duas mulheres

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duas mulheres

Post by tina_granger »


Nome da Fic: Duas mulheres

Autor: Tina Granger

Pares: Snape/Personagem principal

Censura: acho que 13

Gênero: Romance, comédia,

Spoilers: Todos os livros até o 5º livro

Resumo: Duas grifinórias atormentam Severus Snape.

Agradecimentos: A beta maravilhosa: Amanda e a Sett, que me apresentou o mundo das fics. A Mione e Sandra, por lerem.

Disclaimer: Esses personagens são de JKR, eu não quero nem vou ganhar dinheiro com eles, o que definitivamente é uma pena.

Esta fic faz parte do SnapeFest 2005.

Esse é o primeiro capitulo, que eu não sei como consegui detonar... capitulo 03 daqui a alguns dias! Quando eu tiver descoberto como isso aqui funciona bem direito!

Brigas de amor?

Harry e Hermione, sentados na Torre da Grifinória, observavam o Mapa do Maroto. Quase todos os outros grifinorios já estavam na cama, com exceção de Neville e de uma garota do quinto ano, que haviam saído e não tinham voltado ainda. Hermione e Harry estavam rindo e conversavam sobre os outros, achando que eles estavam juntos.

Já está mais que na hora de Samara e Neville se entenderem... Aqueles dois discutindo me deixam louca! – era óbvia a adoração que a garota sentia, mas o grifinório parecia não perceber. Harry riu quando Hermione terminou de falar. – O que foi?

O que foi? Você e Rony discutem do mesmo jeito!

É de um jeito diferente, Harry. E depois, Neville não fala as mesmas asneiras que Rony! – ela corara fortemente.

Que estranho ele passar mal depois de comer... Ele costuma ter um estômago de avestruz.

Eu não estou admirada, com tudo o que ele comeu... Francamente, Rony a cada ano... – ela parou, enquanto jogou um livro, tentando esconder o mapa. – Oi, Gina. Está com insônia?

Não, estou esperando Samara voltar. Ela está com uma das minhas anotações. Se bem que não deve estar usando ela agora, já que foi se encontrar com o... – Gina mordeu a língua. Se eles soubessem quem Samara tinha ido encontrar, iam atrás dela no mesmo instante.

Samara saiu para se encontrar com alguém? Quem é o coitado?

Harry recebeu um olhar atravessado de Gina.

Não é nenhum coitado.

Sei que ela é sua amiga, mas tem um gênio parecido com o do Snape.

Já pensou em dizer isso a ela? – Gina era a única em toda a Grifinória que não era alvo das provocações de Samara.

E levar um direto no queixo, como Dino? Não, obrigado. Aquela garota devia pedir o emprego de trasgo de segurança... – as duas riram. Samara Sanders tinha um gênio terrível, e uma direita melhor ainda.

Você não disse com quem Samara está saindo.

A única coisa que posso dizer é que vocês vão se surpreender quando souberem quem é.

Idiota, paspalhão, cabeça-dura! E eu nem comecei a pensar no resto que quero te dizer! – uma Samara enfurecida entrou no salão da Grifinória, seguida por um Neville Longbotton vermelho pela raiva.

É mesmo? Pois saiba que faço minhas as suas palavras! Só uma louca para ir encontrar um imbecil sonserino a essa hora da noite!

Típico comentário do menininho obediente! Se você não tem coragem para quebrar uma única regra...

Uma única? Samara, você não quebrou uma única regra, você quebrou umas quantas!

É mesmo? Engraçado... Eu tinha certeza que tinha sido uma só. – ela disse, com um ar desinteressado.

Ah, você tinha certeza? Saiba que você nem está vestida com decência! Essa minissaia revela tudo o que você está ou não vestindo!

E daí? Outras pessoas aprovam, e você não é meu pai para dizer o que eu devo ou não vestir!

Será que eu preciso lhe lembrar que...

Os três que escutavam a discussão levantaram-se sorrindo. Em uma das discussões que eles haviam tido, a professora McGonagall entrara no meio dela, avisando-os de que se soubesse de mais uma briga entre eles, daria uma detenção. Lógico que eles apenas brigavam longe da professora, mas os outros alunos, quando viam os dois juntos se aproximando, tratavam logo de sair de perto, colocando as mãos nos ouvidos.

Samara, você estava aonde? – Hermione forçou-se a ficar séria, pelo simples fato de que era monitora.

Onde você acha que ela estava? – Neville questionou. Sem esperar resposta, ele mesmo respondeu. - Ela estava junto com um imbecil da Sonserina!

Não deviam discutir tanto, especialmente depois do que a professora McGonagall falou para os dois.

Olha só, o roto falando do esfarrapado. - Samara resmungou, respirando fundo. – Querem saber de uma coisa? Amanha tenho aula com o Batman, e não vou ficar aqui escutando sermão de alguém não tem moral para isso.

Empinou o nariz, e saiu, com Gina rindo nos calcanhares.

Hermione e Harry olharam questionando Neville.

Malfoy. E não quebrei a cara dele porque o Snape apareceu dois segundos depois que eu os encontrei.

Samara saindo com Malfoy? Neville, você bebeu? Malfoy esnobe daquele jeito...

Bom, eles estavam muito juntinhos, conversando e rindo. Quando me viu, Samara ergueu o queixo, e Malfoy me olhou, dizendo: "Procurando alguma coisa, Longbottom? Tipo a entrada da Grifinória?"

E Samara? – Hermione mordeu o lábio, para impedir-se de dizer alguma coisa.

Por incrível que pareça... ela ficou calada, com os olhos arregalados. - E apareceu o Snape, questionando o que nós fazíamos ali. Malfoy se borrou, mas Samara... Não sei se essa garota é louca, ou é corajosa demais.

O que ela disse? – Harry ficava às vezes abismado com a garota. Ela havia participado da AD no ano anterior, e sempre que podia, enfrentava os sonserinos.

"Boa noite, professor Severus. Sabia que as regras da boa educação mandam cumprimentar as pessoas antes de qualquer coisa?" ela falou delicadamente. – Neville imitou a voz de Samara.

Hermione e Harry o olharam com o queixo caído antes de caírem na gargalhada.

Está brincando.

