Aposentos da Profª de Transfiguração - Beatrice Wendelin

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Bea
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Aposentos da Profª de Transfiguração - Beatrice Wendelin

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  • Localizada no quinto andar, a sala da professora de Transfiguração não era propriamente fácil de achar, devido aos vários corredores que se tinham de percorrer para a alcançar. Na porta de madeira escura não havia qualquer aviso ou qualquer outra coisa que a identificasse como entrada para os aposentos de Beatrice.

    O aposento tinha três grandes janelas que conferiam uma luminosidade acolhedora à sala, quando as cortinas azuis claras não estavam fechadas. Quando isto acontecia, a iluminação provinha das velas espalhadas pela sala. No centro, estava uma escrivaninha em madeira clara onde reinava uma confusão de penas e pergaminhos que provavelmente só Beatrice conseguia entender. Num canto da mesa, uma pequena caixa com bolachas que a professora mordiscava distraidamente enquanto trabalhava. No chão havia ainda um tapete colorido, para que os pés de Beatrice, que tinha o péssimo hábito de andar descalça em seus aposentos, não tocassem diretamente na pedra fria.

    Uma lareira de pedra, próxima à escrivaninha, aquecia a sala durante as noites frias de inverno e servia como meio de comunicação, uma vez que a professora odiava corujas. Na parede por cima da lareira, Beatrice tinha pendurado três fotografias onde vários bruxos acenavam e sorriam. A um canto, um confortável sofá em tons claros, quase branco onde era frequente encontrar Lilica, a gata de Wendelin, dormindo preguiçosamente.

    Parte de uma parede da sala, era ocupada por uma estante, em madeira clara tal como a escrivaninha, onde a professora arrumara diversos livros, a maioria de Transfiguração, e diversos objetos cuja função parecia ser meramente decorativa.

    Por fim, uma porta, geralmente aberta, leva aos aposentos privados da mestre de Transfiguração.
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    Raven seguira rapidamente até o quinto andar, com Raisa em seu encalço. Quando alcançou o fim das escadas, se dirigiu diretamente até a sala, apesar de naquele andar sempre fora bastante complicado se locomover. Finalmente encontrava uma utilidade para tanta encheção de saco passada na sala da ex-professora da matéria de Wendelin.

    De frente à porta, tentou em vão um Alohomora. Não esperava realmente obter sucesso com o feitiço, de forma que logo apontou a varinha para a fresta entre a fechadura e o batente da porta. Um fino feixe vermelho saiu quando ela murmurou algumas palavras, e o moveu para baixo ligeiramente, logo fazendo sair um bocadinho de fumaça do local. Empurrou a porta, que abriu sem resistência, enquanto apanhava a trava que ficara para trás em seu buraco – cortada do resto da fechadura – e a reintegrava com um Reparo.

    Largou a porta aberta, convidando Raisa para entrar com um aceno rápido enquanto procurava a chave reserva. A encontrou em uma estante, e logo fechou a porta e a deixou tão bem trancadinha quanto estava antes. Colocou a chave onde estava ante e em seguida voltou-se para aluna:


    - Cá estamos. Vou procurar algumas coisinhas, e enquanto isso fique à vontade para bagunçar um pouco por aqui. Ouvi dizer que Alkin recebeu pelúcios em sua sala, neste mesmo andar, mas suponho que alguém como você sempre deva ter ferramentas mais interessantes consigo.

    Deixou de dar atenção ao que a aluna fazia por alguns instantes, se aproximando da lareira e observando as fotos sobre ela. Passou direto pela primeira, que mostrava Beatrice junto de uns bruxos felizes e meio bocós, acenando no que parecia ser a formatura da bruxa. A segunda, porém, era bastante mais interessante. Wendelin estava junto de um grupo de bruxos ligeiramente... Estranhos. Não que houvesse nada de estritamente errado com eles, mas tinham o aspecto de pessoas que estavam prestes a aprontar alguma.

    Os observou atentamente, tendo a certeza de que já vira aqueles bruxos em algum lugar. Logo que pensou tê-los reconhecido, apressou-se até a mesa da professora, se sentando e colocando uma das bolachinhas que ela deixava por lá na boca enquanto procurava por entre a bagunça da outra. Ergueu os olhos brevemente do que fazia, comentando:


    - E então, Howgriffind, já encontrou com o que se divertir aqui?
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Raisa saiu da Floresta acompanhada por Raven, que parecia de certa forma um pouco apressada.Passando pelos corredores, logo chegaram a uma porta trancada.Raven impunhou a varinha e murmurou algumas palavras que a garota não conseguiu ouvir claramente.Por causa do feitiço de Raven a porta abriu, parecia ter quebrado a maçaneta mas uma vez lá dentro da sala, a professora murmurou um Reparo fazendo a maçaneta voltar para as boas condiçoes de antes.Raisa observou ainda um pouco confusa nas atitudes de Raven, mas entrou na sala quando esta a indicou com um aceno.Ainda desconfiada a garota encarava Raven como se pudesse receber um feitiço ou algo do tipo, mas se surprieendeu novamente com o comentario da professora.

Raven
[- Cá estamos. Vou procurar algumas coisinhas, e enquanto isso fique à vontade para bagunçar um pouco por aqui. Ouvi dizer que Alkin recebeu pelúcios em sua sala, neste mesmo andar, mas suponho que alguém como você sempre deva ter ferramentas mais interessantes consigo. E então, Howgriffind, já encontrou com o que se divertir aqui?]


Após Raven dizer isto a garota andou calmamente para fora da sala.Sabia aonde Raven queria chegar.Não era problema para Raisa em aprontar alguma, mesmo sendo com uma professora que ainda não recebera aula ou sequer conhecia.Como era uma "ordem" de Raven a garota foi, em direção ao salão da Grifinória, para pegar "coisinhas" que guardava por lá.
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Raven
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    Tornou logo a baixar os olhos para a pilha de pergaminhos e de confusão que compunha a decoração da mesa de Wendelin tão logo Raisa se retirou, mordendo mais uma beiradinha de uma bolacha e mantendo o resto entre os dentes para manter as mãos livres. Logo encontrou o que buscava. Um recorte de jornal ilustrado com diversas fotografias bruxas e que exibia os rostos não mais tão sorridentes dos bruxos que estavam junto a Beatrice na outra foto.

