Close to you - Sonho de um Maroto

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Regina McGonagall
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Re: Close to you - Sonho de um Maroto

Post by Regina McGonagall »

Gente, eu tinha postado dois capítulos... a confusão do servidor sumiu com eles... #-o

vou tentar re-postar o mais rápido possível (que tenho que ter um tempinho extra pras edições que gosto tanto de fazer aqui - letrinhas de cor diferente pras situações de flash back, luz roxa dos Snapes e tudo o mais... :mrgreen: )
Regina McGonagall
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Regina McGonagall
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Re: Close to you - Sonho de um Maroto

Post by Regina McGonagall »

Sonhos que voltam

...
Ela despertou no meio de uma névoa espessa, e quando deu por si, não podia acreditar que era verdade.
Uma princesa cansada de protocolos e obrigações reais, que abandonara tudo por um belo e arrogante escravo. Sim, lembrava-se bem da primeira vez que o vira, recém-capturado, altivo mesmo sob o chicote. Seus olhos claros haviam encontrado o seu, enquanto seu rosto se contorcia não de dor, mas de raiva. E ela se sentira presa a ele por algum mistério... Fingira não ligar cada vez que seu pai o castigara, convencera o rei a fazer dele seu escravo pessoal, alegando querer apenas se divertir humilhando-o ainda mais, mas fora inevitável: apaixonara-se. Por isso o ajudara a fugir, afinal era um rei que tinha o direito e o dever de voltar para seu povo. E, na aflição de uma vida sem perspectivas além do casamento com o sucessor de seu pai, ela cedera a seu apelo e o acompanhara na fuga... somente para ser agora transformada em escrava, instrumento de vingança daquele homem contra seu pai, que dizimara seu povo e o fizera prisioneiro. E ela o amava tanto... Por que ele não entendia que ela apenas fingira humilhá-lo com suas brincadeiras e ordens absurdas? Que ela tentara apenas evitar que ele fosse levado para trabalhos pesados ou, pior, morto? Por que a fazia sofrer daquele jeito, humilhando-a em frente às suas mulheres, rindo dela o tempo inteiro, tentando tirar-lhe toda a dignidade?(1)

E a névoa a envolveu, enquanto corria pelo jardim chorando ao tentar escapar de seu jugo, e ela sentiu-se perdida.

Onde estava? O que acontecia com ela? Por que se via novamente quase uma menina, sendo arrancada da casa do pai, para integrar o grupo de mulheres dentre as quais o rei escolheria sua nova esposa?
Será possível que teria novamente que viver sob humilhações tão grandes?
Mas sua tristeza e doçura cativara o rei, que se apaixonara por ela e a escolhera entre tantas. O mesmo homem de olhos claros, que agora prometia lhe proteger de tudo e de todos, como era possível?(2)

E ela adormecia confiante em seus braços para despertar novamente... em outro lugar, outro tempo.

O que estava acontecendo? Ela não sabia. Só o que sabia é que precisava partir antes do amanhecer. Estranho... ela se ergueu da cama de palha e ele tentou retê-la, mas ela não voltou. Afirmou que precisava ir e que ele não podia evitar. Ele pediu que ela voltasse, ela disse ser impossível, mas ele a fez prometer voltar pelo menos uma vez, enquanto saía pela porta, sumindo no meio da névoa que tinha um gosto de mar desta vez...e o mais estranho, não estava vestindo nada, apenas seus longos cabelos cobriam seu corpo.(3)


Ela devia estar ficando louca ou então... assistiu a filmes demais. É isso, só pode ser isso! E agora, sonha que está no lugar de cada uma daquelas heroínas...


Mas a música que toca agora é tão doce! E ela a conhece bem, reconhece os versos enquanto dança em um salão enfeitado de velas flutuantes, o teto transparente mostrando o céu estrelado, onde a alfa de Cão Maior brilha intensamente...

“...Just like me, they long to be close to you!...”

E ela repete o verso para o homem de olhos claros que lhe sorri, dizendo que ela precisa encontrá-lo para que isso possa acontecer.
Ele some na névoa, ela o segue, para ver-se numa floresta escura, rodeada por cães ou lobos que uivam aflitos e a fazem fugir apavorada.
E de novo aquela névoa, e no fundo da névoa, um imenso cão a chamar por ela, e ela finalmente o encontra.
Cortando seu pulso com uma faca em forma de meia-lua, ela repete um feitiço, o beija, e eles estão fora daquela névoa fria e medonha, atravessando um véu num arco de pedra...


****

E Sarah despertou. Que sonho estranho! Era como se visse trechos de velhos filmes ou livros lidos há muito tempo.

Seria possível que ela e Sirius tivessem vivido outras vidas juntos? Ou tudo aquilo não passava de fantasia de sua mente superexcitada pelos acontecimentos?

Pensar nele pareceu fazer com que o sono e o sonho se dissipassem de vez e foi aí que ela percebeu não estar sozinha. Dormindo ao seu lado, o rosto apoiado em uma mão enquanto a outra segurava a sua junto ao peito, Sirius respirava pausadamente, num sono profundo que ela temeu perturbar.
Por que ele estaria ali? Ou, melhor, por que Ela estava ali? Era o quarto dele, não dela.
De repente, uma dor intensa quase a fez gritar. Sua cabeça parecia ter sido atravessada por uma espada fina e ardente.
Esquecendo-se do desejo de não despertar o homem ao seu lado, ela pulou da cama.
Sirius acordou e de um salto estava ao seu lado.
- Você está bem?
- Sim... acho que sim. Foi só uma dor de cabeça e um... pesadelo. – Ela respondeu sem olhá-lo nos olhos. Sentia-se ainda muito confusa – Eu... vou caminhar um pouco.
Ela abriu o armário, pegando um agasalho de moletom e vestindo sobre a roupa amassada. Pegou a varinha na mesinha de cabeceira – nem se lembrava de tê-la deixado ali – e caminhou para a porta.
- Posso ir com você? – ele perguntou, num fio de voz, como se temesse assustá-la.
- Não. Por favor, eu preciso ficar um pouco sozinha, e nesta casa isso é impossível – ela riu ao se lembrar de quanta gente tinha naquela casa. -. Daqui a pouco eu volto.
- Promete?
Sarah o fitou, alarmada. Parecia estar vendo de novo o homem do sonho à sua frente. Sacudiu a cabeça com veemência, o que provocou nele um soluço angustiado, que a fez sorrir e tentar tranqüilizá-lo. Ele parecia um garoto, os olhos de cachorro perdido cintilando daquele jeito...
- Olha, é só uma volta na praia. Preciso... ajustar algumas coisas no lugar, e é a melhor maneira que conheço de fazer isso.
Ela tocou seu rosto com doçura, enquanto falava. Ele virou o rosto até conseguir beijar a palma de sua mão.
- Está bem, eu espero você, mas não demore, senão...
- Senão...
- Eu vou atrás de você.
Ela sorriu, saindo de mansinho.
Sirius deixou-se cair na cama. Passando as mãos pelo cabelo, respirou fundo, tentando manter a calma.
Ela prometera que voltaria logo. Ele esperaria um pouco, não muito, como também prometera.

Alguns minutos depois, Sirius se ergueu novamente. Estava ansioso demais pra ficar esperando.
Abriu o armário para também pegar um agasalho, pois podia ouvir o vento lá fora, frio como sempre antes do clarear completo do dia. Só então notou que Sarah pegara o “seu” agasalho de moletom, em “seu” armário. Riu, pensando em como aquele detalhe poderia significar intimidade, se fossem um casal comum...
Mas qual o problema? Eles eram um casal! Claro, comum não era uma definição para seu caso, em nenhuma circunstância...

Trocou-se com rapidez, vestindo suas roupas instintivamente – as que usava ao vir da Inglaterra e, pegando sua capa e a varinha, aparatou, sem se preocupar em avisar alguém da casa. Todos deveriam estar dormindo ainda.
Já não era mais tempo de esperar. Já estava na hora de “fazer acontecer”.

Ele só não sabia que tinha sim, pelo menos uma pessoa acordada. Um antigo espião, que registrou tanto os passos suaves da irmã saindo, quanto a sua súbita aparatação logo em seguida. E sorriu, enquanto dizia em voz alta:
- Já está mesmo na hora.

******
(1) baseado em um trecho de “O amor venceu” – espírito Lucius, psicografia Zibia Gasparetto
(2) Baseado em um trecho de “Conquista de reis” (só porque achei o rei parecido com o Sirius)
(3) Baseado em um trecho de “A floresta das sombras”, que não vou contar qual é. Se ainda não leram a fic, leiam, não vão se arrepender, tá linda!

******

Pessoal, a partir do próximo capítulo, passo a usar o nome Serenna o tempo todo, ok? Fora nos momentos em que os Laurent chamarem nossa heroína pelo nome. Porque até eu já to confusa, hihi...

Ah, importantíssimo, este capítulo e o seguinte contaram com betagem dupla: tanto a Belzinha (deu até vontade de deixar os comentários dela “a la Ana” no meio do texto...) quanto a Sally os revisaram pra mim. Desde já gradeço a elas de coração, que são as excelentes autoras que vocês já conhecem e minhas “Ídalas”.
Regina McGonagall
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Re: Close to you - Sonho de um Maroto

Post by Regina McGonagall »

Close to you finaly


Serenna olhava o mar, distraída pelos próprios pensamentos. O sonho maluco da noite fizera tudo voltar com força a sua mente. Fora atirada no mundo bruxo de forma irremediável, mas ainda lutava para permanecer a mesma. Seu desenvolvimento como bruxa era notável, entretanto, evitava usar os novos recursos, como se isso a fizesse perder de vista a essência do que era. Ana comentara sobre a birra de sua tia Bianca, que passara a chamar os bruxos de “tacanhos”, e no fundo, isso representava o medo que sentia.
Então, viera aquela história de que sonhara com Sirius Black toda a sua vida e estava destinada a tirá-lo do véu! E tirara, às custas da própria tranqüilidade, pois os sonhos haviam se tornado constantes. Revivera aqueles breves instantes, a cada noite, por meses. Tentara evitá-lo por todas as maneiras, mesmo depois de saber a verdadeira natureza de seu vínculo – um casamento mágico, irreversível, até finalmente ceder aos próprios sentimentos e ao seu charme, naquela noite... e então, aquela tal de Doris quase punha fim a tudo!

Nossa... parecia que haviam se passado anos e, no entanto, fora há pouco mais de três meses Aquilo não podia estar certo. Como poderia ter esquecido de algo tão forte, pra se lembrar somente agora?

- Porque você ainda não estava pronta. Mas agora, precisa escolher: voltar a ser o que era antes, sem Sirius Black em sua vida, ou permitir a vocês dois um novo começo. Sem medo do futuro ou sombras do passado. Dumbledore gostava de dizer que são nossas escolhas que dizem quem somos. Então, só você pode escolher e decidir com certeza quem é, ou quer ser. Mas lembre-se de que amo você, assim como seus filhos, e os outros. Todos vão respeitar sua decisão, inclusive Sirius Black, por mais que lhe doa isso. Tenho que admitir, ele a ama verdadeiramente e sofreu como um cão danado esse tempo todo – ele riu da própria comparação tosca.
- Você está certo, como sempre... Aliás, está começando a falar que nem o Dumbledore, e a ter razão em tudo.
- Então, definitivamente, estou ficando velho. – Severus sorrira levemente, mas ela não poderia ver em seu pensamento.


