Aposentos da Profª de Transfiguração - Beatrice Wendelin

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Raven
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Re: Aposentos da Profª de Transfiguração - Beatrice Wendelin

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  • Narração; Fala; Pensamento; Off;

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Bolachas e rabanetes *-*
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  • Só tendo que descer um andar para alcançar os aposentos da professora de Transfiguração, Raven logo se viu diante da escura porta de madeira que levava àquela sala cheia de bolachinhas divinas. Sacou a varinha rapidamente, não tendo nem de longe a dificuldade esperada para fazer a porta se destrancar com um clique baixinho. Já tendo desistido da teoria de que a professora era uma completa incompetente após seus breves momentos de rabanete, sorriu ao pensar quão distraída a bruxa deveria estar quando entrara.

    Só se deteve na escrivaninha da bruxa por alguns instantes para apanhar uma bolacha, a segurando entre os lábios enquanto apanhava mais uma para em seguida segurá-la decentemente para comer. Não havia sinal de Beatrice por ali... Deveria esperar ou procurá-la pelo castelo?

    Já pensava em se retirar quando notou o acesso à parte mais restrita dos aposentos da bruxa, e logo passou pela gata que dormia em uma pose meio estranha sobre a poltrona. Passou direto pelo primeiro animal, logo localizando o outro sobre a cama. Beatrice dormia tão bonitinho... Parecia a mais inocente das criaturas, ali adormecida. Era engraçado.

    Sentou-se na beira da cama, a sacudindo de leve pelo ombro enquanto chamava seu nome por vários minutos, até que por fim se rendeu ante o sono pesado da outra. Pensou por um instante em deitar ali e dormir enquanto a esperava, apenas para rir quando o grito da outra quando apercebesse a acordasse já de bom humor, mas logo lembrou-se da gata.

    Acordou o animal com enorme facilidade, e logo a carregava – sob protestos da pobre – até a cama. Sem a menor cerimônia, a lançou sobre o rosto de Beatrice, cruzando os braços enquanto aguardava o resultado.


    - Quero só ver não acordar agora...
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Re: Aposentos da Profª de Transfiguração - Beatrice Wendelin

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  • Narração
    Fala
    Pensamento
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    Talvez devido à acumulação de cansaço depois de várias noites sem dormir direito, Beatrice mergulhou num sono pesado, tornando quase heróica a tarefa de a acordar. Dormia tranquila como uma criança, os cabelos castanho-claro espalhados pela cama e abraçando um dos travesseiros que enchiam sua cama. Seu sonho foi perturbado por algo que lhe tocava no ombro, a sacudindo. Não foi o suficiente para a despertar e a jovem limitou-se a balbuciar palavras sem sentido. Mas aquilo que a queria acordar era persistente. Algo peludo - e com garras afiadas - foi jogado no seu rosto, fazendo-a acordar sobressaltada e proferir um sem fim de pragas e palavrões. Se sentou na sua cama, ofegante. Seu pescoço ardia. Tocou com cuidado na zona machucada e pôde ver que seus dedos ficaram ligeiramente manchados de sangue. Olhou em volta furiosa, pronta para matar a gata que só podia ter enlouquecido. Qual não foi seu espanto seu olhar esbarrou no da vice-diretora de Hogwarts, parada diante de si com os braços cruzados. Raven parecia estar achando toda aquela situação extremamente divertida. Estreitou os olhos furiosa e se levantou da cama o mais depressa que conseguiu. Procurou rapidamente a varinha. Onde a deixara?

    Oh, que se dane a varinha, a matarei com minhas próprias mãos mesmo.

    Antes da outra ter tempo de reagir, a puxou por um braço a empurrando contra o armário. Suas mãos pousaram nos ombros de Raven e a sacudiu com violência:

    - Qual o seu problema, maldita!? Está querendo o quê? Virou presidente do clube "Nós queremos importunar Beatrice"? Eu realmente pensei que tínhamos concordado numa trégua

    Com um último empurrão contra o armário, Beatrice a soltou e recuou dois passos. Respirou fundo, tentando se acalmar e recuperar o bom senso. Determinada a ignorar a bruxa por um bom tempo, foi até ao banheiro. Quando voltou vestia um robe branco sobre a camisola. Olhou Raven da cabeça aos pés, como se estivesse a conferir se professora de DCAT continuava mesmo no seu quarto, esperando só Merlin sabe o quê. Virando-lhe costas, vasculhou uma gaveta até encontrar um pequeno frasco de poção. Aplicou algumas gotas sobre o seu pescoço e, após um toque da varinha - que achou caída no chão - o machucado estava desinfetado e disfarçado com um pequeno feitiço. Sorriu levemente, satisfeita com o resultado. Tendo Lilica em sua vida há mais de 7 anos, já dominava simples feitiços para pequenos ferimentos.