Não. – ele balançou a cabeça. – Snape arregalou os olhos, os estreitando em seguida, e antes que dissesse alguma coisa, ela continuou: "Mas mesmo assim é muito bom vê-lo, especialmente porque eu estava perdida e o monitor Malafoy não queria me apontar o caminho até o Salão Principal, de onde eu consigo sem problema algum ir até a Grifinória. Sabe, eu fui fazer o meu dever de Astronomia na torre da mesma, e quando saí de lá não prestei atenção no caminho que tomei."

Acrescente que eu disse que provavelmente você tinha percebido que eu não estava no Salão Comunal e que tinha vindo atrás de mim, me procurando. – embora não gritasse, Samara tinha a voz tão gelada quanto a de Snape nos seus piores dias. E com certeza, nessas horas, a garota era muito mais assustadora.

Neville deu um pulo ao escutar a voz da garota.

Você não disse que ia dormir? – Hermione pediu, trocando um rápido olhar com Harry.

E perder essa troca de informações substanciais? Eu já vou, assim que Neville me agradecer por eu ter salvo as nossas peles.

Eu, agradecer? Escuta aqui, garota, em primeiro lugar, você não precisaria salvar a nossa pele se não tivesse ido se encontrar com Malfoy. Ou vai negar que vocês estavam quase se beijando?

Eu? Beijando a Doninha Albina? Ainda não tenho esse mau gosto, nem estou tão desesperada, Longbottom. Pois fique sabendo que... – como se percebesse que ia falar o que não devia, estalou a língua. – isso não é da sua conta! – Samara voltou ao tom gelado. – Só desci para pegar o meu lindo e maravilhoso livro de Poções, que a Gina fez o favor de deixar aqui embaixo.

Aqui está. – Harry o entregou para Samara, que depois de agradecer, lançou mais um olhar gélido a Neville, virou-se e saiu pisando duro.

A cada dia que passa, juro que ela se parece mais com o Snape. – Neville suspirou. – Mas acho que vou deitar, senão sou eu quem não vai acordar amanhã. E vocês dois?

Dever de Aritmancia.

Dever de Transfiguração. – os dois falaram juntos.

Hahã. Boa noite. – Antes de subir, ele olhou para eles. – Se Samara descer novamente, não a deixem ter a idéia de subir ao dormitório masculino, porque Dino ainda está com raiva dela.

Se ela subisse ao dormitório masculino, não ia ser para socar Dino. – Hermione comentou, tirando o livro que jogara em cima do mapa.

Mas eu concordo com o Neville. Samara parece muito com o Snape, não fisicamente, é lógico. Aquele par de pernas é...

Harry Potter! Samara gosta de ouvir elogios, sabia? – Hermione tinha a cara fechada.

Pena que não da minha boca.

Quem mandou você dar um fora nela quando ela te convidou para o Baile de Inverno?

Se arrependimento matasse... O que você quer do Mapa do Maroto?

Onde o Snape está agora?

Deixa ver... Masmorras. E tem alguém com ele. Um tal de... Dynduawndy.

Dynduawndy? Que espécie de nome é esse?

Dynduawndy está onde? – os dois pularam ao escutarem a voz de Dobby. – Desculpe, Harry Potter, Dobby não queria assustar um bruxo tão bom, mas Dynduawndy é muito amigo de Dobby, é sim.

Você é amigo de Dynduawndy?

Claro, senhorita Hermione Granger... Dynduawndy serve aos seus mestres com devoção, ainda mais que sua mestra é uma bruxa com um coração tão bom... Dynduawndy poderia ter sido libertado, foi a primeira coisa que a sua senhora quis fazer quando se tornou mestra dele, mas Dynduawndy não quis. Aliás, nenhum dos elfos quis deixar a casa do seu senhor desde que ele casou com a bruxa de coração bom. Ela nunca deixou o amo de Dynduawndy castigá-lo, nem o fez antes do casamento...

Dynduawndy serve a quem Dobby?

Isso, Harry Potter, Dobby não pode falar Dynduawndy pediu segredo a Dobby. E Dobby sabe guardar um segredo, muito bem. Dynduawndy faz qualquer coisa por seus mestres, qualquer coisa mesmo. Até morrer se for preciso.

Dobby você não tem que fazer o seu serviço? – Harry o lembrou, recebendo um olhar irritado de Hermione.

Ah, Dobby tem que ir sim, desculpe por incomodar um bruxo tão bom... Dobby vai fazer o seu serviço agora mesmo. E não vai incomodar mais o estudo de Harry Potter.

Dobby tem direito a descansar um pouco, você não acha?

Hermione, olha agora. – os balões com os nomes haviam desaparecido.

Isso quer dizer...

Se o bruxo a quem Dynduawndy serve pediu Snape, não acha que o elfo poderia vir até aqui e usar um dos seus poderes?

Harry, bruxos de coração bom não seqüestram pessoas.

Mas bruxos de coração bom às vezes precisam matar pessoas, Hermione. – Harry levantou-se.

Hermione suspirou.

Está indo para onde, Harry?

Masmorras. Ver se consigo descobrir alguma coisa sobre esse sumiço do Snape.

Alguma coisa está me dizendo que nós vamos nos encrencar.

Eu não pedi para você vir junto comigo.

E quem disse que eu deixaria você ir sozinho?

Harry e Hermione andavam o mais rápida e silenciosamente que podiam. Chegando às masmorras, entraram na sala de aula que estava só com a porta encostada.

O que vamos procurar? – Hermione cruzou os braços.

Vamos saber quando acharmos. – bufou com a resposta de Harry. O olhar de ambos foi atraído pelo luar, que incidiu diretamente na mesa do professor de Poções. De diferente, havia um livro, de capa azul clara em veludo. Hermione e Harry se aproximaram da mesa, e após uma troca de olhares, colocaram as mãos ao mesmo tempo.

Imediatamente, escutaram um zumbido, e foram puxados pelo umbigo, num volteio que os sugou.
Todos temos luz e trevas dentro de nós, o que importa é o lado no qual decidimos agir, isso é o que realmente somos!

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Re: duas mulheres

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Alguém envolto em capas negras subia apressadamente as escadas. Harry e Hermione mal tiveram consciência disso, antes que dois elfos domésticos aparecessem na frente dos dois. A expressão dos elfos era algo entre curiosa e indignada.

Quem pensam que são, invadindo a casa do meu mestre, sem a autorização dele?

Quem falou foi o elfo marrom, com as orelhas pontiagudas, olhos como os de Dobby. Ele pareceu reunir coragem para enfrentá-lo, mas quando o fez, não demonstrou medo nas atitudes.

