Se eu não te amasse tanto assim...

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Regina McGonagall
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Post by Regina McGonagall »

Ultimamente, está mais fácil trazer o povo de lá pra cá... mas não falo mais nada, ou, como diria JK, vou me comprometer.

Enquanto isso, conforme prometido, o capítulo "2 em 1":


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Cap. 15 – Retomada e um final feliz

A primeira dificuldade fora passar quatro dias inteiros dentro de casa. Não se sentiu disposta a viajar sozinha, nem para o sítio, nem para a casa do irmão. Guardou em uma gaveta tudo que trouxera de Hogwarts, e só abriu a Internet para enviar uma mensagem a Maria: tinha algo para lhe mandar, um pequeno presente, precisava saber como, nem que fosse uma caixa postal, caso a amiga não julgasse seguro revelar seu endereço. A amiga estranhara, mas acharam um jeito. Ela mandou o pacote, com uma carta, dizendo apenas:
“Imagine apenas que é possível que eu tenha estado em Hogwarts e voltei, e trouxe um presente de Lupin pra você. Aceite como uma “remissão” por aquela personagem que criei pra competir com a sua, e que te deixou tão triste. Pense que foi realmente o Lupin, o verdadeiro Remus Lupin que lhe mandou isso, e eu nem sei o que é, não abri o pacote, está bem? Porque não sei mesmo!”
Alguns dias depois, a resposta em uma mensagem cheia de interjeições de espanto:
“Como você sabia que era exatamente isto que eu imaginava ganhar dele? Um anel, que lindo!E o bilhetinho “dele” então? Fofíssimo! Mas, Regina, onde você realmente conseguiu isso? São brilhantes verdadeiros!”

Nos dias em que ficou sozinha, saiu para caminhar pela manhã, como faria em um dia de trabalho. Até no domingo. Nesse dia, permaneceu mais tempo na praça. Em dado momento, sentada no banco e observando as crianças que corriam, entre cães, brinquedos, bicicletas e ovos de páscoa, um panorama tão diverso das manhãs de trabalho, reparou em um casal com dois meninos, lembrando-se deles instantaneamente. A mulher tinha o mesmo nome que ela: Regina. Lembrava-se do pessoal comentando que eles iriam se casar, mas fora há tanto tempo! E já tinham dois meninos tão fofos, pensou com tristeza. Ela não tivera a mesma sorte. Lembrava-se bem, Tiago os apresentara a ela, eram seus amigos. Ele até brincara com o outro, que só não podiam confundir as garotas, pois elas eram muito parecidas. Nossa! Tiago ainda estava vivo, quando os conheceu!
Aflita para não pensar mais no assunto, pois a faria se lembrar de sua morte, e depois de todo o resto, levantou-se e caminhou depressa até o outro lado da praça, buscando o ponto do ônibus. Nem chegou a notar que a outra a reconhecera e tentara chamar sua atenção. Tinha nas mãos um exemplar da Ordem da Fênix, sem dúvida querendo ler, enquanto os meninos brincavam com o pai. E teriam muito sobre o que falar, se a outra tivesse notado este gosto em comum...

Mas o fim de semana terminou, e na segunda, ela voltou ao trabalho como se nada tivesse acontecido de diferente. Como se não tivesse vivido num vácuo por dois meses inteiros.
Contou os dias nas próximas semanas com aflição crescente, que não passou despercebida às colegas de apartamento e mesmo no trabalho. Todo mundo notara o novo anel em seu dedo, ela inventou que visitara uma feirinha de antiguidades no feriado e gostara dele. E não dissera mais nada.

Entretanto, o que esperava não aconteceu. Ou melhor, aconteceu: sua menstruação viera normalmente, frustrando o sonho que acalentara por todos aqueles dias. Disfarçou o choro, mas as três amigas notaram que daquela vez, a TPM parecia estar “bem mais forte”. Ela ficara sozinha no quarto durante a tarde, no domingo, e chorara muito. Um estampido forte a fizera pensar, por um minuto, que algum bruxo viera visitá-la, ou vigiá-la. Percorreu todo o apartamento, mas não encontrou nada.Balançou a cabeça. Fora só alguma coisa no apartamento vizinho. Voltando ao seu quarto, retirou da bolsa um encarte de revista. Olhou mais uma vez, com tristeza, os anúncios de coisas de bebê, embolou e jogou a um canto, com raiva. Mas uma pequena foto, ela não teve coragem de jogar fora. Um bebê lindo, de cabelos e olhos negros, a fitava com o ar inocente de todos os bebês. Era tão difícil foto de um bebê como aquele! Só por isso, justificou-se, o guardaria.
- O “Snapinho” que não vai existir – murmurou para a foto, deixando mais uma vez as lágrimas escorrerem – estou sozinha de novo, “Filhote”, porque você não quis vir ficar comigo!
Inconscientemente, mexia no anel em seu dedo, sem perceber que sua pedra brilhava de forma incomum. Deitou-se, desconsolada, abraçando os joelhos e permaneceu assim, até que a tarde caísse, toda encolhida, acabando por adormecer, dominada pela tristeza e frustração.
Sonhou com Snape, que ele estava ali, tão triste quanto ela, e a consolava, dizendo que tudo aquilo teria um fim, e poderiam tentar de novo. Ele beijara seus cabelos e sumira, desaparatando...
Acordou assustada. Mas fora apenas Sinara e as outras chegando do cinema e batendo a porta, sem querer.

E, no dia seguinte, retornou ao trabalho, sem pensar mais no assunto. Convenceu-se de que vivera um sonho maluco, trancada no apartamento o feriado inteiro, negando as evidências dentro do armário de que tudo fora real, e seguiu sua vida.
Mas apenas enquanto se decidia se escrevia ou não, como se fosse uma fanfic... Se o fizesse, como a terminaria?

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Cap Final – Voltei pra você

Mais uma semana como aquela, e Regina seria capaz de jurar que ia explodir! Estava cansada de tudo! Até do fórum, coisa que nunca imaginara que iria acontecer. Mesmo no início, quando reclamava da infantilidade que parecia dominar seus membros. Porque sempre achara divertido, relaxante... Agora, era um verdadeiro martírio.
Sem contar que estava desatenta no trabalho, incapaz de se concentrar, lembrando a cada instante de uma fórmula de poção, um feitiço, ou alguma outra coisa referente a Harry Potter, quando devia estar se concentrando em digitar ofícios, fazer ligações, agendar e assessorar reuniões de colegiados e comissões.
Mas não! Só pensava em Harry Potter e ia acabar recebendo uma advertência de sua chefe, que até agora sempre fora muito compreensiva. Ainda bem que, na semana seguinte, já estaria de férias.
Saiu do trabalho, naquela quarta-feira, um pouco mais cedo e ao invés de pegar o ônibus e ir direto pra casa, sentou-se na praça, no seu banco favorito perto dos ciprestes, para lhes sentir o perfume. Só que isso a fez se lembrar da floresta proibida. Não agüentou. Começou a chorar, silenciosamente.

