piscadela pois sabia perfeitamente que tanto Fled quanto Laine poderiam perceber. Esperou que a outra terminasse de falar, para então pigarrear, se voltando para a professora de Herbologia:

    - Querida, de onde vem todo esse rancor? Quanto ódio no coração... Se baseia em quê para me chamar de traiçoeira? Sabia que eu a podia processar por difamação? E quanto aos alunos... Se os acha assim tão inocentes, porque não pergunta à Srtª Raisa porque ela estava incendiando minha sala, sem qualquer motivo? Talvez você ache um comportamento normal, afinal, também tenta roubar correspondências sem motivo.

    Fez uma pausa, antes de continuar, desta vez se dirigindo a Fled:

    - Diretor, quando cheguei na minha sala Raisa estava pegando fogo à minha sala. Não fui informada que a aluna seja piromaníaca, portanto conclui que Raisa estava agindo por pura maldade. É normal que me descontrole quando vejo minha sala pegando fogo. Agi por impulso. Peço desculpa pois, obviamente, já devia conseguir controlar minhas emoções. No entanto, expresso aqui meu desejo para que a aluna em questão não fique impune quanto ao ato de vandalismo que cometeu. Não acredito que o senhor queira delinquentes nesta escola.. E quanto a Fernandes... Professor, não entendo o que minha cara colega tem contra mim. É a primeira vez que estamos nos falando e ela já começou com xingamentos sem fundamento.

    Respirou fundo, afastando uma meixa de cabelo que teimava em cair sobre seu rosto.

    - Quanto à invasão de sala a que a mesma se referiu, é uma prova de como os alunos têm uma imaginação excessivamente fértil e portanto, não se devem levar a sério. Acredito que Fernandes está se referindo ao fato de Eiluned ter entrado na minha sala. Acontece que não houve invasão alguma; hoje mesmo, nos jardins, eu lhe pedi para ir até meus aposentos, pois lhe queria pedir uma ave emprestada. No entanto, me atrasei e Eiluned chegou a meus aposentos algum tempo antes. Naturalmente, não esperou na porta. Fernandes, da próxima vez, agradecia que não se manifestasse sobre assuntos que não lhe dizem respeito e que, obviamente, não domina.

    Enquanto falava, Raven abrira a porta, convidando as duas professoras a sair, fazendo um último comentário para Fled:

    - Vamos ver se ao menos lidar com este tipo de comportamento o senhor consegue, já que não pôde sequer fazer uma contratação decente para o antigo cargo de Lana sem minha supervisão...

    Se aproximou de Raven, parando na frente da bruxa. Não perderia aquela oportunidade para acabar com qualquer dúvida que Fled e Laine poderiam ter de que continuavam tão inimigas como anteriormente:

    - Já a avisei para tomar cuidado com a língua, Eiluned. Você não gostaria de ficar conhecendo minha competência para... Colocar professoras arrogantes como você no seu devido lugar.

    E dando uma última olhadela à sala, fez uma careta como se fosse o pior lugar no mundo para uma bruxa como ela estar.

    - Lamento não poder ficar mais, mas tenho coisas mais importantes e interessantes para fazer. Passem bem.

    Sorriu afavelmente antes de virar costas e sair da sala, fechando a porta atrás de si. Assim que a porta se fechou, soltou um suspiro de alivio. Que manhã ela estava tendo! Não haveria monotonia naquela escola? E o pior é que o dia estava só começando. Abanou a cabeça e começou a se afastar, enquanto se perguntava o que ela fizera para todo mundo parecer ter acordado determinado a odiá-la.


    OFF: Por ai, ainda não decidi :~

.: B de Bea B de Bolacha :.

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Raven wrote:~agarra bolacha com uma mão e trompete com a outra
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~morde Raven
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laine fernandes
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- É claro que não mostraria, sua infeliz. O último feitiço que ela lançou foi um accio.

Laine quase teve um treco por dentro. Como aquela estrupícia conseguia pensar em todos esses malditos detalhes, pensou laine. Suas mãos estavam formigando, por alguns estantes o ódio era maior que a dor na sua perna, a professora queria arrancar a cara da raven a tabefes. A mesma cruzou os braços e continuou:

- Que tipo de idiota faria isso com o próprio rosto, Fernandes? Caso não tenha notado, isso dói...

- você é idiota o bastante para fazer isso... ou muito encrencada – comentou mais pra si mesma que pros outros da sala.

Oh, e me perdoe por não querer ser amiga dos alunos que estou detendo. Realmente, não sei como viverei sem a amizade deles... Prof. Woodcroft, Wendelin e eu estivemos juntas todo o tempo desde o momento em que ela deixou a sala de detenções: e se o senhor perguntar a Renan, estou certa de que ele confirmaria que não existe a menor possibilidade de estarmos fazendo o que quer que seja em conjunto. Só emprestei minha ave em troca de ler a carta...

Laine passou a mão na nuca, este era um dos principais sinais de seu aborrecimento. Ambas, Raven e Beatrice trocaram olhares, mas laine não conseguiu distingue o tal gesto. Ela deu um passo pra trás, tentando movimentar sua perna, que estava cada vez pior. Raven prosseguiu:

- Fled, eu não creio que eu seja obrigada a provar que não fiz nada de errado, sendo que fui eu que tive minha sala invadida e atacada. Quanto à acusação vã de Fernandes a respeito de eu ter invadido também uma sala alheia, a levarei a sério quando alguém vier me dizer que era o dono da tal sala e se queixar da invasão. Acredito que devamos investigar melhor o que esses alunos estavam aprontando para acabarem ilegalmente transfigurados, e não sair culpando uns aos outros como se estivéssemos no terceiro ano e fossemos pegos brigando nos corredores. Agora, se me dão licença, eu não tenho tempo para este tipo de idiotice. - Será que vocês duas poderiam me fazer o favor de sair?

Raven disse, enquanto abria a porta e se apoiava no batente.

-Sua fingida de uma figa! – exclamou laine. – ninguém ira reclamar dessa tal sala, já que a dona dela esta aqui! – disse levando o dedo em direção a beatrice.

Antes que laine tivesse chance de continuar, a professora Beatrice deu um pigarro e voltou a falar. Laine encarava as duas com uma cara seria, talvez mais seria do que o normal. Beatrice disse seus fatos da historia: 1° acusou Raissa de ser uma aluna malvada e cruel por ter tentado colocar fogo em sua sala. Depois, falsamente disse que pedia desculpas por ter transformado a aluna em um animal. Logo em seguida respondeu sobre a acusação da laine:

- Quanto à invasão de sala a que a mesma se referiu, é uma prova de como os alunos têm uma imaginação excessivamente fértil e portanto, não se devem levar a sério. Acredito que Fernandes está se referindo ao fato de Eiluned ter entrado na minha sala. Acontece que não houve invasão alguma; hoje mesmo, nos jardins, eu lhe pedi para ir até meus aposentos, pois lhe queria pedir uma ave emprestada. No entanto, me atrasei e Eiluned chegou a meus aposentos algum tempo antes. Naturalmente, não esperou na porta. Fernandes, da próxima vez, agradecia que não se manifestasse sobre assuntos que não lhe dizem respeito e que, obviamente, não domina.


-não queira saber da onde vem esse ódio! [/color]– laine disse em um tom ameaçador. – me baseio nos meus alunos! E eu já falei com a Raissa e a mesma disse o motivo de ter colocado fogo na sua sala... A raven poderia contar, por que mandou a aluna toca fogo na sua sala, certo Raven? – olhou para raven. – já que era so uma visitinha para pedir esse pequeno favor...

-Lamento não poder ficar mais, mas tenho coisas mais importantes e interessantes para fazer. Passem bem.

Mas uma vez foi interrompida. Beatrice era mais nojenta e falsa, do que a própria raven, e olha que a Raven era quase inalcançável. Acompanhou a mulher com os olhos. Laine sentiu uma vontade enorme de cuspir na cara de beatrice e espanca-la, mas é claro, teria sua chance outra hora.

- Fled, pesso que vá a minha sala... Terá muitos fatos para analisar de quem realmente estava na sala na hora de todo o ocorrido.

Caminhou ate a porta e colocou a mão na maçaneta, agora laine estava bem perto da Raven. Olhou a cicatriz em seu rosto, era algo extremamente fundo, laine gostaria que de fato fosse ela mesma que tivesse feito aquilo. Caso fosse acusada por algo que não fez, trataria de realmente fazer alguma coisa de errado para que seja julgada. Suspirou e disse em voz baixa, segurando o braço da outra, sem que o professor Fled visse:

- Tome cuidado! –disse em tom de ameaça. Laine apertou com mais força o braço da outra, no qual era a mão da varinha e passou sua perna na frente da outra, fazendo com que a mesma ficasse bem imobilizada. Olhou raven de cima, laine era bem mais alta. – não sou indefesa como nossos alunos, cuidado com o que bebe e come, pois a maioria das nossas verduras e frutas vem do meu cultivo.

Laine soltou o braço da mulher, mas antes de soltar a perna bem imprensada contra o corpo da mulher, evitando que a mesma se mexesse, com a mão direita, ela segurou o rosto da mesma e fez bastante força com seus dedos. A cicatriz ficou mais aberta e a raven parecia ter sentido uma dorzinha desconfortante. Enfim, quando soltou realmente a mulher, tentou imaginar, sem remorsos, como era sentir o rosto ser bem pressionado como uma ferida bem sangrenta. Abriu a porta. Ela deveria saber, laine não era mais uma professorinha boba, não pensaria duas vezes em acabar com a sua vida. Fled não viu nada, ele estava tentando reformular tanta informação. Laine sentiu pena do seu amigo, ele estava com uma bomba em sua mão, e ela so poderia ajudar mostrando os fatos.

Quando saiu da sala, escorou-se na parede do lado da porta. Dois alunos pareciam esperá-la, pois acenaram para que ela os visse. Laine deu um sorriso e foi ate eles.

- Meninos! Quero que ambos corram e chame todos que estavam envolvidos nessa confusão... Sejam rápidos, pois fled vai para minha sala. – olhou seria pros alunos. – se querem que ele saiba a verdade, so terão essa chance... Agora corram!

Laine mal terminou de dizer, pois os alunos já estavam cortando os corredores. Ela tomou caminho para sua sala, com sua perna mancando.
Last edited by laine fernandes on 20/01/08, 23:33, edited 1 time in total.
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Raven
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  • Narração
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    Pensamento
    Off

    Não se surpreendeu muito ao ver Beatrice deixar a sala após trocar breves palavras com Fled, se limitando a devolver o olhar que ela lhe lançou com igual intensidade ao escutar a ameaça de Wendelin: Raven também já estava de saco cheio daquela confusão toda. A atitude de Laine, porém, a surpreendeu. Tão logo um ruído pôde ser ouvido no corredor, Fled havia se virado para buscar sua fonte, ato do qual a herbologista logo se aproveitou. Com a varinha baixada e sem esperar por aquela, antes que Raven pudesse reagir se viu imobilizada.

