POTTER E O SEGREDO DE HOGWARTS - cap 24 a 30(att 10/03/2014)

Publiquem suas fics aqui para os outros opinarem.
Não se esqueçam de também postarem no Floreioseborroes.net.

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Sheu
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Re: POTTER E O SEGREDO DE HOGWARTS - cap 19 - Saído do forno

Post by Sheu »

Ai, gente, pára!
Para quem não sabe, meu pc queimou 2x, por isso não pude trabalhar direto no pc
E quem escreve sabe que eh um saco ficar transferindo do papel para o pc, ainda mais quando os trechos estão espalhados. Eu estou trabalhando no novo capítulo, ok?
Agora que meu pc voltou eu sou uma pessoa mais feliz!
Eu não esqueço que vcs estão esperando. Aliás, não só vcs como o pessoal da FeB e FFnet. Sei dos meus compromissos e não fujo deles [-X
Em breve, novo capítulo.
bjocas :wink:
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Drica Potter
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Re: POTTER E O SEGREDO DE HOGWARTS - cap 19

Post by Drica Potter »

Olá gêmula do meu coração li o primeiro capítulo e amei, vou imprimir para ler o restante, não consigo ler no pc, mas ja estou amando um trabalho execelente você merece aplausos viu!
Novos capítulos avise-me!
Amooo demais!
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Drica Potter
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Re: POTTER E O SEGREDO DE HOGWARTS - cap 19

Post by Daniel__ »

Boa , gostei
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Sheu
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Re: POTTER E O SEGREDO DE HOGWARTS - cap 20 finally!

Post by Sheu »

Ohannildes apesar do placar do ultimo jogo de quadribol, gryffa rules, tá?? *mostra lingua* E não odeia o James pq ele eh Mara, só precisa cair na real. Menthe do meu core, vc sumiu, me abandonou, sequer conversa mais comigo...onde está a moça do pacote de chips na frente da minha casa?? *sofre* Jão, manuscoso...demorou, mas tá ai. Pensar em duas sagas diferentes deixa qualquer um doido :mrgreen: ! Mamy!! Amo seus comentários. Fico feliz por curtiu meu quadribol, faço o possível. Pelo visto o povo num curte uma trapaçazinha besta, hein? :twisted: JCA, maninha berinjela...só vc liga pro Canino... :roll: Drica gemulaaaaaaa vc jah conseguiu terminar de ler? E Daniel, novatu...vc leu msm? Pq flood aki eu num admito não. Postar 2 msg em tpc diferentes no mesmo minuto dizendo q gostou eh pra desconfiar. Quero fazer um agradecimento especial ao Alexander GWP e ao Carlos Justi que não lêem minha fic, mas me ajudaram nesse capítulo.

Enfim...tah vendo, gente? Nem demorou! Soh 15 dias desde que eu disse que ia postar em breve. Esse capitulo me deu muito trabalho pq eu tive que ser criativa demais e pensar e arquitetar as coisas demais...foi hardcore...Mas tá aeww! Novo capítulo, deleitem-se! Ah! E se quiserem podem votar na minha fanfic pro fanzone Awards que eu deixo,tá? :mrgreen: http://forum.potterish.com/viewtopic.php?f=6&t=48332

______________________________________________________________________________________________
20
O SHOW DE HOGWARTS
Gina ficou toda a manhã e final da tarde ao lado da cabeceira do filho, mimando-o. Harry deu uma passada rápida, mas teve que seguir para a aula, deixando Gina com uma pontada de ciúmes do filho por tê-la só para ele. Após assegurar-se de que James estava bem, Gina se despediu com muitos beijos e uma ordem para que ele lhe escrevesse como estava ainda na mesma semana. James só precisava ficar o resto do dia descansando em observação para que Madame Pomfrey tivesse certeza de que tudo estava bem. No momento, ela tinha dificuldades para colocar para fora Lena, Alvo, Rose e todo o time da Grifinória que rodeavam a cama de Potter cheia de doces e balões enfeitiçados que não paravam de falar para ele melhorar logo. Oliver mesmo estourou vários deles porque não aguentava mais.

– Só quatro! Vamos! O restante fica esperando lá fora. Já estão aqui tempo demais e o Sr Potter precisa descansar – como ninguém se moveu, ela cruzou os braços e foi radical – Ou vocês saem ou vou internar todos em quarentena até o último jogo de quadribol.

Sob protestos, metade das pessoas saiu, ficando apenas Alvo, Rose, Lena e Oliver. Durante vários minutos James permaneceu com a mesma ladainha.

– Se eu não tivesse passado mal...

– Jamie, você não teve culpa, mozinho.

– Você não devia ter comido tanto no café da manhã. Tanta comida ia acabar fazendo mal – disse Rose, categórica – Hugo passa mal direto com a gulodice dele.

– Mas eu não entendo. Sempre comi antes dos jogos e nunca passei mal.

– Bom – interrompeu Oliver – Teve aquela vez da dor de barriga...

– Tá, tá! Talvez eu não devesse comer tanto assim antes do jogo. Mas tem coisas que não entendo, porque era um mal estar estranho. Eu parecia mergulhar num tipo de túnel... e ele distorcia as coisas ao meu redor... ficava tudo muito confuso.

– Se a falta de comida pode causar alucinações, quando você come demais deve ser a mesma coisa, né?

– Sim, Al, mas só se você tiver morrendo de fome ou engolido toda a comida do Salão Principal. E eu não comi tanto assim – disse, meio ofendido.

– Vai que alguma coisa não desceu bem? – Rose tentou ajudar.

– Acontece, mozinho.

– Não comigo, Lena. Eu não aceito ter perdido para a Sonserina. Eles devem ter zoado muito vocês, né?

– É o jogo – Oliver deu de ombros – A gente agüenta.

– Eu vou dar o troco por você, mozinho. A Lufa-Lufa vai derrotar a Sonserina no próximo jogo.

– É! – Alvo e Rose também entraram no clima.

– Eles vão sofrer, mozinho. Prometo!

– Bom, fora isso, o que eu perdi?

– Algumas provas, mas a diretora McGonagall vai deixar você fazer novas assim que tiver se recuperado!

– Nossa, que boa notícia, Rose – disse, com um décimo da animação da prima.

– E tem o Duelo de Exibição dos professores – Alvo lembrou, animado – E vai ser a coisa mais incrível do mundo!

– Nos corredores só se fala em um massacre do seu pai sobre o Prof Pratevil.

– Isso é uma coisa que eu não posso perder, Wood.

– Então precisa descansar, Sr Potter, ou não deixarei que saia desta Ala Hospitalar.

– Mas Madame Pomfrey... – Lena choramingou.

– Nem “mas” nem meio “mas”. Já dei tempo muito além do permitido para que vocês ficassem aqui. Vamos. Amanhã ele já estará liberado.

Madame Pomfrey conduziu os quatro para fora, depois que Lena deu um beijo de despedida no namorado. Rose e Alvo encontraram Jonathan e Peter do lado de fora aguardando por notícias de James. Assim que passaram todas as informações que possuíam, seguiram para seus dormitórios a fim de uma boa noite de sono.

Pela manhã, James voltou a ser o centro das atenções ao tomar café com os colegas no Salão Principal, embora a ausência de boa parte dos professores e da diretora também fosse assunto. A maioria das pessoas lamentava muito o fato de os grifinórios terem perdido o jogo, mas os sonserinos estavam impossíveis, principalmente com Potter. Se não houvesse supervisores por perto, certamente eles iriam sofrer a fúria da varinha de James, mas ele já arquitetava o que faria quando os encontrasse pelos corredores. O que o garoto não compreendia de forma alguma era o que um pontinho azul fazia na borda da mesa repleta de verdinhos.

– O que é que tá acontecendo, alguém me explica?

– Aparentemente, eles são amigos – Oliver falou.

– Impossível! Sonserinos não são amigos de não-sonserinos.

– Por isso eu disse aparentemente.

– Achamos que Tiago namora Elizabeth – Lena falou.

– Ele não namora ela – Jonathan interveio.

– Então me diz uma razão mais sensata.

– Não sei, Lena, mas essa não é!

– Epa! Tá nervosinho assim por quê?

– James, dá um tempo – Alvo defendeu o amigo - Você não sabe quanta gente já parou John só pra perguntar isso.

– Isso... – e apontou para onde o corvinal estava – É contra as leis da natureza. Salazar ficaria horrorizado.

– E você falou exatamente como um sonserino, primo.

– Eu não! Ora, Rosie... só acho errado.

– Errado não, diferente – Alvo corrigiu – E não tem nada de errado em ser diferente.

– Ah, Al! Você vem com essa conversinha mole só porque acabou na Lufa-Lufa.

– E o que tem de errado com a Lufa-Lufa? – Lena inflou.

– Ah, Lena... todo mundo sabe que a Lufa-Lufa...

– O quê? – a garota já fechava o pulso e tinha os olhos injetados em fúria, o que fez o garoto mudar de idéia quanto ao que ia falar.

– É uma Casa tão respeitosa quanto as outras e não tem nada de mais ser dela. Todas as Casas são importantes, meu pai sempre diz – deu um grande sorriso e um beijinho para acalmá-la, revirando os olhos para Oliver.

Aproveitando-se do momento em que as corujas faziam suas entregas matutinas, Oliver tratou de cutucar o amigo.

– Que mole! – sussurrou.

– Já tá me enchendo, Olie.

– O que?

– Ela. Mozinho... – e revirou os olhos.

– Você vai acabar com ela? – o amigo voltou a revirar os olhos e murmurou algo incompreensível – Espera o Dia dos Namorados, pelo menos.

– Ô! – e Lena o puxou para que ele participasse justamente dessa conversa.

– Acho maravilhoso que a visita a Hogsmeade seja no Dia dos Namorados! Pena que vocês ainda não possam ir. É maravilhoso!

– Vai chegar a hora da gente – Rose respondeu, tentando não parecer decepcionada pelas regras da escola. Que diferença faria, afinal, 2 anos?

Observando que a conversa sobre Hogsmeade iria render, ela fingiu que alguém a chamava e tratou de se afastar do grupo. Logo seus amigos também ficaram entediados e todos acabaram sentados na mesa da Lufa-Lufa, que estava mais tranqüila.

John estava absolutamente distraído, olhando para o teto encantado quando viu uma coruja parda, com algumas penas acobreadas, fazer um voo elegante. Eram manobras suaves, como se deixasse um rastro de caligrafia por onde passava. Assustou-se quando ela pousou na mesa da Sonserina, pomposa, e entregou um envelope para sua irmã.

Lizzie estava atordoada pela interrupção de sua leitura do Profeta Diário. Aquela coruja certamente não era de sua casa e não fazia idéia de quem mais lhe mandaria correspondência. Fez um agrado na ave, mas ela só foi embora depois que a garota abriu o pergaminho. Letras de caligrafia elegante e inclinada, do tipo de quem escreve muito e com pressa, logo deu à garota uma idéia de quem fosse e ela tratou de fechar e guardar, sem ler.

– Quem te escreveu? – Khai perguntou, enquanto se servia de bombons que a mãe de Deymon havia enviado.

– É de casa.

– Sei... – Deymon tinha certeza que não era.

– Encontro vocês depois, lá fora.

– Algum problema, Lizzie?

– Não, nenhum, Tiago – e se dirigiu para a porta, lançando um olhar significativo para o irmão.

Jonathan nem disfarçou e deixou o salão logo em seguida. Isso não passou despercebido aos olhares atentos dos amigos dos gêmeos e nem de alguns professores que estavam ali. Ele a encontrou na entrada da Câmara das Passagens e ela o conduziu até a sala vazia do quinto andar, onde tinha lições à noite com a diretora e podiam ficar a sós.

– Que pergaminho é esse?

– É de Rita Skeeter.

– Uau! E ela já descobriu alguma coisa da nossa família?

– Não sei. Não li ainda.

– Então lê!

Elizabeth sentou-se com Jonathan ao seu lado e abriu o papel gentilmente, lendo com muita atenção.

Queridíssimos Sr e Srta Dumbledore,

Como vão os estudos em Hogwarts? Já ouvi falar coisas interessantíssimas sobre vocês e não vejo a hora de nos encontrarmos para um novo bate-papo. O mundo bruxo adoraria saber o que os herdeiros de Alvo Percival acharam do nível educacional da escola e da nova diretora. É claro que não vou pressioná-los, meus queridos, porque, acima de tudo, me considero amiga da família. E amigos sempre se ajudam, não é mesmo? Sem esperar nada em troca.

Enfim, meus queridos, pressuponho que estejam ansiosos por notícias sobre a minha investigação, não é? Pois bem, devo dizer que foi um trabalho difícil encontrar pistas sobre o relacionamento de Dumbledore com uma moça. É verdade que a existência disso contraria inúmeros fatos já conhecidos, mas o avô de vocês era um homem que sabia ocultar muito bem as evidências, quando isso o interessava. Evidentemente, meus caros, ele não contava com a persistência e perspicácia desta repórter incansável e das técnicas de um eficaz trabalho de jornalismo investigativo. Mais uma vez, meus queridos, Rita Skeeter consegue o que nenhum bruxo no mundo é capaz: seguir os rastros da vida de Dumbledore.

Foi exaustivo, mas, finalmente, consegui encontrar uma fonte confiável que concordou em me revelar tudo. Usando técnicas avançadas de entrevista jornalística ele me revelou, preocupadíssimo, que certa feita uma família de trouxas foi parar em Godric´s Hollow por engano e acabaram ficando por alguns anos. Os moradores acharam a companhia interessante, pelo que soube, e foi nesta ocasião que ele disse ter visto o jovem Dumbledore conversando com a filha de trouxas no jardim da casa dela. Contudo, ela não se tratava da senhora na foto que vocês me mostraram e sim outra pessoa: Ermelinda Jane Ruffery.

Neste exato momento estou rastreando o paradeiro da família Ruffery e quando tiver mais informações não hesitarei em escrever-lhes. Nesse meio tempo, adoraria que me contassem como estão as coisas na escola. Sinto falta de uma boa história para passar o tempo, sabe? Hogwarts sempre gera boas risadas com um toque de suspense. Aguardo notícias, sim?

Da sua amiga e árdua defensora da verdade,
Rita Skeeter.


– Quem é Ermelinda, Lizzie?

– Não sei.

– Meio metida essa Rita, não é?

– Se ela faz algo que ninguém faz, tem o direito de se achar, né? Eu sabia que ela ia acabar descobrindo alguma coisa.

– Você vai responder pra ela?

– Não... você vai.

– Quê????? – Jonathan deu passos para trás, chocado – Você vai deixar que eu resolva isso?

– Claro. Ela quer que alguém fale de Hogwarts, não é? – John cruzou os braços e fez um bico do tamanho de um hipogrifo – Então escreve qualquer coisa que ela já sabe como a inundação, as aulas de sempre e blá, blá, blá – enrolou o pergaminho e guardou.

– Por que você não faz isso?

– Porque eu vou mandar uma coruja pra casa e perguntar se nossos pais lembram da vovó falando dessa tal Ermelinda.

– Por que eu não posso fazer isso?

– Porque eu tive a idéia primeiro – e se dirigiu para a porta – Não é pra falar para ninguém que a Sra Skeeter escreveu pra gente, ouviu? Ah! E muito importante! Quando escrever para ela diga para não contar a eles sobre a gente.

– Por que não? É a nossa família de verdade, não é?

– Primeiro: duvido que eles saibam da existência de bruxos; segundo: se nossa avó fugiu de casa ela teve algum motivo e terceiro e mais importante: como você acha que nossos pais de verdade vão reagir com tudo isso? Eu não quero magoar ninguém.

– Eu também não.

– Então pronto. Eu tenho que ir, os meninos estão me esperando.

– Lizzie?

– Quê?

– Você não está mentindo pra mim sobre o Tiago, está?

A garota revirou os olhos.

– Eu não tenho nada com o corvinal, já te disse. Ele que deu a louca e resolveu grudar na gente. Agora, tchau! – e saiu da sala em direção à área externa do castelo.

Não havia uma brisa sequer em todo o terreno de Hogwarts nesse dia. A escola estava mais quente do que o habitual numa primavera e, como era sábado, todos os alunos resolveram sair para se divertir ao ar livre. Os olhos vigilantes dos professores Horacio Slughorn, Mikhail Marstrovich e das professoras Septima Vector e Sibila Trelawney tomavam conta dos alunos. Bom, Sibila estava horrorizada com as acrobacias das crianças no Lago e fazia premonições de perigo a cada minuto, até que Mikhail conseguiu afastá-la dali.

