[EVENTOS] O EXPRESSO DE HOGWARTS

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Thomas_Black
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Re: O EXPRESSO DE HOGWARTS

Post by Thomas_Black »

Thomas continuava desesperadamente a massagem cardíaca no garoto. A aglomeração em volta dos dois aumentava a cada segundo, mas Thomas não podia parar, sabia que o procedirmento não podia ser interrompido após iniciado, a não ser que fosse para desistir de vez. Thomas ainda não estava pronto para desistir.

- MANTENHAM A CALMA E ENTREM ORDENADAMENTE PARA OS SEUS VAGÕES. TENHO ORDENS EXPRESSAS DO DIRETOR PARA ANOTAR OS NOMES DAQUELES QUE NÃO OBEDECEREM AS ORDENS DO CARA! MANTENHAM A ORDEM E ENTREM CALMAMENTE NOS SEUS VAGÕES! REPITO: MANTENHAM A ORDEM E ENTREM CALMAMENTE NOS SEUS VAGÕES! O DIRETOR E PROFESSORES PRECISAM DE ESPAÇO PRA PASSAR, ENTÃO ENTREM CALMAMENTE NOS SEUS VAGÕES E NÃO SAIAM DE LÁ ATÉ A SEGUNDA ORDEM DO DIRETOR!

Thomas agradeceu essa sábia decisão. O garoto precisava de ar e Thomas não tinha como fazer respiração boca a boca no menino, podia ser perigoso. Só nesse instante Thomas se deu conta de sua própria burrice. Você é um bruxo ou não é? Erguendo a própria varinha, conjurou um insuflador típico dos hospitais trouxas. Não fez a magia muito bem, o insuflador ficou pequeno, mas isso foi bom pois o garoto era mesmo uma criança, seu rosto era pequeno demais para um insuflador comum.

- Vocês aí, eu já anotei o nome de vocês por não obedecerem as ordens do diretor! Todos para dentro! UM MORTO NÃO PRECISA DE CRISES DE HEROÍSMO, ENTÃO DEIXEM O DIRETOR AGIR!

- É, dêem espaço, o menino precisa respirar! - Ou pelo menos ter a possibilidade de respirar, pensou Thomas enquanto pedia para as pessoas em volta se afastarem. Ele não pararia até que um professor ou o diretor mandasse ele parar. Assim pelo menos não teria sobre os ombros a responsabilidade de ter desistido da vida do garoto.

Off: Se algum professor ou o diretor quiser me fazer parar pode fazer isso sem pedir, pode me empurrar, sei lá. Vou dormir agora, então só vou poder agir de novo amanhã E se alguém não souber o que é um insuflador, pode pesquisar uma imagem no google. É aquela máscara com uma bolsa de ar pra ser apertada, pra fazer respiração em alguém que esteja sangrando e portanto não se possa fazer boca a boca.
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When going gets tough, the tough get going...
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Non serviam
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narração/fala/fala de outros personagens/pensamento
Meig@
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Re: O EXPRESSO DE HOGWARTS

Post by Meig@ »

  • Bem que ela queria, ela gostaria muito. Mas simplesmente não conseguia deixar de pensar em tudo o que lhe havia acontecido nos últimos tempos. Todas as suas perdas, sua família, seus principais amigos... Tudo aquilo ainda a afetava muito. Não tinha como ser de outro jeito. Já não conseguia mais sorrir como antes. E pensar que tudo havia sido tão diferente há algum tempo atrás...

    Havia chegado muito cedo à plataforma. Muito mais cedo. Queria ficar sozinha, precisava disso. Tentar, apenas tentar, colocar os pensamentos no lugar. Talvez isso fosse pior. Ficar sozinha só faria com que não conseguisse parar de lembrar dos momentos do passado, e sentir saudade de todas as pessoas queridas que lhe rodeavam e que agora não estavam mais ali, e jamais estariam novamente. Por isso talvez fosse melhor sair um pouco, caminhar pelo corredor... Bem, agora ali estava ela, encolhida no canto de uma cabine solitária, esperando que quem sabe algo de novo acontecesse, enquanto que uma nova lágrima caía dos seus olhos. Já não era a primeira...

    Não era apenas a lembrança das pessoas que lhe eram queridas que a incomodava. Ela sabia que quando pisasse novamente no castelo, as recordações dos últimos eventos voltariam em sua mente. Especialmente quando sua meio-irmã quase causara uma desgraça ainda maior do que as que já havia causado. Era impossível não lembrar... jamais esqueceria daquilo, pelo resto de seus dias... Obviamente porque era uma questão muito mais forte que só pura memória.

    De repente, seus pensamentos foram interrompidos. Ela sabia, é claro, que os alunos já haviam entrado e que o expresso partira já há alguns minutos. Já estava tão acostumada com o barulho habitual dos alunos entrando no expresso, que nem se importava com gritaria, mas era diferente agora. Arregalou os olhos com o susto, levantou-se e saiu rapidamente da cabine, ajeitando sua capa. Logo avistou uma pequena confusão a alguns metros, um burburinho de alunos ao redor de alguma coisa que acontecia. Deu passos apressados até lá, chegando a tempo de ouvir um aluno usar um feitiço para ampliar a voz e tentar por ordem na confusão. A intenção dele podia ser boa, mas somente um adulto conseguiria fazer isso.

    Foi só então que ela viu um aluno caído sobre o outro no chão, tentando fazer algo como que reanimá-lo. Pelo estado em que o aluno menor, certamente do primeiro ano, se encontrava, ela soube que aquilo não resolveria. Levou a mão aos lábios, ainda de certo modo espantada com o que estava vendo, mas precisava ser forte. Num ímpeto, abaixou-se e puxou com força, pelo braço, o rapaz que tentava reanimar o outro com um tipo de objeto trouxa. Olhou firme para ele, e logo disse.


    Não faça isso, não vai resolver, já é tarde demais, será que não está vendo?... - soltou do braço do garoto, achando que talvez tivesse sido dura demais. Não podia deixar seus sentimentos a influenciarem, muito menos num momento como aquele. Suspirou e continuou num tom de voz mais calmo - Sei que isso é chocante, mas o diretor logo estará aqui, e tudo será resolvido, se ficarem aqui apenas será pior. Por favor queridos, voltem as suas cabines e aguardem, estarão seguros lá.

    Ela não tinha certeza disso, mas realmente a permanência dos alunos vendo o garoto morto ali não lhes faria bem. Pensativa, ela olhou ao longe no corredor, se perguntando onde estariam Renan e os outros afinal...
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Elizabeth Maives
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Re: O EXPRESSO DE HOGWARTS

Post by Elizabeth Maives »

Spoiler
narração
-fala
"pensamento"
-citação
Atrasada, senhorita maives, atrasada como sempre. Elizabeth correu, carregando seu malão verde escuro e entrou correndo no trem antes que o último apito soasse a porta fosse por fim fechada. Não olhou para trás, não se despediu de ninguém. Afinal, já era grande demais para todo aquele sentimentalismo de beijos e abraços e "tenha uma boa viagem, querida". Na verdade, nem gostava muito daquilo. Como já era de se esperar, o trem estava cheio e a cabine vazia com a qual ela tanto sonhava nem mesmo poderia existir. caminhou até o final do trem, olhando por cada porta, observando cada cabine. Pessoas de todos os anos, todas as casas, mas ninguém que lhe chamasse a atenção. Entrou por fim num dos vagões no final do trem pedindo licensa educadamente. Sua voz e seu rosto mostravam indiferença. Sentou-se muito reta, os cabelos loiros presos num rabo alto e suas roupas lhe davam um ar mais velho. Tirou da mochila um livro de capa negra com letras douradas em uma língua estrangeira. Estava já concentradíssima me sua leitura, tentando não perder nenhuma palavras quando gritos no corredor geraram uma grandíssima confusão. Gritos de terror e surpresa explodiam por todos os lados e, mesmo que tudo o que a garota quisesse fazer fosse ficar em seu vagão, lendo, não conseguia se concentrar em nenhuma das letras graças à balburdia. Com um gesto de raiva e impaciêncai guardou o livro na mochila e se levantou. Do alto de seus um metro e oitenta - um pouco mais com os saltos - ela conseguiu ver o ponto central de toda a discussão. Foi com certo esforço que chegou finalmente onde estava o garoto caído.

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"Ha, ha. E você tem ordens do diretor?" Felizmente a garota conseguiu se convencer a não dizer isso. O garoto que gritava, um sonserino, queria por tudo criar a ordem, mas os alunos não pareciam com muita vontade de contribuir. Alguns - graças à Merlin! - obedeceram aos pedidos do menino, que era, no mínimo, estranho. Um outro garoto se aproximou e conjurou um insuflador - como ele fazia aquilo? - tentando também ajudar. Elizabeth revirou os olhos.