Então, se decidiu. Precisava voltar. O que, afinal de contas, a impedia?
- O jeito de fazer isso! – disse em voz alta, olhando para o anel de Snape.
Então, ela descobriu o que precisava fazer e levantou-se do banco, decidida. Teve sorte, o ônibus veio em seguida e, dali a quinze minutos, já chegava em casa. Foi direto para seu quarto e, para espanto das amigas, começou a juntar suas coisas para a “viagem”: as vestes e tudo o mais que trouxera de Hogwarts, suas saias compridas, sua roupas e coisas favoritas, o notebook – quem sabe funcionaria bem, se morasse fora de Hogwarts?
O engraçado foi que, ao fazer isso, encontrou no fundo do armário uma caixa de madeira, muito antiga. Presente de “Vô” Aníbal, antes de partir pela última vez. Isso fora há tanto tempo e nunca abrira a caixa... Nunca conseguira, ele dissera que tinha um segredo, um enigma era sua chave. Mas não era hora de pensar nisso...Guardou-a junto com o resto, no velho malão, juntou o que faltava em uma mochila, e despediu-se das colegas, atônitas, dizendo que iria passar uns tempos fora. Pediu a Sinara que avisasse no escritório que precisara resolver questões familiares, desse uma desculpa qualquer que julgasse séria o suficiente para antecipar suas férias em alguns dias, e saiu, recusando ajuda.
Fechou a porta do apartamento, desceu as escadas até a garagem, fazendo-as acreditar que ia de carro. Nenhuma delas a seguira imediatamente, pois estavam surpresas demais pra isso. Então, certificando-se de que não havia ninguém por perto, começou a murmurar, segurando o anel:
- Quero voltar pra Hogwarts, quero voltar para Snape.
Fechara os olhos, repetindo vezes sem conta a mesma frase, o mesmo desejo. Por um minuto, pareceu tontear. Depois, começou a sentir um frio intenso á sua volta e tomou coragem para abrir os olhos.

Conseguira! Nem podia acreditar que conseguira! Estava de volta ao “seu” quarto em Hogwarts. Mas não havia velas ou archotes acesos e a lareira estava apagada e fria. Ela caminhou a te a janela, puxou as cortinas, e o luar iluminou o quarto o suficiente para que ela abrisse o malão para buscar um agasalho. Trocou os jeans por um moleton, calçou suas meias mais grossas e as pantufas de Hagrid, enrolou o cachecol que Minerva lhe dera no pescoço, pôs uma das vestes por cima de tudo. Sobre o sofá, encontrou a mesma manta. Enrolou-se nela e deixou-se ficar ali, olhando para a lareira vazia. Ao mexer no malão, pegou novamente a caixa que Aníbal lhe dera e resolveu tentar abri-la. Qual era mesmo o enigma? Há muitos anos não pensava nisso. Fez um esforço extremo, mas se lembrou, com um sorriso. Na época, rira-se dele, agora, a resposta vinha clara. E a caixa abriu. Dentro, uma carta, que conseguiu ler, indo até a janela para que o luar incidisse direto sobre o velho pergaminho. E chorou, silenciosamente, ao entender o seu conteúdo.
Mesmo não sabendo a conta exata do fuso horário, pois esperava que, pelo menos desta vez, tivesse voltado no tempo certo, ou seja, dois meses após ter partido, tinha certeza de que já era tarde da noite e não deveria sair andando pelos corredores, procurando alguém. Se encontrasse um aluno? Como se explicaria? Preferiu aguardar o amanhecer, para procurar Dumbledore ou... Snape. Tinha muita coisa para lhes dizer, mas podia esperar até de manhã. E adormeceu, toda encolhida, no tapete em frente à lareira apagada.

O dia ainda não nascera, quando alguém entrou no quarto, silenciosamente. Alguma coisa o despertara, em seus aposentos, um sinal de que o quarto não estava mais vazio. A princípio, o homem magro de vestes negras estranhou que as cortinhas estivessem abertas. Depois, percebeu as coisas a um canto, reconhecendo o malão. Não era possível! Olhou automaticamente para a cama, mas ninguém dormia ali. Cenho franzido, avançou pelo quarto frio. Com um gesto, acendeu a lareira e então a viu. Um montinho escuro no tapete, quase uma criança, encolhida de frio, mas profundamente adormecida.
Não resistiu e aproximou-se, tentando não fazer ruído. Ela voltara! Mas como conseguira? Ele não conseguia imaginar. O feitiço de Proteu em seu anel a faria, uma trouxa, no máximo, enviar-lhe uma mensagem. Não tinha a força de um portal. Será que algum outro bruxo a buscara em seu mundo, e ela usara a rede flu para fugir e se refugiar ali? Não, ela trouxera suas coisas, viera preparada.
Enquanto pensava, ela se mexeu, o calor da lareira a envolvê-la. E acordou. Ao abrir os olhos, o viu, ao seu lado, e sorriu, ainda sonolenta. Então, num átimo, atirou-se ao seu pescoço, rindo e chorando, beijando seu rosto, tocando-o como para se certificar de que não estava apenas sonhando. Ele segurou suas mãos, conteve-a com um gesto brusco. E perguntou, com voz ríspida, tentando esconder a própria emoção.
- O que está fazendo?
Ela o fitou, atônita.
- Não está vendo? Voltei... pra você.
- E quem disse que era para voltar? Não queremos você aqui! – ele foi ainda mais duro.
Regina o fitou, momentaneamente desesperada. Não era possível que se enganara! Será que ele não a amava como pensou? E que ela fora tola demais para perceber que era só um brinquedo em suas mãos?
Balançou a cabeça, ainda olhando pra ele, fitando-o no fundo dos olhos negros. Mas decidida. E disse isso:
- Não importa. Se você não me quer aqui, pedirei ao Prof. Dumbledore que arrume um lugar pra mim, o mais longe possível de você. Mas nada vai me fazer voltar pra lá, meu lugar verdadeiro é aqui. Agora eu sei. Então, ficarei, não importa o que aconteça. Não vou fugir de novo. E não tenho mais medo “dele”!
- Do que você está falando? – Snape a sacudiu pelos ombros.
- Disso. – ela lhe mostrou o pergaminho, mas não permitiu que o lesse. Nem que ele penetrasse sua mente. Havia treinado oclumência, afinal. E parecia que já conseguia alguma coisa, constatou – Mas só vou mostrar para Dumbledore.
- Então, vai ser agora! – ele exclamou, puxando-a para cima e arrastando-a para fora do quarto, em direção aos aposentos de Dumbledore, Regina reclamando por ele nem deixá-la tirar as pantufas.

No caminho, encontraram-se com McGonagall, que os seguiu, exasperada por ele nem deixá-las se cumprimentarem.
- Sorvete de alcaçuz – ele disse a senha com voz seca, e subiram pela escada mágica sem que ele dissesse uma única palavra.
O Prof. Dumbledore os recebeu, mas não poderia se dizer que estivesse surpreso... O que acontecia em Hogwarts sem que ele pelo menos não suspeitasse?
Acomodou a todos, com um sorriso travesso e curioso.
- Bem, bem, bem. Aqui estamos nós de novo, Regina McGonagall!
- Acho que o senhor já pode me chamar pelo meu nome verdadeiro.
- E qual é este nome? – ele perguntou docemente.
- Regina ainda é meu nome, mas é nome do meio. Na verdade, me chamo Ariadne Regina Black. Mas acho que, por medidas de segurança, seria melhor continuar conhecida aqui pelo nome anterior. – e sorriu timidamente para a professora de transfiguração.
Mas Snape a olhava, atônito.
- O que você quer dizer com isso?
Sem dizer nada, ela estendeu para Dumbledore o pergaminho de Aníbal. Na verdade, era uma carta-testamento:

“ Afirmo a todos que seja de direito saber, que minha única filha me deu uma neta, a quem demos o nome de Ariadne Regina Black. Declaro ainda que esta neta foi levada por mim para um mundo fora do mundo que conhecemos, a fim de mantê-la a salvo de um grande perigo, na pessoa daquele que se denomina Lord Voldemort...”