Desde o dia anterior um frisson pareceu se espalhar pelo castelo e, misteriosamente, a maioria dos professores havia desaparecido, sem falar nos bruxos do Ministério. Havia quem jurasse que Longbottom estava trancado em sua sala treinando; que a Prof Trelawney tinha enveredado pelos subterrâneos de Hogwarts para escolher os mais fantásticos feitiços; alguns entusiasmados afirmavam ter visto Prof Potter entrar na Câmara Secreta; e muitos desconfiavam que o Prof Pratevil estava fora do país. Todos estavam equivocados, é claro. O título de campeão no Duelo de Exibição era almejado por todos, portanto, cada professor já tinha se preparado há tempos para dar o seu máximo.

No momento, entretanto, o corpo docente e os bruxos do Ministério estavam preocupados com o relatório do Guarda-Caças que informava a existência de hungús. O perigo era grande, caso um dos alunos resolvesse se aventurar na Floresta Proibida, o que não era raro, apesar da restrição. Por isso, uma brigada foi formada para caçar os dois espécimes restantes antes que eles conseguissem atrair mais um membro para o bando e se tornassem fortes novamente. Afinal, como Hagrid havia explicado aos caçadores, os hungús só desenvolviam claramente suas habilidades fatais de ataque quando formavam três cabeças pensantes.

É claro que, com tantas crianças e adolescentes curiosos fora do castelo, a diretora McGonagall providenciou um feitiço anti-invasão em toda a orla da Floresta: ao se aproximar da zona encantada, o aluno simplesmente dava meia-volta e conversava naturalmente, sem perceber o desvio feito. Foi assim com um estranho quarteto que caminhava próximo à orla.

– Você demorou – disse Malfoy, com um tremendo mau humor.

– Desculpe, tive que mandar uma coruja para casa.

Os dois sonserinos estavam com cara de quem tinha tomado um frasco inteiro de elixir paregórico: uma poção pastosa da cor de bosta de dragão e gosto de laxante, embora fosse escelente contra gripes e resfriados etônicos. Eles estavam assim porque Tiago havia passado toda a semana ao lado deles, se comportando como um colega íntimo, para não dizer que beirava a uma amizade platônica. Os quatro foram comentário geral da escola por três dias inteiros, o que era muito diante de um lugar onde sempre acontecia um novo fato extraordinário.

Tiago estava satisfeito com o grupo, que cumpria nobremente o acordo feito. Custava ao corvinal explicar aos outros que não estava enfeitiçado, namorando Elizabeth ou algo do gênero e fazia questão de frisar que ele tinha insistido até conseguir entrar. Dentro de sua Casa havia sempre a pressão para que ele deixasse os sonserinos de lado e voltasse a ficar com os seus, mas Tiago recusava, com toda a educação que era possível. Nunca teria coragem de dizer aos corvinais, mas acreditava que aquele era o grupo mais verdadeiro de Hogwarts, pois eram companhias que nada queriam dele.

– Dá para, pelo menos, tirar esse sorriso da cara enquanto caminhamos? Somos sonserinos, sabe? Temos ainda alguma reputação a zelar – Malfoy falou, muito irritado.

– Desculpe. É que vocês não fazem idéia do que significa conseguir paz na escola. Mas vou maneirar.

– Será que dá para falar sobre coisas mais importantes? Como o portal? Não conseguimos nada.

– E nem conseguiremos com tanta gente perambulando pelo castelo, Khai. Até sair sob a capa é extremamente arriscado – respondeu Lizzie.

– Então só nos resta uma solução.

– Qual? – perguntou a garota ao corvinal.

No momento seguinte o garoto deu meia-volta de uma forma afetada, forçando os outros três a voltarem para conseguir ouvir seu raciocínio.

– Temos que usar o cérebro e tentar associar um lugar que se pareça com a infiltração, já que o portal é gêmeo e não dois como eu achava – os sonserinos olharam surpresos para ele, que passou a mão na cabeça, desconcertado – Eu mandei o desenho pra minha mãe, só para ter certeza. Eu acho que o outro deve estar num local que tenha algo a ver com água. E deve ser água do Lago Negro que é a mesma que brota das pedras dali.

– E para isso precisa fazer tanta cena? – Khai revirou os olhos – E estávamos indo para lá – apontou e seguiu pelo caminho de antes.

– Existe outra infiltração no castelo?

– Não que a gente saiba, Lizzie – Tiago completou.

– Podemos tentar tirar informação do Sr Filch.

– Como? – Deymon perguntou ao colega sonserino.

– Bom, primeiro, se existe uma pessoa... – e Khai fez o mesmo movimento afetado de Tiago sem notar - ...que sabe se existe outra infiltração é o zelador, né? A gente podia tentar hipnotizar ele ou a Lizzie podia pegar emprestado um pouco do veritasserum do Prof Slughorn.

– E para isso precisa fazer tanta cena? – Tiago devolveu na mesma moeda e só assim Khai notou que não estava na direção de antes.

– Deve ser um encantamento ... – Malfoy disse enquanto corria para a frente e voltava no mesmo pique, sem notar a mudança de direção - ...vocês não acham?

– Malfoy, você voltou pra cá – Lizzie alertou e ele percebeu.

– É verdade. Que máximo. Devem querer ter certeza que a gente não entre na Floresta. Mas... por quê?
A sonserina teve um estalo e pensou alto.

– Os hungús!

– Quê? – perguntaram os três garotos.

– Olha, vocês têm que prometer não contar a ninguém – os garotos afirmaram com a cabeça e ela continuou – No último dia de detenção com Hagrid...

– Hagrid?! – Malfoy torceu o nariz para a intimidade da colega com o meio gigante.

– Eu chamo como quiser, Malfoy. Enfim, nesse dia, a gente encontrou um centauro morto.

– Legal!

– É, Khai, mas a coisa que matou ele foi esse tal de hungú. Parece que eram três e agora só tem dois. Hagrid disse que eles são muito perigosos porque quando atacam é para matar e ele ficou de falar com a diretora no mesmo dia.

– Será que os professores estão caçando eles agora?

– Depois de uma semana de aula? Claro que não. Deixa de ser estúpido, garoto – Khai respondeu com desdém para o corvinal.

– Na verdade, Khai, é possível que Tiago esteja certo porque eu li na biblioteca que os hungús só podem ser capturados com redes tecidas de crina de unicórnio e mortos decepados com uma adaga de prata feita por duendes. E isso leva um tempo para se conseguir.

– Duro de matar, esse bicho.

– É. Deve ser porque ele é muito raro, Tiago. E eu li que ataques de bandos de hungús são o verdadeiro inferno na Terra. O autor não descreve e por isso acho que deve ser muito feio mesmo.

– Então essa proteção deve mantê-los fora do castelo.

– Na verdade, Deymon, eles só podem entrar na escola se forem convidados.

– Você é uma chata sabe-tudo às vezes, sabia? – disse, despeitado.

A garota apenas sorriu para o amigo.

– O que posso fazer se sou bem informada? Os hungús só podem entrar se fizermos um caminho de pó de semente de fogo da Macedônia.

– Ou seja, praticamente impossível – Tiago falou – Essas sementes são ingredientes não-comercializáveis classe A. Meu tio, Caianus Grace, trabalha no Departamento de Tráfico Ilegal de Artefados e Ingredientes Mágicos e comentou no natal que não vê um desses há décadas.

– Deve ser uma caçada e tanto – disse Deymon com as mãos no bolso e um meio sorriso, admirando a Floresta.

– Você quer ser um auror, Malfoy?

O sonserino apenas virou lentamente o rosto para encarar o corvinal, com o melhor olhar assassino que tinha, enquanto os outros reagiram meio surpresos com a declaração do garoto.

– Só falei porque achei o que você disse bem a cara deles. Os aurores costumam caçar bruxos perigosos e, às vezes, são chamados para deter criaturas das trevas.

– Eu “achei”, eu “achei” – Malfoy disse, afetado – Guarde seus “achismos” para você.

– Foi mal. Não tá mais aqui quem falou.

O clima ficou pesado e a sonserina resolveu que era hora de mudar de assunto.

– Vamos fazer algo mais interessante. Eu preciso treinar meu expelliarmus e como somos quatro, podemos formar duplas e depois trocar... – diante do olhar assassino dos colegas sonserinos, ela completou - ...ou não. Eu pratico sozinha com o Tiago outra hora.

– Não – Khai interrompeu – Podemos praticar agora, mas eu é que não vou treinar com ele, porque corro o risco de lançar uma maldição “sem querer” – e fez o sinal de aspas.

– Ora, Khai, nós sempre contamos com a possibilidade da varinha da Lizzie surtar de novo e cortar ele em pedacinhos – Deymon completou.

– Pois fiquem sabendo que desde... – a garota tentou lembrar a última vez durante um treino com a diretora que a varinha fez tudo exatamente como ela mandou - ...enfim, já faz um tempinho que ela não lança feitiços diferentes do que eu comando, tá?

– Desse jeito você me deixa numa situação complicada. Fico triste por perder a oportunidade de ver um terrível acidente acontecer com o corvinal e me sinto obrigado a agradecer à diretora por salvar nossas vidas, Lizzie. E isso não é algo que eu queira fazer – Deymon disse com ironia.

– Ah, cala a boca, Malfoy! – ralhou, com um meio sorriso.

– Bom, vamos achar um lugar que não dê tanto na vista. Deve ter pouca gente na parte oeste do castelo.

O quarteto seguiu para o lugar que Deymon havia citado, ainda atraindo certa atenção. Não era fácil digerir a idéia de que o menino mais lindo do 1º ano gostasse da companhia de sonserinos, assim como o inverso era pouco provável.

Durante o jantar, os professores que haviam desaparecido misteriosamente estavam de volta. A fisionomia levemente abatida ajudava a fortalecer a idéia de que eles estavam, de fato, treinando para o duelo no dia seguinte. Quando James encontrou com seu pai sozinho em um dos corredores da escola, não conseguiu se conter.

– Vocês pegaram os hungús? – sussurrou.

Harry parou, abismado.

– Como você sabe?

– Eu estava com Hagrid e... ele deixou escapulir – mentiu.

– Hagrid não muda nunca – e balançou a cabeça negativamente, com um meio sorriso.

– Mataram eles?

– Um. O outro fugiu para além da Floresta e não vai mais voltar, não se preocupe. Agora, nenhuma palavra sobre isso.

– Segredo de família, pai – e deu uma piscadela.

Na manhã de domingo os alunos tomaram café e almoçaram em suas salas comunais, aumentando ainda mais as expectativas sobre os duelos. Os professores sequer comentavam sobre o grande evento da noite, mas davam piscadelas enigmáticas que tornavam a atmosfera ainda mais eufórica e mágica. Os alunos não sabiam ao certo quantos professores participariam e nem quais seriam, mas apostavam na vitória de seus preferidos. James organizou, em questão de minutos, o Gringates: portão oficial de apostas. Havia categorias sobre escalação dos professores, juízes, feitiços de ataque e defesa possivelmente utilizados, o professor derrotado de forma mais dolorosamente humilhante e, claro, o grande vencedor. James sorria à toa, pois os galeões para o campeão eram, em sua grande maioria, apostados no seu pai.

Harry estava nervoso, mas se esforçava muito para não transparecer. Ainda cedo recebeu cartas de incentivo e carinho de sua esposa, de “não passe vergonha na frente da família” do seu melhor amigo e uma lista de feitiços e contra-feitiços bastante úteis de Mione. A expectativa era alta acerca de suas proezas, mas Harry era humilde o suficiente para saber que existiam bruxos mais experientes e melhores do que ele.

Durante o dia, o Salão Principal, palco do duelo, estava inacessível a todos. Era impossível ouvir alguma coisa mesmo quando usavam um ouvioscópio Weasley: versão aprimorada das orelhas extensíveis para portas com feitiços antiescuta simples. McGonagall tinha caprichado para manter o suspense. No final da tarde, exatamente quando o sol atingiu a linha no horizonte, as portas do Salão foram abertas. A aglomeração e empurra-empurra de estudantes era tanta que os bruxos do Ministério interviram para organizar a entrada.

Tudo estava diferente e nem parecia o Grande Salão a que estavam acostumados. As extensas mesas das Casas deram lugar a duas arquibancadas enormes de cada lado, separadas por um grande tablado de cristal inquebrável, com tapetes da insígnia da escola em cada extremo. A tapeçaria de Hogwarts ornamentava as paredes e enormes arranjos e ramos complementavam a decoração. Em cada um dos quatro cantos do Salão havia uma armadura reluzente, com o escudo aos pés e erguendo uma grande tocha que espalhava, de archote a archote, a luminosidade no local. O teto encantado exibia um céu estrelado cujas estrelas agregavam-se para formar a frase: BEM VINDOS AO VIII DUELO DE EXIBIÇÃO.

Havia uma cadeira especial no centro e no alto de cada arquibancada, onde os juízes avaliariam o duelo. Os professores participantes tinham um lugar reservado na primeira fileira onde poderiam observar os futuros adversários assim como proteger os alunos, caso algum feitiço desse errado. Isso porque a entrada de estudantes portando varinhas foi proibida pela diretora. Assim que todos se acomodaram, Minerva posicionou-se na frente dos professores, onde antes ficava a mesa deles.

– Boa noite a todos. Em instantes daremos início ao VII Duelo de Exibição dos Professores. Quero informar a todos que as regras são básicas: todos os feitiços utilizados devem ser verbais e constar na lista de feitiços aprendidos na escola. Hoje presenciaremos 7 duelos com os professores: Neville Longbottom, Carmelita Trelawney, Horacio Slughorn, Mikhail Marstrovich, Septimus Vector, Hermito Pratevil e Harry Potter.

A cada nome citado, Minerva foi obrigada a fazer uma pausa em função dos gritos e palmas. Os diretores das Casas tinham seu apoio garantido, mas nenhum professor foi tão ovacionado como Harry e ele se sentiu constrangido com isso.

– A professora de Runas Antigas, Bathsheba Babbling, não poderá participar, pois se acidentou recentemente, mas o Prof Rubeo Hagrid aceitou gentilmente assumir seu lugar no torneio. Os juízes desta partida serão Prof. Arthur Weasley e eu. Gostaria de ressaltar que os duelos sem supervisão de um professor estão proibidos nesta escola e que este evento é apenas para que vocês tenham uma noção ampla da utilização de determinados feitiços. Permaneçam em seus lugares e vamos esperar que as estrelas escolham a primeira dupla do duelo.

Todos os olhos do Grande Salão estavam direcionados para as estrelas do teto encantado que se misturavam em movimentos rápidos para formar: Prof. Longbottom X Prof. Hagrid. Os outros professores sentaram-se enquanto Neville e Hagrid tomavam posição no centro do tablado. Os dois fizeram uma sincera reverência entre eles e assumiram a posição de combate com as varinhas erguidas e apontadas. Um pequeno gongo acionado pelo zelador Argo Filch deu início ao duelo.

Expelliarmus! – disse Longbottom e a varinha de Hagrid voou de sua mão. Neville não esperava um duelo curto assim – Desculpe diretora, me precipitei um pouco – mentiu e Minerva concordou – Prof. Hagrid, queira me desculpar. Poderia pegar sua varinha, sim?

O duelo recomeçou.

Avis! – disse Neville e um bando de pássaros surgiu de sua varinha. Ele queria dar tempo para Hagrid pensar em algum feitiço.

Porcus!

Hagrid tentou dar a Neville um rabo de porco, mas foi a armadura do canto que conseguiu. Houve risos da platéia.

Oppugno! – Neville comandou o ataque de pássaros.

Hagrid correu pelo tablado para se livrar deles gritando Inflatus e as pequenas aves se tornaram bolas de asas infladas. As crianças riram e motivaram com gritos o guarda-caças.

Estupefaça! – Neville atingiu Hagrid, mas o feitiço apenas o desequilibrou. Tentou mais uma vez e ficou surpreso sem o resultado, enquanto Hagrid sorria.

– Meio gigante, eu acho – e deu de ombros.

Petrificus Totalus!

Hagrid caiu com estrondo no chão, fazendo as arquibancadas tremerem e a poeira do teto cair. Neville ganhou o duelo e liberou o amigo, sobre aplausos dos grifinórios.

– Desculpe, Hagrid.

– Sem problemas, Neville. Antes você do que o Prof Pratevil e eu não sou bom mesmo.