    Não deu muita atenção às ameaças da mulher: Qualquer um que já pusera as mãos na edição revisada de Hogwarts, uma História poderia saber que os elfos tinham seus meios de evitar qualquer tipo de envenenamento, logo quando achou que estaria livre, porém, a mão de Laine foi parar em seus rosto, prensando um bom bocado ao machucado que ela mesma tinha aberto. Não doera tanto quanto a bruxa deveria esperar que tivesse: O feitiço de abrir cicatrizes só criava um fantasma do que o corte fôra antes, e embora o original tivesse quase capotado Raven, aquele não passava de um desconforto semelhante ao que se tem em uma ferida anestesiada.

    Levou a mão ao rosto no instante em que se viu livre, não ligando muito para sua impossibilidade de se defender na tal reunião que Laine parecia planejar fazer: Não havia qualquer prova do que ela e Beatrice tinham feito, senão aquelas que seriam mais interessadas em dizer que tinham, o que obviamente não caracteriza uma boa testemunha. E além de Laine Fernandes, ninguém sabia que as duas professoras não mais se odiavam, ou no mínimo, haviam passado a guardar este desafeto para si mesmas.

    Logo se viu frente a frente com Fled, sozinhos ali. Por cima do ombro do bruxo, avistou dois alunos largarem um esconderijo de onde poderiam ver sua sala. Deu de ombros, falando com ele enquanto tornava a entrar na sala e ia até uma de suas prateleiras:


    - Me pergunto o que os alunos poderiam querer bisbilhotando aqui se não fossem eles os causadores de tudo isso...

    Conferindo que do lado de fora o diretor não poderia vê-la, apanhou uma caixinha pequena, parecida com as usadas para alianças. Com um sorriso discreto, a enfiou no bolso da capa, pegando também um pedaço de tecido que pôs sobre o machucado. Voltou à porta, a fechando atrás de si e puxando a varinha para trancá-la.

    - Enfim, parece que virou moda falar com você e ir embora antes que tenha a chance de responder, de forma que farei o mesmo. Tenha um bom dia, chefe.

    Sem nada acrescentar, desceu as escadas em direção à ala hospitalar, onde planejava pedir Lovegood para dar uma olhada naquilo: Não que não houvesse um contrafeitiço simples, mas não era segredo que Raven nunca fôra excepcional em feitiços de cura, de forma que seria no mínimo apropriado que procurasse pela curandeira à fim de sustentar sua mentira. Passou por Laine no caminho, reparando em algo ao olhá-la e falando sem se dar ao trabalho de parar:

    - E o que diabos você fez de sua varinha, para estar com essa porcaria aí?


Off: Templo de Santa Gaby das Possãu
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Gui M.
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Post by Gui M. »

Se disputasse uma maratona nesse dia, Gui certamente a ganharia. Os corredores de Hogwarts não eram díficies de se percorrer, mas para um primeiro dia tão agitado como este estava sendo, eles pareciam não ter fim. Quando os dois garotos chegaram em fim a sala da professora Raven, o diretor Fled já tinha chegado e conversava com Raven pelo lado de fora de seus aposentos. Ela não parecia muito boa aparentemente e Gui rapidamente percebeu que trazia consigo um corte no rosto. Torçeu com todas as suas forças que Laine a tivesse machucado. Mas se isso acontecesse, certamente a mestre em DCAT teria revidado.

Subitamente a professora Bea saiu dos aponsentos de Raven. Parecia estar bem tranqüila, indicando que não houve nenhum tipo de batalha armada dentro do local. Biel teve que puxar Gui para trás de uma estátua para que a professora não os enchergasse, e por sorte fez isso bem a tempo. O garoto olhou para Gui com as sobrancelhas erguidas.

- Hey Gui - sussurrou para o colega, de forma que somente ele podesse ouvir - Acho melhor nós esperarmos por aqui. A Raven já não gosta da gente, e parece ter mais gente na sala dela. Entrar lá do nada não me parece uma boa idéia.

Sua vontade era de entar naquela sala e falar algumas verdades para aquelas duas professoras. Mas sabia que isso não faria nenhuma diferença. Acabou concordando com Biel. Passado algum tempo em que os garotos ficavam observando toda a agitação na frente dos aposentos de Raven, a professora Laine saiu calmamente do local. Estava andando com dificuldade mas estava em um bom estado, sendo que ficou trancada com Bea e Raven, essas duas capazes de tudo para acabar com quem cruzar seus caminhos.

- Meninos! Quero que ambos corram e chame todos que estavam envolvidos nessa confusão... Sejam rápidos, pois fled vai para minha sala. olhou seria pros alunos. se querem que ele saiba a verdade, so terão essa chance... Agora corram!

Mal acabara de falar, e os alunos já estavam indo em disparada para encontrar Ary e Raisa. Após terem andando uma boa parte dos corredores que davam acesso a saída do castelo, Biel repentinamente pára Gui. Estranhou o movimento do amigo que logo se pronunciou.

- Vai indo pra sala do Fled, que eu aviso as garatas. É importante que pelo menos um de nós esteja lá para contar o que aconteceu pro diretor. - estava comessando a ficar irritado com a situação - Isso não pode continuar assim!

-Ok, já estou indo para a sala do Fled. Espero vocês lá. Não demorem muito, pois o tempo é crucial.

Dito isso o garoto rapidamente se dirige aos aposentos da mestre em Herbologia. Só esperava que o diretor Fled pudesse acreditar neles, e que assim tomasse alguma providência em relação as professoras Raven e Bea.


Off ~ Aposentos do Fled
Last edited by Gui M. on 21/01/08, 21:55, edited 1 time in total.
. Come into the light
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~Fled~
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Post by ~Fled~ »

  • Arrependera-se pronfundamente por não ter se afastado da porta quando aquela mulher de faces deformadas aparecera diante dele trajando as vestes da vice-diretora.

    Olhava surpreso para aquela mulher que começou a falar mais para as outras do que para o diretor. Surpreendeu-se mais ainda com o que julgou ser uma "profunda falta de fibra" da professora novata de não defender a outra que, além de sua superior, ainda era de mais idade.

    Cruzou os braços, a varinha em uma das mãos, e ficou observando aquela cena: as três discutindo entre si, uma proferindo ofensas para a outra, dentre outros métodos para atacar com palavras. Não fizera nada para interferir, mas mantinha o olhar sereno e a mente atenta para tudo que era mencionado ali. Tanto que já havia tirado algumas conclusões, as quais se prontificaria a confirmar posteriormente.

    Viu que uma a uma as professoras deixavam o local do "flagra", mas mesmo assim ele não arrastou o pé dali. Até mesmo após o comentário de Raven sobre suas atitudes como diretor, apenas o fez olhar para a figura jovial de Beatrice deixando o aposento, já metida num problema desde o primeiro dia. Teria Fled feito uma má escolha de fato? Deveria ele ter negado um dos últimos desejos de Lana como diretora, o qual só ele conhecia? Enfim, não iria sentir o peso de culpa alguma até conseguir descobrir o que se passava de fato.

    Esperou até ser chamado por Laine e, ao acompanhá-la, ficou ainda mais surpreso em ver que um dos alunos citados na conversa estava por ali, mesmo que naquele horário. Ia realmente dar muitas broncas naquele dia...


    Off: Ainda nao sei pra onde tao me levando -.-
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Raven
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Re: Aposentos da Profª de DCAT - Raven Eiluned

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  • Narração; Fala; Pensamento; Off;

_†_
I am darkness
I am night
I am vengeance
I bring light
_†_

  • Embora tivesse a intenção de acompanhar os dois alunos até a torre da Corvinal, Raven acabou por deixá-los no meio do caminho, tomando a direção que a levaria até sua sala, no sexto andar. Sentia o efeito da poção de Laine começar a passar, e embora ainda sentisse um calor enorme por dentro, logo averiguou que sua pele continuava mais fria do que deveria. Embora seus sentidos a dissessem para fazer exatamente o contrário, manteve a capa colada ao corpo e fechou as duas enormes janelas tão logo entrou em sua sala, não resistindo a tirar a grossa capa de Laine e a largar no sofá antes de vencer a distância até o banheiro – sem sequer perder muito tempo ficando aliviada ao perceber que a bagunça de mais cedo havia sido arrumada.

    A sensação da água quente era estranha, visto que sentia como se ela derretesse o gelo sobre sua pele enquanto sentia um calor que fazia parecer que insistia em entrar em uma piscina térmica exageradamente aquecida em pleno verão. Insistiu em permanecer sob a água quente por algum tempo até que seu corpo se aquecesse, por fim desistindo e retornando ao quarto. Apanhou roupas leves graças ao calor que aparentava sentir, logo se lembrando que ele não era completo e buscando também por algo mais quente para vestir por cima.

    Devidamente agasalhada com um manto que a fazia se sentir extremamente desconfortável, apanhou os óculos que usava para ler, duas almofadas e sua varinha e voltou para a sala, não podendo deixar de pensar que era extremamente mais confortável do que a de sua sala anterior, na qual recebera Fled e Meig@ algum tempo atrás. Jogou a capa de Laine para o chão e ocupou o sofá, acomodando-se nas almofadas e fazendo uma caneta tinteiro e alguns pergaminhos voarem até suas mãos e abrindo a janela ao lado para sentir a suave brisa noturna. Usando a capa de um livro que encontrara no chão como apoio e com os óculos equilibrados na ponta do nariz, corrigiu as tarefas enquanto consegu...


    Duas crianças corriam por um corredor e embora não tivessem seus rostos, Raven sabia que se tratavam daqueles alunos com quem estivera mais cedo. Não sabia porquê, também, mas precisava alcançá-los. O corredor no qual os três estavam já parecia chegar ao fim e embora ela corresse o máximo que conseguia a distância entre eles parecia aumentar cada vez mais. Os perdeu de vista logo que deixaram o corredor, entrando em uma porta que não parecia dar em lugar algum além de luz. Apressou o passo, mas não chegou a atravessar a porta.

    Uma mulher loira se afogava, embora Raven não conseguisse ver quem era. Estavam em um lago que se parecia enormemente com o de Hogwarts, embora o pequeno píer onde estava fosse bastante menor que o da escola, e as águas mais claras. Estendia a mão para a mulher em vão enquanto ela se debatia e tentava chegar à superfície. O desespero para agarrar a mão dela cedeu apenas por um instante, para que identificasse a herbologista contra a qual já atentara tantas vezes. Alguma coisa – não,
    alguém - a puxava para o fundo, e por mais que Raven se concentrasse só podia encontrar o rosto de Laine enquanto ela afundava cada vez mais.