A carta continuava, descrevendo bens que estariam em seu nome, inclusive uma casa em Hogsmeade e afirmando que vivera ao seu lado, protegendo-a diretamente por um período de sua vida, após a morte de seu pai adotivo, mas fora obrigado a retornar ao “mundo mágico”, em vista de ameaças prementes à sua segurança.
Dumbledore lera em voz alta, enquanto os outros dois permaneciam em silêncio e atentos. Regina estivera o tempo todo olhando para o retrato de seu tetravô, que lhe sorria sutilmente. Ele sabia. Sempre soubera.
- Isso explica muita coisa. – Dumbledore concluiu, sério.
- Realmente. – McGonagall concordou.
Snape, porém, parecia se recusar a acreditar e se manteve sério, cenho carregado, olhando para Regina.
- E qual são seus planos, agora, minha cara?
- Bem... – ela olhou rapidamente para Snape – Pretendo ficar em Hogsmeade, acho que estarei segura e não chamarei muita atenção. Na caixa, junto com o pergaminho, encontrei também uma varinha. Acredito que poderei aprender como usá-la em pouco tempo, acompanhando o currículo básico da escola, mas estudando em casa, claro. Não posso ficar aqui, não posso ter contato com os alunos, principalmente o Harry, pelo menos por enquanto. Então acho que é a melhor solução, embora... – ela hesitou – apesar de preferir viver aqui, se o senhor encontrasse, é claro, alguma ocupação pra mim.
- Isso é um absurdo! – Snape se manisfestou, afinal.
Dumbledore o observou atentamente. Não precisava de sua legilimência para saber que seu professor de poções não queria admitir que gostara de vê-la de volta. Mas descobrir que ela era uma bruxa, uma Black ainda por cima, estava sendo um golpe muito duro pra ele, embora derrubasse sua primeira resistência, que fora pensar que ela fosse uma trouxa. O velho era sábio o bastante para perceber que não poderia forçar o entendimento entre eles, por isso, apoiou os planos da jovem, pedindo a Minerva que a ajudasse a se estabelecer naquele fim de semana. Por hora, ele concluiu, ela ficaria no castelo, embora longe do contato com os alunos. A ala dos professores não sofria muito suas “invasões”, mas era melhor que ela permanecesse em seu quarto. Um elfo lhe levaria as refeições.
- Isso vai parecer cárcere privado – ela riu – mas eu mereço, por ter vindo dessa forma. E sei que o senhor tem razão, e agradeço muito.
- Então, é melhor você ir. Daqui a pouco, nossos jovens já estarão pelos corredores. Está amanhecendo, afinal. – Dumbledore pareceu querer lembrá-los de que fora acordado antes da hora, e Regina se desculpou.
- Eu entendo, e realmente, não foi transtorno algum. – ele sorriu. – Vá, minha filha. Depois, conversaremos. Esse incômodo será por alguns dias, apenas, eu garanto.
- Claro! Então, com licença. E, mais uma vez, professor, obrigada por tudo.
Ela se retirou, voltando sozinha para seu quarto. Lá, já encontrou uma bandeja com seu café da manhã e sorriu. Até que enfim tomaria de novo um autêntico suco de abóbora da cozinha de Hogwarts. Teria que pedir aos elfos que a ensinassem algumas coisinhas...

A casa era linda! Um pequeno chalé, afastado das demais casas do povoado, próximo à “Casa dos Gritos”. Na verdade, Regina podia vê-la da janela, e lembrou-se de Mary e de suas fics. Desta vez, trouxera sua máquina, daria um jeito de tirar uma foto e mandar para a amiga, quando fosse seguro e estivesse em um lugar onde pudesse fazer uma conexão. McGonagall e Hooch a ajudaram na mudança, lhe ensinaram os feitiços básicos para cuidar da casa, rindo todas juntas de suas tentativas quase desastrosas. Por fim, acabaram por enfeitiçarem elas mesmas as coisas, para que Regina não tivesse que trabalhar como uma trouxa para manter a casa limpa. Mas prometeram que estudariam com o diretor a possibilidade de um elfo lhe ajudar. A casa já tinha uma mobília graciosa, nada parecida com a casa de Grimmauld Place, Regina constatou feliz. Encontrou, inclusive, fotos de sua mãe e seus avós, que muito a emocionaram. E, quando as professoras partiram, ela ficou um longo tempo examinando tudo, em um silêncio respeitoso. Era sua casa, afinal. Achara o seu lugar. Mesmo que fosse obrigada a viver inteiramente só, concluiu com tristeza.

Já no domingo, Regina passou o dia arrumando suas coisas no armário, estudando os livros de primeiro ano que lhe foram enviados e treinando os primeiros feitiços com sua varinha, feliz por não ter ninguém para ver suas falhas tão pueris.
Após o jantar que lhe foi trazido de Hogwarts pela lareira, por um elfo risonho, pegou um exemplar de “Hogwarts – uma história” que achara na estante da sala e encarapitou-se numa poltrona confortável, disposta a não pensar nos motivos para Snape não tê-la procurado uma única vez nos três dias que já estava ali. Mesmo ainda estando em Hogwarts, ele não fora até ela.
Mas pensar nele a impediu de se concentrar na leitura, por isso largou o livro e subiu a pequena escada para seu quarto. Ainda não tinha sono, por isso voltou a arrumar seus objetos pessoais.Quando a porta do quarto foi aberta com violência, nem precisou olhar para saber quem era.
Snape a olhou por algum tempo, sem dizer nada, enquanto ela continuava a ajeitar suas coisas. Mas, parecendo que sua paciência já se esgotara, aproximou-se em passos firmes e segurou-a pelos ombros, forçando-a a olhar para ele.
Permaneceram assim por alguns minutos, Regina mantendo a mente livre de qualquer pensamento que não fosse o fato de que voltara porque o amava e não conseguia mais ficar longe. Então, fria e calculadamente, ele a beijou, só para desafiá-la com a suposição de que a quisesse apenas por um desejo físico, nada mais. Mas ela colou o corpo ao dele, enlaçou-o pelo pescoço, e retribuiu o beijo com paixão, como se não se importasse que fosse apenas satisfação física o que ele lhe pediria. Fora essa a decisão que tomara, ao voltar, de que seria apenas o que ele quisesse que fosse, por mais que isso fosse capaz de ferir seu coração.
Snape bem que tentou se manter impassível. Mas teve que reconhecer: sua boca sentia saudade daquele gosto, sua pele sentira falta do toque, do cheiro da pele dela. Seu coração quase morrera sem aquela ternura que sentia nela quando estava assim, abraçando-o como se nada mais tivesse importância. Quando deu por si, já a levava para o leito, já a despia e a si mesmo, já beijava todo seu corpo com ardor e impaciência, liberando todo o desejo reprimido por dois longos meses.
Quase lhe contou, no calor da paixão, das vezes que a visitara, pois guardara consigo a chave de portal, e Dumbledore não a pedira de volta, aquele velho esperto! Quase falou das noites que passara ao seu lado, envolto em uma capa de invisibilidade, evitando tocá-la, enquanto vigiava seu sono, imaginando se sonhava com ele...Mas, agora, isso não tinha mais importância, pois ela estava ali, de novo. Para derrubar todas as barreiras que ele tentara erguer para se defender do que sentia.
- Por que? – sua voz meiga o assustou.
- hein? – ele perguntou, incrédulo
- Por que você se defende tanto assim de mim? Ainda acha que eu sou perigosa?
Não era possível! Ela entrara em sua mente! Mas, ao invés de responder, perguntou:
- Por que você voltou? Pra me infernizar?
- Não. Voltei pra você, proque te amo. – ela sussurrou em seu ouvido – Mesmo que você se recuse a me amar, não poderá me impedir de amá-lo. Mesmo que você passe meses sem ao menos me mandar um recado, me alimentarei das lembranças de nossos momentos juntos. Estarei aqui, silenciosa e discreta como uma gueixa. Porque só vivo por um motivo agora: só vivo pra você e por você. Não importa o que os outros pensem ou digam. Pelo menos, você não vai mais ser acusado de ter uma amante trouxa, então não sou mais ameaça para suas missões. E se for preciso morrer pra que você seja feliz, então morrerei. Eu te disse que seria fiel a você, fui, sou e continuarei sendo, mesmo que você não queira, nem me deseje mais. Já será suficiente respirar o ar do mesmo mundo que você. Ou você acha que, se eu não te amasse tanto assim, teria conseguido voltar?
Snape viu que ela chorava, o corpo trêmulo sob o seu, e não resistiu mais.
- Sua bobinha! Quem te disse que não a quero? Que não fiquei quase louco,nas vezes que estive lá, te vigiando e não pude nem tocá-la? – ele riu de seu assombro – É verdade, eu estive lá pelo menos umas três vezes... Eu também não sei viver sem você. E não pense que vai permanecer nessa sua vida... irregular por muito tempo. Vamos nos casar, amanhã mesmo, e não adianta reclamar. Mas... – ele sorriu, malicioso – Vamos parar de perder tempo? Já perdemos mais do que deveríamos...