Com um movimento de varinha, Minerva liberou o tablado para o segundo duelo. As estrelas do teto já indicavam: Profª Trelawney X Profª Vector. As duelistas fizeram a tradicional reverência e ergueram as varinhas. Ao sinal do gongo, o duelo começou.

Estupefaça! – começou Trelawney.

Protego! Relaxo!

Depois de desviar os ataques, Prof Vector lançou faíscas vermelhas para distrair Carmelita, fazendo-a recuar, dando tempo para um ataque combinado de Vector:

Accio escudos! Protean!

Os quatro escudos das armaduras vieram ao encontro como Vector comandou e com o feitiço de duplicar, tornaram-se oito. Nesse meio tempo, Trelawney se desvencilhou das faíscas e se preparou para se defender de um novo ataque.

Impetus! – ordenou a professora de Aritmancia aos objetos.

Alarde ascendare! – os oito escudos que atacaram Carmelita por ordem da outra professora voaram por cima de sua cabeça, batendo com estrondo nas janelas atrás.

Wingardium Leviosa – disse Vector tentando derrubar a adversária, pois ela estava em cima do tapete com o emblema da escola.

Ascendio! – Trelawney se lançou para o alto para não cair na armadilha de Vector e, em queda, lançou outro feitiço – Estupefaça!

O feitiço atingiu Profª Vector em cheio e ela voou para trás em rodopios. A queda seria feia, mas a professora improvisou:

Siphonis! – um jato de ar direcionado para o chão a fez pousar de forma suave e elegante. Sem demora, atacou – Incarcerus!

Antes que as cordas prendessem totalmente seu corpo, Trelawney lançou o contra-feitiço:

Liberatus! – e contra-atacou – Enlacio!

Uma corda saiu de sua varinha e prendeu a professora Vector, mantendo-a sobre a rédea em sua mão. Antes que a outra pudesse se livrar, completou:

Confundus! - por alguns segundos, sua adversária esteve fora do ar.

Trelawney, então, tratou de finalizar o duelo desarmando a adversária com o expelliarmus. Os lufos ovacionaram a diretora de sua Casa, que saiu feliz pelo trabalho apresentado. Mais uma vez Minerva limpou o Salão, enquanto as estrelas indicavam o novo duelo: Prof. Slughorn X Prof. Potter. O Salão foi preenchido por longos aplausos. Após as devidas reverências, de varinhas à mão, esperaram pelo gongo de Filch.

– Não seja tão duro comigo, Harry!

– Pode deixar profes... – soou o gongo.

Rictusempra! – Harry quase foi pego pelo feitiço do professor, mas desviou dele e atacou.

Expelliarmus!

Protego! – se defendeu Slughorn e tratou de devolver com outro feitiço – Confundus!

Protego! – Harry desviou o feitiço – Impedimenta!

Com um reflexo afinado, Slughorn desviou do ataque de Potter para atingi-lo.

Spiratus!

Uma ventania surgiu da varinha do diretor da Sonserina, formando uma espiral, como um pequeno furacão alimentado pela magia. Harry foi pego em cheio e começou a girar no ar cada vez mais rápido. Se não saísse dali, o duelo seria finalizado. Ele não poderia imaginar que o professor estivesse com tanta vontade de vencer e tivesse se preparado tão bem. Harry estava com receio de acertar algum aluno, mas decidiu arriscar um feitiço para prender o adversário.

Enlacio!

Harry laçou com eficiência o professor que passou a rodopiar com ele no ar, forçando-o a parar com o feitiço do redemoinho. Assim que os dois colocaram a cabeça no lugar, Harry teve que desviar, correndo pelo tablado, de feitiços seguidos de Horacio.

Estupefaça! Incarcerous! Confundus!

O último quase o acertou e então Harry apontou a varinha para o alto e gritou:

Lumus Solem!

Uma luz intensa invadiu o Salão, fazendo com que um burburinho se espalhasse pelo lugar, por conta do incômodo. Ninguém entendeu direito o que Harry falou em seguida. Assim que os olhos se recuperaram da luminosidade, Prof Slughorn avistou Harry ao longe e investiu contra ele.

Incarcerous!

Mas o feitiço não o atingiu, aliás, passou através do Potter ali parado e os estudantes não entenderam nada. Harry utilizou o feitiço de ilusão para fazer com que Slughorn atacasse apenas uma imagem temporária, enquanto ele dava a volta e ficava atrás do adversário. Quando Horacio entendeu a jogada, já era tarde demais.

Expelliarmus! – e a varinha voou da mão do diretor da Sonserina, enquanto os gritos e aplausos enchiam o Salão.

– Você me pegou nessa, meu rapaz. Fantástico, Harry! Absolutamente fantástico!

– Obrigado, Professor!

A arena de duelos foi liberada para o último confronto da primeira rodada: Prof. Marstrovich X Prof. Pratevil. Dada a devida reverência e de varinhas em punho, assim que o duelo começou o diretor da Corvinal atacou, em defesa do seu segundo título:

Aguamenti!

Prof Pratevil se preparou para não levar um banho ou ser sufocado por uma bolha d`água, mas o último campeão do duelo o surpreendeu. Enquando uma onda de água vinha em sua direção, Mikhail rompeu a ligação com a varinha e combinou com outro feitiço:

Glacius! – toda a água se transformou em uma onda de gelo.

Escudo! – gritou Pratevil e uma barreira de luz o protegeu.

Todo o gelo maciço que vinha em sua direção, ao atravessar sua proteção mágica, se transformou em pequenos cristais de neve, espalhados por todo o Salão. O efeito visual era pura arte e os alunos soltaram expressões maravilhadas. Mikhail se distraiu observando as reações e seu adversário se aproveitou desse momento.

Una! – e todos os flocos de neve se aglomeraram em uma onda de pequenos e afiados cristais, lembrando a Harry do dia em que Voldemort atacou Dumbledore no Ministério, embrulhando seu estômago – Impetus!

Vítreo Vitrelus! – para se proteger do ataque, o Prof. Marstrovich criou uma barreira de vidro.

Bombarda! – e Pratevil explodiu o escudo em mil pedacinhos.

Vexatio! – reagiu Mikhail ao mesmo tempo que Pratevil.

Ambos ordenaram o lançamento de raios de suas varinhas e o encontro das duas magias resultou num estrondo de trovão, fazendo os alunos pularem de susto nas arquibancadas: eles sequer piscavam. Durante um bom tempo eles ficaram medindo forças com suas varinhas, como se estivessem num cabo de guerra. Harry não pôde evitar e se recordou do feitiço Prior Incantatem de anos atrás, ficando chateado consigo mesmo. Aquela não era hora para esse tipo de recordação. Assim que os duelistas romperam o feitiço, o Prof Pratevil foi milésimos de segundo mais rápido:

Estupefaça! – e o Prof Marstrovich caiu, desacordado.

Pratevil ganhou o duelo e foi até o adversário reanimá-lo com um ennervate.

– Há muito tempo não duelava assim, Professor! Obrigado! – disse.

Assim que os aplausos cessaram, Minerva se levantou e, com um movimento de varinha, limpou o Salão. As crianças estavam muito ansiosas pelo que ainda estava por vir.

– Atenção! Silêncio, por favor. Em primeiro lugar gostaria de agradecer ao professores que participaram da primeira fase. Daremos continuidade a todos os duelos ainda nesta noite e agora, deixemos a escolha das duplas, mais uma vez, a cargo das estrelas.

Como magia, as estrelas começaram a se movimentar no teto encantado para anunciar o próximo combate: Prof Longbottom X Prof Potter. Harry e Neville sorriram amarelo. Eles acreditaram realmente na possibilidade de se confrontarem apenas na final, mas o destino não quis assim. Os grifinórios foram à loucura com o embate de dois ex-alunos da Casa. Para Neville, era importante vencer ou não perder de forma humilhante, pois a direção da Casa poderia estar em jogo. Harry, de forma alguma, pensava em tirar esta posição merecida pelo seu corajoso amigo, mas não poderia passar vergonha na frente da família, como Rony bem havia lembrado. Os dois se dirigiram para o centro do tablado e trocaram reverências, com a mais pura verdade. Tomaram uma posição de ataque e aguardaram o sinal do gongo. No instante que o duelo começou, Neville fez o primeiro movimento:

Obscurus! – todas as chamas que iluminavam o Grande Salão se apagaram.

Sem ninguém ver, Neville tirou algumas sementes instantâneas e completou sua jogada:

Herbivicus!

Harry sabia que boa coisa não via dali. Com certeza haveria uma planta no meio da arena quando as luzes voltassem e ela poderia atacar qualquer um deles, como aconteceu com o amigo no duelo passado. Harry esperou Neville acender as luzes, de varinha em punho, mas durante longos minutos só havia o cochicho das crianças e um grande suspense. Harry recuou o máximo possível e comandou:

Lumus!

Todos no Salão prenderam a respiração. Havia um espécime superdesenvolvido de luminus planctu no meio do tablado e, como é característico da espécie, avançou com seus tentáculos para a luz, fonte de alimento. Harry ficou tão sem reação que em questão de instantes estava preso pela planta. Com muito esforço, mirou no fundo do Salão e lançou:

Incendio! Nox!

O archote da armadura pegou fogo e iluminou toda a parede leste do Salão. Vislumbrada pela luminosidade, a planta soltou Harry e ficou perdida no meio do tablado. Isso deu tempo suficiente para Harry pensar num ataque:

Reducto! – atingiu a planta e ela começou a diminuir.

Expelliarmus! – Neville tentou impedir que Harry destruísse a planta.

Protego!

Engorgio! – Neville tentou fazer a planta crescer novamente.

Evanesco!

Pressentindo o perigo, Harry aproveitou que a planta ainda estava pequena, apesar do feitiço do amigo, e a fez se desintegrar. Em seguida, enquanto Neville ainda pensava no que fazer em seguida, Potter atacou com seu melhor feitiço:

Expelliarmus!

Neville desviou se jogando para o lado oposto e apontou para as paredes.

Mobiliarbus!

Os grandes ramos que decoravam as paredes de ponta a ponta ganharam movimento de acordo com o controle mental de Neville e atacaram Harry!

Diffindo! Diffindo! – Potter cortou toda a ornamentação em pedacinhos.

Petrificus totalus!

Revertum! – Harry lançou o ataque de Neville de volta para ele, que desviou, mas tropeçou, deixando a varinha cair – Tarantallegra!

O Prof Longbottom perdeu o controle das pernas e começou a dançar descontroladamente, fazendo as crianças rirem. Potter rompeu o feitiço com finite incantatem e fez uma reverência ao amigo, pois, sem a possibilidade de recuperar a varinha, não existia duelo. A maior parte dos estudantes vibrou com a vitória do famoso Harry Potter, que avançou para a final.

– Você foi explêndido, Neville! Por um triz você não me derrotou. Parabéns, meu amigo!

A diretora demorou um pouco mais para limpar o tablado e o Prof Weasley ajudou a consertar a ornamentação do Salão. Os alunos estavam animadíssimos com a veracidade dos duelos, assim como a utilização dos feitiços e os efeitos que eles surtiam. Não era preciso olhar para as estrelas para saber quem duelaria a seguir: Profª Trelawney X Prof Pratevil. Eles fizeram a reverência, respeitosamente, e assumiram suas posições. Assim que o gongo tocou, Carmelita mostrou-se mais rápida.

Confundus!

Protego! – desviou do feitico e contra-atacou – Orbis Inflamarae!

Da varinha do Prof Pratevil surgiram pequenas bolas de fogo, do tamanho de um pomo de ouro, que atacaram seguidamente a Profª Trelawney. Ela evitava que o feitiço a machucasse, mas, eventualmente, uma das bolas acabou queimando sua vestimenta e a si mesma. Carmelita sentiu que o professor estava jogando um pouco pesado demais para uma exibição e decidiu que ele precisava de uma lição.

Exóculo Focus! – o feitiço atingiu Pratevil em cheio deixando-o momentaneamente cego. Era o tempo que Trelawney precisava para se recuperar – Episkey! – e o ferimento sarou.

Aguamenti! – disse Pratevil ainda sem enxergar, alagando tudo em volta de si.

Sua intenção era captar o som de aproximação da adversária para auxiliar na hora de se defender ou atacar. Ela percebeu a jogada do professor e tentou não se mover.

Expelliarmus!

Ao ouvir o comando, Pratevil se atirou no chão alagado, desviando do ataque, que passou a centímetros acima de sua cabeça. Aos poucos sua visão foi retornando e ele avistou um vulto. Não titubeou.

Depulso!

Protego! – Trelawney apontou para a armadura do seu lado e comandou – Piertotum Locomator!

Piertotum Locomator! – ordenou também Pratevil àquela próxima a si.

As duas armaduras saíram de seu lugar de origem e se encaminharam para o centro do tablado, de escudo em um braço e archote em outro.

Espartacus Espadarto! – disseram os dois bruxos e transfiguraram o archote em uma espada.

Durante os minutos seguintes só foi possível ouvir a gritaria dos estudantes. As armaduras lutavam entre si com bravura, sob o comando mental dos dois professores. O barulho de lâmina contra escudo e lâmina contra lâmina fazia todos vibrarem. Parecia que o Salão havia se transportado para séculos atrás e isso fazia do duelo dos dois um show à parte. Uma leve titubeada do Prof Pratevil foi o suficiente para que a espada da armadura da Profª Trelawney a atingisse a outra bem no meio, desmontando-a. Em seguida, a lançou de espada e tudo contra seu adversário:

Impetus!

Prof Pratevil teve que se jogar em direção às arquibancadas para fugir da investida da espada e foi no ar que Profª Trelawney investiu seu ataque final:

Petrificus Totalus! – no meio do ar, Pratevil congelou e caiu duro no chão.

Todo o Salão ficou de pé e aplaudiu fervorosamente a diretora da Lufa-Lufa. Muitos se sentiram vingados pelas horas de detenção, pela suposta perseguição em sala de aula e pelos exaustivos trabalhos escritos. Imediatamente ao fim da luta, ela desfez o feitiço e ambos apertaram as mãos, em sinal de respeito. Agora, só restava a grande final: Prof Potter X Profª Trelawney. Os alunos que tinham apostado galeões na final entre Pratevil e Potter estavam desolados. Depois de tomar um gole de poção restauradora, os finalistas se dirigiram ao centro e fizeram reverência primeiro para os professores derrotados e depois entre si. Assumiram as posições tradicionais de combate e aguardaram o sinal de Filch.

Depulso! – ordenou Harry, quando o duelo começou, com muita gritaria da arquibancada.

Protego! Petrificus Totalus!

Harry desviou do ataque que passou a sua esquerda e contra-atacou muito rápido.

Locomotor armadura!

Profª Trelawney estava muito próxima à armadura que recebeu o comando de Harry e não poderia desviar deste ataque. Utilizou então um feitiço recém estipulado pela grade da escola e só conhecido no último semestre do 7º ano:

Essencia Apsque!

A armadura se tornou um pouco translúcida e todos ficaram absolutamente surpresos quando ela atravessou a Profª Trelawney como se fosse um fantasma. As expressões extasiadas de “ohs!” e “ahs!” se espalharam como explosivins. Harry mesmo ficou parado, abobalhado com a primazia da adversária, que não perdeu tempo e atacou.

Estupefaça!

Potter desviou e contra-atacou com seu melhor feitiço:

Expelliarmus!

Com grande agilidade Trelawney desviou da rajada vermelha e não deixou por menos.

Incarcerous!

Diffindo! – gritou Harry antes que as cordas o imobilizasse, livrando-se do ataque – Asthma!

O feitiço de falta de ar atingiu Carmelita em cheio e ela caiu de joelhos, respirando com dificuldade. Muitos gritos de vitória vinham dos grifinórios das arquibancadas e até o próprio Harry parecia satisfeito com o resultado. O que ele não esperava era que Profª Trelawney estivesse fingindo. Ciente do efeito do feitiço, segundos antes de ser atingida, ela havia juntado forças para um último ataque e esperava o momento certo, pois o que ela queria fazer precisaria ser um lance perfeito. Assim que Harry se aproximou, de varinha firme no pulso, ela direcionou seu ataque não ao Potter, mas a sua varinha.

Impotentis!

Todos no Salão se assustaram com o repentido ataque, mas depois acharam que não havia dado resultados, pois a varinha continuava na mão de Harry e Carmelita no chão, tomando fôlego para se recuperar.

