OPOSTOS - fic Sirius e PO

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tina_granger
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Re: OPOSTOS - fic Sirius e PO

Post by tina_granger »



sinceramente. esse video ta uma porcaria ou nao? sinceridade, por favor povo!
Todos temos luz e trevas dentro de nós, o que importa é o lado no qual decidimos agir, isso é o que realmente somos!

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Sirius Black[/


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capitulo 10 -- OPOSTOS - fic Sirius e PO

Post by tina_granger »

"Antes de buscarmos o perigo, torna-se indispensável prevê-lo e temê-lo; mas, quando estamos metidos nele, só nos resta desprezá-lo. "
(François Fénelon)

Beatrice estava terminando de redigir o relatório da semana, no pequeno escritório do supermercado, quando escutou batendo na porta. Tirando os olhos do computador, mandou quem que fosse entrar. Não ficou surpresa ao reconhecer Harry Potter, usando o colete do uniforme dos empregados, de um amarelo ovo, com o nome da rede de supermercados em roxo.
- Entre, Harry. Aconteceu alguma coisa? - ela pediu, voltando sua meia atenção para o computador. - Tenho que mandar isso em dez minutos, mas você pode ir falando.
- Eu posso esperar, sem nenhum problema.
Harry falou, observando ela. Beatrice usava um vestido floreado, de cores escuras. Um colar com crucifixo chamava levemente a atenção para o colo dela.
- Se você faz tanta questao assim de esperar... puxa uma cadeira e se senta. Só espero que essa porcaria de internet funcione bem, porque senão... Juro que volto à época medieval e vou começar a mandar os relatórios por pombo-correio. - Beatrice resmungou, enquanto voltava ao trabalho. Cantarolava uma das suas melodias favoritas, enquanto esperava a página abrir. Carregou o arquivo, enquanto fazia figa com a mão esquerda... quando apareceu na tela a informação, que a internet havia caido. - FILHO DE UMA...
beatrice estourou a dizer palavrões. Harry arregalou os olhos, enquanto escutava a mulher dizer todos os palavroes em uma lista que parecia não ter fim, enquanto pegava o telefone e discava um número.
- Veado, cretino, estupido, nojento... - Beatrice ainda resmungava, enquanto era atendida.
- O que aconteceu beatrice? - a voz masculina questionou bem humorada.
- O que mais poderia acontecer, Billy Willian? - ela ironizou. - O seu amado, idolatrado Michael apenas me entregou a parte dele no relatório a quinze minutos, eu praticamente tive que fazer um vudu para conseguir terminar todo o relatório a tempo de ser entregue no prazo e essa merda de internet cai justo na hora que eu estou enviando!
- Esse é o jeito do Michel carinhosamente lhe dizer que não admite, que uma pessoa mais jovem, e ainda por cima mulher...
- Billy Willian, eu estou falando sério! Se eu cometer o assassinato de Michel, você vai arranjar para mim o advogado mais lindo, cheio de charme e muito, mais muito gostoso MESMO, que vai convencer o júri que eu tive toda a razão para matar aquele verme!
- Faço melhor. Sequestro você da cadeia e vamos viver o resto das nossas vidas em algum paraíso tropical. O que você acha do Brasil?
= Acho que antes de você pensar em me sequestrar, deveria pensar que eu vou mandar esse relatório por pombo-correio!
- Pode me entregar hoje a noite, sem problema nenhum. - mesmo sem querer, beatrice podia ver o homem do outro lado da linha. Provavelmente, Willian Cavendish, Billy Willian como ela a chamava, apesar de ser quase sete anos mais velho que ela, estava naquele momento passando a mão nos poucos cabelos restantes. Willian desde que pusera os olhos nela, havia decido que ela seria uma boa esposa para ele... E por mais negações ele tivesse ganhado, não desistia. Ele até tentara comprar Dean, mas quando criança o filho, literalmente, fizera uma banana para as pretensões do homem.
- Querido... eu emprestei a minha vassoura para a bruxa da sua mãe. Como vou estar em londres hoje a noite e estar aqui, as oito horas, amanhã de manhã?
- Eu posso te acordar as cinco horas para você pegar o trem.
- Mas nem se você fosse inteiro de ouro!- Beatrice falou, zangada, antes, de desligar.
- Mas Beatrice... - A mulher não escutou o protesto do homem. Bufando virou-se, deparando-se com Harry a lhe encarar, com os olhos arregalados.
- Algum problema, Harry? - Ela perguntou, os olhos ainda ligeiramente irritados. - ah, você queria falar comigo. É a respeito do quê?
- Do convite que a senhora havia me feito, para passar o fim de semana em Londres.
- Não tem problema, não é? Seus tios deixaram? - Beatrice pediu, ansiosa. Ela torcia verdadeiramente que Petunia não tivesse juízo e deixasse o sobrinho ir com ela até a capital.
- Na verdade, não. Tia Petúnia não...
Harry foi interrompido pelo telefone que comecou a tocar.
- Supermercado Último Minuto, Beatrice falando. - Beatrice atendeu, enquanto pegava uma caneta. Harry observou por alguns instantes o anel em prata, em formato de cobra que mordia o próprio rabo, com uma pedra verde sinalizando o olho, que Beatrice sempre usava.
Levantou-se e fez um sinal em direção a porta, indicando que ia sair. Beatrice tampou o bocal do telefone.
- Não esquece de me esperar que preciso ainda do meu motorista. - ela falou, acenando e então voltando a atencao para quem estava no outro lado da linha. - Desculpe, você pode repetir a ultima parte, que não entendi?
Quando o grifinório fechou a porta, Beatrice estava totalmente focada no telefonema que atendia. Harry passou a mao pelos cabelos, enquanto ia até o estoque do supermercado. Beatrice Schineider era uma pessoa estranha... Embora tratasse a todos com uma certa rigidez,como se não se permitisse abaixar a guarda, tinha também uma palavra de carinho a quem precisava.
Já eram duas semanas que ele estava trabalhando na rede de supermercados... E no quinto ou sexto dia, enquanto ele esperava o onibus para ir ao trabalho, que ele esperava abandonar antes do fim do primeiro mês, um Fiat Punt azul parara, Beatrice abaixara o vidro, lhe oferecendo carona.
A caminho do trabalho, Beatrice puxara pouca conversa, pedindo para que ele colocasse um cd, que estava no porta-luvas. Ela explicara que seu filho, havia esquecido o porta-cds com os cds favoritos dele...
quando as notas de um rock pesado começaram a tocar, Harry fez uma careta. Beatrice sequer percebera, concentrada na direção... Mas as caretas que fazia, demonstravam que a musica escolhida não a agradava... não demorou muito, pedindo para que ele escolhesse outro cd, se não se importasse... O que ele não fazia nenhum pouco...
O novo cd continha um outro estilo de rock, mas que pelo visto Beatrice aprovava. Cantarolara as musicas, embora um pouco desafinada. Ele não entendera a letra, mas... Era música boa.
Depois de avisa-lo, que ele poderia ter carona com elas todos os dias, Beatrice entrara no escritório, saindo de lá, apenas pouco antes que ele. Harry iria voltar de onibus, porém, ao passar pelo estacionamento, encontrara Beatrice como se estivesse dormindo encostado no carro. Quando a chamara, ela não dera sinal de ter escutado. O moreno colocara a mao no ombro dela, que havia pulado, tendo levado um enorme susto.
- Harry? Aconteceu alguma coisa? - ela pediu, enquanto fechava os olhos com força. Ela ainda - se apoiava no carro, como se temesse cair a qualquer instante.
- A senhora está se sentindo bem? - ele questionou, mesmo sendo óbvio que ela não estava muito bem.
- Efeito colateral de remédio novo. - ela suspirou, encostando a cabeca novamente no carro.
- Quer que eu chame alguem?
- Harry, você sabe dirigir? - ela ergueu a cabeça, enquanto aparentemente uma tontura a fazia abaixar a cabeça novamente.
- Não. - ante a resposta do moreno, ela fez um muxoxo com a boca. Beatrice respirara fundo e erguendo novamente a cabeça, atirara a chave para ele, que a apanhou em reflexo.
- Ótimo, assim vai aprender, do jeito que eu aprendi. - sem esperar resposta, ela entrara no carro, na poltrona do passageiro. Colocara o cinto, antes de simplesmente quase adormecer.
- A senhora só pode estar brincando. - Harry falou, na janela do passageiro. - eu não...
- harry, sente-se atrás do volante. - Beatrice falara em um tom que não admitia réplicas. Ela parecia que havia despertado. - vou te dar as quatro regras para você se dar bem com o Alfred.
- Alfred?
- Harry esse é Alfred. - ela sorriu, apontando o volante. - Alfred, esse é o Harry. Seja bonzinho com o menino, que ele vai ser bonzinho com você... entendeu, Alfred?
Harry a olhou como se tivesse uma louca na sua frente. Quando Beatrice o encarou, ela deu de ombros.
Tenho uma prima, que tem um fusca branco... e não tem nenhum jeito dela vender o Herbie... eu até tentei convencer ela, mas sinceramente é mais facil o pai de Catherine voltar a vida que... - Beatrice balancara a cabeca. - Bem, Harry, você tem nas maos, o que faz Alfred acordar. Obvio, que ele tem que estar sempre alimentado, com gasolina, agua e oleo. Tenha em mente, que se você acelerar, o Alfred vai ir para a frente, a menos que você esteja em um atoleiro. O meu menino gosta de velocidades médias, mas como hoje é a sua primeira vez com o Alfred, pode ir quase parando que não me importo. O pedal da esquerda acelera, o da direita freia e toda vez que você for trocar de marcha...
- Senhora Beatrice, o que acontece, se por acaso, digamos assim... eu acabar batendo com o seu carro? - Harry questionara, porem, ao perceber o olhar feroz no rosto dela, ele quase... desejara não ter feito aquela pergunta.
- O nome dele é Alfred.
- Se eu bater com o Alfred?
- Se você bater com o Alfred... - Ela fez um pequeno suspense. Snape nos seus dias de pior humor, com certeza não botaria mais medo em Neville. - eu vou arrancar a sua cabeça com um cortador de unha, botar ela na privada e dar descarga.
E fora tremendo, que ele dera a partida. Nem mesmo o rosário de madeira que ela havia enrolado no espelho, de Alfred, fora capaz de lhe tranquilizar. E a partir daquele dia, ele sempre dirigia na volta para casa.
E a cada dia que passava, ele ficava melhor motorista. Beatrice havia lhe convidado no dia anterior, para ir com ela nesse final de semana a Londres. Ele já tinha intencoes a esse respeito, afinal seria o fim de semana, que Remo iria se casar com Tonks... ele tinha sido convidado com honra... Pedira aos seus tios, apenas por pedir, pois tinha intencoes de ir e não voltar mais.
- Oi Marc. - Harry cumprimentou um colega que já estava colocando algumas caixas em cima do carrinho, para repor o estoque nas prateleiras.
Marc não era de muitas palavras, sempre encarando qualquer um com uma expressao de raiva. Os cabelos cor de mel, estavam totalmente despenteados. Naquele dia, usava uma camiseta laranja que deixava a mostra a tatuagem de sereia, que tinha no braco direito.
- Não fala com o Michel. Ele está muito bravo.
- Parece ser o normal dele. Precisa de ajuda?
- Os peixes são todos seus. - Marc balancou os cabelos, um sorriso malicioso surgindo no rosto do outro adolescente. - A proposito, Potter... A bruxa de Salém ainda está muito irritada? Deu para escutar daqui.
- Ou ela mata Michel ou ele mata ele. - Harry riu. - não sei porque, mas aposto mais nela.- - Vai perder. Michel estava falando que a monstrenga, no fim do mês esta saindo... que já ia tarde, alias.
- É mesmo? - Harry surpreendeu-se. Beatrice não tinha comentado nada com ele.
- É. E depois que você se tornou o queridinho dela...
- Marc, eu tenho que ir pegar os peixes. - Harry saiu, não precisava de mais especulações. Beatrice sempre havia tido uma postura séria junto a ele. Se alguém abrisse a boca para insultar ela, ele a defenderia. Mas falar algo a Marc, era perda de tempo. Ele era mais obtuso que qualquer outra pessoa que ele conhecia.
Harry passou o resto do dia sem pensar no assunto da sua chefe. Na hora de voltar para casa, esperou por ela, que veio ao seu encontro, com uma das mãos cheia de pastas, na outra o celular, com as chaves do carro.
Ela conversava com alguém, numa língua que Harry não entendia, quando destravou o sistema de segurança do carro e depois de fazer um jogo de equilibrio entre as coisas que tinha nas maos, jogou a chave para harry e sentou-se no seu banco costumeiro. Depois de sentar-se e colocar o cinto de seguranca, harry deu a partida. Querendo ou não, estava dirigindo muito melhor. Lembrou-se, durante um momento, do seu segundo ano, quando ele e Rony até hogwarts de carro.
Com certeza, se pegasse o carro agora de Artur agora, iria dirigir muito bem.
Parou de pensar, quando, com um grunhido, Beatrice desligou o telefone.
- Se Jack não estivesse no hospital, com tres pontes de safena, eu ia mandar ele para lá com as duas pernas quebradas! Onde diabos eu vou arranjar uma dançarina coreana, que faça uma dança sensual, ao mesmo tempo que faz malabarismo com três laranjas?