    Precisava mergulhar atrás e, talvez, impedir aquela que a levava... Tomou fôlego para saltar, começando a se impulsionar para a frente quando alguém que com certeza não estava ali um segundo atrás colocou a mão em seu ombro e a deteve. O pânico já a tomava quando se virou para trás, encontrando um rosto que lhe era infinitamente familiar com um sorriso absolutamente
    não-familiar nos lábios.


    - Deixe afundar.

    Deixou-se cair, sem forças para resistir, junto à borda da plataforma... Um instante, não era mais uma plataforma: Era a beira de um penhasco. Um penhasco no qual já fora. Às suas costas havia uma bela casa trouxa... Mas não olharia para lá. Cerrou os punhos com força, embora não sentisse as unhas contra a pele das mãos, olhando para o vazio à frente sem realmente vê-lo. A única coisa real ali era o contato daquela mão em seu ombro, daquele... Daquelas palavras impossíveis que aquela voz dizia.

    - Não podemos dizer mesmo que ela morreu... Como podemos dizer que partiu? Ela nunca esteve de fato aqui...

    Virou-se para encará-lo sem saber porquê o fazia e sem saber ao certo em que ponto da história havia se levantado, e logo a mão que estivera em seu ombro correu para um ponto no meio exato de seu peito, sem que ela visse: Encarava o buraco sangrento no mesmo ponto do peito dele.

    - Tolice minha... Eu também nunca existi... Aqui.

    Sentiu o dedo dele pressionar o ponto com mais força, no meio do peito embora quisesse indicar o coração, mas quanto baixou os olhos para ver o que ele fazia não havia mão alguma. Apenas uma vareta de madeira cravada em sua pele, manchando as roupas – que não eram nada específico, simplesmente estavam lá – com seu sangue. Removeu a flecha com mais facilidade do que deveria ter para fazê-lo, erguendo o rosto para não ver sinal algum do homem... Apenas um sujeito loiro que se aproximava com um arco nas costas. Estava em uma floresta... E o arco desarmado não impediu que logo outra flecha atingisse o lado esquerdo de seu peito.

    Acordou, ofegante, não com um grito ou qualquer coisa que o valesse, e sim abrindo os olhos devagar e buscando a escuridão ao redor como se procurasse lembrar aonde estava. A confusão não demorou a passar, sendo logo substituída por um frio de gelar os ossos: O efeito da poção passara completamente, e com o horário a brisa suave se transformara em um frio infernal que gelava toda sua sala. Por instinto levou uma das mãos ao peito, se desesperando imediatamente. Estava úmido... Coberto por algum líquido escuro e denso, mas não doía, o que deveria ser um bom sinal. Sentou-se lentamente, derrubando no chão os óculos, e varinha e os pergaminhos no qual trabalhava quando adormecera e não se dando ao trabalho de apanhá-los imediatamente. A impressão que teve foi que a caneta vazara em um dos pergaminhos, mas isso seria problema para depois: Estava explicada a umidade em seu peito.

    A princípio pensou que o vento apagara a iluminação do quarto, mas logo percebeu a caneca colocada ao lado do sofá quando enfiou o dedinho nela. Murmurando um xingamento baixinho, descobriu que alguém colocara a capa que deixara jogada no chão sobre a poltrona em frente, e logo após recolher a caneca se ergueu enquanto tomava um gole. Fato: Algum elfo doméstico estivera ali, já que era o incomparável chocolate quente de Hogwarts... Gelado. Deveria estar ali há horas, o que provavelmente justificaria o fato de sua pele estar completamente arrepiada com o frio... Se ela não devesse isso ao pesadelo que tivera. Com o que sonhara mesmo?

    Ergueu-se, ainda tonta com o sono e com o frio e caminhou até a poltrona, vestindo a capa e a fechando para escapar do frio antes de pegar a varinha novamente para fechar a janela e acender as luzes. Tentou guardar o objeto no bolso da capa em seguida, sendo detida pela enorme quantidade de tralha naquele bolso. Suspirando pesadamente após apanhar o que deixara cair, passou pela lareira – a acendendo com um feitiço ao fazê-lo – e despejou o conteúdo do bolso sobre a mesa. Um pergaminho.

    Ignorou o objeto, o largando na mesa junto de seus óculos e do trabalho e logo indo até seu quarto. Olhou desanimada para a bagunça que deixara, acabando por apanhar o cobertor e voltar à sala com a finalidade de retomar seu cochilo no sofá. Precisava se lembrar de desproibir os elfos de arrumarem a bagunça que parecesse proposital. Embolou-se nas almofadas e no cobertor o melhor que pôde, não chegando a manter os olhos fechados por muito tempo quando afinal os cerrou.

    Alguns metros à frente estava embolado um velho pergaminho, importante o bastante para Laine para que ela o carregasse para baixo e para cima. Tentou ignorar o objeto, fechando os olhos e tentando voltar a dormir por inúmeras vezes até que por fim desistiu e começou a inventar distrações como trocar logo essa porcaria dessa roupa antes que eu acorde de novo achando que estou sangrando e escrever cartas aleatórias que provavelmente vou me esquecer de mandar.

    Inevitável. No fim das contas, ainda não deveriam ser quatro da manhã e ela já esgotara as opções do que fazer para se distrair. Apanhou o pergaminho casualmente enquanto voltava ao quarto com as almofadas para guardá-las, o abrindo no caminho e dando uma olhada rápida. Runas. Pensou em deixar o objeto de lado instantaneamente, até que notou outro pergaminho, mais novo, que caíra quando o abriu. Deixando as almofadas no chão ao lado da lareira, o apanhou e abriu. Comparou os dois textos rapidamente, e apesar de não ter mexido com runas tão complexas havia muito tempo, logo notou algumas semelhanças.

    A tradução.

    A leu rapidamente, sua curiosidade aumentando a cada segundo. Mas na metade das runas... O texto traduzido simplesmente acabava. Até ali, pelo que entendera, haviam instruções para tomada absoluta de um corpo. Algo relativamente comum em Alta Magia, embora não conseguisse entender a razão de Laine levar aquilo consigo. Era útil para o caso de se querer afastar qualquer coisa de sua mente e protegê-la de influências externas, se fosse o que pensava... Embora naquele caso lhe parecesse mais uma proteção contra algo que vinha de dentro.


    - Proteção não, eliminação... Controle absoluto do parasita.

    Se corrigiu, correndo os dedos sobre o texto enquanto ia até a mesa e se sentava, colocando os óculos no rosto e apanhando a caneta. Um símbolo específico parecia ser o problema de Laine, visto que várias interpretações para ele estavam riscadas no canto da tradução. Um símbolo que Raven logo reconheceu... O último que esperaria encontrar nas coisas de qualquer professor daquele castelo. Anotou a interpretação correta dele automaticamente, logo tendo de se erguer para apanhar um livro de aspecto suspeito.

    Correu as páginas rapidamente, o consultando ocasionalmente enquanto sua mão voava sobre o pergaminho, escrevendo rapidamente o significado de boa parte de sua segunda metade. Congelou ao perceber um ponto específico, voltando ao símbolo que impedira Laine de continuar. Aquele tipo de magia... Parecia algo extraordinário. Inexplicavelmente poderoso e... Incrivelmente contrário a qualquer lei da natureza.


    - Magia negra... Mas o que diabos aquela idiota pretende fazer com isso?

    “Ela nem deve entender do que se trata... Ou o preço de se executar...”

    Releu o que já traduzira agilmente, a curiosidade brilhando em seus olhos. O que Laine queria levando aquilo não importava realmente. Era simples... Algo daquele nível... Precisava vê-lo em ação. Estudar seus efeitos, suas conseqüências...

    - Se bem... Não é tão difícil assim entender as razões de ela querer entender como se faz uma possessão absoluta. Mas será que você está disposta a encarar as conseqüências, Fernandes?

    Um sorriso indecifrável brincava em seus lábios quando perguntou a si mesma, embora usando o nome da outra, enquanto voltava procurar as runas que falhara em traduzir em meio ao texto. Enfim encontrara algo para ocupar o resto de sua noite... Só restava saber se estaria disposta a compartilhar a informação com a herbologista, embora a fraqueza da hipotermia da qual a outra a salvara fosse uma dica clara quanto a qual decisão deveria ser tomada. Obviamente não o admitiria para si mesma... Mas talvez a consideração fosse o motivo, e não a curiosidade científica que a fazia simplesmente querer ver aquilo em ação.
Post grande? Imagina… :roll:
E sonho com a Laine só podia ser pesadelo xD
~foge
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Re: Aposentos da Profª de DCAT - Raven Eiluned

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narração
fala própria
Cartas e escritos
fala de outro personagem
pensamentos

A jovem Lilith havia seguido as indicações que lhe haviam sido dadas por um aluno e depressa chegou á dita sala de Raven. Bateu cautelosamente á porta e depois entrou.

- Se me der licensa, suponho que a senhora seja Raven Eiluned?

Antes que ela respondesse a menina estendeu-lhe uma carta e depois fixou o olhar no chão, aquilo era no minimo embaraçoso. Na carta dizia:

" Comunico a Lilith Bratislov o falecimento dos seus pais, Samael Bratislov e Lilithiana Mortzen, durante uma missão do departamento de Aurores.

Por vontade destes, é lhe cedido todo o seu património.

Também deverá entregar esta carta a Raven Eiluned, antiga amiga de seus pais, que eles acharam ser uma tutora adequada caso falecimento deles. A dita senhora encontra-se em Hogwarts, onde é docente e onde passará a ser aluna neste preciso momento.

Caso Raven Eiluned não aceite ser sua tutora, continuará como aluna de Hogwarts, mas nos tempos de férias será reencaminhada para um orfanato.

Cumprimentos.
o Ministério da Magia"


Lilith ficou então ansiosamente que a mulher lesse a carta, reparando no aspecto desta pela 1ª vez, sendo que os olhos vermelhos de Raven eram ligeiramente assustadores.

" Por Merlin, que ela me aceite!"
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Lilith Rehnaxia von Gothard
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Re: Aposentos da Profª de DCAT - Raven Eiluned

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  • Narração; Fala; Pensamento; Off;

_†_
As a friend, as an old enemy
_†_

  • A caneta deslizou de sua mão quando parou em um ponto, tombando sobre o pergaminho enquanto a bruxa verificava se traduzira corretamente. A última esperança de que Laine concordasse em fazer aquilo acabara de deixar o prédio. O sacrifício de um para a tomada do outro... A triplicidade do que é completo... Parasita – suspeitava que a herbologista iria preferir que encontrasse outra palavra para defini-la, de forma que não fez o menor esforço para fazê-lo – hospedeiro e sacrifício, unidos em sangue... Duas vidas consagradas por uma artificial.

