Se eu não te amasse tanto assim...

Publiquem suas fics aqui para os outros opinarem.
Não se esqueçam de também postarem no Floreioseborroes.net.

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Post by Éowyn & Tonks »

Obrigada, Jaja!!
Eu já tinha visto, afinal. Gostei muito das do artdungeon... mas ainda prefiro aquela que coloquei no outro post.

Zoé, acho que era isso que você queria postar, certo?
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Eheh! Está muito engraçado, as várias faces de Alan Rickman ;)
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E aqui a vingança contra todos os professores de DCAT! :mrgreen:

Adiantaria clicar, sim, se vc não tivesse colocado um ponto final depois do link :P Basta escrever o link que ele fica automaticamente ativo.
Quando quiser postar uma imagem, basta escrever o seguinte código:

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[img]link da imagem[/img]
E agora, vamos embora de vez, pra não ocupar o tópico da Regina! Ela vai nos matar!!! :mrgreen:
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Post by Regina McGonagall »

Surpresa!
Falei que só entrava segunda, mas meu sábado está completamente fora do normal (era pra estar saindo agora de uma reunião) então, vim dar uma "espiadinha" no que vocês estavam aprontando...

Mas, calma, não vou matar ninguém, que tô aqui rolando de rir do papo de vocês. Ainda mais com o avatar lindo de morrer que a Mary me mandou ontem, e claro que vocês já viram! Mary, só não salvei o endereço da capa da outra fic...

manda de novo? please!...

Quanto à descrição do Lupin, Jaja, sinceramente não me preocupei com isso, a Mary já o descreve muito bem na série "Esperando a lua nova"... Pra falar a verdade, nem a "Regina" eu descrevi, né? Fora os cabelos negros e longos, acabei de me tocar disso... sorry! :oops:
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Post by Éowyn & Tonks »

Olha ela aí!
Vou te mandar o link agora mesmo, por email, tá?
Bjinhos
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Post by Regina McGonagall »

Depois de todo esse "intermezzo" de posts lupínicos, vamos a mais um pouquinho, começando a parte "pirada" mesmo da história...
E o finalzinho ficou quase NC17, mas se ficou demais, me avisem!


============================================
Capítulo 11 – A chave Black

- Ah, sente-se, minha cara.
Ela se sentou, tentando esconder o estremecimento que sentiu, quando Snape a conduziu pelo braço até a confortável poltrona, num gesto inusitado de gentileza. Moody olhou de um para o outro com curiosidade, e Regina sentiu que sua provação maior só estava começando. Tinha certeza de que Moody, assim como Lupin e talvez até Tonks, já haviam tirado certas conclusões sobre o que encontraram na sala precisa. Se um rumor sobre ela e Snape se espalhasse... Mas Dumbledore já não deixara sugerido para os demais, pela manhã?

Dumbledore, porém, já chamava sua atenção para o camafeu, brilhando em sua mão. Estendeu-o para Snape, que o examinou com expressão intrigada. Era uma jóia delicada, com um brasão gravado no centro. Ele estendeu para ela, em silêncio, mas Regina teve medo de tocá-lo. Ainda se lembrava da sensação de ser sugada pelo umbigo.
- Não há perigo. É preciso uma varinha para acioná-lo. – Dumbledore a tranqüilizou.
Sorrindo timidamente, ela pegou-o da mão de Snape. O pequeno objeto pareceu brilhar mais intensamente em suas mãos, e ela deixou escapar um pequeno grito. Mas nada aconteceu e ela se sentiu até envergonhada. Examinou-o atentamente e, sem saber como, o abriu. Dentro, a foto de uma menina de no máximo uns quatorze anos, um sorriso meigo que a comoveu. Começou a chorar, silenciosamente, as lágrimas correndo sem que notasse.
- Regina! – o chamado de Snape vinha de tão longe!
Ele estendeu a mão, que ela segurou como se fosse um náufrago buscando uma tábua de salvação. Sem entender o que acontecia, ele se abaixou ao seu lado, colocando um braço em seus ombros, sem se importar com o que os dois outros homens pensariam.
- O que aconteceu? – ele insistiu, a voz autoritária e seca despertando-a como previu.
- Ela! Eu a conheço!
- Como? – seu espanto e o dos outros era quase palpável.
- Meu pesadelo... é a menina que... eu vejo... É horrível! – Regina o olhava, assustada.
- Você tem certeza? – Dumbledore agora também estava ao seu lado – Estranho... lembro-me desta menina em Hogwarts. Eu ainda era diretor da Grifinória. Mas não me recordo de seu nome, era de outra casa, com certeza.
- Não temos dúvida quanto à família. É o brasão dos Black. Então basta consultar os registros. – Moody argumentou com voz séria, sem se preocupar em ser sutil.
- Claro, não há dúvidas, agora. Fineas! – Dumbledore chamou pelo ex-diretor sonserino. O homem no retrato pareceu indisposto ao responder – Por favor, veja este retrato – parecia uma foto trouxa, não se movia – Reconhece esta garota?
O antigo diretor pareceu vacilar. Mas acabou por dizer que sim.
- É Ariadne Black, filha de Zubenel Black, um dos... “dissidentes” da família.
- Me lembro dele – Moody retrucou – Foi morto pelo próprio Lord das Trevas, quando estava no auge do poder. Pouco tempo antes dos Prewett.
Snape estremeceu. Lembrava-se do velho, também. Por que não percebera a ligação? Presenciara sua morte à distância, e contou isso a Dumbledore, em um tom amargo, que fez Regina até sentir medo de pensar em como o velho morrera, ou em que tipo de horrores Snape já presenciara ou participara, como comensal que fora.
- Ele foi pego por Stone, aquele comensal que vimos antes... – Snape comentou em tom amargo – Odiava o Lord das Trevas tanto quanto poderia ser possível. O Lord lhe fizera algum mal, anteriormente, mas não sei exatamente o que. Eram velhos conhecidos, pelo que percebi, ele o chamava de Tom.
- Eu sei... o que o Lord fez... – a voz de Regina saiu num sussurro muito fraco, e aí os três homens se lembraram de que ela estava lá.
E, ante o olhar curioso deles, ela revelou:
- É o que eu sempre vejo, em meus pesadelos. Um homem que chega à casa de outro e não o encontra, por isso, ataca sua família. Tortura e mata a mulher, tortura e violenta a filha, mas a deixa viva, uma lição para o pai que se negou a segui-lo... Eu vejo como se estivesse lá, grito, tento impedi-lo, mas é como se estivesse na penseira, ninguém me vê ou escuta, e não consigo interferir, não consigo ajudar a menina. E ela é tão nova, tão bonita! E chega a desmaiar de pavor, por tudo que ele lhe faz. Mas ele ri e se diverte, tem prazer em provocar dor, em humilhar, em ferir...

Regina parece reviver os fatos que narra, Dumbledore visita seus pensamentos e reconhece o homem como sendo Voldemort, relativamente jovem, no início de sua ascensão ao poder. Ela chora, silenciosamente, olhando a foto em suas mãos.