    Raven não pôde deixar de se surpreender ao ver a notícia. Imaginara várias coisas improváveis para a bruxa ser na verdade – porque professora obviamente aquilo não era - mas certamente gangster não constava na lista. Enfiou o pedaço do Profeta no bolso, terminando de comer sua bolacha e continuando a olhar casualmente por entre os papéis enquanto aguardava o retorno de Raisa.


Não repara no horário do post --'
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Após sair da sala comunal da Grifinória, Raisa volta ao aposento de Beatrice com duas pequenas caixas de madeira.Enquanto colocava uma das caixas em cima da mesa da professora, a garota observava Raven procurando algo nos pertences de Beatrice.Aquilo era estranho.Por que será que Raven não gostava de Beatrice?O que tinha contra ela?Enquanto pensava, em silencio Raisa abria a caixa e pegava cada pequena criatura e colocava em lugares diferentes da mesa.Eram pequenos Explosivins adultos, cada um dentro de uma pequena gaiola, para que não pudesse se locomover.Estavam com tamanhos reduzidos por magia,que ajudava nas viajens e na locomoção das criaturas.Enquanto se afastava da mesa, ainda segurava a segunda caixa fechada em uma das mãos.Esta parecia ter mais criaturas do que a anterior.Raisa abaixou e abrindo a caixa, jogou todos os bichinhos no chão.

"Já era o almoço do Godric...Ahh, ele que ache alguma coisa na floresta...¬¬"

Eram galinha, tambem reduzidas por magia.Estavam em grande numero, enquanto os Explosivins só tinha tres, as galinhas deveriam estar entre dez ou onze.Raisa apontou a varinha primeiro para as galinhas e murmurou um Engorgio, fazendo as aves crescerem para o tamanho normal e pularem , correrem para todo lado da sala, agitadas, soltando penas por toda a sala.Pulavam em cima das estantes, fazendo uma grande zona.Raisa se aproximou um pouco da mesa comos Explosivins em miniatura engaiolados e novamente apontando a varinha para eles, murmurou um Engorgio.Eles cresceram juntamente com as gaiolas, e soltavam bolas de fogo para tudo quanto era lado.Raisa se afastou para que uma das bolas não a atingisse.Aquilo estava mesmo uma zona.Galinhas corendo para todo canto, alguns papeis pegavam fogo em cima da mesa da professora Beatrice, juntamente com alguns livros na estante.Ela olhou para Raven que parecia ainda um pouco distraida, certamente iria ser pega por uma das bolas de fogos lançadas pelos Explosivins de tamanho médio.

-Cuidado professora...ou então pode se queimar...
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    Os passos apressados de Beatrice soavam no corredor. A professora praticamente corria para chegar na sua sala, o caminho lhe parecendo bem mais longo do que o normal. Um pouco ofegante, parou à entrada da sala. Através da porta fechada era possível ouvir algum barulho. Sem hesitar abriu a porta com sua chave. O que encontrou a deixou sem palavras. Sua sala estava praticamente sendo destruída pelo fogo dos vários explosivins que haviam espalhados pela sala.

    Desviou os olhos de seus preciosos livros de transfiguração sendo queimados e foi encontrar Raven, calmamente sentada na sua secretária. No centro da sala, estava Raisa que parecia ser a causa de tudo aquilo. Sentiu o sangue ferver nas suas veias, se sentindo mais furiosa do que alguma vez tinha estado na sua vida. Apertou a mão em volta da varinha que segurava.


    - Deletrius! - gritou. Os fogos cessaram de imediato. Apontou sua varinha para os explosivins - Estupefaça!

    Com todos os bichos atordoados, pôde finalmente voltar sua atenção para Raven e Raisa. Se preocupou primeiro com a aluna. A puxou por um braço com uma força excessiva, a sacudindo.

    - Você ficou louca garota?! Qual seu problema? - pegou sua varinha e após um movimento complexo, a garota desaparecera. No seu lugar estava um flamingo cor-de-rosa choque.

    Virou costas a Raisa-flamigo , se virando para Raven. Respirou fundo, olhando em volta. Os estragos foram menores do que calculara quando entrara na sala. O fogo não tivera tempo para atuar, ela chegara bem na hora. Alguma mobília se encontrava um pouco queimada, e alguns exemplares de transfiguração estavam arruinados para sempre. Aquilo não era realmente um problema, compraria novos exemplares. Voltou a movimentar a varinha, murmurando feitiços até sua mobília estar como nova.


    - Eiluned, quando eu disse para você passar na minha sala, me referia a você bater na porta como qualquer pessoa normal e não a invadir como uma ladra. Evidentemente, devia ter calculado que você está longe de ser uma pessoa normal - falou num tom calmo, como se a outra não tivesse invadido sua sala e permitido que uma aluna começasse a destruir sua sala.

    Percorreu os pergaminhos sobre sua mesa. O fogo não conseguira alcançá-los, portanto, permaneciam intocáveis. Começou a vasculhar a mesa com as mãos, sabendo perfeitamente o que procurava. Sentia o olhar de Raven preso em si. Sorriu ao perceber que o que procurava não se encontrava mais ali.


    Eu devia ter calculado...

    - Accio recorte de jornal - disse calmamente e, em segundos, o recorte estava em sua mão, saido do bolso de Raven - Me desilude ver que você não levou a sério o aviso que te dei sobre não me subestimar. Se me tivesse ouvido, teria se prevenido, tornando o recorte não-convocável por um simples feitiço como o accio.

    Baixou os olhos para o velho recorte, se sentindo um pouco nostálgica. A noticia, com data de 22 de Maio de 2003, era um pouco curta, mostrando claramente que o Profeta Diário não dera muita importância aos acontecimentos ocorridos em Itália. Um pequeno grupo - gangue, como o Profeta quisera chamar - de bruxos nascido-trouxas, causara alguns transtornos na comunidade mágica italiana, reivindicando direitos iguais para todos os bruxos, independentemente do status de sangue, algo que não acontecia em Itália. Beatrice tinha 17 anos na época. Ela e o irmão, dois anos mais velho, tinham aderido à causa, apesar de serem sangue-puro. Ignorou as fotografias. Já as observara vezes sem conta, sabia que estava presente em algumas delas. Seu irmão lhe enviara o recorte no Verão, escrevendo uma única linha numa folha de pergaminho: "Para você recordar os bons e velhos tempos. Saudades, Alexander". A curta carta do irmão estava guardada, mas obviamente, esquecera o recorte jogado em cima da mesa. Não estava propriamente preocupada com o que Raven tinha descoberto. Algo lhe dizia que a mestre de DCAT também escondia algo. E ela descobriria o quê.