    Sorriu com a idéia de que provavelmente a sua seria a única vida que Laine estaria disposta a sacrificar, logo deixando o sorriso perecer ao se recordar da reação da mulher quando tentara usá-la para escapar dos centauros. Apoiou ambos os cotovelos na mesa sem saber ao certo porquê fazia aquilo, segurando os óculos com uma das mãos enquanto escondia o rosto na outra e fechava os olhos, buscando afastar tudo... Não chegou a conseguir se distrair, sendo logo interrompida por algumas batidas na porta.

    Suspirou, fechando a capa e ajeitando os óculos enquanto ia até a porta. Não chegou a precisar abri-la, porém, pois logo uma menina que nunca vira na vida entrou... Carregando malas. Confirmou com um aceno da cabeça quando a menina perguntou se ela era Raven Eiluned, a desconfiança visível em sua expressão enquanto cruzava os braços e esperava que ela se pronunciasse. A resposta não veio com palavras, e sim com uma carta que logo lhe foi entregue.

    A menina lhe parecia bastante constrangida com a situação, mas não chegou a lhe dar muita atenção, apanhando a carta com um movimento ríspido e ajeitando os óculos melhor para lê-la. Arregalou os olhos gradualmente enquanto corria os olhos pelo pergaminho, piscando brevemente para se recompor antes de observar a menina de cima abaixo como se a avaliasse. Estreitou os olhos em desaprovação, a fitando friamente enquanto falava:


    - E você realmente não poderia ter esperado amanhecer para vir até aqui?

    Suspirou, retirando os óculos e esfregando o olho direito enquanto o guardava no bolso. Ordenou que a menina a seguisse com um aceno breve, a conduzindo até o sofá e indicando que largasse a bagagem do lado do móvel. Esperou que ela o fizesse antes de tornar a cruzar os braços e falar:

    - Receio que a consideração que tenh- tive por seus pais venha a falar mais alto. Não pense que te aceitei. Eu só... Preciso acolhê-la pelo menos por hoje, certo? Não é como se eu pudesse te deixar arrumar qualquer canto para dormir na escola...

    Ordenou que a menina se sentasse com um gesto breve, indo até o quarto e apanhando novamente as almofadas e o cobertor que guardara mais cedo. Voltou o mais rápido possível para a sala, deixando as coisas ao lado da menina enquanto se esticava para fechar a janela à fim de impedir o vento gelado de entrar.

    - Lilith Bratislov... Certo?

    Perguntou, se sentando ao lado da menina. Abriu a boca por um instante, se sentindo na obrigação de falar qualquer coisa quanto à morte dos pais da garota, mas as palavras morreram em sua garganta. Samael e Lilithiana eram as únicas pessoas que conhecera no intervalo entre sua fuga e sua chegada a Hogwarts nas quais poderia dizer que realmente confiara. E, de certa forma, de quem realmente gostara nesse mesmo período... Saber que estavam mortos era... Estranho. E provavelmente seria ainda mais estranho quando assimilasse a informação corretamente.

    “Se bem que não gostar de Lilithiana era algo meio impossível... Pobre dessa garota se pretende pular dela como figura materna para, bem... Mim”

    Afastou os pensamentos de sua cabeça, sem a intenção de sequer considerar a possibilidade de adoção da garota. Era melhor não falar nada, por hora, que pudesse lhe dar a falsa esperança de que poderia ir para ali. No dia seguinte conversariam, sim, mas não a Raven-possível-mãe-adotiva com a Lilith-possível-adotada, e sim a Raven vice-diretora de Hogwarts e a Lilith que pretendia ser transferida para lá. Procurando ser o mais distante possível em suas palavras, indicou o sofá onde estavam sentadas com a cabeça, puxando a varinha e fazendo o chocolate-quente que já esfriara voar até sua mão e o aquecendo com um breve feitiço.

    - Fique com o sofá por hoje, e amanhã providenciaremos alguma acomodação definitiva.

    Entregou a caneca a ela, sorrindo sem qualquer emoção enquanto mantinha o tom seco:

    - E você deve estar com fome... Não é tão bom depois de reaquecido, mas... O chocolate de Hogwarts não deixa de ser o melhor que já provei. Verei se algum elfo traz alguma coisa para comer e se avisa o diretor de sua presença... Já basta aquele infeliz do Erick Sly ter achado que eu estava beijando um primeiranista, não seria muito feliz se descobrissem uma aluna dormindo comigo sem que ninguém tenha sido avisado antes...
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Re: Aposentos da Profª de DCAT - Raven Eiluned

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Ação
Fala
Pensamento
Outro personagem
Lembranças





  • O corredor estava mais do que escuro, estava completamente dominado pela escuridão, que horas eram? Deu-se conta que estava perdida no tempo e que a ultima vez que se lembra de ter alguma não de hora foi quando saiu da sala do marido ao entardecer.
    Apontava a varinha que iluminava o caminho, estava determinada a ver o rosto de Raven. Todas aquelas informações rodando em sua mente.


    (...)

    Essa jovem foi minha namorada, nos tempo de colégio, de fato quase me casei com ela porem ela me abandonou um pouco de, pois de conhecer meus Pais...



    Tudo fazia sentido era só juntar as peças do quebra cabeça, a idade de Raven, as lembranças que estavam, mais do que viva em sua memória, e que era ofuscada em breves momentos, como no momento em que estava chateada com Fled.
    Mas a carta de seu pai fizera tudo voltar à mente.

    Ela não quis se casar com ele por ter que se sujeitarem as baboseiras da minha família,... Mas as datas e os dados se encaixam perfeitamente, e isso explicaria grande parte das coisas que ela esconde...

    O trajeto parecia estar maior do que o normal, porem eram apenas os vastos pensamento que tornavam seu objetivo distante. A caminha às escuras até o sexto andar pareceu uma eternidade Chegou a uma pesada porta de madeira fechada e com um aviso de Não Perturbe pendurado.


    Que mensagem tão receptiva...

    Tocou a maçaneta, e pode claramente sentir a presença de outra pessoal no local, porém essa pessoa parecia ser boa além de estar um tanto assustada. Raven não aprecia normal também, algo a afligia, mas com toda certeza não iria dar o braço a torcer. Isso já era espero por Meig@.

    Abriu a porta no momento que ela fala com a garota, a menina tinha ma tamanha ansiedade, já ela tinha no rosto um sorriso tão seco quanto às folhas de outono, não olhou para os olhos diretamente para mulher, se fixou na garota que recebia uma caneca nas mãos, Sorriu abertamente para a garota, mas voltou seria agora encarando profundamente.


    Boa Noite...

    Analisava a mulher de cima a baixo, procurava cada detalhe que não tivesse notado anteriormente, mas mantinha o olhar frio e serio, não era normal de Meig@ ficar fria, seu jeito era delicado e amigável. Mas estava borbulhando, só não conseguia distinguir se de ódio, alegria, tristeza, euforia ou decepção com sua descoberta.

    Porem era notória que ela tinha recebido noticias não tão agradáveis além de já estar com alguns problemas. Mais vindo dela seria apenas um novo problema.

    Ficou muda apenas encarando por um longo instante, correu os olhos pela sala, não contava que Raven estivesse com visitas, fez menção de sair, virou os calcanhares, segurava a varinha nas mãos um pouco mais forte do que de costume, mas isso não era visível, parecia segurar ela com delicadeza, respirando fundo se virou novamente e ficou encarando a mulher.


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Re: Aposentos da Profª de DCAT - Raven Eiluned

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narração
fala própria
Cartas e escritos
fala de outro personagem
pensamentos

Lilith havia esperado calmamente pela resposta da mulher, apesar de ter medo da resposta desta, sabia que enervar-se não lhe serviria de nada, por isso resumiu-se a um silêncio pacifico até Raven dizer:

- E você realmente não poderia ter esperado amanhecer para vir até aqui?

Engoliu em seco, de facto percebia o descontentamento da mulher, afinal era de madrugada e ela acabara de receber noticias de dois amigos que haviam falecido e que por algum motivo tinham achado melhor dar-lhe a guarda de uma miúda de 16 anos. Lilith pronunciou-se numa voz baixa mas firme:

- Pensava que aqui já era de manhã...

Realmente diferenças horárias não eram com ela. Então Raven se pronuncia de novo:

- Receio que a consideração que tenh- tive por seus pais venha a falar mais alto. Não pense que te aceitei. Eu só... Preciso acolhê-la pelo menos por hoje, certo? Não é como se eu pudesse te deixar arrumar qualquer canto para dormir na escola...

Lilith não se pronunciou e seguiu Raven que lhe mandou num gesto sentar-se num sofá, sendo que esta depois vai buscar um cobertor e umas almofadas para lhe entregar. Tinha percebido as palavras de Raven e tinha quase a certeza que a possibilidade de esta a acolher era quase nulas, porém compreendia a mulher, ela própria não saberia o que fazer se algo semelhante lhe ocorresse.

"Parece que irei mesmo para um orfanato!"

Então Raven senta-se por momentos a seu lado:

- Lilith Bratislov... Certo? Fique com o sofá por hoje, e amanhã providenciaremos alguma acomodação definitiva. E você deve estar com fome... Não é tão bom depois de reaquecido, mas... O chocolate de Hogwarts não deixa de ser o melhor que já provei. Verei se algum elfo traz alguma coisa para comer e se avisa o diretor de sua presença... Já basta aquele infeliz do Erick Sly ter achado que eu estava beijando um primeiranista, não seria muito feliz se descobrissem uma aluna dormindo comigo sem que ninguém tenha sido avisado antes...

Lilith segura a caneca delicadamente e dá um pequeno aceno de cabeça.

- Obrigada...

"Pergunto-me quem será esse Erick...pela cara de Raven parece ser um encrenqueiro, só espero que ele não se meta comigo, ou terei que o enfeitiçar ou dar um soco" pensou apreensivamente.

Nesse momento entra uma mulher que lhe dá um sorriso maravilhoso, mas Lilith não confiava em sorrisos, devia de facto ser uma professora da escola e esta ao vê-la ali pareceu reconsiderar a sua ida á sala de Raven. Lilith não querendo incomodar diz ainda de caneca nas mãos:


- Se as senhoras quiserem eu posso me retirar, não quero ser intrometida...

Esperou então a resposta de uma das mulheres.
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Re: Aposentos da Profª de DCAT - Raven Eiluned

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  • Narração; Fala; Pensamento; Off;

_†_
I know you know, it's a dirty world
_†_

  • O agradecimento da menina passou quase despercebido para Raven enquanto ela ainda pensava a respeito da morte de seus antigos amigos. Dar uma notícia daquela forma era no mínimo uma tremenda falta de sensibilidade por causa da menina, sendo que apenas o fato de que os dois em questão eram seus pais a fazia entender aquilo: Não era realmente o momento para que ela se preocupasse com os sentimentos com relação a aquela perda...