O que? - Harry a encarou, quase rindo.

Isso que você escutou. Dançarina coreana, que fazendo uma dança sensual, faz o mesmo tempo malabarismo com tres laranjas.

Harry comecou a rir, enquanto Beatrice assentia.

Bem assim que estou me sentindo. - Beatrice bufou. - Se eu não gostasse tanto de Jack, com certeza... - Beatrice se calou, um sorriso maroto no seu rosto.

Senhora Beatrice?

Harry, vou conversar com sua tia. Acha que você consegue ficar no seu quarto, fingindo que não está?

Algum motivo em especial para isso?

Digamos que algumas coisas que o seu tio disse, na entrevista de selecao... eu pelo menos trabalho assim. Entrevisto as famílias, depois o candidato a vaga. Mas esquece. Enfim. Eu realmente preciso de alguém para dirigir um pedaço do caminho até Londres. Quando vim para cá, Diana dirigiu para mim... eu tenho verdadeiro pavor só em pensar em usar o metrô...

Beatrice respirou fundo.

Por favor, Harry... Levo você onde você quiser em Londres! - ela encarou o garoto, que balançou a cabeça.

Bem, eu não sei se a minha tia vai mudar de ideia.

Eu tenho um talento especial para convencer tias r]abugentas. Pode deixar comigo.

Beatrice sorriu amplamente. Ela transformaria Petúnia numa barata, se a criatura não permitisse que Harry fosse. Melhor... ela faria Petúnia DESEJAR ser transformada numa barata, se não permitisse que Harry fosse a Londres com ela...

Enquanto Harry dirigia ate a casa dos tios, por um momento, pensou que algo muito importante deveria estar acontecendo no mundo mágico, para que ninguém da ordem tivesse aparecido para leva-lo embora. Mesmo Hermione e Rony escrevendo-lhe parcamente, ele estava muito mais concentrado em alguns pergaminhos, que havia recebido na noite anterior.

Haviam sido trazidos por uma coruja desconhecida, que após tomar um pouco de agua e recusar a bolacha oferecida por ele, havia partido. Uma coruja marrom, sem grandes caracteristicas.

Os pergaminhos continham fórmulas de poções e um deles, continha uma carta, que estava endereçada a sua mãe.

Por alguns momentos, ele hesitara em ler, porém a curiosidade havia sido maior. A data, era de mais ou menos no ínicio da gravidez de Lílian. Começara como se a pessoa estivesse xingando Lílian...

Escute bem, Lilian Evans Potter

Voce trate de cuidar melhor do seu marido. Coloque logo um cabresto nele, rédeas, coleira... não, isso é para cachorro. o que for. MAS TRATE DE CONTROLAR ELE! Ou juro solenemente, que você vai ficar viúva, sendo que eu vou ir aos jornais para anunciar... EU MATEI TIAGO POTTER!

Ele já deve ter lhe contado, que nos encontramos naquele novo bar, Essencia Tropical. O cretino estava com Sirius, no momento que o vi, Sirius estava de costas, Tiago cuspia a cerveja, enquanto tossia fortemente. Severus e eu estavamos algumas mesas a frente, esperando o representante da faculdade de poções, que nós haviamos nos inscrito... Aliás, a mesma que você se inscreveu também. Aquela na Alemanha.

Morra de inveja, sua ruiva magrela... Herr Schumacher (acho que o pai do Malfoy andou viajando de férias, na época de jovem... Conhecendo algumas alemãs, no sentido que deixam consequencias que choram a qualquer momento, tem fraldas sujas... Deixe-me secar a baba de veneno) depois de alguma persuasão, nos permitiu ver a lista dos aprovados, que estaria visitando, solicitando os documentos, essa parte mais burocratica da coisa.

Sev e o meu nome eram os primeiros da lista... E você não estava lá... lá... lá... Tem certeza, Lilian que você mandou os documentos necessarios? Depois de tudo, estou comecando a pensar, que a irresponsabilidade grifinória exibida por Tiago, é transmissivel... E não me faça pensar COMO você pegou isso dele...

afasta-te imagem do mal... bom, depois que o alemão caiu fora, já que estavámos no bar, Sev e eu pedimos alguns drinques para comemorar... Drinques que sinceramente, eu não devia ter tomado. Não pelo fato de ter feito alguma coisa repreensivel na saída com Sev, mas sim, pelo fato que eu fico lerda para retrucar.

A gente saiu... alegre da mesa. Pelo menos Sirius e Tiago tiveram o bom senso de ficarem na mesa deles, não vindo atrapalhar a nossa comemoração. Estou torcendo, para que depois de formado, Sev não se torne um pesquisador.

Digo isso, não por que acho que ele seria incompetente, ou coisa assim. Digo isso porque Sev, é uma pessoa que precisa de GENTE perto dele... ele precisa conviver com pessoas, com sentimentos intensos.

Muito provavelmente, você pode estar franzindo a testa... não ter entendido a frase acima. Mas eu sei como Sev é. E sei que a melhor forma disso acontecer é... HOGWARTS!

É serio! Eu penso que a melhor coisa que pode acontecer para ele. Afinal, que melhor lugar, para viver com sentimentos transbordantes? É claro que metade do sonho secreto dele, de nunca ter que ensinar nenhum grifinorio cabeça oca, vai ir pro ralo, MAS... Sempre existe a possibilidade dele mandar os imbecis para fora.

Eu dizia isso para ele, quando a gente estava saindo pra fora do bar... Eu estava meio trançando as pernas, Sev meio me segurava, meio me arrastava, meio se apoiava em mim... mulher, não sei quem é mais fraco pra bebida, se é ele ou eu.

A gente estava passando pela mesa do veado do seu marido e do cachorro do Sirius... e ia conversando sobre como iamos chutar a bunda dos imbecis da grifinória da sala de aula de poções... Dai o seu marido, quando eu falando COM O SEV! Se meteu, dizendo que tinha pena das pobres almas que o Sev iria ensinar.

Juro que eu olhei para o Tiago, por uns bons tres minutos. Demorei tudo isso para achar uma resposta. Ai eu disse, pra ele.

- Tenho pena é da cria que a Lilian parir. Vai ter que aturar você como pai.

E olhei ele com uma cara do tipo... Se o filho for mesmo seu... Mulher... eu devo ter uma cara muito do tipo... expressiva? Acho.

Sirius que estava com uma cara não muito agradavel, acho que leu no meu rosto o que eu pensei... Sabe qual a vantagem de se conhecer uma pessoa a vida inteira? Você sabe ate o que ela está pensando, sem olhar pras fuças dela! Por efeito da bebida... ou só para provocar Tiago mesmo, Sev comecou a rir, concordando comigo.

E pela primeira vez desde que conheço Sirius, ele fez algo que eu jurava que nunca faria. Não deixou o Tiago avancar nem no Sev, nem em mim... Se bem, que, conhecendo Sirius Black do jeito eu eu acho que conheço, com certeza, vai acontecer. Eu vou pagar MUITO CARO por isso. Não quero pensar no assunto por enquanto... por uns cinquenta anos, no minimo.

Acho que vou sumir por uns tempos, pra dar um tempo pra ele esquecer. Enquanto isso, enfia essa sua bunda magrela na cadeira e leia com muita seriedade o resto desse pergaminho. Coloquei transcritos mais para baixo alguns feitiços...

E a carta continuava, porem, como o pergaminho havia sido rasgado, não havia como saber o que o resto continha. Harry não tinha ideia de quem havia escrito aquelas palavras a sua mae, mas a letra grande e redonda, estava muito firme. A tinta não havia se esmaecido, como se tivesse sido colocado algum feitico para que a tinta durasse muito mais.

- Boa tarde, Harry Potter. - a voz animada de Beatrice fez que ele meio que voltasse ao presente. - Acho que você já pode estacionar.

Depois que fez as manobras, harry desligou o carro. Beatrice deu um amplo sorriso para ele.

Ei, não vou fazer nada de pervertido a partir do segundo que estivermos sozinhos, Harry. JURO! - Beatrice enfatizou, com a mao erguida. No entanto, um brilho maroto estava nos olhos dela. - Vamos logo, que ainda tenho até enfiar as minhas roupas na mala e você precisa fazer o mesmo. - falou enquanto saía do carro.

Os meus tios ainda não autorizaram que eu vá para Londres. - Ao escutar a afirmacao de Harry, Beatrice virou-se para o adolescente, que engoliu em seco. A expressão... divertida dela o botou em estado de alerta. Anos convivendo com Fred e Jorge Wesley o tinham ensinado que expressões daquele tipo, significavam que eles iriam fazer o que pensavam... não importando se isso estava nas regras ou não.

Acredite, Harry. - o tom doce de Beatrice não deixava duvidas. - Se eu digo que você vai comigo para Londres, é porque você vai...
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Re: OPOSTOS - fic Sirius e PO

Post by PumpkinMagic »

Tina, não abandonei a leitura, só não tive tempo de entrar aqui ultimamente, mas não vou deixar de comentar, abs!
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Re: OPOSTOS - fic Sirius e PO

Post by tina_granger »

capitulo 11

A amizade é um contrato segundo o qual nos comprometemos a prestar pequenos favores para que no-los retribuam com grandes.

Barão de Montesquieu

Petúnia terminava de preparar o jantar, quando escutou a porta da frente e Harróvia entrando, conversando com alguém.

Secou as mãos, disposta a expulsar a criatura, indo até a sala. Petúnia olhou para a mulher que acompanhava o sobrinho com curiosidade. Harry não comentava muito sobre o trabalho.

- Senhora Petúnia? - a mulher sorriu com facilidade. - Sou Beatrice Marie, a chefe de Harry - dito isso, a morena aproximou-se estendendo a mão para o cumprimento, que Petúnia aceitou, franzindo a testa. A outra mulher era extremamente despachada. Nas conversas com os vizinhos, Petúnia apenas havia descoberto que a mulher fazia seu sobrinho dirigir até a casa dela. Segundo ele, Beatrice havia trazido o minimo de mudança, não gostava de conversar com os vizinhos, sempre indo dormir cedo... A menos que a criatura tivesse uma visão noturna superior ao dos gatos, pois sempre por volta das oito da noite, não havia mais nenhuma lampada acesa na casa.

Ela usava um vestido florido, verde, marrom. Os cabelos estavam soltos e os olhos azuis pálidos, escondidos atrás de óculos de grau. Segurava uma grande bolsa vermelha.

- É um prazer. - Petúnia falou automaticamente, antes de olhar para Hary, que naquele momento, estava o mais longe que podia das duas, fedendo a peixe.

- Harry, enquanto eu converso com a sua tia, você pode tomar um banho? E depois, quando fazer sua mala, por favor, não deixe de colocar um casaco. Embora seja verão, as vezes, o tempo pode mudar.

- Harry não vai a lugar algum sozinho com você. - Petúnia falou, irritada. Estava estranhando o interesse daquela outra mulher em seu sobrinho.

- Harry, por favor, faça o que eu disse. - Beatrice falou olhando para ele, sorrindo. Esperou alguns instantes, até que o adolescente, erguendo as sobrancelhas, subiu as escadas rapidamente. - E não esqueça do casaco. - falou mais alto, quando harry saiu do seu campo de visão.

