Dedosdemel

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Bia Oninawa
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Re: Dedosdemel

Post by Bia Oninawa »

-Esta desculpada! Tome acho que estes óculos são seus.

-Uoooooou, muito obrigada moça! - Bia se apressou em colocar os óculos de volta, seu mundo tamava foco novamente, ela olhou em volta. Apesar de velhos, - e covenhamos, todo mundo parece velho pra alguem de 11 anos - aquelas pessoas pareciam ser realmente muito pacientes, afinal, ela tinha acabado de passar pela vitrine da loja e estragar uma conversa que, definitivamente parecia muito séria.

No canto, viu uma das mulheres segurando um vidrinho com uma estranha fumaça roxa dentro.

-Isso é magia negra? - A menina virou o pescoço de lado e apertou os olhos para ver melhor, e logo se arrependeu que tivesse falado aquilo em voz alta. Nenhum primerista saberia isso. Ela reprimiu uma careta.

Eu e minha boca grande!

Passara tempo demais na biblioteca de seu pai quando mais nova, ela e sua melhor amiga de infância, Tandy, se entretinham enquanto os pais saiam a trabalho. Espertas e sempre atrás de conhecimentos novos, as duas liam livros que não deviam e faziam coisas impróprias para a idade das duas. Seu pai tinha lhe advertido para que disfarçase isso e fingese não saber muito mais do que os outros alunos para não se meter em confusão ou ter que dar satisfação sobre o assunto, e pra variar o velho devia estar certo, aquele parece o tipo de confusão que seu pai não ia querer ela metida.

De qualquer maneira, o suas palvras já estavam no ar, poderia ser expulsa, acusada de estar metida na confusão, ou simplesmente saciar sua curiosidade. Ela sorriu maroto e passou os dedos pelos cabelos, como fazia sempre que se via encrencada.
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Sheu
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Re: Dedosdemel

Post by Sheu »

O badalar do sino na entrada da loja denunciou logo a chegada de alguém. Não precisou virar-se para saber que se tratava do então Professor de DCAT, Ariel Ruthven. O arrastar de seus passos, o farfalhar de sua capa e a energia de sua aura o denunciavam. Virou-se, no entanto, curiosa pela pessoa que parecia estar com ele. Supôs que se tratava da outrora embriagada Profª Crawfort, o que logo pôde confirmar. Zaphyra estava interessada por que tipo de relação teria o Sr Ruthven com aquela desavisada jovem.

“Recebi o patrono e vim assim que pude. Apesar de ter fortes anseios para que não o fizesse. Se me permitem... Qual é mesmo o chamado?”

Zaphyra apenas encarou o homem diante de si, sem externar seus sentimentos. Seu sarcasmo não a atingiria tão facilmente assim. Era necessário mais do que isso para tirá-la do sério. O professor então lhe fez um floreio exagerado, tão falso quanto sua máscara de professor dedicado. Certamente, já havia notado que aquilo a incomodava, mas, ainda assim, não a tirava do sério. Seria preciso muito mais.

Repetiu mecanicamente ao que acontecia, enquanto observava o professor averiguar, com muita pompa e pouca objetividade, o ambiente. Ele vestia muito bem aquele personagem: o professor misterioso, intimidador e conhecedor das artes das trevas. Zaphyra queria saber até onde aquele rebuscado e exagerado floreio iria.

“Bastante pertinente. Vejo que, seja lá quem for o nosso sequestrador, seus domínios sobre as Artes das Trevas são, sem maiores dúvidas, ligeiramente razoáveis.”

Ligeiramente razoáveis? pensou Zaphyra, enquanto uma de suas sobrancelhas se erguia, em um fração de segundo. O que está pretendendo subestimando o inimigo desta forma, Sr Ruthven?

O homem diante de si agora murmurava palavras de natureza mágica e Zaphyra fingiu interesse, igualando-se a todos naquela sala. Havia muito floreio e pouca objetividade nas ações do professor. Uma fuligem negra se espalhou pelo cômodo e Zaphyra evitou que ela encostasse em suas vestes com um balançar de varinha.

“Não se preocupem com isso. Pode causar uma leve perturbação em seus pulmões, a princípio, mas não passa de um efeito colateral do desarme dessa magia.”

O sorriso de desdém e sarcasmo do Sr Ruthven era nítido e parecia não querer esconder isso de seus colegas docentes. A neblina negra poderia ter sido muito bem evitada, mas ao outro agradava causar um mal estar entre os presentes. O que ele ganharia com isso, Zaphyra não saberia dizer, ainda. Conjurou um pequeno frasco de onde fez brotar aguardente. Bebeu-a discretamente e depois colocou uma bala de menta na boca. Interessante, pois aquilo lhe lembrava o Diretor.