- Vocês aí, eu já anotei o nome de vocês por não obedecerem as ordens do diretor! Todos para dentro! UM MORTO NÃO PRECISA DE CRISES DE HEROÍSMO, ENTÃO DEIXEM O DIRETOR AGIR!

"Deixem de ser molengas e voltem para suas cabines! Novamente a garota não se pronunciou. Pelo menos as pessoas começaram a se mover de volta às suas cabines.

- É, dêem espaço, o menino precisa respirar!

- O menino não precisa respirar, ele está morto. - esse último comentário ela não conseguiu segurar e, uma vez que começara, não havia o que fazer - Agora se afaste dele. É um crime federal ferir um cadaver. E mesmo bruxo, você ainda pode ir preso.

Mesmo que a expressão no rosto da menina fosse séria e que sua voz mostrasse impaciencia, ela estava abalada em ver um garoto - tão jovem, tão pequeno! - morto ali na sua frente. Ainda havia estudantes à sua volta. Logo uma professora chegou e se dirigiu ao mesmo garoto que tentara deseperadamente ajudar o menino morto. Não precisava mais ficar ali. Alem do mais, um menino morto com sangue no rosto era uma visão, no mínimo, enojante. Elizabeth levou uma mão à boca e cambaleou para trás. Melhor voltar para a sua cabine, jovem. E foi isso que ela fez. Ou ao menos foi o caminho que ela tentou comprir. De costas para toda a cena ela se apoiou na porta de uma das cabines e fechou os olhos. Certo, realmente devia ter ficado na cabine. Tudo o que não queria agroa era que alguém a pergutnasse se estava bem. Respirou fundo tentando tirar o garoto de sua cabeça. Algo subiu pela sua garganta, mas voltou. Acalme-se, menina, você não tem nada com isso, não tem por que ficar nervosa nem nada assim. A imagem vai sumir em instantes. E isso de fato ocorreu, mas não porque ela tivesse se acalmado, mas sim porque uma onda de vozes entrou em sua cabeça.

"Oh, calem-se!"

Massageou a testa com a ponta dos dedos e deixou-se escorregar pela porta até estar sentado, encolhida o suficiênte para não estar no caminho. Sumam, pensamentos alheios
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Serena Moon
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Re: O EXPRESSO DE HOGWARTS

Post by Serena Moon »

Spoiler
Narração
Serena
Outro Personagem
(Pensamento da Serena)
OFF
Aquela cabine estava muito apertada para tantas pessoas e estranhamente Serena se sentia feliz ali, normalmente passava a maior parte de seu tempo sozinha ou com companhias desagradáveis.
O rapaz parecia querer ficar em silencio e a Srta. Le Flay também, as únicas ali que pareciam
não conconcordar com essa idéia era as duas imãs de caos: Nany e Serena. Interrompendo
aquele silêncio se dirigiu a bruxinha:


Nany, se me permite perguntar dá onde é sua família? Não sei algo em você me lembra alguém...

Enquanto as garotas conversavam animadamente a Srta. Le Flay parecia lançar olhares nada discretos
ao garoto Razek o que fez Serena se lembrar do jovem Castells que a encantou com seu jeitinho
no último verão.


(Nunca mais vi ele por aí... que saudades)- por um momento seu olhar ficou distante com doses agudas de bobose. Interrompendo suas fantasias, Srta. Le Flay pronunciou:

Tenho que falar com o Sr. Skuli antes de chegarmos em Hogwarts, mas daqui a pouco estou de volta.

O sorriso logo saiu dos labios da garota que imediatamente murmurou desanimada:

ahn.. Diretor... - olhou de volta aos dois e sorriu sem muita vontade - aaahn... e então Ferdinand, posso te chamar de Fe? O que está lendo aí tão entretido?

A conversa nem deu inicio quando uma gritaria no corredor começou a chamar muita atenção, pessoas assustadas saiam de suas cabines curiosas pelo ocorrido, de repente uma voz mais alta e firme ecoou:

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Curiosa também colocou sua cabecinha pra fora cochichando com Nany e Fe:

Olhaa tem um garoto ali, parece que está morto! Ora ora, onde estava o Sr. Skuli que não viu o que aconteceu? Olhem não fiquem assustados sim? Qualquer coisa é só soltar um ''bombarda'' que tá tudo certo, ok? - terminou dando uma piscadela.

Off: Nuss meu post ficou uma meleca ¬¬³³
Sorry amores, tô com sono, chocada com a tragedia!
coitado do menino :shock:
e pra varia eu me perdi XD
daqui a pouco me recupero.. hohoho
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Renan
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Re: O EXPRESSO DE HOGWARTS

Post by Renan »

  • O bruxo estava diferente mais uma vez. Já não sentia o medo de antes, de quando abandonou Ohanna e Gabriel numa cabine que nem sabia mais onde ficava e passara ao lado de uma aluna que o lançara um olhar curioso. Agora, a face do diretor não transparecia absolutamente nada. Era fria, impassível, dura. Os lábios se curvavam para baixo, quase invisíveis, na verdade, sob a sombra projetada pelo capuz. O azul cinzento de sua íris também não se via nos olhos semicerrados ocultos pela escuridão.

    O diretor olhava tudo de cima, arrogante. Não se importou com os alunos que o fitavam caminhar trêmulo ao longo dos corredores (fechar a cara não significa não sentir). Afinal, não havia motivo para temer qualquer coisa, mesmo: teria só de encarar o que viesse do modo menos pessoal que pudesse. Não seria difícil: Desde os fatídicos eventos ocorridos na Ala Hospitalar, Renan já não confiava mais em ninguém, nem em si mesmo.

    De longe detectou balbúrdia. Tratou de esconder o corpo todo atrás da capa negra, tirando das vistas suas mãos trêmulas. Apertou o passo bem marcado e, à medida que se aproximava da aglomeração de alunos, ouviu gritos de socorro misturados a uma voz de menino ordenando a todos que voltassem a suas cabines. É claro que não funcionaria - e não funciounou. Apesar de demonstrar bom senso, ainda que de um modo bastante sutil, o rapaz não seria capaz de fazer os muitos alunos saírem dali feito moscas espantadas. Renan mirou os olhos direto no rosto do garoto, que segurava um livro e anotava qualquer coisa em um pedaço de pergaminho imaginário. De esguelha, vislumbrou a Profª Whollf acalmando um aluno que teve a obviamente inútil idéia de tentar reanimar o menino morto...

    O menino estava morto.

    O bruxo mudou o curso e fez força para manter o corpo firme. Os olhos pousaram, primeiro, no sangue que manchava o rosto do menino. Depois, fazendo o maior esforço possível para manter um olhar firme, fitou cada um dos presentes. Sacou a varinha com força e velocidade da bainha, em parte para não denunciar o tremor nas mãos, em parte para lidar mais rápido com a situação. Tocou a garganta com a ponta do instrumento mágico e falou, e abriu a boca para falar.

    "Todos os alunos de volta para as cabines neste instante! Eu disse TODOS! Quero APENAS os membros do corpo docente e funcionários. APENAS! Em pouco tempo chegaremos a Estação de Hogsmeade, então esperem seguros com seus colegas que os professores da escola cuidarão do que sucede", enunciou sua voz amplificada magicamente para todo o trem ouvir. Sentenciou, em seguida: "É uma ordem do diretor."

    Renan baixou a varinha e também os olhos. Pôde ouvir claramente, pela primeira vez na viagem, o barulho dos trilhos abaixo de seus pés. O silêncio não duraria muito, sabia, mas seria mais fácil trabalhar com a maior parte dos viajantes enclausurado em seus cubiculos. Dirigiu-se ao lado de Meiga - sem se importar de atropelar o aluno que segurava na mão um insuflador sujo de sangue. Confiscou-lhe o objeto sem dizer palavra. Dispensou também um aceno de cabeça para o aluno que, antes dele, bradava para que todos se acalmassem, como se o agradecesse por ser um dos pouquíssimos seres vivos que pisavam aquele soalho com os pés no chão, de fato.

    Fingiu olhar para o corpo inerte do infeliz primeiranista enquanto girava nas mãos o objeto trouxa sujo do sangue da vítima. Deveria proceder como fazia no Saint Mungus há anos atrás, decerto, mas não conseguia contemplar o cadáver. Resolveu permanecer ali, de pé, em falsa vigília, a espera dos outros professores.

