Aposentos do Prof. de Astronomia - David Bergerson

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Aposentos do Prof. de Astronomia - David Bergerson

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Professor Vigente: David Bergerson



A sala do professor de Astronomia fica localizada próxima à Biblioteca (o que pode ser bem estratégico - ou não!). Na porta de madeira de cedro envelhecida (mas muito bem conservada), há uma pequena placa de metal com a inscrição:

DAVID BERGERSON - Professor de Astronomia

Seja bem-vindo

Logo que se entra na sala, pode-se deparar com um enorme quadro, que ocupa praticamente todo o espaço da parede que fica de frente para a porta. No quadro, uma gravura mostrando o céu noturno, azul-marinho, e todas as constelações do hemisfério boreal. Pendendo do teto, móbiles de planetas e sistemas solares. Nas outras paredes, quadros menores com ilustrações de astrônomos antigos.

No canto da sala, perto da janela, a mesa do professor, razoavelmente organizada, com um pequeno tinteiro dourado e folhas de pergaminho sobre ela; atrás da mesa uma estante com livros, e em frente três confortáveis cadeiras de couro para eventuais visitantes. A janela ao lado, enorme, coberta por uma cortina azul-marinho, mostra uma bela vista do lago e dos jardins. Perto dela também, uma luneta prateada para observar o céu nas noites limpas, algo que o professor adora fazer, nas suas horas "livres".

Ao fundo, há uma porta - geralmente fechada - que dá acesso aos aposentos "restritos" do professor, cujas paredes são todas em azul-marinho, fazendo com que mesmo durante o dia, se fechadas as cortinas, o ambiente mantenha uma "atmosfera" noturna. Ali, além da cama razoavelmente confortável de madeira, há um pequeno armário, também de madeira, onde o professor guarda, além de seus pertences, alguns objetos que ele não gostaria que fossem encontrados, muito menos por alunos...
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David Bergerson
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Re: Aposentos do Prof. de Astronomia - David Bergerson

Post by David Bergerson »

Exausto. Não havia palavra melhor para descrevê-lo naquele momento. Contudo, todo o cansaço que sentia agora se devia a uma "boa" razão. Aulas. No entanto, não podia dizer que não havia gostado daquilo; muito pelo contrário. Embora ainda no "começo", estava extremamente satisfeito com a nova experiência. Sempre pensara em tornar-se professor em Hogwarts, desde o primeiro ano na escola. Nem mesmo os eventos catastróficos ocorridos em seu sexto ano fizeram com que ele perdesse a vontade, embora o tivessem feito acreditar que o sonho jamais se realizaria. Bem, se realizaram. E agora ali estava ele. Mais do que satisfeito.

Ainda com a mesma roupa que acabara de sair da aula, praticamente jogou-se na cama, achando-a, por motivos óbvios, muito mais confortável que nas outras poucas vezes em que se deitara ali. Suspirou profundamente, quase pegando no sono instantaneamente. Quase. O clima estava bastante quente; a noite era típica de verão, mas, digamos, atípica da costumeiramente cinzenta Inglaterra. O calor serviu como "retardante" ao sono de David, que com isso acabou se lembrando de algo que ainda precisava fazer antes de dormir - na verdade, de duas coisas.

Um tanto a contragosto, levantou-se da cama macia, com os olhos semicerrados. Esfregou a mão direita na testa suada, logo notando que um banho seria ainda a terceira coisa que precisava fazer antes de se deitar. Caminhou lentamente até um dos cantos do quarto, à esquerda do armário de madeira e ao lado da janela. Ali, num poleiro improvisado, estava o amigo solitário - Glas. Sorriu, certo de que o papagaio-cinzento não só entenderia como também o retribuiria. E não lhe era nada espantoso que o bicho automaticamente saltasse do poleiro para sua mão direita assim que ele se aproximava. Tomou a ave, afagando-lhe carinhosamente a cabeça com a outra mão. Sentia-se bem em rever o amigo.


- Como foi o dia, amigão? Tudo em ordem?

Colocou Glas novamente no poleiro, e então tomou uma pequena porção de sementes de girassol de uma embalagem dentro do armário e a depositou num potinho colocado à beira da janela, perto do poleiro. Certificou-se de que ainda havia água limpa o suficiente num outro bem ao lado. Voltou-se novamente para o papagaio, dando-lhe uma das sementes no próprio bico, a qual a ave pôs-se a devorar imediatamente. Aproximou-se da janela, pondo metade do corpo para fora da mesma. A noite estava mesmo perfeita, apesar do calor. A multidão de estrelas brilhava ao lado da lua no céu noturno. O silêncio... De fato, todo o ambiente o convidava a uma demorada observação celeste com a luneta. Não, já era tarde; precisava apenas descansar para estar disposto no dia seguinte. Tinha de se controlar se não quisesse acabar com sua saúde...

Tomou um banho rápido, apenas para se limpar, logo voltando a se "esparramar" na macia e confortável cama. Não, não podia dormir antes de conferir se estava tudo em ordem ali. Levantou-se novamente, não menos animado que da outra vez. Foi até o armário, abrindo-o, e então retirou uma placa de madeira que supostamente seria o fundo do móvel. Tomou a varinha, que estava ainda no bolso da capa que agora jazia no cabide ao lado da cama; sacodiu-a diante do buraco deixado pelo falso fundo, vendo surgir aos poucos a figura do precioso objeto que guardava ali. Sorriu.

Não resistiu, como sempre. Retirou o objeto do esconderijo improvisado e, sentando-se na cama, pôs-se a admirá-lo. O grande escudo de prata cravejado de safiras, relíquia de família, fazia seus olhos brilharem. As circunstâncias nas quais ele conseguira se apossar do mesmo não lhe eram muito agradáveis de trazer à memória; no entanto, jurou a si mesmo que jamais o perderia. Na verdade, mais que isso. Jurou que encontraria as demais peças, onde quer que estivessem, com quem quer que fosse. E por que tinha a leve e estranha sensação de que estava bem perto de ao menos mais uma delas? Se suas impressões estivessem novamente corretas... No entanto, sabia que, ao menos a princípio, tinha algo a mais com que se preocupar. No caso, duas pessoas. Precisava livrar-se deles antes que tivesse problemas mais sérios. E, aí sim, estaria livre para encontrar o que procurava. Se é que realmente estava ali...
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