Expelliarmus! – ordenou Harry, mas faíscas amareladas saíram de sua varinha – Expelliarmus! – comandou outra vez e nada aconteceu – Estupefaça!

Sua varinha estava inutilizada temporariamente, o que o deixou confuso e sem poder fazer nada a respeito a não ser esperar. Dois minutos depois ele viu a professora de Feitiços se levantar, totalmente recuperada e com um largo sorriso vencedor.

Aracnea Carcerus! – uma teia de aranha surgiu de sua varinha e atingiu Harry em cheio, prendendo-o na porta do Grande Salão.

Demorou alguns segundos para a compreensão geral, mas logo depois o grito de vitória se espalhou pelo Salão. Os sonserinos estavam felizes porque Potter não ganhou, os corvinais estavam impressionados pela esperteza da professora de feitiços e os lufos estavam enlouquecidos nas arquibancadas. Os únicos ainda chocados eram os grifinórios, principalmente os colegas de James, que viam o amigo extremamente pálido. Carmelita rompeu o feitiço e congratulou o colega pelo trabalho. Minerva tentou retomar o controle da situação e anunciar o fim do torneio.

Sonorus! – teve de recorrer – Os juízes do VII Duelo de Exibição, em plena concordância, declaram Profª Carmelita Angélica Trelawney campeã deste ano!

Os lufos não se conteram e saltaram das arquibancadas para abraçar a diretora de sua Casa. Há tempos a Lufa-Lufa não ganhava algo e no ano passado por pouco Trelawney não levou o prêmio. Os alunos comemoravam como se tivessem levado a Taça das Casas.

– Lufa-Lufa! Lufa-Lufa! Lufa-Lufa! - e batiam palmas, vibrando muito.

Alvo procurou seu pai, que tentava consolar boa parte da Grifinória e seus olhares se encontraram. O garoto lançou um olhar desconsertado, mas Harry sorriu e fez sinal para que ele comemorasse, afinal, sua Casa agora era a sua família.
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Re: POTTER E O SEGREDO DE HOGWARTS - cap 20 finally!

Post by João M. Castells »

PRIMEIROO A LER O CAPÍTULOOO!!!!!! *------*

bbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbooohh..
maninhaaa..
caaracaaa.
. muito bom esse capitulo..
roii todas as unhas akii
~~ assovia

nosssaa começando pela barreira da floresta. que coisa mais triii ^^
tinha q sair da tua cabeça né^^
=DD

\o toka akii

i bohhhh Hungús aahn... fodástikoss..
até fiquei com medo deles.. :shock:

baaahh mas a parte MAAAAIS TRI foi os dueloss *----*

caaaaaraacaaa pela primeira vez o Harry perdeuu

\o/

que triiiiii!!

fora que TA TRI bem escritoo nehhh,, bohhh trii emocionantee, jah me imaginei lá no meio das arquibancadas gritando e vendo os jorros de luz cruzando o salão PrincipaL...
BOOOHHH

vo dizer denovooo, como digo em tooodos os capítulos..
TUU SE SUPEROU NESSEEE!!!

i é verdade viu?! =DD

paraábenss mesmo maninhaa..


ps: a dumbledore tá namoraandoo, tá namorandooo :mrgreen:
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Re: POTTER E O SEGREDO DE HOGWARTS - cap 20 finally!

Post by Nany*Potter »

Caraca filhota, como o nome do capitúlo ja fala... QUE SHOW nossa ta hiper tri maravilhoso..
prendeu a gente o tempo todo...

Que duelo maravilhooooooooo. mesmo o harry perdendo... nossa e o neville um duelista perfeito..
muito bom...
pequeno principe wrote:fora que TA TRI bem escritoo nehhh,, bohhh trii emocionantee, jah me imaginei lá no meio das arquibancadas gritando e vendo os jorros de luz cruzando o salão PrincipaL...
BOOOHHH
nossa eu também.... provavelmete em choque :shock: como harry perdendo... mas de boca aberta por ver esse maravilhos duelo... imagina só se tivesse um desse realmanete ... * sonha*

quem será que é Ermelinda?*misterio, misterio, misterio*

hauhauah a Srtª Dumbledore ta namorando, huahuah ta namorando... :twisted: :twisted: :twisted:
poxa pensei que ela iah namorar nosso querido Alvo...

Bjus filhota... não nos faça esperar muito desta vez filhota... num vale matar a mãe de ansiedade
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Re: POTTER E O SEGREDO DE HOGWARTS - cap 20 finally!

Post by Kyo »

Depois de ler isso, fui obrigado a recolher-me no meu cantinho de insignificância e jogar todos os meus manuscritos de possíveis fanfics no fogo essa parte do fogo é mentira pq eu nem tenho manuscritos *tum dum dssssh*

Tá muito bom mesmo, na minha opinião o melhor ponto é o fato de que a história não se desenvolve apenas em torno de um personagem, mas de vários pontos que formam um só desenho... Se fosse eu quem tivesse escrevendo ia ficar muito difícil lidar com vários personagens e tramas paralelas...

Enfim, em dois dias li os 20 capítulos... Ansioso pelo próximo! ^^

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Re: POTTER E O SEGREDO DE HOGWARTS - cap 20 finally!

Post by Agatha Saphira »

Ficou lindinho demais manda, de verdade.

Com a sua fic eu comecei a desgostar ainda mais do Harry, só naum me faça explicar o porque. Estou super adorando o Corvinal no meio dos sonserinos :twisted: Tenho muito orgulho de ser mana de uma escritora como vc, Sheu. Milhões de desculpas pela demora no coment :cry:
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Re: POTTER E O SEGREDO DE HOGWARTS - cap 20 finally!

Post by Hannah. »

ainda naum li esse novo :oops: axei q eu tinha lido mas er...hj eh niver da escritora entaum parabens festa particular para fans ok?

*acampa na porta da casa dela com pacote de cheetos em homenagem aos velhos tempos*

e depois lerei td certo pra comentar...juro

parabens xeu :palmas
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Re: POTTER E O SEGREDO DE HOGWARTS - cap 20 finally!

Post by Sheu »

*acampa na porta da casa dela com pacote de cheetos em homenagem aos velhos tempos*
Festa particular!!! Uebaaaa *rebola*
Vcs num perceberam, mas a fic fez niver de 1 ano há 5 dias atrás
Eu fiquei me lembrando pra avisar, mas acabei esquecendo! :mrgreen:
~foge dos fãns ensandecidos
*acende a fogueira, após a calmaria e pega um marchmellow pra assar*
Vai hum aew? :mrgreen:

Próximo capitulo em fase de estruturação.
Brigada pelos parabéns!
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Re: POTTER E O SEGREDO DE HOGWARTS - cap 20 finally!

Post by Kyo »

Estava esperando alguém floodar postar para fazer um outro comentário, mas dessa vez sobre alguns personagens...
Vou analisar alguns:
James: É o único personagem que definitivamente NÃO CONSIGO GOSTAR! É como uma versão piorada do próprio pai do Harry (James), mas bem mais, como diria na falta de uma palavra melhor... Maliguino! E achei q a artimanha dos sonserinos contra ele no quadribol foi MUITO MERECIDA.
Daymon Malfoy: Basicamente, é o oposto do pai, gosto desse personagem pelo conflito entre ser a sombra do pai e ser ele mesmo... Sua amizade com Khai e Lizzie parece é sincera.
Elizabeth(Lizzie) Dumbledore Carter: É o lado obscuro da personalidade de Dumbledore, sempre calculando cada passo que dá, mas de vez em quando, deixa transparecer alguns sentimentos sinceros. Gosto do jeito dela de negar o nome de Dumbledore, pois sequer o conheceu. Curiosamente, uma música que combina (e MUITO na minha opinião) com ela, é Lolipop Candy (BAD) girl, mas isso é assunto para outra hora.
Johnathan Dumbledore: É o lado transparente da personalidade de Dumbledore, fala o que pensa e gosta muito da irmã... Não tenho outros comentários sobre ele.
Alvo Severo: Ele ao mesmo tempo carrega o estigma de ser Filho de Harry Potter, e o estigma de ser um Weasley. Ao passo em que esperam dele grandes feitos como os de seu pai, e vive a sombra do irmão mais velho, que é popular. Mas ao invés de seguir os passos de seu irmão ou de seu pai, prefere trilhar seu próprio caminho.
Thiago, o robert da corvinal: O curioso, na minha opinião, é que acho um personagem quase desnecessário e ao mesmo tempo útil... Mas ele é bem pegajoso e chato. Suas intenções não me parecem sinceras, tem pinta de vilão. Quando possível, mate-o Sheu *tum dum dssssssh*
Rose Weasley: Uma Hermione mais chata... Inteligente, porém nem tanto (culpa dos genes de Ron XP), mas astuta na medida do possível.
Harry: Continua o mesmo, mas está um pouco menos maduro do que na época do colégio. Seria a escola que está tornando imaturo de novo?
Bem, comentários sobre outros personagens, talvez num outro dia!
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Re: POTTER E O SEGREDO DE HOGWARTS - cap 20 finally!

Post by Sheu »

21 de julho de 2007, à meia-noite. 10 anos depois do lançamento do primeiro livro. Esse foi o tempo que levou para que a saga do bruxo Harry Potter chegasse ao fim. Antes mesmo de ser lançado no Brasil, em 8 de novembro, esta autora não conseguiu se conter de curiosidade e leu uma tradução on-line. Muitos se sentiram órfãos após o 7º livro, mas eu, assim como outras pessoas, encherguei a possibilidade de novas aventuras. E meu cérebro criativo (e às vezes criativo até demais, me privando de boas noites de sono) começou a formular uma nova aventura.

No início de 2008, meus trabalhos acadêmicos encerraram e eu tive tempo livre. Quando a trama estava mais ou menos desenvolvida, os personagens começaram a gritar em minha cabeça para passarem para o papel. Sim, isso é possível. Por incrível que pareça, nós apenas acendemos uma centelha e o personagem parece ser dono de suas ações. Pode perguntar a qualquer ficwriter! E não importa onde estejamos, ele está lá, conosco.

Então, esta autora começou a escrever só por diversão e prazer, confiante de que seu irmão leria a história que estava escrevendo. Em maio, a história já possuía 3 capítulos e eu acreditava que meu irmão não dava a devida importância ao que eu fazia (e até hoje ele não passou do capítulo 4, por falta de tempo que pode ser traduzido para: uso meu tempo na net pra msn e jogos online). Dessa forma, procurei algum lugar onde pudesse postar a história, quem sabe fazer um blog. Eis que me deparo com um termo desconhecido para mim: fanfic. E descubro que o que estava fazendo era justamente isso! Que surpresa não foi encontrar o FeB!

Em 28 de julho de 2008, postei os 3 primeiros capítulos. Fiquei esperando pelos comentários e eles vieram. Nossa! Lembro como se fosse hoje a felicidade que senti ao ter a certeza de que alguém estava, de fato, lendo o que eu escrevia. Porque não adianta ter tantos acessos na fic. São os comentários que dão a certeza de que estou no caminho certo. Neste dia de aniversário, quero agradecer a todos que participaram dessa pequena e preciosa lista de comentários:

- Bruxicca
- julie granger
- Menthe
- Viktor_Sly_Ehrenadler
- Nany*Potter
- . Tiinee • Roots .
- João M. Castells
- Bella Swan Cullen
- Lepitas
- Drica Potter
- Ohanny RedChoc
- JCA
- Tendou
- Smurffy
*tem todas as casas menos a Lufa ^^'

Nunca pensei que chegaria a 1 ano escrevendo essa fic. E já estamos no capítulo 20! É 1 capítulo e meio por mês. Será que alguém tem um palpite sobre o Segredo de Hogwarts? Espero que ninguém acerte, senão adeus ao suspense!

Bom, eu contei a minha história sobre essa história. E você? Será que pode gastar alguns minutinhos para escrever o que tem achado dessa fic que completa 1 ano? Você não é obrigado, lógico, mas seria um presente maravilhoso para a própria fic (e para a autora, claro, já que hoje é meu níver *cilios piscantes*).

Antes de partir (expressão que dá o título ao último capítulo), gostaria da atenção de vocês para uma pequena homenagem.

*autora tira a varinha do bolso e faz voar uma capa de invisibilidade, revelando um presente para todos: um lindo bolo de aniversário (que eu não consegui postar)*

*com mais um movimento de varinha, letras e confetes surgem e se espalham pelo lugar. A autora começa a cantar, irradiando alegria...*
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PARABÉNS PARA VOCÊ,
NESSA DATA QUERIDA,
MUITAS FELICIDADES,
MUITOS ANOS DE VIDA!
Viva a fic!!!
Atrasada, mas valeu, né? rsss
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João M. Castells
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Re: POTTER E O SEGREDO DE HOGWARTS - cap 20 finally!

Post by João M. Castells »

Meu Deus. sério, chorei de emoção.

Sheuzinhaa minha maninha linda, tú sabe que eu ti considero minha irmã de verdade né?! Olhaa. eu não sabia dessa história da Fic.

Mas juro mesmo tá emocionante esse texto :palmas

Lembro -me pouco dessa fic :roll: ahuehuahuehu MEENTIRAAA...
só pra ti zuar e ti dá um pedalaaaaaaaaaa~

Sério Sheu, conheci tua fic logo quando te conheci, na verdade nem tinha te conhecido quando li. hsuheuhsue dia 8/10/2008 eu comecei a participar do fórum, lembro perfeitamente daquele dia. Tava um clima bem agradável e eu estava no trabalho( recém tinha chegado) e fui entrar no ISH para ver algumas novidades do harry, Enfim, contudo, portanto e todavia li escrito lá fórum, pensei comigo mesmo vou entrar pra ver o que é.

gostei da página inicial do GP, mas tinha que se cadastrar. dei uma olhadela no relógio e vi que era cedo ainda então fiz meu cadastro.

CAAI DE PARAQUEDAS LÁÁ!!
hauheuhauehu

mass lá estavam quem quem quem?!?!

Sheu juntamente com kim e luna... me acolheram tri massaaa( uiaaa meus gauchês não me soltam, nem no rpg u.ú )
hauhauhuehuahue
poiséé. ai comecei a vagar pelo forum e logo descobri tua fic. se não me engano-me ( novela do vale a pena ver denovo) comemntei até um tempinho depois, pq eu keria ler ela toda né.. resumindo, li tua fic direto sem parar quando vi tinha coisas de monte pra fazer e eu lá lendo.. hauheuhauhe
valeuu mega a pena, pois além de amaaaar a história eu acabei ganhando a melhorr irrrmãããã do mundooooooo
~aperta forti a irmãããa ~

*------*

Parabéns pra você Sheu!! que tu sejas muito feliz!! pq tu mereceee .

muitaaa saúde, paz e alegriaa.

ps: TÁÁÁ VEIAAAA :mrgreen:

so, let me see...

pedalaaaa~ só pra não perder o costume ^^
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Re: POTTER E O SEGREDO DE HOGWARTS - cap 20 finally!

Post by Biaa Le Flay »

~chegando na maior cara de pau

Tiaaa PARABÉNS!!!

Apesar do Alvo ser da Lufa eu amo a sua fic o//

Vc me autoriza imprimir? assim eu termino de ler, pq se for no pc eu não consigo ler .-.

Bjãooo
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Re: POTTER E O SEGREDO DE HOGWARTS - cap 20 finally!

Post by Kyo »

Biaa Le Flay wrote: Apesar do Alvo ser da Lufa eu amo a sua fic o//
É aí que tá a graça da coisa!

Bem, acho que já comentei o que acho da fic anteriormente, mas como floodcomentário pouco é bobagem, vamos de novo...

Ok, deu um pusta branco agora, mas enfim... Lembro que a única coisa que não comentei, acho que só no chat, foi que pareceu que metade da geração de Harry em Hogwarts se tornou auror... XP

Hum... Um ano? Lembro que foi mais ou menos esse tempo que levei pra terminar a minha primeira fic, mas isso faz muuuuuito tempo atrás, numa terra distante, longe da civilização... O Potterish nem sonhava em existir...

Mas enfim, o caso é que sou um cara muito chato que dificilmente vc vê sorrindo por qualquer coisinha a toa que vê por aí, e quando alguma coisa me faz sorrir, é pq vale a pena! É o caso da sua fic Sheu! Parabéns! ^^
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Re: POTTER E O SEGREDO DE HOGWARTS - cap 20 finally!

Post by JCA »

Mana fico d++++++++++++!

