Aposentos do Professor de Feitiços

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Aposentos do Professor de Feitiços

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Re: Aposentos do Professor de Feitiços

Post by Hokuto »

Algo lhe dizia que era o correto o que estava fazendo. Não poderia achar que uma sala vazia, a vista de todos seria o suficiente para esconder um menino. Era quase como mantê-lo em cárcere privado. E imprudente da parte dele.

Crianças eram curiosas. E a maioria delas, naquela instituto, era poderoso e boníssimo em qualquer coisa. Ou seja, o que ele demorara anos para aprender, qualquer um quebraria com um alohomorra. Não que fosse correto, mas faltava noção de realidade a elas.

- Senhor Fea... Digo, Johnson, teria a gentileza de me esperar aqui?

E saiu pela porta sem esperar resposta.
--

Ps: Dan, meu quarto tá zerado ainda. Mas você ver os livros (ele terá livros) ou olhar pela janela. E ficar muito puto com o Hokutones aisuhdaiushdaiushdiuashda =*
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Hokuto
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Re: Aposentos do Professor de Feitiços

Post by Hokuto »

Deu a senha e um suspiro. Aparecer no próprio quarto o lembrava o quanto estava cansado. Estava virado. E triste. Mas ainda tinha que lidar com problema dos outros. Talvez aquela fosse sua sina. A porta atrás de si fechou sozinha e trancou-se para mais ninguém. Ainda bem, ele pensava.

Cansado de deveneios, entrou no quarto e viu o pequeno Feather - sim, para ele era Feather e ponto final! - olhando algo pela janela. Desfez os feitiços e virou o menino para si.

- Espero que agora sua vida tenha algum sentido. - Sorriu de forma cansada e virou o menino para a janela.

Suspirou. De novo. Precisaria dormir depois daquilo tudo.

- Menino Feather?

Daniel virou-se. E agora só Deus sabe o que aconteceria...

---------

Oh, man! Merda no ventilador. =D
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Daniel Feather WP
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Re: Aposentos do Professor de Feitiços

Post by Daniel Feather WP »

Daniel seguiu Hokuto até seus aposentos, deixando para trás os novos amigos. Ficou se perguntando o que Rodrigues queria dizer com aquilo, o garoto pareceu um pouco irritado com o que tinha acontecido, mas Daniel não podia simplesmente... deixar aquele assunto de lado. Além do que, bem ou mal Hokuto agora era professor, e por mais que tivesse dito que Daniel não precisava ir aquela hora, o garoto não podia saber qual seria a reação dele se falasse que não iria.

Chegaram nos aposentos do novo professor e, mal entraram pela porta, e Hokuto lhe disse:

- Senhor Fea... Digo, Johnson, teria a gentileza de me esperar aqui?

Daniel concordou com a cabeça, se perguntando o que afinal o ex-colega e agora professor estava pretendendo com aquilo tudo. Não fazia a minima idéia, mas já começava a temer se aquilo fosse algo que estivesse aprontando pra cima dele. Hokuto não fazia o tipo de quem aprontava para alguém assim, mas ele sempre fora um pouco... diferente.

De qualquer forma, ele ficou ali esperando, torcendo para que tudo aquilo não demorasse muito e ele pudesse voltar logo para a compania de seus amigos - se isso fosse mesmo acontecer. Viu alguns livros sobre a mesa e deu uma olhada neles. Pareciam interessantes, mas achou melhor não tocá-los, não podia saber se estavam protegidos por algum feitiço perigoso ou algo do tipo. Então ele caminhou até a janela e ficou observando a paisagem cinzenta lá fora. O vento gelado soprava mais e mais...

Ele sentiu novamente um arrepio na espinha, mas agora muito mais forte que os de antes. Só esperava que não passasse mal ali sozinho, ou pior, que acabasse ouvindo aquela voz lhe dizendo aquelas coisas. Felizmente isso não aconteceu. E talvez por isso ele acabou se distraindo olhando para a janela, tanto que nem percebeu quando o sr. Umeda voltou para a sala. Só o notou quando o ouviu dizendo:

- Menino Feather?

Daniel virou-se e então viu algo que jamais poderia esperar naquele instante, nem em nenhum outro. Um garoto da sua idade, com a sua altura e praticamente o mesmo rosto. Não, não podia ser... Ele estava morto, morrera diante dos olhos de Daniel nos jardins, a quase dois anos. Definitivamente não era ele... Daniel arregalou os olhos, primeiro, e em seguida sentiu-se muito irritado. Então disse, praticamente gritando:

- Mas que tipo de BRINCADEIRA SEM GRAÇA É ESSA?