- Você não me disse que ela era uma psicômetra – a voz de Moody os despertou de suas reflexões.
- Como? O que você disse?
- O broche. Ela o tocou, e voltou aos acontecimentos que o rodearam, e ficaram impregnados nele, pois uma das mulheres o usava, provavelmente. É uma modalidade de magia muito rara, esta.
A explicação do velho auror pareceu eximi-los de qualquer outra, e Regina sentiu-se grata por isso. Mas fazia sentido. Talvez fosse por isso que Voldemort a quisesse. Porque podia penetrar nos sonhos, sondar a aura dos objetos, descobrir a verdade sobre seus donos, identificar inimigos... ou traidores. E se ele passasse a entrar em seus sonhos, como fizera com Harry? Assustada, exclamou em voz alta:
- Não quero Voldemort entrando em minha mente, me forçando a fazer coisas...
- Calma! Isto não vai acontecer – Snape tentou tranqüiliza-la, mas ela reagiu extremamente perturbada:
- Se você ou o professor Dumbledore nem precisam da varinha para isso, se eu já nem sei quando estou inteiramente sozinha, mesmo quando não estou debaixo dos seus olhos, como acha que vou me defender... dele?
- Vamos te ensinar a se defender – Dumbledore afirmou, categórico.
- Não dá... não há mais tempo. E o senhor sabe disso!
Eles foram obrigados a concordar. Moody a examinava com atenção, pelo seu olho mágico, mas não disse nada.
- Ainda não sabemos – ele lembrou – como este portal funciona exatamente. O Departamento dos Mistérios descobriu pelo menos três feitiços diferentes envolvendo-o. Um de tempo, transformando-o quase num vira-tempo, um de espaço, ampliando de forma incrível seu alcance, como nunca vimos numa chave antes, e outro feitiço que não conseguiram definir com certeza, porque parece selado com o sangue do dono da jóia, ou criador do portal. Talvez os dois sejam um só, não sabemos. – ele fitou a mulher, que ainda tremia, o rosto pálido – Mas por que ele leva qualquer um que o acione diretamente até onde ela está, pois foi o que vimos acontecer esta tarde, pelo que você me disse, pela terceira vez, ainda não descobrimos, e é isso o que me preocupa.
- Mas é também nossa solução. Com esta chave, a levaremos de volta. Depois, eu a manterei comigo, guardada onde apenas eu tenha acesso. – Dumbledore esclareceu – Não há problema.
- Você não está confiando demais, Alvo? – Moody o fitava, o olho mágico ainda em Regina.
- E... quem me levará de volta? – Regina perguntou, baixinho
- Eu. – Snape a fitou intensamente, e ela susteve a respiração, para não começar a chorar de novo. Então, era o fim.
- Calma, calma. Não precisa se apavorar. – Dumbledore sorria, docemente – Você terá tempo de se despedir. Nosso... acordo ainda está de pé? Poderemos lhe fazer um jantar de despedida, naquela sala maravilhosa?
- Eu ia preferir... o Salão Principal, já que é... minha última refeição aqui. Minha última chance de ver... tudo aquilo. Mesmo sem os alunos... Eu quero estar lá, sentada, e imaginar como será o banquete de boas vindas, este ano. Para, quando pegar o próximo livro, conferir se cada detalhe está no lugar.
Dumbledore a olhou, extremamente penalizado, enquanto Moody os observava, curioso e atento.
- Mas dançará para nós, certo?
- Claro, se ainda tiver forças nas pernas para tanto... – ela procurou sorrir, mas estava a um ponto de chorar de novo. A voz saía fraca, entrecortada por soluços, os olhos ardiam.
- Snape... Leve-a para descansar. Ela tem suas coisas para arrumar, também. Acredito que não há nada do que adquiriu em sua estada conosco, que não possa ser levado. E ela deve querer conferir se não falta nada...
Regina agradeceu a gentileza. O diretor já lhe devolvera os livros, tudo o que trouxera com ela permanecia fechado no malão, a salvo de qualquer curioso. Mas tinhas suas vestes e alguns doces, penas, tinteiros e pergaminhos. Coisas que passariam por quinquilharias em qualquer lugar.
Antes de sair da sala, porém, parou em frente ao retrato de Fineus Nigelus e o fitou longamente. Sabia que era apenas parte do homem, uma lembrança vaga, o que estava ali, mas quis guardar bem fundo sua expressão, falsamente entediada e zombeteira.
Depois, saiu, caminhando como uma autômata pelos corredores até seu quarto. Snape deixou-a sozinha, dizendo que precisava fazer algo, mas que voltava em seguida.

Como sempre fazia quando algo a incomodava, buscou algo físico para fazer. Separou e dobrou suas vestes, guardou tudo que levaria no malão, conferindo e arrumando com cuidado. Lamentou não ter uma máquina para fotografá-los, seus “amigos bruxos”. Percorreu o quarto, procurando por algo esquecido, mas não tinha como recolher as lembranças que ficariam impressas ali, pensou. Abraçou-se com o travesseiro, pensando se não poderia levá-lo também. Afinal, guardava o perfume de seu “amado Snape”. Depois, tomou um banho demorado, já que era o último que tomava em Hogwarts, no banheiro das professoras. Experimentou todas as torneiras brilhantes, sais e perfumes. Massageou a pele com cremes suaves, lavou os cabelos, como se fosse uma noiva, não uma “condenada à morte”. Ao voltar para o quarto, envolta em um roupão com o emblema de Hogwarts, já desanimada por pensar que o tempo se esgotava, mais uma vez se assustou com a presença silenciosa e sombria dele: Severus Snape.
Estava lá, sentado em frente à lareira, no sofá, pensativo, olhos fixos nas chamas. Regina se aproximou devagar e sentou-se ao seu lado.
- Acabou – sussurrou, tomando coragem para continuar – e eu queria... te agradecer pelos melhores momentos que vivi, de verdade.
Ele a fitou, rosto indecifrável.
- Tem certeza disso? – ele sorriu, irônico de novo
- Claro! – ela segurou sua mão – Até quando... era odioso comigo, você foi adorável. Porque eu te amo. E não vou esquecer isso. Nem com todos os feitiços possíveis. Mas não vou... reclamar... se você...
Ela não conseguiu expressar o que queria. Como dizer a ele? Como reconhecer a possibilidade de não deixar nenhum sinal de sua passagem por ali, a partir do momento que voltasse para sua vida normal? Porque esta possibilidade acabara de passar por sua cabeça.
- Se aquele camafeu existe para levar alguém até você, é porque você já fazia parte deste mundo, antes mesmo de saber de sua existência... Portanto, seus sinais vão ficar, não tenha medo. Vão ficar, mais do que imagina, aqui. – ele tocou o próprio peito, fazendo-a chorar, emocionada.
Ele não era agora o amargo e ranzinza professor de poções que todo mundo odiava por pegar no pé do Harry. Era um homem machucado e marcado pela vida que tivera. Ela desejou tê-lo conhecido mais cedo, como a Murta sugerira, mas sabia que as escolhas que ele fizera não poderiam ser refeitas. Imaginou-o um menino pequeno, como gostaria de vê-lo correndo pela praia, uma praia repleta de sol e alegria, capaz de afastar as sombras que o cercavam. Uma idéia súbita veio à sua mente, esquentando o seu coração, mas ela a repeliu. Esse pensamento, essa esperança, não queria que ele compartilhasse.
Mas Snape já estava longe de novo. Regina olhou para fora. Embora a chuva ainda caísse, forte, era cedo, tinham tempo antes do jantar. Queria se despedir.
Foi ajoelhar-se em frente a ele, segurando seu rosto com as mãos, perfumadas pelo banho. Ele estremeceu ao seu toque e ela sorriu. Momentaneamente, a posição em que estava lhe pareceu servil, e ela se lembrou de sua fala irônica, numa madrugada que agora parecia perdida no tempo. Então falou, com voz sedutora, mas quase imitando a forma de falar dos elfos:
- A escrava está aqui para servi-lo, senhor. O senhor não quer mais sua escrava? Ela não pode mais satisfazer seu desejo? Então, só lhe resta morrer, porque não há mais nada que possa fazer.
- Não seja tola, mulher! – ele foi ríspido, e ela sentiu que fora longe demais na brincadeira. Mas resolveu insistir.
- Desculpe, eu sei que sou uma tola. Mas sei também que não quero ir embora levando de você a lembrança de um rosto carrancudo e uma voz cortante. Quero levar a lembrança do “meu” Severus, que me abraça e me beija com paixão, que me faz viver dentro de um vendaval e ir às alturas só podendo me segurar em seus cabelos, se tiver medo de cair.
Ele a fitou com espanto. Depois, pareceu só então notar cada detalhe de sua aparência. Os cabelos úmidos caindo pelas costas, o roupão entreaberto caindo de um lado, deixando ver o caminho entre os seios, as pernas morenas, os olhos brilhando e a boca trêmula, quase a chorar. Então, pareceu desistir de se conter. Agarrou-a pelos ombros, erguendo-a do chão e trazendo-a para junto de si. Ela se agarrou ao seu pescoço, beijando-o, instigando-o, esquivando-se, provocando-o, rindo de seu ar aflito e surpreso. Mas acabou cedendo ao seu beijo apaixonado, sem se assustar quando rolaram do sofá para o chão, amando-se ali mesmo, em frente à lareira. Mais uma vez, a sua última vez.
Regina McGonagall
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Post by Éowyn & Tonks »