Sem reclamar de seu tom autoritário, Regina sorriu e se amaram mais uma vez, envoltos pela noite silenciosa e branda...Agora sim, estava em casa, estava onde queria estar: em seus braços, para sempre.
E o dia amanheceu sobre Hogsmead, achando-os ainda adormecidos, serenos e realizados, um nos braços do outro.


***********************FIM DA 1ª PARTE************************
Last edited by Regina McGonagall on 04/06/05, 14:30, edited 1 time in total.
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Post by Gina Black »

CARACA! Ainda bem que o Snape até que encarou numa boa a nova Black! hehe...
Vamos ver se ele trata ela melhor...
Agora, não tem mais desculpas! :wink:
Muito boa, Regina!
Você realizou o sonho de todas nós, pelo menos eu acho!
Ficou perfeita sua Fic!
Melhor do que a primeira que eu li, se era possível...
:palmas :palmas :palmas :palmas :palmas :palmas :palmas :palmas :palmas
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Post by Regina McGonagall »

Gostou do detalhe do presentinho pra Mary? Ela tá lá toda feliz, de anel novo no dedo, hihi. :?

Minha melhor amiga "não virtual", reclamou ontem que eu estou com idéia fixa de Harry. Falei com ela que ela é que tá precisando de algo assim pra se divertir. E prometi lhe levar aquela fic da Lesadriel pra ler... com sua permissão para imprimir, claro!

Quanto a este final, em que quase escorreguei de novo no NC17, bem...
Ainda bem que o Snape até que encarou numa boa a nova Black! hehe...
Vamos ver se ele trata ela melhor...
Como diria a JK: Não posso responder a isso agora, iria me comprometer... :roll:
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Post by Gina Black »

Como diria a JK: Não posso responder a isso agora, iria me comprometer... :roll:
Será que eu devo encarar isso como um "O couro vai comer e a jurupoca vai piar"??? :shock:
Tomara que sim, desde que seja da parte da Regina, pra colocar os pontos nos "Is" com o Severus, que é muito rabugentinho... :(
E foi uma pena o alarme falso, porque nada como ele trocar umas fraldas pra dar valor, né... hehe...
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Post by Éowyn & Tonks »

Gostou do detalhe do presentinho pra Mary? Ela tá lá toda feliz, de anel novo no dedo, hihi.
O anel continua comigo! :P
(*Mary entrando na fantasia de novo! :mrgreen:*)
Você realizou o sonho de todas nós, pelo menos eu acho!
Eu também! ;)
Ficou perfeita sua Fic!
Melhor do que a primeira que eu li, se era possível...
Eu vivo dizendo que é a melhor que eu já li, mas ela acha que é exagero... :roll:



E foi uma pena o alarme falso, porque nada como ele trocar umas fraldas pra dar valor, né... hehe...
Eheheh! :mrgreen:
É mesmo, bem que ele está precisando!!!
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Post by Regina McGonagall »

Antes que a Gina pense que acabou, achei melhor seguir o conselho da Mary...

Este trecho é a finalização do capítulo anterior, que tinha "esquecido" de postar
:oops:

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(continuação do capítulo 15, ou, melhor dizendo: INÍCIO DA 2ª PARTE!)

Regina estava mais uma vez ali, sentada em sua cama, notebook no colo, desde que chegara do trabalho. Conseguira afinal, “pegar o jeito da coisa” e acabava de editar sua nova fanfic, já com um final.

Desta vez, trabalhava despreocupada da hora, pois sua companheira de quarto viajara, de férias, e ela não precisaria apagar a luz mais cedo. Podia, então digitar sossegada e sem pressa, ignorando uma dorzinha insistente no peito, por estar criando um final feliz praticamente impossível de acontecer de verdade. Colocara todas as suas esperanças naquele “capítulo final”, mas eram apenas sonhos...Sem pelo menos isso, pensou, sua vida seria uma escuridão total.

Mas há algum tempo que algo mais a incomodava, como uma presença, um perfume estranho e ao mesmo tempo familiar. Lembrou-se dos fantasmas de Hogwarts, e até mesmo da idéia de que Snape poderia estar visitando-a escondido, enquanto salvava o trabalho e se espreguiçava, esticando os braços e massageando o pescoço. O relicário transparente, suspenso na corrente de ouro que um dia fora de Tiago, brilhou entre seus seios com o reflexo da luz, parecendo conter uma chama viva: a pena de fênix, presente de Dumbledore.

Foi aí que o viu, sorriso aberto e franco, encostado no batente da porta, braços cruzados sobre o peito, pés cruzados com displicência. Mas não era o sorriso que queria ver, não agora.
- Que pena! – pensou – Vinte anos atrasado!
Na sua adolescência, teria dado tudo para vê-lo ali, olhando para ela daquele jeito. Agora, depois de tudo, isso já não importava mais.
- Oi. Há quanto tempo está aí, me espionando? – perguntou, voltando a atenção para a tela sem esperar a resposta.
- Hum... magoei! – o homem louro se aproximou, fazendo beicinho.
- Que lindo! – ela exclamou, jogando-lhe uma almofada, que ele apanhou no ar e levou até a cama, usando para apoiar o cotovelo ao encostar-se ao seu lado.
Regina achou que ele merecia um gesto de consolo e beijou-lhe o rosto, levemente. Depois, brincou com seu cabelo liso e escorrido, caindo sobre seus olhos, e riu, enquanto ele se virava, ficando de bruços, as pernas penduradas, a mão displicentemente sobre sua perna, tentando ler o que ela escrevia. Ela deu um tapinha em sua mão, ele a retirou com um sorriso amarelo.
- O que aconteceu? Ou melhor, quem? Brigou de novo com a Patrícia?
- O que faz você pensar que estou aqui por isso? – ele se esquivou da pergunta.
- O fato de você mesmo já ter dito que é ótimo saber que vou estar sempre aqui para massagear seu ego...
- Engraçadinha! – ele olhou de novo para a tela – O que está fazendo?
- Editando uma fanfic.
- Ah, já sei... Harry Potter, de novo!
- Sempre!(*1)
Ele a olhou de um jeito preocupado, quase paternal, enquanto tirava os tênis para poder colocar os pés sobre a cama, e se sentou como ela, em posição de lótus.
- As meninas estão preocupadas com você. Sinara disse que te achou muito esquisita, desde o feriado, e que de lá pra cá, a única coisa que faz é pensar nesse Harry Potter.
- Bem... não exatamente no Harry Potter.
- Hahá! – ele puxou o notebook para o seu lado e começou a ler o texto em voz alta – “Regina não podia acreditar que isso estivesse acontecendo com ela...” Desde quando escreve sobre você mesma na terceira pessoa?
- Desde quando não consigo inventar um nome melhor para minhas personagens... Cansei de usar “Sarah”, também.
- E qual o nome do príncipe? Vinicius Blach?
- Não, seu bobo... Se bem que...
Ela começou a rir. Estendeu a mão, levando o cabelo dele para trás, avaliando cada traço e tentando vê-lo como quando tinha apenas quinze anos, antes de se envolver com Tiago e superar sua paixonite por ele.
- Então? Acabou de examinar? Satisfeita com o que viu, ou quer mais um pouco?
Ela estremeceu, baixando a mão e olhando-o, assustada. Já ouvira isso antes. Novamente correu os olhos pelo quarto, sentindo aquela presença estranha. Mas apenas o Vinicius, o seu velho amigo, ex-paixonite, ex-chefe, ex-um-monte-de-coisas, estava ali. Resolveu brincar, para tirar aquela impressão tão ruim do peito.
- Você tem certeza de que não é um bruxo?
Ele riu, sacudindo a cabeça e agitando os cabelos, murmurando um “lá vem você”.
- Não! Olha só: você até que combina com Harry Potter “e cia”! Esse cabelo louro é bem o de um Malfoy, e o nome, se a gente trocar só uma letrinha... de Blach para Black, que tal? Se bem que... os Black tinham cabelos escuros...
- Claro! Por isso eram “Black”!