    Tocou o recorte com a varinha, o tornando impossível de convocar. Guardou o recorte no bolso, juntamente com pergaminho assinado pelos alunos.


    - Eiluned, preciso falar com você sobre algo... Importante. Faça o favor de levantar da minha cadeira e resolver as coisas com sua aluna para que possamos falar a sós - apontou para Raisa, que continuava transformada em flamingo. Sentiu uma enorme vontade de rir. A garota estava realmente merecendo uma lição para aprender qual era seu lugar.

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    Raven apenas ergueu os olhos ao ver o que Raisa voltava com duas caixas, sequer remotamente interessada em ver seus conteúdos e mais ocupada ainda buscando a mesa de Beatrice em busca do que fosse. Contanto que a aluna fizera o que lhe fora pedido, estaria tudo ótimo: Era inevitável que Beatrice viesse a descobrir que houvera uma invasão, e quando isso ocorresse gostaria que ela pensasse que havia sido apenas algum aluno querendo aprontar. Escutou uma barulheira vinda de onde estava a aluna, tornando a olhar apenas quando ela chamou sua atenção para o fogo que espalhava.

    Com um gesto brusco da varinha, extinguiu a bola de fogo que vinha em direção à escrivaninha, erguendo uma sobracelha ao encarar a aluna. Pensava que Raisa havia exagerado um bocado. Escutou uma chave na fechadura, mas sequer chegou a se preocupar muito: De certa forma, havia sido convidada.

    Beatrice Wendelin tinha uma expressão de fúria no mínimo hilária estampada no rosto, e logo tratou de resolver tudo o que Raissa aprontava. Com os explosivins atordoados, ela logo tratou de partir para cima da aluna, a tranformando em um flamingo bastante pouco discreto. Sorriu ligeiramente, voltando a ficar séria quando Beatrice foi em sua direção.

    Não tenteve deter a outra enquanto ela buscava o recorte em sua mesa, e tampouco o deteve quando saiu voando de seu bolso. Acompanhou com o olhar enquanto ela o tornava impossível de se convocar e o guardava no bolso, cogitando seriamente a possibilidade de se recusar a seguir a sugestão que Wendelin deu a seguir. Deu de ombros, levantando-se sem não antes apanhar mais uma bolacha.

    Com um gesto da varinha, fez os explosivins e as galinhas se reduzirem e retornarem a suas respetivas caixas, logo apanhando também o flamingo-Raisa por seu pescoço flamínguico e levando tudo até o lado de fora da sala. Pousou a scaixas no chão, reduzindo Raisa com um toque da varinha e colocando em uma delas sem verificar de qual se tratava.


    - Fique quietinha aí, já já volto para te pegar.

    Fechou a porta e retornou à sala, parando em frente a Beatrice e cruzando os braços.

    - Não me dei ao trabalho de tornar impossível de convocar por até onde sei, você deveria estar em outro lugar. Não vá me dizer que acabaram as detenções dos três? Mas enfim, Wendelin, o que deseja falar comigo que não pode ser dito em frente à garota? Ande logo, antes que alguém roube aquele flamingo.

Last edited by Raven on 17/01/08, 17:48, edited 1 time in total.
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Gui acabara de sair da suposta sala que iria receber suas detenções. Não fora atoa que ele ganhara o oscarito de aluno mais curioso do ano que se passou. Por esse motivo, logo após a saída da professora Bea de dentro da sala, o garoto não pôde deixar de segui - lâ discretamente para apenas observar o que ela estaria tramando.

Rapidamente o garoto percebeu que a mestre em Transfiguração estava indo em direção ao seu próprio aposento. Gui já os conhecia muito bem, já os visitara uma vez quando tentava coletar algumas pistas de quem era o acusado de ter roubado as hallows, ainda pertencente a antiga professora Lana.

Não se passou nem 5 minutos que a professora Bea entrara em seus aposentos, uma caixa muito familiar fora posta para fora pela professora Raven. Gui pôde ver que a mestre em DCAT falando algo com o recepiente que se debatia freneticamente. Aquela caixa se parecia muito com a usada por Raisa para alimentar seu Grifo. É isso? O garoto colocou os pingos nos is e rapidamente desvendou o que seria a "coisa" que estava dentro da caixa.

- Fique quietinha aí, já já volto para te pegar.

Raisa! Mas não pode ser, ou pode?!

Sem hesitar pegou a caixa e a abriu: um flamingo rosa - choque se debatia freneticamente. Gui já percebera o que acontecia ali. Aquele flamingo poderia ser muito bem Raisa transfigurada por uma das duas professoras. Sem demorar mais algum segundo, o sonserino pega a caixa e vai em direção de algo que posso tirar a amiga daquela situação.


Off ~ em algum lugar
. Come into the light
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    Esperou impacientemente enquanto Raven reduzia as galinhas e os explosivins e os fazia retornar às suas respetivas caixas. Pela porta aberta, pôde ver, surpresa, que a professora reduzia também o flamingo em que estava transformada Raisa e o colocava numa das caixas. Sorriu divertida enquanto Raven retornava, fechando a porta atrás de si.

    - Não me dei ao trabalho de tornar impossível de convocar por até onde sei, você deveria estar em outro lugar. Não vá me dizer que já acabaram as detenções dos três? Mas enfim, Wendelin, o que deseja falar comigo que não pode ser dito em frente à garota? Ande logo, antes que alguém roube aquele flamingo.

    Arqueou uma sobrancelha, encarando a outra com uma expressão de desafio. Invadira sua sala e ainda tinha a ousadia de dizer que era suposto ela estar em outro lugar. Francamente! Contornou sua escrivaninha se sentando na cadeira que Raven estivera ocupando há pouco tempo atrás.

