Aposentos do Prof. de TCM - Sophie Crawfort

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Aposentos do Prof. de TCM - Sophie Crawfort

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Professor Vigente: Sophie Carolline Steffano Crawfort

Passando pela grande porta de carvalho, se encontra os aposentos da Professora de Trato de Criaturas Mágicas, Sophie Crawfort.

Uma sala ampla bem organizada com grandes estantes cobertas por livros e pergaminhos de todo o tipos logo é visto ao entrar no local. Sua mesa quase no meio da sala, coberta por livros empilhados e um porta penas, no qual há várias de diferentes cores e estilos. Logo ao lado da mesa há um grande poleiro no qual pertence a Sky, seu Falcão de estimação. O grande portal que dá acesso a varanda também chama atenção, pois é graças à ele que a impressão de estar em uma sala grande, sem contar na bela vista do lago e da Floresta proibida.
Ao lado esquerdo há outro portal, mas esse dando acesso à parte mais privada da sala, onde se encontra sua cama , o armário e um pequeno criado-mudo, onde se encontra uma esfera verde-esmeralda, responsável pela iluminação. Também há uma porta, que dá acesso ao banheiro.
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Rah ~
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Re: Aposentos do Prof. de TCM - Sophie Crawfort

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  • Mas do que agitado esta sendo aquele começo de ano letivo. Nunca poderia imaginar coisas como aquelas acontecendo. O que mais chocou Sophie, foi o fato do chapéu Seletor ter sido roubado. Ficou imaginando o que os alunos iriam achar da segurança depois daquilo tudo. A jovem professora após levar os alunos das casas Sonserina e Grifinória á seus devidos dormitórios, correu para o seu aposento, ainda tinha muita coisa a fazer, talvez mal sobraria tempo para dormir.

    Ao abrir a porta de seus aposentos, logo deparou-se com sua sala. Era um lugar iluminado pelas velas e a luz da Lua, que vinha de uma grande varanda. As paredes eram cobertas por prateleiras lotada de livros, pergaminhos entre outras coisas. Havia dois ambientes, o primeiro onde se encontrava a escrivaninha e outro onde havia uma cama muito bem arrumada. Entrou calmamente e começou a passar os olhos, na procura de algo.

    Quase esquecera como era aquela sala, parecia que havia ficada anos sem vir à Hogwarts. Era estranho voltar. Andou calmamente até chegar a varanda. De lá dava pra ter uma boa vista da cabana da Guarda-Caças, do lago, e da Floresta. Nunca falara direito com a ex-professora de transfiguração, era realmente uma pena. Sophie afastou o pensamento na ex-professora quando ouviu um piar vindo do céu escuro coberto por estrelas. Era Sky. Ela sorriu ao ver a ave voando calmamente pelo céu escuro. Percebendo a presença da dona, o falcão voou rapidamente em direção de Sophie, que esticou o braço para a ave pousar.


    - Você está agitado esses dias...


    Ela falava com um tom de voz meigo ao mesmo tempo que acariciava a cabeça da ave, que retribuía com um piar fraco. Quase esquecera do pergaminho que recebera de Sky naquela tarde, deveria responder Valério o mais rápido possível. Sophie caminhou para sua escrivaninha, enquanto Sky voava para um grande poleiro que havia quase ao lado da mesa. Não sabia o que responder ao homem, aquilo tudo era estranho demais, mas havia um pedido à que Sophie não poderia esquecer. Ela começou a escrever com uma pena vermelho sangue seu pedido um tanto anti-ético, mas necessários nas quais situações em que se encontrava Hogwarts.
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Katerina B.
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Re: Aposentos do Prof. de TCM - Sophie Crawfort

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    Bateu um par de vezes à porta da professora de TCM e com bastante vigor, que era como tinham lhe ensinado a fazer. Para demonstrar certeza, teria dito severamente seu pai, olhando para qualquer lugar, menos para ela. Mordeu o lábio inferior. Não queria pensar nele agora; haveria ainda muito tempo para que ela se confrontasse com seu passado.

    Com a força das batidas a porta entreabriu-se ainda mais, estendendo a singela fresta a uma generosa janela para o quarto privado. Seus olhos engoliram avidamente as estantes apinhadas de livros da francesa, bem como eram as suas, incapaz de esperar para fazê-lo quando fosse convidada a entrar, como ditava a boa educação.


    - Srta. Crawfort? - chamou-a, vendo-a concentrada em seu pergaminho.

    Naquelas condições, não sabia o que esperar de Sophie Crawfort. A mulher que antes se apresentava com altivez e discrição invejáveis, agora encurvada nalgum canto de seu covil, parecia tão...furtiva...

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Rah ~
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Re: Aposentos do Prof. de TCM - Sophie Crawfort

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  • Não havia ideias para escrever aquele pedido um tanto indiscreto, mal havia começado a escrever. No pergaminho só havia escrito “Caro Valério.” e nada mais além disso. Sophie queria disfarçar, caso alguém conseguisse pegar o pergaminho de Sky, algo que considerava impossível. Mesmo achando difícil alguém conseguir confundir Sky, nunca menosprezava seus adversários, até porque uma vez, quando era novata no Ministério, quase morrera por causa de descaso com outros bruxos. Agora ela era mais cuidadosa, apesar de confiar em suas capacidades.

    Ainda tentava escrever. Sky fazia um ruído quase inauditivo. Um ambiente silencioso que foi quebrado por batidas na porta, firmes e alta. Levantou o olhar e viu a professora de feitiços Katerina. Primeiramente sorriu e logo levantou. Não teve o trabalho de esconder o pergaminho, não sabia o porque, ia com a cara da professora, e Sophie confiava em seus instintos. Ao chegar perto da porta, abriu-a e estendeu a mão para que a professora entrasse.

    – Srta. Blazek! Entre, entre...- Ela tinha um sincero e gentil sorriso ostentado em sua face. - Alguma coisa errada?!