Ele nem pensou no que estava fazendo. Sentia uma raiva tão grande, que fez tudo por impulso. Correu na direção do garoto que se passava por seu irmão gêmeo e rapidamente o atingiu com um pesado soco no rosto. Iria fazê-lo pagar, iria arrancar aquela imagem dele, quem quer que fosse. Ele não permitiria que brincassem com ele daquela forma, não deixaria que usassem a imagem de David daquele jeito...

Ele se preparou para acertar outro soco no garoto, dessa vez na altura do estômago, não ia parar até que o outro deixasse aquela "forma". Porém, o garoto, que havia caído no chão, esticou as pernas e acertou a barriga de Daniel com um chute forte. Daniel acabou se desequilibrando e também caiu, mas nisso bateu forte a cabeça ao pé da mesa,e alguns livros (bem) pesados caíram sobre sua cabeça. Ele sentiu uma dor horrível, mas não pior do que a que ele sentia por dentro, por causa da situação. Ele levou a mão ao lado esquerdo da cabeça, onde havia batido, e viu que estava sangrando. O outro então, subiu por sobre ele, tentando imobiliza-lo, levantou o braço para acerta-lo com um último soco e disse algo que o deixou ainda mais abalado. Tanto que só o que ele conseguiu dizer, com voz fraca e algumas lágrimas que não conseguiu conter, foi:

- Por que estão fazendo isso comigo? Por que?...



Off eu mexi um pouco o David, mas é conforme a gente combinou =D ele vai postar agora ja em seguida \o/
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*Ainda não acabou...*

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Re: Aposentos do Professor de Feitiços

Post by David Feather »

Depois de uma longa jornada, finalmente chegaram ao destino. Uma sala não muito diferente da outra, talvez um pouco menor. O quarto do amigo, onde, por certo, ele estava destinado a ficar por alguns dias. Mas até quando poderia contar a gentileza do jovem? Até porque não necessariamente o rapaz respondesse por si mesmo. E, realmente, o garoto não tinha intenção alguma de causar problemas a alguém que o ajudara tanto...

- Espero que agora sua vida tenha algum sentido. - o rapaz lhe disse, dando-lhe um sorriso fraco, mas sincero.

Thiago sorriu também ao amigo. Confiava nele. Não sabia por que, mas confiava. Ainda não entendera o que ele quisera dizer, mas pensou em lhe dar um abraço. Entretanto, antes que o fizesse, o rapaz o virou na direção da janela e apontou na direção de um garoto que estava parado ali, de costas para eles. Chamou-o de "menino Feather", e então o garoto virou-se na direção deles. Silêncio total. Não por muito tempo.

Imagine. Você acorda, num belo dia, sem memória, numa travessa em um vilarejo esquisito. Depois de uma dose de confusões e desventuras, acaba encontrando um rapaz que o ajuda e o leva para um castelo... mágico. Você passa a noite numa sala vazia e, no dia seguinte, o rapaz - que anuncia ser professor de feitiços - o leva para seus aposentos, carregando-o nas costas envolto por uma capa. E ao chegar aos aposentos, você se depara com um garoto que é exatamente idêntico a você, a não ser pelo corte de cabelo e pelas roupas. Esse garoto fica enfurecido, do nada, grita algo qualquer e avança em você, acertando-lhe um belo soco na cara. O que é que você faria depois de tudo isso?

Thiago caiu ao chão com o impacto do soco dado pelo clone. Ficou tão surpreso e sem reação que quase tomou outro soco, desta vez no estômago, logo em seguida. Simplesmente não poderia ficar parado, apanhando. Tinha de se defender, ao menos. Mas não era só isso. Havia algo além... Fechou a cara e subitamente seu rosto assumiu uma expressão muito mais sombria. Ainda caído, juntou suas forças e acertou um chute no outro à boca do estômago. Preciso.

O clone caiu ao pé da mesa que havia ali e, com o impacto, derrubou uma pilha de livros sobre a própria cabeça. Azar o dele. Sem hesitar, Thiago pulou por sobre o garoto, prendendo-lhe as pernas com as suas próprias e segurando-lhe pelo colarinho com a mão direita. Ergueu o braço esquerdo, aprontando-se para desferir um nada amigável soco, e então disse:


- É. Parece que eu não preciso de muito esforço pra vencer você.