    Pensou em dizer qualquer coisa logo após entregar a caneca, mas não chegou a ter tal oportunidade pois logo uma mulher entrou em sua sala sem a menor cerimônia. Estreitou os olhos ao escutar seu boa noite, cerrando os punhos inconscientemente enquanto pensava a respeito do que significava a presença dela ali após tudo o que acontecera junto a Laine na Floresta Proibida.

    Por incrível que parecesse, se irritou ainda mais ao ver o impulso da mulher de se retirar, sinalizando para que Lilith se tranqüilizasse quando escutou a sugestão da menina a respeito de se retirar. Olhou para ela tentando aliviar a rigidez que sua expressão assumira ao ver Meig@.


    - Não se preocupe. Não é você quem não deveria estar aqui... Embora sua presença também tenha me pego de surpresa.

    Ergueu-se prontamente, pousando uma mão no ombro da menina um segundo antes de fazê-lo e logo completando:

    - Me espere aqui, tudo bem? Só levarei um instante... Tente dormir enquanto isso, se estiver cansada amanhã poderemos conversar, como já disse...

    Não estava psicologicamente preparada para enfrentar a Legilemente, e sabia disso. Sua mente estava mais aberta do que poderia se lembrar de já ter estado, e assim como sua sensibilidade mágica estava prejudicada graças à perda do punhal - visto que ela se viciara em manter-se elevada de uma forma diferente da que era exigida normalmente, como percebera ainda junto de David e Ph – sabia que a oclumência deveria estar em um estado ainda mais deplorável. No instante em que vira Meig@, automaticamente já conseguira puxar de volta todo seu sonho, e sabia que ela provavelmente também havia adquirido aquela memória.

    Cerrando os dentes com firmeza, embora a raiva provavelmente não cooperasse em nada com a tentativa vã de manter a outra fora de sua cabeça, caminhou até a porta, recolhendo os pergaminhos de Laine sobre a mesa no trajeto e os enfiando no bolso da capa, temendo que Lilith ou a professora de Poções os vissem. Agarrou a bruxa com firmeza pelo braço ao passar por ela, a arrastando até o corredor e a lançando o melhor que pôde para fora do quarto enquanto a acompanhava e fechava a porta atrás de si.

    Já levava a varinha quando virou-se para encará-la, mas não pretendia utilizá-la imediatamente. Com a mão esquerda, tirou os óculos do rosto e os lançou para longe pelo corredor sem a menor preocupação quanto a quebrá-los. Apesar de ser mais baixa que a outra, em sua fúria sequer considerou tal fato enquanto se aproximava e a agarrava pela gola das vestes com ambas as mãos, apesar de levar a varinha em uma delas, e a empurrava mais contra a parede.

    Seus rostos estavam bastante próximos, apesar de que os olhos de Raven estavam focados na pele diretamente abaixo dos da outra, incapazes de encará-los de frente. Em um tom amargo, começou:


    - Você escolheu o pior dia possível, Whollf...

    A empurrou com mais firmeza, alargando em seguida enquanto dava as costas à bruxa e fechava os olhos, massageando as têmporas com uma das mãos enquanto lutava para que sua mente conseguisse se fechar de novo. Por enquanto estava conseguindo manter os pensamentos afastados de si mesma, pelo menos, mas quando eles a atingissem... Uma lágrima correu, solitária, de um de seus olhos, embora não houvesse qualquer emoção específica nela e sua voz não estivesse embargada quando se virou para a outra, sem entender a razão de todo aquele repentino ódio.

    Não, sabia sim: Estava descontando na outra a raiva que ela mesma se fizera com o que acontecera na floresta. Chegar a tal conclusão a fez perceber o quão sensível estava, de uma forma que não pensava ser sequer possível já havia muito tempo. Chegara ao ponto de começar a admitir seus erros para si mesma. Preocupante.Virou-se novamente para Meig@, cruzando os braços antes de falar em seu tom mais sarcástico, enquanto um sorriso igual surgia:


    - Suponho que já tenha falado com Laine... Por que diabos veio aqui? O discurso de sempre, Whollf? Vai cutucar minha sede de sangue, me lembrar gentilmente que não tenho coração, que sou egoísta e só penso em mim...

    Ergueu a varinha, apenas meio consciente do que fazia enquanto tentava manter seus olhos distantes dos da outra como se o que Meig@ poderia ver lá a envergonhasse profundamente. Não parecia em condições de hesitar antes de executar qualquer feitiço - como se tivesse concluído que não havia mais nada para ser perdido - embora não estivesse muito concentrada nos movimentos da outra.

    - Adivinhe só... Não preciso que alguém me conte essas coisas para saber que são verdade.

    Tornou a fechar os olhos por um instante, um brilho diferente estampado neles quando os abriu novamente.

    - Será que vou ter que te mostrar como é perder tudo para que entenda? Aqueles a quem você ama... Sua família... Eu posso resolver com meia dúzia de feitiços, no instante em que sumisse de suas vistas aqui. E ainda assim você não terá idéia de como é... Se sentir responsável por isso.
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Re: Aposentos da Profª de DCAT - Raven Eiluned

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  • Como imaginava a recepção de Raven fora um tremendo desgosto, como aquela mulher poderia ser cada vez pior, apesar de tudo ainda era um ser humano, que tinha uma maldição em si, mais que tinha sentimentos, mesmo que escondidos ou que só revelasse os piores dos sentimentos. Sorriu para a garota que estava no aposento novamente, mas esta não pareceu muito convencida com o sorriso sincero.

    Ela estava vulnerável, alias vulnerável e previsível demais, recolheu algumas coisas sobre mesa tentando esconder que os fazia, mas como só havia três pessoas na sala, não teria outra explicação para tanto mistério em esconder os tais papeis, porem Meig@ não se importou com isso, não fora pra isso que estava ali. Quando deu por si tinha sido arrastada para um corredor, não reagiu, e logo já estava fora do aposento apesar da força de Raven seu esforço de lançá-la longe tinha sido em vão.

    A expressão fria estava estampada em seu rosto, ela lançou para longe os óculos que estavam em sua face, nem ao menos se importando o que aconteceria a ele.


    Que desperdício fútil u_u.

    Agora estava sendo agarrada pela gola, não sabia ao certo o porquê não estava reagindo, ou melhor, sabia, estava preferindo explorar a vulnerabilidade, Raven estava exposta, isso poderia ser um perigo, mas também seu ponto de fraqueza. Notou-a segurando a varinha em sua direção.

    Apesar de estar com os rostos próximos à professora de DCAT não encarava nos olhos de maneira alguma. Aquilo não fazia bem para Meg@, sentir tanto ódio e raiva que vinha da mulher. Mas de certa forma aquilo não estava á abalando. Por que ela estava admitindo algumas coisas pra si mesmo.


    Você escolheu o pior dia possível, Whollf... disse a mulher em tom amargo.

    Sem o mínimo de expressão no rosto respondeu tranqüilamente.

    Desde quando tem um dia especifico, para lhe falar algo, para você todos os dias são piores...

    Agora Raven tinha empurrado com mais firmeza, porem, Meig@ só andou alguns passos para trás estava firme. Ela então se afastou e cruzou os braços. Uma lágrima do rosto dela caiu, não tinha um motivo aparente, porem ela tinha todos os motivos ao mesmo tempo para que essa lágrima saísse. Era uma, de muitas que viriam algum dia.

    A preocupação de Raven tentando esconder sem sucesso todos os seus sentimentos era em vão. Mas o fato, e o que deixava mais intrigada, é que não estava entendendo de onde tinha surgido tanto ódio. Afinal o assunto que a levara até ali de certo não tinha nada haver com o assunto. E No caso Meig@ deveria estar sentido ódio, mais não estava. Não sentia nada, nem raiva, nem ódio, nem amor. A mulher começou a falar no qual ela ouvi atentamente e sorriu tão irônico quanto ao sarcasmo anterior da professora:

    Não iria perder meu precioso tempo vindo lhe contar coisas que você sabe muito melhor do que eu Raven, sua sede de sangue não passa de capricho por que por dentro você é amargurada. e o que eu converse com Laine de certo não e da sua conta.

    A mulher parecia ter se incomodado com a fala seca, ergueu a varinha ainda evitando o contato visual, Meig@ não precisava usar qualquer magia para saber o que se passava na cabeça de Raven e isso certamente a irritava.


    - Adivinhe só... Não preciso que alguém me conte essas coisas para saber que são verdade.

    Meig@ não se conteve e teve uma crise de risos. Caminhou circularmente entra a professora, sabia que Raven não hesitaria em mandar qualquer feitiço, ate mesmo um mortal, apesar dos risos desde que chegara sala da professora mantinha coma as mãos dentro capa com a varinha pronta para qualquer tipo de defesa.

    Tem certeza?Por que se soubesse realmente que são verdade e as encarecem como tal, seria bem menos infeliz ou...- olhou sinicamente para ora que rapidamente desviou o olhar- ou pelo menos teria coragem de assumir que é de verdade não fingir tanto o que não se é.

    A mulher fechou os olhos parecia uma bomba que ia explodir a qualquer momento mais isso já era esperado por Meig@. Na verdade não era bem essa a intenção dela ao chegar aos aposentos da outra, que veio ensandecida para cima de Meig@.


    Será que vou ter que te mostrar como é perder tudo para que entenda? Aqueles a quem você ama... Sua família... Eu posso resolver com meia dúzia de feitiços, no instante em que sumisse de suas vistas aqui. E ainda assim você não terá idéia de como é... Se sentir responsável por isso.

    O sorriso do rosto de Meig@ sumiu instantaneamente, agora ela pegou a mulher pela gola, aproveitando a desorientação da mesma e a travou contra a parede, deixando-a de certo modo imobilizada e impedida de usar a varinha. Então disse entre os dentes cerrados.


    Você não teria essa audácia Raven... e eu não preciso entender qualquer coisa de você, porque eu já sei você querendo ou não. Mas vou logo avisando, e te dou um conselho... Não se meta onde não é chamado, não pense em mexer com qualquer um da minha família. Porque tem coisas piores do que a morte minha cara... Com certeza eu jamais vou me "sentir responsável..." nesse sentido que você esta dizendo... tenho conceitos e morais diferentes dos seus, e a maioria das vezes você não passa de uma garota mimada.