    Ela voltou para o centro da sala , e indicou com a cabeça uma cadeira que havia em frente á sua mesa. Esperou Katerina sentar para se acomodar na cadeira inicial, onde estava à escrever a carta a Valério.
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Katerina B.
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Re: Aposentos do Prof. de TCM - Sophie Crawfort

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    A pouca desconfiança se desfez no segundo em que Sophie ergueu-se e sorriu de forma gentil e natural. Ela deixou seus manuscritos de lado e à mostra - outro indicativo de que o que quer que estivesse fazendo não era imoral nem secreto para a professora. "Transparente e agradável", concluiu Katerina para si mesma, atraída pelo carisma da colega. Seus lábios moveram-se numa expressão sincera que não usava há algum tempo já - era quase impossível resistir a um sorriso perto de Sophie Crawfort. Desmanchou-se seu ar sisudo e seu rosto até rejuveneceu alguns anos, retrocedendo à provável idade original.

    Apesar de tudo, tudo mesmo, rapidamente aceitou a mão que lhe era oferecida e não se fez de rogada para entrar nos aposentos da colega.


    - Se tem alguma coisa errada? - murmurou mais para si mesma do que para a outra, enquanto ocupava a cadeira que havia sido designada para si. - Há muitas coisas erradas nestes tempos, Srta. Crawfort...e não me refiro somente aos assassinatos que ocorreram hoje.

    Levantou finalmente os olhos que carregavam algo de enigmático e passeou-os pelo cômodo. O pergaminho continuava ali, sobre a escrivaninha; uma página inteira esperando para ser preenchida com alguma mensagem.

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Rah ~
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Re: Aposentos do Prof. de TCM - Sophie Crawfort

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  • Katerina
    [- Se tem alguma coisa errada? Há muitas coisas erradas nestes tempos, Srta. Crawfort...e não me refiro somente aos assassinatos que ocorreram hoje.]


    Ao ouvir aquelas palavras, seus olhos abaixaram . Não sabia realmente o que dizer. Sophie por um momento lembrou da relação misteriosa na qual o Sr. Bergerson e o Sr. Ruthven mantinham, mas logo tirou a idéia da professora Katerina estar falando deles, parecia algo mais...pessoal. Dava para notar algo nos olhos da mulher que permanecia em sua frente, talvez buscando respostas para algo, ou até mesmo ajuda.

    -Hum...entendo..

    Disse Sophie em um tom de voz meio despontado. Na verdade não sabia exatamente do que a professora de feitiços estava se referindo, mas seja lá o que fosse, concordava que havia muitas coisas erradas acontecendo nos últimos anos. Notou quando a professora Katerina passou os olhos pelo pergaminho , onde antes estava escrevendo, e agora só havia “Caro Sr. Valério.”. Tudo bem que gostava de Katerina, mas não sabia qual seria sua reação ao saber dos seus reais interesse com o tal Valério. Ela tinha que falar algo, o mais rápido possível, antes que a professora de feitiços perguntasse algo sobre o pergaminho, e claro, ela não iria mentir sobre aquilo.

    Como se o “colar” tivesse lido seus pensamentos, senti-o queimar, havia algo errado com Katerina. Algo maligno, mas não era com ela em si, não sabia explicar. Vindo do nada uma visão de uma criança, onde sua alma, parecia em pedaços. Sophie levou as mãos à cabeça, que agora doía, como se houvesse levado uma pancada muito forte. Sky que percebera a dor de Sophie, começara a bater as asas freneticamente . Sophie evitou gritar, mesmo que quisesse devido a dor que sentia.


    -Me Desculpe...- Ela olhava para Katerine, meia sem graça.Agora a dor já diminuirá de uma forma quase milagrosa.- Err...posso estar sendo muito desagradável com essa pergunta, mas é que...-Hesitou um pouco em falar. Não saberia qual seria a reação de Katerina, mas deveria perguntar, até porque se não fizesse, iria sentir dores por um bom período de tempo, sem falar nas visões distorcidas.- houve algum problema na sua infância? Uma maldição, ou coisa do gênero?

    Ela olhava com uma careta de dor e com um ar sério para Katerina na espera de uma reação nada agradável vinda da professora de feitiços. Odiava quando aquele maldito objeto a controlava daquela forma. Era como se o próprio criasse vida e vontade. Irritante. Muito irritante.
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Katerina B.
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Re: Aposentos do Prof. de TCM - Sophie Crawfort

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    -Hum...entendo.. - disse Sophie, depois de muito ponderar sobre qualquer coisa que com certeza não era de sua conta.

    A professora de TCM parecia triste em seus gestos, como se algo em sua personalidade cativante tivesse murchado. O impacto daquela tristeza lhe foi tão absurdamente grande, que Katerina sentiu empatia por ela - uma linha invisível que as conectava. Tremeu, assustada; nunca considerava os sentimentos das pessoas, quanto menos entendia o que elas sentiam. E Crawfort sentia em seu íntimo uma enorme preocupação.

    O que deveria dizer em seguida? Contar uma piada para que ela risse e esquecesse aquilo que lhe torturava? Porque - oh, sim! - seria capaz de contar uma piada para se livrar daquela agitação incômoda. Isto é, se conhecesse alguma. Em lugar de falar bobagens, Blazek apenas esfregou os braços sobre a capa, a pele arrepiando-se com o frio repentino que chegava com uma corrente de ar pela janela aberta. As duas agora estavam olhando na mesma direção - a mensagem inacabada, ou ainda imaginária, como se deveria supor diante de apenas uma ou duas palavras escritas. O momento de entendimento durou um único segundo que culminou com um acréscimo na inquietação de Sophie e um pedido de desculpas silencioso explícito no jeito como Katerina evitou rapidamente o pergaminho.

    ...E encontrou os olhos de Sophie.

    Foi como se estivesse arrancando dela uma série de memórias com uma mão fervente. A cabeça lhe doía de dentro para fora com aquela sensação, misturando-se a uma vontande incontrolável de chorar. Suas íris afundaram em lágrimas, e uma delas escapou quando franziu o rosto inteiro numa careta de sofrimento. Não pensou em nada além do desejo de que aquilo parasse, por tudo que era mais sagrado - ou iria se partir em mil pedaços, como...como...

    Do modo como surgiu, a dor desapareceu, dando lugar a uma espécie de ressaca. Formigava o corpo até a ponta dos dedos, e ela desabou nas próprias mãos sobre os joelhos, deixando o choro quente e inexpressivo lavar suas bochechas e entranhas. Era uma azaração que terminava com um contra-feitiço milagroso; a respiração desatou-se de súbito num suspiro misturado a um soluço.