    Já mais calma, voltou a se sentar na sua cama. Encarou Raven com uma sobrancelha levemente erguida como se esperasse algo.


    - Você vai mesmo ficar ai parada? Se sente. Imagino que não tenha tido a decência de trazer o café da manhã, mas acho que sobrou alguma comida desde a última vez que um elfo passou por aqui. Eles parecem achar que preciso do triplo de comida do que realmente como.

    Falou num tom casual, como se minutos antes não tivesse empurrado a bruxa contra seu armário, com uma vontade enorme de a matar. Sem reparar se Raven tinha realmente se sentado ou não, moveu sua varinha e fez surgir uma bandeja com uma pequena variedade de alimentos. Bolachinhas, suco de abóbora, pequenos bolos, torradas e, para terminar, cerca de quatro rabanetes. Deu um sorriso irônico para a outra, enquanto pegava um rabanete e dava uma pequena mordida. Sabia que Raven era suficientemente inteligente para perceber que os rabanetes não tinham surgido ali por acaso.

    - É servida? - perguntou com uma expressão inocente - Aproveite e me conte qual o motivo de sua agradável visita.
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Re: Aposentos da Profª de Transfiguração - Beatrice Wendelin

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  • Narração; Fala; Pensamento; Off;

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Sweet child o’mine
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  • Inclinou-se para a frente à fim de observar melhor enquanto Lilica fazia seu trabalho, apenas enrugando a testa por um instante quando supôs ter visto um nadinha de sangue. Só esperava que Beatrice não fosse fresca e fosse fazer um escândalo por aquilo – guardando o escândalo só para a forma carinhosa como era acordada. Não resistiu a abrir um sorriso quando a bruxa se sentou na cama, ofegando e tentando se livrar da gata. Logo identificou que o sangue vinha do pescoço da bruxa, mas sequer chegou a se preocupar quanto a ser ou não grave: Se fosse, Beatrice certamente já estaria dando um chilique maior.

    Antes que pudesse reagir, toda a alegria da colega com sua surpresa matinal foi demonstrada, e logo se viu jogada contra um armário e sacudida por uma bruxa de camisola. Pensava que deveria ser extremamente agradável lançá-la contra coisas, considerando-se a freqüência com que as outras professoras do castelo o faziam. Tinha de se lembrar de experimentar algum dia.

    Não conseguiu conter o riso ao escutar as palavras da mulher, apenas a acompanhando com os olhos enquanto Beatrice se afastava, enquanto levava uma mão ao braço que fora puxado. Será que a outra sabia que não era nem um pouco agradável ser puxada e empurrada para lá e para cá? Permaneceu de pé, ainda com os braços cruzados, enquanto a outra ia ao banheiro, voltando pouco tempo depois vestindo um robe branco.

    Acenou cinicamente enquanto a bruxa a observava, mantendo os olhos sobre esta enquanto uma poção era manuseada e logo a varinha mascarava o arranhão que o surto de Lilica causara. Deu de ombros quando a bruxa perguntou se não levara café da manhã, apenas mostrando as duas palmas vazias como se para mostrar que não levava nada consigo. Seguiu prontamente, porém, a instrução de se sentar, tirando os sapatos e cruzando as pernas sobre a cama. Chamou Lilica para seu colo enquanto Beatrice arrumava o café, se surpreendendo quando a gata se enroscou preguiçosamente em seu colo.

    Estreitou os olhos para a outra quando a viu conjurar rabanetes e logo apanhar um, sorrindo também enquanto levava uma bolachinha à boca logo que a outra ofereceu.


    - Estava com saudades.

    Respondeu casualmente, sorrindo com falsa amabilidade enquanto se servia de um pouco de suco. Bebeu alguns goles antes de baixar o copo.