    - Esqueça o flamingo. Estou pouco me importando se ele é roubado ou jogado no lago. Aquela aluna merece isso e ainda um pouco mais - deu de ombros, ainda irritada com Raisa. Pegar fogo em seus aposentos tinha passado todos os limites do aceitável - Se sente, Raven, vai gostar do que tenho para te falar e... Mostrar. Mas antes... - apontou a varinha à porta, a trancando e a tornando imperturbável para que nenhum intrometido escutasse a conversa. De seguida, fez surgir uma chávena de café, bebendo um pouco antes de voltar a falar - Não te ofereci porque se você já se sente suficientemente à vontade para invadir meus aposentos e comer minhas bolachas, então não terá problemas em se servir de café se assim o desejar. Só me avise quando planear se mudar para minha sala.

    Pousou a chávena e retirou um pergaminho dobrado em quatro e o recorte de jornal de seu bolso. Deixando o recorte de parte, desdobrou o pergaminho. No topo podia ler-se "A professora Raven Eiluned é uma ótima professora e por isso, prometemos não voltar a desrespeitá-la", seguindo-se as assinaturas de Biel, Gui e Ary. Sorriu, pensando como os alunos, apesar de sua arrogância, eram inocentes ao ponto de terem assinado um pergaminho e o deixando nas mãos de alguém que não conheciam e muito menos confiavam. Como eram manipuláveis! Um feitiço curativo, um sorriso, alguns comentários desagradáveis a respeito de outra professora e esqueciam de se manter desconfiados e prudentes. Os mandara assinar aquele pergaminho para, um dia, se eventualmente os alunos a tentassem incomodar, poder resolver o problema à sua maneira. Raisa, de certo modo, só adiantara o inevitável. Com a varinha apontada ao pergaminho, murmurou algum feitiço cujas palavras não foi possível perceber, antes de se voltar novamente para Raven.

    - Eiluned, você continua me surpreendendo. Pensei que uma professora com todos os seus anos de experiência já tivesse percebido que detenções não adiantarão de nada naqueles alunos. Eles não estão realmente se importando... Bom, talvez Biel se importe um pouco. Mas Ary, Gui e Raisa? Não mesmo. Portanto, a não ser que você arrume maneira de os expulsar, chegou a hora de resolvermos seus problemas com os pirralhos que já se julgam gente. E é ai que surge este pergaminho... - entregou o pergaminho com as assinaturas dos alunos a Raven - Os convenci a assinar, concordando com o que escrevi. E agora, acabei de enfeitiçar o pergaminho. Digamos que, se eles quebrarem o que prometeram, vão ter o seu bonito rosto coberto de desagradáveis pústulas. Talvez assim aprendam a morder a língua antes de desrespeitarem algum professor.

    Fez uma pausa, encarando Raven deixando um sorriso malicioso surgir no seu jovem e bonito rosto.

    - E então? Vai ousar dizer que não sirvo para aplicar detenções?

    Pegou uma bolacha, a comendo vagarosamente enquanto aguardava uma resposta.

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    Acompanhou Beatrice quando ela retornou à mesa, sorrindo ante o comentário da outra sobre não ligar se Raisa seria roubada ou se afogaria, logo retornando à sua expressão habitual. Antecipando o convite de Beatrice, conjurou uma nova cadeira com um aceno amplo da varinha e a ocupando, de frente para a bruxa e com a bagunça entre as duas ao mesmo tempo em que a outra dizia para que o fizesse.

    Apanhou mais uma bolacha enquanto a mestra de Transfiguração conjurava um bocado de café, se detendo ao escutar o comentário dela a respeito de sua folga. Deu de ombros, se servindo assim mesmo após breve hesitação e garantindo:


    - Pode deixar, quando resolver aparecer com as malas no mínimo passo aonde você estiver no caminho e aviso.

    Inclinou-se para observar o pergaminho, decepcionando-se com a burrice de seus alunos ao ver o que tinham feito: Obviamente, jamais creditaria as assinaturas à capacidade de Beatrice; a única explicação plausível era idiotice por parte dos donos daqueles nomes. Escutou sem muita atenção o que a outra dizia, apanhando o pergaminho que ela lhe estendeu no meio de sua fala. O observou atentamente, puxando a varinha e a correndo por ele sem qualquer resultado visível.

    “E não é que ela fez o feitiço até de um jeito bem feliz...?”

    Franziu a testa ao notar a arrogância da outra ao dizer as últimas palavras, sequer tentando conter um sorriso ao respondê-la:

    - Parabéns. Eles não podem mais me desrespeitar... O que não significa que não possam fazer o mesmo com outros professores. Inclusive com você. Se Riddle me odeia porque a ameacei – aparentemente se esqueceu que salvei sua vida em outra – não quero nem ver a pentelhagem que você arrumou para si. Enfim, por mais de uma vez tentei expulsar esses pirralhos e sempre algum professor boboca defensor dos fracos e oprimidos aparecia: Pelo menos, me divirto dando tarefas podres para eles e os vendo se esforçar para fingir que não ligam... É tão ridículo que chega a ser quase hilário. Mas não nego que permanecer em paz assistindo enquanto você é atormentada será bastante mais gratificante.
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    - Parabéns. Eles não podem mais me desrespeitar... O que não significa que não possam fazer o mesmo com outros professores. Inclusive com você. Se Riddle me odeia porque a ameacei – aparentemente se esqueceu que salvei sua vida em outra – não quero nem ver a pentelhagem que você arrumou para si. Enfim, por mais de uma vez tentei expulsar esses pirralhos e sempre algum professor boboca defensor dos fracos e oprimidos aparecia: Pelo menos, me divirto dando tarefas podres para eles e os vendo se esforçar para fingir que não ligam... É tão ridícula que chega a ser quase hilário. Mas não nego que permanecer em paz assistindo enquanto você é atormentada será bastante mais gratificante.

    Quase gargalhou. Como se ela estivesse preocupada com o que os alunos fariam. Não era como se fosse perder o sono apenas porque alguns pirralhos se divertiam passando o tempo a atormentar professores. Terminou de beber seu café.