    - Me Desculpe...- a voz fraca de Sophie foi o primeiro estímulo externo que percebeu.

    "Por que fez isso?" , ecoava o remorso dentro de sua infinidade vazia. Era uma pergunta dirigida a muitas coisas e pessoas - muito mais do que ela sequer poderia condenar ou culpar -, mas especialmente para a outra mulher sentada diante de si, que lhe pedia desculpas por uma indiscrição imperdoável. Mais consciente, Katerina tomou as desculpas como uma piada de mau gosto e ganhou certeza de que a mulher usara uma espécie de legilimência amaldiçoada contra si. Apertou os olhos, deixando-se dominar por uma mágoa raivosa e crescente. Queria agredi-la de alguma forma, mas não podia se mexer precipitadamente e acabar olhando para Sophie de novo, ou o ataque poderia recomeçar. Esse plano de controle de danos, no entanto, foi vencido tolamente pelo instinto de observar seu interlocutor quando este falava:

    - Err...posso estar sendo muito desagradável com essa pergunta, mas é que...houve algum problema na sua infância? Uma maldição, ou coisa do gênero? - ela carregava uma expressão igualmente assustada e descontente, talvez o resquício de um esgar de dor. Para pavor de Katerina, todo o remorso dissolveu-se na mesma velocidade mágica com que aquelas coisas estranhas estavam acontecendo. "Não deveria ser assim, pensou, aquecida por uma última lágrima furtiva, "Como meus sentimentos podem ser controlados dessa forma? Quem é essa mulher?".

    Alguém muito poderosa, certamente. Em questão de milésimos de segundo, sentia-se confortável e leve como...não conseguia se lembrar de nenhuma outra situação em que permanecera tão embevecida assim. Crawfort tranformava-se numa criatura cada vez mais bela, agradável e absolutamente inocente. E pensara mal dela - que absurdo! Suas roupas eram as mais bonitas que já tinha visto e o colar que completava seu visual perfeito...era lindo! Estava hipnotizada pela professora e sua jóia preciosíssima. Se não estivesse dominada por um profundo respeito e um sentimento de subserviência por Sophie, teria se lançado desesperadamente na direção do colar. Ao invés disso, rendeu-se à pergunta, como se a temática não fosse importante nem pessoal o suficiente para contrangê-la diante de alguém tão nobre e absoluta quanto sua...amiga. Tinha um tom maravilhado na voz quando respondeu:

    - Quando eu tinha oito anos, eu caí de uma vassoura de uma altura de vinte metros e...

    Distraindo-as, uma coruja negra e ordinária - como eram todas as corujas próprias para uso interno da escola - invadiu o quarto através da janela. Com o contato visual perdido, Katerina rapidamente voltou ao seu juízo só a tempo de apanhar sua correspondência no ar. A ave muito profissionalmente ignorou um Sky agitadíssimo e sumiu por onde tinha entrado.

    "O quê...?", viu-se apavorada diante de Crawfort outra vez, enquanto abria em gestos mecânicos a caixa mal-embrulhada em papel decorativo. "Não é meu aniversário", sua mente protestou, cada vez mais reacesa. Amassou o embrulho com alguma violência e deu mais atenção ao cartão que caiu do que ao fato de ter acabado de ganhar chocolates finos.

    "Para adoçar a vida de pessoas amargas que não suportam mais que duas ou três taças de vinho.

    Atenciosamente,

    H.U.Y.

    Ps: Apesar de você não merecer, não está envenenado ou qualquer coisa do gênero."


    Ela franziu a testa com palavras tão atrevidas.

    - Quem é H.U.Y.? - perguntou em voz alta, ainda observando o cartão e quase esquecendo a presença constante de Crawfort. De quem quer que fosse o "presente", deveria agradecê-lo também por salvar seus segredos. A letra de garrancho era muito masculina para ser de uma garota...e a maioria dos alunos de Katerina era de garotas.

    Apertou os lábios quando finalmente decifrou o "Y".


    "Yuuri..."

Off: Finalmente! Satanizei o negócio, Rá.
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Rah ~
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Re: Aposentos do Prof. de TCM - Sophie Crawfort

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  • Tudo aconteceu muito rápido. Devido a ultima dor de cabeça Sophie não paro para pensar no que tinha acabado de acontecer naquela sala. Sabia que Katerina sentira algo também, afinal, fazia parte da “troca”. Seus olhos ainda sérios olhavam fixamente para a professora de feitiços, viu uma parte do passado da mulher, e sabia que havia algo muito errado com ela. A professora de trato de criaturas mágicas, esperava a resposta ansiosamente, mas infelizmente quando a professora Katerina começou a “desabafar” uma coruja entrou pela sala e a entregou um embrulho. Sky não gostou nada da invasão, logo começou a bater as asas novamente, mas a coruja, não deu muita atenção.

    Claro, Sophie queria ajudar Katerina, mas não poderia se não soubesse da “verdade”. Mas preferiu deixar o assunto de lado, sabia exatamente à sensação que o colar produzia em cima das pessoas em que ele “invadira” os pensamentos. Ela fitou os olhos da professora, que parecia estar melhor, e concerteza estaria, não completamente, mas só pelo fato da proximidade, sabia que algo acontecera com a professora e com certeza , algo bom.


    -Hum...Srta. Blazek, já esta amanhecendo...talvez seja melhor para nós duas terminarmos essa conversa outra hora...- Ela levantou da cadeira, com um ar um pouco desapontado.- Desculpe pelo ocorrido, sinto umas dores, err...bem, ai perco um pouco o controle...sinto muitíssimo mesmo!

    Não era porque ia com a cara da professora, que iria contar um dos seus maiores segredos. Talvez em breve quem sabe, mas agora, não seria o momento. Ela deixou cair uma lagrima dos olhos devido a dor, mas poderia usar isso como uma desculpa convincente, quem sabe?


    - È uma herança de família...não costuma acontecer muitas vezes, um medibruxo do St. Mungus disse que é stress... Deve ser por causa dos recentes acontecimentos contra Hogwarts...Enfim, novamente me desculpe...