- Escute aqui... - Petúnia começou. Lentamente, Beatrice voltou-se para a tia de Harry. Os olhos azuis estavam gelados.

- Eu tenho paciência, Petúnia Evans. Por dezesseis anos, eu me mantive afastada, pela segurança de Hary Mas agora chega. Vou levar o meu afilhado, para realizar a segunda parte do feitiço, que enviei a Lilian para proteger Harry.

- Quem é você?

- Você me chamaria de anormal... - Beatrice sorriu, enquanto tirava uma varinha de dentro da bolsa. - Mas sou uma simples bruxa. E se você quiser medir forças comigo, saiba de duas coisas... A partir do momento que Harry estiver em segurança, em Hogwarts, para o seu ultimo ano... Você vai descobrir o quão boa sou em transfiguração... Porque juro pelo meu filho, que eu vou lhe transformar em uma coisa, que ninguém vai perceber que você não é aquilo que eu vou lhe transformar... afinal, com essa sua cara de égua pangaré, você já está na metade do caminho!

Opostos opostos

- Boa noite, senhor Barnes. - Beatrice sorriu para o velhinho, que estava sentado na varanda ao lado, da casa de dois pisos que havia alugado para

- Senhorita Schineider! - o homem sorriu para ela. - está com uma cara boa, hoje.

- Recebi uma boa noticia. Meu filho, em março começa a faculdade de medicina.

O homem balançou a cabeça.

- Não consigo entender essa logica...

- nem eu, mas quem sou eu para discutir contra as normas de uma instituição renomada? - ela deu um sorrisinho, acenou e entrou. Tirou os calçados com um suspiro de alivio. Subiu as escadas, da casa de dois pisos, jogando a grande bolsa vermelha, em uma cadeira. Apertou os lábios, enquanto olhava em volta. Esse quarto que ela havia montado para passar os dois meses de aviso prévio, não a agradava nenhum pouco. A cama de solteiro, com o colchão macio, tinha os lençóis estampados com formas geométricas, coloridas sem nenhuma combinação entre si.

Ela foi até o banheiro descalça. Por um momento, pensou na possibilidade de simplesmente aparatar e dormir na sua cama, grande, macia, com os lençóis alvos... possibilidade que ficou mais atraente ao ver a banheira.

Beatrice fez uma careta. A quem ela queria enganar? Ela não dormiria naquela noite ali, nem se a pagassem! Voltou ao quarto, pegou os chinelos que havia ganho no seu aniversário de Dean, desligou todas as luzes e depois de pegar a bolsa com o trabalho que tinha levado para casa, aparatou.

Deu um sorriso realmente satisfeito quando reconheceu o beco perto do apartamento que mantinha. Verificando que ninguém a vira chegar, ela caminhou calmamente até o prédio, onde morava a quase dezenove anos, enquanto pensava nos pais.

Philip era um homem acostumado aos próprios caprichos e sua esposa, talvez por medo, talvez por ter sido criada para que assim fosse, aos longos dos anos, não fizera nada para modificar a situação. Após o desapontamento com o nascimento de uma menina, ao invés de um varão, a situação apenas se acentuara.

Beatrice chegara a sofrer de um mal desconhecido, após terminar Hogwarts. Com exceção das amigas da mãe, tão velhas quanto Elizabeth, ela apenas tinha permissão para sair com Severus... E apenas porque eram primos, Philip percebendo que o máximo de amor que aconteceria entre eles, seria amor fraternal.

Um dos médicos, que Philip a fizera consultar, expressara claramente, que a cura para o mal que a acometia, Beatrice necessitava sair das asas paternas. Sob muitos protestos de Philip Stalker, a jovem começara a trabalhar, ao mesmo tempo que os sintomas desapareciam.

A mulher que havia se tornado, parou encarando o prédio, onde seu apartamento ficava. Bendita hora, que Catriona Galens, lhe desafiara. Catriona morrera antes que o desafio fosse cumprido totalmente. A jovem Stalker deveria morar por seis meses em alguma parte da Inglaterra que fosse trouxa, quase vivendo como se fosse tal.

Philip demorara a concordar com o argumento tímido da filha, que sua honra como bruxa estaria comprometida. Pela primeira vez, Elizabeth ficara contra o marido, preocupada com a segurança de Beatrice, que por fim, convencera a mãe, que apenas após ver o local escolhido pela filha, lhe ajudara a montar o apartamento, que não tinha nada de pequeno.

Com duas suítes, cozinha, quarto de empregada, escritório e enorme sala com lareira, ele fora comprado e, contrariando sua maneira habitual de agir, Philip confiara plenamente na filha, botando o apartamento no nome dela. Aquela fora a maior e única prova de confiança do pai, a Beatrice que encarava o prédio pensou, antes de suspirar e se encaminhar para o prédio.

A morena parou, encarando surpresa, a figura completamente vestida de negro. Severus exibia uma carranca que, se ela não o conhecesse há muito tempo, teria medo.

- Sev? Aconteceu alguma coisa?

- Estou com vontade de matar Dumbledore.

- Eu escondo o corpo. - ela ofereceu, sabendo que ele a olharia de maneira zangada, enquanto ria. O que ele fez em seguida. - Sério, Sev. O que o diretor fez dessa vez?

As narinas de Snape inflaram-se, como se ele não estivesse conseguindo quase se controlar.

- Ele contratou aquela... francesa estúpida, desmiolada e desastrada para ser minha assistente!

- Acho que você está precisando tomar um chá. Sério. - Beatrice falou, enquanto enganchava o braço no do primo, o levando em direção onde ele tinha acabado de sair. Uma única vez, ela tinha visto Severus tão exaltado. Ela não queria nem lembrar do motivo.

Enquanto iam até o apartamento, Beatrice não puxou conversa. Severus estava muito zangado para uma conversa civilizada com ela. A morena não conseguia deixar de pensar, que ele estava tão zangado, quanto a cinco anos atras, depois que participara de um congresso sobre poções.

O principal motivo, fora alguém que ele não chegara a mencionar o nome, mas que faziam os negros olhos do professor de Poções ficarem em brasa. E para que Severus ficasse tão exaltado, com certeza, sua tia Eilleen estava prestes a perder o título de ser a única senhora Snape.

Depois que entraram, ela deixou Severus andando de um lado para outro na sala, enquanto ia esquentar a água. Estava colocando algumas bolachas em uma travessa, quando percebeu Severus a encarando.

- Qual o problema, Sev?

- Estou pensando se mato Dumbledore, antes ou depois de matar você.

- Eu? que eu tenho a ver com a contratação da sua assistente?

- Alvo me disse claramente que a partir de janeiro vou ser o professor de defesa, porque você vai prestar o ¨pequeno¨ favor de entrar no véu, para salvar Sirius!

- E só por isso você está cuspindo fogo? - Beatrice falou mansamente.

- Não se atreva a desdenhar de mim, Beatrice Marie Stalker! - Severus avançou, as narinas tremendo.

- Schineider. - ela o corrigiu imediatamente

- Você adotou esse sobrenome, para passar desapercebida por bruxos, nesses dezoito anos. Mas ainda é minha prima e eu não vou tolerar brincadeirinhas tolas!

- Eu não estou brincando Sev. Você está furioso pela contratação da francesa ou pelo fato que vou entrar no véu atras de Sirius?

- Pelos dois! E o motivo principal é que VOCÊ é que vai estar arriscando perder sua alma naquele lugar!

- Nem tanto, Sev, só raciocina. A quase dezenove anos, quando eu caí no véu, quando eu saí de lá, com quem eu estava? Sirius cuidou de mim por...

- Black só queria lhe seduzir! - Severus não economizou no tom de voz. - Rir de você!

- E ele conseguiu. - Beatrice admitiu. Estava ficando furiosa, mas antes de dar o gostinho da vitória para o professor de Poções, ele também ouviria. - Mas também se apaixonou por mim. E quando eu fui fazer aquela pesquisa no Brasil, ele enfrentou o meu pai e...

- Saiu com o rabo entre as pernas. - Severus não permitiu que ela terminasse.

- Se você não calar a boca, juro que vou lhe azarar, Sev! - Beatrice gritou, antes de respirar fundo, várias vezes. - Muito bem, vamos colocar os pingos nos is. Eu precisava de um favor, que Dumbledore – antes que Severus conseguisse pronunciar alguma coisa, ela ergueu a mão. - cheguei a chamar o trestálio capado de um monte de coisas, mas no fim, ele me convenceu a retribuir fazendo isso.

- Que favor você precisava ser feito?

- O homem sem memória na casa de Samira. Ele começou a lembrar-se de coisas, que ela me repassou, somente um bruxo teria conhecimento... ou um aborto criado por bruxos. Como ele vê Doña Dolores, acho que deixar que algum comensal desconfiar da situação, seria perigoso. Se ele for um dos homens de Dumbledore, acho que fazer uma boa ação na vida não vai...

- E Dean? Seu filho não precisa mais de você, para que você o abandone dessa forma?

- Dean não vai mais precisar de mim. E se ele precisar de ajuda, tenha certeza, que é a você que ele vai recorrer. Afinal de contas, para quem foi que ele escreveu, quando precisou começar a fazer a barba? Quem foi que deu os conselhos amorosos para Dean, desde que ele estava na pré-escola?

- O único conselho amoroso que dei para seu filho, foi que nunca namorasse alguém como você.

- Ei! - Beatrice se obrigou a rir. Um riso falso, que não enganou a Severus por um instante, que resolveu encaminhar a conversa por outro lado.

- Você nunca me disse quem era o pai de Dean.

- E como eu posso dizer isso, se nem mesmo eu sei? Sev, eu já lhe expliquei um milhão de vezes! Quando fiz aqueles exames, por conta do acidente no Brasil, foi descoberto que eu tinha uma doença, que se eu não tivesse um filho logo, eu ficaria estéril. Não me arrependo nem por um segundo, de haver engravidado de Dean. E a resposta que dei ao meu pai, dou a você agora. Eu prefiro mil vezes meu filho, ao dinheiro dos Stalker. Ele me deserdou e eu mantive meu filho. Ponto final na história. Agora... Se você não acredita em mim, se quer me julgar como se você fosse meu pai, juro que eu não vou reagir. - Beatrice ergueu as duas mãos. - Se você quiser me punir, como meu pai faria... - a mulher deixou as mãos caírem ao longo do corpo. - Eu não vou impedir que você use a Cruciatus em mim. Mas tenha certeza, que toda a confiança, todo o respeito, que sinto por você vai ter o mesmo destino que a confiança, respeito e o afeto que sentia por ele.

Severus respirou fundo.

- Beatrice, você é a única pessoa que eu confio irrestritamente. Sem dúvidas. Eu não concordo que...

- Quando eu saí do véu, eu estava sem memória sim, Sev. Mas desde então, descobri muito mais coisas... - Beatrice passou a mão nos cabelos. - Dean está com a vida encaminhada no Brasil. Assim que terminar a escola de magia, ele vai começar a faculdade de medicina. - ante o olhar atônito dele, Beatrice sorriu. - Recebi hoje, na hora do meio dia, uma carta de Dean. Ele tinha programado duas provas de seleções, uma agora, a algumas semanas atras e a outra para o fim do ano, para a faculdade de medicina trouxa. Como o meu bebê conseguiu ser o terceiro classificado, um advogado de Otto conseguiu uma licença, para que ele comece a faculdade em março.

- Então você sequer cogita a possibilidade de trazer o seu filho...

- Enquanto Dean estiver longe daqui, ele vai estar protegido. E se você acha que eu vou morrer por entrar no véu... - sem aviso, ela abriu o zíper do vestido, tirando as alças dos ombros, desceu-o até a cintura e virou-se para ele.

Severus corou, reparando brevemente no sutiã esmeralda que Beatrice usava. Ela apontava para tatuagens, que foram feitas, quando ela era bebê. Conforme seu corpo crescera, a tatuagem aumentara, sendo naquele momento, do tamanho de um punho fechado.