    Limitou-se a conjurar um lençol negro para esconder o garoto das vistas.
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David Bergerson
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Re: O EXPRESSO DE HOGWARTS

Post by David Bergerson »

Felizmente já não carregava mais seus trombolhos consigo. Andara por alguns vagões arrastando sua mala e com o papagaio no poleiro na mão esquerda, e não era como se isso não fosse chamar a atenção de alguns poucos alunos que não conseguiam parar quietos em suas respectivas cabines - entre eles, a garota que desmaiara na floresta no ano anterior; apenas sorriu-lhe brevemente, preferindo deixar eventuais conversas para mais tarde. Chegara ao vagão onde estava a cabine exclusiva dos professores, certo de que não encontraria ninguém por lá, tendo em vista que a maioria de seus colegas e também o diretor pareciam ter preferido fazer o mesmo que ele havia pretendido. Porém, ao entrar na cabine, encontrou a mestra de Herbologia no mais profundo sono. Visando não despertá-la, deixou suas coisas o mais silenciosamente possível nos bagageiros - inclusive o pobre Glas -, e imediatamente virou-se para deixar a cabine.

Deu voltas e voltas pelo imenso corredor, observando atentamente cada uma das cabines pelas quais passava, tal qual um monitor. Isso o fez lembrar novamente de seus tempos de aluno. Os primeiros anos de encatamento, os amigos que fizera, as marotices, e tudo mais. Mas não era como se também não lhe viessem à memória o momento em que seus pais - sonserinos por tradição - souberam de sua seleção para a Grifinória, o desprezo que sofrera desde então, as brigas constantes e os maltratos do irmão mais velho, e os últimos dois anos em Hogwarts, que talvez tenham sido os piores de sua vida - onde tudo o que lhe aconteceria de ruim teve início.

Tais últimas lembranças de fato não lhe faziam bem. Era como se pudesse ver ali, diante de seus olhos, tudo acontecendo novamente. As noites na floresta proibida, objetos, fumaça negra, a escuridão total tomando conta de seus olhos, sangue, morte... Levou as mãos à cabeça, deixando-se cair brevemente, as costas raspando a parede fria de uma das cabines. Ainda atordoado, levantou-se novamente, agora perdendo-se em pensamentos, perdendo-se fisicamente, e por alguns instantes nem ele mesmo sabia mais exatamente onde estava ou estivera. Mas sabia - e bem - o que havia feito. Sempre fora consciente de seus atos, sempre. Nunca sofrera de algum tipo de loucura, alucinação ou qualquer coisa assim. No entanto, não adiantaria mais se arrepender. Era tarde demais, ele sabia que agora já era tarde demais.

Um monstro. Era exatamente isso que ele era - um monstro. E não havia mais chance de mudar; não podia mais voltar atrás. Infelizmente já fizera suas escolhas, e tomara atitudes que o atormentariam até o fim de sua vida. Teria de carregar as lembranças e consequências de seus atos para sempre. Não havia outra alternativa. Bem, e também não era como se lhe houvesse tido opção quando fez o que fez. Lamuriar-se agora não levaria a nada, muito pelo contrário. Precisava seguir em frente, para que alcançasse finalmente seu objetivo. Era a coisa certa a se fazer. E para isso tinha de ser forte.

Ainda que já estivesse no "final", teve seu transe despertado por um barulho de alunos gritando e pedindo por socorro. Olhou ao redor, exatamente como alguém que acaba de acordar, procurando e tentando apreender o que acontecia. Imaginou que talvez já soubesse do que se tratava. Ou não. Balançou a cabeça, passou a mão pelo rosto, notando-o logo um tanto suado. Avistou um certo aglomerado de alunos a alguns metros de onde estava, e sem perder tempo, caminhou apressadamente até eles. Não demorou muito para que visse o aglomerado dispersar-se e os alunos entrarem novamente em suas cabines quando o diretor - só então notou sua figura apática presente ali - ordenou que o fizessem. Aproximou-se do sr. Skuli e da outra colega presente, a sra. Whollf, e logo notou um lençol negro no chão, cobrindo algo no formato de...

Não disse nada, limitando-se apenas a encarar a face da colega, e logo ajoelhando-se no chão ao lado do que jazia ali. Levantou apenas uma pequena ponta do lençol, mas foi o suficiente para que visse, debaixo dele, a figura de um garoto, a julgar pelo tamanho e feição, um primeiranista, com sangue no rosto e nas vestes. Morto. Não havia dúvida. Cobriu o rosto do menino novamente, e ainda sem se levantar dali, virou-se na direção do diretor e da professora. Como se realmente chocado com o que acabara de ver, conseguiu apenas balbuciar algo que no momento não teve certeza se os outros dois entenderiam ou não.


- Não... O que...?
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Hokuto
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Re: O EXPRESSO DE HOGWARTS

Post by Hokuto »

Narração.
"Pensamento"
Alheios e blá
"A cavalaria chegou finalmente!" Hokuto sorriu debochadamente pra si mesmo ao ver a professora Meig@ falar com o sonserino que usava um insulflador para reanimar o pedaço de presunto desajuizado.

Não era lá grandes coisas com magia, mas o 'pequeno poste' sabia que o tinha sido feito por magia manobra trouxa alguma desfaria. Passou por ele também uma figura miuda e aparentemente decidida. Pelo nanismo e imperiosidade de um gigante, deveria ser o diretor. Confirmou a própria teoria quando o professor o olhou - depois de inclinar beem o pescoço - e lhe pareceu satisfeito com a sua atitude. Teve a sensação de dever cumprido, então virou-se e andou para o fundo do trem, não sabendo exatamente pra onde ia. Ficou satisfeito ao escutar ao longe:

"Todos os alunos de volta para as cabines neste instante! Eu disse TODOS! Quero APENAS os membros do corpo docente e funcionários. APENAS! Em pouco tempo chegaremos a Estação de Hogsmeade, então esperem seguros com seus colegas que os professores da escola cuidarão do que sucede. É uma ordem do diretor."
Quando fosse mais velho - porque em estatura já ultrapassara há muito - queria ser como ele, Hokuto constatou. Ele parecia ser obedecido porque emanava respeito e poder e não pelo status. Mas eram só suposições e devaneios.

Hokuto passava pelas cabines e via olhares esbugalhados e falatório sobre o acontecido e ficou particularmente irritado. Entrou no banheiro masculino e o trancou. Paz e sossego finalmente. Fez limpeza mágica no sanitário para ter onde sentar e passar a viagem lendo Orgulho e Preconceito, esquecendo o desavisado garotinho que virara presunto por imprudência.

Não que não se comovesse com o garotinho morto. Mas era justamente a comoção que tirava o juízo daqueles alunos bitolados e impedia que os professores passassem. O que fosse relevante de fato seria dito pelo professor no discurso de boas vidas ou correria na boca pequena.

Seja lá qual fosse o nome ou origem do moleque, ele tinha deixado uma sábia lição para Hokuto: Ensinar a sua prole a ser ajuizada, crítica e saudavelmente desconfiada. E também a não aceitar coisas que ele não soubesse a procedência.

Em tempos loucos, parecer maluco por ser saudavelmente paranóico era ver além.

Voltou os olhos para Lizzy e Mr. Darcy, figura travada e intrigante. Ainda tinha muito pela frente. Tanto no livro, quanto na viagem....
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Katerina B.
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Re: O EXPRESSO DE HOGWARTS

Post by Katerina B. »

  • Spoiler
    Narração
    Pensamentos
    Falas
    Falas de outros


    Primeiro vieram os sons de tambores, como se estivesse bem no meio da bateria de uma parada, então a palpitação surda em seu peito e, por fim, o suor frio que encharcou suas vestes e deixou-a tremendo num canto da cabine. Estava feito – por Merlin, Morgana, Circe e todas as sumidades do mundo bruxo. Tinha sido avisada das conseqüências e, mesmo assim, desrespeitara a regra maior, a única proibição. Lançara-se ao crime como Eva à maçã.

    Só ela sabia como havia sido incapaz de resistir.

    Puxou o ar para dentro dos pulmões num soluço doentio e procurou a pia com uma das mãos, enquanto o banheiro do vagão entrava em foco. Apoiou-se na pedra suja – e que provavelmente veria um pano limpo outra vez só na próxima viagem do Expresso –, tomou um impulso e pôs-se ereta em pernas errantes. Ah, a vida outra vez! Havia ido embora todo o incômodo, toda a inconveniência da preocupação perene. Estava se sentido até leve.

    E era ali que morava o perigo.

    Abriu a porta da cabine para o alvoroço de crianças e adolescentes correndo em todas as direções, falando alto e gritando. Alguém berrou muito escandalosamente alguma coisa parecida com “ele morreu!” e uma primeiranista chorosa esbarrou em suas pernas no meio de uma fuga cega. A professora de Feitiços franziu a testa e tentou avistar o epicentro daquela confusão.