    Não estava aos prantos, mas uma ou duas lagrimas escorriam do seu rosto enquanto falava. Uma coisa que era boa? Atriz concerteza. Ainda mais quando sua vida dependia de uma mentira. Não gostava de mentir, mas as vezes era preciso. E sobre aquele assunto, era mais que preciso!

    Ela levou a professora de feitiços até a porta. Sua expressão era convincente. No fundo ela não queria que aquilo tivesse acontecido, queria ajudar, mas infelizmente as conseqüências não foram muito favoráveis. Ela deu um sorriso meio envergonhado antes da professora de feitiços sair da sala.



_____
post lixo...pq eu bebi...enfim...
só pra coisar aki mesmo
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Re: Aposentos do Prof. de TCM - Sophie Crawfort

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Sheu deixou o irmão subindo as escadas do dormitório com a garantia de que ele não iria se atrasar. Lavou o rosto para melhorar a aparência, deu umas pinceladas de blush e até passou um brilho labial, pra não ficar com a cara de morta que estava. Já estava pronta para a detenção desde a madrugada e, tinha de adimitir, agora que se aproximava a hora, um frio na barriga fazia seu corpo se arrepiar. Como seria a detenção?

Caminhou pelo castelo notando alguns barulhos ao longe. Será que era normal tanta gente estar acordada a essa hora? Verdade que já estava praticamente de dia, mas as atividades em Hogwarts não começavam tão cedo. A cada passo que dava uma certa insegurança lhe tomava. Sabia que a detenção era até merecida por estarem na Floresta Proibida, mas tinha um quê a mais sobre esse encontro que Sheu não consegui distinguir. Será que a professora tinha interesses além dos que revelava?

O corredor para a sala da professora estava vazio e quando a garota chegou na porta, encarou-a por um instante. Talvez fosse melhor esperar pelo irmão. E se a professora resolvesse aumentar o castigo dele por estar atrasado? Bom, na verdade Sheu estava um tantinho adiantada, mas acreditava que dessa forma poderia causar uma boa impressão e alívio do que quer quer eles devessem fazer ali. Sem falar que não sabia quanto tempo ficaria ali e se aquilo iria fazer com que perdesse o café da manhã. Na mesma hora seu estômago deu um leve ronco e ela decidiu dar uma passada na cozinha antes.

Contudo, sequer teve tempo de se virar para tomar um novo rumo, pois a professora Katerina Blazek tinha acabado de abrir a porta para sair. Sheu olhou impressionada para a professora que até ontem estava desabando sobre o Prof Ariel e, agora, parecia aliviada. Suas feições estavam relaxadas por um lado, mas havia algo enigmático também. Um discretíssimo sorriso fez a garota acretidar que se tratava de algo bom.

- Bom dia, Profª Blazek - disse, em um tom baixo.

Não saberia dizer se ela tinha ouvido. Logo atrás da professora estava Sophie com uma expressão estranha. Sheu não conseguia decifrar exatamente o que havia acontecido ali: não se tratava de uma discussão nem de uma conversa entre amigas. Mas algo tinha mexido com as duas, algo que, é claro, a garota nunca viria a saber. Seus olhos encontraram os da professora e a garota tentou disfarçar a descarga de nervosismo que invadiu seu corpo.

*É, agora não dá mais para adiar. Devia ter pensado em comer antes. Espero que o Jão não se atrase... muito*

- Bom dia, Profª Crawfort. Cheguei em má hora? Posso voltar depois, se preferir.

off: ai, detenção, que meda u.u
off2: o jao tah ocupadinho, mas disse q posta ^^
off3: medaaaaa u.u
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João M. Castells
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Re: Aposentos do Prof. de TCM - Sophie Crawfort

Post by João M. Castells »

Jão subiu as escadas do dormitório meio que zumbizando, pé por pé foi chutando os degraus para ter certeza de que estavam ali mesmo. Jão estava com tanto sono que nem abriu os olhos direito, aquilo foi o suficiente pra ele não ver que a porta do dormitório estava fechada...

BAAAAAAAMMM


Jão deu de cara na porta, mas com tudo mesmo, pois após a batida caiu sentado no chão quase na porta do dormitório feminino.levantou-se rapidamente e sacudiu a poeria, que junto foi embora seu sono.

- Merlim! cadê a Sheu?!
Tenho detençããooo...



Jão correu escada a baixo, saiu batendo o retrato da mulher gorda que soltou algum gritinho de dor, mas ele não se importou e continuou a correr. sem saber que horas eram ele pode notar que haviam barulhos já em Hogwarts.

- É to em tempo ainda - disse Jão para si mesmo.

O caminho até a sala foi tão rápido e tão demorado ao mesmo tempo. Aquilo só podia ser obra do sono,que havia sumido antes, mas só os barulhos de seus pasos nos corredores e o cantar de alguns passarinhos lá fora fizeram com que o sono voltasse. Jão esfregava os olhos para que não dormisse.

Jão finalmente havia chegado na porta da sala da Profª Crawfort.

Sentiu-se um pouco estranho e com medo, mas aquilo não seria uma coisa tão assustadora assim, afinal muitos alunos já haviam sido detidos antes.

Jão tocou a maçaneta da porta com a mão esquerda, mas nem precisou fazer muita força para que ela abrisse e revelasse a sala da professora.


-Woow.. -Disse Jão vislumbrado - sala bacana.

Nisso virou para o lado e viu Sheu que parecia uma Veela de tão pálida conversando com a professora.

-Sheu, maninhaaa. Onde você estava? eu só lembro de nós na biblioteca e....

ooopppsss..

Jão pôs as mãos na boca rapidamente como quem tivesse querendo se calar, mas era tarde. Ele já havia dado com a lingua nos dentes.


iiiixiii, agora ferrou...





[OFF] desculpa nao postar antes e nem nas Olimpíadas, mas a facul me deu um nó nessas duas ultimas semanas.. enfim,, nao vou sumir viu?! =DD

sheuu dei com a lingua nos dentess haiuahiauhauihauhauahua
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Re: Aposentos do Prof. de TCM - Sophie Crawfort

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    Com a carta e os chocolates em punho, levantou-se para despedir-se de sua anfitriã. Sophie havia pedido gentilmente que se retirasse; só não sabia dizer se pelo avançar da hora, ou pelo desconforto infeliz que a dominou outra vez, para desespero de Katerina. Ainda havia entre elas a empatia mágica e foi com muito receio que se permitiu encarar novamente a Profª Crawfort. Desta vez, houve só a sensação branda de leveza e segurança que ela transmitia para si, apesar das feições entristecidas.