Começou a descer o braço para acertar o rosto do garoto. No entanto, parou ainda no meio do movimento. Ele estava chorando. E ferido. Sangrando. Além disso, já não esboçava qualquer reação. Thiago poderia tê-lo destruído completamente ali, se fosse possível, e o garoto nada faria para se defender. Nada. E com isso, por alguma razão, o próprio Thiago já não se sentia capaz de fazer qualquer mal ao garoto. Ao clone. Só precisava entender o que estava acontecendo...



<Off>> Como nos velhos tempos...
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Re: Aposentos do Professor de Feitiços

Post by Hokuto »

Irmãos se batem, é verdade. Mas amor daquele jeito, ele nunca tinha visto. E quando o desmemoriado simplesmente ia bater até desacordar o outro que era a exata semelhança, sentiu que aquele clima de briga irmã ja tinha acabado.

- Vocês dois podem perfeitamente fazer confusão aonde quiserem neste castelo, exceto no meu quarto. TÁ PENSANDO QUE É A CASA DA MÃE JOANA AQUI, RAPAZ? - Ele exclamou irado.

Com um movimento de varinha, conjurou cordas e prendeu o suficiente para mantê-lo imóvel, mas sem machucar o rapaz de cabelos curtos.

- Eu me pergunto quanto você passou fora da civilização para tratar seu irmão gêmeo.

Virando-se para o outro, desferiu:

- Que tipo de orégano você fumou para cumprimentar seu irmão com um soco? Se agora você está como está, foi porque provocou. Tome, - Hokuto ofereceu o próprio lenço. - se limpe, rapaz, e me diga: preciso usar cordas com você também?

Ele não gritava, mas era extremamente enérgico e severo. Sua expressão dava medo.

- Vocês vão conversar civilizadamente ou eu tenho que obliviar as mentes e recorrer o Bergerson, na esperança de que ele aja como o homem sensato que vocês estão longe de ser?

O professor respirou fundo, buscando serenidade.

- Eu quero que você tenha um passado e um nome e não hematomas e olhos roxos. Por que você não consegue ser com ele o cara legal que você é comigo? - Perguntou para o menino amarrado, aparentando cansaço e decepção.

Virou-se para o Daniel.

- Eu sei que você tem passado por momentos ruins desde que nasceu, praticamente. Mas se ajudá-lo, vai estar ajudando a si mesmo. O que você está fazendo não está te ajudando. Diga-me, agora você é uma pessoa melhor porque deu murros e pontapés nele? - E apontou para David (por exclusão). - Vocês podem se ajudar. E eu posso ajudá-los. Os dois, apesar de ter achado ele primeiro e você querer que eu morra de forma lenta e dolorosa. Você não pode esquecer que não está só. E nem nunca esteve por aqui em Hogwarts. - Por impulso, abraçou-o.

Hokuto completou ao soltar o menino:

- Eu vou desamarrar aquele cara ali, vocês vão conversar civilizadamente enquanto arrumam o meu quarto. Ou eu vou aplicar uma suspensão tão pesada que vocês dois vão se arrepender de terem alma. - Ele ameaçou.

E esperava ser obedecido, concluiu mentalmente, enquanto desamarrava o outro rapazote.
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Re: Aposentos do Professor de Feitiços

Post by Morgana Flamel »

Off: Entrega especial!!
Hoks, eis a carta, esteja a vontade de arrumar o post, qualquer coisa me avisa!! \o/


_______________________________

*um guincho forte e alto se faz ouvir e uma enorme ave atravessa a janela do quarto de Hokuto*
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*Era uma harpia, medindo pouco mais de 1m e com 2,5m de enveenvergadura de suas asas, era Aquiles e Hokuto conhecia bem a ave, ela tinha uma carta presa nas garras, deu um rasante no quarto largou a carta no colo do professor e guinchando mais uma vez saiu por onde entrou*

Na carta, o rapaz reconheceria a caligrafia fina e rebuscada... Estava endereçada da seguinte forma:

Para: Hokuto Umeda

De: Louis Bourbon Flamel


Conteudo da carta
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Fala Senhor dos Mistérios Ocultos!! Como vão as coisas? Como é que se diz mesmo... O-genki desu ka? Ah moleque, me sai bem agora hein!!rs
Me fala, você e a Morgana ainda estão inteiros? Nada de feridos ou membros arrancados??rs