O Alvo é tão cool, tão Harry taparei....mas amo ele :D
O Tiago é mto cara-d-pau huashuashuash e pior q o povo vai ficando, e ficando, e ficando.... e namorando :roll:
Jaum wrote:roii todas as unhas akii
Eu tbm *______*
Cara os duelos foram perfeitos, Neville fora de série contra o Harry :palmas
O ambiente era perfeito com as estrelas no Salão, mui mara
Meu capítulo preferido junto c o cap. nº01 *___________*
Devo admitir q não foi fácil ver Harry perder p lufos :?
Mas eu sigo a política do Alvo: "Viva as diferenças \o/"

Mana eu já disse isso mta's vezes but..... tu escreve bem d++++++++
Amoadoro essa fic FATO.
Mamusca wrote:Bjus filhota... não nos faça esperar muito desta vez filhota... num vale matar a mãe de ansiedade
É ó....acho melhor não contrariar a mamusca hein :roll: :twisted:

Bjão mana *aguardando o próximo cap*
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Re: POTTER E O SEGREDO DE HOGWARTS - cap 20 finally!

Post by Hannah. »

bom..eu ando bem estupida pra me expressar ultimamente entaum vou tentar...

xeu eu realmente adoro sua fic e parece meio redundante falar as vezes mas vc como escritora merece ouvir porque naum eh facil alguem alcançar um nivel como o seu na hora de escrever....seus capitulos sempre ficam perfeitos,adorava ficar confabulando com o jaum sobre o segredo e chantagens para fazer vc contar pra gente o q se passava...adoro os personagens novos,tenho ate dificuldade em ler otras fics pos hogwarts qdo as pessoas daum personalidades diferentes para os pequenos potters e grangers-weasley ou que colocam o alvo na griffa...axo taum perfeito ele na lufa como se ele pertencesse aquela casa desde sempre e ai percebo q soh acho isso porque é a visao que voce me deu dele e dos outros personagens,mas como é uma visao incrivel ,muito bem feita,detalhada e que sempre me faz pensar que estou lendo um livro oficial com a continuaçao da historia é claro que nao vou reclamar de ter a sua visao de hogwarts..

parabens,por um ano de fic,a sua foi a primeira e na verdd unica q acompanhei no forum,foi um dos meus primeiros posts e sempre fico ansiosa por mais e querendo fazer greve na porta da sua casa :mrgreen: eu tentei e axo q consegui sempre comentar todos os capitulos desde o começo pq adoro sua fic e interagir com vc...

vc ja deve saber mas PARABENS pelo award de melhor fic :palmas :palmas :palmas :palmas :palmas ta q vc merecia de melhor ficwriter tb mas agora ja foi... :roll:

Parabens linda..continue viu?nem precisa ser logo pq eu gosto das greves na sua residencia...
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Re: POTTER E O SEGREDO DE HOGWARTS - cap 20 finally!

Post by Bayma »

Boa tardi ^^
Sou novo aki, comecei a ler sua fic e me cadastrei por ela *-*....
Por favor manda logo o prox cap to doidinho pra ver ele *-*
Quero saber se vc tem outros fic???
Me responda pls no prox post...
bjao pra galera....
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Re: POTTER E O SEGREDO DE HOGWARTS - cap 20 finally!

Post by Hannah. »

*expulsa fake novo da fic*

xôôôô.....ele posta duplo...quer te roubar de mim :oops:

oi xeuzinha :mrgreen: deixa q eu faço a segurança aki ok? senaum ele vai querer palpitar na sua fic,e fazer greves,se juntar com o jaum pra conspirar sobre o segredo ou coisas assim q naum podem ser feitas :roll: a jess,a ohanny,a gemula, a bloc podem ficar...a bia naum :roll: nem o te-dou e nem a menthe :!:

vou ali buscar um taser gun, um rotweiler e o jack bauer oks?ja venho /o/
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Re: POTTER E O SEGREDO DE HOGWARTS - cap 20 finally!

Post by Sheu »

Bom... o GP saiu do ar há "alguns" meses atrás sem que eu tivesse a oportunidade de postar o capítulo seguinte aqui. Vou responder a todos que mandaram mensagens anteriores aqui, tá? É que nesse momento tenho que sair para trabalhar. E eu vou logo avisando... o capítulo depois desse já está na boca do gol ^^ Só preciso de um tempinho. Bjocas e mega saudades de vcs!!! PS: Odiei o novo layout
___________________________________________________________________________________________
21
BABADOS FORTÍSSIMOS
Demorou muito até que os lufos acalmassem os ânimos um pouco e deixassem a Prof Trelawney se movimentar para receber os cumprimentos dos outros professores. Sibila, sua irmã mais nova, estava feliz e afirmava para quem quisesse ouvir que tinha dito em reservado para a irmã que a conjuntura estelar de Andrômeda estava alinhada com o mapa astral de Carmelita e, portanto, era óbvio prever o resultado do duelo.

Alvo e Peter gritavam, agitavam e sorriam com os seus colegas, com a alma absolutamente leve de tanta felicidade. Enquanto isso, James olhava torto para o irmão: era um misto de ciúmes e sentimento de traição. No íntimo, o grifinório achava uma desonra Alvo comemorar a derrota do seu pai. Harry pareceu ler a mente do filho, pois em seguida tratou logo de dirigir-lhe a palavra.

– James?

O garoto olhou com certa pena para o pai.

– Foi um grande duelo, James. A Profª Trelawney venceu porque foi a melhor. Ela mereceu a vitória e Alvo tem todo o direito de comemorar.

– Mas...mas não é justo, pai! Você é o chefe dos aurores! Você é Harry Potter! Você derrotou...

– James Potter! – seu tom estava elevado, em repreensão – Sabe que não gosto disso.

– Mas... mas você é nosso pai.

– Aqui sou apenas mais um professor, James. Não quero que você olhe para seu irmão como se ele fosse um traidor, pois não é. Dei o meu melhor e fui vencido. Acontece, sabe?

– Não com o senhor. O senhor nunca foi derrotado, pai.

– Você se engana – seu filho olhou assustado para ele – Sua mãe me derrota todas as vezes.

– Ah, pai. Por favor! – e revirou os olhos.

– Sério. Não consigo vencer uma simples discussão com ela – e passou a mão nos cabelos, desconcertado.

– Foi incrível, Prof Potter! – Jonathan se aproximou extasiado, interrompendo-os – Quero dizer, pena que o senhor não venceu, mas ainda assim foi incrível!

- Obrigado, Sr Dumbledore.

As bochechas do garoto estavam rosadas e os olhos brilhavam maravilhados por tudo o que via. Aquela reação sempre levava Potter a pensar se Alvo Dumbledore se permitia essa diversão tão pura quando criança.

– Quero duelar assim um dia. Os feitiços, os contra-feitiços...uau! Está tudo gravado bem aqui na minha mente – e apontou para a própria cabeça.

– Só no próximo ano, John – disse Rose, que se aproximava com outras meninas – Esse ano não poderemos participar do clube de duelos.

– Vai ter clube de duelos?

– Você é meio distraído, não é não? – e sorriu para o amigo e depois para o tio.

– Está vendo, James? É para causar esse tipo de entusiasmo que a Exibição de Duelos acontece. Vocês têm uma noção de como é duelar e devem aprender que saber perder é uma virtude.

James revirou os olhos enquanto o pai respondia a algumas perguntas das primeiro-anistas que estavam com Rose. Ele ainda estava relutante em aceitar a derrota do pai, principalmente porque já imaginava as piadinhas infames que ouviria dos sonserinos. Alvo aproveitou que o terreno estava seguro com Harry por perto e se aproximou do irmão, com o rosto corado, um largo sorriso e os cabelos bagunçados.

– Nossa! Foi demais, não foi?

James lhe lançou um olhar de desdém, que Harry não pôde deixar de recriminar.

– James...

– Pai – começou Alvo, sem jeito - Er...desculpa...se...

– Ela foi maravilhosa, não foi? Eu achei um grande duelo. Parabéns para a diretora da sua Casa, Al.

Alvo sorriu aliviado por seu pai não estar bravo por ele se sentir muito feliz com a derrota dele. Embora tenha começado uma conversa com Rose e Jonh e quisesse conversar mais com seu pai, não conseguiu ficar no Grande Salão por muito tempo. Peter e os outros garotos passaram como um furacão, arrastando-o para a Sala Comunal da Lufa-Lufa, onde os mais velhos já estavam organizando uma mega festa. Havia muita besteira para se comer e os fogos de artifício para festas de sala dos artigos Weasley eram soltos de minuto a minuto. Todos os lufos sorriam à toa e alguns se arriscavam a entoar canções bruxas.

– Será que é assim que a gente se sente quando ganha a Taça das Casas? – Timmy perguntou enquanto engolia as balas babosas emborrachadas da Dedos de Mel.

– Só pode ser! – sorriu Alvo – Eu nunca me senti assim antes.

Todos ao redor concordaram. Peter e Alvo deram uma volta inteira na sala para tentar roubar umas tiras de alcaçuz que os mais velhos estavam devorando. Enquanto caminhavam, foram parados aqui e ali por alguns alunos que nunca tinham falado com eles antes. Praticamente todos os lufos simpatizaram demais com a atitude de Alvo de comemorar a vitória da diretora da Casa, mesmo sobre seu pai. Parecia, para Alvo, que a partir daquele momento, os que ainda desconfiavam de sua lealdade com a Lufa tinham em mãos a prova de que Alvo era 100% lufo.

– Ei, o que vocês estão fazendo aí? Todo mundo está lá – disse Détrio, se referindo aos primeiro anistas.

– O Al parece que foi rebatizado porque não ficou chateado com a derrota do Prof Potter – Peter respondeu fazendo Al ficar sem graça.

– Ah, sim! – e deu uns tapinhas no colega – Foi mal, Potter, mas venceu a melhor, não é?

– Eu acho que depois que ela derrotou o Prof Pratevil já merecia ganhar, Détrio. Vocês viram a cara dele depois, disfarçando que tava tudo bem?

– Eu vi, Al! – disse Timmy, se aproximando – Ele é patético!

– Mas vamos deixar essas coisas para lá – falou Détrio, enforcando Timmy e Alvo num abraço camarada – Hoje é dia de comemoração e amanhã também, pra quem conseguir uma namorada hoje.

– Ao que parece, o Détrio já arranjou uma vítima. Coitada!

– Não enche, Peter! Que culpa tenho eu se sou charmosamente precoce?

Os outros colegas reviraram os olhos e soltaram piadinhas infames de incredulidade. Pouco tempo depois, toda a coragem de Détrio sumiu, assim como os dos seres masculinos da sala comunal. De uma forma geral, os meninos lufos não podiam se aproximar de nenhuma garota em particular sem que ¾ das pessoas desviassem a atenção para eles.

– Eu não sei quanto a vocês, mas eu vou dormir – Alvo deu uma boa espreguiçada, seguida de um bocejo.

– Qual é, Potter! Tá cedo! – Détrio reclamou.

– Fiquem aí e amanhã vocês me contam se alguma corajosa encarou o Détrio. Boa noite.

Alvo cumprimentou os amigos, brincou com Détrio e virou-se para seguir ao dormitório, contudo, acabou se chocando com Lavínega Strausse.

– Ai! – a garota por pouco não se encharcou com seu suco de melancia.

– Desculpa! Foi sem querer!

– Tá. Certo. Ei, Potter, sinto muito pelo seu pai.

– É, eu também.

– Mas foi legal você não ficar bolado com isso e festejar com a gente.

– Obrigado – e sorriu meio sem jeito, assim como ela.

– Er... Então tchau.

A menina se afastou e Alvo se viu rodeado pelos amigos.

– Vai lá puxar mais papo com ela! – Détrio incentivou.

– O que?

– Al, cara, é uma garota.

– Sério, Peter? Não tinha reparado – disse, com ironia.

– Vai lá falar com ela! Pela honra da gente! – Détrio tentou dramatizar.

– Vocês tão loucos? Ela tem cabelo rosa – falou, baixinho.

– E daí? – Timmy interveio.

– Daí que ela tem cabelo rosa. Que tipo de garota tem cabelo rosa?

– Do tipo que gosta de rosa – concluiu Peter, com certa ironia.

– Por que vocês não falam com ela?

– Qual é o problema? Tem medo de garotas? – Détrio provocou, imitando um frangote.

Os meninos tentaram abafar os risos, mas foi difícil. Alvo endureceu o olhar para o colega e se aproximou dele, levantando seu dedo indicador ameaçadoramente, numa segurança do que fazia que nem mesmo ele se achava capaz.

– Eu não tenho medo de garotas, ao contrário de você que sequer ameaçou uma conversa com alguém e fica aí cantando de galo. Não queira me empurrar pra ninguém só porque você tá se borrando de medo.

O rosto de Détrio inchou e ficou vermelho e ele ameaçou partir pra cima de Alvo, mas Peter, Timmy e Sandro, colegas de quarto, o seguraram. Peter fez sinal para que o amigo se mandasse enquanto eles acalmavam o outro. Alvo não queria discutir com Détrio, que era sempre o mais divertido da turma, mas o colega tinha sido um grande idiota. O lufo entrou bufando de raiva no dormitório vazio, trocou suas vestes e se jogou na cama, mantendo os braços sob a cabeça. Não sabia exatamente por que tinha exagerado daquele jeito, aquilo era muito mais a cara de James. Alvo sempre se sentia o inseguro ao lado da auto-afirmação do irmão. Será que aquele era um “eu” que ele desconhecia? Adormeceu imaginando como seria divertido meter o dedo na cara de James numa boa briga de irmãos. Ele ficaria chocado.

Alvo já estava no 13º sono, ganhando o Torneio de Duelos com honra ao mérito e sendo ovacionado na Sala Comunal quando as pessoas começaram a desaparecer. Um buraco surgiu no chão da sala oval, revelando uma escadaria velha e empoeirada, enquanto o garoto andava para trás a fim de evitar cair. Alvo sacou sua varinha, disse lumus e começou a descer, vagarosamente. A escada era estilo caracol e parecia que o garoto descia uma torre invertida. As janelas davam para o lado externo de Hogwarts, onde ouvia ao longe seus amigos da Lufa-Lufa. Continuou descendo e descendo até parar um pouco por conta da tontura e depois continuar. No fim do caminho não existia nada e Alvo xingou uns nomes bem feios. Uma luz brilhava na escuridão e aumentava aos poucos, chamando sua atenção. O lufo tateou à frente, mas não havia nada além de pedras. A luz agora tinha o tamanho de uma bola de basquete e até parecia uma, então o garoto resolveu esperar. De uma forma muito estranha, sabia que ela chegaria até ele. Demorou alguns minutos em silêncio no mesmo lugar até que uma bolha capaz de encobrir Hagrid saltou da parede, assustando-o. Deu vários passos para trás, procurou a escada para fugir, mas não havia nada além dele e a bolha num salão oval. Ela tinha uma luminosidade azul e parecia pulsar como vida, como se fosse um universo repleto de estrelas, mas não era nada que Alvo já tivesse visto ou ouvido falar. Uma parte dele quis tocar na coisa e a outra quis correr. O garoto se viu esticando o braço ao máximo, enquanto seu corpo se negava e envergava para trás. Com um estalo, a bolha azul se pocou e ele se atirou no chão, cobrindo a cabeça.

– Alvo, você está bem?

O garoto abriu os olhos e encarou um Peter assustado.

– O que... O que aconteceu?

– Cara, você é sonâmbulo – Détrio disse, aparentemente esquecendo a briga anterior.

– Eu não sou... Sou?

– Você fez coisas esquisitas: andou em círculos, xingou e se entortou todo – relatou Timmy de sua cama, segurando com força seu lençol de estimação e com os olhos arregalados.

– O que aconteceu? – Peter perguntou enquanto ajudava Alvo a retornar para a cama.

– Sei lá... tive o sonho mais doido do mundo.

– Como foi? – perguntou curioso Sandro, colega de quarto.

– Eu tava na sala comunal, aí todo mundo sumiu... e tinha uma torre invertida com escadas e... e uma bola de basquete trouxa e... – fitou o nada por um momento, apertando os olhos na esperança de recordar algo, mas sua mente parecia ter dado um branco – Eu não lembro de mais nada – e olhou para Peter com a expressão mais sincera do mundo.

– Como é? – perguntaram os companheiros.

– Velho...isso é muito estranho – disse Sandro.