    “Oh, não...”

    Olhou para o chão e viu sangue. Um arrepio macabro perpassou seu corpo anteriormente amolecido pelo alívio, avivando a centelha de preocupação que ela pensava ter sido varrida. Afinal, percebeu que não tinha como escapar da realidade apreensiva de seus dias e que era burrice tentar fugir dela. De um jeito ou de outro, estava amaldiçoada.

    E o tumulto, no final do corredor, apontava o sentido para o qual a maldição guiava.

    No entanto, antes de segui-la, acompanhou a trilha de sangue no sentido inverso, voltando no tempo. Neste ponto, a vítima tinha espirrado sangue por toda parede – uma artéria rompida ou obra de seus pulmões? –, e naquele, tinha aberto a porta da cabine com mãos ensangüentadas. Adentrou o pequeno espaço privado com cautela, evitando sujar suas sapatilhas, e olhou ao redor de si. Tirando a mácula óbvia do sangue, o local estava inalterado. Nenhum sinal de luta ou mesmo de invasão. A janela estava fechada e muito improvavelmente alguém a conseguiria abrir pelo lado de fora com o trem em movimento.


    “Será que mais alguém estava nessa cabine ou alguém de outra cabine entrou aqui dentro?”, ponderava, enquanto circulava devagar pelo cômodo como um lobo farejando cautelosamente o território alheio. Mais depressa do que esperava, encontrou a pista que faltava: o frasco sob o banco onde a vítima estivera sentada. Katerina sentiu o coração acelerar quando convocou o objeto amarelado com sua varinha e viu o que não devia. Alarmada, mas ainda assim incrédula, trouxe para si com um aceno o cheiro forte impregnado ali.

    O barulho de vidro se partindo se seguiu ao horror que a fez derrubar a varinha.


    “Mas não é possível!”, ela se recriminou entre ofegos e tremeliques, tentando consertar o que havia feito. Os cacos se reuniram com um feitiço perfeito e Katerina tratou de esconder a prova do envenenamento em sua bolsa.

    Estava lívida e usando vestes bruxas lilases quando saiu da cabine. A professora fez esforço para controlar sua postura magistral ao aproximar-se do aglomerado de pessoas no fim do corredor e, mesmo um pouco inquieta demais, conseguiu impor-se na multidão. O pronunciamento do diretor, que ela divisou-o com alguma dificuldade em meio à maré de alunos, ao invés de acalmá-la, arrepiou todos os cabelos em sua nuca por confirmar o que já sabia. Yuuri e o sonserino que antes dividira a cabine com eles estavam ali e respirar se tornou mais fácil ao constatar isso.


    - O que está acontecendo aqui? - sua voz, porém, falhou ao dirigir-se aos dois. Felizmente não precisou perder muito tempo, pois o diretor veio ter com Hokuto e dispensou-lhe uma série de agradecimentos mecânicos.

    Na mão de Skulli, havia um ambu com a máscara suja de sangue.


    - Professor, quem...o quê...? – balbuciou, sem obter sucesso em formular uma frase completa. Ele, no entanto, estava muito alvoroçado e simplesmente se afastou, sem perceber sua presença.

    Katerina fez um gesto pedindo paciência para os dois garotos, quando ela própria não tinha paciência nenhuma, e meteu-se na multidão atrás do diretor. Em alguns passos, atingiu o centro da algazarra.

    O corpo, coberto num lençol negro funesto.

    Lá estavam o diretor e uma mulher que reconheceu como professora, com quem nunca conversara, mas que sabia lecionar Poções há anos em Hogwarts. Nervosa, cercou-os sem se fazer notar e ficou a observar o cadáver. Logo, juntou-se a eles outro professor que lhe era estranho, vindo pelo lado oposto do corredor por onde ela chegara até ali. Ele abaixou-se e descobriu o cadáver. Sexo masculino, terrivelmente jovem.


    - Não... O que...? – ela suspirou quando ele também falhou miseravelmente em estabelecer comunicação coerente.

    À medida que as crianças obedeciam às ordens e se recolhiam, tornou-se evidente a presença da professora de Feitiços. A nervosa Dra. Blazek pigarreou, atraindo a atenção de todos. Lançou aos colegas um olhar longo e indignado, que suplicava com certa arrogância por uma explicação.


    - Que é que está acontecendo neste trem? Essa criança foi envenenada!
Kimdin
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Post by Kimdin »

Fala
narração
pensamentos
off
vc's *-*
Kim estava em seu vagão até q sentiu uma muvuca fora de sua cabine, foi correndo, abriu a porta em roladiças e foi seguindo a multidão que se aglomerava em um corpo extirado no chão, entrepassando pelas pessoas,kim não conhecia quem era o "presunto" da vez, entretanto em uma leve olhada para frente, estava Hokuto aos berros
Hokuto wrote:MANTENHAM A CALMA E ENTREM ORDENADAMENTE PARA OS SEUS VAGÕES. TENHO ORDENS EXPRESSAS DO DIRETOR PARA ANOTAR OS NOMES DAQUELES QUE NÃO OBEDECEREM AS ORDENS DO CARA! MANTENHAM A ORDEM E ENTREM CALMAMENTE NOS SEUS VAGÕES! REPITO: MANTENHAM A ORDEM E ENTREM CALMAMENTE NOS SEUS VAGÕES! O DIRETOR E PROFESSORES PRECISAM DE ESPAÇO PRA PASSAR, ENTÃO ENTREM CALMAMENTE NOS SEUS VAGÕES E NÃO SAIAM DE LÁ ATÉ A SEGUNDA ORDEM DO DIRETOR!
Vocês aí, eu já anotei o nome de vocês por não obedecerem as ordens do diretor! Todos para dentro! UM MORTO NÃO PRECISA DE CRISES DE HEROÍSMO, ENTÃO DEIXEM O DIRETOR AGIR!
Essa escola esta indo de mau a pior, como podem deixar isso acontecer, logo no começo do ano.. quer dizer, NEM começou o ano ainda e as histórias cabulosas estão a aparecer-Pensou kim pigarreando uma leve risada, olhando para a cara da Hokuto vai em direção contraria da multidão aglomerada em volta do presunto, depois de uns três passos, kim ouve uma voz conhecida
Diretor wrote:"Todos os alunos de volta para as cabines neste instante! Eu disse TODOS! Quero APENAS os membros do corpo docente e funcionários. APENAS! Em pouco tempo chegaremos a Estação de Hogsmeade, então esperem seguros com seus colegas que os professores da escola cuidarão do que sucede"...."É uma ordem do diretor."


Ao voltar seus olhos para a janela a fora, kim dah meia volta e vai rumo ao banheiro dos meninos, entra aos resmungos

Huff, se fossa na Finlandia não teria essa espécie de problema, alás, não teria problemas.. meu pai ministro da magia não iria gostar nada nada de saber disso, enfim .. acho q o diretor sabe oq faz, independente dele ser quem é ou não..- Logo ficou de cara com um espelho a sua frente, e encostou as mãos na piazinha de porcelana que estava a sua frente, abriu a torneira e deixou q a agua caisse em suas mãos, e logo passando por traz de sua nuca

tem alguem aki...e pelo jeito não é um menino.. tah mto quieto...-Pensou kim passando os olhos para cima e logo ouviu um barulho estrano q vinha de uma cabine dos vazos sanitarios.

off.: nhain, presunto no vagão \o
off.: Hok ~cilios


Mas não faz sentindo falar com pessoas que têm um lar, elas não têm ideia de como é procurar segurança em outras pessoas, procurar um lar onde você possa descansar a cabeça.

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Toda noite eu costumava rezar para achar pessoas como eu - e finalmente achei - na estrada. Não tínhamos nada a perder, nada a ganhar, nada que desejássemos mais - exceto transformar nossas vidas em uma obra de arte.Viva rápido. Morra jovem. Seja selvagem. E se divirta.
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Re: O EXPRESSO DE HOGWARTS

Post by Thomas_Black »

Thomas se sentiu aliviado a ser puxado pelo braço por uma professora que não conhecia. Estava feliz em se ver livre da responsabilidade de continuar fazendo aquilo que sabia ser fútil. Quando o coração de um trouxa pára devido a alguma doença ou problema essas manobras de reanimação podem recobrar o seu batimento, ao menos até que ajuda mais especializada se apresente, mas quando o coração pára por causa de magia...