    - E além disso, preciso do meu corvo de volta para mandar um bilhetinho, e parece que a carta que te deixei mandar evaporou o infeliz. Teve notícias dele, querida?

    Deu de ombros, deixando o assunto meio de lado enquanto apanhava um rabanete e o olhava fixamente contra a luz, como se esperasse ver através dele.

    - Espero que estes não sejam pessoas transfiguradas.

    Comentou, dando logo uma mordida.

    - Embora eu creia que não me importaria se fosse algum daqueles alunos infelizes. E falando em alunos infelizes...

    Se concentrou no suco por alguns instantes, ainda em dúvida se perguntaria aquilo a ela.

    - Enfim, creio que a única pessoa que poderia dar uma opinião baseada em qualquer experiência dentro deste castelo esteja ocupada demais me odiando, de forma que tenho que recorrer a uma pirralha como você... Será que criar uma menina é tão desgastante quanto dizem que é, Wendy?

    Sorriu ligeiramente, como se a idéia lhe parecesse mais ridícula do que deveria, enquanto apanhava outra bolacha.

    - Digo... O que acharia de eu adotar uma garota? E, só para constar... Não estou falando de você ¬¬’
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Re: Aposentos da Profª de Transfiguração - Beatrice Wendelin

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  • Narração
    Fala
    Pensamento
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    Enquanto tomava seu café da manhã, Beatrice se perguntava o que fazia Raven ali. Não eram propriamente amigas. Ainda à poucos dias atrás estavam se transfigurando e atacando com comentários maldosos. Apesar do arranhão em seu pescoço, apreciou a visita. Por vezes se sentia um pouco solitária em Hogwarts. Falava com os restantes professores apenas o indispensável e se perguntava se sua idade não interferiria nas suas relações com os colegas. Devia ser estranho para ter uma colega que mais parecia uma aluna do sétimo ano. Esboçou um pequeno sorriso quando Raven afirmou estar com saudades, não levando as palavras da outra a sério. Qualquer que fosse o motivo que trazia a vice-diretora de Hogwarts à sua humilde sala, certamente não eram saudades. Por momentos, se lembrou da aluna morta, Ary Riddle. Teria a bruxa sido informada sobre o ocorrido e estava ali para a interrogar sobre o assunto? Bebeu um pouco do seu suco, já tensa perante a possibilidade de falar sobre a aluna. Para seu alivio, Raven não parecia sequer sonhar que alguém tinha morrido na escola na noite anterior.

    Queria saber sobre o destino de seu corvo, que ainda não voltara. Beatrice deu de ombros e limitou-se a responder que, depois do café da manhã, descobriria o que acontecera com a ave. De qualquer modo, o corvo parecia ser a menor das preocupações de Raven. Franziu o sobrolho, estranhando quando a outra lhe fez perguntas sobre adotar e criar uma garota. Raven com uma criança para criar? A professora de transfiguração quase gargalhou ao imaginar tal cenário. Se havia alguém que, definitivamente, não nascera para ser mãe, esse alguém era Raven. Onde a professora de DCAT estava com a cabeça?


    - Wendy? Não sabia que você conhecia histórias trouxas - definitivamente, Raven parecia determinada a surpreendê-la - Er... Você está falando sério quanto a adotar uma garota?

    Fez uma pausa para pegar uma bolacha, refletindo sobre o assunto.

    - Raven, adotar uma criança é um assunto sério. É um ser humano que você precisará cuidar, educar, amar - deu ênfase no último verbo, como se acreditasse que a bruxa falharia terrivelmente naquele ponto - De onde veio essa ideia agora? Você nunca me pareceu ser do tipo de bruxa com algum tipo instinto... Maternal. Que idade tem a garota que você quer adotar? Porque você não me conta essa história desde o inicio?

    Sentia-se apreensiva quanto à possibilidade de ver Raven adotar uma garota. Avaliara assim tão mal a bruxa que estava diante de si, comendo bolachinhas como se nunca tivesse comido nada tão delicioso? Nunca pensara que a outra tinha alguma quedinha por crianças, pelo contrário. Era a professora mais temida e odiada em toda a Hogwarts. Nem os bondosos lufanos pareciam gostar minimamente da professora de DCAT.