Ela atualizou!!!!

(*Mary cai pro lado. Puft!*)

E logo o capítulo mais... mais... caliente... :oops: Enfim, já te falei o que eu acho dessa cena, não falei? ai, ai... :oops:
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Post by Regina McGonagall »

Apesar de vocês não merecerem, hehe, tô com raiva hoje, porque entrar na fic, dá pra ver que entraram, mas ninguém comenta... (a Mary não conta, é a minha beta!) vamos a um novo capítulo...

==============================================
Capítulo 12 – O último jantar

- Temos que ir. – Regina tentou se levantar, mas ele a puxou de volta.
- Espere um pouco – Snape falou baixinho, mantendo os olhos fechados.
Ela o olhou, o coração doendo.
- Olha, eu não quero passar por isso de novo.
- Isso o que?
- Todos já estão achando... quer dizer. Bem... não quero... ninguém batendo na minha porta para chamar você para o jantar...
- Você não parecia nem um pouco constrangida, agorinha mesmo!
- Severo! Por favor!
Ele a olhou, divertido, e gracejou:
- Para uma brasileira, você age muito à moda inglesa...
Ela lhe fez uma careta e desvencilhou-se de seu abraço. Vestiu-se, a velha saia rodada e a camiseta lilás com que viera e que há muito estava guardada num canto do armário, a veste negra por cima. Calçou suas sandálias de tirinha, prendeu os cabelos, e voltou até ele, que já estava sentado no sofá, completamente vestido e segurando algo nas mãos.
- Venha aqui, quero que fique com isso. – ele lhe estendeu uma pequena caixa de prata.
Regina abriu, sem acreditar no que via. Um magnífico anel de prata, com um brasão, o brasão dos Snape, e uma pequena esmeralda encrustada.
- É lindo... Severo, eu...
- Psiu... – ele pôs um dedo sobre seus lábios – Não é, bem, não é exatamente o que você está pensando. Digamos que... seja a minha forma de achar você, quando for preciso...Mas que ninguém vai violar. Não desta vez, ninguém chegará até você por ele. Você é o fiel do próprio segredo, entendeu? Não poderei revelar, pois não sou o fiel.
- Mas eu serei... fiel a você! – ela deixou que ele digerisse o sentido do que dissera, enquanto colocava o anel em seu dedo, murmurando alguma coisa que fez a pedra brilhar por um instante, e puxou-a pela mão para deixarem o quarto.