No entanto não teria conseguido parar. Sentira que aquilo era a única coisa que podia tentar fazer pelo garoto e a fizera o melhor que pôde, portanto estava satisfeito consigo mesmo, não importava o quanto os demais bruxos o julgassem idiota. Afinal, reanimação só se faz nos mortos, pessoas vivas não precisam ser reanimadas. Thomas olhou para o garoto mais uma vez. É realmente uma pena. Tão novo, não teve muitas experiências na vida. Finalmente o diretor chegara, e sua ordem foi imediatamente obedecida por todos os alunos, que rapidamente trataram de retornar a suas cabines. Thomas ficou apenas o tempo que demorou para que o diretor tomasse de sua mão o insuflador que havia conjurado. Foi andando de volta até a cabine em que estivera antes, que estava vazia. Bem, talvez agora eu consiga dormir um pouco. Thomas sentou-se e voltou exatamente à posição em que se encontrava antes de sair da cabine. Sentado, com as pernas esticadas à sua frente e os olhos fechados.

O ano letivo mal começara e já havia um aluno morto. É, vai ser um ano no mínimo interessante.
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Re: O EXPRESSO DE HOGWARTS

Post by fênando »

O expresso de Hogwarts começou a deixar a estação 93/4, num movimento lento, ele via da janela as pilastras de ferro que sustentavam a estação ficando lentamente para trás e, aos poucos, foi pegando velocidade. Quando o expresso tomou um ritmo constante, não só o trem começou a andar mais animado como também os acontecimentos dentro dele. Nando continuava lendo o seu livro, ele adorava ler e aquela era realmente uma leitura interessante de um livro um tanto cômico. As vezes ele sorria pelo canto da boa ao ler uma passagem engraçada.
Algum tempo depois que o trem saíra da estação a guarda caça da escola, a Srta. LeFlay pediu licença e saiu da cabine onde eles estavam:

Tenho que falar com o Sr. Skuli antes de chegarmos em Hogwarts, mas daqui a pouco estou de volta.

Nando deu-lhe um leve aceno de cabeça como se lhe desse licença mas sem tirar seus olhos do livro. Voltou a ler o livro. Mas parecia que realmente ia ser difícil ler seu livro naquela cabine...de certa maneira ele sabia disso...insistira em ler o livro por burrice, uma voz do outro lado da cabine lhe interrompeu novamente



aaahn... e então Ferdinand, posso te chamar de Fe? O que está lendo aí tão entretido?- perguntou a garota.


claro que pode me chamar de fê ou de nando como quiser...- disse com um sorriso – é um livro sobre um garoto trouxa que as vezes se depara com o mundo bruxo e acontece coisas loucas com ele, mas eu vou parar de ler...eu nunca te vi na escola que ano você é? -perguntou à outra

Mas antes que ela pudesse responder uma gritaria infernal tomou conta dos corredores, alguém gritava com a voz ampliada para que todos no trem pudesse ouvi-lo. A menina que conversava com ele, Serena, logo deixou a conversa de lado para dar uma olhada no corredor e repassar o que estava acontecendo. “essa menina devia trabalhar no profeta diário”- riu consigo mesmo.



Olhaa tem um garoto ali, parece que está morto! Ora ora, onde estava o Sr. Skuli que não viu o que aconteceu? Olhem não fiquem assustados sim? Qualquer coisa é só soltar um ''bombarda'' que tá tudo certo, ok?

Nando riu daquela expressão e da excitação da menina pelo que havia acontecido, mas a cabeça dele trabalhava agora nas possibilidades, “por que o menino morreu estranhamente quando a Srta. LeFlay deixara a cabine? Ela já havia tido tendências assassinas antes e podia tê-las novamente!”Mas ele n sabia nada sobre o menino para especular qualquer tipo de envolvimento entre a guarda caça e esse garoto provavelmente morto nos corredores do trem que seguia para Hogsmeade. Mas com toda certeza ele iria descobrir alguma coisa, mas agora não era hora nem lugar, marcou a página do livro guardou-o no malão e voltou a olhar pela janela. O céu começava a escurecer.
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Biaa Le Flay
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Re: O EXPRESSO DE HOGWARTS

Post by Biaa Le Flay »

Agora que estava no corredor, a excitação tomava conta da bruxa. Tinha sido tão fácil, pensava ela. Como as pessoas são confiantes, acreditavam em tudo que lhe era dito ou mostrado, tolos! As pessoas são tão manipuláveis, basta você faze-las acreditar que está ajudando e que quer o seu bem acima de tudo, que elas contam até o seus segredos mais íntimos sem precisar utilizar o veritasserum .

Agora precisava sair dali rapidamente, pois já era possível ouvir vozes e passos fora das cabines. Alguém gritara algo, pelo visto um garoto. Enquanto caminhava em direção a voz, empunhando a varinha, uns pensamentos afloraram em sua mente. Teria sido mesmo necessário fazer aquilo? Sim, tinha. Ela sabia que tinha, não iria poder avançar se não tivesse feito aquilo. Bem, já estava feito e não adiantava ficar lamentando, não que ela estivesse lamentando. Esse sentimento era para os fracos. O lamento é o primeiro sinal de fraqueza e fraqueza não combinava com as características da sua casa, a Grifinória. Se bem lembrava, as características de cassa eram: sangue-frio, coragem, ousadia e.. não lembrava do último, mas também não deveria ser tão importante. Sim, era preciso ter muito sangue-frio, coragem e ousadia para fazer o que ela tinha feito. Ninguém poderia reclamar e muito menos desconfiar...

Despertou desse devaneio ao ouvir outra voz amplificada magicamente, dessa vez sabia que era do Sr. Skuli, o Diretor. Já estava bastante difícil de caminhar pelos corredores, dado a quantidades de alunos que tinham saído de suas cabines. Mas a guarda caças continuava a caminhar, notou muitos olhares assustados e expressões de choque, pelo visto algo muito grave aconteceu ou então essas crianças estão fazendo drama, elas se assustam contudo mesmo.

Finalmente chegara ao seu destino e lá já se encontravam o Sr. Skuli, a sra. Whollf e o Sr. Bergerson, este último acabara de murmurar algo incompreensível e sua expressão era de choque. Ela acompanhou o seu olhar e pode ver o que o assustava tanto. Ali entre eles, coberto por um manto preto, jazia algo que ela sabia muito bem que era um corpo. Não era muito grande, provavelemnte de um aluno, mas não podia ser. Isso não podia ter acontecido. Se ali estivesse um espelho, concerteza veria sua face branca como a cal.

Ela precisava saber o que estava acontecendo.
-O que houve aqui?- Está realmente morto?- Sua voz saiu rouca e irreconhecivel, até mesmo para ela. Se abaixou ao lado do Sr. Bergerson e levantou cuidadosamente o manto onde estava a cabeça da pessoa e notou que era um garoto, porém ela nunca o vira na escola, certamente o primeiranista que nem se quer teve a oportunidade de admirar a beleza dos terrenos de Hogwarts.
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Re: O EXPRESSO DE HOGWARTS

Post by Rah ~ »

  • Em meio uma transe, meio que controlável, Sophie “acordo” em frente à uma multidão, que parecia aglomerada por alguma razão. Ela ficou parada ali por alguns segundos, até se dar conta que realmente , estava ali. Aproximando-se camalmente do grupo formado de alunos, que pareciam olhar chocados para alguma coisa no chão. Ao observar mais atentamente viu que havia um corpo no chão. Seria algum aluno passando mal? Não. Devia ser muito pior á julgar pela expressão dos outros alunos. Ao se dar conta, ela apressou o passo até finalmente chegar à confusão. Uma voz grave de um dos alunos, que gritava para que todos entrassem na cabine, fez Sophie sentir algo, um sentimento estranho. Viu que já havia professores e que os alunos estavam começando a voltar para as cabines.

    Sim. Infelizmente parecia um aluno do primeiros ano, morto. Sophie não ficou olhando muito para o corpo, seus olhos por mais que quisesse, não conseguiam encara-lo. Ela olhou para o
    Diretor, que conjurou um lençol preto para cobrir o corpo. Foi bom, ela não sabia se poderia encarar mais uma vez aquele corpo. Suas feições estavam tão estáticas quanto os dos alunos que a poucos instantes estavam no corredor. Ficou em silencio, até porque não conseguia falar. Ainda sentia o seu colar queimando dentro das vestes, mas diantes aos acontecimentos, ela não ousou de tirar de dentro da roupa. Novamente a sensação que sentira um pouco antes de sair da cabine.