Desculpe, mas você é Dynduawndy? – Hermione perguntou, educadamente.

Não, não. Não sou Dynduawndy. Sou Dyndy. E a senhorita, quem é?

Sou Hermione Granger. Esse é Harry Potter, nós estávamos em Hogwarts, quando...

Hogwarts? Harry Potter? – os dois elfos se encararam antes de virarem-se para eles. – O mestre não vai gostar nada de saber que Harry Potter está na casa dele. E muito menos com essa menina abelhuda!

Ei, Hermione falou com educação... – Harry protestou, sendo ignorado por Dyndy.

Dobby pode ser uma vergonha, Harry Potter, mas Dyndy sabe muito bem quem essa garota é: uma abelhuda que quer que Winky traia seus amos! – ele respirava furiosamente, os olhos em chamas.

O mestre vai ficar furioso se encontrá-los aqui, Dyndy. Nem mesmo a senhora vai conseguir acalmá-lo... – o outro elfo falou finalmente, a voz esganiçada revelando o medo que sentia pelos dois.

Tem razão, Flor. O mestre vai ficar muito bravo... E vai brigar conosco se encontrar esses grifinórios aqui. – Ele pareceu ponderar por um momento o que fazer, mas quando uma voz masculina gritou o seu nome, ele pareceu tomar uma decisão. – Esconda eles onde o mestre não os procurará, Flor. Senão... Até mesmo a mestra não poderá nos ajudar. – ele praticamente voou para cima.

Venham com Flor, venham logo! – o elfo fez um sinal para os dois. – Cuidado com Dyndy. Ele está muito, muito bravo com Hermione Granger. Não aceita que Dobby tenha conquistado a liberdade, nem que a senhorita tente fazer Winky gostar da liberdade...

Vocês falaram em uma mestra.

Ela está fora, senhorita. Flor devia estar com a senhora, ao invés de ficar na mansão, mas o mestre não permitiu... Embora se amem muito, costumam ter discussões terríveis, e a mestra bateu a porta! E é tão delicada... O mestre não devia gritar tanto com ela. - Ela respirou fundo, como se tentasse se acalmar.

Flor, como você pode falar sobre...

A mestra permitiu... Disse que enquanto fosse casada com o mestre, os elfos...

FLORRRRRRRR! – a mesma voz masculina gritou novamente, fazendo a elfa dar um pulo.

Por aqui, ligeiro, ligeiro! – ela os conduziu até a cozinha, e quando chegou lá, os empurrou para dentro de um armário, ignorando os outros dois elfos que estavam na cozinha. O armário de tamanho extremamente reduzido obrigava Harry a se curvar, e os dois a permanecerem com os corpos muito juntos.

Uma pequena fresta deixava ver uma cozinha brilhando de limpa, com uma mesa onde havia uma jarra, com um liquido transparente e três copos, dentro de uma bandeja.

Minha tia ia adorar essa limpeza. – Harry resmungou, antes de tentar se ajeitar melhor.

Harry James Potter. Mexa-se um milímetro que seja e eu vou providenciar que Voldemort não vai ter o prazer de te enfrentar. – Hermione sentia o rosto em brasa.

Desculpe, Hermione, mas...

Shh! – eles escutaram o homem entrando na cozinha como um furacão, seguido por mais dois homens enquanto discutiam.

Escute aqui, Severus, a questão é muito simples: ela morrendo, tudo volta ao normal.

Esqueça Henry. Fiz uma promessa há dezesseis anos atrás e vou cumpri-la, não importa o que me custe.

Até sua vida? – o tal Henry não parecia desistir.

Esse é um preço muito pequeno a ser pago.

Henry, Severus fez uma opção. Cabe a todos respeitar essa opção.

Como você pode ser tão conformista, Lupin? Achei que lobisomens fossem mais...

Já basta os comensais serem sanguinários, Henry. E não vou voltar atrás na minha decisão. – Snape estava gelado.

Depois dizem que capricornianos não são teimosos. – Henry sentou-se à mesa, de frente para o armário. – mas se algum comensal entrar aqui, se descobrirem o que há no sótão...

Os elfos sabem o que fazer. E não vou mudar minha postura só por conta da sua incompetência.

Se alguém me dissesse há algum tempo atrás, que eu te veria dizendo isso...

Já arrisquei muito ao permitir que Lupin soubesse o que há no sótão e não vou deixar que mais ninguém entre lá. Estou sendo claro, ou preciso escrever e registrar em cartório? – O tom sarcástico e gelado não fez o homem à sua frente nem piscar.

Está tão irritadinho assim por que? Pegou algum sonserino agarrado a uma grifinória?

Henry, Severus tem os próprios motivos para não querer que essa estória se espalhe. E tem mais: enquanto você for um medi-bruxo e membro da Ordem, acho que os juramentos que fez devem ser respeitados.

Isso se esse imbecil souber o que é respeito.

Não precisa gritar aos quatro ventos que me ama, Severus, senão minha mulher me faz dormir no sofá... E ele é bastante desconfortável. – Henry e Lupin riram, mas Severus soltou um muxoxo.

Quem mandou se casar com uma megera?

Definitivamente – Henry colocou água em um copo e depois de olhar um Lupin surpreso, pelo comentário de Severus. – permanecer muito tempo ao meu lado tem afetado a mente do professor Snape. – Lupin e Henry caíram na gargalhada, com a careta de Severus.

Qualquer pessoa de mente sã enlouqueceria ao escutar seus comentários imbecis.

Quem foi o sonserino? Ou melhor perguntando, com quem que Samara Sanders estava?

Draco Malfoy.

Definitivamente, a garota não tem bom gosto. Se o garoto parece um pouco com a ameba do Lucio, a garota tem o mesmo dedo podre da Narcissa para escolher homens. Se bem que Samara ainda tem solução, já que se Draco realmente gostar dela, vai precisar de muita coragem para enfrentar os pais dele. Olha, que se eu estivesse na posição dele, não hesitaria um instante. Aquela garota tem um corpo muito atraente, aliás, a...

Continue a falar Henry, e quem vai precisar de um medi-bruxo é você. – Severus o cortou bruscamente.

Henry sorriu, antes de fingir passar um zíper na boca.

Esse assunto morreu. Mas o que você pretende fazer para acalmar você-sabe-quem?

Não creio que eu lhe deva dar detalhes do meu plano, Henry. Mas o principal é que Potter não pode de maneira alguma sair de Hogwarts.