    E então, sem mais nem menos, havia lágrimas no rosto dela e uma justificativa qualquer sobre stress em seus lábios. Sophie, como sempre, parecia absolutamente sincera em tudo que dizia, e arrancou de Katerina um enfático aceno de sua cabeça - sinal de que concordava com tudo que dizia. As desculpas dela partiriam até mesmo um coração de pedra.


    - Srta. Crawfort, por favor, não chore. - viu-se consolando a outra, enfeitiçada pela atmosfera dentro do quarto. - O que aconteceu não deve ser mudado. Coisas ruins continuarão a acontecer para sempre nesta escola. Só nos resta ser cautelosos e ganhar confiança em nós mesmos e no diretor.

    A professora de TCM tinha uma aparência frágil incontestável, visão essa que motivou Katerina a esfregar com algum encorajamento o ombro dela. Não era como se fosse mais forte ou se estivesse menos apavorada, mas precisava de alguma forma fazer com que ela se sentisse bem. Em seu íntimo, sentiu que era seu dever proteger a outra - uma conclusão muito estranha, pois até vinte minutos atrás, uma de suas filosofias de vida era "cada um por si e ninguém por todos".

    - Eu vou agora. - disse finalmente, quando sua devoção por ela se dissipou, dando lugar ao desconforto que partia de Sophie através da linha que as conectava, cada vez mais frouxa. - Boa noite e até mais.

    Inclinou a cabeça, num gesto do profundo respeito, e partiu em direção a saída. Nesse momento, a azarada gêmea Castells quase foi golpeada pela porta, salvando-se por milímetros.

    - Bom dia, Profª Blazek - ela cumprimentou num tom mortificado, enquanto seus olhos se agitavam dentro das órbitas, num vaivém frenético entre seu rosto e a sala da Profª Crawfort. Katerina estranhou o "dia" - depois de uma noite tão tenebrosa, a idéia de luz era inconcebível.

    Acenou-lhe um pouco mais calorosamente do que o habitual, talvez por efeito da conversa com Sophie, imaginando que não podia ser mero acaso encontrar uma aluna ali, tão cedo. Olhando nos olhos da jovem, como se atirada de volta à realidade, a professora de Feitiços abriu um sorriso quase cruel:


    - Oh...E boa detenção, minha cara.

    Deu as costas para a aluna e a colega, seguindo corredor adiante até sumir nos primeiros raios alaranjados da manhã. O que ficou invisível naquela cena era o quão radiante Blazek também estava.
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Re: Aposentos do Prof. de TCM - Sophie Crawfort

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  • Talvez aquela conversa seria mais apropriada para ocasiões futuras, o mais importante era que Sophie sabia que algo sério acontecia, ou ainda acontece , com a Professora de Feitiços. E aquilo bastava, por hora pelo menos. Sorriu ao ouvir o consolo de Katerina, sim, parecia que não precisaria se preocupar com o que a professora de feitiços viera a pensar no futuro, tudo aquilo afinal, não passo de um mero acidente...

    “Só nos resta ser cautelosos e ganhar confiança em nós mesmos e no diretor.”

    Ao ouvir aquelas palavras não deixou de ostentar um sorriso cativante. Talvez no final das contas aquilo era o que importava. Confiança. Ela afirmou com a cabeça ao mesmo tempo em que se despedia de Katerina, que pareceu sair da sala com uma expressão melhor do que tinha vindo. A professora Blazek mal havia saído da sala, quando uma outra pessoa apareceu na porta, aparentemente pronta para entrar. Sophie com uma expressão vazia olhou para identificar a garota que estava em frente a sua porta. Era Sheu Castells, a aluna da Grifinória no qual devia uma detenção.

    Sheu Castells
    [- Bom dia, Profª Crawfort. Cheguei em má hora? Posso voltar depois, se preferir.]


    -Ah...Bom dia? – Ela olhou para a janela, aparentemente um pouco perdida com o horário, viu que o Sol já estava nascendo. – Oh sim! De fato, bom dia Srta. Castells...Não ,não, pode entrar, vamos logo terminar essa detenção para você e seu irmão estarem livres pelo resto do dia...

    Apesar de inicialmente não ver o tal João Castells, não resolveu perguntar pelo garoto, apenas fez um gesto para Sheu entrar em sua sala e se acomodar em uma das cadeiras. Não demorou muito para o garoto dar o ar de sua graças, estranhamente ele não esperou a professora abrir a porta ou coisa do tipo, nem um cumprimento foi dito por este, que apenas direcionou a palavra para a irmã.

    Sophie ficou com um tímido sorriso em seu rosto devido à “boa educação do garoto”, mas ao ouvir o que o aluno acabara de dizer talvez por um certo descuido, Sophie sorriu maliciosamente. Caminhou calmamente até sua mesa, sem falar nada e terminou de escrever em seu pergaminho. Os alunos poderia achar um pouco estranho o silencio de Sophie, mas nisso não a importava por hora. Terminado de escrever a mensagem para Valério, foi em direção a Sky, e amarrou o pequeno pergaminho em sua pata, e o levo a sacada e esticando calmamente o braço o fez voar ao destino de sua mensagem.


    -Voltando...Bom dia Sr. João. –Ela sentou novamente em sua mesa e indicou para que o garoto sentasse ao lado da irmã.- Então após aquele bafafá todo que aconteceu no Salão comunal e no trem, os senhores ainda quiseram se arriscar andando pelos corredor, mais especificamente pela biblioteca no meio da madrugada? Acho que vocês gostam muito de uma detenção ou falta um pouco de juízo em suas cabeças...

    Ao mesmo tempo em que falava com um tom sério e firme na voz, ainda sim demonstrava um sorriso. Lembrou vagamente do que aconteceu no ano anterior aos dois na floresta. Era estranho, e com certeza havia mais coisa ali do que pura curiosidade adolescente. Ela apoiou a cabeça sobre o braço direito, ficando assim, em uma posição meio infantil.