Serena se levantou e começou a caminhar. Percebeu que os acontecimentos da noite anterior é que haviam forçado sua mente a repelir em definitivo os efeitos do feitiço de Doris. Só não entendia porque tivera aquela intuição maluca de que poderia achar o filho de Malu. Num impulso, soltou um forte assobio e chamou:
- Serelepe!
Imediatamente, um redemoinho se formou na areia, e ela cobriu o rosto, até que o garoto de uma perna só terminasse sua aparição.
- Oi, tia! – ele sorria, piscando maroto, até que olhou em volta e viu onde estavam. – O que é isso?
Serenna ria do Saci que olhava maravilhado para o mar, saltitando hesitante até a borda da água, pulando de volta quando a onda fria molhou seu pé.(1)
- Você nunca tinha visto o mar?
- Ninguém nunca me chamou da praia... – ele falou baixinho.
Serenna esperou que ele se cansasse de admirar aquele “mundão de água”, embora temesse que esse momento nunca chegaria. Como a criança que era, o Saci sentara-se na areia, ajuntando-a com as mãos.
- Olha só, o sol já vai nascer.
- Eu já tinha visto o sol nascer na beira do Solimões, mas... nossa, isso é muito incrível.
- Nunca ouvi algo assim: muito incrível. – Serenna ria agora com vontade, mas de repente ficou séria.
- Serelepe, eu preciso lhe perguntar sobre aquela profecia. O que significava a última parte?
- A “Chama da verdade”? É o seu poder. Pode achar qualquer um que quiser, em qualquer lugar, mesmo que a pessoa queira se esconder. O primeiro Laurent a nascer aqui também o possuía. Foi um dos motivos de sua briga com a família, pois queriam que o usasse para localizar escravos fugidos... Só porque você tinha o mesmo poder que Martinho Laurent pode te encontrar. Os poderes iguais se atraíram. Foi o que Mestre Paulo me disse.
- Mestre Paulo... O Prof. Paulo, do Centro Rio Negro?
- Sim. Ele tem os registros de toda a história dos Laurent, porque seu avô era amigo de Remy. Foi assim que eu o conheci.
- Ah...
O Saci não disse mais nada e ficou olhando para o mar, ainda com aquela expressão maravilhada. Serenna permaneceu em silêncio, pensando no que acabara de ouvir, até que ele levantou-se num salto ágil que seria impossível se ele não fosse a criatura mágica que era, e disse com um grande sorriso e um olhar pidão:
- Tia, eu cansei de papo sério... Trouxe um lanchinho? Estou com fome.
- Não, eu não trouxe, me desculpe. Mas apareça domingo para a caça aos ovos, certo?
- Certo! Tchau!
O Saci sumiu no seu costumerio redemoinho, deixando Serenna com novas perguntas. Então, seu poder latente despertara finalmente.

A água gelada veio beijar seus pés descalços e ela deu um pulinho para trás, rindo como uma criança. Depois, respirou fundo, olhando a vastidão do mar e a claridade que começava a colorir o horizonte.
Ela sabia, agora, o que fazer. Seu coração lhe dizia com todas as letras...
Dera seu sangue para selar um compromisso mágico com um homem que mal conhecia, mas que amava intensamente, e isso a assustava. E se tudo aquilo fosse um engano tremendo e eles não conseguissem viver juntos?
Mas... como prever o que ocorreria em um casamento? Se daria certo ou não? Lembrou-se de um filme, onde ouvira algo parecido sobre ouvir o coração e a previsão do tempo...

Serenna riu sozinha, “ouvindo” o silêncio em torno, onde apenas as ondas quebrando e o vento entre os ramos das árvores reinavam absolutos. Olhou em volta, preocupada inutilmente. Era muito cedo, ainda.
Num quiosque distante, apenas o vulto de alguém que dormia num banco de madeira. Provavelmente, um desses andarilhos sem teto, ou, na melhor das hipóteses, alguém que não conseguira voltar pra casa depois da farra da noite anterior. Serenna o observou por um momento, avaliando se oferecia algum risco. Podia ser um outro lobisomem perdido, lembrou-se de repente. Concluiu que não. Em todo o caso, estava com sua varinha, enfiada no bolso do blusão de moletom.
O sol já subia acima do mar e, depois de alguns minutos concentrada na maravilha à sua frente, Serenna olhou em volta. Até o homem adormecido já deixara a praia, que agora era toda sua. Nas casas da orla da praia, todos ainda dormiam, indiferentes ao espetáculo da Natureza bem em frente aos seus narizes.Os hóspedes da colônia de férias próxima ainda nem sonhavam em se levantar, quanto mais ir à praia.
Satisfeita, ela caminhou, sentindo a umidade gelada, sentindo o vento arrepiar a pele de suas pernas, vestidas apenas por um short jeans de barra desfiada.
O capuz caíra para trás, e o vento da manhã agitava seus cabelos. Entrou na água até os joelhos, e constatou que estava gelada. Sua mãe, provavelmente a repreenderia, se estivesse ali, dizendo que se arriscava a pegar um resfriado.
Percebeu que não era a única a pensar assim, quando viu que não estava mais só. Alguém, ou alguma coisa, brincava na água.
Olhando em torno, mais uma vez alerta, respirou mais relaxada ao perceber que havia apenas um cão, correndo contra as ondas e voltando para a areia ao se molhar, latindo, excitado, ao perseguir pequenos siris que afundavam rapidamente na areia.
Observou-o por alguns momentos, depois seu senso prático despertou. Um cão daqueles na praia não era correto. Era uma praia pública, logo teriam até crianças por ali. Aquilo não estava certo... Reparou melhor no animal: grande, preto, quase um gigante... e o reconhecimento foi imediato:
- Black! – exclamou, entre contrariada e divertida. Seu solitário passeio, pelo visto, acabara de ir pro brejo, pensou...
Sua voz chegou até o animal e ele parou, olhando para ela, até que, como se atendesse a um chamado costumeiro e conhecido, correu em sua direção.
Ela ergueu as mãos para tentar apará-lo, mas desequilibrou-se e caiu, de costas na areia molhada e fria, gritando de susto.
O cão latiu, depois deitou-se, apoiando a cabeça em sua barriga, surpreendendo-a.
- Seu danado! Que susto me deu! – ela estendeu a mão, afagando suas orelhas.
O cão soltou um latido rouco, virando a cabeça para ela. Era evidente que o carinho inesperado lhe agradava muito.
- Então, seu pulguento? Aparecendo aqui desse jeito... ia ser bem feito ser pego pela “carrocinha”... mas eles levariam um susto daqueles, também...
Ela continuava afagando atrás de suas orelhas, divertida, esperando para ver quanto ainda ia demorar. Mas o cão continuava a olhá-la como se não soubesse do que estava falando. Resolvera fazer o mesmo jogo que ela, o malandro.
- Venha, vamos fazer um pouco de exercício, você está gordo! – ela se ergueu, correndo pela orla da água, o cão a segui-la, agitado e feliz.

Quem os visse, imaginaria apenas ver uma mulher e seu grande cão de estimação, e Serenna se permitiu pensar que poderia ser apenas isso, ainda por mais um pouco.
Até se sentar na areia novamente, cansada da brincadeira. Esperou que ele também se cansasse de correr e investir contra a espuma, para vir se enroscar ao seu lado.
- E então? – ela perguntou, segurando o rosto do cão com as duas mãos, brincando com suas orelhas – Você não é nenhum sapo... não sei se funciona com cachorros...
Ela sorriu, antes de se inclinar, como se fosse beijar seu focinho frio. Mas...
- Eu também não sei – respondeu uma voz rouca – Então, prefiro não me arriscar, e beijar você como se deve.
- Sr. Sirius Black! Quando é que você vai aprender? – ela ralhou com ele, embora risse com vontade.
- Quando você parar com essa bobagem de achar que vai ser feliz em outro lugar que não seja perto de mim.
- E por que eu acharia tal coisa? Estar perto de você é só o que quero.
- Então, porque demorou tanto pra me dizer isso?
- Eu... – Serenna o fitou, bruscamente séria – Eu precisava ... depois de tudo que aconteceu, decidir quem sou, quem quero ser...
- E decidiu?
- Sim... – ela olhou para o mar, evitando os olhos do homem ao seu lado, mas Sirius não lhe deu trégua, moveu-se para a frente dela – Já sei exatamente o que sou e o que quero para a minha vida, de agora em diante.
- E está nesses seus planos voltar a ser a Sra. Sirius Black?
- Pensei que seria pretensão demais imaginar tal coisa, então... – ela tentou ser irônica, mas pensar que ele pudesse ter desistido dela provocou um nó em sua garganta.
- E você pensa que, depois de tanto esperar, vou deixar você escapar assim? Ainda mais que o Seboso já me aceitou como cunhado.
- Nunca mais chame meu irmão de Seboso! – ela o fitou, fingindo-se de brava.
- E você nunca mais me chame de Pulguento! Nem diga que estou gordo! Senão...
- Senão, o que?
- Vou fazer isso!
Sem lhe dar chance de dizer mais alguma coisa, ele a empurrou contra a areia, rolando sobre ela e cobrindo-a de beijos e... de cócegas.
- Sirius! Por favor...
- Por favor... o que? Diga, vamos!
Ela o encarou. e piscou os olhos, onde as lágrimas provocadas pelo riso ameaçavam cair, depois os fechou.
Sirius parou de provocá-la e sentou-se ao seu lado.
- Por Merlim! Será que não consegui mostrar a você o quanto a amo?
- Não. Acho que não... – ela ergueu a mão, pousando-a sobre seus lábios, antes que ele retrucasse – Acho que você vai precisar mostrar isso pelo resto de seus dias. Qual é mesmo a idade que um bruxo pode alcançar?
- Minha querida... não me importo que sejam cem ou duzentos anos, mas sei que vou precisar apenas de uma coisa: estar perto de você, a cada minuto, cada segundo de cada dia de cada um desses anos...
- Hum... então... acho que vou ter que tomar algumas vacinas, e também comprar um bom antipulgas pra você.
Dizendo isso, ela levantou-se de um salto, correndo pela praia, antes que ele conseguisse detê-la:
- Sua... Sebosa! – ele exclamou, correndo atrás dela, enchendo o ar matinal com suas risadas e os gritos dela, quando a alcançou, finalmente.
Depois de jogá-la novamente no chão e prendê-la contra a areia úmida, ele sorriu, antes de dizer pensativo:
- Sabe, eu poderia ensiná-la a ser uma animaga também... Aí, sim, formaríamos um belo casal. O que você acha? Você ficaria linda, uma bela poodle de lacinhos cor de rosa.
Ela entendeu que ele a estava provocando, por causa de seu bicho-papão, mas balançou a cabeça.
- E quem garante que eu me transformaria em um cão? Ainda mais uma poodle cheia de frescurinhas! Sirius Black, acho que você não faz idéia de com quem está falando...Poderia ser qualquer outro animal, um gato ou um...
- Uma onça – ele a interrompeu – Nada menos que uma onça muito brava, claro. Mas, quem segurava um lobisomem pode muito bem amansar uma onça linda...cheirosa...
Ele disse isso segurando seu rosto, fixando o olhar em seus lábios, e então a beijou. Um beijo carregado de saudade e doçura.