    - Ora Eiluned. Pense comigo. Os alunos estão pensando que eu sou a legal da história e você a vilã. Se eles de alguma forma, descobrirem que o pergaminho foi enfeitiçado, eu pura e simplesmente direi que te entreguei o pergaminho sem feitiço algum e que se algo aconteceu com ele, a responsabilidade é inteiramente sua. E se for necessário, o pergaminho tem espaço suficiente para acrescentar novos nomes de professores - deu de ombros, pegando o pergaminho das mãos de Raven e o colocando num envelope.

    Entrou em seus aposentos privados onde os feitiços contra alunos intrometidos eram mais reforçados, deixando Raven sozinha por momentos. Guardou o envelope num pequeno baú de madeira inconvocável, que selou com um feitiço. Voltou para a sala, se sentando novamente na frente de Raven. Seus olhos passaram na bagunça que se encontrava sua escrivaninha. Estava precisando dar uma boa arrumação em tudo aquilo. De qualquer modo, a bagunça poderia esperar.


    - Quanto a isso... - segurou o recorte de jornal que deixara de parte - Espero que da próxima vez que queira saber algo sobre o meu passado, me pergunte diretamente. Te darei todos os detalhes sórdidos de minha vida. É que realmente detesto que mexam em meus pertences. As bolachas são exceção, coma as que quiser.

    Fez uma pequena pausa, hesitando em repetir a pergunta que fizera no dia anterior.

    - Afinal, porque você não gosta de mim? Te fiz essa pergunta no Expresso e se serviu do aparecimento do fantasma para evitar responder. Qual seu problema comigo? Me explique, prometo tentar acompanhar, apesar de ser um pouco lenta - ironizou, revirando os olhos.

Last edited by Bea on 19/01/08, 22:14, edited 1 time in total.
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    Pousou sua xícara de café sobre a bagunça de papéis de Beatrice, contendo um comentário a respeito de alguém dar a dica aos alunos a respeito do que ocorrera com suas assinaturas e também uma ligeira correção a respeito da forma como feitiços de compromissos escritos funcionavam: Não era tão prático assim a ponto de se poder alterar a redação do acordo e assim alterarem-se os termos; o feitiço só valeria da forma como estava escrito ao que os alunos assinaram.

    Bebericou mais um bocado de seu café enquanto a outra guardava o pergaminho, a acompanhando com o olhar. Tornou a pousar a xícara sobre um pergaminho aleatório ao que a bruxa se sentou, decidindo parar de comer as bolachas no instante em que lhe foram oferecidas.

    Após ter visto a notícia, não estava mais tão interessada quanto antes a respeito do que ela informava, e Beatrice não ligar e sequer tentar se explicar só contribuiu para terminar de minar seu interesse. Não entendia como o moralíssimo – ou quase isso – Fled a contratara, claro, mas sua curiosidade a respeito dos feitos passados de Wendelin se limitavam a isso.

    A pergunta que a outra fez a seguir despertou seu interesse, porém. A aparição de Polkis Winfy já a havia feito quase esquecer o assunto, e mesmo que não tivesse Raven jamais imaginaria que a outra teria a infeliz idéia de insistir na pergunta. Cruzou as pernas, apanhando sua xícara enquanto respon
    dia sem muito interesse:

    - Não confio em sua capacidade nem em você, começamos com o pé esquerdo, você é pirralha e lerda demais para estar nesta escola – e o seria mesmo como aluna – e é um tanto quanto estranha. No mais, não preciso de razões para não gostar das pessoas, e sim para o contrário... Devo considerar essa pergunta idiota como um pedido de trégua?
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    - Não confio em sua capacidade nem em você, começamos com o pé esquerdo, você é pirralha e lerda demais para estar nesta escola – e o seria mesmo como aluna – e é um tanto quanto estranha. No mais, não preciso de razões para não gostar das pessoas, e sim para o contrário... Devo considerar essa pergunta idiota como um pedido de trégua?

    Era preciso ter paciência. Quando Beatrice começava a pensar que a outra não era tão ruim como pensava, Raven se mostrava ainda pior do que antes. O que ela queria afinal? A tirar do sério? A sua implicância consigo começava a se tornar irritante, principalmente por não ter qualquer fundamento. Bufou irritada. Segurou a xícara ainda quente nas suas mãos lamentando não ter mais café para beber. Pelo menos teria algo para se ocupar enquanto pensava na resposta adequada para Raven.

    Suas mãos tremiam. De raiva? Irritação? Frustração por a outra a achar uma idiota? Desde quando se importava? Num ato impulsivo, jogou a xicara contra a parede, a desfazendo em mil pedaços. Se levantou e pousou as mãos sobre a escrivaninha, se inclinando sobre Raven. Seus olhos, com uma cor indefinida que odiava, entre o azul e o verde, faiscaram de raiva.


    - Não sei se está se recordando, mas ainda está na minha sala, portanto exijo o mínimo de respeito. De qualquer modo, não pedi sua aprovação no que diz respeito à minha pessoa. Apenas estava tentando entender de onde emana toda essa arrogância. Considere como um sugestão de tréguas se quiser, estou pouco me importando. Simplesmente acho que você teria mais a lucrar me tendo como.. Aliada do que como inimiga. Mas parece-me que me considera demasiado... Lerda para ter essa honra.

    Lançou um último olhar de desprezo para Raven e lhe virou costas, voltando a entrar em seus aposentos privados. Acabara de ter uma ideia. Pegou o pequeno baú onde guardara o pergaminho. De volta à sala, lhe lançou um feitiço de proteção para que, se alguém abrisse o baú, o pergaminho surgisse imediatamente em suas mãos. Para terminar, o reduziu de modo a caber na palma de sua mão. Revirou sua mesa à procura de um pergaminho em branco. Calmamente, escreveu uma curta carta dirigida a Alexander. Não gostava de enviar cartas a seu irmão. Era sempre um pouco arriscado, tanto para ele como para ela. Teve o cuidado de não assinar a carta. Seu irmão conhecia sua caligrafia melhor do que ninguém. Voltou a focar sua atenção em Raven, falando com causalidade:

    - Preciso enviar isso - mostrou o baú - até Itália. Alguém de confiança protegerá esse pergaminho melhor do que se ele ficar aqui. No entanto, não tenho coruja, são animais traiçoeiros. Logicamente, também não confio nas corujas da escola. Você não tem nenhuma ave de confiança, de preferência que seja discreta?