Ela piscou. Vinicius continuava a ler trechos da fic, aqui e ali, e por fim comentou, com expressão preocupada:
- Parece que você deixou de lado alguns de seus princípios... Aquela história de amor, compromisso, responsabilidade...
- Como assim? – ela voltou a atenção para a parte lida por ele, e entendeu – Olha, isso não foi... eu, quer dizer, ela... estava fragilizada, num momento muito crítico e... aconteceu!
- É o que você vai dizer, quando as meninas te questionarem? No mínimo, você está sendo incoerente... é o que vão dizer, embora eu conheça umas duas ou três “desbocadas” que vão dizer mais do que isso... E nesse fórum aqui? Qual a idade da galerinha que vai ler isso?
- Ah, de doze pra cima, mas as mais novas não vão se interessar muito por uma história com o terrível professor Snape! Veja por esse lado – Regina se esforçou para pensar com calma, como se aquilo fosse realmente só fruto de sua imaginação – Eu estou mostrando a elas justamente o que acontece quando a relação é baseada só no relacionamento físico...
- Pelo menos, por este final que você escreveu, há uma chance de tentarem diferente.
- Eu gostaria que fosse fácil assim... – Regina não conseguiu reprimir a onda de tristeza que invadiu seu coração. Bem que gostaria de ter realmente outra chance com Snape. Deixou escapar um longo suspiro, sem ouvir direito o que Vinicius dizia – Desculpe, o que foi?
- Eu dizia, sua avoada, que quando você tiver uma recaída dessas, dá pra pensar no papai aqui? Eu é que gostaria de recuperar a chance que o Tiago me tirou bem debaixo do meu nariz!
Ele agora examinava o próprio nariz, que sempre achara grande demais e se incomodava com isso. Parecia completamente esquecido da seriedade de minutos atrás. Sua expressão era tão jocosa, que Regina não resistiu:
- Ah, você é impossível! – exclamou, caindo na gargalhada.
- Você é que é. E uma feiticeira. Pode não ser uma bruxa, mas é uma feiticeira. Uma feiticeira malvada, que aprisionou meu coração para sempre. Por isso, não me acerto com ninguém.
- Seu... Não venha colocar a culpa em mim por ser um... idiota, um galinha que não cria juízo! – ela lhe bateu com o travesseiro – E não cante aquela música horrível! Ou eu mato você! Eu juro!
- Qual? – ele fez um ar de santo, mas começou a cantarolar “Feiticeeeira...”
- Interrompo? – a voz divertida de Sinara os chamou da porta.
- Não. – Regina foi categórica.
- Sim! – ele parecia desolado – Sinara, estava quase conquistando essa “diaba”...
- Ha... ha... ha... – Regina caçoou, rindo – Vá esperando, mas sentado pra não cansar!
- O Igor chegou, e trouxe uma super pizza com ele. Vão querer ou não? – Sinara fazia força pra não rir
- Oba! – Vinicius pulou para o chão, de meias mesmo – Quem chegar por último é “mulher do padre”!
- Ou de um bruxo mal-humorado... – Regina murmurou só pra si mesma, enquanto fechava o notebook para ir atrás dos dois amigos.

Igor já distribuía a pizza em seus pratos, enquanto Sinara distribuía as bebidas. Mas Regina não aceitou nem o refrigerante. Não conseguia mais beber nada daquilo!
A conversa se animou e ela, atenta aos amigos, não chegou a ouvir um curioso estalo dentro do seu quarto.

=====
(*1) pequena edição pós livro 7... não resisti, e o Alan Rickman vai me entender.... rs
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Post by Éowyn & Tonks »

Que memória... :P
Eheh! O melhor de tudo foi o que você colocou no título do tópico:
"Se Eu Não te Amasse Tanto Assim" (E não pensem que é o fim)! eheh
Essa rima dava uma songfic!!! :mrgreen:
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Post by debbie granger »

Agora danou-se tudo!!! :shock: :shock: :shock:
Foi só eu me atrasar um pouquinho na leitura que me embananei toda :? Primeiro achei que tinha terminado, principalmente depois que li o post da Gina, depois vi que não (fiquei feliz :D ) mas, aí aquilo foi só um cap de Fic? Ah que pena :cry: E agora esse estalo, é o Snape??
Ai que dúvida cruel...Afinal é uma fic romântica ou um suspense Hitchcockiano?? :x
É sério Regina, vc pode ter leitores com risco de infarto, pense nisso :wink:
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Post by Regina McGonagall »

Que é isso debbie, só 13 aninhos e com medo de infarto? :?

Agora, tô um poquinho apertada de custura, uns chuliado pra terminá, (os comandante tão pidindo umas curuja "urso-urso") mas inda hoje eu posto o capítulo seguinte procês... :P

Só pra dá um gostinho, o título é: Notícias surpreendentes! E a primeira frase é: - "Não é possível..." :shock:

(num arrepare o sutaque, é que já tamo em junho, né?)
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Post by Regina McGonagall »

Pronto, as coisas se asserenaram por aqui, então posso providenciar mais uns "riscos de infarto" pra debbie... :lol:

Se vocês pensaram que tinha acabado mesmo, foi rebate falso (e mais alguma coisa também foi, como vão descobrir neste capítulo...)


===========================================

Capítulo 16 – Notícias surpreendentes

- Não é possível, doutora!
- É possível, sim, mas precisamos ter certeza. Regina se encostou na cadeira, em frente à mesa de sua médica. Dra Lúcia era uma profissional séria, experiente e competente. Não se enganaria numa coisa dessas... Enquanto tentava voltar a pensar direito, a médica já lhe estendia uma folha de pedido de exames.
- Olha, além dos exames de sempre, estou lhe pedindo mais alguns.
- Está bem... - Regina respondeu num suspiro de resignação.

Só porque passara mal, depois daquela pizza, Sinara e Igor a bombardearam com perguntas e recomendações, até ela se resignar e marcar a consulta, um mês antes da marca prevista para seu retorno periódico à médica. E agora, isso!
Não contaria nada a ninguém, ou teria que dar muitas explicações que não desejava. Iam chamá-la de louca!
Editara sua fanfic, até o momento do retorno pra casa, e decidira inventar um final “feliz”, porque sabia que seria impossível voltar, mesmo depois que conhecesse o final que JKR “criara” para Snape. Na verdade, não quisera admitir para si mesma que tinha medo. E, agora, teria mais um motivo pra sentir medo e incerteza.