– Só ficou estranho porque a gente descobriu que ele é sonâmbulo – Peter falou, enquanto voltava para a cama – Quando eu acordo nem lembro o que estava sonhando.

– Eu também não – concordou Timmy – Eu tento, mas não lembro de nada.

– Exatamente – reafirmou Alvo.

– Depois dessa do Al eu vou é voltar a dormir – disse Peter – E Al, da próxima vez que for dar uma de sonâmbulo, vê se não pega a varinha e ilumina o quarto todo.

Todos deram risada e voltaram para suas cobertas. Alvo encostou a cabeça no travesseiro e tentou se lembrar do sonho, mas foi em vão. Ele já tinha se perdido em algum cantinho do seu subconsciente. Deu um longo suspirou e dormiu.

O café da manhã de Hogwarts estava especial no Dia dos Namorados. Bolos de três andares com bonequinhos se beijando, tortinhas do amor que faziam a pessoa ficar com cara de apaixonado por três segundos, pudim com cauda de noiva comestível, casadinhos e beijinhos espalhados por todo lugar. Além disso, havia um poleiro de cupidos que ganhavam vida a um simples acendo de varinha, iam até a pessoa, recebiam o recadinho, disfarçavam muito bem e entregavam ao seu destinatário. Mas nada dava tanto o que falar quanto Pirraça, que saía pelo Castelo acertando flechadas de paixonite aguda nos descuidados. Aparentemente, alguém havia deixado o material encantado à mercê do poltergeist e quem fosse atingido passava cinco minutos declarando seu amor à primeira pessoa que visse: fosse menino ou menina. O constrangimento foi tanto que Minerva solicitou ao Barão uma ajudinha.

A maioria dos casais da escola estava esperando a visita ao Café Madame Poddifot para entregar seus presentes, mas, enquanto isso, pareciam entregues a um grude matinal sem fim. Lena estava tão agarrada a James que pareciam siameses. Jonathan e Rose chegaram mais tarde do que de costume e estavam sentados na mesa da Lufa-Lufa a fim de evitar a animação dos amigos grifinórios que iriam para Hogsmeade. Peter contava com ar divertido o ataque de sonambulismo do amigo, que engolia o café da manhã, constrangido.

– Não sabia dessa sua habilidade especial, primo – disse, em meio a risadas.

– Eu não sou sonâmbulo.

– Verdade, verdade – interveio Peter, levantando a mão e pedindo a atenção – Você só falou sozinho no quarto, andou em círculos e fez contorcionismo. Claro, o fato de estar sonhando não tem nada de importante.

– Definitivamente, não é sonambulismo – completou John e todos caíram na gargalhada, inclusive o próprio Alvo.

– Tio Harry já sabe disso? Oh, Merlim, James já sabe disso??

– Rosie... – Alvo falou em tom de ameaça.

– Eu sou sua prima, Al. Que tipo de parente eu seria se não espalhasse para toda a família?

– Do tipo amigona.

Rose deu um sorriso bem maroto.

– E é exatamente por isso que Hogwarts inteira ainda não sabe.

– Rá, rá! Muito engraçado – disse Al desgostoso, enquanto os outros riam dele.

– Olha! – Peter cutucou John – Os sonserinos chegaram. Sua irmã não deveria estar com eles? Ou será que ela está com o corvinal? – disse, com tom de brincadeira.

– Pare com isso! – disse o amigo, sério. John olhou chateado para o colega e depois encarou os dois sonserinos na porta – Na certa ela já tomou café antes da gente chegar. A pontualidade dela é irritantemente britânica, acredite.

Malfoy e Macbeer chegaram mais tarde do que o usual para o café da manhã, trajando roupas de moda bruxa sem deixar faltar o verde da Sonserina. Na realidade, eles gostariam muito de evitar a euforia de quem iria para Hogsmeade, embora Deymon já conhecesse o lugar. Eles mal puseram os pés no Salão Principal e um grupinho de garotas, a maioria corvinais, se aproximou deles, fazendo-os recuar alguns passos e trocar olhares confusos.

– Fala você! – cutucou Stella, do 1º ano da corvinal.

– Não, você! – retrucou sua colega Lola.

– Ai! Deixa que eu falo! – uma terceira garota também da corvinal, contudo um pouco mais velha, resolveu tomar a frente – Hum... Oi!

Assustados, os meninos olharam com desconfiança para as garotas.

– Vocês estão falando com a gente? – Khai perguntou.

– Não, com a porta. Claro que estamos falando com vocês! – disse, impaciente, a menina mais velha.

– O que vocês querem? – disse Malfoy, um pouco rude.

– É que a gente não viu o Tiago ainda e queríamos saber se vocês sabem onde ele está.

– Eu tenho cara de babá de corvinal?? – Khai falou irritado – Pouco me importa o que ele faz ou deixa de fazer.

– Mas vocês andam juntos o tempo todo. São amigos, não são? – perguntou, inocente, Lola.

Malfoy respirou fundo enquanto os olhos de Khai quase saltaram das órbitas de raiva.

– Temos... negócios em comum – Deymon falou, desgostoso.

– E...hum...esse negócio seria a Dumbledore? – Stella perguntou esperançosa.

– É claro que não! – esbravejou Khai.

– Então eles não estão namorando? – uma quarta garota, da lufa-lufa resolveu falar.

– Você é surda? Não! – Khai assumiu uma postura de briga, fazendo o grupinho recuar – Agora saiam daqui antes que eu azare vocês!

– Vocês ouviram – Deymon completou, seco – Por que não vão procurar ele lá fora?

Os garotos passaram pelo grupinho empurrando-as e ignorando os chiliques que elas começaram a dar. Sentaram na mesa como se nada tivesse acontecido, mas tinham atraído uma certa atenção com o incidente da porta e agora recebiam olhares tortos de todos os lugares do Salão.

– Que saco! – disse Deymon, largando o talher com força no prato – Até quando ele não tá com a gente é como se estivesse.

– A gente tem que dar um jeito nele, Malfoy. Ele nem foi de grande ajuda naquilo.

– Ele deu a informação, Khai. E eu dei minha palavra que ele ia andar com a gente.

– E daí? Você foi chantageado – sussurrou.

– E daí que eu dei minha palavra, Macbeer. Ponto final.

– Por mim a gente acabava com ele – disse o colega colocando um pedaço de tortinha de amor na boca, sem saber e quando voltou a si, Malfoy estava rindo – O que foi?

– Nada. Vi uma coisa engraçada...na outra mesa.

– Vê a Lizzie? – disse, ainda de boca cheia.

– Não. O irmão dela tá ali com aquele grupinho. Ela já deve ter comido e se enfurnado na biblioteca. Depois de comer, a gente procura ela.

Malfoy serviu-se de tudo na mesa, exceto a torta que Khai insistia para o colega provar. Assim que se deram por satisfeitos, ambos se levantaram e seguiram para fora do Salão, com uma expressão feliz. Os rostos dos garotos foram se tornando duros quando as mesmas meninas do início retornaram da área externa com braços cruzados, nitidamente revoltadas, e pararam na frente deles.

– Mentirosos! – disse Stella.

– Como é que é? – perguntou Malfoy, ofendido.

– É isso mesmo! Mentirosos! – confirmou a outra menina.

– Qual o problema de vocês? Ficaram malucas, foi? – Khai falou.

Uma das meninas ameaçou avançar no garoto, mas foi impedida pela colega.

– Vai me dizer que vocês não sabem que a Elizabeth tá namorando com o Tiago?

– O que??? – disseram, surpresos, em uníssono.

Khai mergulhou numa profunda apatia repentina, enquanto Deymon ficou muito irritado.

– Elizabeth não namora aquele garoto.

– E o que ela está fazendo lá fora com ele, debaixo de uma árvore? Com risinhos e tudo?

– Conversando – o garoto deu de ombros.

– Ninguém conversa juntinho daquele jeito em pleno dia dos namorados – constatou a corvinal mais velha.

– Elizabeth não namora ele, já disse. Ele é um idiota! – continou defendendo a amiga.

– Mas ela está – insistiu Stella.

– E por acaso vocês viram eles se beijando? – as meninas trocaram olhares confusos que as denunciaram – Estão vendo? Vocês é que são burras demais pra entender alguma coisa, não é Khai? Khai??

As meninas começaram a discutir com Malfoy e ele deu pouca importância ao que elas diziam. Notou que o colega não estava ao seu lado e logo imaginou que ele engoliu a pilha das meninas, indo conferir com os próprios olhos. O garoto deu as costas para o grupinho escandaloso e foi em direção à área externa. Evidente que eles sabiam que Elizabeth não achava nada demais no corvinal, mas o sonserino temeu que o colega enxergasse com o sentimento equivocado. Há tempos Deymon desconfiava que Khai tinha uma queda pela colega e isso, aliado a uma pré-disposição a odiar o chantagista, era uma combinação explosiva. Contudo, o encontrou a poucos passos da escada de acesso, paralisado em choque com os olhos fixos em um determinado casal.

Certamente, Deymon esperava qualquer coisa, exceto aquilo: os dois estavam juntinhos, sorrindo abertamente e tecendo calorosos comentários sobre algum livro. Por vezes, o garoto enconstava a cabeça no ombro da sonserina ou colocava um doce diretamente em sua boca, enquanto ela lhe afagava os cabelos loiros. Malfoy sentiu seu corpo estremecer em desagrado com aquilo e olhou para o colega: Khai tinha o punho fechado com força. Com certeza a cena não acabaria bem.

Deymon voltou a observar os dois e reparou que cada vez que uma garota da escola chegava para espiar o atípico casal, eles intensificavam os carinhos. Uma idéia passou pela cabeça dele e o fez sorrir. Nesse momento, o corvinal ajeitou gentilmente uma mecha do cabelo da sonserina para trás da orelha, olhando disfarçadamente para o lado. O grupinho que recentemente irritara Malfoy agora soltava grunidos de raiva. Deymon matou a charada, entretanto Khai não resistiu e virou-se com raiva, partindo para dentro do Castelo. Pouco depois de se divertir às custas dos outros, de braços cruzados e sorriso aberto, o sonserino notou que estava só.

– Khai? – olhou ao redor e nada viu.

Malfoy retornou para o Salão Principal, mas não viu o colega. Não havia ninguém no hall do lado de fora exceto aquelas meninas irritantes que certamente viram para onde ele foi, mas o garoto não lhes dirigiria a palavra. Resolveu procurá-lo na sala comunal, no dormitório, na biblioteca, no banheiro da Murta, no corujal, enfim, onde fosse preciso para encontrá-lo. Se seu palpite estivesse certo, estar com o pseudocasal hoje seria um martírio. Além disso, embora não assumisse, estava receoso de que o colega tivesse realmente se magoado. Entrou na Câmara das Passagens justamente quando a diretora McGonagall anunciava a partida para Hogsmeade.

– Os alunos com autorizações dos responsáveis que farão a visita à vila de Hogsmeade, por favor, dirijam-se aos diretores de suas respectivas Casas na saída. Eles irão conferir a autenticidade das assinaturas. Lembrando que os alunos do 1º e 2º anos permanecerão no território da escola.

Do lado de fora, Lizzie e Tiago observavam os alunos atravessarem a ponte suspensa em direção à vila.

– Até que enfim! Pensei que eles não iam embora nunca.

– Lizzie... obrigado pelo que você está fazendo por mim.

– Não tem nada que agradecer, Tiago. Você ainda me deve 3 galeões e aquele livro sobre fantasmas que você me falou.

– Eu sei, eu sei. Mas você podia ter se negado.

– E perder a oportunidade de ser odiada por todas as meninas do 1º e 2º anos? – e sorriu, divertida.

– Se não fosse por você elas ficariam no meu pé.

– Verdade. Eu vi algumas até com poção do amor na mão. Por isso você contratou meus serviços até o fim do dia, namorado fake.

– Acha que Macbeer e Malfoy vão implicar?

– Deymon eu acho que já entendeu pela cara dele naquela hora e depois ele explica pro Khai. Além disso, são negócios, Tiago. Eu não preciso da aprovação deles pra fazer ou não o que eu quero. Já cansei de ficar aqui. Vamos lá no Hagrid?

– Claro.

Os dois desceram o caminho para a cabana do Guarda-Caças de braços dados, decepcionando as meninas que ainda tinham alguma esperança. Passaram o resto do dia tomando chá e fingindo comer bolinhos, enquanto escutavam as histórias de Hagrid sobre a Floresta. A tarde ainda reservou uma pequena discussão do pseudocasal com Jonathan num corredor e uma partida de priscobol de Alvo e alguns amigos na área externa. Apesar dos acontecimentos estranhos que aconteceram na escola, havia agora uma atmosfera de bonança. Malfoy não conseguiu encontrar o colega e grande parte dos alunos que foram para Hogsmeade já estavam de volta. Se cansou e desistiu de procurar quando esbarrou com Khai na esquina do corredor do 4º andar.

– Que bosta de dragão! Te procurei o dia inteiro! Onde você se enfiou?

– Eu tava por aí – disse, desanimado.

– Pensando idiotices, com certeza.

O garoto ergueu os olhos para o colega, magoado.

– Por Merlim, você está assim por causa daquilo no jardim?

– Malfoy, como ela pôde? Ele é um idiota, um chantagista, um... Como ela pôde, Malfoy? Depois daquilo que fizemos no dia do quadribol?

– Shh! Você tá louco, Khai? – disse, tapando a boca do colega e olhando ao redor – Quer que alguém descubra, seu idiota? – sussurrou – Cara, você tem que aprender a manter esse bico calado. Para a sua informação, Lizzie só estava fingindo.

– É?

– Você não consegue enxergar um palmo diante do nariz. Vamos, anda logo. A essa hora ela já deve estar no dormitório.

Minutos depois, dois vultos saíram detrás da tapeçaria do mesmo corredor. Os dois garotos estavam pálidos e em choque, com os olhos arregalados e tapando a boca, em descrédito. Oliver e James tinham pego um atalho pelas passagens secretas e, sem querer, ouviram a conversa dos garotos.

– Eu não acredito! Eu sabia que tinha alguma coisa estranha, Oliver. Eu te disse!

– Cara, não acredito. Eles trapaçaram!

– Mas não vai ficar assim, Olie. Eles vão me pagar muito caro. Foi aquele bolinho, cara. Aquele maldito bolinho, lembra? Foi a coisa mais diferente que comi. Você lembra a cara do menino que entregou aquele pacote?

– Foi um novato, com certeza. Se eu vir o rosto dele lembro, com certeza.

– Vem. Nós vamos resolver essa parada com a diretora amanhã bem cedo. Eles me pagam! Sonserinos trapaceiros de uma figa!

Os dois chegaram na sala comunal com as mãos fechadas e os olhos saltando faíscas de raiva atrás do primeiro anista. Como não o encontraram, resolveram reunir o time de quadribol num lugar reservado do lado de fora e contar tudo o que haviam descoberto. Rose conversava sobre invenção de feitiços quando viu o grupo passar. Assim como todos os outros achou que o primo já tinha criado uma nova estratégia de jogo e queria se reunir o quanto antes. A garota estava tentando resistir à tentação de falar algo relacionado a Tiago e Lizzie, por consideração ao amigo, que já estava bastante chateado com a situação. Ela ficou um tempo na Sala Comunal bufando, fazendo caretas e suspirando alto enquanto terminava uma redação sobre o Bicho Papão para DCAT. Após se despedir de Jonathan, que ainda estava terminando o primeiro parágrafo, Rose subiu as escadas em direção ao dormitório feminino. Mal abriu a porta do seu quarto quando recebeu um travesseiro voador na cara. Ainda em choque e boquiaberta, viu Barbra se aproximar com o sorriso mais maroto do mundo.

– Já soube da novidade? Angélica tá namorando!

– Não tô nada. Pára!

E outro travesseiro voador assassino passou a centímetros de distância da colega que saiu saltitando pelo quarto.

– Tá namorando! Tá namorando!

Logo Tina e Flicka também entraram no coro, fazendo Angélica corar como um pimentão vermelho. Rose havia fechado a porta e sentado em sua cama, muito curiosa, ao lado da colega.

– Quem é seu namorado, Angélica?

– É brincadeira delas, Rosie! Eu não tô namorando.

Foi Barbra quem, novamente, puxou o coro.

– Com quem será? Com quem será? Com quem será que Angélica vai casar? Vai depender. Vai depender. Vai depender se... Gustav vai querer!

Angélica revirou os olhos.

– Tá namorando o Gustav?

– Não, Rosie.