- Quando estive na Índia, me deparei com essas mesmas tatuagens, em pergaminhos que encontrei, em um bazar. A estrela de seis pontas, que tem o sol ao redor de si – Beatrice ia falando, sem reparar no embaraço do professor de poções. - e a suástica, que aquele trouxa tolo, Hitler fez que todos conhecessem como uma apologia a uma porcaria de um idealismo ridículo Sev, você sabia que não existem ¨raças humanas¨ diferentes, apenas uma e que o fator predominante nas mutações genéticas que...

- O que tem isso a ver com Black? E por favor, vista-se.

- Bem, como eu estava falando, - ela falava, enquanto arrumava o vestido. - essas tatuagens na forma que eu tenho no corpo, quando... recobrei a memória, me vinguei dele. Agindo como se não me importasse nada, de certa forma, obriguei Sirius a fazer essas mesmas tatuagens... E nos pergaminhos que...

- Você obrigou Black a fazer tatuagens de proteção? - Severus arregalou os olhos.

- Olhando por esse lado... Acho que sim.

Beatrice recuou alguns passos, encarando Snape, que a encarava sério, antes de suspirar.

- Não existe nada que eu possa falar, para você esquecer essa ideia?

Beatrice balançou a cabeça.

- Eu prometi a Dumbledore. E eu não volto atrás nas minhas promessas.

- E eu vou fazer você desistir dessa promessa.

- Você e mais quantos? - a pergunta em tom de brincadeira, deixava claro, que ela não queria mais falar sobre aquilo. - Sev, janeiro ainda está longe. Agora temos um assunto mais importante a falar. Quero saber o nome da sua Fée des Rêves.

Severus a olhou por um instante, antes de arregalar os olhos. Voltou a soltar uma torrente de palavroes.

- Nunca – ele apontou com o dedo para ela – diga que essa coisa é alguma coisa minha!

Sem dizer mais nenhuma palavra, Severus deu meia volta e saiu do campo de visao de Beatrice, que ficou piscando paralisada por alguns segundos, antes de ir atras do primo. Quando chegou na sala, o professor de poões estava batendo a sua porta da frente, após a sua saída.

- Escapei por pouco. - Beatrice murmurou, sentando-se no sofá, sentindo suas pernas tremerem. Nas poucas vezes que vira Severus alterado, ele logo tomava conta da situação. Ao longo dos anos, a mentira que acabara de repetir, sempre lhe salvava, mas por um momento, ela temera que, pela primeira vez, fosse obrigada a admitir para Severus, que Dean era filho de Sirius.

Claro que se o professor de poções revisse Dean não teria dúvidas, mas, enquanto ela pudesse se esquivar dessa situação... Beatrice respirou fundo, então passou o olhar pela sala, sem realmente ver os móveis. Ela precisava de algo forte para beber. O trabalho que precisava fazer, simplesmente foi esquecido. Levantou-se e foi até a mesinha de canto, que mantinha algumas garrafas com bebidas.

Depois de servir uma generosa dose, tomou um gole, tossindo ao sentir a ardencia. Colocou o copo na mesinha, enquanto sentia lagrimas ardendo em seus olhos. Respirou fundo, pegou o copo e enquanto tomava outro gole, mais devagar. Normalmente ela sequer pensaria em fugir para o alcool, mas decidiu naquele dia, abriria uma exceção.

Sentou-se no sofá, acompanhada da garrafa. Fora por muito pouco... Felizmente Severus estava tão alterado, que não percebera o enorme escorregão que ela dera. Se ele estivesse com a cabeça mais fria... Ele teria percebido os deslizes que ela dera... E muito provavelmente eles discutiriam e talvez até rompessem relações.

Cerca de quinze minutos depois, ela ria sozinha, lembrando de diversas passagens que havia vivido. A mais terna, quando Dean tinha cinco anos.

Eles haviam chegado em casa, depois de um dia que ela trabalhara praticamente doze horas, apenas parando para ir pegar o filho na escola e leva-lo até o seu servico. Ela estava exausta e mandara o filho ir tomar banho, enquanto descansava um pouco, antes de preparar o jantar.

Mas bastara encostar-se no sofá, para dormir profundamente, sendo acordada tres horas depois pelo filho, que estava preocupado. Quando ela erguera-se contra a vontade, para ir a cozinha preparar uma torrada com queijo, Dean lhe informara, absurdamente orgulhoso, que ele fizera o jantar para eles. Por um instante, ela ficara apavorada, com a possibilidade do menino ter se machucado ou ter queimado alguma coisa na cozinha.

Porem, ao chegar lá, encontrara tudo no seu mais absoluto lugar, com exceção de dois pratos, sobre a mesa, com dois sanduíches de tomate e geleia de uva prontos, com dois copos de suco. Ele a pegara pela mão, levando-a até o lugar que ela geralmente ocupava e como um cavalheiro, insistira em arrumar a cadeira para ela.

A lembrança quase a fizera chorar, enquanto lembrava, que naquela noite, permitira-se quebrar somente naquela noite as regras que havia estabelecido. E a principal das regras, era falar de Sirius para Dean sem que o menino pedisse.

Dean havia permanecido acordado por muito mais tempo que era permitido. Mas quando adormecera, ao lado da mãe na cama, havia no seu rosto a mais doce expressão angelical que uma criança podia ter no rosto... E ela dormido com a certeza que estava colocando Dean no caminho certo...

Beatrice balançou a cabeça enquanto voltava ao presente. A tontura indicava que, os efeitos do alcool já estavam sobre ela. Deitou-se no sofá, esticando-se enquanto bocejava. Fechava os olhos, quando um som abafado começou a ser ouvido.

- Eu não to aquiii... - ela começou a cantar, tentando ignorar o toque do celular. - Esquece. Eu já cansei de problemas hoje! - ela tampou as orelhas. - Pode tocar o quanto quiser... que eu não vou te atender...

O telefone tocou até cair. Beatrice olhou para a bolsa, com um enorme sorriso, até o telefone comecar a tocar novamente. Ela soltou um barulho, que poderia ser interpretado como um rosnado, fechando os olhos. Bateu a cabeca no braço do sofá, então tirou os óculos.

= Quer parar de tocar? Eu não estou te vendo! - fitou a bolsa, tendo a visão borrada. Ela sorriu e estava fechando os olhos para dormir, quando o telefone fixo comecou a tocar. Beatrice soltou meia duzia de palavroes, enquanto levantava-se.

Mal deu dois passos, quando as pernas bambas, a fizeram cair ao chão. Engatinhando, Beatrice foi até onde o telefone estava. Pegou-o e encostando-se na parede, esticou as pernas, sentada, enquanto fechava os olhos.

Se isso for um trote, tenha certeza que na primeira hora da manhã, eu vou registrar uma queixa na delegacia. E você vai ter um belo...

- Senhorita Schineider? Estou falando com Beatriz Schineider? - os cabelos do pescoço de Beatrice arrepiaram-se. Do outro lado da linha, era um homem que falava.

- Depende. - Beatrice falou. A voz masculina era rouca. Beatrice suspirou com os olhos fechados.

= Depende?

- É claro que depende. Você não vai querer que eu pague pelos seus serviços, nesse momento, não é?

- Meus servicos?

- Cara, se você não trabalha para o tele-sexo, deveria considerar. Sabe, com essa sua voz, estou seriamente tentada a deixar de dormir para fazer certas coisinhas que...

- Eu trabalho para a sua prima Samira.

- Fernando? Desde quando que você tem a voz tão sexy que estou considerando...

- Não sou o Fernando. - ele pareceu estar começando a se irritar.

- Graças a Merlim. - uma expressão brincalhona surgiu no rosto de Beatrice. - Então você deve ser o Edward. Se você for tão gostoso quanto a sua voz é, como foi que a Samira não arrastou você para a cama? E não amarrou e...

- Que? - ele parecia não acreditar no que ouvia.

- Sabe, é bem divertido. Se você concordar, eu saio daqui e vou já para aí para...

- Voce não está querendo saber o motivo da ligação?

- Samira está precisando de um rim?

- Não.

- Catarina conseguiu permissão para desfilar sem roupas no carnaval? Sempre achei que a Samira iria matar a filha antes de deixar a louquinha fazer isso...

- Não. - o homem pareceu relaxar por um momento. - é a respeito de Otto. Ele está morrendo.

- Coitado do demonio. O velho vai tirar o trono e a chibata do capeta em dois tempos.

A voz do outro lado ficou muda por um tempo.

- Você está falando igual ao Samuel.

- Bem, talvez seja porque nem eu nem o Samuel caimos no estilo velho rabugento adoravel que Otto faz. A gente talvez veja Otto como o demonio que ele é.

- Eu não sei o que você tem contra o seu avô.

- Eu não rezo por ele e talvez a única coisa que eu sinta falta, a respeito dele, seja das discussões que temos. Tirando isso...

- Catarina me fez prometer, que convenceria você a vir, pois Otto está verdadeiramente mal.

Beatrice bateu a cabeça na parede.

- Bem, se eu tiver uma... motivação, digamos assim, talvez eu me sinta empolgada a ir ver o velho.

- Motivacao?

- Obvio. Que tal você amarrado em uma cama, só usando botas de caubói?

Beatrice ficou em silencio, esperando a resposta, que do nada, foi o barulho do telefone, indicando que do outro lado tinha desligado.

- Ele desligou na minha cara? - Beatrice questionou-se, olhando para o bocal do telefone, enquanto piscava. - Cara de personalidade. Samira está precisando de um assim. Onde foi que eu deixei o pó de flu?

Ficou olhando para a sala, sem enxergar realmente, lembrando que deixara o pote na cozinha. Engatinhando foi até lá e com dificuldade ficou de pé, pegando um pote de ceramica, em formato de cogumelo, que enfeitava a pia.

Apoiando-se nas paredes, voltou para a sala e, depois de jogar sua bolsa no ombro, colocou o artefato em cima da lareira, pegou uma boa quantidade de pó e sentou-se sem a menor elegancia dentro da lareira.

Jogou o pó para cima, gritando o lugar ao qual pretendia ir. Saiu da lareira rastejando, encontrando um par de pernas cobertas por calças de moletom. Erguendo o olhar, percebeu Catarina a olhando chocada, usando um blusão rosa e até mesmo uma touca de lã na cabeça

- Tia Bia? A senhora está bem?

- Vou estar... se você ajudar a achar um casaco para mim e... um par de sapatos. Por que eu não lembrei de botar os meus sapatos? - Beatrice pediu olhando para os pés, ainda de gatinhas.

- Porque você está bebada. - Catarina falou o õbvio, ainda não acreditando nos próprios olhos.

- Você não tem ideia do dia que eu tive. - Beatrice apontou o dedo para a adolescente, enquanto falava de maneira grogue. Catarina revirou os olhos.

- O bebum da esquina é mais engraçado que você. - Catarina pegou o braco de Beatrice, ajudando-a a levantar-se.

- E o seu inglês está perfeito. - Beatrice assentiu com a cabeça.

- Mérito do Eddie. - Catarina colocou Beatrice sentada na cama. - E o que coisa depravada você falou para ele, que saiu batendo a porta, jurando que não queria te conhecer de jeito nenhum?

- Catarina, você me conhece. Que tipo de coisa depravada eu falaria para alguém que eu nem conheço?

A adolescente fitou Beatrice atras dos oculos severos, então suspirou.

- Bom, a mamae disse que o Otto estava muito mal.

- Já vai tarde o demonio. - Beatrice bocejou, começando a se deitar.

- De jeito nenhum que você vai dormir agora! - Catarina obrigou Beatrice a se sentar. - Voce deixou um casaco aqui. Qual o tamanho do seu pé?

- Meus pés possuem o tamanho ideal para a minha estrutura física. - Beatrice falou e então assentiu.

- Que vontade de enfiar a mãonessa cara bebada... - Catarina resmungou, enquanto abria o guarda-roupa e retirava o sobretudo vermelho que Beatrice deixara, a alguns anos já. - Ele só tem um cheirinho caracteristico de naftalina, mas disso não tenho culpa. - Catarina entregou o casaco para Beatrice, que a encarava sem dizer nada. - Vou pegar um tenis da mãe e um par de meias dela. A senhora NÃO se deite e NÃO durma, entendeu bem?

Beatrice assentiu. Catarina saiu a passos rápidos do quarto enquanto Beatrice balançava a cabeça. Mandona e com coração grande, Catarina se parecia muito com todos os Schineiders. Porém, quando a menina a encarava, Beatrice lembrava-se muito do pai dela.