Mas resolveu deixar para se preocupar apenas depois dos exames. Na segunda-feira seguintediante da ginecologista no consultório, olhava aflita para a médica, que lia tudo, muito séria. Depois, foi examinada, tocada, auscultada. A médica sorria, satisfeita, apesar de ligeiramente preocupada.
- Então, estou bem ou não? – ela perguntou, incapaz de por em palavras os seus receios.
- Está bem... Bem grávida, se quer saber a verdade. Vamos fazer um ultrassom, está bem? Seu convênio atual cobre, não?
- Sim, não há problema...
Estavam de novo sentadas à mesa, a médica olhava os exames mais atentamente.
- Seus exames estão muito bons, mas vamos ter que acompanhar com carinho, pois, pelo seu histórico, há um risco maior de eclampse. Sua mãe teve, não?
- Bem, doutora. Já não sei com certeza...
- Como assim? – a médica a fitou com estranheza
- É que... descobri há pouco tempo que sou filha adotiva. Mas não sei nada ainda sobre meus pais biológicos.
- Interessante... Mais um motivo para ficarmos atentas, se não conhecemos a história real de sua família, com relação a possíveis quadros clínicos, quero dizer...
- Claro!
- Então, aqui está o pedido. O ultrassom é para confirmação de tempo de gestação. Se você anotou a data certa da última vez... precisamos determinar o número mais correto possível de semanas de nosso bebê, pois ele “tentou nos enganar”!
- Nosso bebê... – Regina repetiu, pensativa, e a médica olhou-a com curiosidade. Notou uma certa tristeza nela, talvez não fosse contar com o apoio do pai da criança. Sabia que era solteira, e até a última consulta de controle, estava sozinha. Então, só podia acreditar que era algo recente... Não queria se intrometer, entretanto...
- Querida, sabe que, além de sua médica, sou sua amiga. Se precisar de qualquer coisa...
- Claro, Dra Lúcia, eu sei disso. Sei que está preocupada comigo, mas está tudo bem. Só tinha... pensado que... tinha ficado tão triste, pensando que tinha perdido a chance de ter meu garotinho... Tenho certeza da data. Estava atenta, tinha esperança de estar mesmo grávida, mas...- ela se interrompeu, respirou fundo e falou - Estou sem contato com o pai, sim. Mas por questões profissionais. Ele está no interior da Escócia, a trabalho, e nem Internet o alcança, por enquanto... Tenho que esperar um pouco mais pra lhe contar, só isso. – ela sorriu, por um segundo pensando no que a médica diria, se ela contasse que estava impossibilitada de “mandar uma coruja” para o pai de seu filho...
Snape tinha razão, afinal de contas: estava em uma situação constrangedora. Só notou que balbuciara o nome dele, quando a médica repetiu:
- Snape? É o nome dele? É estrangeiro?
- É que... – ela piscou – é o apelido que lhe dei. A senhora já leu Harry Potter?
- Vi os filmes com os meninos... Por que?
- Aquele professor de cara brava, cabelos pretos... Se parece... com ele.
A um gesto vago de entendimento da médica, Regina sorriu e concluiu que já falara mais do que devia. Recebendo suas últimas instruções sobre exames e cuidados, despediu-se e foi direto para o trabalho.

Uma coisa era certa. Teria que segurar sua língua, pelo menos por enquanto. Aquela fora apenas consulta de rotina, controle normal.
A médica aceitara sua história, mas com os outros não seria tão simples. Já bastava a campanha maluca que deflagrara em quase todos os fóruns, pedindo que mandassem emails para a Rowling, pedindo que não matasse o Snape. Ela mesma tecera um monte de argumentos, em uma mensagem longa e emocionada. Até as amigas do fórum haviam ficado preocupadas, principalmente quando Mary compartilhou com algumas a informação de que Regina lhe mandara um presente, uma meia aliança de brilhantes, dizendo ter sido enviado por Lupin em pessoa, como se tivesse pertencido à sua mãe, a Sra Lupin. Não poderia aparecer dizendo que estava esperando um filho de um professor de Hogwarts, ainda mais de quem!
Nem teria como explicar como conhecera um professor estrangeiro, sem praticamente quebrar o roteiro casa-trabalho-casa. Dizer que fora no feriado em que ficara sozinha? Não estava disposta a inventar muita coisa, com medo de entrar em contradição. Então, guardaria segredo, até que não fosse mais possível.
Quando fez o ultrassom, ficou um pouco pior. Pelas contas, refeitas com o resultado do exame, seu filho nasceria em outubro ou novembro... Se insistisse na história do feriado, ele seria prematuro... O que fazer?
- Deixar que o tempo traga a solução. – foi o que concluiu, lembrando-se da fala de um velho amigo.

Mais um feriado chegou, e ela desta vez não teve como fugir de sua mãe. Viajou com ela para a casa do irmão.
Ainda não sabia se contava ou não. Já pensara numa história convincente: no carnaval viajara para São Paulo, para conhecer alguns usuários dos fóruns, diria que se envolvera com alguém de lá, que já conhecia “virtualmente”, o que não seria inteiramente mentira...
Mas o fato de descobrir que era “filha adotiva” lhe tirara um pouco do sentimento de intimidade com a mulher que se acostumara a chamar de mãe. Assim, passou três dias tentando se relacionar o melhor possível com o irmão, a cunhada, os sobrinhos.
Só no último dia, quando lembrou à mãe que gostaria de pegar a estrada cedo é que descobriu algo incrível:
- Eu estou me mudando pra cá. – a mãe dissera, simplesmente.
- Assim, de repente? – Regina se assustou.
- Claro que não! Há dois meses que estou arranjando tudo! E você saberia, se não estivesse se mantendo tão distante...
Regina piscou. A queixa da mãe tinha fundamento, mas não queria falar nisso.
- Eu acho...que você tem algo pra me contar, não?
- Hein? – Regina fitou a mãe, quase apavorada. Será que ela adivinhara?
- Bem... Na verdade, eu é que teria que lhe dizer, não? Alguma coisa me diz que você descobriu que não é... minha filha de verdade.
Regina não poderia estar mais espantada! Mas deixou a mãe continuar. Afinal, tinham que aproveitar a rápida saída de seu irmão com a esposa. As crianças, brincando no computador, não prestavam atenção.
- Nesta carta, que eu já deveria ter te entregado, seu pai conta o que aconteceu... Seu irmão não sabe, se você preferir, deixamos como está...
A mulher quase chorava, e Regina a abraçou, sem dizer nada. Ficaram assim, abraçadas e em silêncio, por um bom tempo. Até que o casal chegasse e estranhasse as caras de choro. O irmão brincou com ela, que já terminara seu tempo de exclusividade sobre a mãe. E todos riram, ficando por isso mesmo.

Regina partiu logo depois do almoço. Mas antes, achou que deveria lhe contar, de algum jeito. Criou coragem, inventou que conhecera alguém em São Paulo, num evento em que participara, alguém com quem já se correspondia antes pela net, e que “estavam juntos”. Não haviam se casado ainda, mesmo ela tendo suas reservas com relação a esse tipo de relacionamento. Mas estavam comprometidos – mostrou o anel - Ele já sabia que teriam um filho e só não haviam se decidido ainda quem se mudava para onde. Apesar de ser quase certo de que ela é que teria que ir morar com ele, pois ele tinha um cargo importante em uma escola britânica do qual não poderia abrir mão para morar no Brasil. Mentalmente, repetia para si mesma que essa parte não era inteiramente uma mentira. Como iria criar, no mundo real, sozinha, o filho de um bruxo?
A mãe, a princípio, ficara zangada, o irmão surpreendido, a cunhada... Bem, isso não melhoraria muito suas relações, afinal, pensou com amargura enquanto dirigia sozinha de volta. A mãe lhe dera as chaves do apartamento, dizendo que deixara para trás algumas coisas suas. A carta de seu pai estava em sua bolsa, atrás do banco. Só a leria ao chegar.
Já no apartamento de sua mãe, deixando de lado a sensação estranha que dava entrar num apartamento sem nada dentro, saiu procurando o que sua mãe dissera ser seu. Só encontrou o grande baú de madeira lavrada que antigamente ficava aos pés da cama de seus pais. Estranho... O que sua mãe teria guardado pra ela ali?
Mas, por mais curiosa que estivesse, precisava primeiro ler a carta de seu pai. Então, soltando um longo suspiro, sentou-se no baú, encostando-se na parede, e tomou coragem para abrir a carta de seu pai. Inexplicavelmente, o que viu relatado não a surpreendeu.