Barbra se jogou na cama ao lado de Rose e piscou os cílios rapidamente para a colega.

– Ele roubou um beijo dela que eu vi.

Angélica ficou vermelha de novo e Rose sorriu, surpresa.

– Sério?

– Seríssimo, minha querida. Eu queria saber uma magia para compartilhar a imagem que eu tenho aqui na minha cabeça. Aê! A Angélica não é mais BV! – e todas riram.

– Mas a gente não se falou depois disso.

– Claro! Vocês são dois envergonhados. Pelo menos ele teve coragem de roubar um beijo. Eu acho que você devia falar com ele agora. É a sua vez.

– Eu também acho, Barbra. Ele não vai saber o que você achou se você não falar com ele.

– Sim, Tina, mas eu vou falar o que? Na frente dos amigos dele?

– Escreve uma cartinha e marca um encontro, longe dos amigos. Quem sabe ele não rouba outro beijo? – Flicka disse marota e todas riram, novamente.

Conversaram exaustivamente sobre o que escrever, fantasiaram como seria o encontro e desejaram boa sorte para a amiga. Rose estava separando as vestes do dia seguinte quando Tina Rossalvo lhe cutucou.

– Toma.

– O que é isso?

– Aquela revista que prometi, lembra? Duas Faces, edição especial da Madame Bisbiota. Aquela que foi proibida de circular. Bom, é apenas uma cópia dela.

– Ahh!

– Desculpa a demora, mas tive que mandar várias corujas para minha tia para convencer que era caso de vida ou morte.

– Não precisava tanto. Mas obrigada, Tina. Vou ler depois, agora estou com sono. Boa noite.

Pela manhã, Rose desceu as escadas junto com as garotas que passaram pelos meninos dando risadinhas. Eles começaram a dar socos e empurrões no colega, ovacionado-o e logo depois seguiram para a aula. Rose se despediu das meninas e ficou esperando Jonathan, que tinha vestido a roupa ao contrário de tanto sono que tinha. Havia demorado para terminar a redação. Oliver passou por ela, deu bom dia e depois retornou.

– Rose, hoje sua primeira aula é de que?

– História da Magia. Por quê?

– Ah, nada! Você está com uma expressão de bom humor e pensei que o milagre do quadribol tinha acontecido com você.

– Engraçadinho!

Alguns minutos depois Jonathan apareceu, esbaforado e vermelho.

– Tá certo agora?

– Tá sim, seu distraído! - e sorriu.

Rose e Jonathan caminhavam com os alunos do primeiro ano da Corvinal para a aula de História da Magia, animados como sempre. Rose estava acostumada a ser a mais entusiasmada com os estudos, mas tinha horas em que o jovem Dumbledore a superava. O garoto conversava extasiado sobre o reflexo da Revolta dos Duendes no desenvolvimento de leis específicas para a categoria quando foi interrompido por um empurrão vindo de trás.

– Desculpe – disse Tiago – Oh! – constatou sem graça que se tratava do irmão gêmeo não satisfeito com o estado “ficante” dele com Lizzie.

– É. “Oh”! – respondeu, ríspido.

– Desculpe – repetiu – É que empurraram alguém lá atrás e... Enfim, desculpe – e seguiu adiante.

– Parece que ele tá pedindo mais desculpas pela Lizzie do que pelo esbarrão – sorriu Rose.

– O que é que seu primo está fazendo? – John apontou para o corredor, ignorando a frase da amiga.

Rose olhou para trás e viu James pegando Finelius Flowerwet, um grifinório do primeiro ano, pela gola da camisa e arrastando-o para o lado inverso da aula. Não parecia nada amigável. A garota abriu caminho pelo mar de alunos, com John ao seu lado.

– James! James!

Ele olhou para ela, mas continuou andando. Ao se aproximar do primo, notou que alguns membros do time de quadribol o acompanhavam e tinham as mesmas caras enfezadas.

– James, o que você está fazendo com o Finelius?

– Weasley... – a cara de súplica do menino era incontestável.

– Não se meta, Rose. Isso é um assunto de quadribol e você não sabe nada sobre isso.

– Não é que eu não saiba, James, eu só não vejo tanta graça. E o que é que ele tem a ver com quadribol?

– É melhor vocês voltarem para a sala – disse Oliver com calma, enquanto os outros continuavam seu caminho – Nós só vamos resolver um mal entendido e depois ele volta.

– Mas...

– Depois você fica sabendo – insistiu Oliver.

– Vem, Rose. Não vai adiantar nada. Vamos – e puxou a amiga pelo braço.

– Isso não está me cheirando bem, John.

– O Finelius deve ter derramado suco de abóbora na vassoura de alguém. Do jeito que ele é distraído, é bem capaz. Não acho que eles vão machucá-lo.

O primeiro anista parecia ainda menor, caminhando no meio do time de quadribol da Grifinória. Estava assustado, com medo e olhava desesperadamente para os lados, em busca de um salvador. Não sabia o que tinha feito de errado e as pessoas no corredor apenas abriam caminho para a comitiva.

– Pra-pra onde vocês estão me levando?

– Já descobrimos tudo e agora você vai falar com a diretora – disse James, categórico.

– Do... do que é que vocês...

– Ah! Não banque o inocente. Lembro muito bem que foi você quem me entregou um pacotinho com um bilhete no dia do jogo de quadribol. Ou vai ter a cara de pau de mentir na minha frente?

O garoto engoliu a saliva com dificuldade, enquanto confirmava que tinha sido ele.

– Como você pôde trair sua própria Casa? Ainda por cima com os sonserinos??? – esbravejou revoltado Hugh Breaksville, batedor.

– Menos, Ville – disse Oliver, alcançando o grupo e tocando o ombro do colega.

– Eu... eu não fiz isso – Finelius tentou se defender.

– Não adianta mais mentir, garoto. James ouviu a conversa dos sonserinos sobre “Depois daquilo que fizemos no dia do quadribol?” – relatou Bob Ho.

– E foi justamente nesse dia que ele teve um mal estar super estranho – concluiu Georgina.

– Mas eu... mas eu...

– Vamos para a sala da diretora McGonagall resolver tudo. Ninguém pode enfeitiçar uma comida e dar para um estudante e ficar por isso mesmo. Quero aqueles sonserinos explusos daqui! – falou James, com os dentes trincados – E você vai contar como eles te convenceram a fazer isso – completou, com faíscas nos olhos.

O pequeno grifinório queria dizer que não tinha visto os sonserinos que James afirmava serem os culpados, que não fazia idéia do mal ao time que causaria apenas entregando o presente e que morria de medo de parar na sala da diretora. Contudo, diante do olhar assassino do capitão do time de quadribol, achou que confirmar tudo era a melhor saída para continuar vivo.

Caminharam a passos ritmados e apressados em direção ao 7º andar, onde ficava a estátua que guardava a entrada da sala da diretora. A dois corredores de alcançá-la, o silêncio cortante foi interrompido por um miado agudo. Todos sentiram o corpo estremecer, exceto James. Ele já contava com o surgimento de Madame Norra. Segundos depois, vindo Merlim sabe de onde, apareceu o zelador Argo Filch, com uma expressão contorcida que a muito custo lembrava um sorriso de prazer.

– Muito bem, minha querida! Pegamos esses alunos fora das salas de aula. Serão expulsos, ah, serão! Vou levá-los agora para a sala da diretora.

– Ótimo! – disse James, dando um passo à frente, com o primeiro anista a tiracolo.

O zelador olhou desconfiado para o garoto. Conhecia de longe as artimanhas daquele Weasley Potter e não gostava nem um pouco da expressão impetulante em seu rosto. Onde Hogwarts iria parar se os alunos não se importavam mais em quebrar as regras e sofrer detenção? Cada vez mais Filch sentia falta dos castigos de antigamente, com correntes e frias noites nos calabouços, ao som de gritos de horror.

Em pouco tempo a comitiva estava subindo as escadas de mármore que davam para a porta da sala da diretora. Argo bateu 5 vezes, ansioso.

– Entre, Sr Filch – disse uma voz cansada.

– Com licença, diretora. Encontrei esses meninos fora da sala de aula.

Minerva McGonagall ergueu a mão requerindo um momento. Escrevia em um pergaminho com sua pena branca de cisne negro algo que, a julgar pela sua expressão, parecia muito importante. Assim que terminou, enrolou calmamente o pergaminho, como num ritual, lacrou com o símbolo da escola e entregou a uma coruja parda, ansiosa por sua nova missão. Só então ergueu os olhos para o curioso grupo diante de si.

– É melhor terem um bom motivo para que todo o time de quadribol da Grifinória esteja nesta sala.

– Viemos fazer uma denúncia – James disse, seguro de si.

Os olhos cansados da diretora pousaram no pequeno aluno, espremido entre os colegas e de olhar no chão. James tocou o ombro do garoto e o fez avançar postando-se à frente do grupo.

– Diretora McGonagall, a senhora sabe das circunstâncias estranhas em que passei mal no útimo jogo. Eu, assim como meus colegas, achavámos que tinha sido apenas um grande azar, mas ontem eu e Wood ouvimos, sem querer, uma conversa suspeita. Os senhores Malfoy e Macbeer deixaram escapar “depois daquilo que fizemos no dia do quadribol?” – e gesticulou com as mãos para salientar a fala dos outros – Então eu pensei: o que aconteceu de diferente nesse dia? É aí que ele entra – disse, empurrando o garoto para frente – Conta o que você sabe para a diretora.

O garoto piscou nervosamente e se demorou a fixar seus olhos em algum objeto na sala. Mexia as mãos e sentia vontade de vomitar.

– O que aconteceu, Sr Flowerwet?

Por mais que o tom da voz de Minerva parecesse amigável, o garoto sentiu seu corpo retesar em pânico: a diretora sabia o seu nome.

– E-e-eu... eu entreguei um presente... e...e ele tava enfeitiçado, mas eu juro que não sabia de nada, diretora!

– Calma, calma, criança. E todos vocês também – disse, diante da indignação expressiva dos outros – Sr Flowerwet, como foi que você conseguiu esse presente?

– Eu me atrasei para o café no dia do jogo e quando passei palo retrato da Mulher Gorda, ele estava flutuando bem na minha frente, com 1 galeão em cima. Tinha um bilhete com letra de menina que dizia para entregar pra ele e ficar com a moeda.

– E você viu quem estava fazendo o presente flutuar?

O garoto titubeou com a pergunta. Mexia com as mãos nervosamente enquanto evitava olhar para o rosto inquisidor da diretora. Contudo, se deparava com a expressão inquieta de James. Podia-se ler facilmente “vamos! Fale!” no rosto do capitão. Antes que Minerva perguntasse pela segunda vez, ele respondeu:

– Er... eu... vi... mas assim, eu não tenho certeza de quem era não.

– Sr Potter, não vejo nenhuma prova que incrimine os estudantes que citou.

– Mas diretora, eu ouvi eles conversarem. Eu tenho certeza de que se a senhora investigar vai descobrir que os sonserinos trapacearam.

– Sr Potter, sugiro que modere suas acusações. Até onde eu sei, uma conversa entreouvida não prova nada. Posso investigar, contudo, todos vocês, especialmente o senhor, Potter, estão prontos para assumir as consequências?

O grupo trocou olhares significativos, certos de que seriam vitoriosos e concordaram.

– Sr Filch, poderia fazer a gentileza de trazer os senhores Malfoy e Macbeer e... a senhorita Dumbledore até minha sala?

Diante do último nome citado uma onda de cochichos se espalhou na sala. Os quadros dos ex-diretores que pareciam em sono eterno agora remexiam-se. Todos, exceto um: Alvo Dumbledore continuava com as mãos cruzadas sobre a barriga e a expressão tranquila de quem dormia. Ignorando o ruído ao redor, Minerva prosseguiu:

– Devo supor que ainda possua a moeda, Sr Flowerwet?

– Sim, senhora.

– Seus amigos tocaram nela?

– Não, senhora.

– Sr Wood, poderia acompanhá-lo até o dormitório para que ele traga o galeão? – o garoto assentiu – No fim deste corredor você encontrará um adulto para acompanhá-los pelo trajeto. Enquanto a vocês, sentem-se.

Cadeiras surgiram do nada e os grifinórios se instalaram em silêncio. Alguns minutos depois, Wood retornou com o primeiro anista e, pouco depois, o barulho da porta se abrindo despertou o ex-diretor Dumbledore, que se espriguiçou e pareceu se entreter com a própria barba. Assim que os sonserinos se depararam com o time de quadribol no canto da sala e o menino que entregou o presente a Potter no dia do jogo, souberam que estavam bem encrencados.

– A srta Dumbledore conseguiu um passe para a Ala Hospitalar, mas já vou trazê-la, diretora.

– Sr Filch, caso a Madame Pomfrey não libere a criança, não quero que insista.

– Sim, diretora – disse, a contragosto e fechou a porta atrás de si.

– Bom dia Sr Malfoy e Sr Macbeer. Hoje eu recebi uma denúncia acerca do jogo de quadribol entre Grifinória e Sonserina. Como se trata de um assunto que reflete na formação do caráter dos senhores, devo averiguar. O fato é que o Sr Flowerwet entregou um presente sem identificação do remetente ao Sr Potter e ele alega que a origem vem dos senhores.

– Isso mesmo! – bradou o time da Grifinória.

– Senhores e senhoritas, peço que permaneçam em silêncio – disse, austera e depois se virou para os sonserinos – Esta é uma acusação muito séria que pode levar à expulsão – ameaçou e os dois alunos ficaram pálidos – Contudo, posso atenuar a punição se a verdade vier à tona por espontânea vontade. Os senhores têm algo a dizer?

– Diretora – começou Malfoy – Nós não fizemos nada. Nesse dia passamos a manhã no Salão Principal com os sonserinos. Não há nenhuma prova contra a gente. Isso é um absurdo! Meu pai ficará sabendo.

– Mentirosos! Caras de pau! – começaram a gritar os grifinórios.

– Vocês que são mau perdedores! – Malfoy bradou de volta.

– Senhores, não vou admitir discussões na minha sala. Mais uma palavra e tirarei 30 pontos de cada um – todos abaixaram a cabeça e ficaram em silêncio – Sr Flowerwet, poderia me trazer o galeão que você encontrou junto com a caixa?

O garoto caminhou lentamente pela sala, até a mesa super organizada da diretora e depositou a moeda dourada.

– Os senhores têm certeza de que não têm mais nada a acrescentar? – disse mais uma vez, olhando para os sonserinos.

A diretora tinha quase certeza que, de fato, aquelas crianças estavam envolvidas no incidente. Embora não pudesse ficar provado que o bolinho realmente estivesse enfeitiçado. Em seu íntimo torcia para que os grifinórios estivessem equivocados, pois aquilo arruinaria os planos que tinha em mente. Diante do silêncio dos sonserinos não teve escolha: puxou calmamente sua varinha e murmurou para a moeda.

– Reverto Possessor!

A moeda adquiriu um brilho intenso e flutuou em direção a Finelius que, a um aceno de cabeça da professora, pegou o galeão. A diretora lançou um olhar significativo aos garotos acusados no canto da sala e notou que eles trocavam olhares. Esperou alguns segundos, na esperança de que contariam a verdade, mas nada aconteceu. Triste, agitou a varinha mais uma vez, sem dizer uma palavra, e o galeão saltou das mãos do grifinório em direção a Khai e ficou tocando-lhe o braço, insistindo para que o garoto a pegasse. Os grifinórios abriram sorrisos vencedores enquanto os sonserinos trocaram olhares entristecidos. Certamente seriam expulsos.

– Este feitiço revela o último dono de um determinado objeto. Sr Macbeer, antes que esse galeão chegasse às mãos do Sr Flowerwet, o senhor o manipulou. Imagino que saiba o quanto isso é grave – disse, séria.

– A moeda é minha – falou, de repente, Malfoy.

A diretora se espantou com o subido acesso de amizade do sonserino, enquanto o sorriso de satisfação nos lábios de James aumentou. Aquilo estava saindo melhor do que ele esperava.

– Evidentemente, a senhora sabe que Macbeer não tem condições financeiras de esbanjar galeões. A moeda é minha. Pode me expulsar, diretora.

– Não! Malfoy! Mas a idéia foi minha! – mentiu Macbeer.

– Cala a boca, Khai! – bradou o colega.

– Aposto que a Dumbledore também tem a ver com essa trapaça! – gritou James para a diretora.