    -Antes de começamos a detenção, quero saber o que aconteceu lá na floresta, e não queiram mentir sobre o ocorrido, nada que vocês falarem sairá dessas paredes. Sempre é melhor a verdade, até porque se for um problema, eu talvez poderei ajudar agora, ou num futuro talvez...Segredos em tempos como estes, não são um bom trunfo meus caros...
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Re: Aposentos do Prof. de TCM - Sophie Crawfort

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Sheu pensou que a Profª Blasek não tinha ouvido o seu bom dia e, sinceramente, acreditava que a professora sequer lhe dirigiria a palavra, mas um sorriso quase cruel revelou à garota que a bruxa estava ciente de tudo o que acontecia ao redor. Apesar de sua aparência estar um pouco... distante.

- Oh...E boa detenção, minha cara.

Sheu deu apenas um sorriso amarelo, mas ela sequer notou. Voltou-se para a professora e tentou, quem sabe, adiar um pouco mais o temeroso encontro de detenção, mas Sophie não entrou na dela.

-Ah...Bom dia? Oh sim! De fato, bom dia Srta. Castells...Não ,não, pode entrar, vamos logo terminar essa detenção para você e seu irmão estarem livres pelo resto do dia...

A garota deixou escapar um longo suspiro e entrou na sala. O espaço era amplo, bem organizado, cheio de livros e pergaminhos. O falcão de estimação da professora estava lá, mas Sheu não conseguia se lembrar do nome do bichinho. Havia uma porta lateral que a garota deduziu ser o quarto da professora.

*Engraçado, nunca imaginei como seriam os quartos de professores dentro de colégios internos. Pensei que existia uma parte especial no castelo para dormitórios dos professores, mas nunca que fosse dentro da própria sala*

A grifinória mal sentou-se na cadeira ao lado da mesa central quando o seu irmão praticamente invadiu a sala, sem bater, sem pedir licença e sem noção.

-Woow... sala bacana.

Sheu empalideceu e encarou os pés.

*Esse trasgo não pode ser meu irmão gêmeo*

- Sheu, maninhaaa. Onde você estava? eu só lembro de nós na biblioteca e... oopppsss...

*Você comeu bosta de dragão?*

A garota lançou lentamente um olhar mortificante, seco como o hálito de um dementador. Seu irmão tapava a boca ciente de que falara mais do que a língua e Sheu fechou as mãos, desgostosa da completa falta de discrição do irmão.

*Eu...te...mato*, pensou e fez mímica com as mãos de alguem sendo degolado.

A professora ignorou temporariamente o comentário do Jão e sentou na mesa para escrever alguma coisa. Sheu logo imaginou que se tratava de algo relacionado à detenção e desviou a atenção para os próprios pés. O silencio que se seguiu foi angustiante e Sheu imaginou se tortura psicológica fazia parte da detenção. Enfim a professora amarrou o pergaminho na ave e o liberou para ir embora.

*Será que é algo relacionado à Profª Blasek?*, pensou, mas a voz da professora não permitiu seu devaneio.

-Voltando...Bom dia Sr. João. Então após aquele bafafá todo que aconteceu no Salão comunal e no trem, os senhores ainda quiseram se arriscar andando pelos corredor, mais especificamente pela biblioteca no meio da madrugada? Acho que vocês gostam muito de uma detenção ou falta um pouco de juízo em suas cabeças...

*Bafafá?!*

Sheu não pôde evitar um sorriso. Não imaginava que professores podiam falar assim, mas Sophie era jovem, então deixou para lá. Focou-se no esporro que recebiam por terem se aventurado na biblioteca e, mais uma vez, fez cara feia para o irmão.

*O jão e sua língua grande*

- Nós temos juízo, professora. Quero dizer, eu tenho - e fez uma expressão desgostosa para o irmão - Mas é que voltar para Hogwarts pelo segundo ano é um tanto emocionante, sabe? Não conseguimos dormir de ansiedade. Eu achei que explorar a biblioteca não teria nada demais, afinal, estamos aqui para aprender coisas novas, não é? Mas não adiantou muita coisa, porque parece que um furacão passou por lá.

A professora olhava para eles como se fossem a coisa mais interessante do mundo, como se fossem um enigma divertido a ser solucionado e isso deixou a garota desconfortável. Apesar da postura um tanto infantil e intimista, Sheu notou nos olhos da professora que ela não era apenas um rostinho bonito e puro. De repente e sem saber exatamente o que a levou a isso, Sheu acreditou que Sophie seria capaz de qualquer coisa.

-Antes de começamos a detenção, quero saber o que aconteceu lá na floresta, e não queiram mentir sobre o ocorrido, nada que vocês falarem sairá dessas paredes. Sempre é melhor a verdade, até porque se for um problema, eu talvez poderei ajudar agora, ou num futuro talvez...Segredos em tempos como estes, não são um bom trunfo meus caros...

*Ah, então é isso* pensou a garota *O que tem de interessante nessa história para ela?*

A garota automaticamente desviou seu olhar para o grande portal na varanda, deixando seus olhos pousarem na visão da Floresta Proibida. Ainda era tudo um tanto confuso, como peças de um quebra-cabeças cujo modelo os gêmeos não tinham para montar. Por mais que a professora parecesse um anjo, a garota sabia que nada poderia ser puro demais. Contudo, uma vontade inexplicável de conversar com a professora a fez falar.

- Como eu disse no ano passado, professora, eu ouvi uma voz me chamando para me mostrar algo. Então acabei decidindo entrar na floresta. Foi uma coisa estúpida e perigosa, verdade, e nem sei ao certo porque exatamente eu fui lá com a cara e a coragem, mas eu acho que estivemos onde deveríamos estar. Então a gente sentiu um vento frio e de repente a floresta não parecia mais a floresta, mas era uma floresta, entendeu? - Sheu coçou a cabeça, pois não era fácil fazer sentido o que não fazia sentido - E aí a gente teve uma visão...assim...nós dois juntos, como falamos no ano passado, na Ala. É...isso é uma coisa estranha que tem acontecido desde que chegamos na escola. Mas como somos gêmeos, acho que é uma coisa que faz um pouco de sentido, né? A visão era basicamente uma perseguição de um casal a um homem, terminando com a morte dele - disse olhando para a parede, parecendo um pouco distante - Não era algo muito belo de se assistir... atacar um homem sem varinha a sangue frio...Só poderia ser ele...