Silas inicialmente lhe pedia desculpas por não ter revelado nada daquilo antes, mas dizia que fora uma condição “imposta” por quem a levara até eles, alegando que ela não estaria segura se soubesse a verdade e tentasse encontrar a verdadeira família. Contou como, na noite em que a filha nascera, com a esposa recebendo a assistência apenas de uma velha parteira, sua vizinha, pois o socorro não chegara a tempo, ele constatara que a menina não sobrevivera, estava morta. Em seu desespero, segurando a menina nos braços, enquanto a boa mulher socorria sua esposa, vira aquele estranho entrar em sua casa, surgindo do nada, praticamente. Usava uma longa capa negra, completamente diferente de tudo o que já vira, e trazia um estranho volume nos braços. Silas logo descobriu tratar-se também de um bebê, envolto numa manta verde. Uma menina, como a sua, recém-nascida. Porém, estava viva. A proposta do outro homem: trocar os bebês. Deixaria a menina viva, e levaria a morta, deixaria com ele recursos para educá-la convenientemente, pois percebera a carência de recursos – isso fora dito com reserva e cuidado, como se temesse ofender ao outro. Mas Silas não se preocupara com isso, não era o momento para orgulhos tolos. Vira no rosto do homem mais dor do que ele próprio sentia. O estranho lhe explicou que a menininha era sua neta, que sua filha morrera no parto, e era viúvo. Não teria como cuidar dela e também corria risco de vida. Por isso, propunha a troca. Voltaria para sua terra com uma criança morta, despistando assim os que um dia poderiam se interessar em procurar sua neta.
Sem pensar duas vezes, Silas concordou com todos os termos do incrível acordo. Só um bom tempo depois, com o nascimento do segundo filho, contara a verdade para Marta. A parteira, de algum modo, saíra da casa afirmando com sorriso aberto que ajudara a por no mundo uma menina linda de cabelos negros, que dormia tranqüila ao lado da mãe. Isso, ele nunca entendera, mas desconfiara de que o estranho fizera alguma coisa ao ficar sozinho por dois minutos com ela.
Fora assim, ele encerrava a carta, que tiveram recursos para comprar a casa e ainda puderam viver com folga financeira. Ele escrevera a carta, já prestes a morrer, e pedira à esposa que só a entregasse quando percebesse que a filha descobrira a verdade, por qualquer modo, porque tinha certeza de que algum acontecimento futuro iria colocá-la em contato com seu avô verdadeiro, ou algum familiar seu.
Terminou pedindo seu perdão e reafirmando o quanto a amava, como filha de seu coração.

Regina respirou fundo, apertando a carta do pai contra o peito. Uma idéia absurda se desenhava em sua mente, uma idéia que temia aceitar. E alguma coisa lhe dizia que dentro daquele baú encontraria as respostas para todas as suas dúvidas. Abriu-o, trêmula de aflição, sem contudo poder dizer que se espantou com o seu conteúdo. Livros, os velhos livros de Vô Aníbal, alguns objetos que ela agora sabia serem mágicos e até uma caixa comprida com uma varinha dentro. E também um pequeno baú exatamente como imaginara em sua fic.
Não teve dificuldades para abrir o pequeno baú,. Dentro, encontrou, como esperava, um pergaminho com o selo dos Black, o mesmo brasão que vira no camafeu, e endereçado a ela. Abriu-o, cuidadosamente, e leu:

“Querida Regina. Ou devia chamá-la por seu nome verdadeiro, Ariadne? Pois este é seu nome completo: Ariadne Regina Black. Se você está lendo isto, é porque falhei e não consegui permanecer ao seu lado até o momento ideal para lhe contar toda a verdade e, provavelmente, já estou morto. Espero, pelo menos, que esteja a salvo. Se sua mãe, acho que estarei sendo justo chamando-a assim, já teve coragem de lhe contar o principal, então não vai achar que está lendo o testamento de um louco. Parti de minha terra com você nos braços, graças a um recurso utilizado apenas em casos muito extremos, mas eu já fizera a mesma coisa há pouco tempo, então não tive problemas. Vim no eco de uma dor semelhante à minha, por isso encontrei Silas. Ele cumpriu tudo que prometeu, mas quando tive conhecimento de que falecera precocemente, vi-me na obrigação de voltar e tomar conta de vocês. Até que uma mensagem me alertou de que nosso pior inimigo estava conseguindo chegar perto, e precisei partir, para sua segurança, pois se me alcançassem aqui, certamente chegariam até você, por pura dedução, além, é claro, da enorme semelhança física entre você e sua mãe verdadeira, minha pequena Ariadne. É isso mesmo, dei-lhe o mesmo nome, minha querida menina!
Acredito que tenha muitas perguntas ainda sem resposta, mas infelizmente não poderei fornecê-las. Se souber o que este nome significa e a quem pertence, se estiver em perigo, procure por Dumbledore, Alvo Dumbledore, diretor da Escola de Hogwarts.
Eu deveria ter recorrido a ele mais cedo, talvez a tivesse protegido melhor. Mas sei que a ajudará, se for preciso procurá-lo. Eu ainda tentarei fazê-lo, mas não sei se haverá tempo. Não existe ninguém no mundo, mais poderoso que ele.
Por fim, perdoe este velho que pecou apenas por não se julgar capaz de amá-la tanto quanto descobriu ser possível, ao conhecê-la já crescida e tão linda!
Com todo o carinho de meu coração.
Seu avô
Zubenel “Anibal” Black”


Regina não pode conter a emoção. Então, era a mais pura verdade! Amara aquele velho como a um avô verdadeiro, sem nem imaginar que ele era isso mesmo, o seu avô materno. Estranhou que ele não falasse nada sobre seu pai, mas não sentiu que fosse importante, afinal. Só via a confirmação de que era sim, uma bruxa e, por incrível que pudesse parecer, uma Black! Até seu nome, era o que imaginara em sua fic! Será que já intuíra a verdade, ao escrever aquilo?
Tinha que pensar no que fazer agora. Como imaginara Dumbledore dizendo, aquilo explicava muita coisa, mas agora, nas atuais circunstâncias, mudava tudo!
Mas, antes que pudesse pensar ou fazer alguma coisa, seu celular tocou. Atendeu, era Renata, querendo saber se já estava pra chegar. Respondeu à amiga que já estava na cidade, mas não iria para casa, tinha problemas de sua mãe a resolver e dormiria fora. Não se importou com a estranheza da amiga. Tinha muita coisa pra pensar e fazer...