    Ela chegou bem próximo da orelha da professora e disse quase que em um sussurro - Se você já sabe a verdade e não precisa ser lembrada por ninguém, porque evita tanto me encarar? Do que tem medo hein? De você mesma? – com a mão livre segurou o rosto de Raven para que esta a encarasse, a sensação foi péssima, mas era necessário e concluiu ainda em um sussurro.

    Você pode acabar com tudo que eu tenho e amo, e a culpa permaneceria em você, afinal você carrega a culpa do que fez ao seu marido até hoje...
    O local ficou em silencio durante alguns minutos, só podia se ouvir o vento em uma corrente de ar. Não sabia qual a reação da outra mas ela ainda estava de certa forma imobilizada, e Meig@ estaria preparada para repelir e se livrar de qualquer feitiço caso ela o lançasse.
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Re: Aposentos da Profª de DCAT - Raven Eiluned

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narração
fala própria
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fala de outro personagem
pensamentos

Quando questionada sobre se queria privacidade Raven, simplesmente lhe diz:

- Não se preocupe. Não é você quem não deveria estar aqui... Embora sua presença também tenha me pego de surpresa.

"Pois imagino...também nunca pensei estar aqui e muito menos nestas circunstâncias"
pensou a jovem romena.

Raven pousa então a mão no seu ombro e diz-lhe tentando mudar a expressão que tinha no seu rosto.


- Me espere aqui, tudo bem? Só levarei um instante... Tente dormir enquanto isso, se estiver cansada amanhã poderemos conversar, como já disse...

Lilith apenas concordou com a cabeça e viu-as a sair, Raven parecia fula.

- Nota-se que elas não se gostam mas não me vou meter...

Abre então o seu malão e tira um pijama vestindo-o rapidamente não fosse algum aluno entrar por ali a dentro e deitou-se no sofá, tapando-se com os cobertores e rapidamente adormecendo, cansada da viagem.
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Lilith Rehnaxia von Gothard
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Re: Aposentos da Profª de DCAT - Raven Eiluned

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_†_
My intention never was it to break
_†_

  • O sorriso de Meig@ todo o tempo enquanto falava definitivamente a teria irritado se não estivesse mais preocupada com a constante sensação de ter sua mente observada, mas não se aliviou de forma alguma quando ele finalmente desapareceu. Apesar de pronta para utilizar a varinha, não estava alerta e sequer corrigira sua pontaria para acompanhar a movimentação da outra, acabando por não oferecer nenhuma resistência real quando a outra a agarrou pela gola. Fechou os dedos nas bordas da abertura da capa da bruxa instintivamente, tentando afastá-la em vão ao perceber que não conseguiria nada com a varinha que não afetasse também a si mesma. Realmente, ter uma faca consigo às vezes fazia muita falta.

    Recuou com a cabeça o máximo possível no limitado espaço entre a bruxa e a parede, não conseguindo qualquer distância relevante mas definitivamente assustada – não propriamente com o que a outra poderia fazer, e sim em ver uma reação como aquela em Meig@. Pensara por tempo demais que seria interessante vê-la quando finalmente demonstrasse qualquer raiva... Não era.

    Não deu muita atenção às palavras dela, tentando inutilmente empurrá-la até que escutou as palavras proferidas em seu ouvido. A princípio suas mãos relaxaram como se fosse largá-la, mas logo a da outra apanhou seu rosto e a forçou a encará-la. Seus dedos congelaram como estavam enquanto olhava dentro dos olhos da outra, e embora fosse mais velha que ela poderia parecer uma criança indefesa ao perceber que o adulto que a repreendia estava correto. Pela forma como se forçara a viver no passado, jamais desenvolvera muito do que pareceria fundamental em qualquer ser humano... E embora convivesse com ela há anos, a sensação de culpa era... Torturante.

    Não sabia o que responder ao questionamento, sentindo-se incapaz de relaxar a tensão em seu maxilar um mínimo que fosse enquanto permanecia em silêncio. Suspeitava que seus dentes não deveriam estar muito felizes em ser prensados uns contra os outros, mas isso não importava realmente. E passou a importar menos ainda quando escutou as palavras seguintes de Meig@. Sua boca relaxou automaticamente, assim como qualquer outro sinal de expressão facial, enquanto o silêncio tomava conta do lugar: Não estava disposta a quebrá-lo.

    Deixou um dos braços pender junto ao corpo, largando a varinha no chão e cobrindo a mão de Meig@ com sua outra enquanto fechava os olhos. Não poderia suportar olhar nos dela por mais um segundo. Não sabia o que dizer. Exceto...


    - Eu o amava... De verdade.

    Sentiu outra lágrima ameaçar escorrer por seus olhos, mas os abriu antes que ela pudesse fazê-lo, olhando fundo dentro dos de Meig@, em desafio, apesar de que tal atitude fazia todos seus sentimentos escondidos por anos surgirem à tona. Pensou por um instante se deveria parar por ali, mas logo entendeu que uma vez que começara, precisava terminar de transmitir o recado.

    -... E fui mais feliz com ele do que jamais imaginei que uma pessoa pudesse ser.

    Ao dizer a última frase, sua mão livre se cerrou em um punho, enquanto a outra apertava a de Meig@ mais do que seria necessário. Baixou o cotovelo bruscamente, torcendo todo o braço da outra com o gesto por um segundo para que ela a largasse – fato: nunca pensei que defesa pessoal na educação física fosse ajudar a descrever qualquer coisa um dia x.x - e a soltando também em seguida.

    Seu punho cerrado se aproximou do rosto da outra como se pretendesse socá-la, trocando a rota no último instante e agarrando o tecido da capa sobre o ombro de Meig@. A outra mão voltou a segurar na abertura das vestes enquanto se aproximava com um passo pequeno e estreitava os olhos em direção a ela.


    - Jamais toque nesse assunto de novo.

    Apertou os dedos o máximo que pode, sentindo suas unhas contra a própria pele através do tecido enquanto puxava a mulher mais para junto de si.

    - Você pode dizer que sabe, mas você nunca vai entender como eu me sinto quanto a isso... E não, Meig@, meu medo não é de mim mesma! É de todas as pessoas, e do que elas são capazes de fazer... Principalmente do que eu posso ser capaz de fazer. E do que sou incapaz de evitar. E também...

    Sentira que mais lágrimas haviam escorrido em seu rosto enquanto falava, mas isso não reduzia a intensidade de seu olhar ou de seu tom de voz, apesar de não suportar mais os olhos da bruxa sobre os seus. Em um sussurro quase inaudível, continuou:

    - De saber que graças ao que pedi a uma maldita ferramenta eu jamais serei capaz de sentir tudo isso completamente e de então... Deixar passar.

    Hesitou por um instante, pendurando-se então nos pontos das vestes da outra que agarrara como se não tivesse forças para manter seus joelhos retos se não fosse por isso. As lembranças que passavam por sua mente não a incomodavam – não as perdera nunca, e já estava habituada a repassá-las... Mas dessa vez, junto delas estavam os sentimentos. Com a cabeça curvada pouco abaixo dos ombros da outra e fitando o chão sem realmente vê-lo, prosseguiu:

    - Pare com isso... Por favor.

    Apesar do tom, logo o ódio voltou a faiscar por seus pensamentos – e sabia que a outra o sentiria. Lembrando-se que sua varinha estava um pouco atrás, cogitou a idéia de arrancar a da outra em seu bolso e derrubá-la logo... Talvez pensando na possibilidade com clareza demais para quem não queria que ninguém percebesse suas intenções.

    “Veremos então qual de nós se machucaria com a perda deles... Whollf.”

    Por eles pensava nas pessoas a quem a outra amava, como havia falado anteriormente. O pensamento de que deveria voltar logo para sua sala, para Lilith, foi logo jogado para segundo plano enquanto procurava o bolso da outra com um olhar furtivo.
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Re: Aposentos da Profª de DCAT - Raven Eiluned

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  • O silencio tinha se arrastado por um longo tempo, apesar do silencio por varias vezes Raven tentava se desvencilhar de Meig@ sem sucesso. A reação da professora de certa forma estava sendo uma surpresa, mas Meig@ se mantinha impassível, impenetrável. Encarava a professora de DCTA sem demonstrar qualquer tipo de emoção. Estava apenas neura a toda a situação não se sensibilizou ao ouvir que amava o homem que tinha assassinado e que dizia amar.

    Suspirou, mas ao fazer isso percebeu que por alguns instantes Raven finalmente tinha baixado a guarda, segurando firmemente a mão de Meig@, que correspondeu até mesmo o desafio de olhar que a outra fizera.


    Em poucos instantes sentiu uma imensa dor no braço que tinha sido torcido, sentiu a dor percorrer o seu corpo, mas estava, alerta, por instantes não fora recepcionada por um belo soco, que com certeza se desviaria, mas ele não aconteceu e se viu pega pelo colarinho novamente. E puxada para bem próximo.
    Ignorou o que a mulher dizia a seguir, e virava os olhos parecendo distraída, mas voltou a encará-la e novamente veio outra lagrima. Simplesmente ficou olhando o estado em que Raven estava. Fragilizada, e inutilmente á encarando.

    Em questão de instante percebeu que ela tinha a intenção de reaver a varinha que até então estava caída no chão.


    O que vai fazer Raven pegar a varinha e me atacar? – se soltando da mulher abaixando pegou a varinha dela e entregou-a na mão apontando para seu próprio peito – vamos lá... Faça... Você é bem capaz, eu não seria a primeira da lista... porque não tocar no seu passado?

    Não conseguia se sensibilizar mesmo com a outra lhe pedindo para.

    Porque eu pararia? O que você faz para que mereça isso?

    Agora se lembrava exatamente que fazia ali, queria esclarecer a verdade sobre Raven.
    Segurou sem muita pressão a mão da mulher que segurava e abaixou, ainda a encarava e quando mais a encarava mais descobria os sentimentos da mulher, que tentava esconde-los.


    Porque matou ele, Caster? O Que faz alguém que ama alguém se tornar o que você se tornou... você pode achar que encerrei o assunto, mas acho que é apenas o começou das coisas...

    Meig@ se afastou tentando ver nitidamente a expressão da outra ao ser chamado pelo verdadeiro sobrenome então se se encostou à parede oposta, fechou os olhos respirou fundo.

    Muita emoção de uma vez só em uma pessoa em muito pouco tempo

    Abriu novamente os olhos, agora esperava qualquer reação da mulher, mas queria saber algumas coisas da boca dela para ter certeza de que não havia enganos. Apesar de que toda aquela onde de sentimentos pelo marido dela fora uma comprovação em tanto.