Falando sério agora... Gostaria de agradecer imensamente o favor que está me fazendo... Não poderia confiar em mais ninguém essa tarefa. Sei que devo ter lhe causado problemas, me perdoe, mas não consigo pensar em mais ninguém para proteger o que me é de mais valioso.
Sei também que lhe devo muitas explicações, já que na última carta, apenas lhe preveni do temperamento de Morgana e comentei superficialmente de que estava com problemas e que você ficaria responsável por ela... Pois bem meu amigo, não o deixarei mais no escuro, mesmo porque, é bem capaz de Morgana te encher de perguntas para saber o que lhe disse na carta. O que acontece Hokuto, é que a França não é mais um lugar seguro, você deve se lembrar que minha família combate as Artes das Trevas a muitas gerações e que tivemos na última guerra uma participação bem significativa... Bem, o que vou lhe revelar é muito doloroso, portanto serei direto. Meus pais foram assassinados e por pouco Morgana também não foi... Jacques e eu só tivemos tempo de salva-la, estão nos caçando... Estamos tentando encontrar quem está por trás disso e entender o porque dela ser o próximo alvo... Porque, eles foram bem específicos ao matar meus pais e seguirem para Morgana ao invés de Jacques e eu... Não que não estejamos na lista, mas não somos prioridade por enquanto... E isso muito nos preocupa...
Devo dizer que também deixamos Morgana no escuro, não lhe revelamos quase nada, confundimos a memória dela, portanto ela não sabe que quase foi morta... Jacques lhe disse que nossos pais morreram num acidente, que uma de suas experiências foi mal sucedida... Mas ela não é ingênua... Já desconfia de alguma coisa, ou de muita, mas não concordamos e nem discordamos em nada e isso a irrita muito... Ela era muito apegada ao nosso pai e provavelmente está sofrendo muito com isso... Mas ela não gosta de demonstrar, principalmente em um lugar em que ela não conhece ninguém... Ela pode aparentar estar bem e mostrar carisma e simpatia com todos, mas por dentro ela está sangrando e chorando muito, ela não confia facilmente nas pessoas Hokuto, mas ela gosta muito de animais, consegue se comunicar facilmente com eles e eles tem grande simpatia para com ela também... Talvez isso ajude em alguma coisa... Ela provavelmente deve estar muito irritada e isolada, já que ela nunca ficou muito longe de Jacques ou de mim... Sempre tinha um dos dois ao lado dela, nossa família sempre foi muito unida e isso provavelmente deve estar chateando-a muito...
Lembrei-me de outra coisa, por incrível que pareça, ela se dá bem com crianças também... Ela não tem muita paciência com garotos de sua idade ou um pouco mais velhos... Cuidado Sr. Oculto!rs Por ela ser muito bonita, muitos engraçadinhos tentam tirar vantagem (eis a maior preocupação minha e de Jacques), esses miseráveis ficam se engraçando com ela e posso confessar que pelo menos dois acabaram indo para o hospital local devido a isso, cortesia minha é claro, Jacques é mais discreto e normalmente acaba por usar uma chave de portal jogando os indivíduos em qualquer lugar do planeta longe bastante da nossa garotinha... E com a memória confundida... Ela que não saiba disso...
Bom, acredito que disse tudo... Sempre que possível lhe escreverei... Qualquer coisa que souber aviso... Mais uma vez agradeço por tudo que está fazendo e que tenho uma divida eterna de gratidão contigo meu amigo.

Arigato Gozaimasu
Ki o tsukero na
Mata Ne!

Louis

PS. Até que estou mandando bem em japonês hein... As aulinhas valeram a penas, rsrs.
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Re: Aposentos do Professor de Feitiços

Post by Daniel Feather WP »

Daniel estava se sentindo muito triste. Tanto que nem conseguiu nem tentou fazer mais nada. Ele fechou os olhos e esperou que o garoto o acertasse com um soco, mas isso não aconteceu. Ele não viu que o próprio garoto tinha "desistido" de lhe dar um murro. Quando se deu conta, ele já estava amarrado, e Hokuto exclamava, parecendo muito irritado:

- Vocês dois podem perfeitamente fazer confusão aonde quiserem neste castelo, exceto no meu quarto. TÁ PENSANDO QUE É A CASA DA MÃE JOANA AQUI, RAPAZ?

Daniel, ainda deitado no chão, se encolheu todo enquanto o professor se dirigia ao outro garoto, no mesmo tom. Ele chegou a temer que Hokuto lhe fizesse algo, especialmente porque ainda tinha a varinha nas mãos e tinha uma expressão de quem estava irado. E quando Hokuto virou-se para ele então, só faltou Daniel se expremer contra a mesa. Ele ouviu as palavras do rapaz, com os olhos estalados:

- Que tipo de orégano você fumou para cumprimentar seu irmão com um soco? Se agora você está como está, foi porque provocou. Tome, se limpe, rapaz, e me diga: preciso usar cordas com você também?