- Eu sempre tive uma curiosidade – ela perguntou, quando finalmente se separaram, tentando agir como se não pudesse ouvir o próprio coração descompassado.
- Sim? – Sirius a fitou, confuso, enquanto tirava a capa, sacudindo-a contra o vento do mar, e depois estendendo-a na areia para que se sentassem novamente.
- As roupas. – ela apontou para suas roupas, completamente impróprias para um passeio pela praia: calça, colete e paletó de veludo, a camisa escura, as botas de cano curto. – Para onde elas vão, e como voltam, quando você se transforma em cão e de novo em homem?
- Ah, isso? – ele riu – Faz parte do feitiço de transfiguração de um animago. Mas você tem que treinar bastante, até que aprenda como funciona, ou poderá se ver em situações constrangedoras... Nós passamos alguns apuros. Depois que se aprende, nem se pensa mais nisso, é automático.
- Ah, menos um mistério a atormentar a humanidade... Vou explicar isso pro pessoal dos fóruns, junto com quais são os 12 usos do sangue de dragão.
Sirius a fitou como se não fizesse nem idéia do que se tratava, mas então se lembrou do que ela lhe ensinara sobre internet e outras coisas de trouxas que ela fazia sem problema algum.
Mas esqueceu do assunto, porque ela apontava para o sol a se refletir nas ondas do mar e comentava:
- Olha só. Não é lindo?
- Lindo é você aqui comigo, finalmente e como eu sempre quis.
Serenna sorriu, e se aconchegou a ele, sentada entre suas pernas, encostando a cabeça em seu peito.
- Sabe de uma coisa? Você fica lindo de sarongue...
Ele piscou, a princípio surpreso, depois envaidecido, e ia dizer alguma coisa quando ela continuou:
- Mas eu prefiro a versão em toalha, principalmente se for de manhã cedinho... no nosso quarto. – ela virara o rosto para lhe dar uma piscadinha travessa.
- Você se lembrou!
- humhum... – ela murmurou, voltando a encostar-se no seu peito. Não estava com vontade de conversar, só queria aproveitar o momento e matar a saudade...

Ficaram assim por algum tempo, ouvindo o barulho das ondas quebrando próximo a seus pés, até que ele começou a cantar em seus ouvidos, bem baixinho, com sua voz rouca que ela achava tão sedutora, parecendo um latido morno:
-... “just like me, they long to be, close to you...”

Ela fechou os olhos, feliz, como em seu sonho… Mas desta vez e daí para sempre, não seria mais apenas um sonho. Porque, estava finalmente perto do homem de seus sonhos e nunca mais deixaria de estar…


*** Quase... Fim***


Hehe... bem, podia ser, não é? esse foi o capítulo final que escrevi primeiro, com várias modificações e inclusões, e exclusões, porque alterei o curso de algumas coisas, principalmente em relação à família Laurent, no andar da carruagem.
Uma das coisas que não mudou foi o papo Snape/Serenna (mas o capítulo anterior, "Sonhos que voltam", não existia até há dois dias atrás)

E uma dúvida crucial: o apelido de Snape seria "Seboso" ou "Ranhoso"? se for o caso de mudar, a gente edita, sem problemas, né?

Ah, ia me esquecendo:

(1) Quem assitiu ao Sítio do Pica-Pau Amarelo? A primeira versão da Globo? tinha uma cena assim, o Saci (ele era fofo) vendo o mar pela primeira vez. Hehe, até parecia mineiro...

Bem, como eu disse que este seria o final, os capítulos seguintes são, digamos... bônus.
(um será especialmente dedicado às minhas duas betas, amigas, ídalas, modelos: Belzinha e Sally Owens )

Aguardem só mais um pouquinho, que tem uma harpia voando pra Inglaterra com uma carta urgente pra Ana... quando ela voltar com a resposta, posto mais um capítulopra vocês.
Regina McGonagall
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Re: Close to you - Sonho de um Maroto

Post by julie granger »

Já disse que vc é foda? hoje!??


VC É FODAAAA!

Muiitoooooooooooooo lindo xP

quero bonusss muitos bonus sghashuashuas!
bjuss
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Re: Close to you - Sonho de um Maroto

Post by Nany*Potter »

Nossa, nossa, nossa! uau!!!!
Ai que lindo o Six finalmente tha guanhando o merecido final feliz dele!!
e que a Serenna tbm mereçe néh? afinal ela é um doce de pessoa...

olha só o morcegão ja ate se acostumou com a ideia de ter o BLacl como cunhado!
hehehe

Regina parabéns moça!!
è histoia é Simplismente linda, que nos encanta do começo ao fim
nos prende numa magia que dah gosto de ler!!!
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Re: Close to you - Sonho de um Maroto

Post by Danna O'Brien »

OH MY MERLIN!!!!

nao acredito q consegui me att bem a tempo do ultimo cap *-*

faz seculos q nao venho aqui...mas to colocando as fics em dia e essa nao poderia nunk estar de fora, FATO!

mas jah vai acabar ? :cry:
poooooxa...eu gosto tanto dessa fic...
eu me att primeiro na da sally pq jah tinha acabado (e nem comentei lah ainda, nossa, como sou enrolada...)
e agora essa aqui tb tah no fim jah...caraca, e agora, o q eu faço?!?!?!?!

vc tem certeza q nao tem mais alguns bônus nao heim regina? :mrgreen:


tah tão linda q nao vai rolar acabar neh...
vai, diz q vc vai escrever uma fic tipo "então eu os declaro Snape & Black"
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
pq eles jah estão casados mas tem q ter uma da vida de casados deles neeeeeh!!!ahuahuaha
e com 'filhotinhos' qm sabe? *-*
e o snape e o sirius convivendo...ah eu quero mt ver isso hauahuahuahuauha
e o morcegão continua solteiro? nunk poderia espperar isso de vc regina...logo vc...acho q vc tah guardando ele p vc heim! vai, confessa q vc vai ainda colocar uma personagem com seu nome pra fisgar o ranhoso! kkkkkkkkkkk

ah, essa historia merece MESMO outra fic!!!!!
ah diz q sim vai, sim, por favor, siiiiiiiiiiiiiim????? [-o<

ateh o proximo cap, rpometo q estarei aqui!!! :mrgreen:

besos besos!
ps: ai q saudade desse meu mundo magico! ^^
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Re: Close to you - Sonho de um Maroto

Post by Regina McGonagall »

Nossa, Grazy que alegria ver você aqui!

calma, calma... como eu disse, tem uma porção de capítulos bônus (o pior é que o único que ainda não consegui terminar direito é o seguinte a este... hihi... tá lá na área de trabalho do pc no trampo, dou uma passada nele quando dá um tempinho... mas sem msn pra discutir as idéias com minha beta (a Belzinha) tá difícil... hihi...

bem, sobre um par pro Snape, a cunhada da Serenna já tem nome, já foi citada em algum lugar... e não vou contar mais nada, porque não vou dar spoiler de fic alheia... :mrgreen:
(isso de escrever fics interativas tá dando trabalho... hehe...

ah, mas uma fic que tá na cabeça (principalmente quando o travesseiro resolve conversar comigo à noite) é do lobisomem que apareceu aí (o que virou poodle com lacinhos...). estava em dúvida sobre quem seria o par para ele, mas já me decidi. hehe. aguardem!

semana que vem, prometo, posto um pouco do "depois".
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Re: Close to you - Sonho de um Maroto

Post by Tina Granger »

:cry:
terminou... :cry: :cry: :cry: :cry: :cry: :cry: :cry: :cry: :cry: :cry: :cry:
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Duas mulheres - A um passo - A irmã da Serpente

mais fics? olhe no fanfiction.net...

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Re: Close to you - Sonho de um Maroto

Post by Regina McGonagall »

Tina Granger wrote::cry:
terminou... :cry: :cry: :cry: :cry: :cry: :cry: :cry: :cry: :cry: :cry: :cry:
não exatamente...

1 - falta os acontecimentos do domingo de páscoa... (talvez com mais alguns ingleses visitando o Brasil por algum motivo muito especial)...

2 - falta uma nova turminha indo a Hogwarts (sim, vou pular da Páscoa pra 1º de setembro)...

3 - falta notícias sobre um novo membro da família...

4 - falta eu decidir se deixo a Malu feliz...

5 - falta eu decidir se deixo a Neuza Laurent feliz também...

6 - falta alguém muito especial visitando a Inglaterra...

7 - será que esqueci alguma coisa?

Tá vendo, Tina? família grande é um problema. da próxima vez, escrevo uma fic só de filhos únicos, hehe...


Ah, e falta ainda ver se a Belzinha ainda tem o primeiro texto de "Close to you", porque perdi meu arquivo (o que era pra ser uma fic com o Draco)
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Re: Close to you - Sonho de um Maroto

Post by julie granger »

Reginaaaaaaaaa!
to adorando esse clima de final de novela mas poxaaaaaa eu quero mais e mais!!

e sobre a minha fic! sei que vc deve tah sem tempo maas to dando um empurranzinho nela de cada vez! os exames da faucl tbm tao me matando entao tahj indo devagar mas na ferias vou mandar brasa to cheia de ideias . o quarto capitulo eu postei agorinha se ser da uma olhada!

bjkus
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Re: Close to you - Sonho de um Maroto

Post by Regina McGonagall »

Gente, demorei mas cheguei!
heis a primeira parte do nosso "final feliz" que todo mundo quer ler, mas aviso desde já: NÃO É O FIM DA FIC!
temos uns capítulos de bônus, depois da parte II e um epílogo ainda, ok?

==========================

Wedding Day(*) – parte I

We both acknowledge what we came here for
We take each other and walk through the open door
From the first time that I saw you
To the way you look tonight
I was shaken by your spirit
I was blinded by your light

And the world that I used to see is gone without a trace
Replaced by your eyes and the smile upon your face
And I will not turn away
'Cause you might disappear
I was haunted by your heart
And I felt that you were here

And funny when the time is right
When lightning strikes
You're not alone
Baby, I will pray for you my whole life through
This day


Ainda era de madrugada e o sol demoraria para nascer, mas ele já estava desperto. Acordara primeiro desta vez e a luz fraca do pequenino abajur que fora esquecido ligado lhe permitia agora admirar em silêncio o rosto da esposa. Sim, sua esposa. Ela finalmente se lembrara do que era, do que haviam compartilhado.
Sem conseguir se conter, ele estendeu a mão, tirando uma mecha de longos cabelos negros de seu ombro, tocando suavemente sua pele até alcançar o vale entre os seios, sentindo o pulsar de seu coração. Desceu os dedos em direção ao seu umbigo, sem se deter mesmo quando ela se mexeu e resmungou algo... até que ela abafou um riso.
Ele susteve sua mão e a fitou, já querendo pedir desculpas por tê-la acordado, mas ela sorria e disse:
- Você me fez cócegas! Hum... é bom acordar assim! – sua voz sonolenta era doce e sensual, e Sirius quase se esquecia de porque tinham acordado tão cedo, mas não Serenna. Ela pulou da cama quando ele menos esperava, fugindo em direção ao banheiro, fechando a porta do quarto suavemente. Ele deixou-se cair de volta no travesseiro, olhando para o teto, até que os passos suaves dela retornando o fez levantar a cabeça para olhá-la, enquanto ela se vestia como se estivesse sozinha, ou pelo menos fingindo que estava.
- Essa é nova. – ele apontou para a lingerie de seda em um tom suave de lilás.
- Sirius Black, você anda espionando minhas gavetas?
- Não. – ele deu um sorriso malicioso – Mas sei quando minha mulher está vestindo algo que ainda não tentei tirar dela... e também porque tem cheiro de novo, ora essa!
Ela tentou fazer cara de zangada, mas desistiu, enfiando o vestido branco de renda pela cabeça.
- Este não é seu, eu tenho certeza!
- Não. – ela esforçava-se para permanecer séria – É da Neusinha. Pedi a ela emprestado, nem sei a desculpa que eu dei. Estou usando meu pingente de família – ela apontou sua gargantilha de prata onde a pequena esmeralda brilhava na curva dos “S” entrelaçados. – E falta alguma coisa, mas não lembro o que é...
- Do que está falando? – ele sentara-se na cama, ao seu lado, beijando seu ombro enquanto ela calçava as sandálias rasteiras de couro branco.
- Pare com isso! – ela se encolheu, rindo. – É um costume, sabe? Uma superstição, mas a gente fica meio na dúvida se segue ou deixa pra lá... Algo novo, algo velho, algo emprestado, algo ganhado...
- Esse deixa comigo. – ele estendeu para ela uma caixinha, que abriu para deixar ver um lindo par de alianças.
Enquanto ela admirava-as, segurando a caixa com todo cuidado, ele indagou: - Tem certeza de que quer fazer isso?
- Sim. Quero poder dizer que estamos juntos porque escolhemos assim, porque nos amamos e...
Ele a silenciou com um beijo e sorriu, fitando-a nos olhos.
- Eu sei, eu sei. Entendo como se sente. Então, se você quer mesmo fazer isso ficar apenas entre nós, acho melhor sairmos da cama. Ou vou ser forçado a mudar de idéia e ficar aqui tempo suficiente para toda a família acordar e não conseguirmos mais sair de fininho...
Ele se vestiu rapidamente e logo depois, os dois se abraçaram e aparataram dali, sem que ninguém da casa percebesse.
Ou pelo menos eles pensaram assim...