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    Encolheu-se contra a cadeira instintivamente ao que Beatrice atirou a chávena contra parede, olhando para trás quando ela se despedaçou e dando de cara com uma furiosa Wendelin ao tornar a virar-se para a frente. Reprimiu qualquer piadinha a respeito, não que estivesse intimidada – nem de longe – mas depois do showzinho com a xícara não duvidava nem um pouco que a outra lhe daria um murro se o fizesse. E se isso acontecesse, teria de puxar a varinha: E mesmo não se importando em duelar, não era como se fazê-lo fosse algo que Raven adorasse.

    A bruxa parecia realmente nervosa, de forma que sequer a contestou em meio a sua fala, esperando que a finalizasse. Porém, logo que acabou de falar a outra lhe deu as costas e voltou para seus aposentos particulares. Sequer considerou segui-la: sabia que ela voltaria em breve. Não deixaria a conversa morrer naquele ponto. Apanhou mais uma bolacha, a mordendo e terminando os últimos goles de seu café. Pensou em perguntar por quê café e não chá, mas já identificara que a outra já estava naquele limite em que qualquer coisa que fosse dizer, se não agradável, deveria ser no mínimo dita a sério.

    Cruzou os braços logo após a cadeira a sua frente tornar a ser ocupada, olhando para a parede às costas de Beatrice como se ela fosse infinitamente interessante até que a bruxa terminasse de escrever. Ficou surpresa quando ela mostrou o baú, questionando Raven quanto a ela ter alguma ave de confiança que pudesse fazer o transporte daquilo até a Itália. Se pôs de pé, dando a volta e parando ao lado da bruxa. Com uma das mãos apoiadas na mesa, apanhou o baú, ignorando qualquer protesto da outra e o observando com atenção. Sem desviar os olhos, falou:


    - Mesmo que eu tenha alguma, como sabe que não ordenarei que retorne e me entregue o conteúdo disso no instante em que me for mais apropriado?

    Deu de ombros, devolvendo o objeto à bruxa e andando até a porta. Apoiando as duas mãos na maçaneta às suas costas, encarou Beatrice de uma forma um pouco mais amena do que havia feito até então.

    - Por acaso, eu devo ter uma ave sim. E não é uma coruja, se isso a deixa mais feliz. Só não tenho como ter certeza se ele está ou não em meus aposentos... É confiável uma vez que tem uma encomenda para entregar, mas não é a mais constante das criaturas, e costuma fazer só escala em seu poleiro... Enfim, ela fará corretamente o serviço: Especialmente se o destinatário for alguém que não deveria estar se correspondendo com você... Você vem?

    Deu as costas a ela, destrancando a porta com um toque da varinha e a abrindo. Em meio ao ato de atravessá-la, se deteve.

    - E da próxima vez que não quiser ser desrespeitada, não me peça a verdade quanto ao que penso a seu respeito. Foi só o que eu disse.

    Sem aguardar por mais uma palavra de Beatrice, saiu em direção às escadas para o próximo andar.

    Off: Meus aposentos \o
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Narração
Fala do Personagem
Pensamento do Personagem
Fala e Pensamento de Outros Personagens

Off ~
  • O corredor para acesso à sala da professora de transfiguração Beatrice Wendelin era mesmo muito complicado; mas Fidelis tinha suas artimanhas para se locomover pelo castelo. Artimanhas essas ensinadas pelos seus pais aurores e praticada com seus amigos Marotos.
    Num passo apressado ele chegou até a porta que não havia nada para identificação, porém estava meio que recostada. E abrindo-a olhou para a professora no centro da sala e disse:

    - Com licença professora Bea. Posso entrar? Encontrei-me com a professora Raven no caminho e ela me disse que você se encontrava aqui, porém não me falou com gosto, senti isso em sua voz.

    E olhou furtivamente para a professora esperando que essa lhe desse permissão de entrada.
Off ~ Tô esperando permissão prá entrar! :D
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PENSE NISSO! (R)
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    Depois de abandonar a sala de Raven, voltou a seus aposentos procurando um pouco de tranquilidade depois de toda a confusão envolvendo Laine. Se recostou na sua cadeira, fitando o teto. Os fragmentos que sobravam da xícara que quebrara ainda estavam jogados num canto da sala, mas a professora não fez qualquer gesto com a varinha para reparar o estrago. De fato, a xícara quebrada era a última coisa que ocupava seus pensamentos naquele momento. Revivia, em seus pensamentos, todo o sucedido na sala da mestre de DCAT e havia coisas que ainda não tinha conseguido entender. Como Laine ficara sabendo do pergaminho enfeitiçado? Sim, porque mesmo que a bruxa não soubesse exatamente o que inclua aquele pergaminho, ela suspeitava de algo. No entanto, não fazia qualquer sentido. Ninguém tinha ouvido sua conversa com Raven, ela certificara-se disso, colocando a porta imperturbável. E os 3 alunos estavam plenamente convencidos de que ela era um doce de pessoa... Estava esquecendo algum detalhe. Mas qual?

    Seus pensamentos foram subitamente interrompidos pela chegada de um aluno.


    - Com licença professora Bea. Posso entrar? Encontrei-me com a professora Raven no caminho e ela me disse que você se encontrava aqui, porém não me falou com gosto, senti isso em sua voz.

    Arqueou uma sobrancelha, surpresa. O aluno não batera à porta ou ela simplesmente não escutara. Assentiu para o garoto, lhe dando autorização para entrar, enquanto se endireitava na cadeira.

    - Entre, se sente... - indicou a cadeira na frente da escrivaninha - Então, meu jovem, precisa de algo? O que o traz à minha sala?

    Sorriu para o garoto sentado à sua frente, esperando uma resposta.
.: B de Bea B de Bolacha :.

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Re: Aposentos da Profª de Transfiguração - Beatrice Wendelin

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    A distância entre a sala do diretor e sua própria sala foi percorrida rapidamente. Os acontecimentos da última noite tinham sido demasiado surreais. Quando se tornou professora de Transfiguração, Beatrice esperava tudo, menos ter que lidar com alunos mortos. Mesmo que esses alunos fossem insuportáveis, encrenqueiros e arrogantes como Ary Riddle. Não gostava particularmente da aluna mas não conseguia deixar de se sentir chocada, revoltada com a morte daquela criança, de certo modo, inocente. Sua cabeça doía. Tudo o que precisava era ficar um pouco sozinha, no conforto de sua sala. Não queria pensar como o resto do corpo docente iria reagir quando soubessem da morte da aluna.