    Mudou suas feições. Agora seus olhos não passavam nenhuma expressão de surpresa diante ao fato do aluno morto. Claro sabia que havia algo errado ali, será que o aluno trouxera o objeto de “casa” ou ganhara de alguém dentro do trem? Ela olhou para dentro das cabines próximas e viu que alguns alunos observavam de dentro desta, através do vidro. Um aluno? Não, seria cruel demais. Um professor? Claro que não... Apesar dos “mistérios” guardados por alguns professoras, Sophie achava impossível essa hipótese. Ainda faltava alguns professores ali, talvez...Ela fechou os olhos como se aquilo fizesse esquecer a tal ideia absurda.


    -Pobrezinho...- Logo após escutou a professora de feitiços. - Envenenamento?
_________
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que nivel, que nivel...uu'
Agatha Saphira
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Re: O EXPRESSO DE HOGWARTS

Post by Agatha Saphira »

Spoiler
Narração ~ Fala ~ "Pensamentos" ~ Off
  • Se não bastasse ter de ver aquela trágica cena em sua primeira viagem no Expresso de Hogwarts, Ohanna agora tinha um outro problema parado a sua frente...

    - Você está bem? Merlim, como eu fiquei preocupada! Por que não entrou logo na cabine? Por que você tem que ser tão atrapalhado, Jão? Por que, hein? Vai, anda! Os professores daqui a pouco aparecem e vão cuidar do menino. Vamos! Adianta! Passa na minha frente! Não quero que você fique aqui vendo isso. Vai! Deixa essa menina aí que daqui a pouco ela se recupera. Cada um com seu pai assassinado, digo, com seus problemas.

    Se ela estava pálida, agora tinha seu rosto vermelho, seu sangue estava fervendo. Como aquela garotinha leu os pensamentos dela? Se lembrava muito bem de ter mantido sua mente fechada, ela tinha certeza que uma garota daquela idade não teria poder para adentrar na sua mente.

    - Pode parar ai sugeitinha. Você vai me explicar que história é esta de...

    Decididamente aquele não era o dia que Ohanna ia conseguir terminar algo antes de ser interrompida, pois a voz ampliada de uma garota ecoou por entre os vagões.

    - MANTENHAM A CALMA E ENTREM ORDENADAMENTE PARA OS SEUS VAGÕES. TENHO ORDENS EXPRESSAS DO DIRETOR PARA ANOTAR OS NOMES DAQUELES QUE NÃO OBEDECEREM AS ORDENS DO CARA! MANTENHAM A ORDEM E ENTREM CALMAMENTE NOS SEUS VAGÕES! REPITO: MANTENHAM A ORDEM E ENTREM CALMAMENTE NOS SEUS VAGÕES! O DIRETOR E PROFESSORES PRECISAM DE ESPAÇO PRA PASSAR, ENTÃO ENTREM CALMAMENTE NOS SEUS VAGÕES E NÃO SAIAM DE LÁ ATÉ A SEGUNDA ORDEM DO DIRETOR!

    Ohanna olhou a procura da origem daquela voz e descobriu ser uma aluna com roupas verdes, provavelmente da Sonserina.

    - Vocês aí, eu já anotei o nome de vocês por não obedecerem as ordens do diretor! Todos para dentro! UM MORTO NÃO PRECISA DE CRISES DE HEROÍSMO, ENTÃO DEIXEM O DIRETOR AGIR!

    “Ah sim, só o que faltava era uma aluna querendo dar ordem nos alunos! Até alguém realmente importante dar ordens para nos retirarmos, pretendo continuar aqui.”

    Como se percebesse a reação contrária de alguns alunos, uma voz forte, que Ohanna reconheceu como a do diretor Renan, ecoou no expresso.

    - Todos os alunos de volta para as cabines neste instante! Eu disse TODOS! Quero APENAS os membros do corpo docente e funcionários. APENAS! Em pouco tempo chegaremos a Estação de Hogsmeade, então esperem seguros com seus colegas que os professores da escola cuidarão do que sucede. É uma ordem do diretor.

    Aquilo sim era uma ordem para ninguém desobedecer, mas Ohanna não estava com a menor vontade de esperar outro momento para conversar com aquela recém-chegada e tratou de empurrar os dois para dentro da sua cabine e fechou a porta, trancando-a em seguida.

    - Os professores já estão cuidando do garoto e a ordem é entrar nas cabines, então trate de ir soltando a língua, sujeitinha. Que história é esta de pai assassinado? De onde você tirou isso? O que você sabe dele pra dizer isso?

    Ela estava explodindo de raiva, mas juntou toda a sua calma para falar de modo que não chamasse a atenção das pessoas do lado de fora da cabine. Aquela jovem a sua frente tinha algo estranhamente familiar que ela não conseguia reconhecer, mas o que mais a incomodava era como ela havia entrado nos pensamentos de Ohanna.

    “Será que eu me descuidei e abri a minha mente? Mas eu tomei tanto cuidado....”

    Off [1] Todos para dentro de suas cabines :evil:
    Off [2] Agora vou poder brigar a vontade com a Sheu 8)
    Off [3] Jaum, nada de se intrometer agora, deixa e a mana dialogarmos antes
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Re: O EXPRESSO DE HOGWARTS

Post by Gui M. »

  • Permanecia constante e absoluto em sua caminhada. Passou na frente das mais diversas cabines do expresso, analisando com sua habitual discrição os alunos alegres e animados com mais um ano de volta a Hogwarts. Não sabia ao certo para onde estava indo naquele momento. Apenas precisava ficar sozinho. Resmungou para si mesmo o fato de não encontrar nenhum espaço vago; precisavam renovar aquela velharia que fazia o transporte para a escola por mais de cem anos. Uma nova cara sempre é bem - vinda. Ainda mais para algo totalmente desgastado com o tempo.

    Sua preocupação desnecessária com a locomotiva cedeu espaço para a dor. Como se tivesse sido empurrado por um gigante, cambaleou pesadamente para o lado direito, vindo a chocar - se com a porta de uma das cabines. Dois alunos que ali estavam levantaram - se rapidamente, encolhendo - se para lado oposto, encostados à janela, temendo a inesperada reação de seu professor. Cerrou os olhos com extrema força, procurando apoio desesperadamente para voltar a erguer - se. Não funcionou.

    Todo seu corpo parecia estar sendo incinerado, e todos os seus membros já não correspondiam mais aos seus movimentos. Por sorte, ninguém mais, além daqueles dois alunos, presenciou aquela estranha cena. Sabia perfeitamente o que estava acontecendo; mais uma vez. Virou o rosto contorcido pelas fortes dores na direção de sua mão. Sim, a enfaixada. Todos os seus esforços para continuar acreditando em suas perspectivas estavam lhe exigindo um preço. Preço este, alto demais.

    Subitamente, a dor foi desaparecendo. Assim como ele esperava, do mesmo modo que havia acontecido nas outras vezes. Apoiou - se na bengala e, com um esforço sobrehumano, colocou - se em pé novamente. Esperou, encostado à parede oposta da cabine, enquanto ia recuperando as suas forças lentamente. Maldito seja. Até quando isso tudo ia persistir? Não podia se dar ao luxo de ter suas recaídas na presença dos alunos. Pior ainda... dos próprios professores.

    Uma voz ao longe o despertou. Abriu os olhos rapidamente, percebendo uma estranha movimentação de alunos que passavam por ele, todos atônitos. Não soube identificar o que estava acontecendo por ali, apenas permaneceu no lugar onde estava, ouvindo os resquícios de uma intensa gritaria. Um pouco mais revigorado do que lhe havia ocorrido, apoiou - se pelas paredes e foi junto ao mar de estudantes, guiando - se para o lugar que causava tamanho interesse em todos. Empurrou os mais exaltados para fora de seu alcance, desviando - se do aglomerado de curiosos que paravam diante de uma cabine entreaberta.


    - Vamos, saiam do caminho. Preciso verificar o que diabos está acontecendo por aqui.

    Chegou atrasado, pelo jeito. Todos professores, ao que parecia, já estavam presentes dentro do local. Aos poucos, os estudantes de Hogwarts que também observavam o interior do vagão, foram dispersados por ordens diretas do diretor Renan. Preferiu permanecer do lado de fora, sem chamar muita atenção para si. Foi quando o professor Bergerson, seguido pela guarda - caças, levantaram um manto negro estendido no chão. Embaixo do mesmo estava um... mas será possível... corpo?

    Assassinato. A primeira palavra que veio em sua cabeça.

    Ignorou o seu estado de enfermidade, empertigando - se ao ir andando em passos lentos para o interior da cabine. Ouviu as palavras da professora Blazek, ao confirmar a morte do aluno como sendo um envenenamento. Agachou - se ao lado do corpo, retirando o manto negro para observar o seu rosto mais atentamente. Um pobre garoto. Primeiranista. Levantou a cabeça investigativamente, percebendo as manchas de sangue que decoravam o interior do local. Estranho...