A garota começou a pensar alto, esquecendo-se, por um momento de que estava sob o olhar atento da professora. Sheu manteve-se em silêncio por alguns instantes, remoendo as lembranças que tinha em sua mente, da perseguição e da morte do homem...os olhos frios e sem vida; os olhos com ódio transbordando e sede de vingança. Como se ouvisse um estalo, a garota voltou a si e notou que o irmão e a professora a olhavam com curiosidade.

- Acho que essa visão estava lá pra gente ver. Eu li num livro tempos atrás e nem tinha me tocado - mentiu descaradamente - que existe essa coisa...essa tal de projeção presencial, sabe? Que pode ser uma lembrança de alguém que sem querer os bruxos captam. Mas eu não sei se para isso o bruxo tem que estar presente ou se basta estar no lugar... mas não havia ninguém lá além de nós dois, Nana e a senhorita, não é? Então eu realmente não sei.

Embora a pergunta soasse inocente, havia um quê de alfinetada na professora, afinal, nada impedia que ela fosse a mulher na visão que Sheu teve. A garota precisava eliminar as opções para tentar descobrir que rumo tomar para montar esse mistério. A aluna manteve com certa destreza sua expressão extremamente desinteressada a fim de que não levantasse suspeitas. Afinal, em tempos como este, nada impedia de que ela fosse a próxima vítima do ladrão-assassino de Hogwarts.

Off¹: demorado pq fikei sem net u.u
off²: se mata pq justamente qnd fikei sem net postaram pista u.u
off³: post coisadão O.O
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Re: Aposentos do Prof. de TCM - Sophie Crawfort

Post by Rah ~ »

  • Sheu Castells
    [- Nós temos juízo, professora. Quero dizer, eu tenho . Mas é que voltar para Hogwarts pelo segundo ano é um tanto emocionante, sabe? Não conseguimos dormir de ansiedade. Eu achei que explorar a biblioteca não teria nada demais, afinal, estamos aqui para aprender coisas novas, não é? Mas não adiantou muita coisa, porque parece que um furacão passou por lá.]


    -Hum, sei bem como é isso, mas mesmo assim é perigoso. Temos um assassino rondando por ai, e pelo o que eu vi, matar um professor , mesmo sendo a tal da Yuna, não é uma tarefa fácil, temos que ter cautela...

    Ela continuava com o ar infantil e até um pouco pensativo enquanto falava. Logo após se pronunciar olhou novamente para Sheu com um meio sorriso. Perguntou-se por um momento o que a garota estava pensando. Será que o jeito de Sophie era estranho para os alunos? Claro que era, e Sophie sabia disso. Mas o que ela podia fazer? Ela não tinha 50 anos...

    Ainda observava a aluna, e escutava em silencio o que esta dizia. Concordava levemente com a cabeça a cada pergunta confusa que saia da boca de Sheu. Era algo estranho...aqueles irmãos conseguiam ter aquelas visões mais estranhas ainda. Quase tinha esquecido da noite em que ajudou os Castells. Lembrou-se com certo esforço da visão que Sheu mencionara. Alem de não lembrar os detalhes , as partes em que Sophie recordava eram imagens em meio a penumbra, ou seja, o que lembrava, era inútil.

    “...projeção presencial, sabe? Que pode ser uma lembrança de alguém que sem querer os bruxos captam. Mas eu não sei se para isso o bruxo tem que estar presente ou se basta estar no lugar... mas não havia ninguém lá além de nós dois, Nana e a senhorita, não é? Então eu realmente não sei...”

    Ao ouvir as ultimas palavras de Sheu, Sophie sem querer desabrochou um sorriso. Deixou a pose de menina sonhadora de lado e encostou completamente na cadeira, demonstrando uma classe e um ar de mulher séria. Suas memórias correrão até o dia do Expresso de Hogwarts, quando teve aquela agradável conversa com o professor de Astronomia, Sr. David Bergerson. Parecia que as coisas estavam ficando cada vez mais interessantes... Projeção presencial ? Interessante... e ao mesmo tempo muito conveniente.

    - Hum, é verdade... Mas infelizmente como vocês são alunos muito discretos...- Falou em tom de sarcasmo.-Do mesmo jeito que eu vi vocês indo pra floresta, qualquer outro “ser” deve ter visto...afinal, naquele dia a maioria dos professores estavam fazendo suas malas e perambulando pelo castelo...quem poderá garantir que “nós” estávamos realmente á sós na floresta?

    Ela levantou calmamente com um olhar distante e foi em direção à uma gaveta e retirou de dentro desta, dois pergaminhos. Entregou aos irmãos e voltou à sua cadeira. Tinha pensado em uma detenção mais rigorosa, mas depois dessa “maravilhosa” noticia, Sophie resolveu dispensar os irmãos mais cedo...

    - Não quero torturá-los mais com perguntas...acho que já sei o bastante. Tenho noção que é algo muito estranho e tudo, mas acho que vocês não precisão esquentar a cabeça por enquanto...- Ela sorriu gentilmente.- Bem, com esses pergaminhos quero que vocês escrevam uma redação de no mínimo dez linhas, Sheu sobre centauros e João sobre cavalos-alados...Não precisa fazer agora, me entregue até depois de amanha ...Já podem ir...

    Ela levantou e caminhou em direção à sacada, olhando o céu. Sky deveria ter chegado agora ao local que Sophie mandara. Como a ansiedade era algo insuportável. A professora de Trato de Criaturas Mágicas ficou observando da sacada o movimento que os alunos faziam, esperando que eles quisessem sair rapidamente da sala, apenas fico observando...

___________
OFF:Me mandem uma MP com a redação...não precisa ser pra depois de amanha XD
Mas naum demorem XD
OFF2: naum to expulsando da sala XD se quiserem coisar amsi alguma coisa é só falar 8D
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Re: Aposentos do Prof. de TCM - Sophie Crawfort

Post by Sheu »

Sheu havia jogado a isca para ver se a professora diria ser ela a única presente ali. Dessa forma, a garota saberia que Sophie estaria envolvida naquele assassinato de sua visão. Contudo, a professora apresentou uma desculpa tão plausível que Sheu se sentiu um pouco desanimada e envergonhada, até.