    Demasiado exigente e severa. Cruel - sussurravam a maior parte dos alunos, nos corredores.

    Beatrice já ouvira algumas histórias sobre alunos jogados pela janela e outras estranhas detenções e atitudes de Raven. Havia quem acreditasse que a professora de DCAT tivera responsabilidade na morte de uma aluna, no ano anterior. Não julgava a colega; ela mesma já perdera a paciência com um ou outro aluno. E, no seu curto tempo em Hogwarts, já percebera que as pessoas ali, principalmente professores, tinham uma certa tendência para acusar os outros sem provas. Apesar de tudo, continuava achando que a ideia de Raven adotando uma garota era, no mínimo, estranha.
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Re: Aposentos da Profª de Transfiguração - Beatrice Wendelin

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  • Narração; Fala; Pensamento; Off;

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  • A expressão de Beatrice quando comentara a respeito da adoção da menina não lhe parecera muito animadora, mas Raven preferiu não perceber que era quase divertida, apenas dando de ombros e perguntando baixinho de onde a outra tirara que ela era uma bruxa de sangue puro. E se a bruxa estranhara ser chamada de Wendy... Já encontrara como chamá-la sempre.

    Decidira fazer aquela visita com o intuito de apenas perguntar a respeito da ave e ir embora, mas já que teria de esperar pelo fim do café da outra de todo jeito... Ergueu as sobrancelhas como se perguntasse qual o problema quando a outra perguntou se falava sério, logo substituindo a expressão por uma discreta careta ao que escutou o terceiro verbo utilizado para descrever o que teria de fazer pela garota. A perspectiva lhe parecia mais assustadora do que deveria.

    Raven ocupou-se com o suco durante a breve pausa que Beatrice fez apenas para não ter que romper com o silêncio, passando a mão que não usava para comer por entre as orelhas da gata que ainda mantinha em seu colo enquanto a outra retomava seu raciocínio. Pigarreou brevemente antes de responder apenas para ganhar algum tempo a mais para pensar, logo se ocupando em apanhar mais suco enquanto começava:


    - Eu sei que parece estranho... E, acredite, até uma porta deve ter mais instinto maternal do que eu. Mas...

    Baixou os olhos por um segundo, logo os erguendo novamente como se considerasse o que pretendia falar como sendo algo embaraçoso.

    - Eu sou a única pessoa – pelo menos, a única bruxa - que ela tem, entende? Pelo menos, a única em quem seus pais confiavam... E não venha me perguntar porquê diabos alguém me consideraria como única opção para assumir a tutela da filha caso falecessem. Deveriam estar drogados. Em todo caso, creio que isso vá explicar a situação melhor do que eu poderia...

    Deu de ombros ligeiramente, logo pescando um pergaminho de seu bolso com a mão que antes acariciava a gata e o entregando à bruxa. Felicitou-se por ter lembrado de apanhar a carta que Lilith levara, a passandopara a bruxa epermanecendo em silêncio enquanto ela a lia.

    "Comunico a Lilith Bratislov o falecimento dos seus pais, Samael Bratislov e Lilithiana Mortzen, durante uma missão do departamento de Aurores.

    Por vontade destes, é lhe cedido todo o seu património.

    Também deverá entregar esta carta a Raven Eiluned, antiga amiga de seus pais, que eles acharam ser uma tutora adequada caso falecimento deles. A dita senhora encontra-se em Hogwarts, onde é docente e onde passará a ser aluna neste preciso momento.

    Caso Raven Eiluned não aceite ser sua tutora, continuará como aluna de Hogwarts, mas nos tempos de férias será reencaminhada para um orfanato.

    Cumprimentos.
    o Ministério da Magia"


    Sorriu sarcasticamente quando percebeu que o olhar da outra atingira o fim do pergaminho, falando antes que ela pudesse se pronunciar:

    - A srtª Bratislov tem quinze ou dezesseis anos, creio... Não se preocupe exageradamente. Não é como se eu vá ter que trocar fraldas, ou contar o que é menstruação, ou ter A Corversa Sobre Sexo......