Caminharam de mãos dados, como um dia ela julgara impossível, até as portas do salão principal. Achou que ele se afastaria dela, mas não. Ele insistiu em segurar sua mão, até a mesa, ante o olhar de todos. A fez se sentar ao seu lado, como em todos os dias nos últimos dois meses, mas desta vez lhe sorria, para espanto da maioria. Lupin, na outra ponta, os observava com uma expressão curiosa, levemente divertida. O velho Ranhoso fora laçado, afinal. Pena que não duraria, pois todos já sabiam que Regina partiria esta noite. Mas, talvez, Lupin pensou com um sorriso, ele não se mantivesse longe dela...
O salão estava preparado, como se a qualquer minuto as portas fossem se abrir para três centenas de jovens barulhentos. As velas suspensas, os estandartes das casas, o céu que se limpara como por milagre, ou mágica, salpicava estrelas.
Dumbledore se levantou, erguendo a taça e propondo um brinde à visitante que dera um toque tão especial àquele verão. Os outros se levantaram, acompanhando-o no brinde, enquanto ela sorria, extremamente surpresa com seu gesto. As professoras estavam emocionadas, particularmente Minerva e Hooch, com quem ela mais se afinizara.
O jantar foi servido, com esmero de dia de festa, e todos pareciam ter, se não um motivo concreto para comemorar, pelo menos uma esperança para fortalecer.
Em dado momento, Flitwick comentou, pesaroso:
- Foi uma pena a senhorita não se recuperar completamente enquanto estava entre nós. Saber tão bem a teoria dos feitiços, sem poder executá-los!...
- Você se lembra das aulas de feitiços? – Tonks indagou, alheia à expressão de susto da própria Regina.
- Bem... – ela se recuperou o mais rápido possível, relembrando o disfarce que propusera a si mesma, decidindo brincar um pouquinho, cutucando Snape como nos primeiros dias – Meu professor de feitiços era adorável, e nos dávamos tão bem quanto... Harry Potter e seu professor de poções.
Ele a fitou, surpreendido e alerta, mas Regina não se intimidou.
- Também, depois do que aprontei logo nas primeiras aulas... – ao ver que todos aguardavam, curiosos, e que Dumbledore não demonstrara desagrado pela brincadeira, continuou – É que na primeira vez que tentei... um feitiço de levitação... foi um desastre!
- Mas geralmente usamos as penas nessa fase! – Flitwick pareceu surpreso – Qual o desastre possível com uma simples pena? Talvez incendiá-la, como o Finnigan fez, nada mais...
- Bem, professor, sinto dizer que ficaria feliz se tivesse feito o mesmo! – Regina ria, completamente convencida da própria história, visualizando a cena que narrava – Todos na classe, um a um, foram à frente da mesa do Prof. Ezequiel, para experimentar o feitiço. Alguns... bom, é melhor ir direto ao meu caso... Eu me levantei, fui até lá. O professor já me considerava estouvada e desastrada por natureza, um caso perdido. E eu queria muito mostrar que podia fazer uma coisa tão simples: fazer uma pena levitar! Então... – ela já ria a ponto de quase não falar, mas tentou se controlar – Severo, não me olhe assim! – reclamou ante sua cara fechada – Bem, eu levantei a varinha, girei o pulso, recitei a fórmula, um pouco mais veemente do que deveria, apontando a varinha... com os olhos fechados.
- Minha nossa! – McGonagall já levara a mão à boca.
- Eu consegui realizar corretamente o feitiço, só que... foi o professor que voou pela janela, indo aterrissar dentro da fonte do jardim.
- Por Merlim! – alguns exclamaram, enquanto outros riam, disfarçadamente.
- Depois disso – ela respirou fundo – ele concluiu que o cerne de minha varinha só podia ser de duas coisas: ou fio de cabelo de curupira, porque tudo que eu fazia funcionava ao contrário; ou fio da crina de uma mula-sem-cabeça, porque eu a usava como uma completa descabeceada.
- No que devia ter razão! – o comentário ácido de Snape, que parecia ter “voltado ao normal”, fez com que todos rissem, enquanto Regina o fitava, atônita.
- Eu vou ficar mais atento aos meus alunos... – Flitwick comentou, pensativo.
Mas Tonks não se dera por satisfeita e comentou com ar falsamente inocente:
- Imagino que você tinha mais “sorte” como os professores de poções...
Regina piscou, um pouco confusa. Poções? Estudara poções? Então, se lembrou de uma figura muito querida de sua adolescência, presente numa época dolorosa e difícil, após a morte de seu pai. Será que poderia considerá-lo como professor? Claro que sim, graças a ele aprendera inglês. E sorriu, saudosa:
- Na verdade, ele era um amor de velhinho. Tanto, que todos nós o tratávamos de Vô. Vovô Aníbal.
Enquanto Dumbledore, recordando o que vira na penseira, a fitava com olhar interrogativo, Tonks comentou:
- Engraçado, eu tive um tio com este nome. Minha mãe não chegou a conhecê-lo, acho, porque se afastou da família por completo e passou muito tempo no exterior. Depois, soubemos de sua morte, horrível... Mas era só um apelido, ele não gostava do nome que recebeu da mãe... Como era mesmo? Era pior que o meu, se isso é possível!
E, enquanto todos a fitavam com curiosidade, Tonks se esforçava para lembrar, sem perceber a aflição que provocara em Regina, e a apreensão de Dumbledore ou Snape.
- Ah! Lembrei: era Zubenelgenubi, ou só Zubenel. Mesmo assim, era terrível, não?
Regina não podia acreditar que convivera com um bruxo verdadeiro, e ainda por cima um Black, metade de sua vida.
- Realmente, tradições de família às vezes nos deixam em situações constrangedoras. Me lembro que, certa vez...
Dumbledore começou a contar um caso extenso sobre um membro de sua própria família, e todos se esqueceram do fato. Regina permaneceu em estado de choque por vários minutos, enquanto Snape a examinava detidamente, apertando sua mão por baixo da mesa. Mas recusou-se a pensar no assunto. Não queria pensar nas implicações desta nova informação.
Depois de quase uma hora de conversas agradáveis e risos, Dumbledore chamou a atenção de todos, e informou que Regina tinha uma surpresa, um presente de despedida para todos. Isso, é claro, se o Prof. Snape não fizesse mais nenhuma objeção. Foi a vez dele corar, fitando o velho diretor com algo próximo do puro ódio, mas este apenas sorriu, maroto.
Regina tocou sua mão, gentilmente. Sorriu-lhe, pedindo sua compreensão. Acabara de notar que ele também usava um anel, muito semelhante ao que lhe dera, e imaginou que eles continham talvez um feitiço de Proteus, para que um “chamasse” o outro. Dirigiu-se a Dumbledore com voz calma:
- Penso, professor, que o ambiente não é mesmo adequado. Então, se o senhor me conceder uns quinze minutos, vou preparar nossa sala especial para recebê-los. Posso?
- Claro, claro! – ele abriu um largo sorriso, ela o surpreendia cada vez mais – Daqui a pouco, estaremos com você, então. Não vai precisar de ajuda?
- Acredito que não. – ela lhe sorriu, agradecida – Creio que a própria sala me fornecerá tudo que preciso.
E, com um sorriso brejeiro, pediu licença e se retirou. Enquanto se encaminhava a passos rápidos para o sétimo andar, uma possibilidade absurda vinha à sua mente. Se “Vô” Aníbal era realmente Zubenel Black, será que ela poderia mesmo ser uma bruxa, a quem ele vigiava, por algum motivo ainda desconhecido? Se fosse verdade, ela conseguiria então fazer o que imaginava...
Regina McGonagall
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Post by Éowyn & Tonks »

Apesar de vocês não merecerem, hehe, tô com raiva hoje, porque entrar na fic, dá pra ver que entraram, mas ninguém comenta... (a Mary não conta, é a minha beta!) vamos a um novo capítulo...
Como eu te entendo... fazem o mesmo com as minhas... :cry:
Por isso que perdi a vontade de escrever... mas espero que isso não aconteça com você!! Você é muito mais forte do que eu! :)
Bjão
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Post by Zoé Magnus »

Por isso que perdi a vontade de escrever... mas espero que isso não aconteça com você!
Nana nina não. Nem pensar em parar de escever!As duas. E eu como fico sem suas fics? :cry:
Regina me deixou curiosa demais! To loca pra saber o que vai acontecer! Afinal ela é bruxa ou naum? Isso vai dar o que falar hehe...
Acabri de ler Uma preçe por Snape! Tava otima, realmente muto boa. Adorei aos ciganos. Sabe q quando eu era pequena brincava q era cigana! Lembrei muito da minha infância (que naum faz tantu tempo :mrgreen: ). E ate a minha mãe me contou q tinha um namorado cigano, ela disse q ele vinha busca ela de carro pra passear e ela tinha q levar meu tio, q é bem mais novo q ela, junto :lol: .
Vô para com a seção nostalgia...
Bjux e PELAMORDEDEUS num para de escrever. (Vc tamb dona Mary). Bjux
“Da mesma forma que tudo é mortal na natureza, pode dizer-se também que todos que amam estão mortalmente atacados de loucura”

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“Ergue-te o sol resplandecente, e mata a lua invejosa, que já esta fraca e pálida de dor ao ver que tu és muito mais bela do que ela própria”
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Post by Éowyn & Tonks »

Regina me deixou curiosa demais! To loca pra saber o que vai acontecer! Afinal ela é bruxa ou naum? Isso vai dar o que falar hehe...
É por essas e outras que essa é a minha fic preferida. ;)
(Você vai amar os capítulos finais! Eheh! Cala a boca, Mary! :mrgreen: )
Sabe q quando eu era pequena brincava q era cigana!
Eu também... quer dizer, não era tão pequena assim, mas na época tinha o cabelo comprido e vivia de saia comprida... Aí, passou uma novela, "Explode Coração", que tinha muita música cigana, muita dança cigana e eu, que amava aquelas músicas, comprei o cd e ficava dançando aquelas músicas na frente do espelho, de saia comprida! Eheheh! Que mico!!! :mrgreen: :oops:
Bjux e PELAMORDEDEUS num para de escrever. (Vc tamb dona Mary).
Já escrevi hoje mais um pouquinho... mas que está difícil, tá... :(
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Aí, passou uma novela, "Explode Coração", que tinha muita música cigana, muita dança cigana e eu, que amava aquelas músicas, comprei o cd e ficava dançando aquelas músicas na frente do espelho, de saia comprida! Eheheh! Que mico!!!