Ele tomou o lenço com um certo receio, e então o levou até ao ferimento na cabeça, sentindo que ardia muito. Ele não soube como, mas se atreveu a responder, ainda que com uma voz fraca e soluçando, sem conseguir parar de chorar:

- Ele não é meu irmão, não pode ser. Meu irmão morreu, morreu na minha frente, pra salvar a minha vida. Eu não sei quem é esse aí, mas não é meu irmão, não é!

A expressão de Hokuto ainda era... um pouco espantosa. E por isso Daniel continuou encolhido, agora sentado encostado na mesa, enquanto o rapaz voltou a falar:

- Vocês vão conversar civilizadamente ou eu tenho que obliviar as mentes e recorrer o Bergerson, na esperança de que ele aja como o homem sensato que vocês estão longe de ser?

Daniel arregalou mais uma vez os olhos azuis, agora um pouco mais escuros. O que Hokuto quisera dizer com aquilo? David, o professor de Astronomia? Ele também não conseguiu conter a pergunta espontânea:

- O sr. B-Bergerson? O que... o que ele tem a ver com isso?

Ele não fazia idéia, mas esperava que Hokuto tivesse usado o sr. Bergerson apenas como um exemplo qualquer. Ele prestou atenção em tudo o que o rapaz então disse ao outro, ainda amarrado, mas não estava acreditando que aquilo pudesse ser verdade. Não fazia sentido nenhum. Hokuto virou-se para ele novamente e disse:

- Eu sei que você tem passado por momentos ruins desde que nasceu, praticamente. Mas se ajudá-lo, vai estar ajudando a si mesmo. O que você está fazendo não está te ajudando. Diga-me, agora você é uma pessoa melhor porque deu murros e pontapés nele? Vocês podem se ajudar. E eu posso ajudá-los. Os dois, apesar de ter achado ele primeiro e você querer que eu morra de forma lenta e dolorosa. Você não pode esquecer que não está só. E nem nunca esteve por aqui em Hogwarts. -

Hokuto então o abraçou, o que pegou Daniel de surpresa; ele não esperava e, no momento que estava, abraçou também o professor, ainda aos soluços. Hokuto continuou, depois de soltá-lo:

- Eu vou desamarrar aquele cara ali, vocês vão conversar civilizadamente enquanto arrumam o meu quarto. Ou eu vou aplicar uma suspensão tão pesada que vocês dois vão se arrepender de terem alma.

Daniel respondeu prontamente, ainda muito abalado com tudo aquilo:

- Tudo bem, mas, desculpe, sr. Umeda, eu não... eu ainda não acredito que ele seja o meu irmão. David Feather morreu a quase dois anos, isso... é impossível que seja ele...

Apesar disso, acabou concordando com o professor que ele soltasse o garoto. Estava tão "perdido" que sequer deu importância a coruja que atravessou a janela e deixou uma carta para Hokuto.
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Re: Aposentos do Professor de Feitiços

Post by David Feather »

Ainda estava parado por sobre o outro, observando atentamente a expressão completamente atônita do clone. Poderia, de fato, acabar com tudo ali mesmo. E, por um lado, era como se fosse exatamente o que ele queria. Por outro lado, no entanto, não tinha a mínima intenção de ferí-lo, pelo contrário; mas isso, talvez, fosse porque estivesse vendo ali uma cópia quase perfeita de si mesmo. Talvez.

De repente, sentiu algo envolvendo-lhe os braços e as pernas. Quando se deu por si, já estava sendo arrastado e imobilizado pelas coisas, até que se viu completamente... amarrado. Como fora aquilo, e quem...? Fora ele, o amigo. Mas por que fizera aquilo, visto que Thiago já havia claramente desistido de acertar o outro com um soco? Ouviu atentamente e um tanto assustado quando o rapaz oriental começou a falar de um modo que até então ele não havia visto. A expressão de seu rosto era um tanto amedrontadora.

O homem dirigiu-se primeiro ao outro garoto, e Thiago chegou a temer por ele, tal era a cólera demonstrada pelo então amigo, que disse ainda algo sobre um tal Bergerson – e cujo nome fez Thiago estremecer levemente ao ser mencionado. E quando finalmente o rapaz se aproximou dele, Thiago teria se encolhido, não fossem as cordas que o amarravam.