    Vamos lá Raven ... Querem me acertar com sua varinha você esta com ela em mãos... Não pense que vai ser fácil me acertar, mas se me acertar vai ficar sem saber muita coisa que você mesmo desconhece...o que sabe do seu pai?- deu uma pausa e continuou- Ou melhor, que verdade você sabe da sua vida, antes de se tornar essa amargura, frieza e mentirosa que é hoje? Sim... Porque você tem a capacidade de conseguir mentir para si mesma , e isso e digna de méritos...
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Re: Aposentos da Profª de DCAT - Raven Eiluned

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_†_

  • Se surpreendeu ao escutar a pergunta de Meig@, levantando a cabeça para olhá-la e separando os lábios ligeiramente enquanto recobrava o equilíbrio perdido quando a bruxa se desvencilhou dela e tirou seu apoio. Para sua surpresa, logo a varinha estava de volta em sua mão... Apontada para o peito da bruxa. Estremeceu ligeiramente, tendo de acertar a pontaria quando ela desceu alguns centímetros no instante em que Meig@ soltara sua mão.

    Começava a entender que qualquer tentativa de manter a legilemente fora de sua cabeça era inútil enquanto uma profusão de sentimentos trancados vinha à tona de uma só vez. As lágrimas eram tão impossíveis de se conter quanto as lembranças.

    Pensou em fechar novamente os olhos, mas sabia bem que isso não teria qualquer utilidade real: Meig@ veria tudo do mesmíssimo jeito com eles abertos ou fechados, àquela altura. Soltou todo o ar de seus pulmões de uma vez ao escutar a pergunta seguinte e ouvir seu sobrenome verdadeiro ser proferido. Baixou a varinha novamente, não chegando a responder enquanto observava Meig@ se aproximar da parede sem prestar atenção realmente aos seus gestos, e sim às palavras. Apertava a varinha como se pretendesse explodir a madeira sob seus dedos, enquanto sentia como se um turbilhão de sentimentos estivesse também tentando fazê-la explodir de dentro para fora.

    Permaneceu em silêncio, pesando uma possível resposta apesar de saber que não era realmente necessário dizer o que quer que fosse para que a outra soubesse do que se tratava. Porquê o matara? Poderia dizer que foi um acidente, mas... Sabia bem qual seria a única conseqüência possível para apanhar o punhal naquela prateleira quando o fizera. Medo. Era a única explicação que podia encontrar. Era essa, afinal, a explicação para tudo o que fora desencaminhado em sua vida... Não enfrentava riscos palpáveis sem hesitar por valentia, de forma alguma: Era apenas o medo de ter de viver mais um dia daquela forma.


    “Eu sou uma covarde mesmo. Tenho medo de viver”

    Não chegou a responder nada de forma audível, pois logo Meig@ abriu os olhos e lançou outra pergunta. Dessa vez uma... Estranha. Franziu a testa, a observando como se procurasse saber qual era o propósito daquilo.

    - Goran? O que ele tem a ver com tudo isso?

    Apenas após fazer a pergunta foi que percebeu que provavelmente a bruxa falava de seu pai biológico, mas não fazia idéia de como ela... Não existia a menor possibilidade de que se lembrasse subconscientemente de algo que ocorrera durante sua gestação... Certo? Em um tom um pouco mais equilibrado do que qualquer outro que usara até então e a curiosidade óbvia em sua expressão, prosseguiu:

    - Não sei o que pretende com essa pergunta, mas... Não existe nada de muito especial para se saber a respeito de meu pai. Era um sujeito normal. Trouxa. Dava aula para jovens e achava tudo relacionado a magia o máximo... Me corujava o dia todo quando eu era pirralha. Depois dividiu a atenção, claro, quando Rosie nasceu... Mas esteve lá para mim e para minha mãe sempre que precisamos dele... E eu não vejo propósito em encontrar outra pessoa para chamar de pai.

    Com a última frase, pretendia deixar claro que se fosse essa a intenção de Meig@, não gostaria de procurar nada a respeito da pessoa de quem Anne ocultara que estava grávida e de quem fugira por essa mesma razão à fim de não ter que se meter nos problemas familiares dele, como definira na única vez em que conversara com a filha a respeito dele. Estreitou os olhos, continuando:

    - Não existe nada mais que eu queira saber a respeito dele... Ou de qualquer outro. Então, guarde suas opiniões para si mesma...

    “Antes que eu a faça engoli-las” Completou em pensamento, murmurando baixinho um Lumen kontroll . Sozinho o feitiço não faria nada, de forma que sequer erguera a varinha para executá-lo, mas se Meig@ insistisse em provocá-la... Com mais duas palavras o nada poderia se transformar em algo bem feliz.
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Re: Aposentos da Profª de DCAT - Raven Eiluned

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Manuela caminhava vagarosamente, sabia onde queria ir, estava certa que as estrelas brilhavam ao seu favor. O vento frio da madrugada batia em seu rosto, fazendo o pelo do seu corpo eriçar, porém, a mulher não sentia. Parecia ter corrido por horas, estava com a sua adrenalina a todo vapor. Sorriu, quando percebeu o caminho que estava seguindo, fantasticamente estava com sorte, em apenas alguns minutos e teria sua vingança.

Barulhos no corredor que cortava o seu. O sorriso glorioso sumiu, mas aquilo não estragou sua felicidade. Raven e Meiga discutiam, quase em frente da porta da professora de DCAT, de uma forma bem estranha. Chegou a tempo de escutar boa parte da conversa, formulando sua opinião.

- Uma reunião de família, em plena madrugada... – encostou sua cabeça na parede, por trás de uma armadura, não faria nada para revelar sua presença. Deixaria que as mulheres notassem.- Meiga, Meiga... você fala de mim, no entanto, consegue ser tão desprezível quanto Raven e eu. Falando essas coisas para uma pessoa abalada sentimentalmente... você é um lixo!sorriu.

A novela mexicana estava divertida, principalmente, quando Raven teve a chance de explodir meiga em pedaços, mas não o fez. Manuela deu um tapinha na testa decepcionada. Queria ter sua varinha! Acertaria as duas tão rápido que as mesmas só notariam que foram atingidas no inferno. Meiga lhe fizera muita coisa ruim, por isso, decidiu mata-la, logo depois que terminasse com Raven. Não antes que elas descobrissem como eram parecidas. O sangue é mais forte, Meiga, vamos... conte, faça-a sofre!

Cruzou os braços. Faria muitas pessoas sofrerem e isso estava lhe deixando animada, como nunca estivera em toda sua vida. Pensou em laine, ela não estava vendo nada, estava inconsciente dentro do seu corpo. Mas fazer a mulher apagar estava custando muita energia, então não poderia demorar muito. Faria com que laine acordasse na hora que fosse matar Raven, ela sabia que isso a enfraqueceria, Fazendo a mulher sentirir ódio por ter concordado em matar a professora Raven. Ela iria começar a sumir, engolida pelo ódio de Manuela. Laine tinha uma fraqueza, na qual todo Herói tinha, sofria mais vendo alguém que ama morrendo, do que levar dezenas de facadas.


- idiota... – comentou laine, suspirando quase em seguida, com raiva por ter comentado em um tom grave. Torcia para que as mulheres não tivessem notado sua presença.
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Re: Aposentos da Profª de DCAT - Raven Eiluned

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  • A conversa estava cansando a beleza de Meig@, mas ela finalmente colocava para fora algumas das muitas lágrimas que segurou ao matar seu próprio marido a quem dizia amar. Todo o sentimento escondido durante anos, tudo o que ela mais temia, tinha descoberto um ponto fraco de Raven, ela tina medo de encarar o passado.
    O medo estava nas lágrimas, e em cada gesto que fazia. Nesse ponto Meig@ sorriu o fato da Professora de DCTA admitir todos aqueles sentimentos de uma só vez era para ela uma vitória, não por que estava agindo por vingança, no fundo ela sempre quis a verdade.
    Mas mesmo a verdade estivera escondida de ambas por muito tempo. Tempo demais. Sentiu-se um pouco frustrada, afinal se a coisas tivessem tomado outro rumo lá no passado...

    Suspirou e ouviu atentamente as palavras de Raven sobre o pai, alias parecia bem arredia em saber o que ou quem era o seu pai biológico só admitindo o fato do pai de criação.


    Bom pelo menos ela saber que seu pai é outro...

    Refletiu por um longo tempo olhando para a mulher que começava e se recompor, ainda muito frágil lançando um feitiço, afinal era fácil sentir magia.

    Que grande corajosa... lançando feitiços novamente para evitar seu medinho ? Pois bem... Eu não sou idiota de ficar aqui esperando você lançar o feitiço - sorriu ironicamente - Goran... não é de meu interesse , pouco me impor...

    Suas palavras morreram, sem terminar a palavra, sentia uma presença nada agradável no ambiente que se escondia na imensa escuridão do corredor. Caminhou alguns passos deixando Raven sem entender a tal pausa. Revirou os olhos e lançou o feitiço protego na direção da armadura.

    Tsc... Tsc... Que feio Manuela, você já foi mais audaciosa, mas é típico da sua inutilidade ficar ouvindo conversa do outro escondida, sai das sobras sua inútil. Posso sentir sua raiva e seu ódio até o ultimo fio do meu cabelo... Mas o ar esta meio empreguinado de emoções e seu mísero ódio é o que pior incomoda, agora use o pouco de dignidade que te resta e sai das sombras...

    Caminhou novamente até onde estavam, pela expressão de Raven, Manuela não era nenhuma novidade. Meig@ apenas a encarava como pedra no sapato, mas agora a varinha já não estava no bolso de suas vestes e sim empunhada, afinal duas “anjinhas” ao mesmo tempo, era brincar um pouco de mais com fogo, porém apesar do feitiço lançando pela Profa de DCAT, iria ser muito forte devido às condições físicas e psicológicas dela.

    Pois bem onde eu estava mesmo... ahh ...sim... Goran foi um bom homem que só teve o azar de criar uma filha pra se tornar nisso – ela olhou a mulher de cima a baixo medido - mas não é isso que iria falar Caster... Pelo visto Anne só contou a parte de que Goran não é seu pai biológico... o resto ela omitiu... - Meig@ brincava com uma pouco de cabelo enquanto falava , fazendo um cachinho, já na outra mão estaa varinha em punho, ao mems otempo que falava com Raven estava atenta a qualquer tipo de ação e atitude de manuela - Vamos lá pra não dizer que mentiu... o que explica a sua grande facilidade de mentir foi herdada por parte de mãe e não de pai...Alias acho que sei bastante coisas ... mais você prefere me lançar um feitiço não é mesmo...
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Re: Aposentos da Profª de DCAT - Raven Eiluned

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Seus olhos encaravam a parede, de fronte a sua, um quadro estranho lhe chamara atenção, pouco depois de denunciar sua presença, era estranhamente mais interessante que a conversa das professoras. Pelo silencio feito, derrepente, Manuela percebeu que alguém iria perturbar sua vida. Ela estava certa. Não fazia questão de fica escondida, porém, preferia ser descoberta bem mais tarde, quando meiga revelasse tudo!