Se fosse só filho do feioso do Tiago, ia ser meio difícil isso acontecer. Mas como também é filho do anjo ruivo... – Henry pareceu ficar pensativo. – bom, já passa da meia-noite.- ele comentou, ao escutar o relógio antigo que bateu as horas na sala. - Se eu chegar a essa hora na minha casa, o sofá vai ser minha cama. Lupin, não sei quanto a você, mas eu vou me retirar. A cama do meu quarto parece pequena, por não ter nenhuma deusa de cabelos castanhos, mas pelo menos vai servir de repouso para meus velhos ossos.

Concordo com você. – Lupin ergueu-se espichando os braços. – é uma longa caminhada até minha casa, mas...

Os dois vão permanecer aqui. Falei com o diretor Dumbledore a respeito desse assunto e ele concordou comigo, que era melhor ter proteção a mais do que apenas os elfos.

E os meus pacientes?

Espera que os Longbotton irão se recuperar em dois dias?

Os danos, embora graves, eu considero sim, Severus, que possam ser revertidos. Ter fé foi o motivo por eu ter escolhido essa profissão.

Fé. Que grande babaquice. – o tom de deboche deixou bem claro o que pensava sobre o assunto.

É preferível ser um babaca com fé, que um idiota que acredita que a ciência tem todas as soluções, Severus Snape. E principalmente não acredito que seja você que esteja me dizendo isso. A maior prova está lá em cima.

O que está lá em cima é o meu passado, Henry. Nada mais que isso. O meu passado. – ele falou, antes de suspirar cansado.
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Re: duas mulheres

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Primeira aula, Grifinória com Sonserina, quinto ano. Todos pareciam estar com sono, menos Samara Sanders. Snape distribuiu as redações que havia corrigido, imaginando quando a explosão do dia aconteceria. Isso porque, desde o terceiro ano, Samara o afrontava todas as vezes que pisava na sua sala de aula.

Quando viu a nota que tirara, Samara falou algumas palavras que Snape sequer imaginava que ela conhecia. Estreitou os olhos, quando percebeu que ela não ia de imediato enfrentá-lo. Sinal que a briga ia demorar tanto para acontecer como para acabar.

No fim da aula, Samara colocou o rabo de lagartixa no caldeirão, provocou uma pequena explosão, resultando que o líquido viscoso que borbulhava transbordasse um pouco. Meio que acostumada a esse acontecido, Samara não sofreu nada, já que no instante em que percebeu o que ia acontecer, pulou para trás, derrubando Joan Brett, uma sonserina, que costumava ter ataques de mal-humor (e era com quem Samara preferia brigar).

Sua... estúpida! Sangue-ruim imbecil! – Joan gritou, levando no segundo seguinte um soco direto no olho.

Os grifinórios trataram de puxar Samara, enquanto os sonserinos puxaram Brett. As duas haviam se engalfinhado. Severus deixou os ânimos se acalmarem um pouco antes de intervir.

Devo dizer, que não estou surpreso com a inabilidade de certas alunas... Vinte pontos a menos para a Grifinória pela estupidez de Sanders com a poção do esquecimento, coisa que qualquer criança do primeiro ano faz, e mais quarenta pela agressão à colega.

Snape falou calmamente, provocando uma onda de indignação nos grifinórios.

Tudo bem, professor. E quantos pontos da Sonserina? Pois se eu muito me engano, Brett me agrediu primeiro, com palavras. – Samara tentou ao menos tirar alguns pontos da sonserina.

Sanders,inabilidade com as palavras geralmente causa problemas, e Brett apenas expressou-se mal. – Samara cerrou os dentes. Antes que pudesse raciocinar, argumentou.

Ah, Brett apenas expressou-se mal... Interessante. Então quer dizer que na minha redação, que demorei uma semana escrevendo, revisando e acrescentando tópicos extremamente importantes, eu me expressei mal?

Exatamente. Agora, trate de limpar...

Desculpe professor, mas eu não concordo. Draco leu, corrigiu a minha redação e me disse que a comparou com a de Brett, e afirmou que a minha estava muito melhor. – quando percebeu que todos a encaravam, ela tapou a boca, com os olhos arregalados. – Falei demais. – ela murmurou, prendendo o ar.

Malfoy leu a sua redação, a corrigiu e comparou com a de Brett? – o tom suave de Snape parecia a bonança antes da tempestade. Samara soltou o ar lentamente.

Óbvio que ele cobrou um preço para fazer isso, professor Snape. Ou o senhor acha que o monitor Malfoy consegue agir como uma pessoa normal?

E qual foi o preço cobrado pelo senhor Malfoy, Sanders? – ele ignorou o fato dela estar tão vermelha quanto os cabelos de Gina.

Isso, professor, o senhor deve pedir a ele... Pois eu duvido que o monitor vá me devolver o que paguei. Aliás, nem tem como ele devolver. – ela conseguiu dar um riso nervoso.

Nunca Samara ficou tão agradecida pelo sinal ter batido naquele instante. Os alunos que estavam paralisados começaram a se mexer no mesmo instante, os sonserinos continuando a olhar Samara como se ela estivesse mentindo. Os grifinorios, como se ela fosse louca. Quando estavam saindo, Samara estava ao lado de Virginia Weasley falando alguma coisa como “queria que eu dissesse o que?”, Severus terminou o que pretendia.

Sanders, às oito horas em ponto, esteja aqui.

Mas professor... – ela tentou protestar, mas antes que pudesse formular a frase, ele a cortou.

Você escutou.

Desculpe. – ela falou rudemente. – Mas eu já tenho um compromisso para essa hora.

Não venha na detenção, Sanders, e a Grifinória perde cem pontos. – ele a ameaçou.

Está certo, professor. Mas se o senhor não estiver aqui? Ainda estou em detenção?

Me ameaçando, Sanders?

Só fiz uma pergunta, professor Snape. Embora a aula tenha já terminado, essa dúvida me surgiu do nada. – a ironia era palpável.

Se eu não estiver, Sanders, o que não acontecerá, se eu não estiver, vou designar um dos monitores da Sonserina para cuidar da sua detenção.

Algum dos monitores ou um monitor especifico? Sabe, tem uma enorme diferença entre...

Saia. – Samara não esperou segunda ordem. Severus sentou-se, suspirando. - essa garota ainda vai me enlouquecer.