We'll be together
Husband and wife
Now and forever
The rest of our lives
Well, take me to Heaven
Take me tonight
There is nothing words can say
On this our wedding day

Oh, now is the hour, now is the sowing of the seed
I will take tomorrow
I will lay it at your feet
And the two of us escape from the sadness of the world
From the thunder and the darkness
From the hunger and the hurt


Desaparataram ao lado da igrejinha da vila de pescadores. A Igrejinha de Nossa Senhora da Penha era toda azul e cintilava aos raios do sol nascente, linda em sua simplicidade e especial em sua aparência comum.
E naquela manhã de domingo, isso era tudo que Sirius e Serenna podiam querer.
Porque, na realidade, suas vidas tinham sido até agora tão repletas de coisas incomuns e acontecimentos espetaculares, que queriam algo cheio de simplicidade e que importasse apenas para eles mesmos. Mesmo que suas idéias parecessem coisa saída de alguma comédia romântica sobre encontros desencontros e reencontros...
Queriam casar em segredo, só o padre e as testemunhas, que deveriam ser dois desconhecidos pegos no pulo ali na hora, que não fizessem nem idéia de quem fosse Sirius Black e de porque ele estava se casando com uma moça que tanto respondia por Sarah Laurent como por Serenna Snape...
Por isso, foram bem cedinho para a Igreja local, onde o seu amigo Padre Augusto já os esperava na simples companhia de algumas senhoras madrugadoras que haviam visto a igreja sendo aberta e entraram. Seriam elas as testemunhas que Sirius e Serenna precisavam...
Infelizmente, surgira um problema: Padre Augusto constatou que apenas uma das mulheres ali presente sabia pelo menos assinar o nome ... e precisavam de duas testemunhas, para que ela pudesse ser homologada pelo Juiz de Paz e ser considerada válida.
- Eu serei sua segunda testemunha. – Um homem que ninguém vira entrar na igreja falou lá de trás, enquanto caminhava até o altar.
- Deus o abençoe por isso, meu filho. Venha, participe da cerimônia conosco, então. – Padre Augusto lhe chamou com um aceno.
O homem sorriu, mas o ar melancólico não desapareceu com o sorriso, e Serenna achou que ele era vagamente familiar... Mas não conseguia se lembrar de onde o conhecia. Talvez o tivesse visto na praia, um desses dias, ou na colônia de férias que visitaram com as crianças. Ele poderia ser um hóspede, ou trabalhador de lá e ela não ligou muito para suas roupas surradas e o velho casaco militar que um dia fora verde, mas hoje tinha uma cor indefinida. Sobre tudo isso pairava uma velha veste bruxa que talvez um dia tivera a mesma tonalidade original do casaco do Exército, mas Serenna não se ocupava mais em ficar indagando se alguém era bruxo ou não...
Já Sirius olhava para o homem com uma leve desconfiança. Seu olfato canino sentira alguma coisa, além de sinais peculiares que ele conhecia bem, mas não disse nada, limitando-se a agradecer ao homem com um sorriso cortês. Afinal, ele não demonstrara nenhuma atitude agressiva contra eles, pelo contrário, se oferecera para ser sua testemunha.
- Muito obrigada... – Serenna começou a dizer, percebendo que não sabia seu nome.
- Não foi nada. Eu lhe devo muito mais do que isso. – ele sorriu, abanando a cabeça e não se importando com a confusão que sua afirmativa causara. Então, levou a mão ao bolso de seu paletó de brim, tirando de lá uma longa fita azul. – Ouvi dizer que as noivas devem usar algo azul para dar sorte. Use isso. Desculpe, sou muito desajeitado para essas coisas, o laço se desfez...
- Algo azul! Era o que eu estava tentando me lembrar! E ela está ótima assim! – Serenna riu feliz, enquanto amarrava a fita em volta dos cabelos, à maneira de Alice.
- Eu te vi assim muitas vezes, em meus sonhos... – Sirius sussurrou-lhe ao ouvido, indiferente aos demais.
- Ah, eu sempre gostei assim, arquinhos sempre me incomodaram. – ela explicou, meio encabulada, e depois sorriu para o homem que lhe dera a fita e os contemplava ainda com a mesma expressão melancólica.
- Obrigada, você é um anjo!
Ele balançou a cabeça, discordando gentilmente, e Padre Augusto continuou a cerimônia.
Ao final, o estranho assinou a certidão logo após a senhora simpática e emocionada e, antes que alguém pudesse dizer qualquer coisa, ele se afastou em passos rápidos e silenciosos.
As velhinhas cochichavam entre si algo como “pobre homem, sofre tanto com seu problema”, enquanto o padre o observava com expressão desolada.
Serenna ia chamá-lo de volta, mas Sirius estendia-lhe a mão, onde agora brilhava uma aliança larga e dourada, e dizia com um de seus sorrisos sedutores:
- Venha, vamos para casa. Acho que merecemos nosso novo primeiro café da manhã, minha linda e querida esposa.
- Sem Doris? –ela perguntou, esquecida por um minuto do que a preocupara.
- Sem Doris. – ele sorriu.
Os dois se despediram do padre e das senhoras, que os cumprimentaram com aquele ar doce de avós simpáticas do interior, desejando-lhes uma vida feliz, uma casa alegre e muitos filhos...

Nenhum dos dois notou que o estranho permanecera na lateral da igreja e os observara se afastando em direção à praia, até que o som suave de uma aparatação o fez se voltar para o bruxo que o fitava agora com ar curioso, depois de observar também o casal que já ia longe:
- Algum problema, Rômulo?
- Não. Está tudo certo. Só estava tentando pagar uma dívida. Podemos ir, agora.

You know I will remember well the mission bell
That rings your name
And baby there could never be
A memory like you

We'll be together
Husband and wife
Now and forever
Lovers for life
Well, take me to Heaven
Take me tonight
There is nothing words can say
On this our wedding day


========================
(*) tradução e explicação na parte II
Regina McGonagall
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Re: Close to you - Sonho de um Maroto

Post by julie granger »

Reginaa mais uma vez vc me surpreende com esse cap maravilhoso!
muito foda mesmo!
x)
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Re: Close to you - Sonho de um Maroto

Post by Nany*Potter »

Reginaaaaaaa
Plis atualisa logo, por favor
não mate essa pobre leitora mortal de tantas curiosidades...
bjos
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Re: Close to you - Sonho de um Maroto

Post by Regina McGonagall »

Pessoal, demorou, mas tô postando o que seria o último capítulo
Finalmente? Não! teremos capítulos bonus!
esta versão acabou não sendo betada, fiz uma alterações depois do envio pra Belzinha, desculpem se escapar algum errinho...


=============

Wedding Day – Parte II

This is my pledge to you
I will follow through to the end
And we will find another plane
We'll be home again
And tonight I'm going to find true love, true love


- Pelos poderes a mim investidos pelo Ministério da Magia do Brasil e pela Suprema Corte Bruxa Brasileira, eu os declaro Marido e Mulher.. Vocês agora estão unidos pelos laços do Sangue, da Carne e do Fogo e compartilham a Magia, o Poder e a Vida um do outro. Que a chama do amor e da verdade os proteja agora e para sempre, e que nenhum homem, mulher ou criatura, mágico ou comum, possa interferir nesta união
O celebrante sorriu para o casal à sua frente, enquanto brandia vigorosamente sua varinha sobre suas mãos unidas.
Os arcos de chamas multicores que os envolviam intensificaram seu calor e luz, para depois irem se reduzindo, até abranger apenas as mãos unidas do casal. Mais uma vez, as chamas brilharam mais intensamente e, como se elas tivessem sido absorvidas através da pele, o homem e a mulher pareceram queimar por um instante.
Sem necessidade de afirmar novamente um para o outro tudo o que sentiam, os noivos se fitaram intensamente. Após um instante em que pareciam isolados no tempo e no espaço, sorriram um para o outro e se beijaram, as mãos ainda unidas.
Aquele pareceu ser o sinal para que uma algazarra irrompesse no local. Gritos, risos, palmas, assobios e até o choro de algumas mulheres mais emotivas poderiam ser ouvidos à distância, se bruxos previdentes não tivessem isolado o espaço em torno com um bom feitiço silenciador e outro potente anti-trouxas.

Logo depois, sentados entre seus amigos e familiares na grande roda que se formara em volta da maior toalha de piquenique que já se viu, os noivos eram só sorrisos, as mãos dadas todo o tempo. O velho amigo de infância, indagou com um olhar travesso:
- E aí? Como os dois pombinhos se sentem, tendo casado duas vezes no mesmo dia?
O casal se olhou por alguns segundos, antes que o noivo respondesse com um sorriso amplo e a voz rouca:
- Definitivamente casados!
- Com toda certeza! – a noiva completou, também sorrindo, olhos brilhando de emoção.
- Peraí! Que história é essa de casados duas vezes? – a amiga que viera de Londres para o casamento indagou, espantada.
Os noivos a fitaram e sorriram ainda mais, enquanto sacudiam a cabeça. Não estavam dispostos a contar aquela história... A lembrança daquela manhã era algo que queriam guardar só para eles...

We'll be together
Husband and wife
Now and forever
Lovers for life
Well, take me to Heaven
Take me tonight
There is nothing words can say
On this our wedding day
This our wedding day


****

Ana observava o casal com lágrimas nos olhos. Não pudera deixar de se emocionar. E pensar que, há menos de vinte e quatro horas, nem imaginava que estaria em meio à Chapada dos Veadeiros(1), num poço circular formado numa cavidade de uma montanha, por onde uma cachoeira cristalina caía sob a luz do sol que penetrava na caverna singular, assistindo a um ritual de casamento mágico.

Sim, fora um dia muito estranho, aquele, desde o momento em que sua lareira irrompera em chamas e trouxera o inusitado convite:
Ana e Carlinhos estavam no meio de uma acalorada discussão. Não conseguiam chegar a um acordo sobre dar ou não ovos de páscoa para a pequena Lizzy e que se eles eram mesmo adequados para uma criança tão nova – dúvida evidentemente não compartilhada pela avó paterna e pela madrinha que já tinham providenciado o maior sortimento que Ana já vira em sua vida.
Foi quando chamas verdes cintilaram em sua lareira e uma voz desconhecida gritou em português, num bom sotaque mineiro:
- Ana? Ana Weasley? É uma questão de urgência, você está aí?
-Quem é você? E como está chamando em minha lareira? – Ana olhava sem entender para a cabeça de uma mulher negra que a olhava aflita da lareira.
- Desculpe o mau jeito... eu disse pra Susan que era melhor ela vir, mas, ela ficou encabulada, não tem muita intimidade com você e...
- Que Susan?
- Laurent! Desculpe, Bones. Acho que você a conhece como Susan Bones.
- Ah, entendi. A cunhada de Serenna. O que houve? Algum problema? Serenna teve uma recaída?
- Não! Pelo contrário! – Os olhos da mulher brilhavam agora, e um grande sorriso iluminou seu rosto. – Eles vão se casar. Quer dizer, vão oficializar aqui, com a família, o casamento bruxo e... bem, preciso de sua ajuda. Tenho que convidar um tal de Remus Lupin, e Harry Potter e... “peraí”,tenho uma lista aqui.
- Minha nossa! – Ana dera um grito.