    Girou os olhos nas órbitas, apanhando uma bolachinha enquanto analisava as reações e as palavras da outra. Por fim, limitou-se desviar o olhar, ignorando deliberadamente as palavras da outra de forma que deixava claro que aquele assunto estava sendo adiado. Adiado, sim, e não proibido. Por fim percebeu as olheiras sob as pálpebras da outra, e não pôde deixar de exprimir um nadinha de curiosidade – e não preocupação – enquanto a questionava:

    - Mas, deixemos meus visitantes noturnos de lado... Parece que alguém aqui também não dormiu muito bem, a despeito da forma carinhosa como foi acordada...
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Re: Aposentos da Profª de Transfiguração - Beatrice Wendelin

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  • Narração
    Fala
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    Enquanto escutava Raven falar sobre Lilith, Beatrice permaneceu em silêncio, com uma expressão neutra no rosto. Não pôde deixar de sorrir ligeiramente, concordando intimamente que os pais da garota não podiam estar no seu juízo perfeito ao confiar a guarda de sua filha a Raven. No entanto, não pôde deixar de pensar que podia estar sendo injusta, afinal, mal conhecia Raven e, apesar das péssimas primeiras impressões que tivera da professora de DCAT, esta lhe provara não ser tão ruim como inicialmente pensara. Pegou o pergaminho que a outra lhe estendia, lendo a carta rapidamente enquanto franzia ligeiramente o sobrolho. Estava explicado o porquê de Raven querer adotar uma garota. Por momentos, sentiu pena da pobre Lilith por ter recebido uma noticia daquelas por carta. Devolveu o pergaminho a Raven e esperou a colega terminar de falar.

    - Foi bastante insensível informar a Lilith da morte dos pais por meio de uma carta. A menina deve estar um pouco perturbada, ainda mais não conhecendo ninguém em Hogwarts. De qualquer modo, me parece que você não tem muita escolha. Se não aceitar tomar conta da garota ela irá parar num orfanato e... Bem, a decisão final é sua, claro, mas... - hesitou um pouco, sem saber como a outra reagiria ao que se seguiria - Se você precisar de ajuda, pode contar comigo, mesmo. Não somos amigas mas...

    Embaraçada, não terminou a frase, preferindo baixar os olhos para o suco que segurava na mão direita como se ele fosse extremamente interessante. Ficou aliviada quando a outra optou por mudar de assunto, não podendo deixar de estranhar os visitantes noturnos que ela mencionou. Quem seriam? Decidiu não questionar a outra sobre aquilo, no momento. Comeu calmamente uma bolachinha antes de responder ao comentário de Raven.

    - Minhas olheiras já são comuns... Simplesmente, com meu despertar atribulado, esqueci de as disfarçar. Sofro de insônias.

    Deu de ombros, não se prolongando no assunto por acreditar que detalhes sobre seus problemas pessoais não interessariam minimamente a Raven.

    - De qualquer modo, tenho algo para lhe contar. Mas antes, vamos descobrir o paradeiro de seu corvo.

    Com agilidade, se levantou da sua cama e, sem esperar pela outra, se dirigiu até sua sala onde só parou diante da lareira. Não estava preocupada com o corvo, de modo algum. Mas a ave lhe dava um pretexto para adiar um pouco o assunto e assim pensar em como dizer a Raven sobre a morte da aluna. Se perguntou se a bruxa desconfiaria dela. Se estivesse em Itália, seria uma das principais suspeitas afinal, para o Ministério da Magia de Itália, estar aliada a nascidos-trouxas ou ser assassina era praticamente a mesma coisa. Felizmente, ninguém em Hogwarts sabia muito do seu passado. Balançou a cabeça, afastando aqueles pensamentos enquanto se ajoelhava junto à lareira e, depois de fazer mover a varinha rapidamente, enfiava sua cabeça nas chamas. A comunicação inter-lareiras não demorou mais do que meros segundos. No entanto, Beatrice não voltou para o quarto. Se manteve em frente à lareira, sacudindo as cinzas do cabelo como se esperasse algo.

    - Posso aiutare voi, la mia sorellina?

    Uma voz vinda da lareira soou nos aposentos e Beatrice, já distraída com as cinzas, se sobressaltou. A jovem bruxa voltou a focar sua atenção na lareira, onde agora estava a cabeça de um bruxo incrivelmente parecido com ela. Beatrice abriu um sorriso e voltou a se ajoelhar junto a lareira.