E como não iria conhecer ele? Afinal de contas...

muito bem, aqui estão eles. - A morena ajoelhou-se, depois de perceber que Beatrice não havia vestido o casaco. Comecou a colocar as fofas meias amarelas nos pés de Beatrice, em seguida calçar os tênis roxos que Samira adorava. - Vou ter que fazer tudo?

Com a sobrancelha erguida, Catarina colocou as mãos na cintura.

Foi a melhor coisa que o seu pai fez, Catarina. Ter quase obrigado a sua mãe a vir para cá. - Beatrice colocou a mão no braço da jovem. - Ele pode ter feito a escolha mais podre que poderia ter existido, quando aceitou que colocassem a marca negra no braço dele. Mas daí, ele não teria tido motivos para ir para a Espanha... E você não iria ter nascido.

- A senhora está muito bebada para falar sobre coisa séria. - Catarina falou, enquanto pegava o casaco e enfiava em Beatrice.

- O babaca das trevas não teria se importado se soubesse que havia uma criança. Ele mandaria matar a sua mae, mesmo grávida, se desconfiasse que o seu pai já não agia a favor dele. - Beatrice pegou a bolsa, quando Catarina puxou-a para levantar-se.

- É mesmo?

A adolescente pediu meio arrastando a madrinha, que apoiava-se nela, saindo do quarto e passando pelo corredor.

- É sim. Você não imagina a surpresa, quando eu entrei na casa de Otto e o seu pai estava lá, de pé, discutindo com Otto, que não queria aceitar a sua mae ali. Quando chamei o seu pai pelo nome e Otto me pediu se a gente se conhecia, eu respondi que tinha tido o prazer de atormenta-lo por seis anos... Que só parei porque tinha me formado.

- Otto deve ter ficado bastante curioso. Cuidado com o degrau. - Catarina falou, quando comecaram a descer pelas escadas.

Claro que ficou. Pediu mais detalhes... Quem não gostou muito foi a sua mãe, que ficou bastante surpresa, com a coincidencia do seu pai e eu nos conhecermos. Quando ele pediu pela moto de Sirius e eu disse que eu tinha conseguido promover o encontro romantico dela com um caminhão, que foi amor a primeira vista, juro que ele ficou branco, imaginando Sirius sabendo da noticia. O fato de eu andar com muletas pareceu bastante natural então.

Elas já estavam no andar térreo, saindo pela porta, que Catarina apenas encostou. Fizeram silencio. Beatrice quase se arrependia de não ter pegado seus oculos, nem as lentes de contato. Tudo o que ela via eram borroes, mas no momento, apenas relembrava o primeiro encontro com Samira. A posterior amizade fora forjada especialmente nos meses de convivencia e nos anos de ajuda mútua.

- Tia Bia, lá está o Eddie. - Catarina apontou para uma figura meio distante, que Beatrice olhou, mesmo sabendo que não enxergaria o rosto. A ex-sonserina acenou e Catarina o chamou com era mão.

- Não largue o meu braço sob nenhum jeito. - Beatrice respirou o ar frio, sentindo como se agulhas entrassem em seus pulmoes. Abriu a bolsa, pegando a varinha. Quando Catarina apertou o seu braco, ela fez um volteio com a varinha, fazendo-as aparatar.

Quando o ambiente ao redor delas tomou forma, beatrice caiu como uma jaca podre no chão, vomitando. Catarina fazendo cara de nojo, deu alguns passos para tras. Estavam em um quarto de mobilia escura.

- A senhora está bem?

- Nunca mais... eu faço isso. - Beatrice falou enquanto limpava a sujeira com a varinha.

- Beber?

Não, aparatar estando bebada. - Beatrice sorriu, com a careta de Catarina.

Vamos logo, antes que o velho bata as botas e eu não possa dar risada com isso.

Beatrice falou, tentando erguer-se. Novamente Catarina foi em auxilio da madrinha, ambas saindo do quarto e indo em direcao a sala, que muito provavelmente, teria um bilhete, dizendo o endereco de onde Otto estariam.

Ambas tiveram uma grande surpresa, quando encontraram o suposto quase defunto, muito tranquilo, jogando cartas com Samira que ficou surpresa, ao ver a filha e Beatrice.

Ao ver o homem sentado, com a expressão mais que inocente, no rosto, Beatrice sentiu uma onda do mais puro ódio no peito. Sem hesitar, puxou a varinha e apontou para ele.

- AVADA KEDAVRA!
Last edited by tina_granger on 09/04/13, 21:51, edited 1 time in total.
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Re: OPOSTOS - fic Sirius e PO

Post by Regina McGonagall »

você esqueceu de editar o "Harróvia"....kkkkkk
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Re: OPOSTOS - fic Sirius e PO

Post by tina_granger »

CAPITulo recebido... Tomara que o povo goste, alem do que tu disse...

Beijos!
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Re: OPOSTOS - fic Sirius e PO

Post by tina_granger »



Quando se ama não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós.

Clarice Lispector

Sirius não acreditou em seus ouvidos, quando, a tia de Catarina disse aquelas barbaridades. Bem, Catarina descrevia a tia, madrinha, prima da sua mãe, ele nem queria pensar no parentesco que ela tinha com Catarina e Samira, como uma pessoa tímida, porém de opinião forte.

Se bem que a preocupação da mulher com a família era evidente, afinal, a primeira pergunta, se Samira precisava de um rim, demonstrava o cuidado de alguém que se interessava pelo bem-estar de alguém que gostava.

Quando Catarina veio na sua direção, com um ar altamente inocente, ele lhe jogou o telefone e resolveu sair para esfriar a cabeça, afinal, se ele encontrasse com a mulher, seria capaz de mandar a pervertida para algum bordel, hospício... qualquer coisa assim para alguém com o tipo de problemas mentais dela. Resolveu ir ate a praia, ignorando o frio ainda maior que o por do sol trazia.

As ondas do mar, fazendo seu eterno movimento, prenderam sua atenção por um longo momento. Sentindo-se mais calmo, ele levantou-se, indo em direção ao hotel de Samira, quando viu Catarina apoiando uma mulher, pouco mais alta que a jovem. Ela usava um casaco vermelho enorme, aberto na frente, que deixava ver um vestido de verão de matizes escuras. Usava os tênis ridículos que Samira apenas colocava quando ia para a academia, com as meias amarelas, que provavelmente apenas um elfo livre gostaria. Ou alguém de gosto duvidoso...

Os cabelos dela eram castanhos, cortados de forma a criar suaves ondas ao redor do rosto, que devido a distancia, ele não conseguia ver direito e calculava que deviam estar logo abaixo dos ombros, tinha no ombro uma enorme bolsa vermelha.

Sirius engoliu em seco, passando o olhar pelo corpo dela. Sentiu o coração disparando, enquanto por alguns segundos, fixou os olhos nas pernas expostas. Eram pernas muito bonitas, concluiu ele, voltando o olhar para o resto do corpo, lentamente.

Sorriu quando ela acenou e quando ela puxou a varinha, por um momento temeu ser estuporado. Ao momento, que ela desapareceu, ele ficou desapontado. Suspirou, balançando a cabeça. Pela primeira vez em três anos, ele via uma mulher que ele considerava atraente e... pela primeira, ele não sentia o cordão que trazia ao pescoço queimando.

Puxou-o, encarando com atenção o cordão simples de ouro. Ele passaria totalmente desapercebido, se não tivesse como pingente, uma pérola, que tinha o tamanho da sua unha do polegar. Encarava a pérola, quando sentiu tudo ao seu redor rodear. Mal teve tempo de colocar um joelho no chão, quando percebeu que estava em uma lembrança e ao contrário das outras vezes, sua dama loira, Beatrice não estava nela.

Havia uma outra jovem, que lhe sorria. Ela tinha o cabelo até o meio das costas. Usava uma blusa transparente, onde o sutiã negro com detalhes em lilás aparecia.

- Amigo da Beatrice Stalker? E aquela lá tem amigos?

- Não apenas amigos. - ele deu um sorriso debochado. - Ela também tem um namorado que é absolutamente louco por ela. - falou com um pouco mais de enfase que ela merecia.

A mulher a sua frente, pareceu levar um susto. Então riu, como se tivesse achado enorme graça. Se aproximou dele, erguendo o busto, como se tentasse fazer que ele percebesse. Sirius sorriu, sentindo pena da criatura. O que Beatrice tinha em quilinhos que a deixavam sexy, na sua opinião, era o equivalente em personalidade para ela.

Muitos dos homens que ele conhecia, que sabia serem do convívio de Beatrice, já tinham sido alvo da língua afiada da loira... Que aliás, estava demorando para ir sabe-se lá onde. Se ele tivesse a mínima noção de onde a mulher estava, não estaria aguentando...

quando um som de raiva estrangulada foi feito as suas costas, um imenso sorriso apareceu no rosto de Sirius, que virou-se para ver Beatrice apertando as sacolas com força.

- Oi amor. Sua vizinha estava me dizendo que você tinha ido ao mercado. - ele ampliou o sorriso, a medida que percebia a raiva dela aumentando.

Beatrice olhou-o por alguns segundos, antes de bufar.

- Não encontrei a estricnina para botar no seu prato.

- É mesmo? Que pena... - Sirius balançou a cabeça ligeiramente antes de aproximar-se dela. - Acho que vou ter que me contentar com veneno de rato mesmo. O que de gostoso você comprou? - Ele pediu, enquanto pegava as sacolas. - Caramba, eu também estaria fulo da vida, se tivesse que carregar todo esse peso, se tivesse dois braços magrelas e...

- Eu não tenho braços magrelas. - Beatrice protestou, encarando a vizinha trouxa com o canto de olho.

- Eu não me referia aos seus bracos. Eu me referia aos meus. - Sirius passou as sacolas que tinha na mão esquerda para a direita, em seguida abraçou Beatrice. - Se bem que com um braço magrelo posso fazer aquela brincadeirinha... - Sirius passou a sussurrar no ouvido dela. - que vai fazer você me explicar que diabos falou com o meu chefe.

- Ah, está se referindo ao fato do seu chefe dizer, que acha que estamos dormindo juntos, só porque você tem algo que eu acho atraente?

- Estou me referindo ao fato de você ter dito aquelas... coisas para ele. - Sirius ainda sussurrava em seu ouvido.

Beatrice ergueu o rosto, encarou-o com o cenho franzido por alguns segundos antes de sorrir amplamente.

- O que eu disse foi a mais pura verdade. - ela falou normalmente, antes de puxar o rosto de Sirius, beijando-o levemente.

- Verdade? - Sirius rosnou para ela.

- Já que você tem a minha comida nas suas mãos, vai ter que me ajudar a cozinhar e comer. O que acha?

- Vai fazer outra vez ovos voadores? - ele brincou, mas os olhos estavam com raiva ainda do primeiro assunto.

- Você mereceu os ovos que eu joguei em você. E convenhamos que se de doze, eu acertei nove, com certeza...

- Você não sabe o quanto que eu agradeço a Merlim por você não gostar de voar.

- Se você acha, que eu gosto de ter uma vassoura enfiada na minha... Ah, esquece. - Beatrice falou, vendo o humor começar a surgir nos olhos dele. - O que o seu amado chefinho disse exatamente, para você vir aqui com a cara de quem ia me fazer pagar pelos pecados do mundo?

- O fato de você ter dito que eu sou ruim de cama!

A loira abriu a boca para retrucar, antes que do nada, a expressão que era de surpresa mudou para de malícia.

- Bom, talvez... Você... Se tiver a tarde e a noite livres pode tentar fazer com que eu mude de ideia.

- E você muda de ideia facilmente?

- Prometo pensar no seu caso muito seriamente. - ela prometeu, um brilho travesso nos olhos. Quando passaram pela vizinha trouxa, Sirius percebeu o sorriso arrogante que Beatrice dirigiu a ela, antes de inocentemente, passar o braço pela cintura dele. - Então, aquele imbecil disse pra você que eu disse que você era ruim na cama?

- Você está realmente pensando em dar todo o dinheiro que a loja precisa?

- Eu não estou pensando. Eu já mandei fazer a retirada da minha conta para depositar na conta dele... perante óbvio a assinatura de alguns documentos que mandei redigir perante os acordos que aquele linguarudo e eu concordamos.