Eu tmb. Era fanatica por essa novela. Tmb tinha o cd, no meu caso fita mesmu huahua. Eu era meio cria, ainda só hehe, e ficava pra lá e pra cá com uma sacola enorme carregandu as quinquilharias pra brincar. Bons tempos :mrgreen:
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Post by Zoé Magnus »

Aí, passou uma novela, "Explode Coração", que tinha muita música cigana, muita dança cigana e eu, que amava aquelas músicas, comprei o cd e ficava dançando aquelas músicas na frente do espelho, de saia comprida! Eheheh! Que mico!!!

Eu tmb. Era fanatica por essa novela. Tmb tinha o cd, no meu caso fita mesmu huahua. Eu era meio cria, ainda sou hehe, e ficava pra lá e pra cá com uma sacola enorme carregandu as quinquilharias pra brincar. Bons tempos :mrgreen:
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Post by Éowyn & Tonks »

Eu tmb. Era fanatica por essa novela. Tmb tinha o cd, no meu caso fita mesmu huahua
Isso, no meu caso era fita, também, eu é que me enganei e falei CD. Imagina, na época eu nem tinha CD Player... :roll:
Aliás, eu amava a mãe da protagonista, a dona Lola. A atriz, Eliane Giardini, virou o meu ídolo por causa dessa novela e da seguinte que fez ("A Indomada"). Hoje, sou presidente do fã-clube oficial dela, já viu que chique? :mrgreen:

(Aiai, lá estamos nós monopolizando o tópico da Regina :oops: )
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Post by Zoé Magnus »

Hihi, nem sei o q seria de nós sem os cds né!!! Q nada eu fiquei superfeliz aquele ano pq tinha ganhadu meu primeiro radio com toca fita.... credo ate parece q foi no século passado! E VIVA O MONOPOLIO DO TOPICO DA REGINA!!!!!!
Ai Regina o que seria da Mary e de mim sem teus topicos????? :mrgreen: Bjux
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Post by Éowyn & Tonks »

Eheheh, Zoé! :mrgreen: :mrgreen:
Sessão Nostalgia ou Túnel do Tempo??
Nem uma coisa nem outra, é monopólio do tópico da Regina mesmo! Realmente, o que seria de nós sem eles?
E vamos parar por aqui, senão ela vai nos matar! :lol:
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Post by Regina McGonagall »

He, he, matar as duas não mato, não, ou fico sem leitoras...

Quanto à novela, metade do que foi mostrado como vida cigana era "pra inglês ver", ou seja, apenas o que eles (os ciganos de SP que foram os consultores da produção) permitiram ou quiseram mostras, em alguns casos alterando informações. Algo que hoje chamamos de "segurança da informação" em nossos cursos superiores, mas que eles fazem há milênios ou não seriam uma cultura sobrevivente.

Pra Zoé ficar mais confusa... ou achar que sou louca de fato, mais um capítulo - esse sim delirante, já que misturei com um certo filme de animação de trilha sonora exuberante...por isso ficou ainda mais delirante que os anteriores.

Só uma coisinha: a Sarah era cigana, mas a Regina dança flamenco! Embora flamenco tenha "alma cigana", é dança espanhola. E "El Retablo de la Taberna" é uma casa "espanhola" que fica na Savassi(desculpem a propaganda)

Quase esqueci: "palo seco" é o sapateado sem acompanhamento musical (no máximo palmas e castanholas. o "tango" é o espanhol, não o argentino que todo mundo conhece. A música "La Cañada" de Paco de Lucia, é um tango. Seus direitos autorais foram cedidos pelo autor pra sua amiga e minha antiga mestra Fátima Carretero, a quem novamente reverencio nesse capítulo.

===============================================

Capítulo 13 – A festa

Chegando ao corredor, fez o “passeio” repetidamente, pensando:
- Quero uma “taberna bruxa” com retratos e quadros capazes de me ajudar a dançar. E quero poder fazer um feitiço convocatório especial.
Quando a porta apareceu e ela a abriu, tinha os olhos fechados. Mas uma ovação inusitada a fez abri-los, admirada. O ambiente estava ainda mais rico do que estivera antes, as mesinhas com suas velas acesas, flores e sons para todos os lados, cores quentes, mesmo com os toques evidentemente bruxos na decoração. Os quadros antigos retratavam bruxas, toureiros e ciganas que dançavam, sorridentes. No fundo do palco, um grande painel retratava uma praça, e as cadeiras haviam se incorporado à pintura, estando agora ocupadas por músicos e mulheres vestidas a caráter.
Regina pensou estar sonhando. A música de guitarras se fazia ouvir, enquanto a conversa dos retratos fazia parecer que o local estava cheio de gente. Ela se lembrou de algo, então foi até fora da sala. Chamou em voz alta por Pirraça, tinha certeza de que o vira ao subir. Ele atendeu, fazendo de conta que só passava por ali. Mas ela não ligou:
- Que bom que você está por perto! Por favor, convide os fantasmas para nossa festa. Você também, sim? É meu convidado especial! Ah, me faz um outro favorzinho? É possível que um dos retratos diga ao Diretor Fineus Nigelus que ele também é aguardado?
- Certamente, milady! – o tom irônico não a ofendeu.
- Ótimo! Dez minutos, então, ok? Aguardo vocês. – sorriu-lhe e entrou de volta na sala.
- Bem, pessoal – ela falou, no meio do palco – O que teremos, então?
- Um “palo seco” – sugeriu uma mulher de verde esmeralda.
- E um “tango”! – sugeriu um músico.
- Ok... certo. Quem vai tocar? – ela indagou para as imagens, tentando vê-las como se fossem simplesmente telas em uma vídeo conferência.
- Yo, señorita. Paco, ao seu dispor. – o homem com a guitarra espanhola lhe sorriu.
Ela o reconheceu, emocionada. Nunca poderia imaginar uma coisa dessas! Então, lembrou-se de que música gostaria de dançar:
- Então, “La Cañada”. Pode ser? – perguntou-lhe diretamente.
- Com muito gosto, señorita!
- Então, vou me aprontar. Por favor, recebam os convidados por mim. – ela se dirigiu para o camarim.
Os quadros todos se movimentaram, enquanto bruxos e fantasmas começavam a entrar, acomodando-se, curiosos e surpresos, nas mesas iluminadas, enquanto taças de vinho surgiam à frente de todos.
No camarim, Regina respirou fundo, já pronta, olhando-se no espelho. Não se sentiu à vontade para vestir o mesmo vestido vermelho. Era algo que queria guardar como uma lembrança sua e de Snape. Então, fechou os olhos e imaginou que roupa usaria, de forma a homenagear a escola. Abriu os olhos, e também um sorriso.
Estaria de negro. Mas as flores e babados alternariam as cores de cada casa. Tinha que conseguir. Ensaiou fazê-lo de frente para o espelho. As cores mudaram, uma por uma. Decidiu começar por Sonserina. Então, ao negro somou-se o verde e o prata nos babados e acessórios. Com um suspiro foi para a saída do palco e espiou. Agora, era um show de verdade. Lembrou-se das vezes que se apresentara na casa em que estudara. Nunca como solista. Sempre no coro, extasiada com a agilidade e beleza de sua mestra. Mas, agora, ela era a solista. E suas “acompanhantes” apenas expectros em quadros nas paredes. Mas conseguiria. Tinha ou não sangue dos Black nas veias? - brincou consigo mesma.
- Com certeza! – a voz fria lhe pregou um susto. Do retrato ao lado, Fineus a observava, sorrindo de forma estranha.
- Obrigada por ter vindo.
- E obrigado pela homenagem. – ele apontou para as cores – Embora eu sinta não serem inteiramente por minha causa... – ele notara o anel com o brasão de Snape em seu dedo.
Regina sorriu, corando ligeiramente.
- Bem, está na hora de começarmos.
- Então me permita fazer as honras. Há muito não sou “Mestre de Cerimônias” por aqui.
Ele pulou de quadro em quadro até o painel do centro e chamou a atenção de todos, surpreendendo até mesmo a Dumbledore com sua presença. Bateu palmas, e as luzes se apagaram, permanecendo apenas as velas das mesas.
Regina respirou fundo, indo para o meio do palco às escuras. Encontrou os olhos negros de Snape, mesmo na pouca luz, mas desviou o olhar. Tinha que se concentrar, agora, no seu papel. E oferecer o melhor de si aos amigos mais preciosos que teria por toda a vida, mesmo que nunca mais os reencontrasse fora das páginas de um livro... Procurando não pensar nisso, respirou fundo, e escutou um sussurro: todos prontos. Nem queria imaginar como a iluminação que imaginara funcionaria, mas deu um crédito a mais para os “poderes” daquela sala magnífica, esforçando-se para imaginar exatamente o que precisava. Nunca se imaginara como coreógrafa, diretora, iluminadora, estrela, enfim, exatamente tudo em seu número de “estréia”.