    Sua expressão permaneceu a mesma ao olhar diretamente para o falecido aluno. Até por que, isso tudo já não lhe impressionava mais. Como sempre diziam, nós nos acostumamos com a rotina. Retirou a varinha do suporte, passando - a sobre a cabeça do cadáver. Algumas palavras em uma língua indecifrável foram pronunciadas pelo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas. Um forte solavanco atingiu o seu corpo, trazendo a sua cabeça bruscamente para trás, assim como o desaparecimento parcial das pupilas de seus olhos. Sua respiração era fantasmagoricamente ofegante.

    Balançou a cabeça, recobrando a consciência logo em seguida. Piscou os olhos com certa força, trazendo a sua tonalidade azulada novamente. Não lhe restava mais nenhuma dúvida. Levantou do chão, afastando - se do corpo. Andou de um lado para outro dentro da cabine, recolocando os seus pensamentos em ordem. Olhou para cada um dos professores com uma expressão incrédula, falando para todos pela primeira vez.


    - Não tenho conhecimento sobre poções e, muito menos envenenamento. Mas posso afirmar - lhes que a morte desse garoto aconteceu na presença de uma magia negra muito forte. Mais do que eu imaginei... - completou, indicando com a varinha os feitiços que acabara de realizar no corpo do aluno morto.
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Re: O EXPRESSO DE HOGWARTS

Post by Sheu »

Por mais que Sheu quisesse que sua gafe passasse despercebida, isso não aconteceu. Claro que não iria. Como não prestar atenção quando falam de um pai assassinado?

- Pode parar ai sugeitinha. Você vai me explicar que história é esta de...

Mas a garota não pode continuar, pois algum aluno, tentando fazer com que todos se acalmassem, resolveu dar uma de diretor substituto. Evidente que não iria funcionar. Mas se o que ele queria era chamar atenção, conseguiu. Deveria ser um sonserino, decerto. Mas a voz seguinte, grave e séria, fez com que todos no Expresso se calarem para ouvir.

- Todos os alunos de volta para as cabines neste instante! Eu disse TODOS! Quero APENAS os membros do corpo docente e funcionários. APENAS! Em pouco tempo chegaremos a Estação de Hogsmeade, então esperem seguros com seus colegas que os professores da escola cuidarão do que sucede. É uma ordem do diretor.

*Certo. Salva pelo gongo*

Virou-se para o irmão e começou a falar.

- Vamos...

Mas não conseguiu sequer iniciar uma frase. A outra garota, de forma deseducada e impertinente, a lançou junto com o irmão para dentro do seu próprio vagão, com cara de poucos amigos, trancando-os em seguida. Sheu fechou logo a cara, desgostosa com a atitude da outra. Sabia que a menina queria explicações, mas seria aquela uma boa hora?

*Eu e minha língua grande*

- Os professores já estão cuidando do garoto e a ordem é entrar nas cabines, então trate de ir soltando a língua, sujeitinha. Que história é esta de pai assassinado? De onde você tirou isso? O que você sabe dele pra dizer isso?

Sheu deixou escapar um guincho de incredulidade.

*Sujeitinha?*

E olhou mais uma vez a garota dos pés à cabeça, medindo-a, para depois manter um olhar superior sobre a mesma. Algo nela a incomodava de uma forma estranha. Sentia um impulso incômodo de aproximar-se e afastar-se ao mesmo tempo. Não sabia o que isso significava, mas tinha certeza de que já não gostava da garota.

- Em primeiro lugar, quem você pensa que é para ir empurrando alguém assim? A dona do mundo? - e colocou as mãos na cintura, advertidamente - E pode destrancar logo essa porta ou eu mesma a colocarei abaixo - e sacou sua varinha do bolso do jeans - Isso se quiser conversar civilizadamente - e lançou um olhar irônico - o que eu duvido muito. Não sei nada sobre o que quer que seja isso que você está falando. Você só pode estar maluca.

Revelar que tinha captado os pensamentos da garota seria um grande erro. Como explicar isso? Os bruxos não eram telepatas, mas sabiam invadir a mente de um oponente quando desejavam. A questão era que Sheu não queria ter visto ou ouvido o que a garota agora questionava. O que estava acontecendo com a grifinória? Por que agora tudo parecia tão fora de controle?

Off: se eu revelasse tudo nois num brigava, neh? uia
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Re: O EXPRESSO DE HOGWARTS

Post by Agatha Saphira »

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Narração ~ Fala ~ "Pensamentos" ~ Off
  • Aquela garota pareceu ficar olhando Ohanna de cima abaixo com um queixo empinado que fez Ohanna quase perder o controle, se não bastasse adentrar nos pensamentos dela, ainda tinha de fazer aquilo?

    - Em primeiro lugar, quem você pensa que é para ir empurrando alguém assim? A dona do mundo? E pode destrancar logo essa porta ou eu mesma a colocarei abaixo. Isso se quiser conversar civilizadamente, o que eu duvido muito. Não sei nada sobre o que quer que seja isso que você está falando. Você só pode estar maluca.

    Sem dar a menor importância para a possível chegada de algum professor, Ohanna já empunhava a sua varinha e agiria sem o menor receio, pois o máximo que poderia acontecer é ela ser expulsa de Hogwarts e voltar para sua antiga escola, Beauxbatons.

    - Olha quem fala, uma sujeitinha que adentra nos pensamentos dos outros sem permissão e sem ao menos termos trocados uma ou duas palavras. Não venha me dizer que foi por acidente, pois eu sei muito bem deixar a minha mente fechada e ninguém faria o que você fez se não tivesse alguma intenção.

    Ohanna estava com tanta raiva que seria capaz de fazer alguma besteira naquele mesmo instante, sem nem ao menos se importar com todo aquele pessoal do lado de fora. Eles estavão "entretidos" no garoto que fora assassinado e dificilmente prestariam atenção naquela cabine.

    - Eu não terei medo de usar a minha contra você. Não terei problema algum se for expulsa desta escola e voltar para Beauxbatons, então trate de me contar a verdade mocinha, conheço magias que você não deve nem saber que existem ou nunca deve ter pensado em usar. Como você conseguiu entrar na minha mente? Ninguém sairá desta cabine antes de você me explicar isso.

    Off [1] Acho que não peguei muito pesado,né?!
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Sheu
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Re: O EXPRESSO DE HOGWARTS

Post by Sheu »

Pronto! Sheu estava totalmente fora de controle. Como se não bastasse sua atitude insensata de sacar sua varinha, sabendo que tal coisa era inadimissível para a escola, agora a outra também erguia a sua. Estavam dando mole para o azar. Já tinha uma detenção e não queria outra. Mas como guardar sua varinha se a outra a ameaçava?

- Olha quem fala, uma sujeitinha que adentra nos pensamentos dos outros sem permissão e sem ao menos termos trocados uma ou duas palavras. Não venha me dizer que foi por acidente, pois eu sei muito bem deixar a minha mente fechada e ninguém faria o que você fez se não tivesse alguma intenção.

Sheu estava vermelha como um pimentão. Como aquela menina conseguia tirar ela do sério daquele jeito? A grifinória respirou fundo, tentando não estuporar a outra.

- Eu ... não... invadi...sua...mente...garota - disse pausadamente para ver se a garota idiota conseguia captar a idéia - Parece que você não escuta o que te falam. E se você é tão boazuda assim pra usar a oclumencia, não estaria aqui me acusando de ter passado por cima de suas graaaandes habilidades.

Sheu não queria ter falado aquilo, mas saiu meio sem controle. Estava nervosa, tensa e irritada. Apesar de não estarem a plenos pulmões, uma parte da mente racional de Sheu começava a se perguntar se não estavam escutando nada do lado de fora. Afinal, tudo havia ficado meio silencioso, desde a morte do menindo. A voz ameaçadora da outra garota tirou Sheu de seus devaneios.

- Eu não terei medo de usar a minha contra você. Não terei problema algum se for expulsa desta escola, então trate de me contar a verdade mocinha, conheço magias que você não deve nem saber que existem ou nunca deve ter pensado em usar. Como você conseguiu entrar na minha mente? Ninguém sairá desta cabine antes de você me explicar isso.

Sheu revirou os olhos.