- Quer dizer que vou passar a dormir com a minha chefe? - Sirius questionou, franzindo a testa. - Estou começando a me sentir um cachorro calhorda por ter contado a você sobre isso.

A loira riu...

E a imagem desvaneceu-se, dando lugar a imagem de onde ele se encontrava agora. Sirius respirou por alguns minutos, pesadamente. Todas as lembranças com exceção de uma, ele e Beatrice estavam vivendo um romance aparentemente quente...

O que havia acontecido para que eles se distanciassem? Ele por acaso lembraria antes que eles se encontrassem novamente ou... algo negro teria acontecido a ela?

Opostos Opostos opostos

- Daria para você gritar um pouco mais alto? Talvez os mortos que estão no necrotério não estejam lhe escutando. - Otto Schineider falou secamente, fazendo Samira olhar com ódio para o avô.

- O SENHOR TEM IDÉIA DO QUE ESTÁ FAZENDO? - Samira gritou mais alto, fazendo a filha ao lado de Otto se encolher. Beatrice apenas suspirou. Era bom Samira desabafar um pouco. - ESTÁ INCENTIVANDO CATARINA A CONTINUAR A SER DESOBEDIENTE, MANIPULADORA, ESTÁ FAZENDO QUE ELA... - Samira passou a mão nos cabelos. - Ela está ficando igual a você!

- Vou encarar isso como um elogio, mocinha. Só que antes de berrar como se fosse uma...

- cuidado com o que vai falar. - Beatrice interferiu. - Somos duas e garanto Otto, agora que a Catarina está bem longe do meu braço, não vou errar a pontaria dessa vez.

Como se tivessem combinado, todos olharam para a cristaleira, que até o momento estava destruída, desde o momento que havia recebido a maldição da morte.

Otto arrumou os óculos de armação grossa, que não deixava os olhos azuis pálidos, do mesmo tom dos de Beatrice, escondidos. Ele levantou-se, porém perante a expressão de severidade das duas netas, o fez erguer uma sobrancelha.

- As duas matracas vão ficar ainda me incomodando ou esse pobre velho pode ir descansar os velhos ossos naquela cama grande e fria lá em cima.

- Pode enfiar o seu traseiro nesse sofá. Samira berrou toda a raiva dela, agora o senhor vai me escutar, por livre e espontânea vontade ou... - Beatrice balançou a varinha. - Amanhã de manhã quem vai berrar com o senhor vai ser a tia Guida, porque ela vai ser chamada na polícia, porque você tirou esse casaco roxo e essas calças verdes e saiu andando pelado e cantando o hino alemão em alemão.

Otto fez uma expressão de raiva.

- Merlim, o pior é que se eu ofender você vou estar ME ofendendo, porque você tem a minha cabeça! Pensa do mesmo jeito que eu!

- Mas graças a Merlim, como você diz, eu tenho a coragem da minha vó e pode ter certeza, que se você tivesse tentado fazer comigo o que fez com ela e com a minha mãe, ninguém teria me impedido de te matar!

O silêncio tomou conta da sala, Catarina olhando para todos os adultos tentando entender o que aquilo significava, até que Samira ergueu-se de repente.

- Catarina, vá para o quarto que sempre ficamos. Agora.

- Eu vou perder a parte mais divertida da conversa! - Catarina protestou.

Beatrice apontou a varinha para Catarina.

- Vou contar até cinco. Um. Dois. Três. - Contava de maneira lenta, dando espaço para que a jovem saísse dali.

Catarina fez um som que lembrava um rugido, antes de sair correndo para subir as escadas.

- Se ele está ensinando animagia para ela, eu dou um jeito de denunciar pro ministério e... - Beatrice bocejou. - ele só sai morto da prisão.

- Bia, estamos no Brasil e o vovô não é ladrão de galinha. - Samira sentou-se, suspirando.

- Mas não deixa de ser ladrão. - como se tivesse se lembrado naquele momento que Catarina podia escutar a conversa, Beatrice com esforço, levantou-se e apoiando-se na poltrona que estava sentada, criou uma barreira para que a jovem não escutasse a conversa.

Otto revirou os olhos, enquanto Beatrice voltava a sentar-se.

- Vocês não tem respeito mesmo por mim não é?

- O meu respeito por você acabou, quando você começou a querer empurrar maridos para Samira e para mim. - Beatrice declarou, o olhando severa.

- Faço das palavras da Bia as minhas! Vovô, o senhor fez o inferno das vidas das suas filhas e está querendo estragar as nossas também!

- Vocês são mulheres jovens. Sei que as duas já tem filhos crescidos, mas...

- Eu posso não ter tido um marido, mas ninguém vai conseguir ocupar que é do pai de Catarina. É difícil para o senhor acreditar, que apesar dele ter se tornado um comensal da morte, ele realmente me amou? Eu! Uma trouxa!

- A nomenclatura apropriada para você é aborto, Samira. - Otto a interrompeu. - Apesar das minhas três filhas terem nascido como abortos e...

- Psiu. - Beatrice botou a mão nos próprios lábios. - Agora o senhor vai escutar. Samira e o pai de Catarina, não se casaram. Mas pelo que eu conhecia dele, pode ter certeza que se ele não tivesse sido morto, ele teria voltado aqui, para buscá-la, junto com Catarina. E a sua sogra, teria infartado mais rápido que pudesse se apaixonar pela coisinha linda que era a sua filha. Agora, Otto, imagina a cena. Samira casa com um filho da mãe qualquer... - Beatrice respirou fundo. - E daí, a Catarina crescendo, fica uma mulher bonita. Ela é linda! Só cego não percebe isso. Imagina, se a Samira tivesse casado com um filho da mãe, que repara nas curvas da mocinha... E resolve, num palavreado bem chulo... comer a menina. Não estou dizendo que a Samira fez a melhor opção, mas ela fez uma opção para proteger a menina... E não estou dizendo que o Samuel é um tarado, viu? Eu adoraria ter ele como marido da Samira... Do mesmo jeito que eu me sinto MUITO BEM CASADA com Sirius. Nós podemos não ter tido tempo, de ir até um juiz, bispo, padre, papa, o diabo que fosse, que tivesse a autoridade para nos casar formalmente, MAS tanto Sirius como eu juramos, um para o outro, que... - Beatrice bocejou, piscando com lágrimas nos olhos. - a partir daquele momento, estaríamos casados, que a única coisa que verdadeiramente iria nos separar, seria a morte. - Beatrice ergueu a cabeça. - Ele colocou esse anel – ela ergueu a mão para que ele visse sua mão. - na minha mão para que eu pudesse exibir a todos, a prova do amor dele. Do mesmo jeito que ele está usando uma...

Otto revirou os olhos, antes de interromper Beatrice.

- Escute aqui, Beatrice! O Schwarz que está na casa de Samira é muito parecido com o outro Schwarz cachorro que deixou Samira grávida! E também, o seu garoto ele...

- Não meta Dean no meio da história, que ele não tem nada a ver com isso, Otto! - Beatrice se exaltou. Levantou-se e apontou o dedo para Otto. - A única razão para que eu obrigasse Dean a estudar aqui, foi por conta que eu não consegui modificar os documentos sobre ele.

- Não teria nada aa ver com a aparencia do menino, não e? - Otto pediu com um ar sonso.

- Dean é a cara da Bia, vovô. Do que o senhor está falando?

Pode ter certeza que quem herdou o meu cérebro foi a Beatrice. E você não tem mesmo nada a esconder sobre a aparencia do Dean, hein? - Otto debochou. - Eu estou sem paciencia para os melindres das madames. Se não quiserem dormir, virem corujas. Mas eu sou um idoso que tem um sério encontro com a cama e quando eu descer amanha de manhã quero a cristaleira da Helga consertada, escutou bem, Beatrice?

Sem falar mais nada, Otto levantou-se e sob os olhares perplexos das mulheres, apoiando-se na bengala, desfez a barreira com um gesto da bengala e subiu sem dizer uma palavra.

Eu detesto dizer... mas você é mesmo mais parecida com ele. - Samira falou, suspirando.

Boca fechada ajuda a conservar os dentes. - Beatrice retrucou mau-humorada.
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Re: OPOSTOS - fic Sirius e PO

Post by PumpkinMagic »

Ok, Tina, continuo acompanhando as desventuras de Ed/Sirius, Beatriz, Samira, Catarina...
A propósito, Dean estuda na escola de magia do Brasi, pelo que eu vi ( a que só foi citada no terceiro livro e nunca foi batizada oficialmente). Adorável pensar que fazemos parte do mundo bruxo também.
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Re: OPOSTOS - fic Sirius e PO

Post by tina_granger »

pois é. como o Dean é muito parecido com o Sirius eu pensei em fazer a Beatrice ter tomado essa decidão. boa ne?
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Re: OPOSTOS - fic Sirius e PO

Post by tina_granger »


Ele estava em uma praia, as areias tão brancas quanto possível e o mar naquele momento estava agitado.
Sirius olhou para a mulher a sua frente. Beatrice estava usando um vestido verde escuro, com um cinto dourado. O vestido era longo, com mangas daquela forma também. Ela tinha o cabelo preso em uma trança, da forma como ela adorava usar.
Ele abriu um amplo sorriso, quando percebeu que ela encarava o mar a sua frente, os pés descalços, pois ele via que as sapatilhas que ela gostava de usar estavam largadas de qualquer jeito ao lado dela... Aproximou-se devagar, passando a mão pela calça, sentindo a pequena caixa que era o principal motivo dele ter enviado uma coruja, praticamente exigindo a presença dela naquele momento.
O fato dele ter se escondido, enquanto vigiava ela chegando e tirando as sapatilhas era totalmente proposital. Agora, quando ela pensava que estava totalmente só naquela praia, ele iria fazer, o que achava que seria uma excelente maneira de demonstrar o que ele realmente sentia.
Com passos leves, aproximou-se dela e passou um dos braços pela cintura dela, ao mesmo tempo, que tampava a sua boca. Beatrice demorou alguns segundos para reagir, porém, quando o fez, Sirius arrependeu-se da brincadeira.
Ela o mordeu com toda a força que podia, ao mesmo tempo, que debatendo-se, deu-lhe uma bela cotovelada no estomago. Virando-se, meio cega, ela com o punho fechado socou-lhe o nariz, ao mesmo tempo que o joelho encontrava-se com as suas partes íntimas.
Ele gritou, se encolhendo, ao mesmo tempo que Beatrice recuava.
- Sirius? - ela pediu, incerta. Estava sem os óculos, estreitava os olhos na direção dele. - por que você fez essa brincadeira estúpida?
- Maldição mulher, você simplesmente acabou de matar todos os nossos filhos!
- Não seja exagerado. - ela ajoelhou-se um pouco afastada dele. - E depois, eu estou começando a achar que foi bem feito. - Ela franziu a boca, o olhar preocupado. - Realmente está doendo?
Ela aproximou-se cautelosamente dele.
- Você não tem noção da força que tem. - Sirius encolheu-se ainda mais, quando ela ficou a poucos centímetros dele.
- Droga, Sirius, por que você tinha que fazer essa brincadeira boba?
- Beatrice, eu te amo, mas fica longe de mim por um tempo. Por favor.
Tenho gelo na minha casa. - Beatrice ofereceu, preocupada, enquanto sentava-se sobre os pés. O decote quadrado do vestido, mostrava a pele cremosa. Ela tinha uma corrente fina de ouro, com uma delicada pérola como pingente.
A única coisa que quero de você é...
AQUA! -Beatrice gritou, após a varinha simplesmente aparecer em sua mão.