Então, começou: um dos músicos batia palmas ritmadas, a luz magicamente incidindo sobre suas mãos. Outro respondeu do outro lado. E, enquanto os bruxos e fantasmas na platéia imaginavam o que seria aquilo, outro som começou a ser ouvido. Pés que sapateavam, lenta e suavemente, marcando cada toque, o som bem definido. As luzes focalizaram os pés femininos, nos sapatos pretos, começando a subir até iluminar por inteiro a mulher que aumentava a força e o ritmo, gradativamente, mantendo as pontas da saia presa na cintura para que todos vissem suas pernas até a altura dos joelhos. Rosto contrito, olhos concentrados nos próprios movimentos, que transmitiam uma certa dor. Todos notaram as cores de suas roupas, Lupin olhou disfarçadamente para Snape, o sonserino. Mas, ela já mudava para as cores de Lufa-Lufa, Corvinal, e por fim, Grifinória. Seus movimentos agora eram ágeis e quase incendiavam o chão, era a impressão que davam os babados vermelhos e amarelos, enquanto seu rosto também se inflamava no calor da dança. Mas as cores mudavam de novo. Todas juntas, todas as casas, no vestido que se transformava em branco, quase creme. Um sugestivo convite à paz e união tão necessárias. Alguns “personagens” dos quadros gritavam roucos “olés!” as mulheres do painel ao fundo se movimentavam, formando um “diálogo” com a bailarina de carne, osso e calor. Mas o número ia chegando ao fim, e os bruxos e fantasmas aplaudiam. Tonks assobiava, acompanhada pelo travesso Pirraça, que era vigiado de perto pelo Barão Sangrento.

Mas a guitarra iniciou uma música, palmas e batidas, anunciavam que não era o fim. A música forte e alegre envolveu a todos. Regina interagia com os componentes do painel com tanta tranqüilidade, que os assistentes imaginaram serem bailarinos e músicos “verdadeiros” no palco. A expressão contrita e concentrada dera lugar a um sorriso largo, a olhos brilhantes no rosto corado, de expressão apaixonada, emoldurado por cabelos que se soltavam do coque cuidadoso, ante a intensidade dos movimentos.

Ao olé final, todos a aplaudiram de pé. Regina nem tinha coragem de encará-los, mas ainda faria uma coisa...Lembrara-se de um certo filme, de dois personagens especiais. Mas conseguiria?
Fineos Nigelus lhe acenou que sim, de dentro do retrato da espanhola de vestido verde. Então, respirou fundo e explicou a todos:
- Preciso convocar dois amigos, para me ajudar a continuar a festa, que a partir de agora, é de vocês. Posso, Professor Dumbledore? – ele concordou, imaginando o que seria isso:
Snape a fitou com estranheza, mas ela lhe disse, mentalmente: “não é o que ou quem está pensando!” e chamou-os:
Ante o espanto da platéia, dois espectros começaram a se corporificar no palco, enquanto Regina se mantinha concentrada na mentalização de seus “convidados”. Pareciam-se mais com fantasmas do que homens, envolvidos numa fumaça prateada.
- Meu Deus! Que sonho louco! – um deles, negro, um sorriso largo, olhava em torno, visivelmente curioso, até que viu o outro – Você por aqui, Antonio?
- Parece – o moreno apontou para Regina ao falar – que alguém quer que repitamos nossa “performance”.
- Assim, de repente? – ele a olhou – Ah, entendi! Mas... não vamos mudar de forma?
- Se você quiser, não vejo problemas. Ainda mais que tem uma gata muito charmosa na platéia! – ele fitava McGonagall, mas o outro achou que se referia a Tonks.
Eles começaram um diálogo curioso, que Regina interrompeu com um “basta!”
- Ei, Eddie. A “chefe” é brava... – Antonio exclamou
- E eu não sei, cara? Só porque pôs um... – ele quase falou do anel em seu dedo.
- Psiu! Vocês vão ou não cantar pra nós?
- É, vamos lá. Antonio!
- Bom... Então, com vocês: O gato...
- E o burro... peraí. Será que não posso mudar não?
- Está bem! – Regina desanimou. Os músicos aguardavam, divertidos, a platéia visivelmente curiosa. Seriam animagos cantores?
- Então, de novo!
O outro já parecia cansado da brincadeira:
- Vamos lá: o gato...
- E o tigre! – ele ria, piscando, maroto, enquanto a música começava pra valer, embora eles se mantivessem na forma humana.
Enquanto eles cantavam “Living in vida loca”, Regina conseguiu convencer um a um, seus convidados a dançarem, menos Moody, que alegou problemas com a perna de pau, mas se divertia, por mais incrível que isso pudesse parecer. Snape, ela deixara por último, chegando até ele de mansinho. Os cantores cutucaram um ao outro, e sorriram maliciosos.