*MERLIM! Que menina idiota e irritante*

- Ah! Só podia ser uma garotinha criada com a mordomia-tudo-na-mão-filhinha-da-mamãe de Beauxbatons. E não me chame de mocinha! Eu conheço muitas magias para a SUA informação - e meteu o dedo na cara da outra menina - Magias até que VOCÊ mesma desconheça. Você é o que? - e avaliou com desdém a menina - Quintanista, talvez? Passei por muitos países com a mochila nas costas antes de chegar onde estou, queridinha, então não me venha com o seu "mocinha"! Qual é o seu problema, afinal? - se exaltou - Não acha que ninguém seja capaz de entrar na sua mente? Acha que suas habilidades são tudo? - falou, irônica - Eu não devo explicações a você. Agora saia da minha frente antes que eu te exploda junto com essa porta!

E apontou a varinha na direção da porta. A discussão tinha chegado em um nível muito perigoso agora.

Off1 Acho que eu peguei muito pesado! 8)
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Off3 Nois é boa de briga :twisted:
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Agatha Saphira
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Re: O EXPRESSO DE HOGWARTS

Post by Agatha Saphira »

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  • - Eu ... não... invadi...sua...mente...garota. Parece que você não escuta o que te falam. E se você é tão boazuda assim pra usar a oclumencia, não estaria aqui me acusando de ter passado por cima de suas graaaandes habilidades.

    Se aquela garota estava tentando irritar Ohanna ela estava conseguindo. Adentra na mente dela e ainda faz pouco das habilidades de Oclumência, aquilo tira sido intolerável, ela naum devia ter dito aquilo.

    - Ah! Só podia ser uma garotinha criada com a mordomia-tudo-na-mão-filhinha-da-mamãe de Beauxbatons. E não me chame de mocinha! Eu conheço muitas magias para a SUA] informação. Magias até que VOCÊ mesma desconheça. Você é o que? Quintanista, talvez? Passei por muitos países com a mochila nas costas antes de chegar onde estou, queridinha, então não me venha com o seu "mocinha"! Qual é o seu problema, afinal? Não acha que ninguém seja capaz de entrar na sua mente? Acha que suas habilidades são tudo? Eu não devo explicações a você. Agora saia da minha frente antes que eu te exploda junto com essa porta!

    "Ora, Ora, ora, esta garotinha deve se achar muito da importante pelo jeito!"

    - Pode tirando este teu dedo imundo da minha cara! Não tentes medir forças comigo, eu já viajei a vários cantos deste mundo acompanhado de um dos maiores bruxos que Hogwarts já viu. Eu sei magia de todos os tipos e lutas variadas, se eu sou uma quintanista, você não deve estar muito atrás de mim. Embora muito me surpreenda que uma mocinha como você possa chegar ao quinto ano.

    Nunca havia passado pela cabeça de Ohanna falar algo daquele jeito, ela simplesmente estava perdendo o controle. Não reconhecia mais aquela garota calma e paciente que sempre fora, ela simplesmente estava prestes a lançar um feitiço naquela que estava se atrevendo a desafiá-la naquela cabine.

    - Você não sabe da minha vida para dizer que sou uma mordomia-tudo-na-mão-filhinha-da-mamãe. Beauxbatons não escolhe qualquer tipo de aluno para estudar lá, tive de me dedicar muito para conseguir tudo o que consegui naquela escola. Posso não ser a melhor em Oclumência, mas sei muito bem que não seria qualquer um a entrar na minha mente, e isso vale como um elogio para você, viu? - falou com uma expressão de deboche em seu rosto e faiscas saindo de sua varinha - E não venha tentar desviar o assunto garotinha pertinente, eu quero saber como você adentrou na minha mente e ninguém sairá desta cabine. Desembucha senhorita sei-tudo-de-feitiços, quero ver quem é garotinha.

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Daniel Feather WP
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Re: O EXPRESSO DE HOGWARTS

Post by Daniel Feather WP »

Daniel entrou no expresso junto dos novos colegas, mas logo notou que um deles - o garoto, João, que sofrera o "acidente" tinha ficado para trás. Caminhou ao lado da garota até que chegaram na última cabine do trem, onde um garoto também mais velho estava parado na porta. Daniel apenas balançou a cabeça para cumprimenta-lo, e quando entraram ele quase levou um susto ao ver Sheu praticamente pular em cima de uma outra garota que estava sentada num cantinho, parecendo não muito bem. Logo descobriu, por um motivo óbvio, que seu nome era Nana, e realmente lembrava de tê-la visto alguma outra vez pelo castelo.

Daniel ajeitou-se na poltrona, mas sem colocar suas coisas no bagageiro, na verdade só porque acabou esquecendo desse "detalhe". Ficou só olhando a conversa animada de Sheu (apesar de que Nana não parecia muito), e cumprimentou a garota também com um aceno de cabeça. Logo um outro rapaz, além dele e do outro que estava antes parado na porta, entrou ali, logo se dirigindo a Sheu, e pelo ânimo e tom da conversa dos dois Daniel imaginou que se conheciam e já não se viam há um bom tempo.

Ele deu um sorrisinho ao ver como os outros estavam animados, mas a verdade era que ele não conseguia se sentir daquela maneira, de jeito nenhum. E tinha certeza de que seria assim até o último ano, se é que chegaria vivo até lá... Acordou de seus pensamentos quando o garoto que acabara de entrar se apresentou (seu nome era Carlos), perguntando se podia ficar ali na cabine. Daniel tentou dar um novo sorriso para ser gentil, e disse:

- Oi Carlos, eu sou Daniel, estou no 3º ano. E, claro, pode ficar sim, por mim, tudo bem!

Logo em seguida, o outro garoto, Filipe, que na verdade já havia se formado (Daniel pensara que ele era aluno do sétimo ano), disse que precisava ler um livro, mas os deixou conversar à vontade. Daniel também queria ficar um pouco quieto, pensar um pouco nas coisas, mas achou que talvez fosse melhor justamente não ficar pensando. Pelo menos durante a viagem poderia se distrair um pouco, não poderia?

Ia dizer algo qualquer, mas então Sheu lhes pediu licença por alguns instantes e deixou a cabine, novamente iria procurar o irmão que tinha ficado sabe-se lá onde pelo caminho. Ele apenas fez que sim com a cabeça enquanto a garota já saía pela porta da cabine. Daniel ficou em silêncio enquanto Nana parecia dormir, Filipe lia seu livro e Carlos parecia não saber se ficava ali ou se ia atrás de Sheu. Talvez se saísse também, nem que fosse para andar pelo corredor... Mas e suas coisas? Não podia deixá-las ali; não que ele não confiasse nos colegas ali, mas ele sabia muito bem que não podia deixar sua mala sozinha devido a um certo objeto especial que levava dentro dela... Por sorte ainda não tinha colocado no bagageiro, e assim não ficaria constrangido por arrasta-la com ele. Sim, já havia decidido, iria "dar umas voltas". E acabava de ter uma idéia.

- Me desculpem, vocês me dão licença também? eu lembrei que preciso falar urgente com o... com um professor, vou ver se encontro ele na cabine dos professores, mas eu volto logo. - disse aos garotos que continuaram ali.

O garoto deu um sorriso tímido e deixou a cabine sem olhar para trás. Ele realmente queria falar com um certo professor, mas não sabia se ia fazer aquilo agora. Ainda tinha a sensação de estar procurando por alguma coisa que não sabia o que era.. Caminhou pelo corredor, olhando pelas cabines, os colegas quase todos muito animados. Tão animados que chegavam a gritar. Mas aqueles gritos não eram de alegria; muito pelo contrário. Ainda ouvia de longe, mas ele sabia que eram ali dentro do expresso. Correu na direção da parte da frente do trem, de onde achava que os gritos estavam vindo. De repente avistou ainda bem longe uma massa de alunos, e pôde ouvir a voz do sr. Skuli soar bem alto. Estava mandando que todos os alunos voltassem a suas cabines pois os professores cuidariam "do que sucede". Mas o que estava acontecendo?

Daniel correu na direção contrária dos alunos que voltavam para as cabines, e pela expressão da maioria deles, alguma coisa muito grave tinha acontecido. Ele chegou a esquecer da ordem que acabara de ouvir do diretor, ainda mais quando conseguiu enxergar algo coberto por um lençol negro no chão perto de onde já estavam todos os professores e ainda a srta. Le Flay. Ele sabia que não podia ficar ali, mas simplesmente ficou imóvel ao ver o rosto ensanguentado de um garoto debaixo do lençol negro erguido pelo sr. Bergerson. Havia sangue no chão e até mesmo um pouco na parede. Daniel arregalou os olhos, imediatamente lembrando de... Ainda parado ali no meio do corredor, a alguns metros do garoto que estava no chão e dos professores, Daniel apenas conseguiu olhar para Renan, que além de Meig@ era o único ali que estava por perto na época em que aquelas coisas aconteceram...
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Contagem inversa:
1

*Ainda não acabou...*

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Yes, we're twins u.u
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