    - Alex, como você está? - continuou, sem esperar resposta do irmão - Sei que já deveria te chamar para emergências mas isso é importante. Sabe a carta que te enviei? O báu? Que aconteceu com ele? E o corvo que fazia a entrega?

    Falava apressadamente, como se tivessem pouco tempo. Alexander Wendelin fez uma careta.

    - Repete tudo, mais devagar? Ou melhor, fala em italiano? Esqueci uma boa parte de meu inglês.

    Depois de censurar o irmão por ter esquecido todas suas preciosas aulas de inglês, Beatrice lhe fez a vontade, falando em italiano. A conversa foi rápida e, em menos de cinco minutos, a bruxa estava novamente sentada em sua cama, frente a Raven.

    - Falei com meu irmão. Seu corvo ficou um pouco cansado da viagem e ficou em Itália. Segundo Alex, voltou hoje de madrugada. Não deve demorar a chegar. Quanto ao baú, foi um idiota de um dos... Amigos de meu irmão que abriu. De qualquer modo, não tem mais importância. Já terminou de comer? Ótimo.

    Sem esperar qualquer resposta, fez a bandeja desaparecer. Alguns pedaços de bolacha ficaram sobre a coberta e Beatrice as sacudiu com a mão, rapidamente. Por fim, encarou Raven e, respirando fundo, começou a falar.

    - Ontem de madrugada, encontrei Daniel Johnson e outro garoto na orla da Floresta. Depois de perguntar o que eles estavam fazendo ali, Daniel acabou me falando que tinha visto uma garota na floresta. Não tive tempo de perguntar mais nada porque o idiota do outro garoto surtou e começou aos gritos, sem qualquer motivo. Já comentei que essa escola tem alunos com graves problemas mentais? Enfim, os mandei para a escola e decidi procurar a garota. Demorei algum tempo a encontrar. Não conheço bem a floresta. Acabei desistindo, pensando que a garota já tinha saído da floresta. Ia para fazer o mesmo quando a encontrei. Caída, numa clareira.

    Baixou os olhos e mordeu o lábio inferior, recordando-se do pânico que sentira e o pressentimento imediato de que algo estava errado.

    - Ainda pensei que ela tivesse adormecido, sei lá. Mas quando me aproximei... Ela estava morta, Raven. Alguém a matou - encarou a bruxa nos olhos - A aluna era Aryahnnah Riddle.



    Para quem se interessar, o irmão de Bea falou algo como "em que posso te ajudar, minha pequena irmã?"
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Re: Aposentos da Profª de Transfiguração - Beatrice Wendelin

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  • Narração; Fala; Pensamento; Off;

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  • Logo que pôde pensar melhor a respeito do que Beatrice dissera, Raven se sentiu de certa forma aliviada por ter mudado o assunto antes que tivesse de responder à outra. Não que ela tivesse dito algo que não deveria, ou o que quer que fosse... Mas a pequena reunião das duas já era estranha o suficiente com Beatrice sendo apenas gentil. A bruxa se provar também útil, já era demais para uma manhã só...

    Pensou se deveria dizer qualquer coisa, mas logo a oportunidade (?) passou quando Beatrice deu continuidade ao assunto que puxara. Sorriu, logo percebendo que aquele assunto também não renderia enquanto observava a outra selevantar. Por alguma razão, imaginara que Beatrice não era lá muito fã de dormir – talvez porquê ela parecia tão não-ela-mesma enquanto adormecida. Levantou-se preguiçosamente quando a colega já deixara o quarto, a seguindo apenas até a porta e apoiando o ombro nesta enquanto a observava.

    Esticou o pescoço para ver melhor enquanto a cabeça de Wendelin desaparecia entre as chamar esverdeadas, erguendo as sobrancelhas como se a convidasse a dizer o que quer que tivesse descoberto quando finalmente a face da jovem emergiu da lareira. Logo uma voz masculina atraiu sua atenção, porém, enquanto observava a outra se livrar da fuligem de seus cabelos. Olhou para a lareira para encontrar... A versão masculina da pirralha-mestra de Transfiguração.