Mas Regina só via o homem à sua frente, de novo com aquela expressão dura, quase feroz.
- O que eu fiz de errado? – ela perguntou, baixinho.
- Nada. – ele respondeu, lacônico.
- Então, por que não gostou?
- Você parece... feliz por ir embora, afinal. – ele não a fitava, parecendo mais interessado em ver Minerva McGonagall dançar com o espectro de Antonio Banderas.
- Eu não estou feliz. Mas pensei que pudesse oferecer um pouco de alegria a todos, em tempos tão difíceis. Vocês estão com uma guerra batendo em suas portas, a Ordem... tem feito muito, todos merecem um refresco... inclusive você.
- É o que você se considera para mim? Um refresco?
- Se tiver representado pelo menos isso em sua vida, já me considero feliz, sim, senhor. – ela se virou, para se afastar, mas ele a reteve pelo braço.
Mexendo com o dedo no anel que lhe dera, disse em voz baixa, tentando ignorar que o olho mágico de Moody estava sobre eles:
- Este anel não foi apenas pelos momentos... prazerosos que me proporcionou. Não presenteio todas as mulheres com quem me deito com jóias de valor.
- E eu vou me lembrar de não esperar um mínimo de consideração de homens tão arrogantes e odiosos como você. Com licença, algumas pessoas têm mais do que palavras ofensivas pra me dizer.
Ela se afastou a passos rápidos, sem olhar para trás, esforçando-se para não chorar. Por que ele tinha que estragar um momento tão maravilhoso? Seriam ciúmes, porque os outros a admiravam? Ou não queria admitir que sentiria sua falta? Não, era pura arrogância, mesmo, concluiu, enquanto se misturava com os amigos no palco e dançava, sorrindo.

Logo, logo, cansados e contentes, todos foram se retirando. Regina ficou, “para fechar a casa”, como brincara com Dumbledore. Sentada, no meio do palco, admirando tudo aquilo, sentia-se feliz, apesar da grosseria de Snape. Eddie partira, mas Antonio se demorara, bailando solitário, enquanto Paco dedilhava preguiçosamente.
Regina agradecera comovida a todos, por toda a ajuda sensacional que deram. Agora, tinha que se preparar para partir. Trocou-se e voltou ao palco. Antonio ainda estava lá.
- Por que ainda não “foi embora”? – perguntou com um suspiro
- Porque este é o melhor sonho que já tive nos últimos tempos... está bom aqui. Apesar de haver sinais de tempestade no ar... – ele apontou para a porta. Snape voltara, ou não se fora, ela não saberia dizer.
- Então... posso lhe pedir para cantar de novo? A música que cantou no “Oscar”? Se você vai dizer que não gostaram, é mentira. Eu gostei muito!
- E ele? – Antonio perguntou, baixinho, disfarçando o quanto gostara do elogio.
- É principalmente por ele – ela sorriu.
- Ele vai entender a letra?
- É um bruxo... se não tiver um feitiço tradutor, você canta com legenda...
Ele sorriu. Se podia brincar assim, ela estava bem. O músico conhecia a melodia, então ele cantou com alma e sentimento: Há uma luz do outro lado do rio.
Ao terminar, agradeceu ao amigo, aproximou-se dela e beijou-lhe o canto da boca vermelha.
Ela sorriu, dizendo que se sentia honrada por “conhecê-lo”. Ele piscou-lhe de um jeito maroto, e se foi, sumindo numa nuvem de fumaça prata. Ela ficou se perguntando se o ator de Hollywood se lembraria do sonho daquela noite, em que fora novamente o Gato de Botas e dançara com a gata animaga de Harry Potter.
- Gracias, Paco – Regina lhe fez uma reverência – Gracias a todos!
Foi até a porta, passou por Snape sem dizer nada. Ele saiu também, fechando a porta atrás de si. Acompanhou-a até o quarto, onde ela pegou o malão e a bolsa. Não fez um único gesto para ajudá-la, mas ela não se importou. Já pedira a Tonks para enfeitiçar seu malão, que estava leve como um balão de ar. E dirigiram-se em silêncio para o escritório de Dumbledore.
Last edited by Regina McGonagall on 04/08/05, 14:28, edited 2 times in total.
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Post by Éowyn & Tonks »

Não acredito, ela atualizou! Achei que a fic ia ficar mofando sem atualização!!! :P
(E eu não me lembrava desse capítulo!!! :oops: )
Quanto à novela, metade do que foi mostrado como vida cigana era "pra inglês ver", ou seja, apenas o que eles (os ciganos de SP que foram os consultores da produção) permitiram ou quiseram mostras, em alguns casos alterando informações. Algo que hoje chamamos de "segurança da informação" em nossos cursos superiores, mas que eles fazem há milênios ou não seriam uma cultura sobrevivente.
É, eu sei, na época teve muita polêmica a esse respeito, mas o meu pai teve que fazer um trabalho para uns ciganos e, muito sinceramente, adorei a família inteira. Não vestiam roupas coloridas como os da novela, mas eram tão animados quanto eles, supersimpáticos, hospitaleiros e com uma família enorme toda vivendo no mesmo apartamento! Eheh! Chegaram até a nos convidar para um casamento, mas era tão longe que acabamos não indo. :(
Last edited by Éowyn & Tonks on 23/06/05, 09:02, edited 1 time in total.
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Post by Regina McGonagall »

Pode deixar que só esqueci de atualizar na 6ª feira... mas vou manter um capítulo por dia, ou pelo menos tentar... Depois de pronta, não consigo ficar "cozinhando o galo" muito tempo... :?
Last edited by Regina McGonagall on 23/06/05, 08:35, edited 1 time in total.
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Post by Éowyn & Tonks »

Tive que repetir direitinho a descrição (terrível aliás) que a JK faz do Snape, explicar as mudanças da aparência do ator
Mas você acredita que o Snape é, de todos os personagens, aquele que eu acho mais parecido com o dos livros? Era justamente assim que eu o imaginava, sem tirar nem por! :oops:
Pode deixar que só esqueci de atualizar na 6ª feira... mas vou manter um capítulo por dia, ou pelo menos tentar... Depois de pronta, não consigo ficar "cozinhando o galo" muito tempo...
Oba!! Que bom, estou esperando por isso!! :palmas
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Post by Regina McGonagall »

Eu disse que não dava conta de segurar... este capítulo não tem muito a comentar...