“O que nos interessa aqui, senhores, é que isto se trata de um feitiço de confusão, adaptado com proteções de magia obscura. Mas é ainda mais relevante reiterar que tudo isso foi projetado para que fosse acionado a distância. Ou seja, nossa lista de suspeitos rende-se, agora, ao zero.”

“Zero. E mais essa, não é? Acredito que concordamos que é hora de voltarmos ao Castelo. Arrebanhemos os alunos todos. Não podemos deixar ninguém fora de nossas vistas. O lugar já foi sinalizado ao ministério, obviamente... E penso que seria mais confortável receber a Ministra em meu escritório, Zaphyra.”

A Professora de Poções apenas aquiesceu, embora o tom descuidado na voz do Sr Skuli tenha lhe incomodado. Não gostava do jeito como ele estava lidando com tudo aquilo. Talvez, tenha finalmente chegado a hora de Hogwarts ter um novo diretor ou diretora. De fato, seria deveras interessante para os seus planos...

- Temos que procurar...

Começou a vice diretora, mas foi interrompida pelo barulho de vitrine se quebrando: uma aluna estava no chão da Dedos de Mel. Zahpyra a encarou com desgosto e desaprovação, enquanto os outros docentes a ajudavam. Ela merecia uma detenção, uma vez que o local estava fechado para investigações. Contudo, dada a presença da vice diretora, aquilo não lhe dizia mais respeito.

Antes que algo mais pudesse ser feito, uma luz ofuscante revelou um dragão dourado no meio da loja. O patrono do Sr Umeda agora revelava que a criança desaparecida foi encontrada pelo mesmo. Aquilo era suspeito, certamente. Fez uma mesura para os colegas e prosseguiu, ignorando a estudante presente.

- Agora que a criança Sigrid foi encontrada e está em segurança, creio que devemos nos preocupar em levar o restante dos estudantes de volta para Hogwarts. Já está anoitecendo. Se me permitem, devo me retirar e convidar a Ministra da Magia até o Castelo.

Ultrapassou os colegas, fazendo breve reverência, parando apenas onde o Sr Ruthven se encontrava, para lhe dirigir a palavra em particular.

- Sr Ruthven, seria uma satisfação recebê-lo para um chá em meus aposentos. Creio que seria de seu interesse discutir o acontecido desta tarde.

Com meias palavras e permitindo diversas interpretações, retirou-se do local. Não tinha dúvidas de que o outro saberia do que se tratava.

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Re: Dedosdemel

Post by Pri WP »

  • -Uoooooou, muito obrigada moça! -Isso é magia negra? Não acreditou na levianidade da pequena aluna em entrar no meio da loja e falar tanto em tão pouco tempo. Pensou seriamente em aplicar um feitiço para apagar a memoria da criança quando um lindo dragão patrono apareceu ao seu lado, informando que a Srta. Singrid havia sido encontrada por Hokuto.

    Olhou a professora de poções se apressar para acompanhar a ministra até Hogwarts, achou aquilo estranho afinal estavam ali o diretor e a vice-diretora da escola. Havia algo que Zaphyra poderia querer da ministra?

    Bem, pelo visto não somos mais necessários aqui. Sugiro que todos nós acompanhemos os alunos até a escola. Srta Oninawa. Disse apontando a saida da loja para a aluna, teve a sensação de que os professores vinham logo atrás, seus pensamentos estavam pertubados, precisava ir para seus aposentos e dormir bem, mas pelo vistos os aconteciementos não deixariam que esta noite terminasse logo.
~ Post descoisado para coisar...
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Bia Oninawa
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Re: Dedosdemel

Post by Bia Oninawa »

Bem, pelo visto não somos mais necessários aqui. Sugiro que todos nós acompanhemos os alunos até a escola. Srta Oninawa. - Uma das professoras disse apontando a saida da loja.

-Ah, Tá! - Bia se apressou em sair, já tinha abusado da paciência daquelas pessoas. - Desculpe o incomodo, professores! - Fez uma pequena mesura.

Não pretendia seguir junto com os eles de volta pra escola, iria passar na ala hospitalar e fechar aqueles cortes irritantes que começavam a arder e iria procurar saber melhor sobre essa historia por conta própria. E covenhamos, não existe lugar melhor pra se conseguir informações do que nos corredores de Hogwarts.

Abriu um sorrisinho maroto e apressou o passo rumo a escola.


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Off: Fui pra alaaaa \o/
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