Meio-dia, Snape se encaminhava para o salão principal quando escutou a voz de Samara chamando por Malfoy. Discretamente foi até onde escutaria a conversa dos dois.

Escuta aqui, Draco, sinceramente, estou pouco me lixando para o que o resto da escola vai pensar. Nós temos um acordo, ou será que a florzinha vai amarelar?

Sanders, você percebeu a idiotice que fez? Agora todos vão comentar, e decididamente, você acha que eu iria perder o meu tempo... Professor Snape. – Draco se enrijeceu, e Samara se encostou displicentemente na parede, lançando-lhe um olhar desdenhoso.

Borra-botas. – o insulto não teve nenhuma direção especifica. Vagou o olhar para um ponto atrás de Snape, não o tendo no seu campo de visão.

Cale a boca, Sanders. – Draco imaginou o que poderia piorar. Samara só mostrou-lhe a língua. Severus fechou a cara.

Que bom encontrá-lo junto a Sanders, Malfoy. Assim você pode me explicar o que ela disse durante a aula.

Isso vai ser meio difícil, professor, já que eu já tive três aulas, e falei muito com os...

Sanders, estou falando com Malfoy. Mais uma palavra sua, e não me responsabilizo pelos meus atos.

Que estressado professor. Se o senhor fosse trouxa, eu recomendaria um massagista que trabalha perto da minha casa. – fechou a boca com o olhar gélido que ele lhe deu.

Estou me referindo a uma certa redação. E então?

Ah... Bem, eu... posso explicar. – Draco estava sem jeito.

É por isso que estou esperando. – Snape perdeu a paciência. Especialmente por Samara estar quase gargalhando. E não adiantou de nada o olhar gelado.

Desculpa professor, mas é muito engraçado isso. Especialmente a cara dele.

Que eu saiba, não tenho cara de palhaço. – ele ficou indignado.

Devia se olhar de vez em quando no espelho. – Estava dando tempo para ele pensar numa resposta, era óbvio.

Sanders. Suma da minha frente. – pela segunda vez no dia, Snape a mandava sair.

Ainda estou em detenção?

Sim. – o tom irritado arrancou um sorriso na garota.

Não se pode vencer todas, que peninha... tchauzinho, professor, até a noite. – ela balançou a mão, sumindo no corredor.

Uma explicação simples, e rápida Malfoy. – o tom irritado não deixava dúvidas que se mentisse, Severus perceberia.

Sanders me pediu para ajudá-la com poções. Resolvi fazer isso. Simplesmente.

E qual o pagamento?

Pagamento?

Malfoy, minha paciência acabou quando essa garota abriu a boca pela primeira vez. E então? Qual o pagamento que você exigiu? E que não pode devolver?

Acho que com todo o respeito, professor, isso não deve ser comentado pelos corredores. – ele reuniu toda a dignidade que pode para responder isso. Snape tentou ler-lhe a mente, mas Draco estava pensando em... Fogo?

Malfoy, vá almoçar. – Snape ordenou, sendo rapidamente obedecido. Draco não escondeu o alivio de sair dali.

Santo Merlin...

“ - Ei, monitor Snape! Severus, deixe de se fingir de surdo e pare um instante. – A garota loira tinha a respiração levemente acelerada.

– Não me chame de Severus, não lhe dei essa intimidade, Cavendish.

– Sabe muito bem meu nome, e que não é Cavendish. Será que pode me escutar por cinco minutos sem essa cara de arrogância?

– O que quer? – ele retrucou, altivo.

– Diversas coisas. Dinheiro no banco, um namorado decente, a paz mundial... – a risada saiu espontaneamente.

– Muito engraçada. – Severus recomeçou a caminhar.

– Sabia que mal-humor mata? Se não, faz envelhecer cedo. Prometo que não faço nenhuma gracinha, se parar um pouquinho.

– Não me encoste! – Severus reagiu como se água fervente o tivesse tocado, no instante que ela o tocou no braço.

– Então para de fugir feito um imbecil e me escuta. – ela fez a volta e parou na frente dele, os olhos azuis encarando os olhos pretos. – É muito simples. Quero te pedir quanto você quer ganhar para me ensinar Poções.

– Não pode pedir a Lupin ou à monitora sangue-ruim?

– Remo está com problemas, e... quem é a monitora sangue-ruim que você está falando?

– Não aja como uma idiota. Sabe muito bem que me refiro à outra sangue-ruim da grifinória.

– Outra sangue-ruim... Nossa, pensei que você ao menos fizesse uma distinção especial para Lílian. – ela sorriu novamente. – Mas como não é o caso... Será que pode me ensinar Poções?

– Por que?

– Por que? Você não acha que ser considerada um trasgo nessa matéria já não é o suficiente?- ela sorriu, como se tivesse feito uma grande piada.

– Por que não pode pedir à sangue-ruim?

– E por que não aprender com o melhor? Severus, você é...

– Cavendish, lisonjas baratas, embora combinem perfeitamente com você, não fazem o meu gênero.

– Ui, essa devia ter me ofendido, mas se consigo aturar as cantadas idiotas de Sirius, sem bater tanto nele, acho que consigo ignorar essa ofensa. A situação é simples: sou uma trasga em poções, você é o melhor, e arranjo o dinheiro que for preciso para pagá-lo. Então? Negócio feito?- ela estendeu a mão para cumprimentá-lo, mão que foi ignorada, e o sonserino passou adiante. – Tá legal, eu confesso: considero você o cara mais inteligente de Hogwarts. Satisfeito? Lílian está tentando me ensinar, mas definitivamente a única coisa de Poções que consegue entrar na minha cabeça são as detenções com o Smith. Fora isso, nada.

– E daí? – Severus não parara, mas a garota fora atrás.

– Daí? Você olhou os requisitos para Auror? Lá está escrito em letras garrafais: PO-ÇÕES! Nas outras matérias, acho que tenho chances de passar, mas em poções... Nem se eu fizesse um strip-tease e ficasse completamente nua no meio do salão teria alguma chance nos requisitos mínimos.

– E pretende me pagar como? Você vende seu almoço para comprar o jantar!

– Isso já não é da sua conta, e embora meu pai não seja milionário, eu tenho minhas economias, e posso muito bem fazer bicos. Não tenho medo de trabalhar para pagar meus estudos, monitor Snape. Vamos lá, Severus, seja camarada.