    Permaneceu calada junto à porta durante toda a conversa dos dois, dando as costas à sala e tornando a sentar na cama enquanto os dois já pareciam se despedir – não poderia ter certeza, visto que seu vocabulário em italiano se restringia a
    “Qualcuno parla inglese qui?”, que seria apenas uma forma de perguntar se algum dos presentes fala inglês: Completamente inútil para entender duas palavras que fossem à velocidade que os dois irmãos conversavam.

    Não respondeu às palavras de Beatrice quando a bruxa se pronunciou, estranhando sua pressa quando logo a bandeja com o café da manhã das duas. Já suspeitava que mais palavras viriam enquanto esperava que Wendelin terminasse de limpar o farelo de bolacha.

    A princípio não entendeu aonde ela queria chegar, rindo brevemente do comentário a respeito da sanidade mental dos alunos e logo retomando a seriedade enquanto ela prosseguia. Cerrou os punhos inconscientemente, suspeitando do que viria uma fração de segundo antes que a bruxa concluísse a história, no momento em que percebeu uma hesitação por sua parte.

    Levantou-se no exato instante em que Beatrice se calou, cortando qualquer contato visual e se parando de costas para a cama, ambas as mãos sobre a boca em uma tentativa de ocultar sua surpresa enquanto deixava a informação correr rapidamente por sua mente, jogando logo para escanteio qualquer preocupação egoísta a respeito das conseqüências de tal morte para a escola. Não saberia definir direito quantos minutos perdeu naquilo, mas logo definiu uma prioridade. Virando-se novamente para Beatrice, abaixou-se em frente à cama e apanhou a mão da moça entre as suas.


    - Você... Está bem?

    Se arrependera de sua solidariedade no instante em que começara a frase, fazendo com que o fim soasse ligeiramente diferente do pretendido. Pigarreando como se com isso procurasse deletarseu gesto anterior, soltou a mão de Beatrice como se tivesse levado um choque, sorrindo sarcasticamente enquanto cruzava os braços.

    - Melhore essa cara, vamos... Te prometo que cuidarei de tudo o que for relativo ao assassinato de Ary. Quem quer que tenha cometido essa... Brutalidade... Não sairá impune. Acredite.

    Estreitou os olhos ligeiramente, logo suavizando a expressão enquanto considerava se deveria ou não dizer o que pretendera. Bastou um novo olhar para a expressão da outra para se decidir, deixando seu olhar se perder enquanto falava:

    - Você provavelmente ouviu falar disso antes de vir para cá, mas no fim do ano passado... Perdemos uma aluna também. Uma menina do terceiro ano... Beatriz Watson. Foi morta a sangue frio na minha frente, e... Acredito que até certo ponto... Por minha causa.

    Focou novamente o rosto de Beatrice, forçando um novo sorriso enquanto se aproximava novamente da cama.

    - Minha varinha é bem pequena para mim, não acha? Receio que eu estaria morta se a menina não interviesse, mas...

    Suspirou, baixando os olhos enquanto enfiava as mãos nos bolsos.

    - Não parece justo que alguém dessa idade morra... Mas, acredite, logo você supera. Qualquer coisa, conte comig-

    Deixou a frase morrer, se arrependendo definitivamente de suas palavras e fez uma breve pausa, deixando o silêncio reinar enquanto forçava um novo sorriso e estendia uma das mãos a Beatrice.

    - Mas não faça essa cara, vamos. Alguém com uma versão masculina tão suculenta não deveria fazer uma cara tão patética. Sim, é um elogio. Vamos, vamos... Sair daqui.

    Forçou a outra a se levantar antes que ela pudesse protestar, logo atravessando a sala e só parando junto à porta, quando por fim olhou a outra.

    - Ah é... Acho que seria conveniente que você se trocasse antes...

    Cruzou os braços, parando junto à porta e indicando a entrada para os aposentos reservados com a cabeça.

    - Você já consegue se trocar sozinha, garota? Bem... Não me chame se precisar de ajuda, sim?

    Girou os olhos, sorrindo ante a resposta e aguardando pacientemente para por fim deixar a sala acompanhada de uma Beatrice completamente vestida.


Off: Onde Bea quiser wee
Fato: é feliz comentar da Bea morta com a Bea viva x.x
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Renan
Conjurando o Patrono
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Re: Aposentos da Profª de Transfiguração - Beatrice Wendelin

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