Uma luz fraca veio em sua direção, como as luzes de um farol que focaliza seu rosto, quando a pessoa esta de lado. Sorriu quando o mesmo tocou na armadura e meiga começou a falar.


Tsc... Tsc... Que feio Manuela, você já foi mais audaciosa, mas é típico da sua inutilidade ficar ouvindo conversa do outro escondida, sai das sobras sua inútil. Posso sentir sua raiva e seu ódio até o ultimo fio do meu cabelo... Mas o ar esta meio empreguinado de emoções e seu mísero ódio é o que pior incomoda, agora use o pouco de dignidade que te resta e sai das sombras...

Manuela estava mais animada que antes. As ofensas da meiga, nem faziam cócegas nos sentimentos dela. Saiu do lugar de onde estava, caminhando vagarosamente, sua arrogância estava estampada em sua cara.

- Quanta falta de consideração... se não fosse por mim, Laine nunca existiria. – Ela falou baixo, não para evitar ser escutada, apenas por não querer levantar a voz.

Percebeu o olhar da Raven, talvez, um pouco diferente. Piscou pra mulher ironicamente. Tentou imaginar o que laine fizera, para outra perceber sua presença, ficou incomodada com o fato de ser descoberta, pois dificultaria sua vingança.

Parou antes de chegar muito perto das mulheres. Agora percebia o estado abalado de Raven, era repugnante, no entanto, Meiga conseguia ser ainda mais. Balançou a cabeça e suspirou, quando meiga tirou a varinha do bolso, seria ridículo atacar a mulher, mesmo sem varinha. Idiota, pensou.


-Pois bem onde eu estava mesmo... ahh ...sim... Goran foi um bom homem que só teve o azar de criar uma filha pra se tornar nisso, mas não é isso que iria falar Caster... Pelo visto Anne só contou a parte de que Goran não é seu pai biológico... o resto ela omitiu...

Manuela percebia o quanto meiga estava concentrada, mesmo aparentando não esta, enquanto brincava com o cabelo. Porque não revela logo? Caramba! pensou girando os olhos.

...Vamos lá pra não dizer que mentiu... o que explica a sua grande facilidade de mentir foi herdada por parte de mãe e não de pai...Alias acho que sei bastante coisas ... mais você prefere me lançar um feitiço não é mesmo...

-será que não é mesmo do pai? - disse pra si mesma
Manuela não conseguiu esconder uma leve gargalhada, fazendo a atenção das mulheres voltarem para ela. Passou a língua nos lábios e ergueu uma das sobrancelhas, voltando logo ao estado norma quando encarou raven.

- aproveite essa chance, Caster, não perca seu tempo matando algo tão... olhou pra meiga. tão lixo! Garanto... não vale a pena... Porém... você vai querer morrer, depois de... ah, não vou estragar a surpresa! – disse em um tom alegremente cínico.

Cruzou novamente os braços. Desejava ter uma poltrona e um balde de pipoca, para assistir a novela. A escuridão do lugar revelava um olhar sóbrio e seco, vindo de manuela, parecia esta possuída. Gostava de ficar olhando principalmente em direção a professora meiga, ela ficava estranha, justamente pelo fato de estar sendo observada pela sua melhor amiga. Manuela tivera muitas chances de acabar com meiga, mas não o fez, nem ela sabia o motivo, talvez desejasse que a mulher descobrisse sua existência, assim sofreria mais.
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Re: Aposentos da Profª de DCAT - Raven Eiluned

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  • Apertou a varinha com mais força ao escutar as palavras de Meig@, a erguendo e se preparando para lançar o feitiço que preparara. Estava fora de condições para tentar duelar com suas próprias forças – e sabia disso – mas não precisaria fazê-lo com aquele feitiço: Qualquer luz ao redor era redirecionada com o Lúmen Kontroll, podendo ser manipulada de acordo com a vontade do conjurador para iludir e causar danos físicos mentais – fatais ou não.

    Não chegou a concluir o feitiço, porém, pois logo sentiu algo extremamente desagradável se aproximar. Não entendeu a razão de estar sentindo aquilo, visto que com a ausência da arma amaldiçoada sua percepção mágica estava instável, mas não prestou muita atenção ao detalhe. Não entendeu bem o que Meig@ queria a largando para ir atrás daquela presença estranha, e por um instante quase ergueu a varinha para protegê-la – se à professora ou à presença, não sabia bem.

    Apenas quando escutou as palavras da bruxa entendeu do que se tratava, logo se recordando do que Laine dissera a respeito da outra alma que habitava seu corpo. Pelo que lhe pareceu será milésima vez naquele dia, baixou a varinha, observando as duas com o olhar meio perdido enquanto Meig@ se dirigia à outra. Acompanhou os passos da outra com o olhar quando ela deixou as sombras. Era... Estranho. Ao mesmo tempo que era Laine, não era e simplesmente... Aquela crueldade doentia não combinava com o rosto da herbologista. Não parecia natural.

    Manteve seu olhar fixo na mulher por alguns instantes, apesar de não estar surpresa em vê-la ali, apertando os dentes com mais força ao perceber a piscadela que recebera. Era como se a simples presença de Manuela bastasse para macular o corpo de Laine... Não suportava olhar mais para ela. Por sorte, as palavras de Meig@ logo atraíram de volta sua atenção.

    A onda de emoções que sentira antes parecia ter sido parcialmente – se não totalmente – contida com a interrupção de Manuela. Poderia descrever a sensação como uma torneira emperrada que dificilmente se abriria, apesar de fechar facilmente. Mesmo depois que tornasse a ser fechada... A água continuaria a pingar. No entanto, o controle readquirido seria o bastante. Teria de ser.

    Não conseguia entender o que Meig@ queria com tudo aquilo, e estava cada vez mais consciente da proximidade de Manuela conforme a distância entre elas era vencida. Estava prestes a responder – embora ainda não soubesse o que dizer – quando outra voz a interrompeu. Manuela.

    Virou-se instantaneamente ao escutar a gargalhada, afastando os lábios e pressionando mais os dentes como em um rosnado contido enquanto acompanhava o movimento da língua da outra. A bruxa pareceria louca... Não: Manuela não parecia louca. Ela era louca. Única explicação plausível.

    Ao contrário do que pareceria racional, porém, com as palavras seguintes da bruxa se limitou a abrir um sorriso frio e completamente desprovido de emoção enquanto relaxava os dedos na varinha. Murmurou o feitiço de controle de luz ao mesmo tempo em que cortava o chão rapidamente, agarrando os tornozelos da bruxa e logo os perdendo do feitiço quando ela saltou. A apanhou antes que se estabilizasse, lançando a azaração que a fez se chocar com força na parede e parando logo em frente, com a varinha entre seus olhos.


    - Whollf não é o único lixo com o qual desperdiçarei meu tempo, Manu, não precisa ter ciúmes. Abaixe logo a droga da varinha, Meig@... Ou pelo menos decida logo qual das duas você vai atacar.

    Não precisaria olhar para a bruxa para saber que sua varinha pairaria mirando o espaço entre as duas, provavelmente devido à surpresa. Pensou ter escutado qualquer coisa a respeito de se lembrar que aquela também era Laine, ao que apenas riu.

    - E desde quando eu me importei em machucar Fernandes, minha cara?

    Olhou com desdém para Meig@, colocando de lado os assuntos que discutiam enquanto dobrava o cotovelo para aproximar-se mais: Agora tinha a varinha sob o queixo da adivinha, encostada no ponto entre o fim de sua traquéia e a pele macia atrás da mandíbula. Deixou o sorriso desaparecer enquanto atestava, sua voz quase um sussurro:

    - Eu sei como te tirar daí.

    Baixou ainda mais o tom de voz, se aproximando até que seu rosto estivesse a milímetros do de Laine enquanto prosseguia:

    - E eu irei te tirar, mesmo que tenha que fazer isso contra a vontade de Fernandes. E você vai sofrer como nunca no processo...

    Deixou o sorriso voltar ao seu rosto, assumindo um tom cruel.

    - ...O que significa que vou me divertir a cada segundo.

    Se afastou bruscamente da bruxa, a pressionando mais contra a parede enquanto deliberadamente lhe dava as costas e caminhava até a porta, a varinha ainda firme em sua mão. Apenas quando girou a maçaneta virou-se novamente para trás, largando a porta de repente e voltando até onde a largara. As duas bruxas pareceram alarmadas com seu gesto, mas tudo o que fez foi segurar os dois ombros dela com uma firmeza cordial, procurando suavizar a expressão enquanto sussurrava em um tom que seria o mais próximo da súplica a que chegaria.

    - Me espere, Laine...

    “... Eu vou te salvar.”

    Jamais ousaria dizer o que pensara em voz alta, e o mero pensamento bastou para que se afastasse como se eletrocutada. Sem tornar a olhar para qualquer das duas, marchou de volta ao quarto, fechando a porta atrás de si e a trancando magicamente. Deveria ter insistido com Meig@, e sabia disso. Por um instante pensou em voltar lá fora, mas sabia que isso não daria em nada.

    Suspirando pesadamente, seguiu no escuro mesmo até sua escrivaninha à fim de escrever um bilhete, só se recordando da presença de Lilith quando passou pelo sofá e a notou adormecida lá. A consciência do que a menina tentara lhe mostrar de forma sutil mais cedo a atropelou no instante em que pousou os olhos sobre o amontoado de cobertores que era Lilith Bratislov:

    A menina não tinha ninguém a quem recorrer. Ninguém para ajudá-la, ninguém para criá-la... Acolhê-la.

    Ninguém.

    Antes que tivesse total consciência de seu gesto, a embolara mais nos corredores para levantá-la junto deles. Oscilante com o peso da garota em seus braços – embora a tivesse tornado mais leve pelos próximos segundos com um aceno da varinha – seguiu até o quarto, onde logo a acomodou na cama. Ajeitou os travesseiros com mais cuidado do que pretendia, só então percebendo que havia se esquecido como era aquilo. Cuidar de alguém.

    Reprimiu o sorriso tolo antes que ele surgisse em seu rosto ao observá-la, deixando novamente a curiosidade preenchê-la. Precisava descobrir o que Meig@ pretendia. Apesar de não ter como enviar a carta de imediato, apressou-se em direção à escrivaninha e logo riscou o lacônico bilhete.


    Preciso de tudo o que você tiver sobre Anne e sobre meu pai.
    O biológico.
    Seja discreto. Resposta na mesma coruja.


    Enfiou o pergaminho amarrotado em seu bolso, acendendo uma vela e apanhando um livro enquanto ocupava o sofá onde antes Lilith dormia. Agora só restava esperar...
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