- Eu sou Ariadne Regina Black, e sou uma bruxa. – esta frase, que poderia ter mudado tudo se dita naquela noite em que chegara a Hogwarts saía agora de sua boca com um sabor quase amargo.
Emocionada, abriu a caixa da varinha. Era bonita, lisa, uma cor rosada. Vacilante, experimentou-a. Saíram fagulhas coloridas de sua ponta, como acontecera a Harry ao experimentar a varinha certa. Ela era sua! Quase deu um pulo de alegria. Tinha uma varinha! Qual seria seu cerne? Dragão, fênix ou unicórnio? Não importava. Só queria testá-la, mas achou arriscado. Guardou-a de novo. Como faria para levar aquele baú embora? Teria que deixar para depois, mas agora já estava aflita. Então, se decidiu. Pegou novamente a varinha, concentrou-se, apontando para o baú, e exclamou:
- Locomotor baú!
Para seu espanto, funcionou! Atenta aos corredores, caso aparecesse alguém, foi movendo-o com cuidado, a varinha apontada com firmeza, até o porta-malas de seu carro. Quase não coube... ou será que a magia funcionou de novo?
A verdade é que o levou pra casa, novamente levando-o cuidadosamente até seu apartamento e o depositando entre sua cama e a parede, o mais silenciosamente possível. Mas não precisava se preocupar com Renata, ela dormia como uma pedra, como sempre.
Nesta noite, dormiu mais tranqüila do que imaginou ser possível, a mão sobre a barriga e imaginando que, afinal, Snape não teria um filho mestiço.
Mas será que gostaria de ter um filho com o sangue dos Black? – a idéia de vê-lo irritado por isso a divertiu, e adormeceu com um sorriso nos lábios.
Last edited by Regina McGonagall on 03/04/07, 13:31, edited 1 time in total.
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Post by Éowyn & Tonks »

Ihihih!
Agora, falta você editar o 1º post para mudar o título "cantante" :P
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Post by Regina McGonagall »

hehe, já editei, ou o herbert viana era capaz de me matar :oops:

Aproveitei pra explicar que tem parte 1 e 2, pois tenho a leve impressão de que o pessoal achou que acabou no capítulo 15.... :shock:
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Post by Zoé Magnus »

Nossa Regina q reviravolta toda foi essa? Quase morri de susto achando q tinha terminado (respirei aliviada depois :mrgreen: ). Adorei.... principalmente o fato do Snape estar " grávido". Já imaginou ele ensinando o pinpolinho a "engarafar a fama"? :emo74: Sera q iria ensinar a odiar o Harry? hehe. Bjux
:palmas :palmas :palmas
“Da mesma forma que tudo é mortal na natureza, pode dizer-se também que todos que amam estão mortalmente atacados de loucura”

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“Ergue-te o sol resplandecente, e mata a lua invejosa, que já esta fraca e pálida de dor ao ver que tu és muito mais bela do que ela própria”
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Post by Éowyn & Tonks »

Adorei.... principalmente o fato do Snape estar " grávido". Já imaginou ele ensinando o pinpolinho a "engarafar a fama"?
Oh, Zoé, estou rindo às gargalhadas até agora! eheheheh
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Post by Zoé Magnus »

Nem fala Mary, to curiosa pra sabe o q a Regina vai faze daqui pra frente! Essa historia de filho vai dar muito pano pra manga. O Snape "papi" quem diria!!! Já imaginou aquele pimpolinho de cabelo escuro e nariz comprido correndo por Hogwarts e gritando: "Papi!!!!!" :mrgreen: hehehe. Ah espero q essa criança puxe pra Regina! (Ai q maldade o Snape nem é taum feio asssim, só tem cara de mau :roll: ). Bjux
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Post by Éowyn & Tonks »

O Snape "papi" quem diria!!! Já imaginou aquele pimpolinho de cabelo escuro e nariz comprido correndo por Hogwarts e gritando: "Papi!!!!!" hehehe. Ah espero q essa criança puxe pra Regina! (Ai q maldade o Snape nem é taum feio asssim, só tem cara de mau ).
Ihihih! :mrgreen:
Ainda bem que você escreveu essa parte final, porque senão a Regina ia te matar! Eheheheh!
(Estou até imaginando a cena que vc descreveu! eheheheh :mrgreen: Me lembrou outro dia minha mãe brincando comigo que seu casasse com o Lupin iria ter filhos cachorros! eheheh :mrgreen: Tud bem, eu amo cachorros mesmo!!! :P)
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Post by Zoé Magnus »

Ainda bem que você escreveu essa parte final, porque senão a Regina ia te matar
Regina!! eu naum falei por mal viu :emo33: .... hehehe o q o medo naum faz? huahua... Capaz mas serio, o Snape naum pode ser taum feio assim naum é! Pq o q nós sabemos dele é como o Harry e o Rony falam e eles naum caem de amores pelo professor!
Me lembrou outro dia minha mãe brincando comigo que seu casasse com o Lupin iria ter filhos cachorros
Eles seriam bem fofinhos naum? Se eu falasse pra minha mãe q queria casar com um personagem de HP ela me internava...
Eu disse pra ela q ia bota o nome do meu filho de Harry só pra ve ela chama ele: Arry! Érry! Rarry! Ary! cara ela num acerta uma...
#-o
“Da mesma forma que tudo é mortal na natureza, pode dizer-se também que todos que amam estão mortalmente atacados de loucura”

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“Ergue-te o sol resplandecente, e mata a lua invejosa, que já esta fraca e pálida de dor ao ver que tu és muito mais bela do que ela própria”
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Image O amor é cego por isso só me convém o escuro!
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Éowyn & Tonks
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Post by Éowyn & Tonks »

Eles seriam bem fofinhos naum?
Foi exatamente isso que eu respondi pra minha mãe! Eheh! Existe alguma coisa mais fofa do que um cachorrinho bebê? Aí, ela aacabou concordando comigo! Acho que vai querer a ninhada de netinhos, sim! :mrgreen:
Olha só o meu futuro filhinho: :P
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(Vi na bola de cristal da Trlawney :lol: )
Se eu falasse pra minha mãe q queria casar com um personagem de HP ela me internava...
A minha mãe gosta de HP, também, e sabe como eu sempre fui meui "doidinha" em relação a personagens de ficção, por isso acha engraçado. Só não consegue entender como é que eu posso gostar do Lupin, porque ela imagina ele igual ao filme e diz que ele é asqueroso! (Pobre David Thewlis!! eheh :mrgreen: )
Eu disse pra ela q ia bota o nome do meu filho de Harry só pra ve ela chama ele: Arry! Érry! Rarry! Ary! cara ela num acerta uma...
Agorra, você me lembro do que eu ouvi ontem: a tv estava ligada num jogo de futebol (uma das últimas provas de apuramento de Portugal para a Copa do Mundo de 2006) e aí o cara que estava fazendo o relato falou que o goleiro "parecia o Érry Potter" porque tinha mãos mágicas! eheh :mrgreen:
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Zoé Magnus
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Post by Zoé Magnus »

Se teus filhotinhus forem taum fofinhus assim vou quere um tmb!!! Huahua. Mas minha mãe me daria com ele na cabeça, ela odeia cães. Passa o dia inteiro reclamando do meu "bebe",um colie chamado Shakespeare (sujestivo naum? :shock: ),imagina um lobinho! Já HP ela nem quer ver. Afinal é ela que paga! Ser pobre é fogo :mrgreen: .
Xi olha só nós de ovo monopolizando o topico da Regina. Fala nisso eu dedique uma fic pra vocêe pra Mary, da uma passadinha lá tá! Bjux
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Post by Éowyn & Tonks »

Se teus filhotinhus forem taum fofinhus assim vou quere um tmb!!!
Que é isso, Zoé, quer raptar os meu filhinhos? eheheheheh
Mas minha mãe me daria com ele na cabeça, ela odeia cães. Passa o dia inteiro reclamando do meu "bebe",um colie chamado Shakespeare (sujestivo naum? ),imagina um lobinho!
Felizmente a minha mãe consegue gostar de cães ainda mais do que eu. Nós somos meio loucas, sabe, se vemos um cão na rua vamos logo dizendo: "Olá, bichinho!" :mrgreen: (Eheh! Já viu onde eu fui puxar a doideira, né? eheh)

Xi olha só nós de ovo monopolizando o topico da Regina. Fala nisso eu dedique uma fic pra vocêe pra Mary, da uma passadinha lá tá! Bjux
Eu vi! Fiquei toda orgulhosa! Obrigada!! :)
E é melhor a gente parar de monopolizar o tópico da Regina, sim! eheh
Beijão
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