As próximas horas foram incríveis. Reunir todos e providenciar o transporte para o Brasil não foi tarefa fácil, mesmo com sua experiência anterior com seu próprio casamento. Era domingo de Páscoa... Contatar as pessoas certas para conseguir todas as permissões no Ministério da Magia em um feriado foi demorado e cansativo... Mas conseguiram.
Ninguém seria capaz de impedir que Almofadinhas tivesse em seu casamento o outro único Maroto vivo e o filho de seu melhor amigo, seu afilhado.

Ou Ana Weasley não se chamaria mais Ana Weasley!

Então, ela convocou uma reunião de urgência da Ordem da Fênix, onde explicou a situação aos amigos boquiabertos.
Difícil foi tentar limitar o número de pessoas que queriam ir. A Ordem de Fênix em peso queria se transportar para o Brasil. Alguns só desistiram ao se lembrar de que a noiva era a irmã de Snape... Mas, pela urgência e pelo inusitado da situação, foi acordado rapidamente que as crianças ficariam para trás, ou seria impossível conseguir transportar todos a tempo. Molly Weasley ficou cuidando dos netos, mas Arthur não perderia a oportunidade de voltar ao Brasil por nada.
Bem, tudo bem, Ana perdera a primeira cerimônia.
Sim, houve mais de uma...

****

Na Sexta-feira da Paixão, se alguém ficara espantado ao ver Sirius e Serenna voltando juntos do que parecia ter sido um passeio na praia, abraçados, rindo um para o outro com cara de bobos, sentando-se para tomar o café como se nada mais no mundo importasse, não disse nada.
Nem quando o dia passou e eles permaneceram juntos, conversando baixinho algumas vezes e mantendo-se de mãos dadas quase o tempo todo. Até quando algum dos dois se envolvia em uma brincadeira com os meninos ou simples conversa com outra pessoa, voltavam-se instintivamente um para o outro, sorriam, olhos brilhantes, antes de continuar. E logo, estavam “grudados” de novo.
Sem contar que na praia, ela aplaudira divertida suas tentativas de surfar sem usar magia para não cair da prancha – um desafio dos sobrinhos depois que souberam que ele já era chamado de “havaiano” pelos frequentadores da praia.
Apenas Severus permanecera indiferente ao novo status do casal – de noivos em lua de mel pelo visto. Mas a tensão entre ele e Sirius Black diminuira também, sob o olhar feliz de Serenna.
E, dois dias depois, novamente ele foi o único a perceber a saída silenciosa do casal aos primeiros raios da manhã... O que iam fazer desta vez? Ele não fazia a mínima idéia nem se importou com isso, até que Berenice acordou a todos na casa, esbaforida:
- Não acredito! Eles vão fazer isso e nem nos avisaram!
- Fazer o que? – Murilo indagara, saindo do quarto, bocejando, seguido por Felipe que coçava a cabeça enquanto tentava descobrir qual o motivo pra sua irmã acordar a todos antes do combinado para a “caça aos ovos”.

E todo aquele rebuliço de um lado ao outro do Atlântico acontecera enquanto eles recebiam calmamente a benção do Padre Augusto na Igrejinha de São Pedro, pensando que haviam passado incólumes pelo Furacão Laurent que atendia pelo nome de Berenice...


****

Rebuliço ou não, os jovens estavam felizes por terem uma festa de Páscoa inesquecível. Aline ria o tempo todo, enquanto Eduardo e Mateus não paravam de falar sobre os personagens que viam ali, “ao vivo e a cores”. Como se não bastasse terem assistido a uma palestra de Severus Snape sobre uma das poções mais difíceis de serem feitas no mundo mágico e terem Sirius Black como tio, ainda tinham de quebra Harry Potter, os Lupin e os Weasley ali, bem pertinho deles.
Até Alex estava encarando a coisa toda com mais naturalidade do que os dois Laurent. Estava mais preocupado em saber de Peter algumas curiosidades sobre Hogwarts, já imaginando um jeito de ir visitar a famosa escola.
Leonardo se comportava como sempre, ou seja, era o Leo, um menino ativo e brincalhão que estava feliz e pronto.
Em dado momento, Aline se afastou dos outros e foi até a mãe, dando-lhe um forte abraço. Depois, virou-se para Sirius e disse:
- Pai... Agora você é meu pai mesmo, não é? – ela tinha o semblante preocupado.
- Claro, querida. E estou muito feliz por isso. Você é uma menina linda. Por que? Não está feliz com isso?
- Claro que estou! É o que sempre sonhei, uma família inteirinha! Mas... é que... agora, meu nome vai mudar, né?
- Mudar?
- É... Não serei mais Snape e sim, Black. “Tô” preocupada com o Tio Sev...
Os bruxos mais próximos se assustaram com o diminutivo, enquanto o tio em questão fitava a sobrinha com interesse e certa diversão. Já entendera o dilema da menina.
Enquanto Sirius pensava no que dizer, ele foi mais rápido:
- Aline, você continua sendo minha sobrinha, mas é natural que assuma o nome de seu “pai”. Quando for a Hogwarts, em setembro, será uma das primeiras a experimentar o chapéu. Será “Black, Aline”, não “Snape, Aline”, mas isso não muda quem você é e as escolhas que fará. É só um nome. Embora eu tenha certeza de que será mais feliz assim.
A menina pensou ter sentido uma pontinha de amargura no comentário, sensível como ela só, e reagiu de forma que ninguém esperava: pulou no pescoço do tio, dizendo em seu ouvido, embora alto suficiente para os outros ouvirem:
- Eu tenho orgulho de ser uma Snape, “que nem” o Alan.
E correu de novo para o grupo de garotos, que já a observavam intrigados.
Alan lhe sorriu aprovando seu gesto, e ela deu-lhe um beijo no rosto.
O que chamou a atenção de Ana, que comentou, pois não reconhecera aquele menino de cabelos levemente cacheados e sorriso doce:
- Por falar nisso, “cadê” o Alan?
- Como assim, cadê o Alan? – Serenna replicou – A Aline acaba de beija-lo, você não viu?
- Ele está treinando transfiguração? Tomou polissuco?
- Não. Está sendo “ele mesmo”. – Neuza respondeu sem se conter., enquanto trazia novos copos para o casal Lupin – ela assumira a organização das coisas naturalmente, num jeito muito próprio que fizera todos se lembrarem de sua mãe.
Ana a fitou por um momento, enquanto a mulher corava, constrangida por deixar escapar um segredo. Mas Snape veio em seu socorro:
- Meu filho é um metamorfomago, Weasley. Mas mantenha esta informação entre nós, pelo menos por enquanto. Considere como mais um segredo da Ordem.
Tonks vibrou com a informação, enquanto os outros concordavam com Snape, mas Ana ainda balançava a cabeça, confusa.
- Mas... mas... – ela estava boquiaberta. – Por que...
- Ele mantinha minha aparência? Porque achava que era a melhor maneira de se afirmar como meu filho e dizer a todos o quanto me respeita. Agora, parece ter se convencido que não é necessário e de que pode se mostrar como é. Embora tenha sido aconselhado a fazer as mudanças de forma mais sutil, quando voltar à escola, para que seu... talento não seja exposto claramente a todos. – Snape encarou Neuza, sorrindo tranqüilizador.
Neuza pareceu aliviada e sorriu também, enquanto ia servir aos seus irmãos uma nova rodada de bebidas e Ana a seguiu com o olhar.
O grupo de brasileiros ria e conversava entre si sem se preocupar muito com os amigos ingleses de sua irmã e amiga. Claro, Murilo estava feliz por poder rever a esposa um pouco mais cedo, e os Laurents mais velhos não ligavam ou desconheciam a “importância” de alguns nomes da roda de bruxos estrangeiros.

Pelo menos a maioria deles.

Ana reparou em uma mulher que deveria ser de sua idade. Era branca, pele bronzeada e os cabelos negros e longos, como de Serenna, porem com um tom levemente acastanhado. O garoto Alex correra até ela, dissera alguma coisa e voltara para perto dos amigos, o que fez Ana constatar ser a mãe dele. Mas ela tinha uma expressão melancólica, toda vez que olhava para o casal Black. Que estranho, Ana pensou. Se era amiga de Serenna, porque não estava feliz por ela?
Sem conseguir conter a curiosidade, aproximou-se o mais naturalmente possível e puxou conversa.
Malu sorriu, disfarçando o ar de tristeza que agora era incontestável. Ana se apresentou, ela fez o mesmo e perguntou como era ser amiga de Harry Potter.
- É incrível, sem dúvida. Ainda me esqueço de vez em quando de que ele tem praticamente minha idade e não é aquele garoto dos livros.
- Eu também me assustei ao vê-lo aqui. Com certeza, ainda esperava ver o Daniel Radcliffe. E os outros, então? Moody não se parece em nada com o do filme, mas o Snape, o Sirius...
Sem querer, seu olhar se turvou novamente, e ela tentou disfarçar:
- Mas você não é personagem da JK...
- Não, eu... literalmente, caí no meio da história deles. – Ana riu, enquanto contava resumidamente sua história.
Mas seu senso de auror não desviara sua atenção. Por isso, perguntou à queima roupa:
- Você tem algum problema com o Sirius? Notei que fica perturbada toda vez que olha pra ele.
- É que... – Malu parecia desconcertada – Eu tenho sonhos com alguém que se parece tanto com ele que fico meio incomodada com isso.
- Sonhos? – aquela era uma palavra mágica para Ana. Afinal, era uma Mestra dos Sonhos.
Ela tocou a mão de Malu e pediu a ela que pensasse no sonho. Então, se concentrou e viu porque a moça parecia tão preocupada... Por um instante, também pensou ver Sirius Black naquelas imagens, mas alguns detalhes pequenos...
- Nossa, estou me lembrando de uma canção do Roberto! – ela tentou brincar.
- Não deixe o Murilo te ouvir dizendo isso, ou não vamos dar conta dele. – a outra sorriu também. – Mas o que você viu?
- Tudo. Quer dizer... – Ana sorriu mais abertamente ao completar - como eu dizia, “detalhes tão pequenos são coisas muito grandes”, etc, etc, etc ... E esse cara não é o Sirius!
- Com certeza?
- Com certeza! – ela riu da expressão mesclada de alívio e decepção da outra e completou – Mas não se preocupe, algo me diz que ele não vai demorar muito pra aparecer. Ele já está perto, eu sinto isso.
- Espero que você tenha razão.
- Eu tenho. – Ana foi categórica. Tinha certeza de que aquele homem tão parecido com Sirius Black estava mais perto do que a outra pensava. Sentia isso nos seus ossos e comentou com a outra.
- Você está de brincadeira, não é?
- Não, claro que não. Sou uma bruxa ou não? Eu sei o que eu senti. Ele está perto.
- Merlim te ouça! – Malu brincou, mas no fundo agora sentia uma esperança, e deixou de se recriminar pela ponta de inveja que sentia de sua amiga desde o dia que conhecera seu “namorado” na praia.