    Vou ser a suspeita principal da Laine assim que ela souber que fui eu que encontrei Ary. Ou melhor, suspeitará de Raven e de mim como cumplice.

    Entrou na sua sala e trancou a porta, sentindo-se aliviada por poder, finalmente, estar sozinha. Despiu sua capa, a largando sem cuidado sobre o sofá. De seguida, se sentou na frente de sua escrivaninha e revirou alguns pergaminhos, como se procura-se algo. Na verdade, apenas queria manter sua mente ocupada, longe do rosto delicado de Ary e seu sorriso arrogante. Seus olhos se fixaram na redação que segurava na mão direita. Leu a primeira frase uma vez. Duas. Três. Inútil. Seu cérebro estava excessivamente ocupado para prestar atenção numa insignificante redação. Fez uma bola com o pergaminho e a jogou para longe, irritada consigo própria. Porque estava tão perturbada afinal? Era apenas uma garota - bastante idiota, na verdade. Qualquer pessoa minimamente humana ficaria chocada com a morte da aluna, mas ao ponto de ficar pensando no ocorrido durante horas? Olhou para as bolachinhas na caixa ligeiramente aberta. O simples pensamento de comer uma a deixou enjoada. Fechou a caixa de bolachas e se levantou de sua mesa. Se sentia cansada e deveria tentar dormir. Depois de algumas horas de sono, certamente se sentiria mais tranquila.

    Se dirigiu aos seus aposentos realmente privados. Sua gata, Lilica, estava largada sobre uma poltrona, dormindo profundamente. Ergueu uma sobrancelha mas não a expulsou, como geralmente fazia. Ignorou-a, demasiado cansada para se incomodar com um detalhe insignificante como aquele. Trocou de roupa rapidamente e fechou a janela que deixava entrar um frio desagradável. Uma coberta colorida foi retirada do armário e largada na sua cama de casal que parecia estranhamente convidativa. Há quanto tempo não dormia de verdade ali? Geralmente, se limitava a ficar se mexendo na cama, tentando vencer as insônias até desistir e ir ler algum livro entediante, deitada no sofá de sua sala. Era lá que sempre acabava adormecendo.

    Quando finalmente se deitou, sua cama estava tão agradavelmente quente que depressa adormeceu. Não foi um sono tranquilo como desejara. Teve um sonho estranho onde várias pessoas e momentos da sua vida se entrelaçavam, numa mistura sem sentido. Seu pai. Alguns colegas de sua escola. Ela própria, mas mais jovem. Acordou, um pouco sobressaltada pelo sonho, mas voltou a adormecer. O seu passado não a voltou a incomodar.


.: B de Bea B de Bolacha :.

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Re: Aposentos da Profª de Transfiguração - Beatrice Wendelin

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_†_
Bolachas e rabanetes *-*
_†_

  • Só tendo que descer um andar para alcançar os aposentos da professora de Transfiguração, Raven logo se viu diante da escura porta de madeira que levava àquela sala cheia de bolachinhas divinas. Sacou a varinha rapidamente, não tendo nem de longe a dificuldade esperada para fazer a porta se destrancar com um clique baixinho. Já tendo desistido da teoria de que a professora era uma completa incompetente após seus breves momentos de rabanete, sorriu ao pensar quão distraída a bruxa deveria estar quando entrara.

    Só se deteve na escrivaninha da bruxa por alguns instantes para apanhar uma bolacha, a segurando entre os lábios enquanto apanhava mais uma para em seguida segurá-la decentemente para comer. Não havia sinal de Beatrice por ali... Deveria esperar ou procurá-la pelo castelo?

    Já pensava em se retirar quando notou o acesso à parte mais restrita dos aposentos da bruxa, e logo passou pela gata que dormia em uma pose meio estranha sobre a poltrona. Passou direto pelo primeiro animal, logo localizando o outro sobre a cama. Beatrice dormia tão bonitinho... Parecia a mais inocente das criaturas, ali adormecida. Era engraçado.

    Sentou-se na beira da cama, a sacudindo de leve pelo ombro enquanto chamava seu nome por vários minutos, até que por fim se rendeu ante o sono pesado da outra. Pensou por um instante em deitar ali e dormir enquanto a esperava, apenas para rir quando o grito da outra quando apercebesse a acordasse já de bom humor, mas logo lembrou-se da gata.

    Acordou o animal com enorme facilidade, e logo a carregava – sob protestos da pobre – até a cama. Sem a menor cerimônia, a lançou sobre o rosto de Beatrice, cruzando os braços enquanto aguardava o resultado.


    - Quero só ver não acordar agora...
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Re: Aposentos da Profª de Transfiguração - Beatrice Wendelin

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  • Narração
    Fala
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    Talvez devido à acumulação de cansaço depois de várias noites sem dormir direito, Beatrice mergulhou num sono pesado, tornando quase heróica a tarefa de a acordar. Dormia tranquila como uma criança, os cabelos castanho-claro espalhados pela cama e abraçando um dos travesseiros que enchiam sua cama. Seu sonho foi perturbado por algo que lhe tocava no ombro, a sacudindo. Não foi o suficiente para a despertar e a jovem limitou-se a balbuciar palavras sem sentido. Mas aquilo que a queria acordar era persistente. Algo peludo - e com garras afiadas - foi jogado no seu rosto, fazendo-a acordar sobressaltada e proferir um sem fim de pragas e palavrões. Se sentou na sua cama, ofegante. Seu pescoço ardia. Tocou com cuidado na zona machucada e pôde ver que seus dedos ficaram ligeiramente manchados de sangue. Olhou em volta furiosa, pronta para matar a gata que só podia ter enlouquecido. Qual não foi seu espanto seu olhar esbarrou no da vice-diretora de Hogwarts, parada diante de si com os braços cruzados. Raven parecia estar achando toda aquela situação extremamente divertida. Estreitou os olhos furiosa e se levantou da cama o mais depressa que conseguiu. Procurou rapidamente a varinha. Onde a deixara?