- Eu quero que você tenha um passado e um nome e não hematomas e olhos roxos. Por que você não consegue ser com ele o cara legal que você é comigo? - perguntou o rapaz, em cujo rosto podia-se notar certo cansaço.

O garoto baixou os olhos, não tentando fazendo qualquer esforço para se desprender das cordas, e então disse, quase num sussurro:


- Desculpe...

"Eu só estava me defendendo", pensou, mas não quis colocar para fora. Dado o estado do rapaz à sua frente, achou melhor não responder mais do que isso – nem tentar argumentar. Ficou calado, estático – e o teria ficado mesmo se não estivesse amarrado –, apenas observando enquanto o homem voltava a se dirigir ao outro garoto, anunciando que iria desamarrá-lo e que os dois deveriam conversar civilizadamente. Thiago tentaria, mas se o outro o atacasse daquela forma novamente, não era como se pudesse ficar parado apanhando. Mais uma vez, achou melhor não dizer nada.

Esperou até que o rapaz o desamarrasse e então decidiu que era sua vez de falar. Depois de ouvir todos aqueles berros de ele não é meu irmão e de que o mesmo havia morrido já há dois anos, achou que deveria saber o que estava acontecendo. Por acaso aquele garoto era seu irmão? E se fosse, por que fizera aquilo? A mente de Thiago estava confusa - tudo aquilo não fazia sentido algum. Quando estava completamente solto, deu dois passos em direção ao outro garoto, ainda ressentindo-se por tê-lo ferido, e disse:


- Muito bem, então, será que pelo menos alguém pode me contar o que houve? – olhou diretamente para o garoto e continuou – Eu... não lembro de nada. Nem do meu nome. Nem de onde eu vim. Nada...

Deixou o olhar perder-se no horizonte visto da janela ao dizer isso. Levou a mão ao peito, como se sentisse uma pontada súbita, como se algo muito importante estivesse por lhe ser revelado. Ao mesmo tempo, por que sentia como se aquilo tudo fosse uma enorme peça de teatro? Como se fossem todos atores e em algum lugar, oculto por detrás das cortinas, um diretor atento estivesse observando cada movimento deles...




<Off>> post lixinho só pra sequenciar o/
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Re: Aposentos do Professor de Feitiços

Post by Morgana Flamel »

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Narração: *...*
Fala: - ...
Fala de outros: - ...
Pensamento: "..."

*Morgana andava apressada pelos corredores, estava meio que aliviada por ter saido daquela conversa complicada com L, mas também estava meio assustada com a bagunça que aconteceu lá dentro, foi quando viu alguém de frente para a porta dos aposentos de seu tutor, ela congelou a possibilidade dele sair dali, ela não estava bem para ter outra briga e com toda a certaza as brigas com ele, eram as piores... Chegando mais perto, reconheceu quem era*

- Rodrigues!!! *agindo rápido, ela pegou a mão do garoto e foi puxando-o* Menino, está louco? Não me pareceu que gostava tanto assim do professor Umeda para vir visitar-lhe.... Ainda mais quando ele requisitou uma conversar com o Daniel.... Vamos sair daqui.... Agora....

*A garota foi levando o menino, sem diminuir seu passo para fora dali, o conduziu pelos corredores, sem soltar a mão dele por nenhum minuto*


_____________
Off: Agora sou eu que estou te arrastando Rodrigues!!!!rsrsrsrs
Off²: Para as masmorras \o/
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Re: Aposentos do Professor de Feitiços

Post by Severus A. »

- Rodrigues!!! . Menino, está louco? Não me pareceu que gostava tanto assim do professor Umeda para vir visitar-lhe.... Ainda mais quando ele requisitou uma conversar com o Daniel.... Vamos sair daqui.... Agora....-foi sendo puxado pelos corredores por Morgana, que agarrara sua mão e saiu-o puxando, mas ele se deixou ser carregado, mas não antes de falar- Morgaana, não eu não gostei desse professor, e nem imaginava que essa sala lhe pertencia , pois havia me perdido. E se ele está com Danniel, seria mais tentador lher inncomodar, mas já que está aqui iremos logo para as masmorras.

OFF: sendo puxadoooo
OFF²: masmorras !
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Re: Aposentos do Professor de Feitiços

Post by Hokuto »

  • Grandes poderes eram sinônimo de grandes responsabilidades. Que o diga aqueles gêmeos. Talvez tenha sido precipitado chamar o menino Daniel, mas agora era tarde demais. Não tinha tempo para resolver aquilo. Nem de ler a carta que recebera de Louis. E sabia que era importante ler.