– Cavendish, esqueça. Eu não vou me sujar aceitando pagamento de uma sangue-ruim.

– Então pode encarar o meu estudo como um desafio, uma revisão de matéria, o que quer seja. Mas por favor, ME ENSINE POÇÕES. – ela praticamente implorou. Quando ele parou, se virando, ela sentiu o coração parar de bater por um instante. O sorriso desdenhoso, marca registrada de Snape, estava lá.

– Não. – disse simplesmente, antes de continuar a andar e entrar no Salão principal.”

Professor Snape, o senhor está bem? – Luna Lovegood o estava encarando com um olhar diferente do habitual.

Estou.

Não parecia. Tinha o olhar tão distante... – Se Luna Lovegood tinha achado o seu olhar distante, uma coisa era certa: os outros alunos deviam estar achando que ele enlouquecera. A ignorou, e foi para o salão principal.

Todos temos luz e trevas dentro de nós, o que importa é o lado no qual decidimos agir, isso é o que realmente somos!

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Re: duas mulheres

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cap 4

Capítulo 4
Detenção





Vamos lá Sanders, o que resulta se misturar aranhas secas, junto a sangue de lagartixa e escama de robalo?

Um chupa-cabra dançando tango? – a resposta veio displicente. Enquanto cumpria a detenção, Severus ia lendo em voz alta as redações do primeiro ano. Ao escutar a resposta, ele suspirou.

Pode só me dar um motivo pelo qual você conseguiu passar de ano? Ou melhor, por que deixei você estar no quinto ano?

Vai ver o senhor já não me suportava no primeiro ano, e quer se ver livre de mim o mais rápido que pode. Acertei? Agora, posso sair?

Enquanto não responder uma questão que eu lhe fizer sem gracinhas e acertar, nem sonhe com isso.

Quer dizer que estou condenada a essa prisão gelada pela eternidade afora? Puxa, se soubesse disso, tinha aproveitado e matado a Brett. Pelo menos eu teria me divertido um pouco.

Sanders. Use o cérebro que eu acho que você tem. Por que sangue de lagartixa não deve ser misturado a amonema?







“- Sirius Black espero que você tenha um motivo muito bom para me mandar uma coruja, marcando um encontro nessa masmorra gelada, senão eu arranco seus olhos. – uma loira irritada bateu a porta. – Severus? O que está fazendo aqui?

– Esperando uma ignorante entrar. Achei que quisesse aprender Poções comigo.

– É claro que quero! Só que achei que você não quisesse de jeito nenhum me ensinar.

– Mudei de idéia. Por que não está com seus livros?

– Porque achei que a carta tinha sido mandada pelo Sirius. Estava louca para dar uma surra nele.

– É humilhante a maneira que você o trata. Por que ele se sujeita a isso? E por que achou que tinha sido Black que mandou a carta?

– Tenho uma teoria a esse respeito. Algo entre ele gostar de ser humilhado por uma garota e uma aposta idiota. Mas com certeza você não vai querer ouvir. E a segunda pergunta... estava assinado SS. E não convivo com mais ninguém com SS. Quer dizer, tem você, mas achei que não fosse mudar de idéia, ou me escrever.

– As iniciais de Black são SB, não SS.

– Sirius Salafrário, Sacana, Sacripantas, Semvergonha... Tem tantos apelidos que coloquei em Sirius, com a letra S que achei que ele tivesse incorporado o personagem, entende? – ela se aproximou dele, cautelosa.

– Entendi. Já que não trouxe o material acho melhor se sentar logo ao meu lado, para conseguir ler algumas das minhas anotações. O que está esperando? – Severus ergueu a sobrancelha, com o rosto impassível.

– Quero antes saber quanto vai me custar. Milagres assim não acontecem todos os dias. Ou melhor, podem acontecer, contanto que Lílian e Tiago estejam namorando firme. E então?

– Você é muito desconfiada. Não vai lhe custar nada. Apenas decidi... Que se eu puder lhe ensinar Poções para conseguir os Nom’s...

– E os Niems também. – ela o cortou.

– Está certo. Como estava dizendo, se eu puder lhe ensinar Poções para que você consiga tantos Noms quanto Niems suficientes, vou estar cumprindo o meu dever com a humanidade.

– Você está muito bonzinho pro meu gosto. Ou melhor, está dando uma esmola do tamanho do Gringotes. O que aconteceu? Quem eu vou ter que espionar para pagar esse favor que você está me fazendo?

– Ninguém, Cavendish. Eu apenas pensei em fazer uma caridade. – ele se irritara. – Mas já que você não quer, não sou eu quem vai insistir. – ele se levantara, arrumando os pergaminhos que havia aberto diante de si.

– Desculpe. Acontece que não consigo entender a razão pela qual você ter mudado de idéia tão rápido, e sem motivo algum.

Snape franziu o cenho.

– Ter mandado Black para o quinto dos infernos no meio do salão principal não é motivo suficiente?

– Para mim não seria. Faço isso a todo instante. – ela deu de ombros. – mas se estiver mesmo disposto a me ensinar, não discuto mais. Quando eu puder, na primeira oportunidade, te pagar de verdade, faço isso.

– Achei que eu tivesse dito...

– Ser um Cavendish significa ter orgulho de poder ter o nome limpo, Severus Snape. E sempre segui essa regra. Sem dívidas materiais ou morais. Aceita minha oferta? – ela estendeu a mão, esperando que ele concordasse.

– Bonito discurso, Cavendish. Mas acho que isso não vai te dar pontos em Poções. – ele apertou a mão dela, fazendo os olhos da garota se arregalarem. – O que foi agora?

– Acabo de presenciar o segundo maior milagre desde a concepção miraculosa e você não quer que eu fique admirada?

– Segundo maior milagre?

– Óbvio. Por que o primeiro ainda está longe de acontecer.

– E seria a sua formatura como Auror? – ela exibiu um sorriso malicioso.

– Se algum dia o que eu considero como milagre acontecer, eu te aviso, não se preocupe, Severus. E pode me chamar pelo meu nome, que é Cassandra.

– Escute, Cavendish: o dia que eu lhe chamar pelo nome, o inferno vai congelar.

– Ou melhor: essas masmorras vão estar quentes como o Egito. Porque a minha concepção de inferno é essa: masmorras congelantes até no verão. Pode me emprestar uma pena e um pouco de tinta? É para fazer uma anotação: sempre carregar, a partir de agora, um casaco. É para não morrer de pneumonia dupla. – ela deu um sorriso simples a Severus, que revirou os olhos.”