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Cap. 14 – A partida

O diretor recebeu-os com um sorriso preocupado. Sabia que ambos estavam prestes a explodir, pela tensão do momento. Moody e Lupin também estavam lá, assim como Minerva. Ela se aproximou da “sobrinha”, colocou-lhe no pescoço um cachecol da Grifinória, e indagou se ela mudaria de nome, agora, olhando disfarçadamente para o anel em seu dedo. Também notara que Snape usava um igual.
- Claro que não, tia Minerva. Serei sempre McGonagall, não importa o que aconteça. A menos... que me case, um dia, com alguém de quem valha a pena usar o nome. – ela não pôde impedir o desabafo, que mostrou estar desgostosa com alguma coisa, mas Minerva não tinha mais tempo para descobrir o que acontecera. Por isso, limitou-se a abraçá-la, maternal, olhando feio para Snape, que ignorou-as deliberadamente.
Lupin também queria se despedir. Abraçou-a e lhe entregou disfarçadamente um pacotinho. Por fora, estava escrito, simplesmente: para Mary. Ela sorriu, sussurrando em seu ouvido: “Pode ficar tranqüilo!”
Moody queria levá-la, mas Snape não aceitou de forma alguma: ele fazia questão de ir. Dumbledore teve que intervir na discussão que se iniciou, e entregou a chave a Snape.
O velho diretor fitou longamente a mulher, que estava pálida agora que o momento esperado e temido ao mesmo tempo se aproximava, inexorável. Também quis lhe dar um presente. Fawkes fez um barulhinho em seu ninho, e ele entendeu. Pegou uma pena pequenina, rósea e suave, e entregou à jovem. Seus olhos se encheram de lágrimas, enquanto ela buscava no interior de sua bolsa um pequeno estojo de batons, guardando-a com cuidado. Nada poderia ser mais valioso, uma pena de fênix! Mesmo sendo apenas a plumagem ainda frágil de um “filhote”.
- Vamos! – a voz rude de Snape quase a fez pular.
Em silêncio, segurando com força a alça de seu malão, deixou que ele a abraçasse, embora não conseguisse evitar o estremecimento que percorreu todo o seu corpo. Encarando seus olhos frios, dizendo mentalmente adeus a tudo em Hogwarts, enquanto Dumbledore acionava a chave com um clarão azul em sua varinha, ouviu-o contar: um, dois, três! E, apertando a sua mão junto com o camafeu, Snape a levou de volta para o mundo de onde saíra.

O puxão no umbigo, o zumbido no ouvido, tudo era igual. Abriu os olhos, reconhecendo-se na sala de reuniões, a porta ainda entreaberta, como no instante em que partira dali. Ainda podia ouvir Igor acabando de guardar seus materiais, Raquel atendendo um telefonema, alguns retardatários se despedindo.
Querendo ter direito a pelo menos um minuto com ele, Regina encostou a porta cuidadosamente. Não queria que fossem ouvidos.
- Como... você vai voltar? – ela perguntou, repentinamente curiosa.
- Usando outra chave. – ele a fitou, muito sério, e apontou o camafeu – Esta não será mais usada. Talvez...
Ele parou de falar, abruptamente. Não podia dizer que Dumbledore pensava seriamente em destruí-la, apoiado por Moody. Mas Regina tocou seu braço, o olhar aflito
- Você... não mudou de idéia, não é? – ela já quase chorava.
- Sobre? – ele fingiu que não entendera
- Sobre alterar minha memória... Eu não quero esquecer, eu... preciso lembrar! Não me tire algo tão precioso!
- Na verdade... – ele parecia tenso – A minha intenção era também fazer você beber isso. – ele tirou um pequeno frasco, com um líquido azul dentro – Você não estava exatamente... se prevenindo, nesses dias que... você sabe.
- Você quer dizer – ela o fitou, furiosa – Você realmente acredita que eu vou... que se houver uma mínima possibilidade, eu vou fazer isso? Você realmente não me conhece! – ela já chorava, incapaz de se conter.
- Entenda que não seria razoável você se ver esperando um filho, sem se lembrar de quando... ou com quem o concebeu... Seria, no mínimo, embaraçoso.
– Deixe eu ver se entendi – ela o fitou, amargurada – O que você não quer é uma trouxa andando por aí com um filho seu na barriga, não é isso? Que mancha na sua reputação! Mas pode ficar tranqüilo, eu nem existo mais, esqueceu? Vocês vão quebrar este maldito camafeu, ninguém vai poder mais me alcançar, nem você. E, sem sua ajuda, eu também não vou alcançá-los. Então, qual é o problema? Se aqui no meu mundo eu não fiquei nem cinco minutos fora, não deu tempo de engravidar, não é mesmo? Acho que meu corpo não assimilou bem esta... anomalia.
- Regina! – ele a segurou pelos ombros, apertando tanto que ela gemeu – Por Merlim, você realmente pensa assim? Estou pensando em você, mulher! No que é melhor pra você!
- Quem é você pra saber o que é melhor pra mim? Eu já sou mais do que adulta, sei me virar! – ela soluçou – Pensei... que íamos nos despedir de outro jeito...
- Como? Assim? – sem lhe dar tempo de refletir, ele a beijou com paixão e volência, chegando a ferir seus lábios.
Mas ela não se importou com o gosto de sangue. Agarrou-se ao seu pescoço, colou-se ao seu corpo, esquecendo-se até de onde estava. Mas ele não se esqueceu. Afastou-a com um gesto brusco, fitou-a longamente nos olhos e disse, em tom cansado:
- Muito bem, seja como quiser. Embora eu tenha prometido a Dumbledore que usaria a maldição imperius, se fosse preciso... Preciso ir. Adeus, minha...
Sem dizer mais nada, ele levou a mão ao bolso. Regina recuou, temendo que ele tivesse resolvido usar mesmo o feitiço e puxasse a varinha, mas ele simplesmente desapareceu num clarão azul.

Ainda estava parada, no mesmo lugar, quando a porta se abriu lentamente, e a cabeça de Igor apareceu.
- Ah, você ainda está aí? Pensei ter ouvido alguém conversando... – ele viu seu lábio ferido – O que houve?
- Hein? – ela o olhou, por um segundo sem entender, mas o lábio ardia, onde Snape mordera, e ela disse, o mais causalmente possível.
- Eu... entrei para apagar o datashow e... estava distraída. Bati a boca na porta. Não é nada!
- Vamos embora, então? Já estou descendo.
- Ah, eu também, é só trancar a sala. – ela juntou o gesto às palavras.
- Desculpe, mas... você vai embora assim? – ele apontou para a capa preta.
- Ah, claro que não! – ela tirou a capa, sentindo-se de repente muito desprotegida sem ela. Mas resistiu ao impulso de vesti-la de novo e guardou-a no malão, dobrando cuidadosamente e conferindo se não havia perdido o pacotinho para a Mary.

Deixando que apenas Igor falasse da saída do prédio até ponto do ônibus, Regina respirava profundamente, tentando assimilar de novo o ar de sua cidade, de seu mundo.
Afinal, pensou, embora ninguém tivesse notado o quanto estivera longe, estava em casa. Pelo menos, era do que fazia força para se convencer.
Regina McGonagall
Ministra da Magia


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Éowyn & Tonks
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Post by Éowyn & Tonks »

Tem o que comentar, sim, é tão triste... Parece o fim de tudo... :(
Mas adoro essa passagem:
Lupin também queria se despedir. Abraçou-a e lhe entregou disfarçadamente um pacotinho. Por fora, estava escrito, simplesmente: para Mary. Ela sorriu, sussurrando em seu ouvido: “Pode ficar tranqüilo!”
Eheh! :mrgreen: Não podia ficar quieta, sem comentar! :P
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AKAMARY LUPIN -- A BOA FILHA À CASA TORNA... MIL PERDÕES PELO SUMIÇO
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