    Mas quando o patrono entrara pela sua janela, ele sabia que o dever com o castelo o chamava. E não sabia como evitar aquele gosto amargo de estar falhando com os seus pares. Inclusive com sua mãe, a quem não teve tempo de escrever um kanji para contar a novidade.

    - Daniel, - ele se ajoelhou perante o menino, tocando o ombro dele. - o dever nos atrapalha neste momento. Há uma convocação de urgência para nós. E David vai ficar aqui. Ele estará seguro no meu quarto, prometo. E vamos ter que conversar sobre o que aconteceu aqui. Mas antes, quero que você me prometa que não vai contar para ninguém o que aconteceu, sim? Ou eu estarei encrencado até a morte, rapaz. Posso contar com você?

    E virou-se para o outro menino.

    - Temos muito o que conversar. E eu preciso ir. Mas se acostume com este fato: Seu nome é David. E aquele menino é seu irmão gêmeo. E nós vamos ter que conversar sobre isto. Mas só quando eu voltar. Nem cogite sair daqui. No meu quarto você estará seguro. E eu também. Porque se descobrem, eu sou demitido e essas coisas. Mas, se você gosta de ler, meu quarto pode ser seu mundo por enquanto, não? - Ele sorriu amigavelmente.

    E o abraçou por algum tempo. Era muita informação para uma pessoa só. Recompondo-se visualmente, ele se refez moralmente. A capa preta, o cabelo longo com mechas azuis soltos e longa capa e calças pretas contrastando com a blusa branca e o óculos também pretos de armações quadradas estavam ajustados para parecer impecável e, apesar do ar cansado, não era ruim de se olhar para ele. Parecia estar pronto, ainda que talvez não estivesse.

    Mas sempre tinha que estar.

    E foi isto que o guiou para fora do quarto, levando o menino Daniel consigo. Porque tinha que ser sua própria fortaleza para ser a fortaleza daqueles que dependiam de si. E ainda que fosse difícil, aceitava aquele desafio de bom grado.

    Orientou o quadro de samurai a não abrir a porta para ninguém entrar ou sair a não ser ele, o dono do quarto, não importava o que acontecesse. Aqueles meninos agora era sua responsabilidade e ele as levava até o fim.
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Re: Aposentos do Professor de Feitiços

Post by Daniel Feather WP »

Daniel ficou encarando o outro garoto, que ele custava a acreditar que fosse mesmo seu irmão morto David, enquanto Hokuto o desamarrava. Então ele ouviu o menino dizer, olhando diretamente para ele:

- Muito bem, então, será que pelo menos alguém pode me contar o que houve? Eu... não lembro de nada. Nem do meu nome. Nem de onde eu vim. Nada...

Aquilo seria mesmo verdade? Daniel se sentiu um pouco mal naquele instante, porque o garoto parecia ter sido extremamente sincero, era como se pudesse ter visto isso em seus olhos. Mas não podia se deixar enganar, não assim tão facilmente, pois isso seria pior para ele, o faria sofrer ainda mais caso acreditasse naquilo e depois acabasse descobrindo que tudo não passara de uma farsa. Talvez Hokuto achasse mesmo que aquele garoto era David, mas ele não sabia, não estava lá quando toda a tragédia aconteceu.

Daniel pensou para responder ao garoto, ele não sabia o que dizer. Se sentia muito confuso, sua cabeça estava girando, sem falar que o machucado feito pelos livros que despencaram nela estava latejando, o que era bastante incomodo.

De repente porém, uma imagem entrou pela janela - um patrono - e logo imediatamente em seguida o professor de Feitiços se ajoelhou na frente de Daniel e disse, encostando em seu ombro:

- Daniel, o dever nos atrapalha neste momento. Há uma convocação de urgência para nós. E David vai ficar aqui. Ele estará seguro no meu quarto, prometo. E vamos ter que conversar sobre o que aconteceu aqui. Mas antes, quero que você me prometa que não vai contar para ninguém o que aconteceu, sim? Ou eu estarei encrencado até a morte, rapaz. Posso contar com você?

Daniel olhou novamente para o garoto que parecia ser David, e depois virou-se para o professor. Ele não sabia se queria ir logo ou se queria ficar ali, se queria descobrir que aquele era mesmo seu irmão e... Não, o melhor era sair logo dali, ir para longe e quando voltasse aquilo não estivesse mais acontecendo, de algum jeito que fosse. Ele então balançou a cabeça enquanto Hokuto ainda estava diante dele, e disse sinceramente:

- Tudo bem, Ho... professor. Pode contar comigo, eu... não vou contar pra ninguém.