Mas a atenção de Ana foi atraída para o Prof. Paulo, que perguntava diretamente a Serenna:
- Fiquei muito preocupado quando soube da manifestação repentina de seus poderes, Sarah. Você teve alguma recaída, sentimento de fraqueza, tonteiras?
- Não, Professor, estou ótima, obrigada. Foi tudo muito estranho, mas quando acordei, estava melhor do que nunca e... – ela fitou o marido sorridente – completamente curada dos efeitos do feitiço que me atingiu em Londres.
- Parece que o efeito não foi tão fulminante como da primeira vez. – a voz de Snape fez com que todos se voltassem pra ele, principalmente o Prof Paulo, que indagou:
- Primeira vez? Já tinha se manifestado antes?
Snape pareceu se dar conta de que deixara escapar algo que não devia e tentou se fazer de desentendido, mas Ana viu que a coisa era séria, então o questionou:
- Pelo que me contaram, ela aparatou de repente e voltou em segundos trazendo aquele garoto com ela, depois de salvá-lo de um lobisomem.- ela apontou para Alex, que conversava animado no grupo de jovens e crianças um pouco além - Quando ela fez algo parecido e nenhum de nós soube, Snape? Desembucha, homem!
Snape fitou a todos, atentamente. Conhecia bem a Auror e os demais. Ninguém, principalmente Harry Potter o deixaria em paz até que contasse. E agora, tinha que se preocupar também com Black, que já o olhava quase como nos velhos tempos.
- Quando salvamos a Sra Potter e as crianças. Ela esteve lá conosco e...(2)
- Como assim, esteve lá com vocês? – Ana, que não participara da missão porque estava prestes a dar a luz, quase gritou.- Não tinha como ela ir até lá.
- Tinha sim. Meu sangue é o sangue dela, esqueceu? Além de sermos gêmeos, quando me socorreu há anos atrás, fizeram uma transfusão dela pra mim. Então, se eu pude estar lá, ela também pode.
- Nenhum de nós a viu por lá! – Lupin exclamou.
- Mas foi ela que resgatou o Moody. Naquele momento, sem perceber, eu abri nosso canal de comunicação, e ela viu através dos meus olhos tudo que acontecia. Transportou-se automaticamente e, com um feitiço duplo de convocação e transfiguração que eu nunca entendi como aconteceu, puxou o Moody pra fora antes que aquele caldeirão explodisse e aparatou de volta pra casa, levando-o com ela.
- Mas... como? – Harry era o mais espantado. – Ninguém a viu ou percebeu nada. Todos pensamos que tínhamos perdido Moody... – ele fitou o velho auror, que piscava o olho normal enquanto o olho mágico se fixava em Serenna.
- Até chegarem de volta e descobrirem que ele estava em segurança com Tia Ágata. Muito ferido, mas vivo. – Ana explicou. – Como você fez isso, Serenna?
- Eu... – ela balançou a cabeça – Nem sei direito. Eu estava em casa, super preocupada com todos, e resolvi treinar alguns feitiços pra relaxar. Estava testando um feitiço de desilusão em mim mesma, quando pensei ter levado um choque e comecei a ver o que acontecia lá. Quando Remus foi puxado, e Moody com ele, eu não sei o que houve, só estava lá, transfigurando-o em alguma coisa que pudesse puxar de volta do caldeirão e depois, estava em casa com ele. Nem sei como o transfigurei de volta, mas sei que só acordei dois dias depois ... Meu Deus, eu... poderia ter poupado tanto sofrimento a vocês! – Serenna segurou o braço de Harry – Se meus poderes tivessem se manifestado antes, eu teria podido encontrar Gina e as crianças antes e...
- Não se preocupe com isso, não tem como termos certeza disso. Acho que só aconteceu porque você se viu numa situação extrema de perigo. Seu sentimento era de que o Snape corria perigo, não era? Quando foi atraída pra lá, era nisso que pensava.
- Sim... – ela fitou o irmão, profundamente emocionada.
- Eu mesmo pensei que fora o medalhão que fizera o trabalho, só depois me lembrei que ele só se ativa para salvar um “Prince”.
- Eu... nem cheguei a pensar nisso. – ela olhou para o marido com um sorriso triste – Lady Marjorie me contou que fiquei desacordada por dois dias. E foi quando voltei a ter os velhos pesadelos da infância.
- Então, foi isso que ativou a conexão entre você e o Sr. Black. O contato direto com a mesma dimensão do Véu. – o Professor Paulo respondeu com a autoridade de um mestre. – Mas sua força só seria completa se vocês se unissem, por isso os pesadelos só cessaram quando encontrou uma forma de resgatá-lo.
- Resgate que envolveu a todos nós! – Remus sorria, tocando o ombro do amigo – Algo muito bom resultou de todo aquele pesadelo. Tivemos Almofadinhas de volta!
- E eu – Sirius completou, sorrindo feliz e abraçando a esposa – Encontrei a “garota dos meus sonhos”. E ela é tudo que um velho Maroto podia querer pra ser feliz!
Eles se fitaram intensamente, beijando-se em seguida, sem se importarem com os assobios e risadinhas dos presentes.

Estavam felizes, e seriam felizes para sempre.

****

We'll be together
Husband and wife
Now and forever
Lovers for life
Well, take me to Heaven
Take me tonight
There is nothing words can say
On this our wedding day
This our wedding day


***** FIM (por enquanto) **********

(1) Chapada dos Veadeiros, Salto 120. Este lugar existe mesmo, gente, vi num programa “Expedições” da Paula Saldanha.
(2) – Harry Potter e o Retorno das trevas – Sally Owens.
(3) – A Belzinha e eu conversamos sobre um jeito de explicar como Olho Tonto Moody sobrevivera ao caldeirão que cuspia inferis para poder se casar com Agatha Smith. Esse foi o jeito que pensei.
(*) Quanto ao título desses dois capítulos e ao texto em inglês que vocês já sacaram ser letra de música, não preciso dizer, né? “Wedding Day” faz parte do último disco lançado pelos Bee Gees:


Dia do Casamento”, claro, a tradução.

Ambos reconhecemos / Para que viemos aqui
Que aceitamos um ao outro / E saímos porta a fora
Desde a primeira vez em que a ví / Até o modo como está hoje
Fiquei abalado com seu espirito / Fiquei cego com sua luz
E o mundo que via desapareceu / Sem deixar vestígio
Substituído por seus olhos / E o sorriso em seu rosto
E não vou me afastar / Pois você pode sumir
Fui enfeitiçado por seu coração / E sentí que você estava aqui
E, engraçado, quando é a hora certa / Quando um raio atinge
Você não está só
E, baby, rezarei por você / Toda minha vida / neste dia

Estaremos juntos / Marido e mulher
Agora e para sempre / Pelo resto de nossas vidas
Leve-me ao paraíso / Leve-me esta noite
Não há nada que palavras possam dizer
Neste nosso dia de casamento

Oh esta é a hora
Agora é o lançamento da semente
Pegarei o amanhã / E o colocarei aos seus pés
E nós dois fugiremos / Da tristeza do mundo
Dos trovões e trevas / Da fome e da dor
Sabe que recordarei bem / O sino da missão / Que toca seu nome
E, baby, nunca haverá
Uma recordação como você

Esta é minha promessa para você
Eu seguirei até o fim / E encontraremos outro plano
Estaremos novamente em casa
E esta noite encontrarei / O verdadeiro amor


===============

P.S.: Calma, não acabou, ainda temos os capítulos Bônus!
Regina McGonagall
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Regina McGonagall
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Re: Close to you - Sonho de um Maroto

Post by Regina McGonagall »

Como prometido, o primeiro dos capítulos bônus.
O próximo, a Belzinha vai ter que dar uma espiada antes, por causa de pequenos detalhes interativos com a fic dela.


================
BONUS I - A nova passagem

Aquela era uma ocasião muito especial para todas as famílias de jovens bruxos, mas, com certeza, para uma determinada família era... um acontecimento memorável e incrível: a família Black!
Após tantos anos, um membro, ou melhor, dois membros da família estavam embarcando para Hogwarts, pelo menos até o momento...
Serenna Black abraçou a filha mais uma vez, antes de vê-la entrar no trem, seguindo Alan.
- Me escreva contando tudo. Bella já aprendeu o caminho. – ela apontou para a grande gaiola no carrinho da filha, onde a águia de topete olhava a todos com ar imponente.
- Certo, mãe, pode deixar.
Aline sorria, seu rosto mulato irradiando alegria, enquanto seu primo Alan a observava com toda a condescendência que os garotos mais velhos conseguem ter para com “crianças menores”. Ainda não se acostumara com a idéia de uma prima na escola... mas outras crianças do “Lar de Elizabeth” também eram novatos em Hogwarts. Ele os viu entrando no vagão ao lado, acompanhados por Lucy e Peter, que vieram até Serenna e a abraçaram, também se despedindo. Pelo menos, ele pensou, não seria o único a quem recorreriam como “irmão mais velho e sabido”. Alan sorria intimamente, já antecipando a curiosidade dos colegas mais antigos, vendo um sonserino considerado não sociável rodeado de primeiranistas nada intimidados... e por um momento, um curto momento, ficou ainda mais parecido com seu pai adotivo, os olhos brilhando como quem ri de uma piada particular que ninguém consegue perceber.
Foi o que o homem ao lado de Serenna pensou, franzindo a testa por um momento. Sirius Black segurava na cintura da esposa com uma mão e tinha a outra apoiada no ombro de um garoto que olhava para tudo maravilhado, pois do pequeno grupo era o único a vir pela primeira vez e não conseguia segurar a emoção: Daniel Thompson.

Ainda extasiado com o fato de que Sirius Black, seu primo distante e um bruxo famoso no mundo de Harry Potter, cumprira a promessa de levá-lo para embarcar, o garoto não conseguia fechar a boca espantada.
Aline rira muito ao sugerir que ele segurasse sua mão para atravessar a barreira, caso sentisse medo. Ele levantara o nariz, altivo, mas aceitara a ajuda, ante as risadinhas do pequeno Leonardo que corria pra lá e pra cá, sob os olhares atentos de Lady Marjorie.
E agora, estava prestes a embarcar no trem. Verdade que não trazia o nome Black, como sua nova amiga, mas percebera com orgulho os vários pares de olhos que haviam se voltado curiosos em sua direção, só por estar ao lado do ex-prisioneiro de Azkaban. Pena que não poderia contar nada disso aos seus amigos antigos! Mas teria amigos novos, com certeza. Alguns, ao que parece, ele estava prestes a conhecer, pois Aline, que saíra do trem pra buscar o “primo” hesitante, apontou para um grupo que chegava:
- Veja, são meus amigos Mel e Lipe. Eles também são brasileiros, como eu! – e já acenando efusivamente pra eles - Meeel! Liiiiipe! Oi!
Os dois já corriam em sua direção, acompanhados por outros garotos que se aproximavam, curiosos, e que foram logo apresentados, seus olhos se arregalando mais a cada sobrenome anunciado: Lupin... Schakebolt... como se não bastasse o primo que Aline apresentara como Snape. Só faltava agora...
- E aquele é Harry Potter – ela apontava o bruxo que se aproximava, tentando ser discreto e não chamar muito a atenção, coisa que parecia praticamente impossível.
Sirius se voltou para cumprimentar o afilhado, que já o abraçava, sorridente, embora contrafeito.
- Eles podiam mandar qualquer auror... mas tinha que ser eu! Por Merlim, isso está sendo um inferno, acredite!
- Mas porque toda essa movimentação? Nunca pensei que fossem necessários aurores no embarque pra Hogwarts, não em tempos de paz...
- Foi por causa dos trouxas, eles ficam vigiando a Estação o tempo todo agora. Tivemos até que mudar a passagem de lugar.
- Eu fiquei curioso sobre isso. Porque agora temos a passagem na plataforma 1 e ¾? O que aconteceu com a antiga? – Sirius indagou, divertido com a expressão contrariada do afilhado.
- Os trouxas colocaram um carrinho atravessado nela, “em homenagem a Harry Potter”... (1) Como nós e as crianças passaríamos debaixo de flashes e gritinhos dos trouxas a todo instante? Impossível! E eu ainda tive que atravessar a Estação inteira usando a capa, ou estaria perdido... Poderia ser confundido com um fã “fantasiado” – Harry parou de falar ao ver o garoto que o fitava de boca aberta. Notando sua indagação muda, Sirius os apresentou:
- Harry, esse é Daniel. Daniel Thompson. Meu primo.
- Mu… muito prazer… Sr. Potter – o garoto conseguiu dizer, depois de engolir em seco.
Todos à volta haviam parado. Mel se aproximara e olhava de um para o outro, abismada, e já segurava Lipe, antes que ele dissesse alguma bobagem...
Serenna sorria, depois de cochichar para Sirius:
- Eu não disse? Até a sobrinha da Ana percebeu a semelhança...
Mas o apito do trem fez todos despertarem do susto, e os garotos já entravam no trem, afoitos para achar uma boa cabine.
- Pronto, Daniel? – a voz rouca do seu “padrinho bruxo” o despertou de seus devaneios. Afastando os olhos do homem à sua frente, com quem se parecia muito, faltando apenas a tal cicatriz na testa, Daniel sorriu timidamente em resposta e seguiu a falante Aline para dentro do trem.
Logo estavam acomodados em uma cabine, juntamente com Alan. Lucy estava na cabine ao lado com os outros “elisabetanos” e Peter tivera que ir para outro vagão, mas logo voltaria – era monitor da Corvinal, este ano.