    Oh, que se dane a varinha, a matarei com minhas próprias mãos mesmo.

    Antes da outra ter tempo de reagir, a puxou por um braço a empurrando contra o armário. Suas mãos pousaram nos ombros de Raven e a sacudiu com violência:

    - Qual o seu problema, maldita!? Está querendo o quê? Virou presidente do clube "Nós queremos importunar Beatrice"? Eu realmente pensei que tínhamos concordado numa trégua

    Com um último empurrão contra o armário, Beatrice a soltou e recuou dois passos. Respirou fundo, tentando se acalmar e recuperar o bom senso. Determinada a ignorar a bruxa por um bom tempo, foi até ao banheiro. Quando voltou vestia um robe branco sobre a camisola. Olhou Raven da cabeça aos pés, como se estivesse a conferir se professora de DCAT continuava mesmo no seu quarto, esperando só Merlin sabe o quê. Virando-lhe costas, vasculhou uma gaveta até encontrar um pequeno frasco de poção. Aplicou algumas gotas sobre o seu pescoço e, após um toque da varinha - que achou caída no chão - o machucado estava desinfetado e disfarçado com um pequeno feitiço. Sorriu levemente, satisfeita com o resultado. Tendo Lilica em sua vida há mais de 7 anos, já dominava simples feitiços para pequenos ferimentos.

    Já mais calma, voltou a se sentar na sua cama. Encarou Raven com uma sobrancelha levemente erguida como se esperasse algo.


    - Você vai mesmo ficar ai parada? Se sente. Imagino que não tenha tido a decência de trazer o café da manhã, mas acho que sobrou alguma comida desde a última vez que um elfo passou por aqui. Eles parecem achar que preciso do triplo de comida do que realmente como.

    Falou num tom casual, como se minutos antes não tivesse empurrado a bruxa contra seu armário, com uma vontade enorme de a matar. Sem reparar se Raven tinha realmente se sentado ou não, moveu sua varinha e fez surgir uma bandeja com uma pequena variedade de alimentos. Bolachinhas, suco de abóbora, pequenos bolos, torradas e, para terminar, cerca de quatro rabanetes. Deu um sorriso irônico para a outra, enquanto pegava um rabanete e dava uma pequena mordida. Sabia que Raven era suficientemente inteligente para perceber que os rabanetes não tinham surgido ali por acaso.

    - É servida? - perguntou com uma expressão inocente - Aproveite e me conte qual o motivo de sua agradável visita.
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Re: Aposentos da Profª de Transfiguração - Beatrice Wendelin

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_†_
Sweet child o’mine
_†_

  • Inclinou-se para a frente à fim de observar melhor enquanto Lilica fazia seu trabalho, apenas enrugando a testa por um instante quando supôs ter visto um nadinha de sangue. Só esperava que Beatrice não fosse fresca e fosse fazer um escândalo por aquilo – guardando o escândalo só para a forma carinhosa como era acordada. Não resistiu a abrir um sorriso quando a bruxa se sentou na cama, ofegando e tentando se livrar da gata. Logo identificou que o sangue vinha do pescoço da bruxa, mas sequer chegou a se preocupar quanto a ser ou não grave: Se fosse, Beatrice certamente já estaria dando um chilique maior.

    Antes que pudesse reagir, toda a alegria da colega com sua surpresa matinal foi demonstrada, e logo se viu jogada contra um armário e sacudida por uma bruxa de camisola. Pensava que deveria ser extremamente agradável lançá-la contra coisas, considerando-se a freqüência com que as outras professoras do castelo o faziam. Tinha de se lembrar de experimentar algum dia.

    Não conseguiu conter o riso ao escutar as palavras da mulher, apenas a acompanhando com os olhos enquanto Beatrice se afastava, enquanto levava uma mão ao braço que fora puxado. Será que a outra sabia que não era nem um pouco agradável ser puxada e empurrada para lá e para cá? Permaneceu de pé, ainda com os braços cruzados, enquanto a outra ia ao banheiro, voltando pouco tempo depois vestindo um robe branco.

    Acenou cinicamente enquanto a bruxa a observava, mantendo os olhos sobre esta enquanto uma poção era manuseada e logo a varinha mascarava o arranhão que o surto de Lilica causara. Deu de ombros quando a bruxa perguntou se não levara café da manhã, apenas mostrando as duas palmas vazias como se para mostrar que não levava nada consigo. Seguiu prontamente, porém, a instrução de se sentar, tirando os sapatos e cruzando as pernas sobre a cama. Chamou Lilica para seu colo enquanto Beatrice arrumava o café, se surpreendendo quando a gata se enroscou preguiçosamente em seu colo.

    Estreitou os olhos para a outra quando a viu conjurar rabanetes e logo apanhar um, sorrindo também enquanto levava uma bolachinha à boca logo que a outra ofereceu.


    - Estava com saudades.

    Respondeu casualmente, sorrindo com falsa amabilidade enquanto se servia de um pouco de suco. Bebeu alguns goles antes de baixar o copo.

    - E além disso, preciso do meu corvo de volta para mandar um bilhetinho, e parece que a carta que te deixei mandar evaporou o infeliz. Teve notícias dele, querida?

    Deu de ombros, deixando o assunto meio de lado enquanto apanhava um rabanete e o olhava fixamente contra a luz, como se esperasse ver através dele.

    - Espero que estes não sejam pessoas transfiguradas.

    Comentou, dando logo uma mordida.

    - Embora eu creia que não me importaria se fosse algum daqueles alunos infelizes. E falando em alunos infelizes...

    Se concentrou no suco por alguns instantes, ainda em dúvida se perguntaria aquilo a ela.

    - Enfim, creio que a única pessoa que poderia dar uma opinião baseada em qualquer experiência dentro deste castelo esteja ocupada demais me odiando, de forma que tenho que recorrer a uma pirralha como você... Será que criar uma menina é tão desgastante quanto dizem que é, Wendy?

    Sorriu ligeiramente, como se a idéia lhe parecesse mais ridícula do que deveria, enquanto apanhava outra bolacha.

    - Digo... O que acharia de eu adotar uma garota? E, só para constar... Não estou falando de você ¬¬’
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