– Ela não tem nada a ver com isso! – disseram, em uníssono, os sonserinos.

Um silêncio constrangedor surgiu logo após, pela defesa efusiva dos garotos. Ficou óbvio, pela expressão dos dois que, apesar de cada um querer assumir a culpa para livrar o outro, ambos queriam defender Elizabeth. Nesse instante, a porta da sala se abriu e todos os olhares se voltaram para a cena: Argo Filch puxava com certa força uma menina que lutava desesperadamente para não entrar.

– Por favor... Você não entende... – suplicou pela última vez.

– Filch, solte a criança e Elizabeth, me desculpe querida, mas foi necessário.

A garota caminhou alguns passos inseguros, ouvindo sussurros que se espalhavam como um turbilhão, vindo de todos os lados. Encontrou o olhar dos amigos, notou o time de quadribol no canto oposto e o menino que havia entregado o bolinho enfeitiçado. Pela expressão de todos, o plano tinha sido descoberto e eles estavam em maus lençóis. Evitou a todo custo olhar adiante, acima da diretora, mas a curiosidade foi mais rápida do que a razão e, por alguns segundos, seus olhos encontraram o retrato de Alvo Dumbledore, na ponta da cadeira, com um olhar surpreso e feliz, contudo, ao mesmo tempo, parecia analisar a garota. Elizabeth desviou rapidamente o olhar para o chão e depois para os colegas. Eles estavam bem encrencados e, apesar de ter seus próprios problemas pessoais, ela não poderia deixar que eles fossem expulsos. Em seus piores pesadelos a garota tinha pensado nessa possibilidade e respirou fundo antes de fazer o que tinha que ser feito:

– Já descobriram tudo, não é?

– Lizzie! Shh! – disseram os colegas baixinho, fazendo gestos para que ela se calasse.

– Você está envolvida nisso, srta Dumbledore?

– Sim, senhora – disse, mexendo nervosamente com as mãos.

– Elizabeth! – bradou Malfoy, a plenos pulmões.

– Eu... Na verdade... A culpa é minha – e olhou de relance para Potter, encarando imediatamente os pés.

– Lizzie, não faz isso – pediu Khai – Diretora... – o garoto tinha um olhar de súplica tão verdadeiro que Minerva ficou sem reação – A culpa é minha, só minha.

– Não seja idiota, Khai. Tem a carta... Eu... – olhou de novo para Potter e depois para a diretora – Eu que escrevi.

A diretora, que estava apreensiva e tinha uma postura mais dura, pareceu relaxar um instante. Um meio sorriso apareceu em seus lábios, mas o desfez antes que alguém pudesse notar. Minerva sabia que seria um caso muito difícil de ser verdade, mas aquilo era a melhor saída para o bem maior. Não poderia deixar que tudo o que tinha lutado e planejado fosse em vão.

– Foi você quem fez a poção para enfeitiçar o Sr Potter? – perguntou, fazendo-se de séria.

– Hã? Que poção? – se espantou, com uma veracidade absurda – Diretora, do que é que vocês estão falando? – e olhou para os grifinórios e depois para os sonserinos.

– A poção para me tirar do jogo!

– O que? Mas eu... Mas... Então é por isso que estão aqui? – olhou, surpresa, para os colegas – Diretora, não tem poção alguma. Eu não fiz poção nenhuma, muito menos coloquei naquele bolinho. Eu não... Eu não faria...

– Elizabeth! – recriminou Malfoy, captando os pensamentos da amiga – Não faça isso.

– Mas Malfoy, isso é ridículo! Ele está nos acusando de sermos os culpados pela perda da partida? – olhou com descrédito para o capitão do time – Eu não acredito – disse, desapontada.

– Todo mundo sabe que você é boa em poções! Você colocou uma poção atordoante naquele bolinho! – bradou Potter.

– Eu não fiz isso.

– Você me enviou aquele bolinho!

– Eu...foi.

– E escreveu aquela carta!

– É...

– Diretora, isso não é óbvio? – argumentou.

– Sim, Potter. É tão óbvio que você não consegue enxergar.

Elizabeth encarava o chão, fazendo a melhor cara de garota-que-tem-seu-diário-lido possível. Tinha muito que agradecer aos filmes trouxas. Mexia nervosamente as mãos e batia com os pés no chão, olhando de relance, sem graça, para todos na sala.

– Sr Potter – continuou a diretora – O que dizia o bilhete dentro do bolinho?

– Que... Que ela era minha fã de quadribol, que desejava boa sorte, que tinha o recheio que eu gostava e... e... – olhou para a garota como se visse um verme-cego se transformar em hipogrifo – Você só pode tá de brincadeira!

Os grifinórios estavam de boca aberta, assim como Khai, que finalmente tinha entendido tudo. Malfoy cutucou o colega para que ele mudasse de expressão e, embora a diretora tivesse notado, fingiu que não. Minerva tinha certeza de que a garota estava mentindo para proteger os amigos e aquilo tinha algum valor, sem falar que salvava a diretora de uma situação bem complicada.

– Diretora... Eu não acredito! Só pode ser uma armação, diretora. Eles estão armando! Isso é... Isso seria contra a natureza!

– De que natureza o senhor está falando, James Potter? – levantou-se séria e com toda a autoridade e altivez inerentes a um diretor de Hogwarts – Estaria o senhor se referindo à absurda idéia de que alunos da Grifinória e Sonserina não podem ter um relacionamento? Mais do que nunca, é preciso desmitificar essa lenda de que os sonserinos são escolhidos para esta escola por razões distorcidas. Salazar Sonserina construiu Hogwarts como homem de valor e tinha sua visão de mundo que foi respeitada pelos outros diretores. Não é porque alguns ex-alunos da Casa fizeram escolhas não convencionais no passado que devemos projetar esse ranço nos novos. A Sonserina é uma Casa tão digna quanto a Grifinória, Corvinal e Lufa-Lufa e eu pretendo garantir que todos saibam disso. Vocês, jovens, têm a chance de mudar essa resistência criada pelos adultos, mas se deixam envolver pelas conversas sobre o passado e não vêem que o presente é diferente. Se continuarem assim, que tipo de sociedade teremos no futuro? Que tipo de pessoas seremos? A intolerância leva a guerra, que gera baixas terríveis. Mas a compreensão de que somos diferentes e o respeito mútuo pode nos levar à paz. Não deve existir a divisão entre bruxos das trevas e os outros. Somos todos bruxos.

Um barulho ensurdecedor, como se toda a vidraça se quebrasse ao mesmo tempo invadiu o ouvido de todos. Foi então que notaram se tratar dos aplausos de pé dos ex-diretores de Hogwarts:

– Bravo! Muito bem! Excelente discurso! – diziam, orgulhosos.

McGonagall agradeceu a todos pelo elogio e sentou-se, para dar fim àquela situação. Embora os sonserinos de fato terem feito uma brincadeira de mau gosto com os grifinórios, aquilo era puro reflexo da rivalidade exacerbada entre as Casas. Eles eram culpados, mas também eram vítimas. Mas a defesa da amizade que a diretora presenciou lhe deu esperanças de que estivesse certa em sua teoria. Os sonserinos só precisavam de uma chance e o primeiro passo, por incrível que fosse, tinha sido dado por aquele mesmo grupo ao aceitarem um corvinal. Por outro lado, aceitando a versão da garota, Minerva se via na obrigação de punir o time de quadribol, por levantar suspeita sem provas e querer manchar a dignidade de outra Casa. Mas isso seria muito injusto, pois a suspeita era verdadeira. Respirou fundo e decidiu encerrar aquela discussão alterando o foco.

– Bom, senhores, acredito que ficou claro para todos o grande mal entendido acontecido aqui. Por esse motivo, não darei punição aos senhores referentes ao caso do presente do dia dos namorados. Contudo, os senhores – e se dirigiu aos grifinórios – Caminharam sozinhos e sem autorização pelos corredores, sem falar no fato de retirarem, contra a vontade, um aluno de sua aula. Por isso, 2 pontos serão descontados de cada um. Quanto aos senhores – e se dirigiu aos dois sonserinos – Mesmo sendo os autores da entrega não contaram a verdade quando tiveram a chance. Entendo que queriam proteger a sua amiga, mas isso não justifica omitir os fatos para a diretora da escola. Portanto, 5 pontos serão descontados de cada um - ninguém ousou questionar suas ações e ela continuou - Agora, Sr Filch, poderia encaminhá-los para suas salas? Com certeza estão perdendo a oportunidade de adquirir um conhecimento precioso.

Argo Filch caminhava à frente do grupo que permanecia calado. Somente o barulho de pés arrastados era possível de ouvir. Embora nenhum som saísse de suas bocas, as trocas de olhares eram bastante significativas, quando correspondidas. James ainda olhava atravessado para a garota, num misto de descrédito, surpresa e desconfiança. A menina tinha o rosto vermelho de vergonha e procurava encarar o chão. Os grifinórios mais velhos foram os primeiros a serem deixados na aula de DCAT e os sonserinos seriam os próximos. Assim que chegaram ao corredor que dava acesso para a sala, Lizzie quebrou o silêncio:

– Sr Filch, se o senhor quiser já podemos ir sozinhos daqui. A sala está bem ali – apontou – E o senhor ainda tem que levar ele.

Filch pareceu mensurar a possibilidade dos alunos fugirem da aula, mas além da sala de poções transferida para o mesmo corredor, havia apenas um pequeno hall de armaduras.

– Humm – gruniu – Tenho mesmo mais o que fazer. Agora andem logo!

O zelador observou as crianças caminharem em silêncio e decidiu seguir em frente, dando uma última espiada antes de sumir ao dobrar a esquina. Quando sentiu que o ambiente estava seguro, Malfoy comentou, olhando para o teto:

– Você foi fantástica! Nossa! – passou a mão no rosto, em alívio – Não sei o que seria da gente se você não tivesse bolado aquilo tudo. Seríamos expulsos fácil. Obrigado – sorriu e esticou a mão para a amiga.

Contudo, a garota tinha a expressão totalmente inversa, de pura raiva. Sacou rapidamente a varinha do bolso e a posicionou no pescoço de Malfoy. O garoto arregalou os olhos, assustado e com medo. Khai sentiu o corpo gelar e ficou paralisado, sem saber o que fazer, olhando de um para o outro. Elizabeth conduziu Deymon para o hall vazio, não dando chance para que pegasse sua varinha.

– Não tente fazer nenhuma gracinha, Malfoy – disse, séria.

Os dois garotos trocaram olhares nervosos e ela continuou.

– Macbeer, se você ousar tocar a sua varinha eu juro por Merlim que passará o resto dos seus dias sentindo gosto de bosta de dragão – e lançou um olhar assassino para o colega que parou o movimento no meio do caminho.

– Lizzie, o que você está fazendo? Pare! – pediu Khai.

– Você me deve, Malfoy – disse, olhando profundamente nos olhos do garoto e ignorando o outro – Vocês não foram expulsos, mas eu serei motivo de piada nesta escola enquanto estudar aqui – pressionou a varinha no pescoço do colega, fazendo-o gemer – Eu estava com um mau pressentimento sobre isso. Eu vou cobrar essa dívida, Malfoy, a cada momento. Você me deve... e muito. O que eu vou passar aqui vai ser o inferno e vocês – olhou para o outro garoto, pálido, e depois para Deymon – Vão pagar muito caro por isso. Petrificus Totalus!

– Não! – gritou Khai.

O corpo de Malfoy ficou duro como pedra e, rapidamente, ela se virou para o colega, ameaçando-o.

– A ideia foi dele, portanto, deve receber logo a punição devida. Se você o libertar do feitiço, Khai, vai desejar nunca ter me conhecido – havia faíscas de fogo saindo dos olhos da garota, o que fez o menino engolir a saliva com dificuldade.

Elizabeth tirou a varinha do bolso da calça de Malfoy e parou diante do garoto.

– Você me deve, Malfoy – disse para os olhinhos inquietos do garoto – É melhor ficar de bico calado, porque, nesse exato momento, eu estou com muita, muita raiva dos dois. Anda! – e fez sinal com a varinha para Macbeer seguir para a sala de aula.

O sonserino fez uma cara de pena para o amigo, que revirou os olhos. Lizzie e Khai foram embora, deixando Deymon preso ao feitiço e encoberto pela armadura do hall. Ele não podia emitir nenhum som e não tinha como sair daquela situação sozinho. No início sentiu raiva da garota, mas depois, com o longo tempo para pensar, entendeu o que ela quis dizer com tudo aquilo. Certamente, ele merecia um bom soco por tê-la colocado naquela situação. Imaginou como seria horrível se pensassem que ele estava a fim do boçal do Potter e vomitaria, se o feitiço permitisse. Quando a aula acabou, os alunos passaram apressados e ninguém o notou. Khai ainda parou no meio do caminho, mas levou um puxão violento da garota, que o fez andar a sua frente. Não haveria mais aulas naquele corredor até depois do almoço e Malfoy fechou os olhos: não tinha outro jeito a não ser esperar a raiva da amiga passar.

O silêncio do corredor foi perturbado pelo som de passos apressados. Pelo barulho estalado, parecia um sapato feminino e Malfoy achou que Lizzie tinha entendido que foi o suficiente, mas a pessoa passou direto para a sala de aula. Ouviu vozes no corredor de uma menina perguntando sobre as provas finais do primeiro ano. Depois de alguns minutos, os passos da garota sinalizavam que estava voltando. De repente, ela se atrapalhou na hora de guardar os livros e tudo caiu no chão.

– Que bosta de dragão! – reclamou Rose e Deymon, imediatamente, não queria mais ser encontrado.

Ao colocar o livro dentro da bolsa extensível que ganhou do pai, Rose deixou cair uma série de bugigangas femininas. Quando recolheu o espelho, o reflexo do sol cintilou sobre algo estranho no hall. Receosa, a garota foi se aproximando, enquanto Malfoy se amaldiçoava por não saber como se tornar invisível com um feitiço não-verbal.

– Olá? Tem alguém aí? – perguntou a garota, puxando a varinha das vestes.

O coração da garota foi acelerando pela adrenalina, enquanto o garoto entrava em pânico. Ser salvo por uma Granger-Weasley era um castigo humilhante demais. Fechou os olhos e quis estar em outro lugar: no meio de uma guerra, torturado pelo Prof Pratevil ou até mesmo em Azkaban, menos ali.

– Por Merlim! – disse a garota, colocando as mãos na boca e recuando um pouco.

Deymon abriu os olhos e encarou a parede. Rose olhava espantada para ele, enquanto um dilema se formava na sua cabeça. “Não fique muito amiga dele, Rosie”, tinha dito seu pai no dia do embarque, quando viu o garoto loiro pela primeira vez. “Não tente indispor os dois antes mesmo de entrarem para a escola!” havia comentado sua mãe. De fato, Malfoy era um garoto prepotente, arrogante e que pouco se importava com os outros. Contudo, não seria legal de sua parte deixá-lo preso a uma azaração. Rose sabia que seu pai provavelmente pioraria aquela situação, mas tinha certeza que sua mãe, embora quisesse dar uma boa lição, faria a coisa certa.

– Finite Incantatem!

O garoto saiu do estado imóvel, com um longo suspiro.

– Você está bem? Quem fez isso com você?

Deymon lhe lançou um olhar de desprezo e respondeu com outra pergunta:

– Quem foi que te pediu pra fazer alguma coisa? Garota intrometida.

– Ei! Eu devia ter te deixado aí, apodrecendo o dia todo.

– Com certeza seria melhor do que correr o risco de você arrancar o meu olho com esse feitiço mal executado.

– Mal executado? Mal executado!? Eu te liberei do feitiço, seu idiota ingrato.

– Ainda sinto minhas mãos dormentes – disse, caminhando para fora.

– Você não vai nem me agradecer?

– Eu não te pedi para fazer nada – e fez sinal de desdém com a mão, de costas.

A grifinória sentiu suas orelhas ficarem vermelhas.

– Eu devia te deixar do mesmo jeito! Eu devia te deixar pior! Eu... Argh!

Malfoy tinha desaparecido rapidamente o corredor, provavelmente pegando algum atalho após a esquina. Rose começou a reclamar sozinha, sentindo-se uma imbecil por ter ajudado o sonserino: apertava as mãos com força e bufava de raiva.

– Garoto arrogante! Idiota! Estúpido! Da próxima vez eu... Argh! – e seguiu para o Grande Salão.
Spoiler
RPG
fala ~ *pensamento* ~ narração ~ outros personagens
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