- Hum, é verdade... Mas infelizmente como vocês são alunos muito discretos...

*Ai, como quero matar o Jão. Eu sou discreta*, pensou, enquanto fechava os punhos.

- Do mesmo jeito que eu vi vocês indo pra floresta, qualquer outro “ser” deve ter visto...afinal, naquele dia a maioria dos professores estavam fazendo suas malas e perambulando pelo castelo...quem poderá garantir que “nós” estávamos realmente á sós na floresta?

Sheu fez um movimento involuntário com a boca, em sinal de que não possuía argumentos para rebater a professora. Isso realmente a deixava chateada. Quando levantou a cabeça, notou que a professora entregava um pergaminho para ela e outro para o irmão.

- Não quero torturá-los mais com perguntas...acho que já sei o bastante. Tenho noção que é algo muito estranho e tudo, mas acho que vocês não precisão esquentar a cabeça por enquanto... Bem, com esses pergaminhos quero que vocês escrevam uma redação de no mínimo dez linhas, Sheu sobre centauros e João sobre cavalos-alados...Não precisa fazer agora, me entregue até depois de amanha...Já podem ir...

Sheu ficou um pouco chocada. Tinha imaginado tantas coisas absurdas em seus piores pesadelos para uma detenção e Hogwarts, mas aquilo era uma coisa tão...simples. Uma redação sobre centauros seria tão fácil de escrever como fazer um bolo de abóbora. A garota olhou para o irmão e sorriu, embora a cara dele não tivesse muito tranquila. Sheu se levantou, sendo seguida por seu irmão e se dirigiu para a saída. Olhou mais uma vez para a professora que, da sacada, parecia refletir sobre alguma coisa.

*O que eu disse que a deixou assim?*, pensou a garota, encucada.

- Já vamos, professora. Entregaremos a redação o quanto antes. Com licença.

Sheu abriu a porta da sala e saiu, puxando Jão a tiracolo e deixando a professora sozinha. Seu estômago roncava alto e a garota percebeu que precisava comer alguma coisa, antes que desmaiasse e fosse parar na Ala Hospitalar.

Off: Indo na cozinha largar o Jão
off2: movendo o jao pq tenho permissão e ele sumiu u.u
off3: sorry a demora, coisas de concurso
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Re: Aposentos do Prof. de TCM - Sophie Crawfort

Post by Rah ~ »

  • Após a saída dos alunos, Sophie encarou a porta recém fechada por Sheu, com um ar pensativo. Ainda não dormira, e sinceramente não tinha vontade nenhuma em dormir, muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo em apenas uma noite, aquilo estava ficando cada vez mais interessante. Voltou a apreciar o céu azul, ainda era cedo, cedo demais para a volta de Sky. Não queria ficar em sua sala, uma volta parecia a melhor decisão agora.

    -Sky...volte-me com boas noticias...

    Seus olhos voltarão a encarar a porta e calmamente andou em direção a ela, não sabia onde iria agora, na verdade, queria ir em vários lugares, queria muitas coisas, uma em especial. Algo que queria desde quando chegara a Hogsmeade, talvez fosse o maior desejo, mas será que tentar realizá-lo seria algo sensato? Sensatez era algo que por enquanto, não interessava...Pelo menos por enquanto...



OFF: Ala
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Re: Aposentos do Prof. de TCM - Sophie Crawfort

Post by Rah ~ »

  • Depois do irritante acontecimento na Ala Hospitalar, Sophie mal pensava direito, apenas andava em passos largos em direção ao seu aposento. Ao mesmo tempo em que andava passava a mão pelos cabelos loiros e o dirigia até o nariz, com a intenção de saber se o cheiro de Hidromel ainda se encontrava presente no fio de cabelo.

    Xingava em pensamentos o professor de DCAT ao longo do caminho, estava tão “área” que mal percebeu a ausência do professor de Astronomia. Continuou seguindo em direção ao seu aposento até que finalmente chegou até a sala. Finalmente se dera conta que o professor David não a seguira, e com isso resmungou mais alguma coisa em um tom baixo.


    -Ok... resolverei isso mais tarde então.

    Disse ela para si mesma, com um tom cansado na voz. Adentrou a sala e bateu a porta. Ainda segurava o chapéu de Ariel, que tratou de imediatamente colocar sobre a escrivaninha, com uma força alem do necessário. Já ia em direção à cama descansar quando Sky entrou batendo as asas e piando desesperadamente. Sophie rapidamente correu em direção a ele e logo notou um pergaminho amarrado em sua pata direita.

    - Aaaah ótimo! Obrigado... - Enquanto falava retirava das patas o pergaminho cuidadosamente. De principio estranho o comportamento da ave, já que estava agitada mais do que o normal. - Calma meu amigo... Vamos ver o que Valério tem a me dizer...

    A jovem professora caminhou calmamente até sua escrivaninha, onde abriu cuidadosamente a carta. Não deixou de sorrir ao ler o que estava escrito. De fato, era algo muito interessante. Ela olhou para o chapéu de Ariel na beira da mesa e sem perceber soltou um sorriso maroto.

    - Meu caro Sky... Parece que você me trouxe algo muito importante... – Ela sorriu para a Ave que balançava a cabeça sem entender. - Valério novamente sendo útil...Acho que poderei tirar algum proveito disso...

    Ela mordeu os lábios e olhou para o “nada”, pensando no que faria agora. Era obvio, não iria correndo tirar satisfações com o individuo, não era coisa dela. Afinal, se ele for o assassino e ladrão do Chapéu Seletor, precisaria de ajuda , apesar de ter certeza que poderia cuidar dele sozinha. Pensou em fazer apenas uma visita ao bêbado professor Ariel Ruthven, mas logo aboliu a idéia ao olhar para o chapéu. Talvez ele mesmo venha na procura do seu assessório. O que restava era esperar...Mas esperar não é com Sophie. Logo levantou, pegou o chapéu e saiu em passos calmos até a saida da sala


Off: Corredores
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