Quando o trem soltou o último apito e começou a se mover nos trilhos, Aline correu para a janela, acenando para seus pais adotivos e seu irmão, que corria pela plataforma gritando “tchau” e fazendo gracinhas. Sirius e Serenna, abraçados e sorridentes, acenavam também, assim como todos os outros que ficavam para trás.

Daniel a seguiu, também acenando para todos eles. Todos aqueles bruxos que há pouco tempo julgara existirem apenas em livros estavam ali, e ele era como eles: um bruxo!

Sua nova vida acabava de começar! E fora um belo começo!

===============
(1) a origem desse trecho está em uma conversa de msn:
kings cross seria o primeiro lugar que eu visitaria
Regina diz:
eu também
Belzinha diz:
uma foto naquele carrinho é souvenir in-dis-pen-sá-vel
se vocês não sabem do que se trata, é sobre uma foto divulgada na internet, em que os ingleses puseram um carrinho na pilastra entre as plataformas 9 e 10 de Kings Cross, e tem até uma coruja igual a Edwiges.

====

bem, gente, este é só o primeiro bônus, como disse acima, apesar de ter sido o segundo ponto em que parei e disse: heis o final da fic.

hihi, esta está difícil de terminar, né? mas prometo que já consigo.
teremos ainda um bônus e, finalmente, o Epílogo!

até breve!
Regina McGonagall
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Re: Close to you - Sonho de um Maroto

Post by Agatha Saphira »

Este bônus da fic ficou ma-ra-vi-lho-so, gostei muito dele :mrgreen: O Sírius ajudando o primo distante ficou super lindo, mas nada se compara a quando o Daniel fica frente-a-frente com o Harry :shock: Amei demaaaaais esta cena ... Você escreve muito bem :palmas :palmas Parabéns!
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Re: Close to you - Sonho de um Maroto

Post by Belzinha »

Ah, Regina!
Ficou maravilhoso!!!!! :palmas :palmas :palmas
Tanto, que não me segurei e tive que ler vários trechos pro meu colega aqui (é, ele já sabe que eu sou maluca por HP).
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Re: Close to you - Sonho de um Maroto

Post by Regina McGonagall »

Pessoal, conforme prometido, o Bônus II.
Este foi muito especial, foi divertidíssimo de escrever, estava pronto muito antes, algumas partes que vocês vão facilmente descobrir quais saídas de convesas no msn...(essa lareira faz coisas, gente! )
Sim, foi um forma de homenagear algumas amigas que partilharam comigo essa incrível aventura de escrever essa história, acatando minha ideia de resgatar Sirius, mesmo que isso significasse alterações cruciais em suas próprias fics que ficaram meio que... interativas, né?
Espero que curtam, principalmente as surpresas anunciadas!


=======================================

BONUS II
Os trouxas estão chegando perto


- Acho que merecemos uma cerveja amanteigada, não? – Sirius perguntou à esposa, sorrindo.
- Claro, boa idéia! – ela sorriu de volta, enquanto observava o trem sumir de vista.
Sirius notou que ela estava triste.
- O que foi? Algum problema? Ou é tão mãe coruja assim que já está com saudades da Aline?
- Não é isso... É... saudade sim, ou melhor, é uma coisa diferente. Não se pode sentir saudade do que não se viveu, não é?
Ela tinha os olhos negros rasos d’água ao fitar o marido, a voz num sussurro trêmulo, e Sirius entendeu. Abraçou-a com carinho e disse baixinho:
- Eu também teria adorado atazanar você nos corredores... ou lhe comprar sapos de chocolate.
- Às vezes, fico imaginando como teria sido se... se eu tivesse crescido aqui. Como iria pra escola, em que casa ficaria, se tudo ocorreria diferente... com Severus, você, nós...
- Entendo... Mas não vamos pensar nisso agora. Vamos tomar aquela cerveja amanteigada. Veja o Leo, está louco pra ir embora.
- Mamãe me prometeu que podíamos ir ao Beco tomar um sorvete e passar na Gemialidades Weasley! – o garoto já dizia, bravo, como se visse seu passeio ameaçado por algum terrível acontecimento.
Lady Marjorie sorria, disfarçadamente, enquanto Serenna fitava o filho e sua expressão de zanga tão engraçada.
Todos os amigos já haviam se despedido, de perto ou com um aceno ao longe, e eles também deixaram a plataforma. 1 e ¾...
Harry Potter e mais um pequeno grupo de aurores ainda permaneceu, escoltando os últimos pais e tomando providências pra que os trouxas do outro lado da passagem não percebessem a movimentação.

Os Black caminharam tranquilamente pela estação, passando pela antiga plataforma 9 ¾, e só então entenderam o que Harry queria dizer: o movimento era intenso, mas não de estudantes bruxos... Trouxas de todas as aparências possíveis, inclusive “vestidos de bruxos” tiravam fotos, soltavam gritinhos, observavam cada um que passava com expressão investigativa.
Serenna riu, imaginando o que fariam se soubessem quem era o homem ao seu lado, mas apenas um pequeno grupo de mulheres adultas pareceu prestar atenção em seu marido, e ela julgou que os motivos eram bem outros...
- Hum... acho que esse anel em seu dedo não é grande o suficiente pra dizer: esse já tem dona! Acho melhor eu aumentar o tamanho do recado na sua “coleira”...
- O que? – ele perguntou, distraído. Acabara de sorrir para uma mulher de cabelos roxos e acenar displicentemente. Só não entendera porque a tal mulher arregalara tanto os olhos...
Serenna, acompanhando o gesto, rolou os olhos para cima, sacudindo a cabeça.
Sirius riu alto, murmurando algo como adorar vê-la com ciúmes, enquanto lhes chegavam aos ouvidos uma frase dita por uma das mulheres:
- Cadê o Malfoy? Eu quero prendê-lo na chaminé do trem!
A frase fora dita em português, e Serenna ia voltar e prestar mais atenção em sua autora, mas seu marido já a puxara para a rua, e logo estavam distantes dali.
Precisariam passar antes no Ministério da Magia, então, se separaram. Lady Marjorie e o pequeno Leonardo seguiram para o Caldeirão, Sirius e Serenna foram para o Ministério. E ela não pensou mais nas tais mulheres, pelo menos por algum tempo.

***

- Vamos, Bel, deixe de gracinha! Parece criança! – a outra balançava a cabeça, vendo a amiga fazer menção de se jogar contra o muro entre as plataformas, onde via-se um carrinho de bagagem preso pela metade, contendo até o que parecia uma “Edwiges” empalhada. As outras duas riam muito, e logo puxavam a amiga mais exaltada, a caminho da van que as aguardava.
O grupo já partia para outro ponto do passeio por Londres, mas as quatro mulheres pareciam ter outra idéia... Uma delas conversou com o guia e voltou, sorridente:
- Prontinho, nos encontramos em duas horas no hotel, para o almoço.
- O que você disse a ele? – a mulher de cabelos roxos perguntou, curiosa.
- Que já fizemos este programa anteriormente, então, não vamos à Torre de Londres...
- Ah, não... – a outra resmungou.
- Você terá outro dia pra procurar o fantasma de Ana Bolena, Dona Regina!
Ainda rindo muito, elas saíram caminhando, enquanto os parentes e amigos dentro do ônibus acenavam. Alguns, definitivamente, não entendiam porque as quatro haviam resolvido fazer outra coisa, mas o marido de uma olhou para o marido de outra e comentou:
- Harry Potter!
- Com certeza! – o outro respondeu, e ambos deram de ombros.

Aquela livraria era tudo de bom e um pouco mais. Livros raros, fora de catálogo, antiguidades, preciosidades e outras “ades”...
- Nossa... Parece até a loja do Sr. Koreander! – Regina exclamou.
- Com certeza! – Isabel sorria extasiada ao contemplar alguns títulos. – Jéssica, você viu isso aqui?
A outra mulher aproximou-se, curiosa, e foi sua vez de parecer completamente em transe:
- Uma seção inteira dedicada ao Rei Arthur e às lendas da Avalon! Ai, isso é um paraíso!
- Não, é uma livraria, só isso. – Nikelen balançava a cabeça, rindo do entusiasmo infantil das amigas. Como professora de História, estantes de livros antigos não eram bem uma novidade para ela, mas tinha que admitir, aquela livraria era espetacular.
- Gente, melhor que isso, só se conseguirmos mesmo aquele encontro com a JK!
- Será que seu amigo consegue?
- Acredito que sim. Se tivéssemos vindo ano passado, ia ser difícil, por causa do lançamento do “Livro 7”, mas agora, as coisas já estão mais tranqüilas, a produção do filme 6 não é algo assim tão ligado à pessoa dela...
- Será que ela vai gostar das nossas “criações” baseadas nos livros dela?

Dali a um tempo considerável, todas deixavam a loja, cheias de pacotes, discutindo suas aquisições.
- Se eu tivesse um volume desses nas mãos no ano passado... aquela teoria dos 13 gigantes teria ficado muito mais clara...
- E eu não sei disso? – Jéssica sorria e depois olhava pra outra – Nika, o que você comprou? Parece que é alemão...
- E é! – ela sorriu – Uma edição raríssima do original: Fausto!
- Ah, eu devia ter imaginado! Mas não é o de feitiços, é?
A pergunta em tom de brincadeira ficou sem resposta, porque ao fazê-la, Regina se distraíra e trombara em um homem que entrava na loja ao lado da livraria. Uma espécie de pub que elas não haviam notado antes.
- Desculpe-me, eu... – ela parou ao fitar o homem de olhos muito verdes atrás dos óculos e roupas esquisitas.
- Não, eu é que tenho que me desculpar. A senhora está bem? – ele a examinava atentamente como se verificasse a existência de ferimentos.
- Claro... – ela respondeu, ele sorriu e entrou.
De repente, num gesto que as amigas não entenderam bem, ela pulou para segurar a porta pela qual ele acabara de entrar e disse:
- Vamos, meninas, rápido!
- Mas...
- Vocês vão se arrepender se não me seguirem agora! – e entrou.
As amigas não tiveram remédio senão segui-la para dentro do que era provavelmente o pub mais estranho de toda a Inglaterra.
Sentaram-se na primeira mesa que viram vazia e observaram o local.
- Você ficou doida? Olha que lugar mais...
- Sombrio? Assustador? Mágico? – ela piscou.
Nikelen prestou atenção em volta... Sim, aquele lugar tinha alguma cosia de diferente de todos os que já visitara na Inglaterra, França ou qualquer outro país por onde já viajara. O incrível era perceber que a amiga estava certa. Havia... magia ali, ela podia sentir nos cabelinhos dos braços se arrepiando. Isabel e Jéssica pareciam ter a mesma impressão e elas se fitaram, mudas.
Quando alguém que parecia trabalhar ali se aproximou, perguntando o que seria, Isabel respondeu sem pensar:
- Quatro cervejas amanteigadas, por favor.
- Bel, o que? – Jéssica começou, mas foi interrompida por um gesto de Nikelen.
- Gente, vamos ficar calmas... acho que...
- Ah, não! Eu sabia que não poderia viajar com vocês... Já estão delirando, se pensam que entramos no...
- Pssiu! – o coro aflito a fez calar-se
O homem voltava trazendo garrafas empoeiradas e copos velhos, mas limpos, e olhou suas novas freguesas com expressão de dúvida.
Uma das mulheres murmurou um discreto agradecimento e todas tentaram agir mais naturalmente – o que nos leva a crer que pareceram mais estranhas ainda.
Sim, pois se elas estavam achando estranho o local em que haviam entrado, seus freqüentadores habituais também começavam a estranhar aquelas mulheres esquisitas, vestidas com roupas de... trouxas?