Sirius sentiu afogando-se, quando abriu os olhos. A cerca de três passos dele, estava o avô de Samira com uma expressão séria no rosto.
- Schwarz. Levanta logo.
- Senhor Otto? O que o senhor...
Otto ergueu a mão direita e Sirius percebeu uma varinha na mão.
- Você vai levantar e botar uma roupa.
- Senhor Otto eu não...
Os olhos azuis claros do idoso brilharam, demonstrando raiva.
- Você quer que eu lhe ajude a se vestir? Pois eu posso fazer isso!
- Só quero entender porque o senhor me molhou.
Sirius questionou, enquanto passava a mão nos cabelos que pingavam. A camiseta do pijama cinza também estava ensopada, assim como o travesseiro e parte das cobertas.
- Você estava demorando para acordar. - Otto respondeu antes de mais um jato de água sair da varinha.
- EI! - Sirius gritou, ao receber no rosto a nova rajada de água Gelada.
- Está demorando pra levantar. - embora não dissesse, Otto tinha o brilho de quem mandaria mais um jato se ele não fizesse as coisas mais rápido
- Velho maluco, devia... - Sirius levantou-se indo em direção ao banheiro, sendo seguido pelo idoso. Quando Sirius o encarou, pronto para protestar, Otto ergueu a varinha mais uma vez.
- Não vai sair das minhas vistas, Schwarz. - Otto avisou. - E não gosto de gracinhas!
Se estivesse em sua forma animaga, Otto Schneider levaria uma bela de uma mordida! E embora os tornozelos finos do idoso estivessem protegidos por botas de cano alto, as calças escuras enfiadas dentro das botas, Sirius daria um jeito de afundar os seus dentes naquele velho que nos últimos três anos lhe infernizando, lhe chamando daquele apelido esquisito e... Sirius parou, quando reparou no que pensava. Forma animaga?
O vento que entrava pelo vão da janela era extremamente frio. Quando uma rajada de ar mais cortante lhe atingiu o rosto, ele sentiu uma ligeira vertigem. Agarrou depressa a borda da pia branca, apertou os olhos com firmeza, antes de abri-los, vendo uma paisagem inteiramente branca.
Ele via tudo em cinza. O frio era intenso, mas ele precisava chegar até Beatrice. Saber que ele tinha mentido para ela, havia feito que ela quisesse e fosse embora da casa dele. Sirius não arrependia-se das mentiras que havia contado, afinal, com isso, ele havia conseguido aproximar-se dela a tal ponto, que ele havia conhecido a sua personalidade de um modo tal, que ele havia se apaixonado por ela como nunca pensara se apaixonar por alguém.
Quando tentara aparatar perto da mansão Stalker, fora repelido por uma forte barreira. Então, aparatara o mais perto que pode e colocando-se em sua forma animara, ele conseguira aproximar-se da floresta que rodeava a mansão dos Stalker.
Subindo um pequeno morro, ele sorriria se estivesse em sua forma humana. Beatrice estava paralisada, ele via seu perfil. Ela encarava algo a sua frente e parecia incapaz de mexer-se. Sirius olhou na direção que ela olhava e foi como se seu coração parasse de bater por um momento.
Um enorme lobo encarava Beatrice, que não mexia-se. Sirius não pensou antes de começar uma corrida, para chegar nela antes que o lobo a atacasse.
Por um milagre, ele conseguiu pular no momento que o lobo atacou Beatrice, que caiu na neve, sentada, enquanto apenas conseguia fitar o animal. Sirius caiu em cima do lobo, que rosnou para ele irritado, provavelmente por ter que dividir a farta refeição que a loira representava.
Sirius não esperou o outro animal atacar novamente, seu único pensamento era expulsá-lo dali, para que Beatrice ficasse em segurança. Entre atacar e se defender, Sirius apenas percebeu que Beatrice não havia se mexido, quando depois de um longo tempo, o lobo decidiu fugir e ele, havia se virado para ir em procura dela.
Sua surpresa foi enorme, ao vê-la da mesma forma quando caíra. Uma enorme raiva se apossou dele. Virou humano, reparou que a loira o olhava com os olhos arregalados, uma enorme surpresa no rosto feminino.
- SUA IDIOTA! - Sirius gritou. - POR QUE VOCÊ NÃO FUGIU QUANDO TEVE A CHANCE?
- Você é um animago. - ela sussurrou, Sirius mal escutou a voz feminina.
- Bem, agora você tem um belo motivo para fazer os guardas de Azkaban virem atras de mim.
Sirius debochou, então percebeu que ela tremia. Sem se importar com o fato que ela havia descoberto o seu maior segredo, Sirius se aproximou dela, ajoelhou-se para fitar os olhos azuis, que ficaram marejados.
- Você podia ter morrido. - Beatrice deu vazão ao pensamento perturbador que estava em sua mente desde o instante que vira o enorme cão negro virar o homem que ela amava.
- Não ia ser uma grande perda para o mundo não concorda? - o comentário debochado foi acompanhado de um sorriso, que fez as faces pálidas de Beatrice corarem de raiva.
- Nunca mais diga isso! - antes que pudesse se conter, Beatrice bateu no braço de Sirius. Sentiu a mão pegajosa e pareceu entrar em panico quando viu sangue na sua mão Olhou para o braco de Sirius, que fazia uma careta. - você está machucado.
- É só um arranhão.
Beatrice recuou um pouco, mesmo estando sentada e levantou-se, o ar decidido.
- Vou te levar para o meu quarto e você vai ficar la enquanto se recupera. - A loira anunciou, enquanto passava o braço pelo torso de Sirius, puxando-o para cima.
- Eu já disse que foi um... Você disse ¨meu quarto¨?
- Nada mais justo não acha? Você se machucou por minha causa e...
- Se eu vou ficar na sua cama, onde você vai dormir? - Sirius não resistiu a provocá-la
- Se isso obrigar você a ficar deitado, óbvio que vai ser na minha cama. - Beatrice resmungou. - E não pense que eu esqueci que você me enganou. Ainda vou fazer você me pagar por isso.
- Se a forma de pagamento forem muitos beijos, posso começar agora.
- Idiota. - ela resmungou novamente.

A cena dissolveu-se perante seus olhos e Sirius apertou as pálpebras, enquanto um sorriso estava em seu rosto. Então ele era animago? Otto teria uma bela surpresa quando abrisse a porta...

- Schwarz! - Perante a demora de Sirius no banheiro, Otto ficou impaciente. Bem, paciência nunca constara em sua personalidade, mas aquele inglês desmemoriado era muito parecido com o inglês, falecido segundo Beatrice, que havia deixado Samira grávida. E isso lhe deixava com a pulga atras da orelha.
O idoso pisando forte foi até a porta do banheiro, abrindo-a com um estrondo. Quando olhou para dentro, sua boca abriu-se em surpresa, por ver um enorme cão negro no banheiro.
Otto Schneiderita desfez a expressão de surpresa, ao mesmo tempo, que sorria amplamente.
- Ora, ora, então o Schwraz quer brincar? Faz tempo que não brinco! - concluiu rindo, enquanto fazia um gesto com a varinha. O cão recuou alguns centímetros, ao ver que o homem idoso encolhia, seu corpo transformando-se em um animal e suas roupas eram substituídas por um pelo branco. Por alguns momentos, Sirius achou que fosse uma doninha, porém, o animal tinha um rabo estranho. Um brilho estranho estava nos olhos claros do animal, que virou-se, poucos segundos depois.
Sirius gemeu encolhendo-se, ao sentir o jato quente que o bicho mandou para cima dele...

opostos opostos

Beatrice estava sentada, com a cabeça entre as mãos. Samira, ignorando a prima, movimentava-se pela cozinha, preparando café.
- Nossa, nossa, assim você me mata... Ai se eu te...
- Se quer me matar, pega logo o martelo e enfia na minha cabeça. - Beatrice resmungou. - vai ser mais gentil que ficar cantando essa porcaria.
Saiba que é um grande sucesso. - Samira retrucou. - E eu aposto que em um certo tempo vai percorrer o mundo.
Beatrice a olhou séria.
- O primeiro aborrescente que cantar isso perto de mim vai ganhar um bilhete somente de ida ao cemitério mais próximo. Dentro de um caixão. Sem chance de virar zumbi, vampiro ou diabo a quatro.
Samira riu.
- Você sempre foi enjoada no quesito música. Antes, não suportava rock. Só gostava de música clássica. E agora...
- Antes eu não conhecia os Engenheiros do Havaí, Paralamas do Sucesso e nem o Barão Vermelho. Tolero o Kiko Zambianki, numa escala oito de dez. Mas, qualquer coisa além disso é lixo.
- Até os ingleses?
- Salvam-se os Beatles. E na categoria não ingleses, talvez aquele topetudo, que dizem ser o rei do rock.
- Mas essa que estou falando...
- Eu já estou atrasada o suficiente para ter perdido até a hora do Harry!
- Quem é Harry? Algum pretendente novo ou médico?
- É o meu afilhado. - as palavras saíram com um toque de orgulho. - Lembra-se do menino que tentei conseguir a guarda, mas que por conta do feitiço...
- Sei, sei, sei... - Samira aproximou-se de Beatrice com uma caneca de café forte. - Quantas vezes na vida você encheu a cara?
- Contando com essa? Três E duas foram por conta do Sev. Juro que foi por um fio de cabelo que ele não quis entender que o Dean seja filho do Sirius.
- A hora que você for contar, me chama para te ajudar a fugir?
- Sev nunca vai bater em mim, Samira, como o meu pai fazia. Ele tem métodos piores para que eu me faça sentir como lixo. Mas a questão agora, é que eu não posso deixar o Dean ir pra Inglaterra, no Natal.
- Quer mesmo que o Dean fique por aqui, sendo que ele vai ser...
- Um adolescente de dezessete anos. Semana que vem eu escapo um ou dois dias para ficar com o meu filhote e depois...
- Ele vai estar formado, Beatrice. E como você mesma diz, no seu mundo, ele vai ser maior de idade. O que vai impedi-lo de ir perto da mãe no Natal e... - a argumentação de Samira foi interrompida pelo toque estridente do telefone. Com um gemido, Beatrice empurrou a xícara para o meio da mesa, em seguida tampou as orelhas com força.
Rindo, Samira foi até a sala atender. Cerca de dez minutos minutos depois, ela voltava para a cozinha, a expressão séria.
- Aconteceu alguma coisa? Tipo Samuel ligando para te convidar para ser madrinha do casamento dele com alguma peituda que foi se consultar com ele?
- Muito engraçado, Beatrice. Agora preste atenção. Dean está bem. Não aconteceu nada com ele e....
O que aconteceu, Samira? - Qualquer cor que por acaso estivesse no rosto de Beatrice, simplesmente desapareceu.
- Um incêndio Dean, ele...
Samira não conseguiu terminar a frase. Beatrice levantou-se em um salto e correu em direção as escadas. Quando Samira escutou o som alto de um chicote estalando, deu de ombros. Calmamente, foi até a mesa, pegou a xícara de café que Beatrice havia deixado em cima dela, colocou açúcar, tomou alguns goles e acrescentou leite, a medida que o líquido na xícara descia.
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Re: OPOSTOS - fic Sirius e PO

Post by Regina McGonagall »

tô achando que vou ter que reler desde o início... tõ meio confusa, rsrsrs

ah, e concordo com a Bia: que música horrível! Não tinha uma pior pra ela cantar, não? kkkkkkk
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Re: OPOSTOS - fic Sirius e PO

Post by tina_granger »

Eu ainda não descobri... mas pode ter certeza, que mais um personagem tomar um porre, alguém vai cantar no dia seguinte praele... alguma sugestão?
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Re: OPOSTOS - fic Sirius e PO

Post by Pablo Almerom »

Tina, você ganhou mais um leitor, mas ainda não cheguei até o momento atual. Continue escrevendo!
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Re: OPOSTOS - fic Sirius e PO

Post by PumpkinMagic »

Recomeçando a ler, mas... tive que retornar um pouco, após tanto tempo sem acessar. Vamos lá!
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Re: OPOSTOS - fic Sirius e PO

Post by tina_granger »


Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.
Clarice Lispector




Ei, Evans!