Novidades na escola? – Severus virou a cabeça, ao escutar a voz pastosa de Henry.

Não disse que ia estar na sua casa?

Minha sogra está lá. E definitivamente, a velha, apesar de trouxa, não passa de uma bruxa ranzinza e mal-acabada. E uma mulher grávida, me deixando louco com pedidos tipo, “amorzinho, pode ir me buscar um pote de geléia de morangos?” e quando chego com o bendito pote, ela diz “ encontrei um restinho de sorvete de morango no congelador. Já matei minha vontade. Mas agora... Será que você podia ir buscar uma conserva de ovos?”. Obrigado. Sem contar que aqui ao menos tenho algo para me divertir. A amo, mas às vezes tenho vontade de esganá-la. Ah, e Lupin caiu fora.

Eu disse para os dois ficarem por aqui.

Você não estaria tão irritado se fosse só por isso. O que aconteceu? Sanders estava agarrando Malfoy no corredor por acaso?

Potter e Granger desapareceram. E apesar das suas gracinhas, pelo visto o namoro de Sanders e Malfoy é sério. Ele corrigiu um trabalho de Poções dela.

Henry assobiou.

Sonserino corrigindo trabalho de grifinória... Decididamente, vai acontecer um casamento. Vou adorar ver a cara que Lucio vai fazer. Se ele não agüentava Angie, imagina ter uma Samara Sanders na família. Aquela garota vai botar fogo na mansão.

Quando a conheceu?

Sanders? Ano passado, quando me chamaram para ver aquele seu aluno que tinha sido preso no banheiro. Por mais imbecis que os sonserinos sejam, duvido que o idiota tenha se prendido sozinho.

Sonserinos imbecis, idiotas... Sabe com quem está falando?

Com o Chefinho Supremo? Por que? Eu deveria ter medo? Por mais poderoso que você seja, ainda precisa de mim, né Sevinho? – um sorriso convencido brotou nos seus lábios.

Weasley, por mais cabeça oca que você possa ser, isso não lhe dá intimidade para... Lupin! A próxima vez que entrar, trate de avisar antes.

Desculpe, Snape, mas eu tinha que tomar algumas providências. Henry,está tudo sob controle?

A única coisa que não está sob controle é o humor de Severus. Sanders está mesmo namorando Malfoy. – Henry pareceu se divertir, quando informou a Lupin.

É mesmo? – ele ergueu a sobrancelha. - Pensei que ela tivesse mais bom gosto para escolher namorados.

Granger e Potter desapareceram. – Severus informou novamente, ignorando o comentário de Lupin.

Como? – Lupin ficou pálido.

Por que vocês estão tão estressados? Provavelmente eles estão matando as aulas.

Não é do feitio de Hermione matar aulas, Henry. Ela é estudiosa, inteligente...

Uma legitima sabe-tudo. – Severus completou, recebendo um sorriso de Henry.

Que mania vocês tem de me interromper justo quando eu vou chegar na parte mais interessante.- ele reclamou. - Eu estava dizendo que provavelmente eles estão matando as aulas, para namorar um pouco. São jovens, e só porque vocês dois não tiveram essa brilhante idéia quando estavam no colégio, ela é colocada em prática com muita freqüência, sabiam?

Eles são apenas amigos, Henry. – Lupin pareceu por um momento imaginar se a hipótese levantada por Henry pudesse ser real.

Pelo que me lembro, Lílian Evans e Tiago Potter não desapareceram por uns dias também, quando estavam no sétimo ano? E quando voltaram, não estavam namorando?

Os outros dois suspiraram, antes de subir as escadas sem responder.



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plano

– Você está pensando em fazer o quê? – Henry não se preocupou com o volume da sua voz ecoando pela casa.

– Ficou completamente louco. – Lupin encarava Severus como se ele tivesse duas cabeças. Severus deu um sorriso debochado.

– É bom saber que vocês gostaram do plano. Justamente por eles pensarem que eu não seria capaz de...

– Severus, só não te passo um atestado de loucura agora mesmo, porque senão eu é que vou ter que te aturar na ala psiquiátrica. – Henry passou a mão pelos cabelos vermelhos. – Merlin, e eu que já achava que os seus neurônios não batiam bem há dezesseis anos, agora tenho a comprovação que você é um louco. Louco perigoso.

– Obrigado pelo incentivo, Henry. Mas não me interessa a sua opinião pessoal. Acham que o plano tem chances de dar certo?

– Se tivesse saído das cabeças dos gêmeos as chances seriam muito melhores. – Henry murmurou, após um instante. – só para lhe avisar: se sair algo errado, pode ir dando adeus a essa cara de morcego. Porque Você-Sabe-Quem é trouxa, mas não tanto.

– Lupin? – Severus ergueu a sobrancelha.

– O plano é tão... – ele suspirou. –Sirius jamais teria concebido uma coisa ao mesmo tempo tão idiota como brilhante.

– Que bom saber disso. Então vou mandar os convites agora mesmo.

– Não devia estar trabalhando, ao invés de ter idéias de...

– Caso não tenha percebido, eu estou trabalhando.

– Ah, certo, escrever cartinhas de amor aos Comensais agora justifica o salário de professor de Poções... E por falar nisso, como ela é? Me refiro a Samara. Boa nessa matéria?

– Catastrófica é um termo mais adequado. E não entendo esse seu interesse por ela. – ele ficou irritado.

– Ah, por nada. Tirar um sarro da sua cara por conta de uma grifinoria é muito divertido para que eu deixe passar em branco.

– Tem certeza de que os gêmeos são seus sobrinhos? Parecem filhos.

– Absoluta. Sem querer desmerecer Molly, ela me lembra um dragão soltando fogo pelas ventas. E além do mais, depois de ter feito um filho chato feito Percy, nada mais justo que Artur fizesse dois anjos feito os gêmeos. – Ignorou o olhar fulminante de Severus. - E assim, só por curiosidade, quem vai fazer a segurança? – Olhou para os dois e balançou a cabeça, quando percebeu que ambos o olhavam. – Estão me olhando desse jeito por que?

– Eu vou lhe explicar o que tenho em mente, Henry. Qualquer dúvida, Dyndy vai lhe ajudar.