Ele prestou muita atenção quando Hokuto se dirigiu ao outro garoto, ele realmente tinha certeza que aquele era David. Ele ficou apenas olhando quando o professor abraçou o garoto e ali ficou algum tempo. Daniel chegou a desejar fazer o mesmo, mas ele se conteve. Ainda não podia dar o braço a torcer, não podia se machucar novamente assim tão fácil.

Ele esperou que o professor levantasse e se ajeitasse, e então saiu com ele pela porta, deixando para trás o outro garoto. Porém, Daniel não conseguiu evitar de olhar tristemente mais uma vez para ele antes que a porta fosse trancada...


Off \o/
Spoiler
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Contagem inversa:
1

*Ainda não acabou...*

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Re: Aposentos do Professor de Feitiços

Post by David Feather »

Por algum motivo, não se espantou quando algo entrou pela janela – uma luz, mas uma luz que... se comunicava? Aquilo não lhe era realmente de todo estranho, afinal, mas não era como se não fosse deixá-lo assustado, o mínimo que fosse. O que quer que fosse aquilo, parecia algo importante. E Thiago – ou seria David? – não precisou esperar que o amigo se pronunciasse para saber que ele teria de sair.

- Temos muito o que conversar. E eu preciso ir. Mas se acostume com este fato: Seu nome é David. E aquele menino é seu irmão gêmeo. E nós vamos ter que conversar sobre isto. Mas só quando eu voltar. Nem cogite sair daqui. No meu quarto você estará seguro. E eu também. Porque se descobrem, eu sou demitido e essas coisas. Mas, se você gosta de ler, meu quarto pode ser seu mundo por enquanto, não? – disse o rapaz, a quem o outro garoto chamava de sr. Umeda.

Ele – David? – concordou com a cabeça apenas, enquanto o rapaz sorria e o abraçava, mais uma vez. Quando o sr. Umeda se levantou, recompondo-se, Thiago David limitou-se a encará-lo com olhar um tanto quanto entristecido. Por um lado, não se agradava muito da idéia de ter de ficar sozinho novamente. Por outro, sentia-se aliviado com isso – e não era como se realmente não pudesse aproveitar os livros do professor que o ajudara.

O outro garoto, por sua vez – Daniel –, ainda o encarava de modo desconfiado. Ele prometera ao sr. Umeda que não contaria aquilo a ninguém, e por alguma razão David sabia que ele estava sendo sincero. Por esta mesma razão, sabia que o garoto estava extremamente confuso – obviamente, não era como se ele próprio também não estivesse. Ele notou o olhar de Daniel ao finalmente sair pela porta ao lado do amigo de cabelos longos com mechas azuis – um misto de saudade, dúvida, raiva e tristeza. Limitou-se a encará-lo de modo semelhante, ainda antes da porta se fechar. Irmão gêmeo... Imaginou que não seria fácil acostumar-se com a idéia. Bem, estava certo de que nada seria fácil e muito menos simples dali em diante.

Os dois se foram e ele caminhou até a janela, parando no mesmo ponto em que o outro estivera quando o viu pela primeira vez. Lá fora, um vento forte e repentino começou a soprar, chacoalhando com força as árvores na floresta ao lado. O som uivante do vento causou-lhe pequenos arrepios, mas ele não se importou. Não. Estava onde precisava estar. Era, talvez, a única coisa de que tinha certeza.


- Dyma fi. Beth yw ei fod i fod yn awr, Eich Doethineb?¹ – ele sussurrou, ainda observando, pela janela, o balanço das árvores pelo vento.

"Jyst cadw i fynd. Ac yn methu dim mwy"², ouviu a voz sibilante em sua mente, ríspida como o forte vento, e então um arrepio muito mais intenso percorreu-lhe toda a espinha. Por alguns instantes, ele temeu. Entretanto, um sorriso satisfeito preencheu-lhe os lábios logo em seguida – ainda que talvez ele mesmo não o tivesse percebido. Lá fora, um movimento apressado e aparentemente incomum de pessoas parecia ter início. A hora estava chegando...




<Off>> ¹ Aqui estou. O que há de ser agora, Vossa Sabedoria?

² Apenas prossiga. E não falhe mais.

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³ post curteco e lixentinho ._.
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