Gostou da fotinho? O Tiago estava LINDA não estava? Bom, foto do Tiago de cueca é o minimo que você vai receber, todas as vezes que o teu veado vir me incomodar as três horas da manhã!
E a próxima vez que o seu marido aparecer na minha porta, as três horas da manha, eu vou dar uma frigideirada na cara de veado dele, entendeu bem? É só um aviso, pois considero você minha amiga.
Mudando totalmente de assunto, estive falando com um amigo do meu pai, o senhor Otto Schineider. Ele mora além mar, muito longe dessa zona de guerra que está se instalando aqui. O senhor Schineider foi colega de casa do meu pai, é um senhor um tanto quanto sério, mas que possui um bom coração.
Se vocês quiserem fazer uma segunda lua de mel, posso na maior cara de pau, pedir a ele, que nas palavras que ele usa, dê pouso a vocês... Recomendo, se você quer perder o marido por aí, que essa viagem aconteça no mês de outubro, pois, como diz o senhor Otto Otto, é quando miar de bêbado, andar de quatro e chamar urubu de meu louro, não é tão feio assim, por conta de uma festa que acontece ali, chamada Otoberfest. A primeira vez que ele me falou isso, pedi inocentemente, se a festa se chamava assim, em homenagem a ele.
Acredite, ele riu tanto, que eu achei que passaria mal. E perdoe a minha ingenuidade dos seis anos, mas a pergunta me rendeu dois presentes, que guardo muito bem. A foto de uma moça muito linda, que ele disse que se chamava Helena, sua filha caçula e uma toalhinha bordada, que segundo ele, foi ela quem bordou, quando meus pais estavam em sua casa, no período que mamãe estava grávida de mim.
O senhor Otto me disse na ocasião, que sua filha Helena era uma anja e que tinha morrido por causa de um coração machucado... E que se tivesse me conhecido, ela teria gostado muito de mim. Papai ficava um pouco zangado quando ele me encontrava conversando com o senhor, pois, segundo ele, o senhor Otto, me mimava... devo confessar, que eu ainda hoje, gosto de conversar com o senhor Otto.
Quando eu era criança, nunca houve uma visita dele aos meus pais, que eu estivesse presente, que ele não dispensasse vários minutos para conversar comigo. Meu pai e ele se sentavam no escritório do meu pai e papai me mandava chamar. Eu lembro que ficava na porta, pois papai não gostava que eu entrasse lá, mas sempre que o senhor Otto estava ele sempre foi até mim e ajoelhava-se para ficar do meu tamanho e me cumprimentava como se eu fosse uma das pessoas mais importantes do mundo.
Houveram outros presentes, tipo caixas de bombons, que eu sempre estive proibida de comer antes do jantar, fitas para cabelo cor de rosa ou vermelhas ou então laranjas. As usava como se fossem diamantes preciosos. Lembro-me que em certa ocasião, fui chamada ao escritório de meu pai e o senhor Otto estava sozinho.
Conversamos por um tempo e quando papai retornou e me mandou voltar para minhas bonecas, o senhor Otto espirrou. Eu em um impulso, o convidei para depois que ele tivesse terminado de conversar com meu pai, para um chá com as minhas bonecas, já que ele estava espirrando e precisava tomar um chá.
Meu pai ergueu os olhos para o alto, como se estivesse sem paciência.. Otto sorriu e disse-me que tentaria terminar a conversa o mais rápido possível para tomar o chá comigo. Não deu meia hora e o senhor Otto, estava a minha frente, no meu quarto de bonecas, sentado e conversava comigo a respeito do babaca que era o filho do vizinho... que se chamava.... TIAGO POTTER!
Ele me deu um conselho a respeito, de como lidar com a mania irritante que Tiago tinha de puxar minhas tranças. Na primeira vez que o moleque irritante fez isso, eu me virei e... O mais belo murro que uma menina podia dar em um garoto foi aplicado diretamente naquele nariz. Não preciso dizer que minha mãe não gostou nada disso, fiquei de castigo algumas semanas... E Tiago parou de me incomodar um pouco.
Depois, bastava lembrar ele, que tinha levado um soco de uma menina, que ele bufava e saía de perto. A próxima vez que ele te irritar, o lembre disso, antes de expulsá-lo de casa por uma noite.
Hum... posso pedir que se alguma vez EU expulsar Sirius daqui, você manda me chamar, se Tiago resolver levar o cachorro para a sua casa? Eu agradeceria o favor.
Até a próxima lua azul.
Beatrice Black
(Não acha que tenho que começar a treinar minha assinatura de casada?)

Harry respirou fundo, enquanto enrolava o pergaminho. A mesma coruja que trouxera a outra carta, o acordara, batendo no vidro do seu quarto com o bico. Outra carta para sua mãe, ele ainda não entendia como e quem, quais os motivos que a pessoa que estava enviando aquelas cartas que Lilian teria recebido... e por alguma razão não guardara.
Beatrice Black estava assinada a segunda carta. Pelo conteúdo, Sirius estava em um relacionamento sério, com alguém. Harry não lembrava-se do padrinho comentar alguma coisa, sobre uma noiva, uma esposa, enquanto eles haviam convivido. De uma madrinha dele.
Mais um motivo para ele ir com Beatrice Schineider até Londres... O casamento de Remo, as cartas misteriosas, Beatrice Black... Que outras coisas mais estavam desconhecidas? Ele começaria a desvenda-las na sexta-feira. Depois do dia de trabalho... que começaria dali a meia hora!
Harry franziu a testa, enquanto tomava a decisão de pegar o onibus. Seu primeiro impulso seria ir atrás de Beatrice considerando que ela jamais se atrasava... mas lembrando-se do fato que, ela estava tremendamente irritada com Michel, o mais provavél, era que ela teria ido antes do horario, tendo se esquecido dele.
Ele sempre tinha a carteira no bolso, com algum dinheiro trouxa. O onibus passou, harry o conseguindo pegar, por sorte. Nenhum dos passageiros se interessou em conversar com ele, nem ele insistiu em ficar puxando conversa. Afinal, o “sobrinho delinquente” dos Dursleys mesmo trabalhando, não merecia crédito por nada.
Bem, Beatrice Schineider não pensava assim... Mesmo ela sendo meio louca as vezes... Quer dizer, quem dava nome a um carro? Volta e meia, ele a encontrava resmungando sozinha e, embora ele não compreendesse as palavras, sabia que era frances. Ela havia passado a lhe traduzir as musicas em português, depois do segundo dia que ele pegava carona com ela.
Beatrice lhe tratava com um carinho, que embora ela quase não o tocasse, não fosse tao melosa... ela lhe lembrava muito Molly. Beatrice conversava com ele sobre muitos assuntos, não refreava suas palavras. Orgulho era o sentimento que exibia ao falar do filho, que nas suas palavras, era tão esforçado quanto inteligente. Quando questionada o motivo de ter aprendido português, ela sorrira amplamente.
Meus pais estavam viajando, visitando um amigo de infancia no Brasil, quando minha mae descobriu estar gravida. Segundo ela me contou, foi a quinta gravidez que ela teve, a ultima. Quando o médico que a atendeu lhe disse, que ela não devia nem ir ao banheiro sem estar apoiada, para tentar segurar a crianca dentro dela... minha mae ficou oito meses deitada numa cama, Harry, para que eu nascesse. Eu nasci no Brasil e vim para cá, com meus pais, quando tinha seis meses... E voltei para lá, quando tinha vinte e alguma coisa.... Então, o motivo de ser brasileira, com certeza, não é o suficiente para saber a língua do meu pais? Com certeza não, visto que as sublinguagens que existem são tao diversas... mas imagina a minha situacao. Quando eu voltei ao Brasil, eu sofri um acidente e só sabia tres palavras em português... então enrolei o quanto consegui, até o meu avo, vir me resgatar do limbo que eu estava.
Tres palavras? Que palavras eram?
O nome do estado que meu avo morava, e a cidade que ele morava. Blumenau. Santa Catarina. Só isso. Ah, quer dizer... também sabia brasil.
A senhora fala frances. - ele falara.
E alemão e tambem italiano. Enquanto eu crescia, meu pai tinha em mente, que queria me transformar em uma excelente esposa, para algum diplomata, coisa assim. Já que, para ele, as mulheres não tinham cerebro... e acredite que ele só casou com a minha mae, achando que ela seria util para dar muitos filhos... e no fim ele só teve a mim.
Ele pensava assim?
Nunca disse com todas as palavras... mas... quem tem olhos e cerebro, percebia o que ele pensava. E já que tinha planos de fazer com que eu me casasse bem... - Beatrice dera um sorriso debochado. = Ferrei com todos os planos dele, quando fiquei grávida e me recusei a casar com outro cara... ou abandonar meu filho.
Harry arregalara os olhos.
Seriamente?
Meu pai me expulsou de casa... Quando minha mae ficou doente, que acabou morrendo, só descobri, depois que ela estava morta e enterrada a semanas. Ele apareceu na casa onde eu morava, com a caixa de joias dela.... ela o fez jurar, que as entregaria para mim, depois que estivesse morta.
Beatrice encarava a frente, mas mesmo assim Harry percebera uma raiva muda, misturada com uma grande tristeza.
Ela não era tao jovem, quando eu nasci... E mesmo assim foi a melhor mae do mundo. Ela sentava-se comigo para brincar, ela me ensinou as minhas primeiras letras, foi quem me ensinou a gostar de ler... Ela me passou o gosto pela música. Ela tinha a voz de uma gralha desafinada quando tentava cantar... mas mesmo assim, o sentimento que estava naquela voz, a transformava completamente. Eu lembro de certa vez, eu teimava que não queria ir para o quarto dormir, meu pai só me deu a olhada que me prometia uma surra, quando ela me pegou pela mao e me levou para cima. Ela colocou na vitrola uma musica que amava escutar e sentou-se comigo no colo dela em uma poltrona. Enquanto eu ficava fazendo bico, ela me pedia para escutar a musica. Eu adormeci no colo dela... Hoje quando escuto aquela musica, eu sinto como se estivesse no colo dela, com ela me passando a mao nos cabelos...
então beatrice suspirara, o assunto morrera por ali... porem a tristeza ainda estivera nos olhos de Beatrice quando, ele a encontrara horas mais tarde.
Harry balancou a cabeça, percebendo que era o ponto que deveria descer. Afinal, ficar pensando nos momentos que passara com Beatrice o fazia querer ficar mais perto dela, por alguma razao que ele não conseguia definir, era uma sensação... parecida com a que sentia, quando estava com Sirius. Que apesar do mal humor, das piadas, ás vezes sem graça, que ela o protegeria e...
Um arrepio passou pela nuca de harry quando ele percebeu, quando entrava na area do mercado, que Alfred não estava no seu lugar habitual. Quando a voz brincalhona de Mark o chamou, harry virou-se imediatamente para olhar o loiro.
Oi mark.
Ué, cadê a bruxa?
Uma hora dessas, a senhora Beatrice vai lhe escutar você a chamando disso e você sabe, que ela pode não gostar nada.
Azar o dela. Mas falando sério... - Mark se aproximou, uma certa tensao no corpo. - Onde ela está?
Bem, como ela é bem grandinha e não me deve satisfaçoes, eu não sei. O que eu sei, é que eu estou atrasado e estou entrando agora para trabalhar. Até mais.
Ignorando a expressao surpresa de Mark, Harry entrou no mercado. Não viu Mark puxando o celular do bolso, discando sem puxar pelos contatos e, depois de um longo tempo, que a ligaçao não foi completada, discou para outro numero, enquanto entrava. Falou algumas palavras rápidas, desligando assim que pos os olhos em cima de Harry. Com o canto do olho, percebeu que o chefe se aproximava do moreno, com uma expressao até mesmo de satisfaçao.
Mark lambeu os labios, enquanto observava Michel sorrir de modo suspeito. Por favor, senhor... que esse imbecil faça alguma coisa que me obrigue a pular no pescoço dele... por favor...
Mark pensava, enquanto lambia de modo sugestivo os caninos.
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Re: OPOSTOS - fic Sirius e PO

Post by tina_granger »

aí povo!

tudo bem? Dsculpem pela demora pelo capitulo... eu não consegui escrever o cap antes... terminei a dez minutos e já resolvi postar! obrigada a todos que ainda leem... se alguem se importa... poderia dizer algo que está faltando - alem obvio, da correção ortográfica? - ou então do que gostaria de ver?
agora que consegui escrever quervo ver se continuo assim..
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Re: OPOSTOS - fic Sirius e PO

Post by Pablo Almerom »

Sim, ainda há expectadores! Siga com o que voc^planejou, estou curioso para ver aonde vai seguir, mas tb preciso "rememoriar" o início. Bom trabalho.
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Re: OPOSTOS - fic Sirius e PO

Post by tina_granger »

assim que eu tvier escrito o proximo capitulo vou postar! obrigada pelo incentivo...
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