- Tom, o que está acontecendo? – Sirius perguntou ao velho barman, quando ele se aproximou, com expressão preocupada.
- Nada grave, Black, eu espero... É só que... estou com umas freguesas meio diferentes. Devem ser bruxas estrangeiras, só isso. Não identifiquei o sotaque delas.
Sirius, que chegara há pouco com Serenna, olhou na direção que Tom indicara discretamente. Instantaneamente, reconheceu o grupo que vira na estação e comentou com Serenna.
- Você tem certeza? – ela já olhava também, e confirmava que o marido estava certo. Além de Tonks, nunca vira mais ninguém com aquele tom de cabelo, a não ser a mulher na estação.
Nesse momento, seus olhares se cruzaram e Serenna se arriscou a fazer algo que não gostava muito: usou a legilimência para tentar ver quem eram. E quase caiu da cadeira, com o susto.
- Sirius... elas são trouxas!
- Tem certeza? – ele olhou de novo para o grupo, agora mais atentamente.
Percebeu suas expressões de assombro com o local, como se não acreditassem que no que estivessem vendo.
- Elas são brasileiras e... reconheceram você lá na estação.
- Como pode ser? Você não disse que são mesmo trouxas?
- Sim... mas... de alguma forma, sabem quem é você e, acredite, até quem sou eu!
- Você deve estar enganada! Mesmo os trouxas que conhecem sobre os livros não sabem sobre você ou... que estou vivo!
- Eu sei, eu sei... por isso é ainda mais estranho...

- Meninas, acho que nosso tempo acabou... – Regina sussurrou – Fomos descobertas!
- O que? – as outras seguiram a direção do seu olhar, e perceberam a mulher de longos cabelos negros e vestes verdes.
- Eu disse que era o Sirius Black.,.. e vocês acharam que eu estava delirando... Que era só um “clone” do Gary Oldman misturado com Jonhy Deep...
- Ai, minha mãe! O que fazemos agora?
As quatro olharam em volta e perceberam que o movimento na outra mesa não era assim tão normal. O casal ainda as observava, enquanto um homem de cabelos pretos e arrepiados – o mesmo com o qual Regina colidira na entrada - se aproximara da mesa.
- Será que aquele é... – Jéssica começou a dizer, mas foi interrompida pela amiga.
- Vamos embora, e rápido. Mas com cuidado... – Nikelen deixou uma nota sobre a mesa, sem a mínima vontade de tentar explicar pra quem quer que fosse porque não tinha galeões, e elas saíram o mais tranqüilamente possível.
Só na calçada, depois de olhar para trás e ver o lugar de onde haviam saído desaparecer, dando lugar a uma sapataria que podiam jurar que era apenas o prédio seguinte, que elas ousaram respirar.
Nikelen, mais prática, disse:
- Acho melhor irmos andando rapidinho e sem olhar pra trás. Se vimos realmente quem pensamos que vimos e Sirius Black o alertou, virá rapidinho atrás de nós. E, meninas, ele é um auror! Vai, no mínimo, nos “obliviar”!
- Com certeza!
- Minha nossa!
- Acho melhor nós fazermos de conta que não aconteceu nada disso...
- É mesmo. Não ia ter muita graça se fizessem a gente esquecer tudo, então, fica só entre nós...
- Que pena...
- Quem iria acreditar em nós? Iam dizer que é só doideira de autoras de fanfics...
- Pois é...
Elas fizeram uma expressão de tristeza infinita, depois caíram na gargalhada.
Rapidamente, as quatro se afastaram, sem olhar para trás, por mais curiosas que se sentissem. E foi melhor assim, porque estavam certas...


***

– Não é normal, trouxas conseguirem ver o Caldeirão, quanto mais entrar nele! – Sirius comentou – O que será que aconteceu?
- Harry Potter. – Serenna disse.
- Você também vai culpar meu afilhado por tudo que acontece de estranho?
- Não. Ele está aqui. – ela apontou para o homem jovem que acabara de chegar ao seu lado.
- Tudo bem, Sirius? – o rapaz perguntou
- Sim, mas Serenna acha que... temos trouxas aqui – e Sirius apontou discretamente para o grupo que acabara de se erguer da mesa e se dirigia para a saída. Elas tentavam, mas não conseguiam disfarçar totalmente a ansiedade e o receio.
- Eu acho que colidi com elas na entrada. Não se preocupem, vou averiguar. – ele ia se afastar, quando Serenna o chamou e falou baixinho:
- Diga a Gina que terei uma tigela de “sopa de galeões” sempre que ela sentir vontade, ok? É só me mandar uma coruja. Ah, e que Albus Severus provavelmente terá companhia pra aprender a voar de vassoura.
Harry sorriu, meio embaraçado, e despediu-se com um aceno, enquanto Sirius esquecia-se completamente das “invasoras” e indagava à esposa:
- Quem é “Albus Severus”?
Mas Serenna não pareceu disposta a responder. Ao invés disso, com expressão sonhadora, perguntou:
- Já que vamos reiniciar a linhagem Black, poderíamos seguir o alfabeto para escolher novos nomes de estrelas... O que você acha de Aldebaran Martinho Black? – ela hesitou um pouco, suspirou e continuou com tom de certeza - Claro, porque vai ser menino, mesmo que Ana teime em afirmar o contrário. Ela sempre erra, não é mesmo? Até que sugeriu um nome bonito: Alcione, uma das Pléiades...
- O que? Linhagem Black? – ele a interrompeu - Isso é uma bobagem. – ele parou por um segundo, fitou-a com ar desconfiado, afinal ela sabia muito bem o quanto aquele assunto o incomodava.
Vendo sua expressão apreensiva e sonhadora ao mesmo tempo, sentiu-se confuso. Pensou um pouco e então, caiu a ficha!
- Você... está tentando me dizer que... Meu Merlin! Eu vou ser pai?
- No final de abril ou início de maio... – ela respondeu, fitando seu rosto com atenção, preocupada com sua reação ante uma notícia tão repentina.
Mas Sirius já se erguia, puxando-a para si e rodando-a num abraço, rindo e chamando a atenção de todos os presentes, mandando Tom servir uma rodada de bebida a todos em homenagem a seu filho, como se o garoto já estivesse ali à frente de todos, rindo com ele...

Harry não acompanhara o emocionante e revelador diálogo e a festa a seguir na mesa do padrinho, nem se preocupou em saber como Serenna descobrira o nome ridículo que lhe havia ocorrido quando Gina contou do novo filho a caminho... Albus Severus... o nome que a tal de JK “nventara” no último livro sobre ele.
Ele era um auror, e sua única preocupação agora era descobrir a verdade sobre aquelas mulheres, por isso as seguiu imediatamente, parando apenas um segundo antes de sair para colocar sua capa da invisibilidade.

Já na rua, alcançando-as rapidamente, Harry acompanhou o pequeno diálogo e confirmou as suspeitas do padrinho e da esposa. Usara um feitiço tradutor ao perceber que não falavam em inglês e descobrira que eram da mesma nacionalidade de sua amiga Ana Weasley.
Descobrira também que de alguma forma sabiam que Sirius estava vivo e o haviam reconhecido.
Pensou que, como auror, deveria fazer exatamente o que temiam: aplicar-lhes um feitiço de memória. Mas, depois, refletiu melhor e desistiu.
Nem mesmo citaria o ocorrido em seu relatório... Já se cansara de ver seu nome ligado a tudo de estranho que acontecesse... teria que contar que elas só haviam entrado no Caldeirão porque se chocaram com ele na porta e...
Ah, era melhor ELE esquecer de tudo isso. Eram apenas quatro trouxas a mais sabendo da verdade:
De que existia mesmo um bruxo de olhos verdes, que se chamava Harry Potter e trazia na testa uma cicatriz...

************** FIM (ATÉ QUE CHEGUE O EPÍLOGO) *****************


hehe, este é um daqueles capítulos que eu devia postar com os coments da Belzinha, são uma diversão á parte!

bem, vale um esclarecimento ou dois:
1) provavelmente, faremos um trecho extra para explicar como Harry sabe detalhes do livro 7, ainda mais com o feitiço fortíssimo que o Ministério lançou sobre eles (vide Harry Potter e o Segredo de Corvinal)

2) Estou antecipando o nascimento de Albus Severus, na cronologia da Sally Owens (não a da JK) em Harry Potter e o Retorno das Trevas - epílogo. e 2010 para 2009. Mas é que tinha em mente uma nova dupla Black/Potter chegando a Hogwarts daqui a 11 anos... Claro, agora ambos, não apenas o pequeno Albus, serão bastante influenciados pelo primo Sirius Wesley, hehe... o que será que vai dar? provalmente eles "prometerão não fazer nada de bom", hihi... "malfeito feito". :mrgreen:

e calma, o Epílogo está a caminho.
(só faltam alguns pequenos acertos)

Claro, minha homenagem às minhas amigas Belzinha, Sally e Morgana - muito melhores escritoras que eu - é também uma homenagem a todos que leram esta fic e as delas também. Claro, eu queria citar mais algumas pessoas... mas aí... ia ficar um grupo muito grande para "invadir" o Caldeirão Furado... :mrgreen:

Bem... quem vai a Londres normalmente não vai conseguir tal proeza... Mas em fics, tudo é possível...
Porque acreditamos nessa magia, e que é possível participarmos dela: a Magia do Amor.
Regina McGonagall
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Belzinha
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Re: Close to you - Sonho de um Maroto

Post by Belzinha »

Já tinha aplaudido antes e volto a paludir :palmas :palmas :palmas
Pois saiba que será exatamente isto que farei se me deparar com a plataforma 9 e 3/4! Vou testar aquela passagem pra ter certeza de que não tem um trem esperando do outro lado!!! :lol: :lol:
Acho que falo por mim e pelas outras meninas ao dizer que me sinto extremamente honrada em aparecer neste bonus, e mais ainda: encantada!!!
Afinal, não é o sonho de todo fã? Principalmente, este encontro entre fantasia e realidade é nossa diversão maior nas fics, e vc fechou com chave de ouro nos colocando dentro do Caldeirão Furado.
Finalmente, eu não poderia colocar em melhores palavras do que você quando disse que "Mas em fics, tudo é possível... Porque acreditamos nessa magia, e que é possível participarmos dela: a Magia do Amor."
A maior e melhor lição da série Harry Potter, e com a qual, eu tenho convicção, de que o mundo seria bem melhor. :P
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Nany*Potter
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Re: Close to you - Sonho de um Maroto

Post by Nany*Potter »

=P~ =P~ =P~ =P~
nossa regina que capitulo maravilhoooo
amei esses bonus... são lindoss

nha morrendo de curiosidades sobre o epilogo!!!
bjsu
Parabéns
a fic é marvilhosissima...
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Gemula Azul da Estrupicio,
Agora é oficial
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NanyOnix
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