– Não é nada mal, se considerarmos, que eu também vou lhe ajudar. – Lupin pareceu até divertido quando o outro grifinório fez uma careta. – Vai ser emocionante para mim passar um tempo fazendo nada.

– Por que eu tive que abrir a minha boca grande? - Henry franziu o nariz. – Mas o diretor sabe que você teve esse plano maluco?

– Com o desaparecimento de Potter, as chances dele dar certo são maiores.

– Que desaparecimento. Ele está escondido em algum canto do colégio, namorando a tal de Hermione Granger. Aposto dançar cancan nisso. E vestido a caráter!

Do nada, Lupin começou a rir.

“Uma Cassandra contente entrou na sala, sorrindo muito, enquanto cantava meio desafinado.

– Oi, Severus! O dia não está esplendoroso? – a pergunta foi desproposital, pois uma chuva que não parava há dois dias, o prenúncio de um inverno gelado. Cassandra odiava o inverno, repetindo isso a cada aula que tinham. – Ai, se eu pudesse escolher um dia para morrer feliz, escolhia hoje.

– O que aconteceu? Está muito contente para o meu gosto.

– Só porque você tem o humor de um limão azedo, não quer dizer que as outras pessoas tenham que ter o mesmo humor, certo? – Ela começou a tirar o livro de Poções da mochila. – E além do mais, eu estou muito, muito, muito feliz mesmo para me irritar com qualquer coisa... A não ser que Sirius apareça aqui do nada. Aí vou ficar irritada. Quer chocolate? – Ela ofereceu uma barra, que Severus recusou com a cabeça.- Não sabe o que está perdendo. – ela deu uma mordida no chocolate.

– Qual a razão dessa alegria toda, pode me contar? – ele tinha ficado curioso.

– Lembra da prova de Poções? Bom, duas semanas atrás, Sirius fez o favor de como sempre me encher a paciência. E ele estava querendo apostar que se ele tirasse uma nota mais alta que eu, que iríamos ir a Hogsmead. Se fosse eu, eu escolheria o que quisesse.

– Você fez essa aposta idiota?

– Fiz, porque tenho um professor de Poções que apesar de ser um charme comigo, é muito bravo com a questão de horário. – Riu da careta que Severus fez.- E adivinha quem venceu? Se quiser, eu lhe respondo: uma linda garota loira com um cérebro que está começando a funcionar graças a um certo sonserino. Só que eu tenho uma dúvida cruel, Severus, e antes que me xingue, poderia me ajudar com ela?

– Você não vai me deixar te explicar nada antes que me diga, não é?

– Exatamente! – ele balançou a cabeça mandando que ela prosseguisse, coisa que ela não perdeu tempo. – Bom, sei que vai ter um Baile, daqui a três semanas. E que a visita a Hogsmead é daqui a duas. Será que o Sirius vai ficar mais bonito com um vestido feminino de gala no baile tendo que convidar o Lucio Malfoy para dançar, ou na visita a Hogsmead usando uma minissaia mais curta que as que eu costumo usar e sandálias de salto alto, com maquiagem no rosto?

– Cavendish, você é diabólica.

– Eu? Diabólica? Sabe, depois que conhecer os meus irmãos, as pessoas costumam dizer que eu sou um anjo. Alias, estou te devendo uma coisa. – ela se levantou e deu um beijo rápido na bochecha dele. – Isso é por me ajudar a ganhar a aposta. – ela se sentou ignorando o olhar espantado dele.- Para que serve mesmo o sumo de...”

– Sirius quase apanhou das garotas, quando desceu com aquele vestido vermelho. – Henry se juntara as gargalhadas de Lupin.

– Pois ele quase apanhou mesmo quando convidou o Lucio para dançar... – Lupin completou, tentando ficar sério.

– Nunca imaginei que Narcisa tivesse tanto ciúme de Lucio. Vocês podem parar de rir e começar a se preparar?

– Que horas vai começar o ‘grande’ evento? – Henry ergueu a sobrancelha.

– Depois das nove. Antes Sanders tem detenção a cumprir.

– Detenção é? Depois sou eu quem não consegue se afastar das garotas. Velho pervertido! – Severus apenas olhou Henry, antes de ir até a lareira e voltar para Hogwarts.

Mas você está enganado, Lupin. Narcisa tinha ciúmes sim... do DINHEIRO do Malfoy.

Snape. – a voz gélida de Narcisa Malfoy não contribuiu em nada para melhorar a dor de cabeça que o professor de Poções estava sentindo.

– Sra Malfoy. Tão elegante como sempre.

– E você sempre galanteador. Espero que o convite que você me fez não seja relacionado a Draco.

– Na realidade, passa muito longe. Seu filho tem mostrado um comportamento exemplar.

– É mesmo? Engraçado, ouvi rumores muito diferentes a respeito disso. Draco por acaso está namorando uma nascida trouxa?

– Não que ele tenha me dito. – Narcisa o encarou levemente, como se estivesse aborrecida.

– Então, o que quer?

– Uma aliança. Consegui apurar, dentro de Hogwarts, alguns fatos interessantes.

– Tais como? – ela não tinha pressa em falar.

– Tais como? Bem, Lucio não pode mais andar livremente por aí, e digamos que se correrem certos boatos por aí... Talvez o Ministério, se for convencido que Lúcio está como direi... fora de seu juízo perfeito, concorde em colocá-lo em uma das alas do St Mungus.

– De onde ele pode fugir mais rapidamente. E como esses rumores se espalhariam, Severus? – o próprio Voldemort estava curioso.

– Essa é uma explicação que eu vou adorar ouvir. – Belatrix Lestrange apertou os olhos.

– Muito simples... Cobrando alguns favores, concedendo outros... Belatrix, use o cérebro. Se seu marido fosse persuadido a se entregar, com certeza todos achariam um sinal de burrice. Uma entrega especial assim, e Dumbledore vai acreditar que estamos nos desmantelando.

– E por que não usamos você como isca?

– Cale-se, Belatrix. Com os dementadores do nosso lado, isso até que faz sentido. Fingimos perder um descerebrado e recuperamos um cérebro... E com relação a Macnair, Nott, Crabe e Goyle?

Embora não tenha certeza, acredito que Milord queira cérebro, não músculos. E com Potter desaparecido, qualquer ação deve ser executada com precisão.

Esse é um dos motivos que lhe salvaram a vida, Snape. Seu cérebro. – Voldemort olhou com desprezo para Rabicho. – E sua fidelidade.
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