Crianças

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Meny
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Crianças

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Título: Crianças.
Temática: Adulta (15+, é o que eu aconcelho, caso você seja menor, problema é seu).
Status: Incompleta.
Personagens Principais: Hermione Granger, Ron Weasley, Harry Potter, Draco Malfoy, Blaise Zabini, Lavender Brown, Pansy Parkinson, Luna Lovegood, Ginny Weasley e Lucius Malfoy.
Sinópse: Crianças, eles são apenas meras crianças em corpos crescidos, a inocência esquecida que implora para voltar, os sorrisos, os pequenos galanteios, as pequenas promessas.
Comentários: hn, eu sofro de vários distúrbios (not), então se você não curte umas coisas meio doidas (se é que você me entende) essa estória nem vale a pena, assim, de boa, conselho de leitora crítica. Tem umas maluquices aqui, porque afinal de contas, minha mãe sempre achou que eu fosse maluca.
Last edited by Meny on 10/08/09, 01:02, edited 1 time in total.
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Meny
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Re: Crianças

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1.

Suas mãos, caídas ao seu lado como se estivessem mortas. A única coisa que indicava que aquela figura jogada no chão do quarto branco em uma posição distorcida estava viva era o pequeno abaixar e levantar de seu abdome.
Não tinha mais forças pra mudar sua posição, seu corpo já estava tão cansado que não sentia mais dor, apenas um vazio horroroso.
De seu nariz ela podia sentir sair um liquido quente, que escorria até sua boca, o gosto era amargo e metálico, o mesmo liquido que cobria algumas partes de seu vestido branco, na sala branca, com paredes brancas.
Já não pensava, não lembrava, não sentia, não via, não escutava tais coisas não eram de necessidade aqui, não serviam para nada, nem para consolo.
-x-
Quando abriu os olhos novamente, fora acordada por seu próprio grito, uma sensação gelada queimando sua pele. Gelo, gelo áspero.
Os gritos continuaram seus olhos olhando para cima, para as cabeças que cercavam a banheira e seguravam pranchetas anotando com suas canetas furiosamente.
Com o passar do tempo os gritos vão ficando mais escassos e novamente suas forças a deixam, seu corpo novamente morto.
Seis horas depois ela acorda no quarto branco. Gostam de deixá-la no quarto branco, dizem que ela é especial, portanto recebe tratamentos especiais.
-x-
A próxima vez é acordada pela pressão de metais sendo presos em sua cabeça, seus instintos agindo primeiro fazem com que ela tente pular da maca, sendo jogada para trás, suas mãos e pernas estão atadas à maca, obvio.
Não, não, não... Não
As lágrimas caem incontrolavelmente de seus olhos, elas são salgadas e quentes, como sangue.
Tudo menos isso, não, não, não.
Ela grita por sua vida, grita inutilmente por sua esperança que desapareceu há muito.
Olha com horror enquanto a mão do homem gira o botão e a porta da sala se fecha, ela pode ver as correntes elétricas passando pelos fios.
Seus gritos novamente podem ser escutados por todo o edifício.
-x-
Dessa vez ela acorda por sede, mas não pega água. Não, alguma coisa não estava certa.
Olha com suspeita o quarto, como se alguma coisa fosse pular da parede. Minutos, talvez horas se passam, nada acontece e ela não se move.
É então que finalmente gritos emanam em seus ouvidos, gritos desesperados que estavam pairando no ar fazia muito tempo. Ela tapa os ouvidos com as duas mãos e fecha os olhos, o som é muito abrupto e ela se assusta.
Finalmente se levanta e com cautela e medo se dirige à porta, apoiando a ponta dos dedos na pequena janelinha ela fica na ponta dos pés.
Um chaos passa-se diante de seus olhos, é a coisa mais bonita que ela já viu. É vermelho e grandioso, destrói tudo por onde passa. Não liga para as pessoas correndo e gritando em desespero e dor à sua frente, ela apenas admira como ele em toda sua tranqüilidade queima com tanta beleza. Hipnotizada sua mão é levada inconscientemente até a maçaneta, ela quer... Ela quer ser engolida por essa grandiosidade, ela quer...
Mas a porta não abre, tenta mais uma vez e a porta não abre, dessa vez ela quem começa a gritar, ela grita e inutilmente tenta chutar e socar a porta tentando abri-la, ela quer! Ela quer! Por que ela não pode ter?! Suas mãos batem no vidro com violência, porém nada acontece e suas mãos escorregam até o chão junto de seu corpo, encolhendo-se ela fecha os olhos e chora até conseguir ver-se em meio aquela beleza flamejante.
-x-
Por fim ela acorda, mas acorda desapontada, não tem mais sede.
Um barulho estranho chama sua atenção e ela olha em volta do quarto branco, a fonte sendo a porta que rangia sendo levemente empurrada para frente e para trás por um vento generoso.
Sem pensar duas vezes ela se levanta e vai em direção à porta, sem olhar para trás.
Pedaços de parede estão caídos e tudo é uma grande sombra preta. Ela continua a andar, seus sapatos brancos ficando cada vez mais sujos. Ela passa pelos restos de corpos como se eles não estivessem ali, ela está admirada com o trabalho dele.
Seus pés a levam até uma pequena sala que já não tem mais porta, passando por cima de um corpo contorcido em uma posição inumana ela vai até um armário de ferro que parecia ser a única coisa que sobrevivera ali, abrindo com cuidado ela avista o que estava procurando e leva o objeto com sua mão direita até a altura de seus olhos.
Meticulosamente trabalhada, madeira escura e talhada, lar. Sorrindo ela deixa o quarto.
Finalmente chegando a ultima porta ela empurra a barra e por meros segundos é cegada por uma luz distinta, uma luz que não via há tempos.
O que vê em seguida é um mar de verde, amarelo, roxo, lilás e rosa. Primavera.
Cuidadosamente ela tira seus sapatos e os coloca lado a lado sobre o cimento da entrada e leva seu pé até a beira do cimento, centímetros sobre a grama verde, ela pisa com um e depois com outro. Respira fundo, uma brisa acaricia seu rosto e ela escuta o cantar das cigarras, esse cheiro novo, porém tão familiar a deixando tranqüila. Decide seguir para o norte e assim o faz, nunca olhando para trás.
Ela estava livre, Hermione Granger estava finalmente livre de seu pesadelo, a maciez da grama levemente molhada fazendo-a aproveitar mais ainda sua liberdade.
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